30
O Mer O Mer O Mer O Mer O Mer cado de T cado de T cado de T cado de T cado de T rabalho rabalho rabalho rabalho rabalho F F F eminino na Região eminino na Região eminino na Região eminino na Região eminino na Região Metr Metr Metr Metr Metr opolitana de São opolitana de São opolitana de São opolitana de São opolitana de São Paulo em 2004 Paulo em 2004 Paulo em 2004 Paulo em 2004 Paulo em 2004 A A A umentou para 55,5% a presença das umentou para 55,5% a presença das umentou para 55,5% a presença das umentou para 55,5% a presença das umentou para 55,5% a presença das mulheres no mer mulheres no mer mulheres no mer mulheres no mer mulheres no mer cado de trabalho da cado de trabalho da cado de trabalho da cado de trabalho da cado de trabalho da RMSP RMSP RMSP RMSP RMSP , pr , pr , pr , pr , pr oporção mais elevada dos oporção mais elevada dos oporção mais elevada dos oporção mais elevada dos oporção mais elevada dos últimos 20 anos últimos 20 anos últimos 20 anos últimos 20 anos últimos 20 anos T T T axa de desemprego das mulheres axa de desemprego das mulheres axa de desemprego das mulheres axa de desemprego das mulheres axa de desemprego das mulheres reduziu-se com mais vigor reduziu-se com mais vigor reduziu-se com mais vigor reduziu-se com mais vigor reduziu-se com mais vigor que a dos homens que a dos homens que a dos homens que a dos homens que a dos homens Ocupação das mulheres Ocupação das mulheres Ocupação das mulheres Ocupação das mulheres Ocupação das mulheres cresce mais que a dos homens cresce mais que a dos homens cresce mais que a dos homens cresce mais que a dos homens cresce mais que a dos homens Rendimentos crescem e inter Rendimentos crescem e inter Rendimentos crescem e inter Rendimentos crescem e inter Rendimentos crescem e inter r r r ompem ompem ompem ompem ompem trajetória de declínio trajetória de declínio trajetória de declínio trajetória de declínio trajetória de declínio São Paulo janeiro de 2005 nº 14 Publicação trimestral editada pela Fundação SEADE O Mer O Mer O Mer O Mer O Mer cado de T cado de T cado de T cado de T cado de T rabalho rabalho rabalho rabalho rabalho F F F eminino na Região eminino na Região eminino na Região eminino na Região eminino na Região Metr Metr Metr Metr Metr opolitana de São opolitana de São opolitana de São opolitana de São opolitana de São Paulo em 2004 Paulo em 2004 Paulo em 2004 Paulo em 2004 Paulo em 2004

Feminino na Região O Mercado de Trabalho Metropolitana de ... · O Mercado de Trabalho Feminino na Região Metropolitana de São Paulo em 2004 A proporção de mulheres que parti-cipam

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O MerO MerO MerO MerO Mercado de Tcado de Tcado de Tcado de Tcado de TrabalhorabalhorabalhorabalhorabalhoFFFFFeminino na Regiãoeminino na Regiãoeminino na Regiãoeminino na Regiãoeminino na RegiãoMetrMetrMetrMetrMetropolitana de Sãoopolitana de Sãoopolitana de Sãoopolitana de Sãoopolitana de SãoPaulo em 2004Paulo em 2004Paulo em 2004Paulo em 2004Paulo em 2004

AAAAAumentou para 55,5% a presença dasumentou para 55,5% a presença dasumentou para 55,5% a presença dasumentou para 55,5% a presença dasumentou para 55,5% a presença das

mulheres no mermulheres no mermulheres no mermulheres no mermulheres no mercado de trabalho dacado de trabalho dacado de trabalho dacado de trabalho dacado de trabalho da

RMSPRMSPRMSPRMSPRMSP, pr, pr, pr, pr, proporção mais elevada dosoporção mais elevada dosoporção mais elevada dosoporção mais elevada dosoporção mais elevada dos

últimos 20 anosúltimos 20 anosúltimos 20 anosúltimos 20 anosúltimos 20 anos

TTTTTaxa de desemprego das mulheresaxa de desemprego das mulheresaxa de desemprego das mulheresaxa de desemprego das mulheresaxa de desemprego das mulheres

reduziu-se com mais vigorreduziu-se com mais vigorreduziu-se com mais vigorreduziu-se com mais vigorreduziu-se com mais vigor

que a dos homensque a dos homensque a dos homensque a dos homensque a dos homens

Ocupação das mulheresOcupação das mulheresOcupação das mulheresOcupação das mulheresOcupação das mulheres

cresce mais que a dos homenscresce mais que a dos homenscresce mais que a dos homenscresce mais que a dos homenscresce mais que a dos homens

Rendimentos crescem e interRendimentos crescem e interRendimentos crescem e interRendimentos crescem e interRendimentos crescem e interrrrrrompemompemompemompemompem

trajetória de declíniotrajetória de declíniotrajetória de declíniotrajetória de declíniotrajetória de declínio

São Paulo janeiro de 2005 nº 14Publicação trimestral editada pela Fundação SEADE

SEADEFundação Sistema Estadual de Análise de Dados

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULOSecretaria de Economia e Planejamento

Entidades participantes

Secretaria do Emprego eRelações do Trabalho do

Estado de São Paulo – Sert

O MerO MerO MerO MerO Mercado de Tcado de Tcado de Tcado de Tcado de TrabalhorabalhorabalhorabalhorabalhoFFFFFeminino na Regiãoeminino na Regiãoeminino na Regiãoeminino na Regiãoeminino na RegiãoMetrMetrMetrMetrMetropolitana de Sãoopolitana de Sãoopolitana de Sãoopolitana de Sãoopolitana de SãoPaulo em 2004Paulo em 2004Paulo em 2004Paulo em 2004Paulo em 2004

DepartamentoIntersindical deEstatísticas eEstudosSócio-Econômicos

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1

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 3

MERCADO DE TRABALHO 4

DESEMPREGO 8

OCUPAÇÃO 14

RENDIMENTOS 18

Mutrab14.p65 28/2/2005, 17:391

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2

Governador do EstadoGeraldo AlckminVice-GovernadorCláudio Lembo

Secretário de Economia e PlanejamentoMartus Tavares

SEADEFundação Sistema Estadual de Análise de Dados

Diretora ExecutivaFelícia Reicher Madeira

Diretor Adjunto Administrativo e FinanceiroMarcos Martins Paulino

Diretor Adjunto de Análise SocioeconômicaSinésio Pires Ferreira

Diretor Adjunto de Produção de DadosVivaldo Luiz Conti

Chefia de GabineteAna Celeste de Alvarenga Cruz

Conselho de CuradoresAndrea Sandro Calabi (Presidente)Ana Maria Afonso Ferreira Bianchi

Carlos Antonio LuqueHélio Nogueira da Cruz

Luiz Antonio VaneMárcio Percival Alves Pinto

Maria Coleta Ferreira Albino de OliveiraMaria Fátima Pacheco Jordão

Neide Saraceni HahnRuben Cesar Keinert

Conselho FiscalCaioco Ishiquiriama

Fábio AlonsoGrace Maria Monteiro da Silva

Diretoria Adjunta de Análise SocioeconômicaDiretoria Adjunta de Análise SocioeconômicaDiretoria Adjunta de Análise SocioeconômicaDiretoria Adjunta de Análise SocioeconômicaDiretoria Adjunta de Análise Socioeconômica

Gerência de Análise SocioeconômicaGerência de Análise SocioeconômicaGerência de Análise SocioeconômicaGerência de Análise SocioeconômicaGerência de Análise SocioeconômicaSonia Nahas de Carvalho (gerente)

Alexandre Jorge Loloian (coordenador)Guiomar de Haro Aquilini, Marcia Halben Guerra e

Alexandre Constantino (equipe técnica)

Diretoria ExecutivaDiretoria ExecutivaDiretoria ExecutivaDiretoria ExecutivaDiretoria ExecutivaAssessoria Técnica de Suporte Institucional

Maria Cecília Comegno

Gerência de Editoração e ArteGerência de Editoração e ArteGerência de Editoração e ArteGerência de Editoração e ArteGerência de Editoração e ArteJ. B. de Souza Freitas

(MTE 10.477)

Programação VisualCristiane de Rosa Meira, Icléia Alves Cury e

Ivana B. Ruiz ToniatoPreparação de Texto

Denise Niy de MoraesRevisão de Texto

Maria Aparecida AndradeAudrey Camargo

Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADEAvenida Cásper Líbero 464 CEP 01033-000

São Paulo SP Fone (11) 2171.7200 Fax (11) 2171.7324www.seade.gov.br

[email protected] [email protected]

Fundação Sistema Estadual

de Análise de Dados – Seade

Felícia Reicher Madeira

(Diretora Executiva)

Departamento Intersindical

de Estatística e Estudos

Sócio-Econômicos – Dieese

Clemente Ganz Lúcio

(Diretor Técnico)

Conselho Estadual da

Condição Feminina – CECF

Aparecida Maria de Almeida

(Presidente)

Secretaria do Emprego e

Relações do Trabalho – Sert

Francisco Prado de

Oliveira Ribeiro

(Secretário)

Mutrab14.p65 28/2/2005, 17:392

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3

APRESENTAÇÃO

O Mercado de Trabalho Feminino na RegiãoMetropolitana de São Paulo em 2004

A proporção de mulheres que parti-cipam do mercado de trabalho na Re-gião Metropolitana de São Paulo man-teve sua trajetória de crescimento, alcan-çando 55,5% em 2004, o maior patamardesde 1985. No ano em análise aumen-tou, principalmente, a presença de jo-vens de 18 a 24 anos, das filhas, das não-negras e daquelas com ensino superior.Já entre os homens, a taxa permaneceuestável em 73,0%. A diferença de parti-cipação entre os sexos é a menor da sé-rie da pesquisa.

A taxa de desemprego das mulhe-res diminuiu para 21,5% da PopulaçãoEconomicamente Ativa feminina (PEA)em 2004. A redução de 6,8% foi supe-rior à registrada entre os homens (5,5%),cuja taxa de desemprego total diminuiupara 16,3% no ano analisado. Com essedesempenho, a desigualdade entre astaxas de desemprego de mulheres e ho-mens é a mais baixa, desde 2000.

O crescimento das ocupações entreas mulheres (4,1%) foi conseqüência dasvagas abertas nos Serviços (5,1%), naIndústria (4,4%), no Comércio (3,1%) enos Serviços Domésticos (1,3%) e, se-gundo a posição ocupacional o acrésci-mo deu-se, principalmente, entre as as-salariadas no setor privado, assalariadas

no setor público e trabalhadoras autôno-mas para o público. O aumento do nívelde ocupação dos homens (2,6%) resul-tou do crescimento nos Serviços (3,9%),no Comércio (2,6%) e na Indústria(1,8%), especialmente entre os assalaria-dos no setor público, no setor privado semcarteira de trabalho assinada e autôno-mos para o público. Do saldo positivode postos de trabalho, em 2004, na RMSP,54,3% foram ocupados pelas mulheres.

Em 2004, o rendimento médio porhora das mulheres ocupadas cresceu2,5%, depois de seis anos de redução,passando a equivaler a R$ 4,74. Essevalor correspondeu a 77,9% daquele re-cebido pelos homens (R$ 6,09).

Interrompendo oito anos de declínio,o rendimento médio familiar aumentou3,5%, em 2004, permanecendo relativa-mente estável a composição da contribui-ção entre os membros da família.

O crescimento do rendimento porhora dos ocupados, em 2004 (1,5%), foiresultado do aumento recebido pelos ne-gros (5,8%), sendo de 6,4% para os ho-mens e 2,8% para as mulheres, e em me-nor medida dos acréscimos dos ocupa-dos não-negros (1,4%), com o aumentodas mulheres (3,1%) tendo sido superiorao dos homens (0,6%).

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4

A taxa de participação feminina naRegião Metropolitana de São Paulo, queindica a presença das mulheres com dezanos ou mais no mercado de trabalhoregional inseridas como ocupadas ou de-sempregadas, aumentou de 55,1% em2003 para 55,5% em 2004, atingindo omaior patamar desde o início da pes-quisa, em 1985. Ressalte-se, no entan-to, que esse aumento (0,8%) foi o me-nor dos últimos seis anos, não obstanteo comportamento favorável da econo-mia. Entre os homens, a taxa de partici-pação não variou (73,0%).

Os movimentos da taxa de partici-pação feminina foram diferenciados porfaixa etária1, com aumento da presençadas jovens de 18 a 24 anos (2,6%) e emmenor intensidade das mulheres de 60anos e mais (0,7%), diminuição das quetinham 50 a 59 anos de idade (2,8%) erelativa estabilidade daquelas de 25 a49 anos. Convém destacar que a taxadas jovens de 18 a 24 anos atingiu o

patamar mais elevado da série e é o maisalto (77,4%) entre as mulheres.

A estabilidade da participação mas-culina expressou o movimento de en-trada dos jovens de 18 a 24 anos (1,2%)e a saída daqueles com 50 a 59 anos(1,5%) e dos meninos e adolescentes de10 a 17 anos (2,1%), uma vez que apresença dos homens com idade entre25 a 49 anos praticamente não variou.

Com relação à posição das mulhe-res no domicílio, diferentemente damaioria dos anos anteriores desde a dé-cada de 90, observou-se que a taxa departicipação das filhas aumentou (2,5%)mais que a das cônjuges (0,7%). Tal cres-cimento superou a saída das mulhereschefes de domicílio (1,1%) e das demaismoradoras (0,9%). Ainda que em inten-sidade distinta, a movimentação dos ho-mens acompanhou o comportamento dasmulheres: aumento da presença dos fi-lhos (1,7%) e diminuição dos chefes(0,8%) e demais moradores (2,1%).

MERCADO DE TRABALHO

Aumentou para 55,5% a presença das mulheres nomercado de trabalho da RMSP, proporção maiselevada dos últimos 20 anos

1 A taxa de participação das meninas e adolescentes de 10 a 17 anos cresceu 5,7%. Entretanto, é importante destacar que, provavel-mente devido às políticas governamentais, a presença de parte dessas crianças e adolescentes – de 10 a 14 anos – no mercado detrabalho vem se reduzindo nos últimos anos a ponto de não atingir mais expressão estatística separadamente, portanto, tal crescimentorefere-se, basicamente, à parcela de adolescentes de 15 a 17 anos, situação válida também para o sexo masculino.

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5

MERCADO DE TRABALHO

Gráfico 1Taxas de Participação, por Sexo

Região Metropolitana de São Paulo1996-2004

Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.

Tabela 1Taxas de Participação, por Sexo, segundo Faixas Etárias

Região Metropolitana de São Paulo2003-2004

Em porcentagem

Mulheres HomensVariações

Faixas Etárias 2004/20032003 2004 2003 2004 Mulheres Homens

Total 55,1 55,5 73,0 73,0 0,8 0,0

10 a 17 Anos 19,2 20,3 22,4 22,0 5,7 -2,1

18 a 24 Anos 75,4 77,4 88,2 89,3 2,6 1,2

25 a 39 Anos 75,5 75,4 94,4 94,3 -0,1 -0,2

40 a 49 Anos 68,0 68,1 90,6 90,5 0,3 -0,1

50 a 59 Anos 48,7 47,3 77,0 75,8 -2,8 -1,5

60 Anos e Mais 12,9 13,0 34,7 34,8 0,7 0,3

Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.

Mulheres

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

50,250,5

50,8

52,052,7

53,854,4

55,155,5

Em %Homens

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

74,5

73,9

73,3 73,4 73,472,9

73,473,0 73,0

Em %

Mutrab14.p65 28/2/2005, 17:395

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MERCADO DE TRABALHO

Tabela 2Taxas de Participação, por Sexo, segundo Posição no Domicílio

Região Metropolitana de São Paulo2003-2004

Em porcentagem

Mulheres HomensVariações

Posição no Domicílio 2004/20032003 2004 2003 2004 Mulheres Homens

Total 55,1 55,5 73,0 73,0 0,8 0,0

Chefe 60,3 59,6 83,1 82,5 -1,1 -0,8

Cônjuge 55,4 55,8 77,7 79,1 0,7 1,8

Filho 53,3 54,6 58,1 59,1 2,5 1,7

Outros 50,0 49,5 70,2 68,7 -0,9 -2,1

Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.

A análise por meio do atributo raça/cor2 indica que foram as mulheres não-negras que determinaram o crescimentoda força de trabalho feminina da RMSPem 2004, pois sua taxa de participaçãoaumentou 0,9%, enquanto a das negrasmanteve-se praticamente estável (0,2%).Entre os homens, as proporções dos ne-gros e não-negros no mercado de traba-lho permaneceram quase inalteradas(-0,3% e 0,1%, respectivamente).

Vale ainda notar que, acompanhan-do o movimento de aumento da escola-ridade da população em geral, verificou-se a continuidade da saída do mercadode trabalho das pessoas com menos anosde estudo, principalmente das mulheres.

Em 2004, possivelmente refletindomudanças na composição da mão-de-obra, com aumento do peso das pessoas

mais escolarizadas, apenas a taxa de par-ticipação das mulheres com ensino su-perior completo registrou ligeiro acrés-cimo (0,5%), verificando-se menor pro-porção de analfabetas ou daquelas comensino fundamental incompleto (3,3%),discreta variação negativa (0,4%) das quepossuíam o fundamental completo ouensino médio incompleto e relativa es-tabilidade (-0,1%) das que concluíram oensino médio ou não completaram o en-sino superior.

A principal movimentação observa-da na composição do mercado de traba-lho masculino, segundo a escolaridade,também diz respeito à redução da taxade participação dos que possuíam nenhu-ma ou pouca escolaridade (2,2%), nívelde instrução de grande parte (34,6%) daPEA masculina.

2 O segmento de indivíduos negros consiste em negros e pardos e o de não-negros, em brancos e amarelos.

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MERCADO DE TRABALHO

Tabela 3Taxas de Participação, por Sexo, segundo Raça/Cor

Região Metropolitana de São Paulo2003-2004

Em porcentagem

Mulheres HomensVariações

Raça/Cor 2004/20032003 2004 2003 2004 Mulheres Homens

Total 55,1 55,5 73,0 73,0 0,8 0,0

Negro 57,5 57,6 72,9 72,7 0,2 -0,3

Não-Negro 53,8 54,3 73,1 73,2 0,9 0,1

Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.

Tabela 4Taxas de Participação, por Sexo, segundo Nível de Escolaridade

Região Metropolitana de São Paulo2003-2004

Em porcentagem

Mulheres HomensVariações

Nível de Escolaridade 2004/20032003 2004 2003 2004 Mulheres Homens

Total 55,1 55,5 73,0 73,0 0,8 0,0

Analfabeto/Fundamental Incompleto 37,9 36,7 58,8 57,5 -3,3 -2,2

Fundamental Completo/MédioIncompleto 57,5 57,3 76,6 75,9 -0,4 -0,9

Médio Completo/Superior Incompleto 76,1 76,0 89,9 90,0 -0,1 0,1

Superior Completo 82,5 82,9 91,6 91,2 0,5 -0,5

Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.

Mutrab14.p65 28/2/2005, 17:397

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Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Empregoe Desemprego – PED.

3 Proporção de quanto a taxa de desemprego das mulheres é superior à dos homens.4 Desemprego total expressa a soma do desemprego aberto e oculto.5 Desemprego aberto = pessoas que procuraram trabalho de maneira efetiva nos 30 dias anteriores ao da entrevista e não exerceramnenhum tipo de atividade nos 7 últimos dias.6 Desemprego oculto = corresponde às seguintes situações: a) desemprego oculto pelo trabalho precário: pessoas que, para sobrevi-ver, exerceram algum trabalho, de auto-ocupação, de forma descontínua e irregular, ainda que não remunerado em negócios de paren-tes e, além disso, tomaram providências concretas, nos 30 dias anteriores ao da entrevista ou até 12 meses atrás, para conseguir umtrabalho diferente deste; b) desemprego oculto pelo desalento e outros: pessoas que não possuem trabalho e nem procuraram nosúltimos 30 dias, por desestímulos do mercado de trabalho ou por circunstâncias fortuitas, mas apresentaram procura efetiva de trabalhonos últimos 12 meses.

DESEMPREGO

Taxa de desemprego das mulheres reduziu-se commais vigor que a dos homens

Após dois anos seguidos de cresci-mento, a taxa de desemprego total femi-nina registrou diminuição de quase doispontos percentuais, entre 2003 e 2004,equivalendo a 21,5% da PEA feminina.Em intensidade menor (0,9 ponto per-centual), a taxa de desemprego dos ho-mens também decresceu sendo estima-da em 16,3% da PEA masculina. Essesdesempenhos diminuíram o sobrede-semprego3 feminino ao nível mais bai-xo desde 1999.

Os resultados favoráveis das taxasde desemprego de ambos os sexos de-correram do crescimento de postos detrabalho na RMSP em 2004. No côm-puto geral, a criação de ocupações su-perou o ingresso das mulheres no mer-cado de trabalho, determinando a redu-ção do desemprego. Sem aumentar apressão sobre o mercado de trabalho,

conforme indicado pela estabilidade desua taxa de participação, parcela dos ho-mens que estavam desempregados con-seguiu ocupar-se.

Gráfico 2Taxas de Desemprego Total, por Sexo

Região Metropolitana de São Paulo1996-2004

17,218,3

21,121,7

20,9 20,8

22,223,1

21,5

16,1

17,3

15,0 14,9

16,417,2

16,3

14,213,5

Mulheres Homens

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Em %

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DESEMPREGO

Devido à diminuição mais intensado desemprego feminino, a proporçãodas mulheres entre os desempregados naRMSP, em 2004, tornou-se pouco me-nor que no ano anterior – de 53,1% para52,9% –, mas elas permaneceram comomaioria desde 2000.

Observa-se que a diminuição da taxade desemprego total4 de ambos os se-xos, em 2004, expressou fundamental-mente a redução da taxa de desempregoaberto5 – 9,4% e 9,2%, respectivamen-te. Já a taxa de desemprego oculto6 di-minuiu apenas 1,1% para as mulheres epara os homens manteve-se praticamenteestável (-0,1%), resultado do crescimen-to do desemprego precário (0,9% e1,3%, respectivamente), praticamentecompensado pela redução da taxa dodesemprego pelo desalento, para ambosos sexos.

Esses resultados praticamente nãoalteraram a relação entre as taxas de de-semprego por tipo, segundo o sexo. Em2004, a taxa de desemprego aberto dasmulheres era 58,2% superior à dos ho-mens e a de desemprego oculto pelodesalento, 159,7% mais elevada.

Diferentemente dos anos anteriores,em 2004 houve redução da taxa de de-semprego feminino em todas as faixasetárias. Os maiores decréscimos ocor-reram entre as mulheres de 40 a 59 anos(11,7% entre 40 e 49 anos e 11,9% en-tre 50 e 59 anos), sendo que na faixados 40 anos o desemprego diminuiu de-vido ao aumento do nível de ocupação,visto que sua taxa de participação naforça de trabalho permaneceu pratica-mente estável. A taxa de desemprego dasmulheres na faixa dos 50 anos pode terdiminuído também pela saída do mer-

Tabela 5Taxas de Desemprego, por Sexo, segundo Tipo

Região Metropolitana de São Paulo2003-2004

Em porcentagem

Mulheres HomensVariações

Tipo de Desemprego 2004/20032003 2004 2003 2004 Mulheres Homens

Total 23,1 21,5 17,2 16,3 -6,8 -5,5

Aberto 16,0 14,5 10,1 9,2 -9,4 -9,2

Oculto 7,1 7,0 7,1 7,1 -1,1 -0,1

Pelo Trabalho Precário 4,1 4,1 5,9 6,0 0,9 1,3

Pelo Desalento 3,1 2,9 1,2 1,1 -6,9 -7,4

Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.

Mutrab14.p65 28/2/2005, 17:409

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10

cado, uma vez que sua taxa de partici-pação foi a única a reduzir-se.

Apesar da diminuição da taxa dedesemprego total masculina, entre elesa situação é diferenciada por faixa etá-ria. Observou-se crescimento expres-sivo da taxa de desemprego dos meni-nos e adolescentes de 10 a 17 anos7,ainda que a redução da sua taxa de par-ticipação sugira que parte deles tenhase retirado do mercado de trabalho. Nocaso dos jovens de 18 a 24 anos, o cres-cimento da taxa de desemprego foi me-nor e reflete a dificuldade dos mesmosem inserir-se como ocupados, uma vezque foi o único segmento dos homens

a incrementar sua participação em2004.

As demais faixas etárias dos homensregistraram reduções das taxas de de-semprego, inclusive maiores que as dasmulheres de 25 a 49 anos. À exceçãodos homens de 50 a 59 anos, que dimi-nuíram sua taxa de participação, todoscom mais de 25 anos foram beneficia-dos pelo crescimento da economia em2004, visto que a retração de seus ní-veis de desemprego deveu-se à passa-gem para a categoria de ocupados e nãode inativos.

Apesar dos movimentos diferencia-dos de entrada e saída do mercado de tra-

DESEMPREGO

Tabela 6Taxas de Desemprego Total, por Sexo, segundo Faixa Etária

Região Metropolitana de São Paulo2003-2004

Em porcentagem

Mulheres HomensVariações

Faixa Etária 2004/20032003 2004 2003 2004 Mulheres Homens

Total 23,1 21,5 17,2 16,3 -6,8 -5,5

10 a 17 Anos 55,3 55,0 47,1 49,5 -0,6 5,0

18 a 24 Anos 35,4 32,9 25,4 25,9 -7,2 1,9

25 a 39 Anos 19,5 18,2 13,0 11,5 -6,5 -11,3

40 a 49 Anos 15,2 13,4 13,1 11,1 -11,7 -14,8

50 a 59 Anos 12,2 10,7 12,4 11,8 -11,9 -5,0

60 Anos e Mais -(1) -(1) 9,7 8,3 -(1) -14,6

Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.(1) A amostra não comporta a desagregação para esta categoria.

7 Ver nota 1.

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11

balho, o desemprego diminuiu para to-das as posições das mulheres no domicí-lio: chefes (12,0%), cônjuges (8,8%), fi-lhas (1,4%) e outras moradoras (14,2%).

Associando-se esses resultados aosapontados pela análise do comportamen-to da taxa de participação feminina, ve-rifica-se que o desempenho menos fa-vorável para as mulheres, em 2004, foio das filhas, que não encontraram ocu-pações na proporção que demandaram.

Dados complementares indicamainda que, em relação ao total das mu-lheres desempregadas, o segmento dasfilhas foi o único a registrar aumento dasua participação, atingindo 42,7% dototal (maior proporção desde 1998), se-guidos pela participação das cônjuges(36,9%), a menor proporção desde 1999.

DESEMPREGO

A taxa de desemprego dos homensdiminuiu expressivamente para os che-fes (15,1%) e em menor magnitude paraos filhos (0,6%), e cresceu entre os ou-tros moradores (4,1%). Dado o descom-passo entre a demanda e oferta de pos-tos de trabalhos para os filhos, eles pas-saram a representar praticamente a me-tade (49,7%) do total de homens desem-pregados, nível mais elevado desde oinício da década de 90. Já os chefes, querepresentam a segunda maior parcela dehomens desempregados, diminuíram suaparticipação para o patamar mais baixodesde a referida década.

Segundo raça/cor, em 2004, a taxade desemprego das mulheres negras di-minuiu (8,1%) mais que a das não-ne-gras (6,5%), o mesmo ocorrendo entre

Tabela 7Taxas de Desemprego Total, por Sexo, segundo Posição no Domicílio

Região Metropolitana de São Paulo2003-2004

Em porcentagem

Mulheres HomensVariações

Posição no Domicílio 2004/20032003 2004 2003 2004 Mulheres Homens

Total 23,1 21,5 17,2 16,3 -6,8 -5,5

Chefe 14,7 12,9 11,3 9,6 -12,0 -15,1

Cônjuge 20,0 18,2 -(1) -(1) -8,8 -

Filho 32,0 31,6 28,1 27,9 -1,4 -0,6

Outros 26,9 23,1 24,3 25,3 -14,2 4,1

Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.(1) A amostra não comporta a desagregação para esta categoria.

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os homens (7,0% e 4,7%), diminuindoa diferença do tradicional sobredesem-prego dos negros em relação aos não-negros. Em 2003, as taxas de desempre-go de mulheres e homens negros eram34,6% e 45,3% superiores às dos nãonegros e, em 2004, correspondiam a32,3% e 41,8%, respectivamente.

Tabela 8Taxas de Desemprego Total, por Sexo, segundo Raça/Cor

Região Metropolitana de São Paulo2003-2004

Em porcentagem

Mulheres HomensVariações

Raça/Cor 2004/20032003 2004 2003 2004 Mulheres Homens

Total 23,1 21,5 17,2 16,3 -6,8 -5,5

Negro 27,6 25,4 21,5 20,0 -8,1 -7,0

Não-Negro 20,5 19,2 14,8 14,1 -6,5 -4,7

Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.

Houve redução generalizada do de-semprego para os dois sexos em todosos níveis de escolaridade, com exceçãodas trabalhadoras com ensino superiorcompleto, que registraram pequena va-riação negativa (0,4%) e foram as úni-cas a ampliarem sua participação nomercado de trabalho. Entre as mulheres

Tabela 9Taxas de Desemprego Total, por Sexo, segundo Nível de Escolaridade

Região Metropolitana de São Paulo2003-2004

Em porcentagem

Mulheres HomensVariações

Nível de Escolaridade 2004/20032003 2004 2003 2004 Mulheres Homens

Total 23,1 21,5 17,2 16,3 -6,8 -5,5

Analfabeto/Fundamental Incompleto 23,4 20,7 19,2 18,1 -11,7 -5,5

Fundamental Completo/MédioIncompleto 33,5 32,1 23,1 22,5 -4,3 -2,6

Médio Completo/Superior Incompleto 22,7 22,0 14,6 14,0 -3,1 -3,8

Superior Completo 7,9 7,9 6,0 5,6 -0,4 -6,0

Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.

Mutrab14.p65 28/2/2005, 17:4012

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13

o maior decréscimo (11,7%) ocorreuentre as analfabetas ou com ensino fun-damental incompleto, mas vale lembrarque esse segmento foi o que apresentoua maior redução na taxa de participação(3,3%). Entre os homens, o desempenhofoi mais favorável àqueles com ensinosuperior completo (diminuição de 6,0%na taxa de desemprego), ainda que te-nham apresentado ligeira redução(0,5%) de sua taxa de participação.

Em 2004, o tempo médio de de-semprego das mulheres com experiên-cia anterior de trabalho aumentou, após

ter diminuído nos dois anos anteriores,passando de 22 para 24 meses, o maiselevado da série, também registrado em2000 e 2001. Essa média continua bas-tante superior à dos homens, mesmocom o aumento também verificado paraesse contingente (de 15 para 16 me-ses). Com esses resultados pode-sesupor que, provavelmente, os desem-pregados por menos tempo foram osque saíram dessa situação, em 2004,ao passo que permaneceram desempre-gados aqueles que estão a mais temponessa condição.

Gráfico 3Tempo Médio de Desemprego, por Sexo

Região Metropolitana de São Paulo1996-2004

Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.

Em meses

17

21 2123

24 2423

2224

1011 12

1415

14 1415

16

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Mulheres Homens

Mutrab14.p65 28/2/2005, 17:4013

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14

O nível de ocupação feminino au-mentou 4,1% em 2004, mantendo a tra-jetória de crescimento pelo sexto anoconsecutivo e repetindo, em intensida-de de ampliação, o bom desempenhode 2000 e 2001. Entre os homens, onível ocupacional apresentou cresci-mento de 2,6%, o segundo melhor de-sempenho desde 1996, superado ape-nas pelo aumento (5,2%) de 2000. Es-ses movimentos distintos resultaram noaumento da participação feminina no

OCUPAÇÃO

Ocupação das mulherescresce mais que a dos homens

total de ocupados (de 43,9% em 2003para 44,2% em 2004).

Em 2004, o crescimento do nívelocupacional das mulheres deveu-se aodesempenho positivo dos setores de Ser-viços (5,1%), Indústria (4,4%), Comér-cio (3,1%) e em menor medida dos Ser-viços Domésticos (1,3%). Entre os ho-mens, houve crescimento nos Serviços(3,9%), no Comércio (2,6%) e na In-dústria (1,8%) e redução na ConstruçãoCivil (11,9%).

Gráfico 4Índices do Nível de Ocupação, por Sexo

Região Metropolitana de São Paulo1996-2004

Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.

90

100

110

120

130

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Base: média 1996 = 100

Mulheres Homens

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15

Os Serviços, que agregam metadedas mulheres ocupadas na RMSP(50,9%), mantiveram o crescimento dosúltimos anos, apresentando aumento em2004 (5,1%) semelhante ao de 2000(5,2%). Entre os ramos que mais cresce-ram, destacam-se os serviços Auxiliares(15,7%), de Transportes e Armazenagem(15,0%), Creditícios e Financeiros(11,2%) e Pessoais (10,2%). As mulhe-res que conseguiram se ocupar nos Ser-viços foram contratadas principalmentecomo assalariadas no segmento privado(5,3%), tanto com e sem carteira de tra-balho assinada (5,4% e 5,0%, respecti-vamente), no setor público (4,0%), ouse inseriram como empregadoras (6,9%),

autônomas para o público (6,6%) ou pro-fissionais universitárias autônomas e do-nas de negócio familiar (9,5%).

No Comércio, setor em que atuam15,0% das mulheres ocupadas na RMSP,o aumento do nível de ocupação foi de3,1% em 2004. O acréscimo das ocupa-ções concentrou-se entre as assalariadasdo setor privado (7,4%), tanto sem car-teira de trabalho assinada (13,3%) comocom carteira assinada (5,5%), já que asautônomas apresentaram pequena varia-ção (0,9%).

O desempenho positivo da ocupaçãona Indústria (4,4%), responsável por14,5% das mulheres ocupadas, deveu-seao crescimento nos ramos de Vestuário,

OCUPAÇÃO

Gráfico 5Índices do Nível de Ocupação, por Sexo, segundo Setor de Atividade

Região Metropolitana de São Paulo1996-2004

Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.

60

80

100

120

140

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Bas

e: M

édia

199

6 =

100

60

80

100

120

140

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Ba

se:

dia

19

96

= 1

00

Homens

Comércio

Serviços Construção Civil

Indústria

Mulheres

Comércio

Serviços Serviços Domésticos

Indústria

Mutrab14.p65 28/2/2005, 17:4015

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16

Calçados e Artefatos de Tecido (11,1%),Química, Farmacêutica e Plásticos(8,6%), Artesanato (14,1%) e Alimenta-ção (3,0%). O aumento das ocupaçõesconcentrou-se entre as trabalhadoras as-salariadas no setor privado, sem carteirade trabalho assinada (13,1%) e no traba-lho autônomo para o público (15,1%).

O pequeno crescimento (1,3%) donível de ocupação nos Serviços Domés-ticos em 2004 é reflexo da diminuiçãode 19,2%, em 2003, para 18,7%, no ano

em análise, da participação das mulhe-res da RMSP ocupadas na atividade. Talcomportamento resultou do crescimen-to entre as mensalistas (3,8%), já quehouve redução das diaristas (6,2%).

Segundo os tipos de inserção, o as-salariamento total da RMSP cresceumais para as mulheres (5,5%) do quepara os homens (3,1%) no ano em aná-lise, resultado do aumento nos setoresprivado (5,7% e 2,7%, respectivamen-te) e público (4,3% e 6,9%, respectiva-

OCUPAÇÃO

Tabela 10Distribuição dos Ocupados, por Sexo, segundo Posição na Ocupação

Região Metropolitana de São Paulo2003-2004

Em porcentagem

Mulheres HomensPosição na Ocupação2003 2004 2003 2004

Total 100,0 100,0 100,0 100,0

Assalariado Total (1) 56,7 57,5 66,3 66,5 Setor Privado 45,5 46,2 60,2 60,2 Com Carteira Assinada 34,1 34,3 45,2 44,9 Sem Carteira Assinada 11,4 12,0 15,0 15,4 Setor Público 11,2 11,2 6,0 6,3Autônomo 17,8 17,7 24,6 24,6 Trabalha para o Público 10,5 10,8 14,2 14,4 Trabalha para Empresa 7,2 6,9 10,4 10,2Empregador 2,9 2,9 6,0 5,9Empregado Doméstico 19,2 18,7 0,7 0,7 Mensalista 14,5 14,4 (2)- (2)- Diarista 4,8 4,3 (2)- (2)-Trabalhador Familiar 2,2 1,9 1,0 0,9Demais 1,3 1,4 1,4 1,4

Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.(1) Inclusive os assalariados que não informaram o segmento em que trabalham.(2) A amostra não comporta desagregação para essa categoria.

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17

mente). No setor privado, o crescimentofoi de 9,0% e 5,1% para mulheres e ho-mens assalariados sem carteira de traba-lho e de 4,6% e 1,9% entre aqueles comcarteira assinada. O nível de ocupaçãodas trabalhadoras autônomas aumentou3,5%, devido, exclusivamente, ao com-portamento entre as que trabalhavampara o público (6,2%), visto que entreas que trabalhavam para as empresasregistrou-se pequena variação (-0,5%).

OCUPAÇÃO

O trabalho autônomo masculino am-pliou-se em 2,5%, principalmente o vol-tado para o público. Com menor expres-são absoluta, merece destaque o cresci-mento de 9,4% no segmento que agregaas profissionais universitárias autônomase as donas de negócio familiar e das em-pregadoras (4,2%). Houve retração en-tre as trabalhadoras e trabalhadores fa-miliares sem remuneração salarial (8,0%e 11,0%).

Tabela 11Índices do Nível de Ocupação, por Sexo, segundo Posição na Ocupação

Região Metropolitana de São Paulo2003-2004

Base: média de 1996 = 100

Mulheres HomensVariações

Posição na Ocupação 2004/2003 (%)2003 2004 2003 2004 Mulheres Homens

TOTAL 116,5 121,2 105,4 108,2 4,1 2,6Assalariado (1) 113,9 120,1 105,0 108,2 5,5 3,1 Setor Privado 116,6 123,3 106,1 108,9 5,7 2,7 Com Carteira Assinada 110,8 116,0 100,9 102,8 4,6 1,9 Sem Carteira Assinada 138,2 150,7 125,4 131,8 9,0 5,1 Setor Público 104,0 108,5 95,9 102,5 4,3 6,9Autônomo 128,0 132,5 115,6 118,5 3,5 2,5 Trabalha para o Público 117,8 125,2 107,6 111,6 6,2 3,8 Trabalha para Empresa 146,7 146,0 128,8 129,8 -0,5 0,8Empregador 97,6 101,8 84,2 84,4 4,2 0,3Trabalhador Doméstico 122,5 124,1 89,1 96,9 1,3 8,8 Mensalista 124,6 129,3 (2) (2) 3,8 - Diarista 116,7 109,4 (2) (2) -6,2 -Trabalhador Familiar 84,3 77,6 71,5 63,7 -8,0 -11,0

Demais 128,4 140,4 121,8 124,1 9,4 1,9

Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.(1) Inclusive as assalariadas que não informaram o segmento em que trabalham.(2) A amostra não comporta a desagregação para esta categoria.

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18

O rendimento anual médio das mu-lheres ocupadas na Região Metropoli-tana de São Paulo cresceu 2,5% em2004, revertendo a tendência de declí-nio dos últimos seis anos, passando deR$ 772, em 2003, para R$ 792, em 2004.Para os homens, cujo rendimento anualmédio também apresentava trajetória dedeclínio pelo menos desde 1997, o au-mento foi de 1,2%, variando de R$ 1.185para R$ 1.199, no mesmo período.

Em 2004, diminuiu ligeiramente adiferença da jornada semanal média dehomens e mulheres, tendo estas traba-lhado o mesmo número de horas sema-nais que em 2003 (39 horas), ao passoque os homens reduziram sua carga ho-rária semanal média para 46 horas, umaa menos que no ano anterior.

A análise dos rendimentos por hora,de mulheres (R$ 4,74) e homens (R$6,09), que permite uma comparaçãomais adequada, mostra que 2004 foimenos favorável para as mulheres, umavez que os valores são maiores em 3,4%e 2,5%, respectivamente, que os rendi-mentos vigentes em 2003. Observou-se,dessa forma, pequeno aumento do dife-rencial dos rendimentos masculino e fe-minino, de forma que o valor recebido

por hora pelas mulheres passou a equi-valer a 77,9% do registrado para os ho-mens, enquanto em 2003 essa propor-ção era de 78,6% (Gráfico 6).

Os aumentos dos rendimentos paraambos os sexos, em 2004, decorreramdo crescimento em quase todos os seto-res de atividade. Entre as mulheres, orendimento médio por hora ampliou-separa aquelas que trabalhavam no setorde Serviços (3,6%) e no Comércio(0,9%), tendo se reduzido para aquelasque atuavam nos Serviços Domésticos(2,3%) e na Indústria (1,4%). Para oshomens, os maiores aumentos nos ren-dimentos por hora foram registradospara os ocupados na Construção Civil(10,3%), no Comércio (5,5%), na Indús-tria (4,0%) e em menor medida nos Ser-viços (0,4%) (Tabela 12).

Os movimentos dos rendimentos porhora recebidos por homens e mulheresocupados na RMSP, nos principaissetores de atividade, tiveram impactosdiferenciados na proporção entre ossexos. Em 2004, as mulheres receberamo equivalente a 98,3% do valor recebidopor hora pelos homens nos Serviços(95,3% em 2003) e 61,9% no setorIndustrial (menor que os 65,2% de

RENDIMENTOS

Rendimentos crescem e interrompemtrajetória de declínio

Mutrab14.p65 28/2/2005, 17:4018

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19

Gráfico 6Rendimento Médio Real por Hora de Mulheres Ocupadas

em Relação ao Rendimento Médio Real por Hora de Homens Ocupados (1)Região Metropolitana de São Paulo

1989-2004

Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.(1) Inflator utilizado: ICV do Dieese.

Tabela 12Rendimento Médio Real (1) por Hora dos Ocupados no Trabalho Principal,

por Sexo, segundo Setor de AtividadeRegião Metropolitana de São Paulo

2003-2004Em reais de novembro de 2004

Mulheres HomensVariações

Setor de Atividade 2004/2003 (%)2003 2004 2003 2004 Mulheres Homens

Ocupados (2) 4,63 4,74 5,89 6,09 2,5 3,4

Indústria 4,40 4,34 6,75 7,01 -1,4 4,0

Comércio 3,28 3,31 4,14 4,36 0,9 5,5

Serviços 6,04 6,26 6,34 6,37 3,6 0,4

Construção Civil (3) (3) 4,77 5,26 - 10,3

Serviços Domésticos 2,32 2,27 (3) (3) -2,3 -

Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.(1) Inflator utilizado: ICV do Dieese. Exclusive os que não trabalharam na semana, os assalariados e empregados domésticos assalariados que não tiveramremuneração no mês, os trabalhadores familiares sem remuneração salarial e os trabalhadores que ganharam exclusivamente em espécie ou benefício.(2) Inclui os demais setores de atividade.(3) A amostra não comporta a desagregação para esta categoria.

RENDIMENTOS

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

1989 1992 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Em %

Mutrab14.p65 28/2/2005, 17:4019

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20

2003). No Comércio, essa proporçãopassou de 79,4%, em 2003, para 75,9%,em 2004.

Segundo posição na ocupação, osmaiores ganhos das mulheres ocupadas(2,5%), resultaram do crescimento dorendimento das trabalhadoras autônomas(2,3%), em especial daquelas que tra-balharam para empresas (4,0%) e dasassalariadas do setor público (4,7%). Nosegmento privado, as assalariadas com

carteira assinada obtiveram aumento de1,8% e as sem carteira sofreram redu-ção de 5,9%. A diminuição de 2,3% nosrendimentos das trabalhadoras domés-ticas decorreu do decréscimo registra-do entre as diaristas (3,4%) e em menormedida entre as mensalistas (0,4%). Oacréscimo de 3,4% no rendimento mé-dio por hora dos homens ocupados re-fletiu o aumento entre os autônomos(3,9%) e os assalariados (3,7%).

RENDIMENTOS

Tabela 13Rendimento Médio Real (1) por Hora dos Ocupados no Trabalho Principal,

por Sexo, segundo Posição na OcupaçãoRegião Metropolitana de São Paulo

2003-2004Em reais de novembro de 2004

Mulheres HomensVariações

Posição na Ocupação 2004/2003 (%)2003 2004 2003 2004 Mulheres Homens

Ocupado 4,63 4,74 5,89 6,09 2,5 3,4

Assalariado (2) 5,53 5,60 5,80 6,02 1,2 3,7 Setor Privado 4,77 4,77 5,54 5,58 0,1 0,8 Com Carteira Assinada 5,29 5,38 6,05 6,13 1,8 1,2 Sem Carteira Assinada 3,32 3,13 3,92 3,93 -5,9 0,3 Setor Público 8,72 9,13 9,77 10,16 4,7 4,0Autônomo 2,86 2,92 4,13 4,30 2,3 3,9 Trabalha para Empresa 3,36 3,49 4,98 5,31 4,0 6,7 Trabalha para o Público 2,51 2,50 3,58 3,73 -0,6 4,2Empregador (3) 9,46 13,30 13,34 - 0,3Trabalhador Doméstico 2,32 2,27 (3) (3) -2,3 - Mensalista 2,13 2,12 (3) (3) -0,4 - Diarista 3,48 3,36 (3) (3) -3,4 -

Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.(1) Inflator utilizado: ICV do Dieese. Exclusive os que não trabalharam na semana, os assalariados e empregados domésticos assalariados que não tiveramremuneração no mês, os trabalhadores familiares sem remuneração salarial e os trabalhadores que ganharam exclusivamente em espécie ou benefício.Exclusive os que não trabalharam na semana.(2) Inclusive os assalariados que não sabem o tipo de empresa em que trabalham.(3) A amostra não comporta a desagregação para esta categoria.

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Em 2004, o valor por hora recebidopelas mulheres assalariadas com carteiraassinada do setor privado passou a cor-responder a 87,9% daquele recebido pe-los homens com esse tipo de vínculo, pra-ticamente a mesma relação observada em2003 (87,4%). Já para as assalariadas semcarteira de trabalho essa proporção equi-valeu a 79,5%. No setor público, os va-lores se aproximaram, equivalendo osrendimentos das mulheres a 89,8% doshomens (89,2% em 2003).

No segmento dos trabalhadores au-tônomos ampliou-se ligeiramente o di-ferencial de rendimentos por hora entrehomens e mulheres: em 2003, o rendi-mento por hora das mulheres correspon-dia a 69,1% do dos homens; em 2004,passou a valer 68,1%, sendo de 65,8%para as que trabalhavam para empresa ede 66,9% para aquelas que trabalhavampara o público.

Em relação à escolaridade dos ocu-pados da RMSP, observou-se que, entre2003 e 2004, os maiores aumentos ocor-reram entre as mulheres com ensino su-perior completo (6,9%), em comparaçãoaos homens ocupados com o mesmo ní-vel de instrução (1,1%). Para as mulhe-res com ensino médio completo ou su-perior incompleto, no entanto, o decrés-cimo (5,0%) foi maior do que entre oshomens (0,8%) com escolaridade equi-valente (Tabela 14).

Não obstante as melhorias ocorridasnos níveis salariais entre 2003 e 2004,há que se considerar que os mesmos en-contram-se em patamares ainda muitobaixos. Comparados a 1998, ano em que

os rendimentos das mulheres iniciaramsua recente trajetória de declínio, os ren-dimentos médios por hora de mulheres ehomens ocupados, em 2004, eram me-nores em 26,5% e 29,9%, respectivamen-te. No caso das mulheres, as maiores per-das no período aconteceram na Indústria(32,8%) e no Comércio (30,1%); para oshomens, no Comércio (32,2%) e nos Ser-viços (30,0%).

Por posição na ocupação, os ren-dimentos por hora registraram maioresreduções, em relação a 1998, para asmulheres que trabalhavam como autô-nomas (38,4%) e para as trabalhadorasdomésticas (28,1%), sendo menos in-tensas para as assalariadas (25,1%), emespecial as do setor público (18,6%),em contraste com as do setor privado(28,0%). Entre os homens, também sedestaca o maior decréscimo para os au-tônomos (35,0%) do que para os assa-lariados (26,8%).

Comparando-se os rendimentos porhora pagos em 2004 com aqueles de1998, verifica-se que apenas para os seg-mentos com maior escolaridade a perdafoi menor do que a média para ambosos sexos: 24,7% para as mulheres comsuperior completo e 27,7% para os ho-mens com a mesma escolaridade.

Pode-se afirmar que, apesar da ten-dência de redução nos níveis de rendi-mentos observada nos anos 90, quantomaior for a escolaridade, menor a perdadas remunerações, e que o fator escola-ridade exerce influência diferenciada,mesmo em períodos de diminuição dosníveis salariais.

RENDIMENTOS

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CÔNJUGES MANTÊM PARTICIPAÇÃO NORENDIMENTO FAMILIAR

Em 2004, a composição do rendi-mento familiar entre seus membros man-teve-se praticamente inalterada, em re-lação a 2003. A contribuição dos chefes

de domicílio foi de 65,7%, dos cônju-ges de 17,2%, dos filhos de 13,7% e dosdemais membros da família de 3,4%.Comparando com 1995, verifica-se queo aumento de três pontos percentuais daparticipação dos cônjuges aproxima-seda perda de participação dos chefes dedomicílio (Gráfico 7).

Tabela 14Rendimento Médio Real (1) por Hora dos Ocupados no Trabalho Principal,

por Sexo, segundo Atributos PessoaisRegião Metropolitana de São Paulo

2003-2004Em reais de novembro de 2004

Mulheres HomensVariações

Atributos Pessoais 2004/2003 (%)2003 2004 2003 2004 Mulheres Homens

Ocupado (2) 4,63 4,74 5,89 6,09 2,5 3,4Faixa Etária 10 a 17 Anos 1,49 1,46 1,58 1,66 -2,2 5,2 18 a 24 Anos 3,06 2,96 3,25 3,30 -3,1 1,5 25 a 39 Anos 4,88 4,97 5,97 5,97 1,8 -0,1 40 a 49 Anos 5,50 5,56 7,88 7,50 1,1 -4,9 50 a 59 Anos 5,18 6,03 7,80 8,28 16,5 6,1 60 Anos e Mais 4,20 4,36 6,71 7,11 3,8 5,9Posição no Domicílio Chefe 4,91 5,20 6,71 6,80 5,9 1,3 Cônjuge 5,05 5,17 -(3) -(3) 2,3 - Filho 4,17 4,12 4,21 4,24 -1,1 0,8 Outros 2,91 2,90 3,77 3,66 -0,3 -3,1Nível de Instrução Analfabeto/Fundamental Incompleto 2,23 2,22 3,26 3,24 -0,7 -0,8 Fundamental Completo+ Médio Incompleto 2,73 2,70 4,00 3,94 -1,2 1,3 Médio Completo/Superior Incompleto 4,51 4,29 6,31 6,26 -5,0 -0,8 Superior Completo 13,06 13,96 19,62 19,84 6,9 1,1Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.(1) Inflator utilizado: ICV do DIEESE. Exclusive os assalariados e empregados domésticos assalariados que não tiveram remuneração no mês, os trabalha-dores familiares sem remuneração salarial e os trabalhadores que ganharam exclusivamente em espécie ou benefício.(2) Inclusive os que não declararam nível de instrução.(3) A amostra não comporta a desagregação para esta categoria.

RENDIMENTOS

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Pela primeira vez desde 1996, o ren-dimento médio real familiar em 2004também apresentou crescimento (3,5%),passando a valer R$ 1.633. O fato deesse aumento ter sido superior ao veri-ficado para o rendimento médio real dosocupados (1,5%) certamente é reflexoda incorporação de um maior número demembros da família entre os ocupados,em especial cônjuges e filhos.

O crescimento do rendimento mé-dio familiar em 2004 foi fruto de resul-tados diferenciados segundo os tipos dearranjo familiar. O rendimento do gru-

po de famílias com chefia feminina, semcônjuge e com filhos aumentou 7,7%,passando de R$ 1.086 em 2003, para R$1.170 em 2004, seguido pelo grupo defamílias compostas de casal com chefiamasculina e com filhos, cujo rendimen-to cresceu 5,6% (de R$ 1.821, em 2003,para R$ 1.923, em 2004). O grupo defamílias com chefia masculina, sem côn-juge, com ou sem filhos, foi o que expe-rimentou a maior redução (7,7%), ten-do o rendimento familiar passado de R$1.355, em 2003, para R$ 1.251, em 2004(Gráfico 8).

RENDIMENTOS

Gráfico 7Distribuição da Massa de Rendimento Familiar (1),

segundo Posição na FamíliaRegião Metropolitana de São Paulo

1995-2004

Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.(1) Inflator utilizado: ICV do Dieese. O rendimento familiar total consiste na soma de rendimentos de aposentadorias e pensões do trabalho principal eadicional (só de ocupados), de trabalhos ocasionais precários (só de inativos com trabalho ocasional e de desempregados com trabalho precário) e doseguro-desemprego (só de desempregados e de inativos) recebidos pelos indivíduos maiores de 10 anos, cuja posição na família seja chefe, cônjuge, filho,outro parente ou agregado.

68,5 66,9 67,7 66,6 65,5 65,5 65,7

14,2 16,1 15,7 15,9 16,5 17,1 17,2

13,7 13,3 14,0 14,5 13,8 13,7

3,6 3,6 3,4 3,4 3,5 3,6 3,4

13,5

0

20

40

60

80

100

1995 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Em %

Chefes Cônjuges Filhos Demais

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Gráfico 8Rendimento Médio Familiar (1), segundo Tipo de Arranjo Familiar

Região Metropolitana de São Paulo1995-2004

Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.(1) Inflator utilizado: ICV do Dieese. O rendimento familiar total consiste na soma de rendimentos de aposentadorias e pensões do trabalho principal eadicional (só de ocupados), de trabalhos ocasionais precários (só de inativos com trabalho ocasional e de desempregados com trabalho precário) e doseguro-desemprego (só de desempregados e de inativos) recebidos pelos indivíduos maiores de 10 anos, cuja posição na família seja chefe, cônjuge, filho,outro parente ou agregado.

As principais modificações dos pa-péis dos membros familiares na compo-sição da renda, segundo os diferentesgrupos familiares, ocorreram naquelescom chefe feminino, sem cônjuge e comfilhos, em que a participação da mulhercresceu de 51,8%, em 2003, para 54,4%,em 2004, decorrente da redução da con-tribuição dos filhos, que passou de42,0% para 39,4% no período. Nos gru-pos compostos de casal com chefia fe-minina, com ou sem filhos, a participa-ção da mulher na renda familiar redu-ziu-se de 47,4%, em 2003, para 38,8%,em 2004, principalmente como resulta-

do do aumento da contribuição do côn-juge, que elevou sua participação de39,6%, em 2003, para 48,3%, em 2004.

RENDIMENTOS DOS NEGROS APRESENTAMMAIORES AUMENTOS

Em 2004, 35,6% dos ocupados naRMSP foram classificados como negros,o maior nível de toda a série da pesqui-sa. Considerados os principais setoresde atividade, há uma sub-representaçãodas mulheres negras em todos eles, dadasua elevada concentração nos ServiçosDomésticos. Ainda que a parcela de

RENDIMENTOS

0

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

Casal com chefia

masculina com filhos

Casal com chefia

masculina sem filhos

Chefe feminino, sem

Cônjuge, com Filhos

Chefe feminino, sem

Cônjuge, sem Filhos

Chefe masculino, sem

Cônjuge, com ou sem

filhos

1995 2003 2004

E m reais de no v em bro de 2004

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mulheres negras ocupadas nos ServiçosDomésticos tenha se reduzido de 30,1%,em 2003, para 28,8%, em 2004, conti-nua muito superior à da mulher não-ne-gra (13,3% em 2003 e 12,9% em 2004)e muito acima da média do total de ocu-pados nesse tipo de atividade (8,8% e8,7%). Já entre as não-negras, a sub-re-presentação acontece apenas na Indús-tria: em 2004, 14,5% delas estavam ocu-padas nessa atividade, em relação àmédia de 19,1% dos ocupados no setor.

Por posição na ocupação, em 2004as mulheres não-negras permaneceramcom uma distribuição menos desvanta-

josa que as negras. Embora também es-tejam sub-representadas nas melhoresformas de inserção, a sua parcela deempregadoras (3,7%) é bem próxima damédia do total de ocupados (4,5%) eestão sobre-representadas no Setor Pú-blico (12,6% em comparação com amédia total de 8,5%). Este é também oúnico segmento, além do serviço domés-tico, em que a participação das negras(8,8%) é ligeiramente superior à média.

Como resultado dessa distribuiçãodiferenciada de oportunidades ocupacio-nais, verifica-se a ocorrência de médiasde rendimentos por hora muito menores

Gráfico 9Distribuição de Mulheres e Homens Ocupados, segundo Raça/Cor

Região Metropolitana de São Paulo1996-2004

Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.

RENDIMENTOS

0

15

30

45

1996 2003 2004

E m %

Mulheres Negras Homens Negros

Mulheres Não-Negras Homens Não-Negros

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para as mulheres negras do que para osdemais segmentos. Em 2004, o rendi-mento médio por hora delas (R$ 3,00)era menor do que o observado para oshomens negros (R$ 3,92), para as mu-lheres não-negras (R$ 5,76) e os homensnão-negros (R$ 7,33).

Essas diferenças não são maioresporque entre 2003 e 2004 os ocupadosnegros obtiveram aumentos nos seusrendimentos médios por hora (5,8%)superiores aos conseguidos pelos não-negros (1,4%). Os maiores aumentosforam dos homens negros (6,4%), segui-

dos pelas mulheres não-negras (3,1%),as mulheres negras (2,8%) e os homensnão-negros (0,6%). Com isso, o rendi-mento por hora das mulheres negraspassou a equivaler a 76,6% daquele re-cebido pelos homens negros, quase trêspontos percentuais a menos do que em2003 (79,3%), enquanto verificou-semovimento contrário entre as não-ne-gras, passando seu rendimento a equi-valer a 78,6% daquele dos homens não-negros, cerca de dois pontos porcentuaisa mais do que no ano anterior (76,8%),conforme a Tabela 15.

Tabela 15Rendimento Médio Real (1) por Hora dos Ocupados no Trabalho Principal,por Raça/Cor e Sexo, segundo Setor de Atividade e Posição na Ocupação

Região Metropolitana de São Paulo2003-2004

Em reais de novembro de 2004

Negros Não-NegrosSetor de Atividade e Mulheres Homens Mulheres HomensPosição na Ocupação 2003 2004 2003 2004 2003 2004 2003 2004

Ocupados 2,92 3,00 3,68 3,92 5,59 5,76 7,28 7,33

Indústria 2,85 2,89 4,27 4,56 5,24 5,35 8,21 8,27

Comércio 2,56 2,49 2,71 2,82 3,66 3,83 5,01 5,29

Serviços 3,65 3,82 3,84 4,03 7,05 7,34 7,64 7,64

Construção Civil (2) (2) 3,56 3,79 (2) (2) 6,29 (2)

Serviços Domésticos 2,25 2,20 (2) (2) 2,39 2,28 (2) (2)

Assalariado com Carteira 3,39 3,58 3,95 4,21 6,16 6,25 7,26 7,22

Assalariado sem Carteira 2,30 2,21 2,60 2,79 3,77 3,55 4,84 4,78

Autônomo para Empresa 2,06 1,99 3,12 3,25 4,09 4,43 5,89 6,39

Autônomo para o Público 1,60 1,79 2,91 2,81 3,08 2,99 3,99 4,35

Fonte: SEP. Convênio Seade – Dieese e MTE/FAT. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED.(1) Inflator utilizado: ICV do Dieese. Exclusive os que não trabalharam na semana, assalariados e empregados domésticos assalariados que não tiveramremuneração no mês, os trabalhadores familiares sem remuneração salarial e os trabalhadores que ganharam exclusivamente em espécie ou benefício.(2) A amostra não comporta a desagregação para esta categoria.

RENDIMENTOS

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Em 2004, praticamente não se alte-rou a situação verificada na maioria dossetores de atividade, em que as mulheresnegras recebem substancialmente menosdo que as mulheres não-negras. O ren-dimento das negras equivalia a 54,1%das não-negras na Indústria, 52,0% nosServiços, 64,9% no Comércio e 96,3%nos Serviços Domésticos. A mesma si-tuação se observa na comparação entreos rendimentos dos homens negros emrelação aos não-negros: na Indústria aproporção era de 55,2%, nos Serviçosde 52,7% e de 53,4% no Comércio.

Segundo posição na ocupação, tam-bém se verifica a permanência da desi-gualdade de rendimentos entre os gru-pos analisados, não obstante os maioresaumentos dos rendimentos por hora dosnegros em relação aos não-negros, en-tre 2003 e 2004. Para o total dos assala-riados negros o crescimento foi de 7,1%,favorecendo mais os homens (7,8%) doque as mulheres (4,0%). Esse resultadofoi influenciado pelos aumentos no se-tor privado (7,2%), em especial dos as-salariados com carteira assinada (8,5%),já que no setor público o crescimentofoi menor (1,9%). No caso dos assala-riados não-negros, os rendimentos porhora cresceram apenas 0,7%, favorecen-do mais as mulheres (1,3%) do que oshomens (0,3%). A pequena retração nosetor privado (0,8%) resultou do decrés-cimo dos assalariados sem carteira assi-nada (2,8%), o que contrasta com o au-mento verificado no setor público(6,3%).

Entre os trabalhadores autônomos,a evolução dos rendimentos entre 2003e 2004 foi mais favorável aos não-ne-gros (7,1%) do que aos negros (1,2%).O crescimento foi maior para os autô-nomos do sexo masculino não-negrosque trabalhavam para o público (9,1%)e para as empresas (8,4%), uma vez queentre as mulheres não-negras que traba-lhavam para as empresas o acréscimo foide 8,2% e ocorreu redução para as quetrabalhavam para o público (2,9%). Si-tuação contrária enfrentaram as mulhe-res autônomas negras que trabalhavampara as empresas (-3,2%) e para o pú-blico (11,9%).

Entre as assalariadas com carteirade trabalho assinada, o aumento foimaior para as negras (5,6%) do que paraas não-negras (1,6%); entre aquelas semcarteira assinada, o declínio para as ne-gras (4,0%) foi inferior ao observadopara as não-negras (5,8%). Os rendimen-tos por hora das empregadas domésti-cas negras e não-negras, em 2004, re-duziram-se em 2,5% e 4,5%, respecti-vamente, em relação a 2003.

Comparados os valores recebidosem 2004 com os de 1996, os maioresdecréscimos ocorreram para os trabalha-dores autônomos (43,9%), tanto entreaqueles voltados para as empresas(46,8%) quanto para o público (43,7%),sendo os rendimentos das mulheres ne-gras menores em 45,3% e os das não-negras em 40,6%. O nível dos ganhosdos assalariados com carteira assinada,em 2004, era 27,4% menor do que em

RENDIMENTOS

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1996, sendo a redução de 18,3% paraos negros e de 13,7% para as mulheresnegras, a menor perda registrada paraos grupos analisados. Para os não-ne-gros, o decréscimo foi de 27,1%, sendode 22,0% para as mulheres não-negras.

Entre os assalariados sem carteiraassinada a menor redução ocorreu paraas mulheres negras (17,5%) e a maiorfoi a observada para as mulheres não-negras (24,7%).

Segundo o nível de escolaridade, oúnico segmento que obteve aumento dosrendimentos médios entre 2003 e 2004foi o que tinha ensino superior comple-to (3,3%), sendo de 1,1% para os ho-mens e de 6,9% para as mulheres. Em-bora o segmento dos negros com essenível de instrução seja pouco expressi-vo, foi o que obteve o maior aumento(9,7%). No segmento dos não-negros, asmulheres obtiveram os maiores acrésci-mos em seus rendimentos médios(6,9%), já que os homens tiveram redu-ção de 1,4%.

Os ocupados analfabetos ou com oensino fundamental incompleto sofreramdecréscimo de 0,7% dos seus rendimen-tos em 2004, abrigando movimentos emsentidos opostos: crescimento de 1,8%entre os negros e decréscimo entre osnão-negros de 2,3%. O mesmo ocorreucom os ocupados com o ensino funda-

mental completo ou médio incompleto,com crescimento de 0,9% entre os ne-gros e redução de 2,4% entre os não-negros.

O crescimento dos rendimentosmédios das mulheres não-negras (3,1%),entre 2003 e 2004, deveu-se ao aumen-to registrado entre aquelas com ensinosuperior completo (6,9%), já que emtodos os outros níveis de escolaridadeocorreram reduções.

Embora o rendimento das mulheresnegras representasse em 2004 apenas52,1% do das mulheres não-negras, essaproporção era de 92,3% para o segmen-to das analfabetas ou com o fundamen-tal incompleto, de 83,7% para o segmen-to com o fundamental completo e o mé-dio incompleto e de 74,7% entre aque-las com o ensino médio completo e osuperior incompleto.

Comparados aos valores por horarecebidos em 1996, os rendimentos mé-dios dos homens negros e não-negroscom ensino médio completo ou superiorincompleto apresentaram as maiores re-duções, 46,5% e 45,8%, respectivamen-te. Para as mulheres, essa situação serepete entre as não-negras (42,9%), en-quanto para as negras a retração foi umpouco menor (36,6%). As menores per-das aconteceram entre as mulheres como ensino superior completo (19,2%).

RENDIMENTOS

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O MerO MerO MerO MerO Mercado de Tcado de Tcado de Tcado de Tcado de TrabalhorabalhorabalhorabalhorabalhoFFFFFeminino na Regiãoeminino na Regiãoeminino na Regiãoeminino na Regiãoeminino na RegiãoMetrMetrMetrMetrMetropolitana de Sãoopolitana de Sãoopolitana de Sãoopolitana de Sãoopolitana de SãoPaulo em 2004Paulo em 2004Paulo em 2004Paulo em 2004Paulo em 2004

AAAAAumentou para 55,5% a presença dasumentou para 55,5% a presença dasumentou para 55,5% a presença dasumentou para 55,5% a presença dasumentou para 55,5% a presença das

mulheres no mermulheres no mermulheres no mermulheres no mermulheres no mercado de trabalho dacado de trabalho dacado de trabalho dacado de trabalho dacado de trabalho da

RMSPRMSPRMSPRMSPRMSP, pr, pr, pr, pr, proporção mais elevada dosoporção mais elevada dosoporção mais elevada dosoporção mais elevada dosoporção mais elevada dos

últimos 20 anosúltimos 20 anosúltimos 20 anosúltimos 20 anosúltimos 20 anos

TTTTTaxa de desemprego das mulheresaxa de desemprego das mulheresaxa de desemprego das mulheresaxa de desemprego das mulheresaxa de desemprego das mulheres

reduziu-se com mais vigorreduziu-se com mais vigorreduziu-se com mais vigorreduziu-se com mais vigorreduziu-se com mais vigor

que a dos homensque a dos homensque a dos homensque a dos homensque a dos homens

Ocupação das mulheresOcupação das mulheresOcupação das mulheresOcupação das mulheresOcupação das mulheres

cresce mais que a dos homenscresce mais que a dos homenscresce mais que a dos homenscresce mais que a dos homenscresce mais que a dos homens

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São Paulo janeiro de 2005 nº 14Publicação trimestral editada pela Fundação SEADE

SEADEFundação Sistema Estadual de Análise de Dados

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Estado de São Paulo – Sert

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