16
OUTUBRO 2015 Edição nº 129 - Ano XIII Director: P. Armindo Reis www.paroquias-sintra.pt Distribuição Gratuita Página 2 OOS NOSSOS PADRES EUROPA EM RISCO DE DEIXAR DE SER CRISTÃ Opinião Madre Teresa de Calcutá Páginas Centrais VIDA CONSAGRADA Irmãs Dominicanas Páginas Centrais TAIZÉ TESTEMUNHO Festa de São Miguel com Almoço de Início do Ano Pastoral Carta do Aos diocesanos de Lisboa Página 7 Págin3 OFICINAS ORAÇÃO E VIDA Novo Ciclo

Festa de São Miguel - Seja bem-vindo ao sítio da Unidade ... · Madre Teresa de Calcut ... minha porta sempre aberta para acolher quem me pedir. Que ... de o ser. Que neste ano

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Festa de São Miguel - Seja bem-vindo ao sítio da Unidade ... · Madre Teresa de Calcut ... minha porta sempre aberta para acolher quem me pedir. Que ... de o ser. Que neste ano

nº 129 | Ano XIII | Out.15 1OUTUBRO

2015Edição nº 129 - Ano XIII

Director: P. Armindo Reis

www.paroquias-sintra.ptDistribuição Gratuita

Página 2

OOS NOSSOS PADRESEUROPA EM RISCO DE DEIXAR DE SER CRISTÃ

Opinião

Madre Teresa de Calcutá

Páginas Centrais

VIDA CONSAGRADAIrmãsDominicanas

Páginas Centrais

TAIZÉTESTEMUNHO

Festa de São Miguel

com Almoço de Início do Ano Pastoral

Carta do

Aos diocesanos de Lisboa

Página 7 Págin3

OFICINAS ORAÇÃO E VIDANovo Ciclo

Page 2: Festa de São Miguel - Seja bem-vindo ao sítio da Unidade ... · Madre Teresa de Calcut ... minha porta sempre aberta para acolher quem me pedir. Que ... de o ser. Que neste ano

nº 129 | Ano XIII | Out.152

A melhor parteDiác. António Costa

Ouvir as leituras ou ouvir Deus?

EditorialJosé Pedro Salema

Precisamos de melhores cristãos numa Eu-ropa em risco de deixar de ser cristã

Os Nossos PadresP. Armindo Reis

Estamos a viver um momento em que vamos ser postos à prova,

da maneira mais simples e clara, da verdadeira razão de sermos cristãos, que é o ACOLHIMENTO.

Na minha relação diária com Deus, procuro imaginar como Ele responderia às inúmeras questões diárias que me são colocadas, relati-vamente à minha atitude perante o acolhimento aos refugiados que, de todas as regiões em guerra, nos procuram em busca de uma vida, a salvo, com um mínimo de dignidade.

Não consigo imaginar o que é viver constantemente amea-çado, perseguido, fugido, apavorado. O que é viver na angústia de sentir que os meus familiares estejam nessa mesma situa-ção, e que sou impotente para acudir. O que é viver a ouvir os gritos, os tiros, o sofrimento, a morte ao meu lado ... esperando pela minha vez...

Também não conheço a sensação de ter de largar a casa em que vivo e onde cresci, tudo o que me rodeia, parte da famí-lia, os amigos, a vida de casa e do dia-a-dia, os hábitos, algum conforto... E partir para longe. Para muito longe! Lá onde não conheço ninguém, nem sequer sei o lugar para onde o destino me vai levar, apenas com a vontade que carrego, no coração e na alma, de poder recomeçar...

Depois da viagem, de tanto cansaço, sofrimento e dor, de-pois de quilómetros, dias e noites de sol, chuva e vento, depois de passar fome e levar mulher e filhos às costas, será que me irei aguentar?

E o pior, é que se depois disto tudo, me dão com a porta na cara e se recusam a deixar-me entrar. Que fazer? Para onde ir? Se para trás deixei ficar a miséria e a desolação, sem nada que me restasse...

Quando eu acordar deste sonho, Senhor, que eu tenha a minha porta sempre aberta para acolher quem me pedir. Que eu saiba "ter Cristo no coração, para levar Deus aos outros".

Com tanto por fazer, que ainda não fiz, que Deus me ajude a compreender que o Céu se conquista na terra, partilhando a vida com os outros. Seja quem fôr o OUTRO!

Fica-nos, por vezes, um certo distanciamento

quando escutamos a Sagrada Escritura e não chegamos a pormo-nos em questão pe-rante ela, porque não chegou a ser PALAVRA INTERPE-LADORA E REVELACIONAL PARA NÓS HOJE.

Quanto mais soubermos “dizer” coisas da Sagrada Es-critura, mais dificuldade ter-emos em deixar que Deus nos fale aqui e agora, ocupados que estamos em exprimir ma-gistralmente o que sabemos.

Só a partir de um sincero e necessário esvaziamento inte-rior o Génesis deixará de ser

uma história, da origem dos primórdios do universo, das coisas e do próprio homem, e passará a ser lida e meditada como a verdadeira história da nossa própria criação: a de cada um para o todo e do todo em cada um.

Haveremos de entender que aquela narração etiológi-ca do Paraíso e da queda é irrelevante enquanto focada em adão e eva (com minús-cula enquanto termos comuns para designar circunstância e não pessoas) e tem todo o sentido quando descobrimos que o fruto proibido, está a ser oferecido e aceite a nós e

por nós em cada momento em que nos desviamos da procu-ra do querer de Deus para nós e nos colocamos no centro da existência (descentrados de Deus)

Chegaremos a ver o Êxo-do não como a saída do Egip-to de um povo longínquo que nos é estranho, esquecido na bruma do tempo, liberto as-sim da escravidão, mas como a nossa própria saída das múltiplas escravidões que nos impedem de ser o Povo de Deus, caminhando no deserto do distanciamento d’Ele, ruma à terra onde mana leite e mel.

Para que esta mudança

aconteça, teremos que dar um largo passo de entrada no mais íntimo de nós mesmos, fazer uma abertura interior desobstruida de preconceitos e prejuízos; nesse momento não estaremos mais a escutar a leitura de umas narrações a que a Igreja chama sagradas, e por vezes têm um sentido duvidoso, e começaremos a escutar o amoroso devaneio de Deus pela sua criatura que não é um qualquer outro, mas cada um na primeira pessoa do singular: EU.

Não havendo em Deus passado nem futuro, Deus não falou na Sagrada Escri-

tura; Deus fala hoje, aqui e agora de cada momento em que me confronto com a Pa-lavra. É agora o tempo novo que o profeta cita quando nos testemunha: DIAS VIRÃO EM QUE NÃO DIREIS: APRE-NDE COMIGO A CONHECER O SENHOR; EU MESMO IN-FUNDIREI NELES O MEU ESPÍRITO...

Não são só as escolas que recomeçam o ano depois

das férias de Verão, também a Igreja na Europa segue esse ritmo e este é o tempo de programar e definir rumos para o resto do ano pastoral.

Este ano vai ser marcado, a nível social e político, pelo problema dos migrantes dos países em guerra que procu-ram refúgio na Europa.

Inesperadamente ouvi-mos agora algumas pessoas que até aqui desprezavam as raízes cristãs da Europa, preocupadas com o perigo de islamização da mesma. De repente parece que a matriz cristã da Europa passou a ser reconhecida e importante. Há já quem diga que daqui por umas décadas a Europa será maioritariamente muçulmana.

Poderá até ser, mas não será por culpa dos muçulma-nos que vieram para cá ao longo do século passado e agora como refugiados, será muito mais pelo abandono da fé cristã por parte dos euro-peus. De facto este continente está aceleradamente a deixar de ser cristão, a maioria da população é “não praticante” e uma boa parte agnóstica ou ateia. Pois se as Igrejas Cris-tãs perderem a força, outros ideais e perspectivas de vida

hão-de ocupar o seu espaço, e o Islão é um sério candidato a ocu-pá-lo!

A nossa Fre-guesia de Sintra é um exemplo dessa perda de identidade cristã. Não temos mui-tos muçulmanos entre nós, mas temos o vazio religioso, que a qualquer momento po-derá ser ocupado por essa ou outra religião.

No início do ano pastoral, convido-vos a olhar para esse vazio e a pensar o que estará ao nosso alcance para evan-gelizar tantas famílias que vi-vem à margem da Igreja. Por algum motivo a Família é a grande preocupação do Papa Francisco e dedicou à sua re-flexão dois sínodos seguidos.

O nosso sínodo diocesa-no também não pode passar ao lado da evangelização das famílias. Olhemos para Mani-que de Cima, Várzea, Lourel ou Janas, por exemplo, quan-tas famílias lá vivem e quan-tas celebram a Fé cristã no seu dia a dia? E a grande Sin-tra, tantas famílias desligada de Deus!

Convido-vos a renovar o espírito missionário para com

as vossas próprias famílias, para com os vizinhos e até para com a multidão anónima. Noutros tempos nós europeus fomos tão longe anunciar o Evangelho e agora não o con-seguimos fazer eficazmente sequer à nossa porta?

Talvez estejamos muito instalados, achando que no meio disto tudo, ainda assim, seremos sempre cristãos. Mas as mudanças no mundo surpreendem-nos e talvez nos ajudem a perceber que se não nos renovarmos como cris-tãos, acabaremos por deixar de o ser.

Que neste ano pastoral cada paroquiano possa assu-mir este desafio da evangeli-zação com entusiasmo. Afinal nem somos assim tão poucos! Se doze, há dois mil anos fize-ram o que fizeram, não pode-remos nós, hoje, levar Jesus por toda parte?

Assim Deus nos ajude!

Acolher

Page 3: Festa de São Miguel - Seja bem-vindo ao sítio da Unidade ... · Madre Teresa de Calcut ... minha porta sempre aberta para acolher quem me pedir. Que ... de o ser. Que neste ano

nº 129 | Ano XIII | Out.15 3

Ainda a propósito da Peregrinação das Crianças a Fátima (testemunho):

Este ano gostei muito de ir com a Catequese a Fátima, ver e rezar na capelinha, mas o que mais gostei foi do teatro onde aprendi muito e cantámos aquela oração especial para os pastorinhos. Trouxe também como recordação o dia passado com os amigos e o pic-nic.

João Martins (8 anos)

Com o objectivo de partil-har as experiências mis-

sionárias, que movimentos e grupos da diocese têm feito ao longo da sua caminhada cristã - muitas vezes teste-munhadas somente dentro dos próprios grupos -, um gru-po de jovens do Patriarcado de Lisboa criou a Missão AM-arte para que estas diferentes realidades se conheçam e aprofundem a ligação com a Igreja diocesana.

Pela primeira vez quere-mos reunir todos os jovens que partiram em missão ou desejam realizar esse sonho. Com a intenção de partilhar a experiência da Missão da Igreja e potenciar a vocação missionária a que todos so-mos chamados, convidamos todos a participarem num dia

de missão, oração e forma-ção na comunidade de Alvide, em Alcabideche, no dia 24 de Outubro de 2015.

A Missão AMarte é inclu-siva. É direcionada a jovens católicos, da diocese de Lis-boa, que tenham ido ou pen-sem ir em Missão Ad Gentes. Mas, é, como a Igreja, aberta a todos.

A oração tem um papel de-terminante na Missão e para começar a fazer um caminho que vá abrindo os corações dos jovens, escolhemos o Evangelho de Mt 14, 22-33 que diz respeito à passagem em que Pedro caminha so-bre as águas para ir ao en-contro de Jesus. Tendo em conta esta passagem, es-colhemos como tema “Man-da, e eu irei ao Teu encon-

Missão AMarte

tro!”, porque sabemos que no coração de cada jovem está marcado este desejo de ir ao encontro de Jesus. Apesar de nessa caminhada de tempestades, dúvidas, medos, também sabermos que é Jesus que nos permite fazer o que para nós parece impossível. Propomos aos jovens um tempo de prepa-ração baseado na análise do Evangelho definido, através de quatro vídeos divulgados nos canais do Serviço da Juventude, desde o início de Setembro até ao dia 24 de Outubro.

Catequese 2015-2016

Outubro • Dia 3: Formação para Catequistas que começam este ano • Dia 10: Confissões para crianças, jovens e pais, em S. Miguel, às 10h00• De dia 3 a 11: INÍCIO DA CATEQUESE (a combinar em cada Centro)• Dia 10 e dia 11: MISSA DA CATEQUESE EM TODOS OS CENTROS • Dia 31: Formação para Catequistas do 1º ao 6º (manhã) e do 7º ao 10º (tarde)

Oficinas de Oração e Vida

Olá a todos!As Oficinas de Oração e Vida estão de regresso à

nossa Unidade Pastoral. E como tal, estão todos convida-dos a vir à reunião de abertura que se irá realizar no dia 1 de Outubro, às 21h15, na igreja do Lourel.

Quem estiver interessado em aprender novas modali-dades de oração ou aprofundar um pouco mais a sua re-lação com Deus basta aparecer.

Contamos convosco

Odete Santos e Rute Valbordo96 657 35 84 / 96 787 91 96

Page 4: Festa de São Miguel - Seja bem-vindo ao sítio da Unidade ... · Madre Teresa de Calcut ... minha porta sempre aberta para acolher quem me pedir. Que ... de o ser. Que neste ano

nº 129 | Ano XIII | Out.154

Foi apresentado no passado dia 23 de julho o livro Museus da Igreja – Missão pastoral e Do Patriarcado de Lisboa partiu a 21 de Setembro um grupo de 9 elementos, entre os quais, o padre Rui Pedro Carvalho, diretor do Sector da Pastoral da Família do Patriarcado de Lisboa. Este grupo que se junta ao res-tante grupo de portugueses que participam no Encontro Mundial das Famílias (EMF), vai contactar com diversas

experiências de vida, esper-ando a mensagem do Papa Francisco nos atos conclu-sivos do evento, na cidade norte-americana de Filadé-lfia. “Vamos encontrar-nos com famílias de todo o mun-do e temos expectativa de partilhar experiências com pessoas de outras culturas, que têm outras realidades. No fundo vamos celebrar a família e encontrar-nos com o Papa”, disse Ricardo Iré-dio, do Departamento Nacio-

nal da Pastoral Familiar.O 8.º EMF tem como tema ‘O amor é a nossa missão: a família plenamente viva’ e termina este Domingo, dia 27 de Setembro, em Fila-délfia, Estados Unidos da América. O programa oficial começou dia 22, terça-feira, com um congresso temático até sexta-feira, dia 25, se-guindo-se dias de oração e encontro com o Papa Fran-cisco, que vai presidir às cerimónias conclusivas, na

noite de sábado e no domin-go, perante uma multidão estimada em 1,5 milhões de pessoas, segundo os responsáveis do Conselho Pontifício da Família (Santa

Sé) e da Arquidiocese de Fi-ladélfia.

Retirado do site do Patriar-cado de Lisboa

Diocese de Lisboa representada no Encontro Mundial das Famílias

Festival Diocesano da Canção Cristã

O XX Festival Diocesa-no da Canção Cristã vai decorrer este sábado, 26 de setembro, no Colégio dos Salesianos de Manique. A concurso vão estar 13 can-ções vencedoras dos res-petivos festivais vicariais, durante o ano pastoral pas-sado. Com o tema “Felizes os puros de coração porque verão a Deus” (Mt 5,7), os cerca de 90 participantes prometem “uma noite de fé e de alegria”, conforme avançou o Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa que também organiza a ativi-dade.Tal como tem acontecido nas últimas edições, o Departamento da Co-municação do Patriarcado de Lisboa irá efetuar a transmissão do Fes-tival Diocesano da Canção em direto e online, através do site www.patriarcado-lisboa.pt.

Retirado do site do Patriarcado de Lisboa

COORDENAÇÃO NACIONAL DE CAPELÃES HOSPITALARES E ASSISTENTES ESPIRITUAIS E O INSTITUTO S. JOÃO DE DEUS

De outubro de 2015 a junho de 2016,decorrerá a1ªEDIÇÃO do Curso.

INSCRIÇÕES: de 15 de setembro a 15 de outubro de2015

Para mais esclarecimentos consulte a página

www.ft.lisboa.ucp.pt (Ensino a Distância)

CURSO EM ELEARNING ORGANIZADO PELA FACULDADE DE TEOLOGIA DA UCP EM COLABORAÇÃO COM:

Page 5: Festa de São Miguel - Seja bem-vindo ao sítio da Unidade ... · Madre Teresa de Calcut ... minha porta sempre aberta para acolher quem me pedir. Que ... de o ser. Que neste ano

nº 129 | Ano XIII | Out.15 5

Consultório MédicoMiguel Forjaz, Médico

Doença poliquística renalA doença poliquística re-

nal (DPR) é uma doença hereditária relativamente rara, de evolução lenta, que atinge ambos os rins e que se caracteriza pelo apare-cimento, com crescimento e desenvolvimento gradual, de múltiplos quistos, por vezes dezenas. Os quistos são bol-sas com liquido de diferentes dimensões que se formam nos rins. Estes aumentam de tamanho, mas têm menos

tecido renal funcional dada a presença dos quistos. Os filhos de pais que sofrem de DPR têm 50% de proba-bilidade de terem a doença. Deverão, por isso, estar aten-tos e submeter-se a exames a partir do início do estado adulto. Quando surge nas crianças o quadro pode ser grave e caminhar para a in-suficiência renal.

A DPR é um pouco mais frequente nos homens, e na

raça negra e manifesta-se, ge-ralmente, entre os 30 e os 40 anos.

Na maioria dos casos esta situação é ligeira e não tem sintomas. Se surgirem mui-tos quistos ou se apresen-tarem no seu crescimento, lento e gra-dual, dimensões consideráveis, algumas pes-soas podem vir a sofrer de mau funcionamento dos rins, ou seja, de insuficiência re-nal.

Cerca de 60% destes doentes podem vir a sofrer de hipertensão arterial. Há sintomas ou sinais que tam-bém se podem manifestar, como a dor lombar, urina com sangue visível ou de forma microscópica (análise à urina) e infecções urinárias de repetição. Podem surgir cálculos (pedras) renais. O sangue na urina pode ser uma indicação de que um quisto se poderá ter rompido, mas o processo é auto–lim-

itado e passa com o repouso e hidratação.

Para além do rim podem aparecer lesões quísticas noutros órgãos, como, entre outros, nos ovários, fígado e pâncreas. Pode associar-se à DPR o aneurisma cerebral e a diverticulose intestinal.

O método de diagnóstico usual é a ecografia renal. No caso de dúvida, poderá reali-zar-se a TAC ou a Ressonân-cia Magnética.

Estes doentes devem ser orientados por especialistas dos rins (nefrologistas) que irão vigiar a função renal e a evolução da doença. Dado que não existe prevenção para a DPR, o tratamento baseia-se no controle da hipertensão, das infecções urinárias e de ou-tras eventuais complica-ções, no sentido de se evitar que a doença evolua para a insuficiência renal crónica.

Chamo a atenção que a DPR, não tem nada a ver com

uma situação comum, que é a detecção da presença de al-guns quistos do rim, (um ou dois, ou até mais), encontra-dos na sequência da realiza-ção de exames radiológicos/ecográficos de rotina, espe-cialmente em pessoas acima dos 40, 50 anos. Estima-se que esta situação incida entre 20 a 50% da população. Na grande maioria, estes quistos são lesões benignas, não pro-vocam sintomas e muito rara-mente necessitam de trata-mento. Requerem apenas vigilância, através da reali-za-ção de exames radiológicos periódicos alargados, pois, em alguns casos, podem au-mentar de tamanho durante décadas, repito, de forma muito lenta e gradual. Ger-almente, só quando atingem uma dimensão considerável, podem dar sintomas, como dores lombares. Saliento que em 99% dos casos os quistos são pequenos.

No Sábado, dia 19 de Setembro, o nosso

agrupamento começou mais um ano de activi-dades. O inicio do ano é um momento alegre em que revemos as caras dos amigos que já conhecemos de longa caminhada (uns com mais alguns centí-metros para cima e out-ros para os lados, depois das férias), mas também pela entrada de novos es-cuteiros no agrupamento. Este ano tivemos ainda a graça de arrancar o ano com uma dose extra de alegria: neste mesmo dia, durante a missa das 19h00 em S. Miguel, foram inves-tidos mais 4 Dirigentes. Esta é, sem dúvida, uma razão para nos alegrarmos porque é o testemunho e o serviço voluntário dos adul-tos que permite aos agru-pamentos acolherem escu-teiros e desenvolverem as suas actividades.

José dos Santos Faustino, Agrupamento 1134 - Sintra, CNE

Escuteiros: um novo início

À semelhança do que aconteceu anteriormente, nesta actividade de ar-ranque foi lançado o tema de ima-ginário do ano, que ultima-mente tem sido inspi-rado numa personagem da história da Igreja. Depois de um ano em que aprendemos a “Caminhar com Abraão”, vamos agora aprender a “Edificar com Francisco”. S. Francisco de Assis convida-nos de uma forma muito especial a nós escuteiros a voltarmos à nossa base: a vida na natureza. Acredito que uma das propostas mais atractivas que o escutismo apresenta para as crianças e jovens é esta oportunidade de contacto privilegiado com a natureza, muito por cau-sa dos acampamentos que fazemos e que são um dos pilares mais importantes da formação de um escu-teiro.

S. Francisco de Assis, ainda na mesma onda,

convida- -nos a simplificar as nossas vidas, deixando de lado o que está a mais para nos dedicarmos ao que realmente importa: o amor por todas as criaturas de Deus. Esta personagem não

poderia vir em melhor al-tura, em linha com o nosso Papa Francisco. Que nos consigamos deixar inspirar por Francisco nas esco-lhas dos projectos para este ano para que sejam simples e

orientados para o que é es-sencial.

Desejamos um bom ano de actividades para to-dos.

Da melhor vontade e sem-pre alerta para servir!

Page 6: Festa de São Miguel - Seja bem-vindo ao sítio da Unidade ... · Madre Teresa de Calcut ... minha porta sempre aberta para acolher quem me pedir. Que ... de o ser. Que neste ano

nº 129 | Ano XIII | Out.156

COZINHATRADICIONALPORTUGUESA

R. João de Deus, 62 (traseiras da estação da C. P.)2710 SINTRA

Telf.: 21 923 42 78

Restaurante - Cervejaria - Churrasqueira

Especialidades:Carnes e Peixes Frescos,

diariamente na grelhaÀs Quintas Feiras:

Cozido à Portuguesa e Polvo à Lagareiro

Aos Domingos:Cozido à Portuguesa e

Cabrito à Padeiro

Rua João de Deus,86/92SintraTel:219231386

Simpósio do Clero

SIMPÓSIO DO CLERO: padres de todo o país

estiveram em formação em Fátima

O Padre, Irmão e Pastor foi o tema do VIII Simpósio do Clero que se realizou entre os dias 31 de Agosto e 3 de Setembro em Fátima e em que participou o nosso páro-co.

Este Simpósio constitui “um momento de encontro, de ajuda mútua na formação permanente, de oração em comum, de convívio e inter-câmbio de experiências pas-torais entre presbíteros de todas as dioceses portugue-

sas”, diziam os organizadores numa nota enviada a todas as dioceses.

Foi um encontro nacional, organizado pela Comissão Episcopal Vocações e Minis-térios, que teve por base o decreto conciliar Presbytero-rum Ordinis sobre “O Ministé-rio e a Vida dos Sacerdotes” (que faz 50 anos que foi publi-cado), o “Ano da Vida Consa-grada” e a figura inspiradora do Beato Frei Bartolomeu dos Mártires.

Os temas abordados foram: 1. Presbíteros: (identi-dade e missão) do Concílio à atualidade; 2. Pastores: cari-

dade e santidade; 3. A beleza da consagração; 4. O Padre e o entusiasmo na evangeli-zação.

O Simpósio teve vários painéis onde participaram entre outros, D. António Fran-cisco dos Santos (Bispo do Porto); Adriano Moreira (pro-fessor Universitário); Fátima Campos Ferreira (jornalista); Pedro Mexia (jornalista/Es-critor); Henrique Leitão (cien-tista); Lídia Jorge (escritora), Pe Carlos Cabecinhas (reitor do Santuário de Fátima) e Luciano Manicardi (monge do Mosteiro de Bose), entre outros.

Aplicação "Missas em Lisboa"

A aplicação ‘Missas em Lis-boa’ oferece a funcionali-

dade de pesquisa, por horário e localização, das missas que se realizam diariamente em toda a Diocese de Lisboa. Encontre a informação do lo-cal de culto e saiba como lá chegar. A aplicação é gratuita e está disponível para down-load nas lojas iTunes – para sistemas operativos iOS – e Google Play – para sistemas operativos Android.

Funcionalidades• MissasPode pesquisar as missas

pelo nome da paróquia, a partir da vigararia ou através da sua localização.

• Notícias À distância de um clique,

tenha acesso às mais recen-tes notícias do site do Patriar-cado de Lisboa.

• Sugestão de cânticosA sugestão de cânticos

para a Missa do Domingo se-guinte está também disponív-el.

• LinksAceda facilmente às redes

sociais do Patriarcado de Lis-boa e veja as novas fotos, vídeos ou posts no Face-book.

• Contactos De forma simples, tenha

acesso ao número de telefone ou email de uma paróquia ou do Patriarcado de Lisboa.

Como descarregar a aplicação?

• Google Play – para siste-mas operativos Android

• iTunes – para sistemas operativos iOS

Page 7: Festa de São Miguel - Seja bem-vindo ao sítio da Unidade ... · Madre Teresa de Calcut ... minha porta sempre aberta para acolher quem me pedir. Que ... de o ser. Que neste ano

nº 129 | Ano XIII | Out.15 7

Carta aos diocesanos de Lisboa, no início do novo ano pastoral 1. Em caminho sinodalChegados a setembro, retomamos o curso normal da nossa vida comunitária, no novo “ano pastoral” 2015-2016. Saúdo a todos e a cada um com o afeto e o envol-vimento dum companheiro de jornada, na Igreja e para o mundo – aquele mundo fraterno que o Espírito não deixa de fermentar.

Esta jornada em que prosseguimos juntamente tem entre nós o ritmo pró-prio do nosso caminho de Lisboa, que nos levará ao Sínodo Diocesano de finais de 2016, assinalando o tricentenário da nossa qualificação “patriarcal” (pelo Papa Clemente XII, a 7 de novembro 1716). Tal qualificação referia a expansão missionária que daqui partira. Trezentos anos depois, exigirá o reforço missionário das nossas comunidades, para “longe ou perto”, como agora se requer.Há um ano que estamos a estudar e a ensaiar novos métodos de o fazer, pedindo a Deus que nos ilumine e seguindo as sugestões dos vários capítu-los da exortação apostólica Evangelii Gaudium, que o Papa Francisco nos dirigiu como autêntico programa eclesial (cf. EG, 25). Assim, de outubro a dezembro e de janeiro a março estudaremos consecutivamente os dois capítulos que ainda faltam. Estou certo de que o envolvimento registado de tantos grupos por toda a diocese, bem como as respetivas conclusões e su-gestões, permitirão elaborar depois um sólido “documento de trabalho”, que servirá de base aos trabalhos do Sínodo Diocesano.Assim definiremos as grandes linhas de ação do Patriarcado nos anos que se seguem. Certamente mais convictos da natureza missionária da Igreja e mais experimentados em trabalhar conjuntamente. Como se escreve no Programa–Calendário Diocesano para 2015-2016, manteremos, a todos os níveis da vida diocesana, “a missão como propósito e a sinodalidade como método”.2. Três circunstâncias No Ano Pastoral que agora começamos - e prosseguindo até fevereiro em Ano da Vida Consagrada - seremos estimulados por “três circunstâncias”, como refere o nosso Programa – Calendário: Primeiramente, o Sínodo dos Bispos, já em outubro, que, além doutros pontos que o Papa Francisco não deixará de clarificar consequentemente, reforçará decerto a importância do critério familiar dentro e além da vida eclesial. Por “critério familiar” indico a necessidade acrescida de organizar as comunidades como “famílias de fa-mílias”, com tudo o que daqui decorre para a iniciação cristã, a convivência e a missão. Viveremos também, a partir de 8 de dezembro próximo, o “Jubileu da Mi-sericórdia”, com as indicações que o Papa Francisco já nos deu na bula Mi-sericordiae vultus. É tempo de aprofundarmos de modo espiritual e prático este sentimento essencial de Deus a nosso respeito, para o refletirmos na relação com todos. Assim escreve o Papa: «Há momentos em que somos chamados, de maneira ainda mais intensa, a fixar o olhar na misericórdia, para nos tornarmos nós mesmos sinal eficaz do agir do Pai. Foi por isso que proclamei um Jubileu Extraordinário da Misericórdia como tempo favorável para a Igreja, a fim de se tornar mais forte e eficaz o testemunho dos crentes» (MV, 3).Mas nem precisaremos de esperar pelo início do Jubileu para tomarmos já como atitude de espírito e disponibilidade prática o que o Papa nos propõe. Na verdade, a dramática situação de tantos milhares de pessoas que deman-dam a Europa como lugar de paz e sustento para si e para os seus, arrostando com duríssimas dificuldades para chegar e permanecer no nosso Continente, exigem de todos nós a resposta mais humana e capaz. Todas as famílias, comunidades e organizações católicas colaborarão inteiramente com as ins-tâncias nacionais e internacionais que se conjugarem nesse sentido, para uma resposta que só pode ser global, dada a complexidade dos problemas a resolver, a curto, médio e longo prazo. Tudo se garantirá com um espírito solidário, tão criativo como persistente, que nos há de impulsionar, a nós e a todos.Teremos também, de janeiro a fevereiro, a visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima ao Patriarcado de Lisboa, percorrendo o conjunto do território. Próximos já do centenário das aparições (2017), receberemos da Mãe de Jesus as atitudes essenciais com que O acompanhou na terra e a missão que Lhe foi confiada de nos acompanhar também, pelos caminhos da conversão e da paz. 3. Com o povo que integramosA par do programa eclesial que cumpriremos, vamos viver com os nossos concidadãos dois momentos eleitorais importantes (legislativo e presiden-cial). “Dando a César o que é de César”, como Jesus Cristo nos manda, cumpriremos o nosso dever cívico com a inspiração evangélica e a doutrina social que dela decorre, na legítima pluralidade das opções. O magistério social do Papa Francisco tem sido apreciado por vários prota-gonistas e forças políticas, bem como instâncias nacionais e internacionais. Também por isso, valerá ter presentes algumas das suas indicações, particu-larmente oportunas nas atuais circunstâncias. Tomo-as da sua recente encíclica Laudato si’, sobre o cuidado da casa co-mum. Nela, o Papa propõe uma “ecologia integral”, em que se inclua a to-talidade da criação, do ambiente natural ao ser humano e às suas relações

em geral. É esta mesma in-tegralidade que devemos ter presente em cada escolha concreta, pois nada existe em particular que não se integre num conjunto a promover: económico, social, político, cultural, ambiental e espiritual – só assim real-mente humano. Aliás, o descuido de tal integralidade, por qualquer desvio tecnocrático, economicista ou meramente egoísta e gastador, é a causa maior de muitos dos problemas que nos afetam agora, do local ao universal. Como escreve o Papa: «O ambiente humano e o ambiente natural degradam-se em conjunto; e não podemos enfrentar adequadamente a degradação ambiental, se não prestarmos atenção às causas que têm a ver com degradação humana e social» (LS, 48).Sobretudo, que se rejeite qualquer egoísmo de base ou de projeto. Uma op-ção “cristã” é necessariamente solidária, com consequências para o que te-mos ou possamos vir a ter, que sendo “nosso” nunca o é exclusivamente assim. É por isso grande a responsabilidade que nos onera, no usufruto do que é relativo, porque relacional. Na verdade, o que temos em vez dos outros é o que temos também para os outros: «Deus criou o mundo para todos. Por conseguinte, toda a abordagem ecológica deve integrar uma perspetiva so-cial que tenha em conta os direitos fundamentais dos mais desfavorecidos» (LS, 93).A “ecologia integral” que havemos de ter como critério, requer deste modo uma solidariedade tanto ambiental como social. E tão social como humana, na humanidade de todos e cada um, começando na sua própria origem. Por isso o Papa Francisco volta a insistir na proteção da vida desde o seu come-ço, com palavras inequívocas e do maior alcance pedagógico: «Uma vez que tudo está relacionado, também não é compatível a defesa da natureza com a justificação do aborto. Não parece viável um percurso educativo para acolher os seres frágeis que nos rodeiam e que, às vezes, são molestos e ino-portunos, quando não se dá proteção a um embrião humano ainda que a sua chegada seja causa de incómodos e dificuldades» (LS, 120). É um ponto muito a reter, tanto mais que, entre nós, a verdadeira questão, que é a do apoio que, enquanto sociedade, devemos certamente dar à vida em gestação, tem sido repetidamente sonegada. Mas o ser humano, se lho permitirmos e apoiarmos, nasce, cresce e realiza-se pelo trabalho, interagin-do assim com a natureza e a cultura. Daí que a promoção do trabalho coin-cida com a promoção do ser humano, ainda mais do que a simples garantia da respetiva sobrevivência. Como esclarece o Papa Francisco: «O trabalho é uma necessidade, faz parte do sentido da vida nesta terra, é caminho de ma-turação, desenvolvimento humano e realização pessoal. Neste sentido, aju-dar os pobres com o dinheiro deve ser sempre um remédio provisório para enfrentar emergências. O verdadeiro objetivo deveria ser sempre consentir--lhes uma vida digna através do trabalho» (LS, 128).No entanto, tal objetivo é mais contrariado do que promovido na prática generalizada. O que leva o Papa a advertir: «A orientação da economia favo-receu um tipo de progresso tecnológico cuja finalidade é reduzir os custos de produção com base na diminuição dos postos de trabalho, que são substituí-dos por máquinas. […] Renunciar ao investimento nas pessoas para se obter maior receita imediata é um péssimo negócio para a sociedade» (ibidem).Péssimo negócio, de facto, pois contraria o principal “lucro” de qualquer sociedade, que é a realização feliz da humanidade de cada um dos seus membros. Realização garantida pelo “bem comum”, como lembra também o Papa Francisco, citando o Vaticano II: «A ecologia humana é inseparável da noção de bem comum, princípio este que desempenha um papel central e unificador na ética social: É “o conjunto das condições da vida social que permitem, tanto aos grupos como a cada membro, alcançar mais plena e facilmente a própria perfeição”» (LS, 156).Creio que esta visão “integral” que o Papa nos proporciona, iluminará as nossas opções e escolhas, antes, durante e depois dos momentos eleitorais. Bem assim como a totalidade dos princípios permanentes da Doutrina So-cial da Igreja – dignidade da pessoa humana, bem comum, subsidiariedade e solidariedade -, outras tantas decorrências evangélicas para a família, a educação, o trabalho, a economia, a política ou a cultura, que deveremos ter em conta. Com isto serviremos a sociedade e seremos consequentemente cristãos.Desejo a todos os diocesanos de Lisboa um ano pastoral muito feliz e fe-cundo!

Convosco, irmão e amigo,

+Manuel,Cardeal-Patriarca Lisboa, 1 de setembro de 2015

Page 8: Festa de São Miguel - Seja bem-vindo ao sítio da Unidade ... · Madre Teresa de Calcut ... minha porta sempre aberta para acolher quem me pedir. Que ... de o ser. Que neste ano

Nunca senti nada semelhante. Um espaço em que o difícil é encontrar defeito. A perfeição de Deus sobre a terra é o que salta à vista. A beleza que Deus nos oferece sobre as coisas é observada e sentida em tudo o que existe nesta pequena aldeia.

Onde está Deus?Uma pergunta que nos colocamos tantas vezes. Encontrar Deus na nossa vida diária é uma tarefa tão árdua, mas em Taizé esta dificuldade não se coloca. Impossível não sentir a sua presença! Impossível não sentir a sua enorme força! Para onde quer que olhe vejo Deus a sorrir, com quem quer que converse oiço Deus a falar. Sozinha nunca estou porque sinto sempre o afeto de Deus a aquecer o coração.Durante uma semana desapareceram todas as barreiras, medos, ansiedades e maldades que existem dentro de mim e que carrego comigo na vida. Em Taizé percebi que esses são sentimentos meus e que só os sinto quando me afasto de Deus porque no amor de Jesus estes não existem. São sentimentos humanos criados por mim e que Deus me mostrou não serem úteis e que apenas servem para me atormentar.Relacionar-me com as pessoas não é o meu forte e muitas vezes acabo por me isolar. Há um ano atrás quando fui a Taizé pela primeira vez, viajei assombrada pelas questões de relacionamento com os outros jovens: “Não vou ser capaz de falar”, pensei eu para mim mesma possivelmente centenas de vezes. Mas em Taizé percebi o quão simples, fácil e boa pode ser uma relação com outra pessoa. Percebi que uma relação baseada nos valores de Deus é algo que nos preenche o coração.O problema está em mim e quando imponho entre mim e os outros os meus medos impedindo Deus de atuar nas minhas relações.Regressei a casa de coração cheio e com vontade de regressar a Taizé.Assim fiz! Aventurei-me, durante o mês de Agosto, acompanhada de um grupo de jovens da diocese e de D. Manuel Clemente. Uma semana especial em Taizé com celebrações dedicadas aos 75 anos da

comunidade e aos 100 anos do nascimento do Irmão Roger. Uma semana focada na alegria, na misericórdia e na simplicidade.Parti de consciência pesada, as minhas relações com as pessoas tem vindo a melhorar, mas entre mim e Deus ainda existe um grande fosso. Mesmo após uma reconciliação em que pedi desculpa por não Lhe falar demorei quatro dias a sentir-me perdoada. Mas a magia de Deus em Taizé não passa despercebida e após dois dias de reflexões sobre a simplicidade da vida percebi que a minha mente complicada estava a trancar o meu coração a Jesus.“KEEP IT SIMPLE”Jesus é aquele amigo com quem posso estar quando eu quiser, como eu quiser. É aquele amigo com quem posso ser eu mesma porque ele me aceita assim mesmo. É um amigo com quem não preciso de ter receios nem medos porque Jesus já sabe o que sinto e só me quer ajudar. É um amigo a quem não preciso de dirigir palavras desde que o mantenha presente no coração. Uma relação de simplicidade e de sinceridade.Um lugar mágico, pequeno de tamanho, gigante de vida. Um espaço que nos simplifica a mente. Não regresso a Sintra diferente, mas regresso com vontade de viver em Sintra a mesma simplicidade que vivi em Taizé. As pessoas são simples, mas também temos o poder para complicar tudo.

“Taizé is a piece of Heaven!”

Page 9: Festa de São Miguel - Seja bem-vindo ao sítio da Unidade ... · Madre Teresa de Calcut ... minha porta sempre aberta para acolher quem me pedir. Que ... de o ser. Que neste ano

A Irmã Rosa tinha apenas nove anos quando rezou pela primeira vez na catequese a oração da paz de S. Francisco de Assis “Senhor, Fazei de Mim um Instrumento da Vossa Paz”. A oração ficou-lhe gravada no coração e desde então sentiu-se chamada por Deus a ser seu instrumento de paz. Batizada em pequena, Jesus sempre fez parte da sua vida, nunca se afastou e de forma simples sempre lhe prestou serviço. Mas embora sentisse que devia algo maior a Deus sempre o negou “estava cega” referiu a Irmã Rosa. Casou, constituiu família e após a morte do seu marido Deus iluminou-lhe o coração e percebeu o caminho que deveria seguir.Formou-se enquanto Franciscana professou e tornou-se Irmã da Fraternidade Franciscana Secular de Santo António. Da ordem Franciscana Secular podem fazer parte qualquer cristão jovem, casado, viúvo, celibatário, de qualquer raça, idade, classe social, profissão, homem ou mulher, desde que haja compromisso com o Santo Evangelho. Há lugar para todos os que partilham do espírito Franciscano e que desejam consagrar-se a Deus.Conta a Irmã Rosa que teve muito tempo até professar “Tinha muitas dúvidas. Sentia receio de não ser capaz de viver a missão que Deus me estava a atribuir. Sentia-me assustada com o mundo materializado e sentia as dificuldades de transmitir o Evangelho às pessoas. Sabia que o meu testemunho também estaria nas minhas atitudes e sentia medo de falhar. Mas pedi discernimento a Deus e a sua resposta foi clara.”Os Franciscanos Seculares vivem lado a lado com ambas as ordens fundadas por S. Francisco: Os Frades Menores e as Irmãs Clarissas. Todos com a missão de evangelizar, mas com diferentes formas de atuar.Responsáveis por uma vida em família, por uma profissão e outras possibilidades vivem uma vida consagrada integrados no mundo com a responsabilidade ainda maior de serem testemunhas do evangelho. Vivem na pobreza porque colocam os seus pertences ao dispor do próximo, tratam a todos como irmãos, disponibilizam-

Vivem espalhados pelo mundo, com uma vida Quotidiana, transportam consigo o evangelho no coração e abraçam a missão de o fazer chegar aos outros.

se e estão prontos para servir onde houver necessidade “Acolhemos as pessoas, porque sem acolhimento não é possível cativar. Olhamos nos olhos e com pequenos gestos procuramos estar presentes e marcar a diferença. Não esperamos que nos venham pedir ajuda. Estamos atentos aos que se encontram calados, aos que não aparecem, aos que mais precisam e respondemos sempre que sim a um serviço. Não olhamos a quem, acolhemos todos, Cristo não veio para quem já vive na casa do Pai, veio para os que se encontram mais afastados. Ajudamos todos os irmãos mesmo que não os conheçamos. Um simples carinho, umas simples palavras, não é preciso muito.”Da Ordem Franciscana Secular fazem parte várias Fraternidades espalhadas pelo mundo. Como forma de conviver, ajudar e partilhar fazem questão de se encontrarem a nível internacional, nacional e regional. Mas a partilha mais próxima surge na Fraternidade com convívios e reuniões mensais para levar a cabo um plano de vida e ação que no ano 2016 será desenvolvido com base na misericórdia.Na Fraternidade de Santo António a Irmã Rosa é também Ministra “Sou a Irmã que estou ao serviço de todos os meus Irmãos da Fraternidade. Estou ao serviço das suas necessidades. Não mando, não dou ordens. Tento agir com a sabedoria de Deus, com paciência e simplicidade.”Professou consciente da missão difícil que tinha pela frente “Sinto-me muitas vezes a correr de um lado para o outro, sem tempo e cansada. Mas tenho a garantia que o Senhor me dá energia para tudo. É a viver nesta fé que me faz caminhar e ultrapassar todas as dificuldades que surgem. Peço sempre discernimento ao Espírito Santo antes de tomar decisões e peço a Deus que me faça seu instrumento de paz. Não alimento conflitos nem guerras. Escuto as pessoas, respondo com respeito, calma paciência e sabedoria. Esta é a nossa missão: acolher, amar, abraçar, dar afeto, carinho e viver a diferença em harmonia uns com os outros.”

Page 10: Festa de São Miguel - Seja bem-vindo ao sítio da Unidade ... · Madre Teresa de Calcut ... minha porta sempre aberta para acolher quem me pedir. Que ... de o ser. Que neste ano

nº 129 | Ano XIII | Out.1510

Conversando com: Alexandre Soljenitsin (1918-2008)Carmo Borges

Romancista, dramaturgo e historiador russo, prémio nobel da literatura. As suas obras deram a conhecer ao mundo o terrível drama dos 'gulags', os campos de tra-balhos forçados existentes na antiga União Soviética. Recebe em 1983 o Prémio Templeton, atribuído anual-mente a pessoas de pres-tígio no campo dos valores humanos. Alguns excertos da confe-rência proferida por Solje-nitsin aquando da receção do prémio em Londres, 10 de Maio de 1983:

Os homens esqueceram Deus…

«Mais de meio século atrás, quando eu ainda era crian-ça, lembro-me de ouvir um número de pessoas mais velhas oferecerem a se-guinte explicação para os grandes desastres que se abateram sobre a Rússia: os homens esqueceram Deus; é por isso que tudo isso aconteceu.Desde então, tenho passa-do quase 50 anos a estudar a história da nossa revolu-ção. Durante esse proces-so, li centenas de livros, colecionei centenas de tes-temunhos pessoais e contri-buí com oito volumes de mi-nha própria lavra, no esforço de limpar o entulho deixado por aquela catástrofe. Mas se hoje me pedissem para formular da maneira mais concisa possível a causa principal da terrível revolu-ção que deu cabo de mais de 60 milhões dos meus compatriotas, não poderia fazê-lo de modo mais pre-ciso do que repetir: ‘os ho-mens esqueceram Deus; é por isso que aconteceram todas essas coisas’.Além disso, só agora os acontecimentos da revolu-ção podem ser entendidos, no final do século, atenden-do ao contexto daquilo que se passou com o resto do mundo. O que emerge aqui é um processo de significa-do universal. E se eu fosse chamado a identificar bre-vemente a principal carac-terística de todo o século XX, novamente aqui, seria incapaz de encontrar algo mais preciso e conciso do que repetir mais uma vez: os homens esqueceram

Deus.Os fracassos da consciên-cia humana, privada de sua dimensão divina, têm sido um fator determinante em todos os principais crimes deste século. (…)O Ocidente ainda não ex-perimenta uma invasão comunista; a religião aqui permanece livre. Mas a pró-pria evolução histórica do Ocidente tem sido tal que hoje, também, ele está a passar por um esgotamen-to da consciência religiosa. Também ele foi testemunha de torturantes cismas, san-grentas guerras religiosas e do rancor, para não falar da maré do secularismo que, desde o final da Idade Média em diante, tem progressiva-mente inundado o Ocidente. Este gradual enfraqueci-mento da força que vem de dentro, é uma ameaça à fé, e talvez seja ainda mais pe-rigoso que qualquer tentati-va de destruição da religião que venha de fora.Impercetivelmente, através de décadas de erosão gra-dual, o sentido da vida no Ocidente deixou de ser visto como algo mais elevado que uma "busca da felicidade", um objetivo que foi até mes-mo solenemente garantido pela constituição. Os con-ceitos de bem e de mal têm sido ridicularizados por vá-rios séculos; banidos do uso comum, sendo substituídos por considerações políticas ou por conjuntos de valores de curta duração. Tornou--se embaraçoso afirmar que o mal habita primeiramente no coração humano antes de entrar num sistema polí-tico. No entanto, não é con-siderado vergonhoso fazer concessões levianas a um mal integral. A julgar pelo desmoronamento contínuo diante dos olhos da nossa própria geração, o Ocidente está inexoravelmente es-corregando para o abismo. As sociedades ocidentais estão a perder cada vez mais a sua essência religio-sa e, assim, irrefletidamen-te, levam a geração mais jovem ao ateísmo. Se um filme blasfemo sobre Jesus é apresentado nos Estados Unidos, supostamente um dos países mais religiosos do mundo, ou um grande jornal publica uma caricatu-ra desrespeitosa da Virgem

Maria, que outra prova do afastamento da religião é necessária? Quando os di-reitos exteriores são com-pletamente ilimitados, qual a razão para alguém se conter num esforço interior de evitar atos desprezí-veis?Ou então, qual a razão de alguém se afastar de um ódio ardente, seja este ódio fundamentado em ra-ças, classes ou ideologia? Este ódio está, de facto, corroendo muitos dos cora-ções de hoje.(…) O Ocidente desenvol-vido contemporâneo de-monstra, assim, pelo seu próprio exemplo, que a sal-vação humana não pode ser encontrada nem na exuberância de bens mate-riais, nem em simplesmen-te ganhar dinheiro.(…) Testemunhamos os re-sultados de um processo único no mundo, tanto no Oriente como no Ocidente, produzindo os mesmos re-sultados, e mais uma vez, pelo mesmo motivo: os ho-mens esqueceram Deus.(…) Devemos, primeira-mente, reconhecer o hor-ror, não perpetrado por al-guma força externa, e não por classes ou inimigos nacionais, mas dentro de cada um de nós, e dentro de cada sociedade. Isto é especialmente verdadeiro numa sociedade livre e al-tamente desenvolvida, pois aqui, em particular, fomos nós mesmos, por nossa vontade, que assim deter-minámos. Nós mesmos, no nosso egoísmo quotidiano, estamos a apertar o laço

de nós, como infalivelmen-te nos concede a força da existência; e quando essa assistência nos deixa, mor-remos. E na vida de todo o nosso planeta, o Espírito Divino certamente está pre-sente: isso é o que devemos compreender e lembrar nas nossas horas mais terríveis e sombrias.(…) Os nossos cinco con-tinentes estão presos num turbilhão. Mas é durante jul-gamentos como estes que os maiores dons do espírito humano se manifestam. Se nós desaparecermos e per-dermos este mundo, a culpa será só nossa.»

que nos estrangula...A nossa vida não consis-te na busca do sucesso material, mas na busca do desenvolvimento espiritual digno. Toda a nossa exis-tência terrena, nada mais é que uma fase de transição no movimento em direção a algo maior, não devemos tropeçar e cair, nem deve-mos permanecer inutilmen-te num degrau da escada. As leis materiais por si só não explicam a vida, nem nos fornecem a direção que ela deve ter. As leis da físi-ca e da fisiologia jamais re-velarão a forma indiscutível como o Criador constante-mente, dia após dia, par-ticipa na vida de cada um

Page 11: Festa de São Miguel - Seja bem-vindo ao sítio da Unidade ... · Madre Teresa de Calcut ... minha porta sempre aberta para acolher quem me pedir. Que ... de o ser. Que neste ano

nº 129 | Ano XIII | Out.15 11

Sudoku - puzzle

Para os mais pequenos

Então eu seria uma criança feliz!Anónimo

Descubra as 5 diferenças

Imagem para colorir

Labirinto

Se à segunda-feira se pudesse correr livre-mente pelos prados

e as flores desabrochassem numa explosão de cor…Se à terça-feira se contemplasse o céuno seu mistério de um azul sem fim…Se à quarta-feira se retirassem as máscarase a verdade brotasse…Se à quinta-feira a alegria entrasse nos cora-ções…Se à sexta-feira todos se dessem as mãos…Se ao sábado os pais contassem aos filhos histórias de encantar…Se ao domingo a beleza do silêncio se renovasse em cada ser…Então eu seria uma criança feliz,e a minha canção voaria por sobre as casas,dançaria entre os ramos das árvores,e à hora do crepúsculo repousaria sobre os mares do mundo,tornada canção de embalar,a encher de paz e de ternura os sonhos das crianças.

Parque infantilMiguel Torga

Joga a bola, menino!Dá pontapés certeiros

Na empanturrada imagemDeste mundo.Traça no firmamentoÓrbitas arbitráriasOnde os astros fingidosPercam a majestade.Brinca, na eterna idadeQue eu já tiveE perdi,Quando, por imprudência,Saltei o risco branco da inocência.

Page 12: Festa de São Miguel - Seja bem-vindo ao sítio da Unidade ... · Madre Teresa de Calcut ... minha porta sempre aberta para acolher quem me pedir. Que ... de o ser. Que neste ano

nº 129 | Ano XIII | Out.1512

Dia  4 Dia  11 Dia  18 Dia  25Domingo  XXVII  T.  ComumDomingo  XXVIII  T.  ComumDomingo  XXIX  T.  Comum Domingo  XXX  T.  Comum

Leitura  I Gen  2,  18-­‐24 Sab  7,  7-­‐11 Is  53,  10-­‐11 Jer  31,  7-­‐9

«E  os  dois  serão  uma  só  carne»

«Considerei  a  riqueza  como  nada,  em  comparação  com  

a  sabedoria»

«Se  oferecer  a  sua  vida  como  sacrifício  de  expiação,  terá  uma  

descendência  duradoira»

«Vou  trazer  de  novo  o  cego  e  o  coxo  entre  lágrimas  e  

preces»

Salmo   127,  1-­‐2.3.4-­‐5.6 89,  12-­‐13.14-­‐15.16-­‐17 32,  4-­‐5.18-­‐19.20.21   125,  1-­‐2ab.2cd-­‐3.4-­‐5.6  

"O  Senhor  nos  abençoe  em  toda  a  nossa  vida."

"Saciai-­‐nos,  Senhor,  com  a  vossa  bondade  e  

exultaremos  de  alegria."

"Desça  sobre  nós  a  vossa  misericórdia,  porque  em  Vós  esperamos,  Senhor."

"Grandes  maravilhas  fez  por  nós  o  Senhor,  por  isso  exultamos  de  alegria."

Leitura  II Hebr  2,  9-­‐11 Hebr  4,  12-­‐13 Hebr  4,  14-­‐16 Hebr  5,  1-­‐6

«Aquele  que  santifica  e  os  que  são  santificados

procedem  todos  de  um  só»

«A  palavra  de  Deus  é  capaz  de  discernir  os  

pensamentos  e  intenções  do  coração»

«Vamos  cheios  de  confiança  ao  trono  da  

graça»

«Tu  és  sacerdote  para  sempre,  segundo  a  ordem  

de  Melquisedec»

Evangelho Mc  10,  2-­‐16 Mc  10,  17-­‐30 Mc  10,  35-­‐45 Mc  10,  46-­‐52

«Não  separe  o  homem  o  que  Deus  uniu»

«Vende  o  que  tens  e  segue-­‐Me»

«O  Filho  do  homem  veio  para  dar  a  vida  pela  redenção  de  todos»

«Mestre,  que  eu  veja»

Calendário  Litúrgico  -­‐  Outubro  2015  -­‐  Ano  B

"O  Tempo  Comum  propõe  um  caminho  espiritual,  uma  vivência  da  graça  própria  de  cada  aspecto  do  Mistério  de  Cristo,  presente  nas  diversas  festas  e  nos  diversos  tempos  litúrgicos."

TEMPO COMUM

A exemplo de Maria Teresa Santiago

UNIVERSAL: JORNALISTASPara que os jornalistas, no desempenho da sua profissão, sejam sempre anima-dos pelo respeito pela verdade e por um forte sentido ético.

PELA EVANGELIZAÇÃO: JORNADA MISSIONÁRIA MUNDIALPara que a Jornada Missionária Mundial renove em todas as comunidades cris-tãs a alegria e a responsabil idade de anunciar o Evangelho.

Intenções do Papa Outubro2015

Maria, nossa Mãe, é a mulher da paciência. Sem-pre soube esperar o desígnio de Deus, sem

reclamar. A paciência é amiga do silêncio e da fé.Quando é difícil caminhar depressa, então é pre-

ciso ter paciência e caminhar devagar. José e Ma-ria salvaram o Menino das mãos de Herodes, indo passo a passo até ao Egipto.

Quantos casais padecem de uma grave epi-demia, a falta de rumo, a falta de direcção, muitos estão enganados pensando que podem buscar a felicidade fora do lar, não sabem que indo até Ma-ria com confiança, ela os acolhe e dirige. Muitos se esquecem do amor conjugal, e por isso, a vida mat-rimonial cai numa tristeza, com decepções, faltas de perdão, guardam mágoas no coração que matam e destroem.

Sabemos que não há famílias perfeitas, mas os casais que não conseguem dialogar, já não se ou-vem, ofendem-se magoam-se e nada resolvem. O egoísmo e o medo estão fazendo muita gente re-jeitar o casamento e a família. Na medida em que os casamentos vão-se desfazendo, as famílias vão-se destruindo por falta de Deus. É preciso que a família seja um lugar de vida, de cura e perdão.

Se os casais evitassem as discussões, aprendes-sem a dialogar, a respeitar-se, quando cometem um

erro fossem mais coerentes, perceberiam que não há outra saída senão aceitar o erro e pedir perdão, descobririam que a humildade derruba muros de separação. E descobririam que seriam felizes com o que construíram no seu casamento, com lutas e com dedicação. A Virgem Maria está sempre presente nesta caminhada de fé.

Ela ensina a paciência, sabedoria, silêncio, perdão, humildade, esperança e muita oração.

Uma coisa os casais precisam entender, é pre-ciso não desesperar e fazer como os passarinhos que, quietinhos no ninho esperam a tempestade passar... O remédio é a paciência.

Sem dúvida a maior tragédia do mundo moderno é a destruição da família.

O divórcio arrasa com os casamentos e, conse-quentemente, com as famílias. Os filhos pagam o preço da separação dos pais, e eles mesmos sofrem com isto.

Infelizmente vivemos numa sociedade consumis-ta, egoísta e comodista, que toma conta do mundo e das pessoas, destruindo cada vez mais as famílias e os casamentos.

S. Paulo ensina que toda a paternidade e mater-nidade recebem o nome de Deus (Ef 3, 15). É Ele a fonte última da vida, por isso pode-se afirmar que a genealogia de cada pessoa tem suas raízes no eter-no. Ao gerar um filho os pais são colaboradores de Deus.Missão verdadeiramente sublime (J. Paulo II).

Que a nossa Mãe do Céu e da Terra abençoe todos os casais e sempre os oriente em todas as suas es-colhas e caminhos. Os filhos precisam de ter pais fel-izes, que se amam e respeitam para crescerem num ambiente de amor e perdão, paz e alegria.

A minha alma glorifica o SenhorE o meu espírito se alegra em Deus, meu salva-dor.Porque pôs os olhos na humildade da Sua serva,De hoje em diante me chamarãoBem aventurada todas as gerações.O todo poderoso fez em mim maravilhas.Santo é o Seu nome.A sua Misericórdia se estende de geração em ge-raçãoSobre aqueles que O temem.Manifestou o poder do Seu braço,E dispersou os soberbos.Derrubou os poderosos do seu tronoE exaltou os humildes.Aos famintos encheu de bens e aos ricos despe-diu de mãos vaziasAcolheu a Israel, seu servo,Lembrado da Sua misericórdia como tinhaPrometido a nossos pais,A Abraão e à sua descendência para sempre.

Page 13: Festa de São Miguel - Seja bem-vindo ao sítio da Unidade ... · Madre Teresa de Calcut ... minha porta sempre aberta para acolher quem me pedir. Que ... de o ser. Que neste ano

nº 129 | Ano XIII | Out.15 13

SERVIÇO PASTORAL E LITÚRGICO - OUTUBRODia 1 – Quinta-feira da semana XXVI11.00h Missa no Lar Cardeal Cerejeira18.30h Atendimento/Confissões em S. Martinho19.00h Missa em S. Martinho21.15h Início OFICINA DE ORAÇÃO E VIDA, Lourel

Dia 2 – Sexta-feira da semana XXVI09.00h Missa em S. Miguel e Exp. Do SSmo18.00h Exposição do SSmo e Confissões em S. Pedro19.00h Missa em S. Pedro 21.00h Reunião dos Catequistas de S. Miguel

Dia 3 – Sábado da semana XXVI09.00h Formação novos catequistas: Alfargide15.00h Celebração da Palavra no Lar Asas Tap16.30h Celebração da Palavra em Galamares16.30h Missa em Manique18.00h Missa em S. Pedro19.00h Missa em S. Miguel

Dia 4 – Domingo XXVII do Tempo ComumSÍNODO DOS BISPOS sobre a Família (4 a 25)09.00h Missa na Abrunheira09.00h Celebração da Palavra em Janas09.30h Missa rito Greco-Católico, em S. Martinho10.15h Missa em S. Pedro e na Várzea10.15h Celebração da Palavra no Lourel11.30h Missa em S. Miguel12.00h Missa no Linhó19.00h Missa em S. Martinho

Dia 5 – Segunda-feira da semana XXVII07.30h Missa em Monte Santos18.30h Missa no Linhó

Dia 6 – Terça-feira da semana XXVII11.00h Missa no Lar de Galamares18.30h Atendimento/Confissões em S. Pedro19.00h Missa em S. Pedro21.00h Grupo de Partilha da Palavra em S. Pedro21.00h Oração com o Grupo Nazaré, em S. Miguel21.00h Reflexão sobre o Sínodo, S. Miguel e Várzea

Dia 7 – Quarta-feira da semana XXVII17.30h Missa em Monte Santos18.30h Confissões em S. Miguel19.00h Missa em S. Miguel19.30h Missa de rito Greco-Católico, em S. Martinho

Dia 8 – Quinta-feira da semana XXVII16.00h Atendimento do Gota a gota18.30h Atendimento/Confissões em S. Martinho19.00h Missa em S. Martinho21.30h Reunião Secretariado da Catequese

Dia 9 – Sexta-feira da semana XXVII09.00h Missa em S. Miguel e Confissões10.30h Reunião da Conferência de S. Vicente Paulo18.30h Atendimento/Confissões em S. Pedro19.00h Missa em S. Pedro21.00h Reunião da Direcção do Agrup. 113421.15h Curso Bíblico em São Miguel

Dia 10 – Sábado da semana XXVII10.00h CONFISSÕES: CATEQUESE – JOVENS E PAIS15.00h Celebração da Palavra no Lar Asas TAP16.30h Celebração da Palavra em Manique16.30h Missa em Galamares18.00h Missa em S. Pedro – Catequese19.00h Missa em S. Miguel – Catequese

Dia 11 – Domingo XXVIII do Tempo Comum09.00h Missa em Janas e na Abrunheira: Catequese09.30h Missa rito Greco-Católico, em S. Martinho10.15h Celebração da Palavra na Várzea10.15h Missa em S. Pedro e em Lourel: Catequese11.30h Missa em S. Miguel12.00h Missa no Linhó

16.00h Concerto na Igreja de S. Martinho17.00h Missa em Monte Santos19.00h Missa em S. Martinho

Dia 12 – Segunda-feira da semana XXVIII07.30h Missa em Monte Santos18.30h Missa no Linhó

Dia 13 – Terça-feira da semana XXVIII18.30h Atendimento/Confissões em S. Pedro19.00h Missa em S. Pedro21.00h Partilha da Palavra em S. Pedro21.15h Reunião do Secr. Permanente do C. P.

Dia 14 – Quarta-feira da semana XXVIII17.30h Missa em Monte Santos18.30h Confissões em S. Miguel19.00h Missa em S. Miguel19.30h Missa de rito Greco-Católico, em S. Martinho

Dia 15 – Quinta-feira da semana XXVIII15.00h Missa no Lar Oitão18.30h Atendimento/Confissões em S. Martinho19.00h Missa em S. Martinho

Dia 16 – Sexta-feira da semana XXVIII09.00h Missa em S. Miguel e Confissões18.30h Atendimento e Confissões, em S. Pedro19.00h Missa em S. Pedro21.15h Curso Bíblico em São Miguel

Dia 17 – Sábado da semana XXVIII10.45h Missa dos Bombeiros, em S. Martinho15.00h Celebração da Palavra no Lar Asas Tap16.30h Missa em Manique16.30h Celebração da Palavra em Galamares18.00h Missa em S. Pedro19.00h Missa em S. Miguel 21.30h Prep. Baptismo na Sala Card. Policarpo

Dia 18 – Domingo XXIX do Tempo ComumDIA MUNDIAL DAS MISSÕES:COMPROMISSO DOS AGENTES PASTORAIS09.00h Missa na Abrunheira09.00h Celebração da Palavra em Janas09.30h Missa rito Greco-Católico, S. Martinho10.15h Celebração da Palavra em Lourel10.15h Missa em S. Pedro e na Várzea11.30h Missa em S. Miguel12.00h Missa no Linhó15.00h Reunião da Comissão de S. Eufémia19.00h Missa em S. Martinho Dia 19 – Segunda-feira da semana XXIX07.30h Missa em Monte Santos18.30h Missa no Linhó

Dia 20 – Terça-feira da semana XXIX18.30h Atendimento/Confissões em S. Pedro19.00h Missa em S. Pedro21.00h Grupo de Partilha da Palavra em S. Pedro21.00h Missa com Grupo Nazaré, em S. Miguel21.00h Reflexão sobre o Sínodo, S. Miguel e Várzea

Dia 21 – Quarta-feira da semana XXIX17.30h Missa em Monte Santos18.30h Confissões em S. Miguel19.00h Missa em S. Miguel19.30h Missa de rito Greco-Católico, em S. Martinho21.00h REUNIÃO GERAL DE CATEQUISTAS

Dia 22 – Quinta-feira da semana XXIX15.00h Missa no Lar Asas TAP18.30h Atendimento/Confissões em S. Martinho19.00h Missa em S. Martinho18.45h Missas Universidades (Ig. Cor. Jesus)

Dia 23 – Sexta-feira da semana XXIX

09.00h Missa S. Miguel e Atendimento/Confissões10.30h Reunião da Conferência S. Vicente de Paulo18.30h Atendimento/Confissões em S. Pedro19.00h Missa em S. Pedro21.00h Reunião da Comissão de Nª Srª do Cabo21.15h Curso Bíblico em São Miguel

Dia 24 – Sábado da semana XXIXMISSÃO AMAR-TE: para jovens missionários16.30h Missa em Galamares16.30h Celebração da Palavra em Manique18.00h Missa em S. Pedro19.00h Missa em S. Miguel 21.00h REUNIÃO CONSELHO PASTORAL DA UPS

Dia 25 – Domingo XXX do Tempo Comum ---- Início da Hora de Inverno (atrasar 1 hora)---Dia da DEDICAÇÃO DA SÉ DE LISBOA09.00h Missa na Abrunheira e Janas09.30h Missa rito Greco-Católico, em S. Martinho10.15h Celebração da Palavra na Várzea10.15h Missa em S. Pedro e no Lourel11.30h Missa em S. Miguel12.00h Missa no Linhó12.30h Almoço JANELA: Chefes da Penha Longa17.00h Missa em Monte Santos19.00h Missa em S. Martinho

Dia 26 – Segunda-feira da semana XXX07.30h Missa em Monte Santos18.30h Missa no Linhó

Dia 27 – Terça-feira da semana XXX18.30h Atendimento/Confissões em S. Pedro19.00h Missa em S. Pedro21.00h Partilha da Palavra em S. Pedro21.00h Oração do Grupo Nazaré, em S. Miguel21.00h Conversas sobre a Bíblia e a Igreja

Dia 28 – Quarta-feira da semana XXX17.30h Missa em Monte Santos18.30h Confissões em S. Miguel19.00h Missa em S. Miguel19.30h Missa rito Greco-Católico, em S. Martinho

Dia 29 – Quinta-feira da semana XXX18.30h Confissões em S. Martinho19.00h Missa em S. Martinho21.30h Reunião dos M. Extr. Comunhão

Dia 30 – Sexta-feira da semana XXX09.00h Missa em S. Miguel e Confissões18.30h Confissões, em S. Pedro19.00h Missa em S. Pedro21.15h Curso Bíblico em São Miguel

Dia 31 – Sábado da semana XXXFORMAÇÃO PARA TODOS OS CATEQUISTAS15.00h Celebração da Palavra: Lar Asas Tap16.30h Missa em Manique16.30h Celebração da Palavra em Galamares18.00h Missa em S. Pedro19.00h Missa em S. Miguel PREVISTO PARA O MÊS DE NOVEMBRO:

1 Nov: Solenidade de Todos os Santos2 Nov: Fiéis Defuntos – Missa nos Cemitérios7-8 Nov: Festa do Acolhimento do 1º ano11 Nov: Festa de São Martinho

Page 14: Festa de São Miguel - Seja bem-vindo ao sítio da Unidade ... · Madre Teresa de Calcut ... minha porta sempre aberta para acolher quem me pedir. Que ... de o ser. Que neste ano

nº 129 | Ano XIII | Out.1514

ESPECIALIDADES DA FÁBRICA:Queijadas - Travesseiros - Pastéis de Sintra

Nozes Douradas - Pastéis Cruz Alta

R. das Padarias, 12710-603 SINTRATelf.: 21 923 06 26 / Fax: 21 924 23 99

R. das Padarias, 182710-603 SINTRATelf.: 21 923 15 95

PIRIQUITA doisPIRIQUITA

Chorar para quê?Inês Teotónio Pereira

São imagens como a do menino da praia que nos

fazem querer mudar o mundo, mas o mundo não muda com as nossas lágrimas ou com os likes no Facebook; apenas muda com as nossas obras.

Num dos seus livros, CS Lewis explica como é indife-rente odiarmos ou amarmos o que nos é distante. Odiar Hi-tler, Estaline e arrepiarmo-nos com as atrocidades que eles cometeram não nos faz me-lhores pessoas. Não nos faz nada. Por outro lado, idolatrar alguém que não conhecemos também não quer dizer que temos maior ou menor capa-cidade para amar. Odiarmos ou indignarmo-nos com algo distante é apenas confortável, é uma espécie de festinha à nossa moral tão frágil e à nos-sa sensibilidade, que vai min-guando conforme crescemos. Mas é apenas uma festinha. As nossas vidas estão reple-tas de ódios vários. Odiamos racistas, odiamos assassinos, odiamos pedófilos, odiamos homens que batem nas mu-lheres, odiamos terroristas.

Odiamos muita gente. Gente que não conhecemos e que apenas nos horroriza. E é por os odiarmos que nos senti-mos muitas vezes melhores pessoas; quem mais odeia o mal melhor é, dizemos nós à nossa frágil moral.

A fotografia do menino na praia arrepia. Os nossos filhos com aquela idade dormem naquela posição. O meu, com dois anos, dorme assim. E arrepia porque aquele me-nino é transportado para as nossas casas, porque imagi-namos que podia ser o nosso filho. Porque sentimos aquele menino ao colo. E é nestas alturas que temos a neces-sidade de odiar. Odiar quem tem culpa por ter provocado aquela tragédia ou por não a ter evitado. E ficamos assim, indignados, e choramos. Não, ninguém sabe como resolver a questão dos refugiados, como resolver o drama da mi-gração, e ninguém sabe o que fazer. E o mais fácil é sempre odiar. É dar a dita festinha à nossa consciência moral. E assim colocarmo-nos do lado

dos bons, dos que odeiam. Mas não, nada disto serve,

e é por isso que a nossa indig-nação não tem fim: o espaço para amarmos está ocupado com a indignação. Quando o Papa fala da nossa incapaci-dade para chorar os mortos, é disto que fala: choramos imagens, mas pouco fazemos pelas pessoas. Choramos por elas e pela nossa inércia. Em 2013, quando o Papa Francis-co foi a Lampedusa, explicou: “Muitos de nós – e neste nú-mero me incluo também eu – estamos desorientados, já não estamos atentos ao mun-do em que vivemos, não cui-damos nem guardamos aquilo que Deus criou para todos, e já não somos capazes sequer de nos guardar uns com os outros. E, quando esta de-sorientação atinge as dimen-sões do mundo, chega--se a tragédias como aquela a que assistimos.” Então, o que fa-zer para além de chorar?

A tragédia dos milhares que fogem da morte e nos pedem acolhimento põe-nos à prova. Põe à prova o nosso medo, as

nossas inseguranças, o nosso conforto. Estaremos nós dis-poníveis para nos aproximar-mos verdadeiramente daque-les por quem choramos, como pede o Papa? Para lhes dar a mão, partilhar o nosso pão, as nossas casas, o nosso bem--estar? Será que o nosso cho-ro é mesmo verdadeiro? São imagens como a do menino da praia que, quando apare-cem, nos fazem querer mudar o mundo, mas o mundo não muda com as nossas lágrimas ou com os likes no Facebook; apenas muda com as nossas obras. E é nesta encruzilhada que vivemos: ou nos defende-mos e nos fechamos dentro do nosso pequenino mundo à espera que ele mingue e final-

mente desapareça, ou temos a capacidade e a coragem de dar um passo rumo ao des-conhecido, confiando apenas naquilo que é o correcto: aco-lher, ajudar, partilhar e amar. A coragem de pensar no outro - no que sofre, e não em nós –, e não perder tempo com ódios abstractos que apenas anestesiam.

A imagem do menino pode ter servido para isso, para querermos começar a escrever a História de outra maneira, através de obras de solidariedade, e pararmos de chorar para nada. Só assim poderemos dar algum sentido à sua morte, assim como à de milhares de outros pais, mães e filhos.

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO DA UNIÃO DAS FREGUESIAS DE SINTRAPatrimónio dos Pobres – Linhó

Em artigos anteriores, já aludimos à intervenção que é necessário executar nas moradias do Linhó, designadas “Património dos Pobres”.Apesar de no seu interior já se ter iniciado, com várias ajudas e participações, o exterior exige um trabalho mais volumoso, que requer uma verba considerável. Por isso, a CSVP, em conjunto com a UPS, apresentou uma candidatura ao 2.º ORÇAMENTO PARTICIPATIVO da União das Freguesias de Sintra.Deste modo, e para além dos donativos que então se têm solicitado (E QUE AINDA SÃO MUITO NECESSÁRIOS!!!) existe, pois, uma outra forma de participar nesta obra da nossa UPS: votando no nosso projecto admitido a votação deste Orçamento Participativo. A sua identificação (integrado na Área Social) é a seguinte:

Proponente: Conferência de São Vicente de PauloObjecto: Reparação do reboco, pintura exterior e revisão do telhado de quatro moradias de habitação social, no Linhó.

Sugere-se igualmente que se vote no outro projecto da UPS, denominado “Instalação eléctrica da casa anexa à Igreja do Santuário de Sta. Eufémia que servirá de casa de apoio ao Centro de Actividades do Santuário”, proposto pela Fábrica da Igreja de São Pedro e integrado na área “Ambiente e Espaço Público”.Lembra-se que a votação decorre até ao dia 30 de Setembro. Não se esqueça: VOTE!

Uma nota final de agradecimento a todos aqueles que, muito solidariamente, contribuíram na recolha de material escolar efectuada nos dias 5 e 6 de Setembro no Modelo do Lourel. Foi um sucesso! O nosso muito obrigado.É que contamos sempre com a vossa generosidade em todas as iniciativas da Conferência! E uma coisa é certa: muitas mais virão, pois PRECISAMOS DE AJUDA PARA PODERMOS AJUDAR.

Page 15: Festa de São Miguel - Seja bem-vindo ao sítio da Unidade ... · Madre Teresa de Calcut ... minha porta sempre aberta para acolher quem me pedir. Que ... de o ser. Que neste ano

nº 129 | Ano XIII | Out.15 15

Avª Adriano Júlio Coelho ~ Estefânia ~ 2710-518 SINTRA

.:: ::.

Paróquia de SantaMariae São MiguelParóquia de São Martinho

Paróquia de São Pedro de Penaferrim

Ficha Técnica

[email protected]

Jornalista:Guilherme Duarte

Colaboração:

Fotografia:

Edição gráfica e paginação:

Revisão de textos:

Mafalda Pedro.

Área financeira:

Distribuição e assinaturas:

Publicidade:

Empresa Gráfica Funchalense.:: MORELENA - PERO PINHEIRO ::.

Tiragem deste número:2000 exemplares

Impressão:

Graça e Álvaro Camara de Sousa926 890 565

[email protected]

Graça Camara de Sousa

Mafalda Pedro;Guilherme Duarte;

Rui Antunes; José Pedro Salema;

Graça e Álvaro Camara de Sousa;P. Armindo Reis;P. Jorge Doutor.

José Pedro Salema;Rita Carvalho;

Pedro Martins; Rui Antunes;

Arquivo Cruz Alta; Guilherme Duarte;

Mafalda Pedro;

P. Jorge Doutor;Rui Antunes.

João Valbordo; Manuel Sequeira;

Manuela Alvelos;Guilherme Duarte;

Teresa Santiago;Carmo Borges;Erwin Moser;P. Jorge Doutor;Vitor Cabrita;Rute Valbordo;Belinha Chaves.

Miguel Forjaz;P. Armindo Reis;

Rita Gôja;Conferência de S. Vicente

de Paulo;Irmã Graça;

Direção:

Nº DL 355534/13

Padre RICARDO NEVES

Nascido em Lisboa a 15 de setembro de 1972, o padre

Ricardo Neves viveu a infância em Rio de Mouro, beneficiando desde o berço de uma carinho-sa educação cristã e humana que se refletiu em muitos tra-ços da sua personalidade e da sua atuação pastoral. Aluno dos seminários do Patriarca-do de Lisboa desde 1986, foi ordenado padre a 29 de junho de 1997, no Mosteiro dos Jeró-nimos, e celebrou a sua Missa Nova a 13 de julho, em Rio de Mouro. Faleceu a 6 de agosto de 2015.

Desde setembro de 2011 era pároco de Santo António do Es-toril e vigário de Cascais, junta-mente com a direção do Serviço de Animação Espiritual. Ao longo dos seus 18 anos de sacerdócio, foi também prefeito e vice reitor do Seminário de S. José de Ca-paride, assistente do Setor de Cascais das Equipas de Jovens de Nossa Senhora e diretor dio-cesano do Serviço da Pastoral Vocacional.

Escrevendo um dia a João Costa, membro do “Percurso Al-pha”, o P. Ricardo Neves confes-sava: «Ser padre é para mim uma grande felicidade. Não o procuro por causa da felicidade mas ela vem realmente como consequên-cia de estar ao serviço, de viver em comunhão com Jesus, de es-tar na vida das pessoas e ajudar a construir a Igreja. Esta felicida-de tem as mesmas marcas da de Jesus: está atravessada pelo mistério da Cruz, onde o amor e a confiança são chamados a radi-calizar-se. Tenho experimentado também isso na minha vida: pelo meio de tormentas e sofrimentos, Deus faz crescer um amor mais límpido».

O Cardeal-Patriarca de Lis-boa, D. Manuel Clemente, que o conheceu desde a entrada no seminário e o acompanhou pro-ximamente na sua vida, com um cuidado especial neste último ano, reconhece essa felicidade que o P. Ricardo Neves experi-mentava no seu sacerdócio e no serviço aos outros: «O P. Ricar-do Neves marcou a sua geração sacerdotal a vários níveis, belíssi-mos todos. Entre os seus colegas de seminário, era naturalmente líder, pela inteligência, pela sen-sibilidade, pelo entusiasmo. En-tre os seminaristas, juntava um alto grau de discernimento com a relação próxima, fraterna e es-timulante. Para quem o escolheu como “diretor espiritual”, de perto ou mais longe, foi determinante

para o sentido cristão da exis-tência e a fidelidade certa aos compromissos. Para os seus pa-roquianos, foi um pastor de todas as horas, de todos os projetos, de aplicação sacerdotal inteira. Foi-o também nos longos meses da sua doença, de que fez cruz salvadora».

Recorda o P. José Paulo Ma-chado, vigário paroquial, que o auxiliou e viveu com ele todos estes anos de pároco do Estoril, desde que se encontraram em Julho de 2011 para «traçar um plano conjunto para a comuni-dade paroquial do Estoril»: o P. Ricardo Neves era um «atento observador de todos os pormeno-res» e «foi essa observação amo-rosa sobre as pessoas, sobre a paróquia, sobre as situações, sobre os pormenores, a respon-sável pela construção de uma paróquia agora verdadeiramente conciliar, dotada de instrumentos de corresponsabilidade transver-sais a todos os seus membros». Impressionado pelo sentido pas-toral e pelo testemunho que man-teve sempre, incluindo durante a doença, refere ainda que «mes-mo na dolorosa provação do ga-lopante cancro que o invadiu, o P. Ricardo nunca descurou uma atenta observação sobre o ama-nhã da paróquia e sobre si pró-prio».

Logo quando tomou posse no Estoril, o P. Ricardo Neves renovou e inovou muitas práticas pastorais, mas a mais simples e fundamental de todas terá sido a oferta permanente e diária do sacramento da Reconciliação. «Num dia muito importante da história da minha conversão senti uma força muito grande para não adiar mais a Confissão: meti-me no carro e fui direita à paróquia. A minha história com o P. Ricar-do começa porque ele estava no sítio certo à hora certa: o confes-sionário! Aí começou o caminho que me trouxe ao convento e no qual o P. Ricardo tem sido uma mão da Providência», lembra Sor Maria Madalena da Divina Mise-ricórdia (monja concepcionista).

No mesmo sentido de dis-

ponibilidade permanente para o acompanhamento pessoal, Fáti-ma Terra, atualmente no Secre-tariado da Catequese do Patriar-cado de Lisboa, que conheceu o P. Ricardo na juventude e era sua dirigida espiritual, vê nele «um ir-mão, um amigo, um companheiro nesta peregrinação que fazemos para o Céu…uma vez que não te-mos aqui morada permanente» e conclui: «Tenho a certeza que o P. Ricardo foi colocado no meu cami-nho por Deus. Foi ele que nestes seis anos me acolheu, apoiou e suportou, animando a minha Fé e Esperança e estimulando a minha vivência da Caridade, particular-mente nos momentos mais difí-ceis». Também João Costa: «Atra-vés da sua catequese, a minha vida espiritual cresceu bastante. Nos dias que correm, em que nos faltam mestres de vida interior, eu sinto-me privilegiado por o ter tido no meu convívio íntimo e a guiar--me, hoje e sempre».

Maria João Ferreira, jovem da paróquia do Estoril, recorda que o nosso prior se fazia «transmissor incansável do amor de Deus. Uma dádiva de Deus na minha vida, que sem eu esperar e nada ante-ver, me tocou profundamente. O P. Ricardo era uma pessoa cheia de Jesus. Uma alma amiga e extre-mamente inspirada. (…) O amor de Deus é grande e transmite-se desta forma: através de quem nos ama, de quem nos quer bem e nos motiva a fazer o mesmo. As-sim era o padre Ricardo Neves, alguém que me amou de verdade, como Jesus, convertendo o meu coração». Como conclui o Patriar-ca de Lisboa no seu testemunho sobre o P. Ricardo Neves, «Con-tinuaremos com ele, pois, como Santa Teresinha, “passará o seu céu a fazer bem na Terra”».

In http://www.patriarcado-lisboa.pt/

Page 16: Festa de São Miguel - Seja bem-vindo ao sítio da Unidade ... · Madre Teresa de Calcut ... minha porta sempre aberta para acolher quem me pedir. Que ... de o ser. Que neste ano

nº 129 | Ano XIII | Out.1516

Santos do mêsVitor Cabrita

Testemunhas de uma cristandade, de que pouco se conhece em registos históricos.

À DESCOBERTA DONOSSO PATRIMÓNIO

O Cruz Alta iniciou em 2015 uma secção dedicada à descoberta do nosso património, por vezes pouco apreciado por quem está tão próximo dele. Em cada jornal é publicada a fotografia de uma peça ou de um pormenor arquitectónico, sem identificação do local, com o intuito de que o leitor descubra onde se encontra e o passe a valorizar.No mês anterior a fotografia publicada era ummedalhão do teto da igreja de São Pedro

Apenas permite orientar na perenidade de uma memória cultivada em Lisboa e algumas paróquias da diocese do Porto.

Uma das referências mais antigas aos Mártires de Lisboa surge no Martyrologium de Usuardo que, em 858, percorre diversas cidades em busca de relíquias. Os testemunhos litúrgicos estendem-se até aos séc. X e XI, sendo convergentes em considerarem o dia 1 de Outubro, memória aos irmãos santos.

O percurso de vida destes mártires aparece em Lisboa, na fuga ao Imperador Diocleciano (imperador Romano de 284 a 305 d.c.), que os perseguia por professarem a fé cristã. Tentou

dissuadi-los com severas ameaças e, não conseguindo, mandou-os prender. O juiz que os julgou, mandou açoitá-los e torturá-los com lâminas em brasa. Como ainda resistiram, mandou arrastá-los pelas ruas da cidade e, por fim, ordenou que fossem degolados. Para que servisse de exemplo a quem professasse a fé cristã, o juiz ordenou que os corpos não fossem sepultados e que servissem de pasto aos animais. Como não foram tocados por animal algum, ordenou então que fossem largados em alto mar com pesadas pedras. Ainda os barqueiros que os tinham transportado, não tinham regressado a terra, e já os seus corpos repousavam na areia da

praia.Então os cristãos recolheram-

nos e sepultaram-nos no lugar onde mais tarde se veio a erguer a igreja em memória dos Santos Mártires, onde nos dias de hoje é a igreja de Santos-o-velho, em Lisboa.

Quanto à origem destes irmãos santos, alguns historiadores afirmam serem filhos de um senador romano que os mandou a Lisboa para confessarem a sua fé. Esta tradição refletiu-se na iconografia: os três irmãos Mártires são apresentados de traje e hábitos de romeiros, com bordões compridos nas mãos, como estão expostos nas imagens do séc. XVII, junto das relíquias depositadas em urnas de prata, na igreja em Lisboa.

Veríssimo, Máxima e Júlia