17
Revista 1 REA Revista PA Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará Fevereiro - Ano I - nº 01 PROGRAME-SE Pag. 30 Cursos e eventos de especialização profissional DIREITOS Pag. 22 Acessibilidade em prédios e vias públicas GESTÃO Pag. 12 Pag. 18 As metas e desafios do presidente Albério AMBIENTAL Pag. 14 A votação do novo Código Florestal As opiniões dos grupos envolvidos na polêmica construção da 2ª maior hidrelétrica do País O desafio energético de Belo Monte As opiniões dos grupos envolvidos na polêmica construção da 2ª maior hidrelétrica do País O desafio energético de Belo Monte

Fevereiro - Ano I - nº 01 O desafio energético de Belo Monte · Engenheiro Antonio Carlos Albério Eng. Civil José Maria da Silva; Eng. Civil José Maria da Silva; Presidente do

  • Upload
    vuhuong

  • View
    213

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • REARevista

    PA 1

    REARevista PAConselho Regional de Engenharia e Agronomia do Par

    Fevereiro - Ano I - n 01

    Programe-se

    Pag. 30

    Cursos e eventos de especializao profissional

    Direitos

    Pag. 22

    Acessibilidade em prdios e vias pblicas

    gesto

    Pag. 12

    Pag. 18

    As metas e desafios do presidente Albrio

    amBieNtaL

    Pag. 14

    A votao do novo Cdigo Florestal

    As opinies dos grupos envolvidos na polmica construo da 2 maior hidreltrica do Pas

    O desafio energtico de Belo Monte

    As opinies dos grupos envolvidos na polmica construo da 2 maior hidreltrica do Pas

    O desafio energtico de Belo Monte

  • REARevista

    PA2 REARevista

    PA 3

    14

    2418

    15 22

    30 12

    CdigO FlOrestal

    aCessiBilidade

    entrevista

    BelO MOnte

    nOssas sees

    Palavra do Presidente 4

    Espao do Leitor 5

    Expressas 6

    Novidades Tecnolgicas 10

    Artigo Tcnico 27

    Mercado de Trabalho 28

    Agenda 30

    Livros e Sites 31

  • REARevista

    PA4 REARevista

    PA 5

    Engenheiro Antonio Carlos Albrio Presidente do CREA-PA

    Atender demanda profissional relacio-nada capacitao para o mercado de trabalho o objetivo do Conselho

    em todo o Estado do Par para o trinio 2012-2015. Investir no Programa de Qualificao Profissional um dos nossos princi-pais objetivos, ampliando a parceria com entidades de classe e instituies de ensino na promoo de cursos, palestras e even-tos tcnicos voltados aos profissionais das reas da Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Geografia, Ge-ologia e Meteorologia.

    Com metodologia de tra-balho focada em resultados, o CREA/PA busca a exceln-

    cia na prestao de servios, garantindo sociedade um ambiente seguro para morar, trabalhar e se divertir com a famlia.

    Para isso, vamos ampliar ainda mais nossos servios, qualificando e esclarecen-do a populao o papel do Conselho e suas atribuies. Nossa inteno ampliar a atuao para mais cidades em todo o Par, inauguran-do novas inspetorias nde forma a garantir melhores condies de insero pro-fissional, com vistas atua-lidade do mercado.

    PALAVRA DO PRESIDENTE ESPAO DO LEITORCREA-PA

    Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Par

    CONFEAConselho Federal de Engenharia e Agronomia

    DIRETORIA 2012-2014

    PREsIDEnTEEng. Agrnomo Antonio Carlos Albrio

    1 vice-presidenteEng. Civil Carlos Eduardo Domingues e Silva

    2 vice-presidenteEng. Mecnico Ricardo Jos Lopes Batista

    1 secretrioEng. Civil/Segurana do Trabalho Harold Stoessel Sadalla

    2 secretrioEng. Civil Salomo Peres Elgrably

    1 tesoureiroEng. Agrnomo Rui de Souza Chaves

    2 tesoureiroEng. Civil Andr de Oliveira Sobrinho

    CMARAs EsPECIALIZADAs

    Cmara Especializada de AgronomiaEng. Agr. Dinaldo Rodrigues Trindade

    Cmara Especializada de Engenharia Civil,segurana do Trabalho, Geologia e Minas

    Eng. Civ. Antonio No Carvalho de FariasCmara Especializada de Engenharia Eltrica

    Eng. Eletric. Adalziro Duarte RodriguesCmara Especializada de Engenharia

    Mecnica e Metalrgica Eng. Qum. Carlos Augusto de Brito Carvalho

    COnsELHO EDITORIALEng. Civil Jos Maria da Silva; Eng. Civil Jos Maria da Silva; Eng. Civil Jos Maria da Silva; Eng. Civil Jos Maria da Silva; Eng. Civil Jos Maria da Silva; Eng. Civil Jos Maria da Silva; Eng. Civil Jos Maria da Silva; Eng. Civil Jos Maria da Silva;

    Assessoria de Comunicao Social: Ana Maria Silva.

    Esta uma publicao do Conselho Regional deEngenharia e Agronomia do Par (Crea-PA)

    executada pela Nonono Comunicao.

    Diretores Maria Jos SouzaEditor Chefe Joaquim Oliveira

    Reportagens e textos Maria Jos Souza, Joaquim Oliveira, Joaquim Oliveira, Joaquim Oliveira

    Fotos Joaquim OliveiraDiagramao Maria Jos Souza

    Arte Joaquim OliveiraTratamento de imagens Joaquim Oliveira

    Reviso Maria Jos SouzaTiragem 15 mil exemplaresImpresso Grfica do Povo

    Tv. Doutor Moraes, 194 Nazar Belm-PA CEP 66035-080Fone/Fax: (91) 4006-5500 / 5514 / 5525

    Funcionamento: 2 feira a 6 feira das 8h s 16h30www.creapa.com.br

    Revista

    PAREA

    decida a reportagemVoc pode ajudar a fazer a nossa prxima edio. Escolha um dos assuntos abaixo. Mande um e-mail para [email protected].

    Asfalto Pesquisas revelam que a qualidade do asfalto usado em muitas obras de pssima qualidade. Entenda por qu? Energia Conhea novas tecnologias para tornar mais eficiente o dia-a-

    dia da engenharia. Hidrovias A importncia econmica e estrutural dos rios paraenses.

    sugestesGostaria de saber tudo sobre fiscalizao de obras. O que acham de fazer uma matria sobre o assunto? Adriano Santos, AltamiraRC: Adriano, vamos colocar na pauta e em breve estar nas pginas da revista

    Comentrios

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Etiam eget ligula eu lectus lobortis condimentum. Sonia Maria, Tucuru

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Etiam eget ligula eu lectus lobortis condimentum. Aliquam nonummy auctor massa. Pellentesque habitant morbi tristique senectus et netus et malesuada fames ac turpis egestas. Nulla at risus. Quisque purus magna, auctor et, sagittis ac, posuere eu, lectus. Nam mattis, felis ut adipiscing.Alan Moreira, Belm

    Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer adipiscing elit. Etiam eget ligula eu lectus lobortis condimentum. Aliquam nonummy auctor massa. Pellentesque habitant morbi tristique senectus et netus et malesuada fames ac turpis egestas. Anderson Arajo, Marab

    http://www.creapa.com.br

  • REARevista

    PA6 REARevista

    PA 7

    ExPRESSAS

    eleies do sistema Confea/Crea/Mtua no Par

    No ltimo dia 8 de novembro, o Sistema Confea/Crea/Mtua passou por mais um processo eleitoral. No Par, 1.419 profissionais da rea tecnolgica foram s urnas e escolheram seus representan-tes para os cargos de presidente do Confea, presidente do CREA--PA, Diretor Geral e Diretor Administrativo da Caixa de Assistn-cia dos Profissionais do CREA.

    O Engenheiro Agrnomo Antonio Carlos Alberio foi eleito presidente do CREA-PA com 56,31% dos votos vlidos. Na Mtua--PA, o Engenheiro Agrnomo Elias da Silva Lima teve 76,89% de aceitao para o cargo de Diretor Geral e o Arquiteto Adolfo Raimundo Maia conquistou 50 votos vlidos, sendo eleito para o cargo de Diretor Administrativo da Mtua-PA. Para a presidncia do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, Confea, o Engenheiro Civil Jos Tadeu alcanou 53,91% dos votos.

    Censo mapeia mercado de trabalho para engenheiros

    Prorrogado o prazo para a coleta de dados do censo que est sendo realizado para apontar o perfil dos enge-nheiros do Brasil e mapear a situao atual do mercado de trabalho. A ao uma parceria do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea/CREA) com o Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Co-mrcio Exterior (MDIC).

    Para os profissionais registrados no sistema Confea/CREA que ainda no preencheram o Censo, necessrio entrar no site do Confea - http://censo.confea.org.br - e acessar rea restrita para preenchimento do formulrio at dia 30 de maro. Os nmeros finais do censo e a anlise das informaes obtidas sero divulgados no primeiro semestre de 2012.

    http://censo.confea.org.br

  • REARevista

    PA8 REARevista

    PA 9

    Beno para nova presidncia

    arquitetos ganham conselho prprio

    Confea fixa a taxa da art

    vale oferece 380 vagas para engenheiros de projetos

    Enquanto rgo normatizador do Sistema Confea/ CREA, o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, Confea, determinou que os valores das taxas de Anotao de Responsa-bilidade Tcnica (ART) esto limi-tados em R$ 150, de acordo com a Resoluo 530, de 28 de novembro de 2011, publicada no Dirio Oficial

    da Unio no dia 8 de dezembro, e que entra em vigor 90 dias aps a sua publicao.

    Desta forma, quando compara-da com o ano anterior, houve uma reduo significativa: de R$886,50 para R$ 150,00, em 2012. Tal deter-minao tambm est prevista na Lei 12.514/ 2011, que trata dos valores

    relativos a anuidades e taxas, a serem cobrados pelos Conselhos Profis-sionais. As demais regras relativas ART permanecem inalteradas, sendo que os valores da ART referentes execuo de obra tero como base de clculo o valor do custo da obra e o valor da ART referente prestao de servio incidir sobre o valor do

    A mineradora Vale est recru-tando engenheiros para atuar na implantao de seus projetos em vrios estados no Brasil. Ao todo, so 380 vagas para profissionais com mais de quatro anos de for-mao. Para se candidatar vaga, o

    interessado deve fazer sua inscrio at o dia 15 de julho pelo endereo eletrnico: www.vale.com/oportu-nidades

    Alm de procurar dois perfis diferentes para preencher as vagas, a Mineradora procura profissionais

    que sejam formados nas seguintes cursos de engenharia: Automao, Civil, Eltrica, Mecnica, de Mi-nas, Metalrgica, de Produo ou Qumica, sendo que indispensvel o conhecimento de ingls interme-dirio ou avanado

    Na manh da ltimo dia 17 de ja-neiro, uma celebrao religiosa marcou o primeiro dia de exerccio do novo Presidente do CREA-PA, Eng. Agr. Antonio Carlos Alberio.

    Na ocasio, estiveram presentes alguns dos ex-presidentes do CREA-PA, o presidente do CAU Nacional, Arq. Adolfo Maia, o Diretor Geral da Mtua, eng. agr. Elias Lima, alm dos colabora-dores, prestadores de servio e estagi-rios do CREA-PA. O evento ocorreu no espao cultural eng. civ. Lutfala Bitar, na sede do CREA-PA.

    Durante a reunio, foi apresentado pelo coordenador de planejamento do

    CREA-PA, Marcos Sholini, o plano de trabalho que ser desenvolvido ao longo de trs anos de mandato, e tambm o plano de recuperao econmica.

    um trabalho de desenvolvimento de grupo, que para dar certo todos tm que pensar no prximo, afirmou o coorde-nador de planejamento do Conselho.

    Desde 1 de janeiro de 2012, a sigla CREA--PA passou a significar Conselho Regional de Engenharia e Agrono-mia do Par. A mudana ocorreu em virtude da Lei Federal 12.378/2010, que autorizou a criao do Conse-lho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil - CAU/BR e dos Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e

    do Distrito Fede-ral - CAUs. Desta forma, o CREA-PA est impedido de receber ou processar

    requerimentos dos profissionais e pes-soas jurdicas sujeitas fiscalizao do Conselho de Arquitetura do Brasil.

    Enquanto rgo fiscalizador do exerccio profissional da engenharia, da agronomia, da meteorologia, da ge-

    ografia, da geologia, dos tcnicos e dos tecnlogos, o CREA-PA tem a respon-sabilidade de proteger a sociedade do exerccio ilegal da profisso. A principal funo do Conselho Regional de Enge-nharia e Agronomia a fiscalizao de obras e servios vinculados s diversas profisses que representa, salvaguar-dando assim a sociedade de possveis danos que possam vir a ocorrer da execuo do objeto fiscalizado.

    No perodo de 13 a 17 de junho, o Conselho Regional de Engenharia, Arqui-tetura e Agronomia do Par, CREA-PA, representado pelos agentes de fiscalizao da inspetoria de Redeno, Floriano Soa-res da Silva e Dayany Sousa Viana, visitou os municpios de Bannach e Cumar do Norte, com o objetivo de fiscalizar obras civis, pblicas e instalaes industriais.

    Para atingir tal finalidade, o Conse-lho realizou um contato prvio com as Prefeituras e Empresas de Minerao ins-taladas nestes municpios, para solicitar informaes sobre as obras e empresas a serem fiscalizadas

    Nos dois primeiro dias, os agentes estiveram no municpio de Bannach

    para fiscalizar dois projetos e duas em-presas, visto que o municpio tem uma extenso pequena e o tempo de estadia dos fiscais foi curta. A primeira empresa fiscalizada foi a empresa Canadense Talon Metals Corporation, presente no municpio desde o ano passado e res-ponsvel por pesquisas na serra Trairo, local onde foi detectada uma rica jazida de ferro. Na ocasio, os agentes tiveram acesso ao banco de dados da empre-sa, para verificar o exerccio dos seus profissionais.

    Outra empresa fiscalizada foi a Geolgica Sondagens, uma empreiteira de servio de perfurao. Assim como na Talon Metals Corporation, os agentes

    do Conselho solicitaram informaes e tiveram acesso ao banco de dados para a fiscalizao do exerccio profissional.

    Em relao s obras, os agentes visitaram o projeto Pavimentao de Vias - Programa Calamento para Todos e o local de construo de 30 Moradias populares, que at o presente momento ainda no foi iniciada.

    No ltimo dia da ao, os agentes foram ao municpio de Cumar do Norte e fiscalizaram as obras do projeto para o Sistema de Esgoto e Ampliao do Sistema de Abastecimento; a empresa Mi-nerao Iraj, conhecida anteriormente como Mineradora Santa Elina e tambm a Empresa Geosonda.

    Fiscalizao de obras no interior

    http://www.vale.com/oportunidadeshttp://www.vale.com/oportunidades

  • REARevista

    PA10 REARevista

    PA 11

    A Quimatic/Tapmatic acaba de colocar no mercado o PCF - Fundo Conver-tedor de Ferrugem. O P.C.F. torna desne-cessria a remoo total da ferrugem, que aproveitada quimicamente e transformada num fundo anticorrosivo, sobre o qual preciso somente aplicar a tinta de acabamento. A ferrugem fica con-vertida num fundo protetor e duro, no requerendo o uso de outros fundos. Suporta 80 - 100C aps seco. O produto est disponvel em embalagens de 100ml com Blister, litro, 1, 5, 20 e 50 litros.

    Especializada em solues na rea de execuo de pisos industriais, a Locaville Brasil lana a Ecofibra: fibra de ao totalmente reciclado usado na mistura de concreto aplicado para pisos industriais. O mate-rial tem a funo de aumentar a resistncia e a durabilidade do piso inibindo o aparecimento e a propagao de fissuras. A fibra possui um formato desenvolvi-do para absorver o impacto e o esforo exercido sobre o piso, diminuindo a fragilidade do concreto, caracterstica comum com o passar dos anos.

    A Ecofibra produzida a partir de sobras de ao adquiridas de varia-das indstrias que utilizam o minrio como matria prima. O que antes seria descartado reaproveitado, evitando a extrao do minrio de ferro da natu-reza e o processo industrial que leva produo de monxido de carbono na atmosfera. Alm disso, com a Ecofibra, a edificao pode obter selos verdes de sustentabilidade, como a Certificao

    O prottipo de uma moto ecol-gica que funciona com ar comprimido e pode atingir uma velocidade de 100 km/h foi a estrela do salo internacio-nal da motocicleta na Austrlia. Bati-zada de O2 Pursuit, a duas-rodas foi projetada pelo estudante australiano Dean Benstead no curso de desenho industrial da Universidade RMIT em Melbourne, no sul do pas.

    Benstead afirmou na apresentao que os testes com o prottipo, similar a uma moto de cross convencional de 250 cilindradas e motor de ar com-primido de dez quilos, demonstram que o uso do ar uma alternativa aos

    A Killing est apresentando ao mercado o seu mais novo lana-mento. A Kisacril Tinta Telha uma nova opo para o consu-midor que busca proteo contra a ao do tempo e umi-dade, conferindo alto brilho a telhados de cermica, fibrocimento e concreto. Disponvel em embalagens de 3,6 e 18 litros, a Kisacril Tinta Telha pode ser en-contrada em sete opes de cores: cinza escuro, vermelho xido, bege, cermica, cinza claro, incolor e branco, que reflete os raios solares, reduzindo a temperatura interna do ambiente e poupando energia eltrica. Outras vantagens: tinta acrlica de base gua, de alto brilho, sem cheiro e de fcil aplicao.

    Leed(Leadership in Energy and Envi-ronmental Design) forcecida pela Gre-en Building Council Brasil e a Certifica-o AQUA (Alta Qualidade Ambiental) atestada pela Fundao Vanzoline, e mundialmente reconhecidas.

    eCOFiBra Para PisOs

    estUdante Cria MOtO MOvida a ar COMPriMidO

    combustveis fsseis e eletricidade. O veculo est equipado com um pro-pulsor que funciona com um botijo de ar de 18 litros parecido aos de mer-gulho, e seu chassi o de uma Yamaha WR-250 fornecido pelo fabricante japons para desenvolver o conceito.

    COntrOle Para FerrUgeM

    KisaCril tinta telHa

    NOVIDADES TECNOLGICAS

    REARevista

    PA10

  • REARevista

    PA12 REARevista

    PA 13

    Como o senhor identifica o perfil da sua gesto? O marco dessa gesto o foco na valorizao profissional e das profis-ses. Buscamos uma maior integrao com diferentes instncias do poder pblico e com a sociedade organizada no sentido de mostrar que as profis-ses tecnolgicas so fundamentais para o desenvolvimento e, por isso, devem estar inseridas nos debates de interesse coletivo. A fiscalizao tem que se aproximar mais dos profis-sionais e das empresas. Enfatizamos o carter didtico dessa atividade. Outro aspecto diz respeito ao apa-relhamento da mquina administra-tiva. Implantaremos instrumentos fundamentais como o trabalho de interiorizao e organizao de gesto de pessoas. Formulamos uma poltica voltada para a capacitao, estimulan-do a conscincia do papel do servidor pblico.

    E as metas de interiorizao? Pretendemos fazer com que esta ges-to mantenha a constncia dos inves-timentos no interior. Adquirir sedes prprias e abrir escritrios regionais em municpios importantes a meta. Criar o Colgio de Inspetores, um canal de regionalizao que permitir o debate estratgico regionalizado do desenvolvimento dessas localidades. Firmar convnios de cooperao tc-nica com vrias prefeituras nas reas de acessibilidade e meio ambiente, dentre outras. Dessa forma, entende-mos que os pontos primordiais sero alcanados. E a gesto poltica do Conselho? Avanamos primeiro no que diz respeito organizao e regularizao das nossas entidades, com o repasse de verbas atravs de convnios da ART. Esse atendimento igualitrio integrou essas instituies que foram

    reunidas no Colgio de Entidades com o propsito de priorizar e uni-ficar a discusso. No mbito polti-co, o papel do Crea decisivo para a implementao de instrumentos legais como a Comisso Permanente de Acessibilidade, a aprovao da Lei de Caladas, a implantao do projeto ciclovirio de Belm e a criao do Fundo de Apoio ao Conselho Estadual de Recursos Hdricos.

    De que forma a atuao nacional do Conselho contribuiu para as polti-cas de interesse pblico? O Crea-PA tem forte integrao com a sociedade civil, com os poderes legislativos, tanto em nvel munici-pal quanto estadual. Por conta das discusses e propostas relaciona-das melhorias nos corredores de trnsito das cidades a proximidade com a Cmara Municipal e a prpria Assembleia Legislativa foi estreitada. Ainda em nvel nacional, o Crea-PA foi um dos que estiveram frente do processo de gestes junto ao parla-mento brasileiro na aprovao de leis importantes do Sistema como a Me-dida Provisria 536/2011, que define os valores das receitas de anuidades e taxas a serem pagas pelos profis-sionais e empresas aos conselhos profissionais. Qual o grande gargalo do Sistema Confea/Crea? Somos um Sistema engessado e com pouca desenvoltura poltica. Precisamos trabalhar as nossas lideranas para que elas ocupem os espaos que lhes so devidos, contribuindo com projetos de lei que, muitas vezes, necessitam da interveno de profissionais qualifica-dos. Outra questo diz respeito ao nvel de corporativismo relacionado s aes concretas da finalidade do Sistema, muito preso aos processos que precisam ser revistos.

    ENTREVISTA

    Trs anos aps ter comandado o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Par, o engenheiro agrnomo Antonio Carlos Albrio assume novamente a presidncia da entidade para o binio 2012-2014. Nesta entrevista, ele fala sobre os desafios para a nova gesto e projetos para a maior interiorizao e popularidade da instituio em todas as classes sociais.

    Outra questo diz respeito ao nvel de corporativismo relacionado s aes concretas da finalidade do Sistema, muito preso aos processos que precisam ser revistos.

    No mbito poltico, o papel do Crea decisivo para a implementao de instrumentos legais como a Comisso Permanente de Acessibilidade

    antonioCarlos albrio,presidente do Crea-Pa

    CARLA ALbuquERquE

  • REARevista

    PA14 REARevista

    PA 15

    a POlMiCa dO nOvO CdigO FlOrestal

    ESPECIAL

    O texto do novo Cdigo Florestal, que foi aprovado no comeo de dezembro no Senado e agora ca-minha para aprovao na Cmara dos Deputados - com a votao prevista para maro -, vem causando diversas polmicas, principalmente entre os am-bientalistas, que no poupam esforos em se manifestar contrrios s deter-minaes do projeto. De acordo com os defensores do meio ambiente, o novo Cdigo apresenta propostas que podero facilitar ou fazer concesses a

    do, mas ele afirma que esse pensamento est equivocado. Hoje a gente sabe que o aumento da produtividade agrcola se d com o avano da tecnologia no campo e no, necessariamente, com a expanso de novas reas. Por isso, a gente sabe que po-demos fomentar o desenvolvimento eco-nmico sem aumentar a ocupao dessas reas, explica.

    O coordenador do curso de Gesto Ambiental da Universidade de Sorocaba (Uniso), Nobel Penteado de Freitas, pensa, sobre essa discusso, que o novo Cdigo Florestal estaria indo na contramo do que est sendo difundido atualmente, com base nas questes ambientais. triste ver o Brasil correndo na contramo da hist-ria, quando hoje percebemos que as flores-tas naturais vo ser uma moeda fortssima num futuro prximo, que a gua em quan-tidade e qualidade pode ser o diferencial para o crescimento econmico.

    Essas constataes dos profissionais da Sema esto especificadas no artigo 8 do projeto de lei n 30, que institui o novo Cdigo Florestal, e est disponvel na ntegra na Internet, pelo link http://bit.ly/veG1RI. De acordo com a legisla-o, a interveno ou a supresso de ve-getao nativa em rea de Preservao Permanente somente ocorrer nas hip-teses de utilidade pblica, de interesse social ou de baixo impacto ambiental. Ainda segundo o texto do projeto, so dispensadas as autorizaes dos rgos ambientais competentes para a execuo de obras, em carter de emergncia, com o intuito de preveno de acidentes em reas urbanas.

    novos desmatamentos, em plena poca em que a importncia da conservao das florestas e matas est sendo bastante difundida no mundo todo. A principal preocupao dos ambientalistas, segun-do pesquisadores e acadmicos do setor, est sobre a flexibilizao do uso de re-as de Preservao Permanente (APPs) e de Reserva Legal (RL) por agricultores, alm da anistia aos desmatamentos an-teriores ao ano de 2008, em reas com produes e ocupaes j consolidas.

    Para o novo Cdigo Florestal, o go-verno vem tentando conciliar as ques-tes de preservao com as agrcolas, como forma de atender as necessidades de ambos os setores, criando, assim, um desenvolvimento sustentvel. Porm, para a secretria de Meio Ambiente, Jussara de Lima Carvalho, essa discus-so est pendendo mais favoravelmente para o setor produtivo. Ela acredita que novos debates sobre o tema deveriam ocorrer, para que essa conciliao no caminhasse mais para um lado ou outro, mas ainda acha difcil que isso ocorra. Acredito que tenha que haver uma nova reviso, mas eu no estou vendo que essa conciliao vai sair de uma forma favo-rvel ao setor ambientalista, relata.

    Segundo o diretor de Gesto Am-biental da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e membro do Conselho Munici-pal de Agricultura, Pecuria e Abasteci-mento, Vidal Mota Jnior, isso vem ocor-rendo, pois muitos esto pensando que preciso que aumentem as reas voltadas produo agrcola para garantir o de-senvolvimento da economia nesse senti-

    CARLA ALbuquERquE

    REARevista

    PA 15

  • REARevista

    PA16 REARevista

    PA 17

    ANISTIA Apesar de toda essa controvrsia na

    conciliao entre os setores ambiental e rural, o problema que mais chama a ateno dos entrevistados pelo Cruzei-ro do Sul sobre a anistia aos desma-tamentos ocorridos at o ano de 2008. Conforme o disposto na legislao, as supresses de vegetaes nativas ocorri-das at 22 de julho de 2008 no sero pu-nidas, apenas no sero concedidas no-vas autorizaes para os desmatamentos posteriores em APPs. O mesmo ocorre com as reas consolidadas em locais de Reserva Legal, em que os proprietrios de imveis rurais com reas de RL com extenso inferior ao disposto no Cdigo Florestal podero regularizar a sua situ-ao. Na medida em que h anistia para esse tipo de situao, aqueles que vm cumprindo, com dificuldade, a legisla-o ficam em um processo de injustia total. Eu acho que a anistia deveria ser melhor estudada, ns sabemos que a presso muito grande, porque o setor produtivo rural se organizou para esta questo, ressalta Jussara.

    ImPORTNCIA DAS APPS A importncia da manuteno da

    mata nativa existente nas reas de Pre-servao Permanente pode ser citado como algo que defendido plenamente pelos ambientalistas. Por conta da fle-xibilizao da utilizao dessas reas, prevista no novo Cdigo Florestal, o tema foi colocado em debate em diver-sos sites que buscam fazer com que o projeto seja vetado pela presidente da Repblica, Dilma Rousseff (PT).

    De acordo com o coordenador do curso de Gesto Ambiental da Uniso, as APPs so responsveis por manter a biodiversidade dos rios, lagos, crre-gos e cursos dgua. Estas matas tem a funo de filtrar sedimentos e outros materiais que possam chegar aos cur-sos de gua e promover sua poluio e assoreamento. Elas tambm permi-tem o fluxo gnico entre as populaes animal e vegetal, funcionando como

    verdadeiros corredores genticos entre outras funes, explica Freitas.

    Segundo ele, se as matas ciliares que existem nas APPs so retiradas, os impactos nas fauna e flora locais acarre-tam em diversos problemas, que podem comprometer a vida dos rios, lagos e afins. Ocorre a interrupo do corredor

    gentico, a mudana da temperatura do corpo dgua, a falta de alimentos para os animais aquticos, a desestruturao das margens e consequentes desbarran-camentos, e o assoreamento dos rios e lagos, especifica, como forma de fazer um alerta para que no haja flexibiliza-es na ocupao dessas reas.

  • REARevista

    PA18 REARevista

    PA 19

    desaFiO energtiCO

    A construo da Usina Hidreltrica de Belo Monte, na regio Xingu, irreversvel, mas porque h tanto imbrglio em torno do assunto.

    A empreitada abissal que est dividindo o pas h muitos anos, continua lanando suas redes so-bre a Floresta Amaznica, criando um impasse entre sociedade civil mobiliza-da, ndios ribeirinhos que podero ser realocados, governo federal e investido-res nacionais e internacionais. Prevista para afetar um trecho calculado em 100 quilmetros ao longo do Rio Xingu, a obra gera debates h anos e suscitar contestaes por muitos outros. No dia

    20 de abril do ano passado ocorria o re-chaado e relevante leilo de Belo Mon-te, o qual se destinava a escolher, tendo por base a melhor oferta, a empreiteira responsvel sobre o projeto de constru-o e venda de energia proveniente da edificao do gigantesco plano hidre-ltrico. A hidreltrica, se colocada em prtica e funcionar como planejada, gerar uma potncia de 11.233 MW, caracterizando-se como a maior hidre-ltrica inteiramente brasileira.

    CAPA

    CARLA ALbuquERquE

  • REARevista

    PA20 REARevista

    PA 21

    terminando a suspenso dos Estudos de Impacto Ambiental e proibindo a construo da usina.

    Contudo, como em todos os pro-jetos que envolvem governo, empre-srios e principalmente lucros, Belo Monte tornou-se pauta relevante para o governo passado e o atual. Tocar a obra em frente no alternativa un-nime nem entre polticos, nem entre a populao brasileira. Os movimentos contrrios edificao da mega usina encontraram formas de contrapor o discurso governamental de Lula e ago-ra de Dilma. Atravs da circulao de informaes pelos diversos meios de comunicao e demonstraes para a populao dos impactos que a usina de Belo Monte pode gerar ao Brasil, mais opositores foram surgindo.

    Calcula-se que 100 mil pessoas migrem para o entorno da obra que proporcionar 11 mil vagas de empre-go durante o perodo de construo. O futuro da regio do Xingu, dos ndios donos das terras e das cidades afetadas uma bomba-relgio ainda sem soluo.

    Embora tal capacidade seja estrondosa, Belo Monte tem ener-gia firme, que pode ser assegurada prevendo os perodos de seca, de 4,4 mil Mw, apenas 40% de sua disposi-o. Segundo especialistas da rea de gerao de energia, Belo Monte pode tornar-se cara perante seu benefcio eltrico ao pas.

    A energia firme proporcional-mente menor segundo informaes do governo por conta das caractersticas do Rio Xingu e do projeto de usina, a qual trabalhar a fio dgua, ou seja, sem reservatrio. Enquanto o rio esti-ver com sua vazo normal, a potncia de gerao seria de 11 mil Mw, porm, o Xingu um rio exaurvel em deter-minados meses do ano.

    Desde 1975 estudos de Inventrio Hidreltrico da Bacia Hidrogrfica do Rio Xingu so feitos amedrontando os povos ribeirinhos que l vivem h anos. Em 1980 os estudos tornaram-se mais cientficos e burocrticos, tendo como objetivo avaliar a viabilidade tcnica e econmica do Complexo Hidreltrico de Altamira, um dos municpios afeta-

    dos pelo projeto do governo.A OAB questiona a falta de com-

    pensao do governo para as comu-nidades afetadas. Na segunda-feira, 7 de fevereiro, a Ordem dos Advogados pediu a completa e imediata para-lisao da obra at que o governo apresente compensaes admissveis populao afetada. Segundo Ophir Cavalcante, o governo deve cumprir todas as condicionantes para execu-o do projeto, o que ainda no foi realizado.

    Em 2001, o Brasil viria a sofrer aquela que ficou registrada como a marca mais popular do governo FHC, o apago energtico. O pas ficou s escuras e a economia foi abalada. Bilhes foram perdidos em dias e o governo tucano entrou em estado de alerta. Fora ento divulgado um pla-no de emergncia de US$ 30 bilhes para aumentar a oferta de energia no pas, o que incluiria Belo Monte entre as 15 usinas programadas para dar suporte a toda energia consumida. No entanto, a Justia Federal ingressaria nas tramitaes sobre Belo Monte de-

    A OAB questiona a falta de compensao do governo para as comunidades afetadas. Na segunda-feira, 7 de fevereiro, a Ordem dos Advogados pediu a completa e imediata paralisao da obra at que o governo apresente compensaes admissveis populao afetada. Segundo Ophir Cavalcante A OAB questiona a

    falta de compensao do governo para as comunidades afetadas. Na segunda-feira, 7 de fevereiro, a Ordem dos Advogados pediu a completa e imediata paralisao da obra at que o governo apresente compensaes admissveis populao afetada. Cacique Turbio, tribo Assurini

    A OAB questiona a falta de compensao do governo para as comunidades afetadas. Na segunda-feira, 7 de fevereiro, a Ordem dos Advogados pediu a completa e imediata paralisao da obra at que o governo apresente compensaes admissveis populao afetada. Segundo Ophir Cavalcante A OAB questiona a

    falta de compensao do governo para as comunidades afetadas. Na segunda-feira, 7 de fevereiro, a Ordem dos Advogados pediu a completa e imediata paralisao da obra at que o governo apresente compensaes admissveis populao afetada. Augusto Santos, ambientalista

    A OAB questiona a falta de compensao do governo para as comunidades afetadas. Na segunda-feira, 7 de fevereiro, a Ordem dos Advogados pediu a completa e imediata paralisao da obra at que o governo apresente compensaes admissveis populao afetada. Segundo Ophir Cavalcante A OAB questiona a falta de compensao do governo para as comunidades afetadas. Na segunda-feira, 7 de fevereiro, a Ordem dos Advogados pediu a completa e imediata paralisao da obra at que o governo apresente compensaes admissveis populao afetada.Anderson Arajo, CCBM

    A OAB questiona a falta de compensao do governo para as comunidades afetadas. Na segunda-feira, 7 de fevereiro, a Ordem dos Advogados pediu a completa e imediata paralisao da obra at que o governo apresente compensaes admissveis populao afetada. Segundo Ophir Cavalcante A OAB questiona a falta de compensao do governo para as comunidades afetadas. Na segunda-feira, 7 de fevereiro, a Ordem dos Advogados pediu a completa e imediata paralisao da obra at que o governo apresente compensaes admissveis populao afetada. Maria da Consolao, lder comunitria

    a opinio dos grupos envolvidos

    A ilustrao ao lado mostra a rea que ser atingida com implantao da usina na regio do rio Xingu

  • REARevista

    PA22 REARevista

    PA 23

    Um decreto federal que deter-mina que prdios pblicos sejam acessveis a pessoas com deficincia a partir de junho de 2007 vem sendo descumprido por municpios, Estados e a Unio.

    Em uma tentativa de tirar a legislao do papel, promotores e ONGs j conseguiram decises favorveis na Justia -mas nem todas foram cumpridas.

    Para tOdOs

    No se pretende que a prefeitura faa isso em trs anos, mas preciso um plano de ao, Silvana Almeida,do Ministrio Pblico

    ACESS

    IBILIDA

    DE

    No incio de abril, a 2 C-mara Cvel do Tribunal de Justia da Bahia confirmou deciso de primeira instncia que obriga a Prefeitura de Salvador a apresentar, em at 60 dias, um cronograma de obras de adaptao em prdios e logradouros pblicos, como cala-das e praas.

    No se pretende que a prefei-tura faa isso em trs anos, mas

    preciso um plano de ao, disse a promotora Silvana Almeida, do Ministrio Pblico.

    A ao foi baseada num decreto federal de 2004, que regulamenta duas leis de 2000. O texto estabe-leceu prazos para que meios de transporte e prdios pblicos, entre outros itens, se tornem acessveis.

    No Rio de Janeiro, a organi-zao no-governamental IBDD

    CIDADES

    REARevista

    PA22

    Rampas com barras de proteo, caladas com faixas sinalizadoras, sinais sonoros nos cruzamentos de trnsito so algumas adatpaes que ampliam o direito de ir e vir

  • REARevista

    PA24 REARevista

    PA 25

    (Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficincia) obteve na Justia Federal, em 2009, uma deciso favorvel sobre prdios da Unio, Estado e municpio.

    Apesar da sentena judicial, que estabeleceu multa e prazo de um ano para cumprimento, a ONG diz que os rgos no acataram a deci-so e cobra da Justia a execuo da sentena.

    a legislao mais inclusiva

    das Amricas e a menos executada. Parece que cumprir a lei um fa-vor, e no a garantia de um direito fundamental, disse Teresa Costa dAmaral, do IBDD.

    Segundo clculo do Ministrio Pblico do Rio de Janeiro, a multa de cerca de R$ 5 bilhes. O valor considera 26 prdios da Unio, 533 do Estado e 1.393 do municpio que, segundo os prprios gestores, no so acessveis.

    mesmo onde h caladas adaptadas, o acesso de cadeirantes pode ser prejudicado pela falta de cidadania de motoristas que estacionam na rea impedindo o acesso

  • REARevista

    PA26 REARevista

    PA 27

    ARTIGO TCNICO

    O impacto do lanamento de efluentes originados de estaes de tratamento de esgotos em corpos dgua motivo de grande preocupao para a maioria dos pases. Uma srie de legislaes ambien-tais, critrios, polticas e revises procu-ram influir tanto na seleo dos locais de descarga quanto no nvel de tratamento exigido para garantir que os impactos am-bientais provocados pela disposio destes efluentes tratados sejam aceitveis.

    Vrios autores (Dean & Forsythe, 1976a, 1976b; Niku et al, 1981; Berthouex e Hunter, 1983; Vaughan e Russel, 1983; Smith et al, 2001) publicaram estudos sobre a verificao do atendimento aos padres de lanamento e sobre desempe-nho de processos de tratamento, consi-derando a qualidade dos efluentes. Todos estes trabalhos procuraram dar subsdios s agncias ambientais para uma defini-o adequada dos padres de lanamento e padres dos corpos dgua. No Brasil, apesar de estudos e avaliaes em escala piloto ou em ETEs individuais (sumaria-das em Andrade Neto, 1997; von Sperling, 1998; Campos, 1999; Chernicharo, 2001; von Sperling e Chernicharo, 2000, 2002), o conhecimento sobre o desempenho das tecnologias de tratamento de esgotos em operao no pas relativamente esparso, havendo poucas consolidaes estrutura-das em termos de uma avaliao global.

    Neste sentido, este trabalho indito e de grande relevncia para a rea de trata-mento de esgotos, j que avalia o compor-tamento de 166 ETEs em operao no pas, fornecendo informaes reais do desem-penho de seis processos de tratamento, em

    termos da qualidade do efluente gerado e da eficincia de remoo alcanada.

    Na pesquisa foram utilizados os dados coletados no mbito do projeto URBA-GUA, estudo contratado pela FINEP, de interesse para a Agncia Nacional de guas (ANA), executado pelas unidades de pesquisa da Universidade de So Paulo e da Universidade Federal de Minas Gerais. Este projeto, de carter tcnico e em nvel nacional, foi proposto para a criao de instrumentos para a gesto integrada da gua em reas urbanas, para fornecer subsdios ao Programa Nacional de Despo-luio das Bacias Hidrogrficas (PRODES) e como um estudo exploratrio de um programa nacional de apoio gesto.

    As tecnologias de tratamento, mais usualmente utilizadas no Brasil, foram descritas e avaliadas, de forma compara-tiva, buscando a identificao de sistemas que apresentassem melhor desempenho. Para isto, os resultados de concentraes efluentes e eficincia de remoo dos constituintes DBO, DQO, SST (slidos suspensos totais), NTK (nitrognio total Kjeldahl), PT (fsforo total) e CF (coli-formes fecais, ou termotolerantes) foram comparados com dados de desempenho esperado publicados pela literatura espe-cializada. As tecnologias de tratamento selecionadas para estudo foram: fossa sp-tica seguida de filtro anaerbio (FS+FA), lagoas facultativas (LF), lagoas anae-rbias seguidas por lagoas facultativas (LAN+LF), lodos ativados (LA), reatores UASB sem ps-tratamento (UASB), rea-tores UASB seguidos de ps-tratamento (UASB+POS).

    Slvia M. A. Corra OliveiraEngenheira eletricista. Mestre em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hdricos pela UFMG. Doutoranda na rea de Saneamento na UFMG

    ANlISE DE DESEmPENhO DE 166 ETES Em OPERAO NO PAS, COmPREENDENDO DIvERSAS TECNOlOgIAS

  • REARevista

    PA28 REARevista

    PA 29

    No difcil encontrar engenheiros em cargos administrativos dentro de empresas de todos os tamanhos. E um dos cursos que mais prepara o pro-fissional para estes cargos, que mesclam o conhecimento tcnico aos conceitos de gesto, a Engenharia de Produo.

    A menos tecnolgica das engenha-rias segundo palavras da prpria As-sociao Brasileira de Engenharia de Produo (Abepro) tambm a mais generalista: tem tantas disciplinas de ges-

    PrOdUO

    aMPlOMerCadO Para engenHeirO de

    MERCADO DE TRAbALhO

    to que chega a se confundir com a facul-dade de Administrao de Empresas. No currculo, aulas de administrao, comr-cio, contabilidade e tcnicas de gerncia se misturam ao contedo tcnico, como disciplinas de qumica, fsica, matemti-ca, materiais, desenho tcnico, eletrotc-nica e automao industrial.

    mERCADO A Abepro cita como tarefas prprias

    do engenheiro de Produo nada menos

    que dez reas: gesto da produo, da qua-lidade, econmica, de produto, estratgica, de organizacional e ambiental, alm de er-gonomia, pesquisa operacional e a rea aca-dmica. Conforme o coordenador do curso de Engenharia de Produo da Universida-de do Estado do Par (Uepa), Joo da silva, estas tarefas costumam ser executadas pelo profissional em indstrias, empresas de ser-vios e bancos.

    Com tanta variedade de reas para atu-ar, o profissional sai da faculdade emprega-do, comenta Silva. Em geral, nossos egres-sos no tm muita dificuldade de entrar no mercado de trabalho, pois trabalham em funes correlatas durante quase todo o pe-rodo do curso de engenharia, diz. O piso de seis salrios mnimos para o engenheiro iniciante.

    PERFIlComo em todas as engenharias, im-

    portante que o futuro profissional tenha afinidade com temas prprios da carreira, fsica, qumica, matemtica. Mas, mesmo que voc tenha passado pelo Ensino M-dio detestando alguma dessas disciplinas, no desista. um mito achar que s por-que o aluno gosta de matemtica vai ser bom engenheiro ou o contrrio, avisa o coordenador da Uepa. s vezes, o aluno no gosta da matemtica porque no foi despertado convenientemente para ela. E um excelente engenheiro em potencial pode ser tolhido por este paradigma.

    FuTuROA gerao de engenheiros-adminis-

    tradores nas empresas est s comeando, aposta Silva. O engenheiro est amplian-do seu leque de atuao. No s as reas industriais, mas tambm os setores de ser-vios e rea financeira tm sinalizado para o engenheiro com boas perspectivas. Tudo pela capacidade que tem de modelar mate-maticamente os cenrios e o seu raciocnio lgico, explica o professor.

    DIFERENCIAl importante que o futuro engenhei-

    ro de produo seja dinmico e goste de trabalhar em equipe. O diferencial est no conhecimento e na qualificao tcni-ca, lembra Joo Silva, portanto, se dedique aos livros. Alm disso, bons conhecimen-tos de portugus e idiomas adicionais so fundamentais.

    Mltiplas habilidades garantem espao de bancos onde pode montar a carteira de investimentos at indstrias, podendo

    desenvolver inmeras funes.

    ONDE ESTuDAR? Centro Universitrio do Par CESUPA (Belm)Universidade da Amaznia UNAMA (Belm)Universidade do Estado do Par - UEPA (Belm, Castanhal, Marab, Redeno)

    DuRAO mDIA DA gRADuAO 5 anos

    REAS DE ESPECIAlIzAO

    Economia EmpresarialDesenvolvimento OrganizacionalEngenharia de TrabalhoPlanejamento e ControleProduo Agroindustrial, Automotiva, Civil, Eltrica, Mecnica, de Qualidade e/ou Qumica

    CARLA ALbuquERquE

  • REARevista

    PA30 REARevista

    PA 31

    LIVROS & SITESAGENDA

    Nos dias 13 e 14 de dezembro, no auditrio da sede do Crea, em Belm, acontece o 1 Sim-psio de Engenharia Civil do Par. Realizado pelo Iapep e Crea, com apoio institucional da UFPA, Faci, Unama, Sinduscon-PA, Abece e Sol Informtica, o evento vai abordar assuntos diver-sos como registros, controles, execuo e entrega de obras. As inscries valem R$ 100 (profissio-nais), R$ 50 (estudantes). Scios do Iapep tm 50% de desconto. Acesse www.iapepbel.com.br ou www.creapa.org.br e inscreva-se on line.

    O Instituto de Avaliao e Percia de Engenharia do Par - Iapep abriu inscries para o curso de auditor leader ISO 14001:2004, em parceria com a HGB Consultoria e Gesto. O curso tem carga horria de 40 horas, distribudas em 5 dias. Ao final o par-ticipante passa por uma prova e se aprovado recebe a certificao de reconhecimento internacional emitida pelo RABQSA. Mais informaes: [email protected], www.iapep.org.br ou (91) 3241-8231.

    Esto abertas as inscries para o MBA de Engenha-ria Sanitria e Ambiental (Ps-Graduao Lato Sensu) do Instituto de Ps-Graduao IPOG. A especializao voltada a engenheiros, arquitetos, agrnomos, bilogos, gelogos, gegrafos, qumicos, tecnlogos ambientais, oceangrafos, profissionais que atuem em concessionrias pblicas e privadas de servios municipais de gua e esgo-tos, secretarias e autarquias estaduais e demais interessados. As aulas tero a durao de 20 meses, sempre aos finais de semana. Informaes (91) 3086-3973 ou www.ipog.edu.br.

    Especializao Distncia na Universi-dade Federal de Lavras UFLA para diversos cursos, entre eles Processamento e Controle de Qualidade em Carne, Leite, Ovos e Pes-cado, Gesto Agroindustrial, Fruticultura Industrial, Administrao Rural, Piscicultura, Solos e Meio Ambiente e Produo de Rumi-nantes. Aps a concluso, o aluno recebe um certificado com ttulo de especialista conferi-do pela Universidade. Maiores informaes, consulte o site da Ufla (www.ufla.br/faepe).

    O E-CiVil (www.ecivilnet.com) um portal tcnico, gratuito, voltado para divul-gao de contedo tcnico--cientfico para profissionais das reas de engenharia civil, arquitetura e construo. O site tem espao para fruns, artigos, apostilas, softwares e notcias profissionais que podem ser compartilhadas.

    No www.solucoesna-web.com h uma infinidade de modelos de sites prontos para profissionais que dese-jam montar uma pgina na internet, seja pessoa fsica ou jurdica. Ainda h truques e dicas com exemplos para tornar seu site mais rpido e acessvel a vrios pblicos.

    Tcnicas de construo ilustradas, de Francis D. K. Ching, ganhou nova edio e foi am-pliado e atualizado, trazendo informaes sobre sustentabilidade, tcnicas de construo e novos materiais. Completo, com mais de mil ilustra-es, o livro apresenta as etapas fundamentais do processo de projeto, desde a seleo do terreno at os componentes de construo, instalaes e acabamentos. Todas as dimenses esto no siste-ma internacional de unidades (sistema mtrico). So 480 pginas editadas pela Artmed.

    A reedio atualizada de Geologia de Engenharia - Conceitos, Mtodo e Prtica, um projeto idealizado e imple-mentado pelo gelogo lvaro Rodrigues dos Santos, abordan-do os mais diferentes aspectos da prtica e da explicao dos fundamentos da Geologia de Engenharia brasileira. Basea-da na grande experincia do autor e documentando diversos trabalhos realizados por ele prprio e por colegas, a obra j uma referncia na divulgao dos conhecimentos e postulados da geologia aplicada a obra e ao meio ambiente. Editora O Nome da Rosa, 208 pginas.

    http://www.creapa.org.brmailto:[email protected]://www.iapep.org.brhttp://www.iapep.org.brhttp://www.ipog.edu.brhttp://www.ecivilnet.comhttp://www.ecivilnet.comhttp://www.solucoesnaweb.comhttp://www.solucoesnaweb.com

  • Construir ou reformar no brincadeira. Nem todos que atuam na rea so qualificados ou esto aptos transformar traos do papel em estruturas firmes e seguras.Ao contratar um profissional com registro no CREA-PA, voc protege a sociedade do exerccio ilegal da profisso, garantindo a segurana de toda a sociedade.

    SEGURANAPARA TODOS.PROfiSSiOnAl cOm cREA gARAnTE A SEguRAnA DE muiTA gEnTE.

    Tv. Doutor Moraes, 194 Fone (91) 4006-5500www.creapa.com.br

    CREA-PAConselho Regional de Engenharia e Agronomia do Par