Vídeos https://www.youtube.com/watch?v=TBzoEUuGjcU

(linhas de Nazca)

Os Incas (https://www.youtube.com/watch?v=ttv2-1I2b80)

Nerdologia sobre os incas (https://www.youtube.com/watch?v=m1o6DBRPq80)

Incas O mais extenso da América pré-colombiana, surgiu no

século XII, na região correspondente à atual cidade de Cuzco, no Peru, e expandiu-se em várias direções. Cerca de 15 milhões de habitantes viviam no território que abrangia parte das terras hoje ocupadas por Peru, Equador, Bolívia, Chile e Argentina.

Os incas chamavam Cuzco de umbigo do mundo e sua fundação deve ter acontecido entre os séculos 12 e 13 pelo lendário rei Manco Capac, que inaugurava a dinastia inca que reinaria sobre o império até a chegada dos espanhóis.

Cuzco começa a se expandir e um reino é formado a partir dessa cidade. Apesar de enfrentar conflitos externos e internos, os incas de Cuzco conseguem estabelecer um domínio sobre a região. No século 15, o rei Pachacuti funda o Tahuantinsuyu (“as quatro regiões”, em quéchua), uma confederação reunindo quatro províncias sob o governo de Cuzco. Estava formado o império inca.

Formado por diversos povos, predominantemente falantes da língua quíchua, o império constituía uma monarquia teocrática, na qual o governante, chamado de Inca (ou Sapa Inca), era considerado descendente do Sol e adorado como um deus. O Inca era o legislador e o comandante supremo do exército.

Para governar um território tão grande, era necessário um corpo de funcionários imperiais que garantisse o pagamento dos impostos e a contenção de possíveis revoltas. Os chefes militares, os cobradores de impostos e os mensageiros tinham papel central na integração do império.

No império, a agricultura era a principal atividade econômica, e o trabalho dos camponeses sustentava os integrantes dos setores privilegiados: a nobreza local e os funcionários, além do Inca e sua família. Os camponeses plantavam abacate, batata, milho e quinoa, entre outros alimentos, e também forneciam dias de trabalho para a construção de canais de irrigação e das estradas que cortavam todo o território.

Os incas destacaram-se como hábeis construtores de estradas e de cidades, com destaque para Cuzco e Machu Picchu.

Com um império tão extenso, a construção de estradas fazia-se muito necessária.

Os incas construíram longas estradas que ligavam Cuzco às quatro províncias. Outras estradas faziam a ligação entre as cidades e o fluxo por elas era intenso, tanto de comerciantes, como de mensageiros oficiais (chamados de Chasques) e de viajantes.

A conduta dos incas era regida por três princípios simples presentes em um ditado na língua quéchua: “ama sua, ama llulla, ama quella”, que significa “não seja ladrão, não seja mentiroso, não seja preguiçoso”.

Esses princípios estão na atual constituição da Bolívia e foram aprovados pela ONU como princípios para uma boa gestão pública.

Utilizavam a alpaca e a lhama para transportar cargas e fornecer lã e alimento.

Religião inca Os incas eram politeístas e seus deuses estavam vinculados aos

elementos da natureza.

Inti era o deus do sol, o principal deus do panteão inca. O Sapa Inca era chamado de “filho de Inti”.

Como em outras culturas pré-colombianas, os incas ofereciam sacrifícios, inclusive humanos, aos seus deuses como forma de agradecer suas dádivas e de evitar sua ira.

O deus criador era Viracocha. Essa era uma divindade antiga, cujo culto era celebrado desde o passado dos povos anteriores à fundação de Cuzco e teria criado tudo, inclusive os seres humanos.

Outra divindade importante para os incas era a Pachamama, a deusa da terra. Ela representava a fertilidade da terra, sendo a responsável pelas plantações e colheitas. Outros povos andinos também cultuavam essa deusa, não só os incas.

Seus sacerdotes e sábios conheciam a astronomia e dominavam conceitos matemáticos, tendo desenvolvido um sistema numérico decimal.

Os incas, que não utilizavam a escrita, instituíram um método contábil singular, com base em um conjunto de cordões de cores distintas com nós que representavam números e categorias, conhecido como quipo.

Conquista da América e colonização espanhola Com a convivência, muitos grupos indígenas perceberam

que os interesses dos espanhóis iam muito além do comércio, pois visavam ao controle de territórios e o uso da força de trabalho local. Desse modo, as relações iniciais, com base no escambo e nas alianças políticas, foram se tornando mais violentas por parte dos espanhóis, envolvendo conquistas territoriais, trabalho compulsório e escravização de indígenas.

O pesado regime de trabalho imposto aos nativos, bem como as epidemias de sarampo, varíola e gripe – doenças levadas pelos espanhóis e às quais os indígenas não eram imunes –, provocou a diminuição ou até a extinção de populações inteiras.

A partir de 1511, chegaram à Península de Yucatán em busca de contatos com sociedades indígenas do continente.

Foi com o intuito de desbravar e conquistar as terras do Império Asteca que, em fevereiro de 1519, uma expedição espanhola, liderada por Hernán Cortés, partiu de Cuba. Esses, estabeleceram alianças estratégicas com os rivais políticos dos astecas, como os totonacas e os tlaxcaltecas

Ao chegar a Tenochtitlán, em novembro de 1519, os espanhóis foram recebidos pelo imperador Montezuma II, que já sabia da aproximação dos estrangeiros e, provavelmente, pretendia estabelecer algum acordo com eles e evitar a guerra. Contudo, a paz mostrou-se inviável. Montezuma, refém em seu palácio, passou a seguir as ordens dos espanhóis. Para alguns, com essa atitude, o imperador asteca pretendia evitar o combate e poupar seu povo; para outros, ele se submeteu ao domínio espanhol por fraqueza.

Independentemente da postura de Montezuma, a guerra entre espanhóis e astecas começou em 20 de maio de 1520, quando soldados espanhóis invadiram uma cerimônia religiosa no Templo Maior, em Tenochtitlán, e assassinaram os participantes desarmados – episódio conhecido como Matança do Templo Maior.

Queda do império inca Desde 1524, os espanhóis realizaram expedições para a

América do Sul, partindo da região correspondente ao atual Panamá, sob o comando de Francisco Pizarro e Diego de Almagro. Em 1531, a terceira expedição saiu do Panamá com cerca de trinta cavalos e 180 homens com o objetivo de conquistar os incas. Atahualpa, imperador inca, que estava no norte do Peru e a caminho de Cuzco, recebeu uma comitiva espanhola que, de surpresa, o aprisionou em 1532.

Apesar de os incas terem pago o resgate, os espanhóis assassinaram o imperador, em 1533, e logo se dirigiram a Cuzco para garantir seu domínio e firmar acordo com Manco Capac II, rival de Atahualpa, que pretendia se tornar governante máximo dos incas.

Os incas foram derrotados pelos espanhóis e seus aliados indígenas e, em 1536, Manco Capac e seus seguidores se refugiaram na cidade de Vilcabamba, onde resistiram ao domínio espanhol por quase quatro décadas. Durante esse longo período, a resistência inca de Vilcabamba intercalou-se com negociações políticas e tentativas de acordos de paz com os espanhóis, que voltaram a se estabelecer em Cuzco e a fazer alianças com outras linhagens de nobres incas dessa cidade.