Ficha 6 - O Esqueleto Irrequieto

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  • 8/18/2019 Ficha 6 - O Esqueleto Irrequieto

    1/2

     

    Era uma vez um esqueleto que vivia numa sala de aulas, sempre

    quieto, sem ter nada que fazer. Tinha sido o esqueleto de alguém que não

    gostava de estar quieto e custava-lhe estar ali assim, sem se mexer.

    Um dia, no intervalo das aulas, saiu disparado para o recreio, onde os

    rapazes jogavam à bola com alarido e fervor. Tinha saudades, coitado. Parece

    que, em tempos, tinha sido o esqueleto de um grande jogador.

    Os rapazes é que não acharam graça e fugiram a correr. Haviam de os

    ver. Todos gritavam e nenhum foi capaz de olhar para trás. Só ficou a bola,

    que não tinha pernas. Ainda tentou rolar, mas o esqueleto foi atrás dela e

    aplicou-lhe um pontapé. Zás!

    Foi um chuto em cheio, fenomenal, e esse é que foi o mal. Foi a bola e

    foi o pé, com os seus vinte e seis ossinhos, mais uma tíbia, uma rótula, umperónio, e também uma clavícula. Os ossos do esqueleto espalharam-se no

    recreio. Havia várias costelas, um fémur, um cúbito, um rádio e uma

    omoplata. A coluna vertebral ficou no meio.

    Tivemos de apanhar os ossos e remontar o esqueleto para a

    professora não se zangar. Ele tinha vindo pelos próprios pés, mas quem iria

    acreditar? Foi uma trabalheira fenomenal, mas quando tocou a campainha só

    faltava uma vértebra dorsal. Tinha-a levado o Pintas, que é o cão da escola.

    Trouxemos outro que estava na casota dele, meio abandonado. Era um osso

    roído, já em mau estado. Cheirava um bocadinho mal, mas ficou muito bem afazer de vértebra dorsal.

    E pronto, o esqueleto estava outra vez de pé, quieto, muito parado,

    talvez arrependido, ou talvez dorido e magoado. Quanto à bola, nunca mais a

    vimos. Desapareceu. “Que grande pontapé! Este esqueleto foi de certeza o

    esqueleto de um grande jogador ”, disse eu. Depois olhei para ele e vi-o sorrir,

    satisfeito, com os dentes todos à mostra.Álvaro Magalhães (texto inédito)

    Era uma vez um esqueleto que vivia numa sala de aulas, sempre

    quieto, sem ter nada que fazer. Tinha sido o esqueleto de alguém que não

    gostava de estar quieto e custava-lhe estar ali assim, sem se mexer.Um dia, no intervalo das aulas, saiu disparado para o recreio, onde os

    rapazes jogavam à bola com alarido e fervor. Tinha saudades, coitado. Parece

    que, em tempos, tinha sido o esqueleto de um grande jogador.

    Os rapazes é que não acharam graça e fugiram a correr. Haviam de os

    ver. Todos gritavam e nenhum foi capaz de olhar para trás. Só ficou a bola,

    que não tinha pernas. Ainda tentou rolar, mas o esqueleto foi atrás dela e

    aplicou-lhe um pontapé. Zás!

    Foi um chuto em cheio, fenomenal, e esse é que foi o mal. Foi a bola e

    foi o pé, com os seus vinte e seis ossinhos, mais uma tíbia, uma rótula, umperónio, e também uma clavícula. Os ossos do esqueleto espalharam-se no

    recreio. Havia várias costelas, um fémur, um cúbito, um rádio e uma

    omoplata. A coluna vertebral ficou no meio.

    Tivemos de apanhar os ossos e remontar o esqueleto para a

    professora não se zangar. Ele tinha vindo pelos próprios pés, mas quem iria

    acreditar? Foi uma trabalheira fenomenal, mas quando tocou a campainha só

    faltava uma vértebra dorsal. Tinha-a levado o Pintas, que é o cão da escola.

    Trouxemos outro que estava na casota dele, meio abandonado. Era um osso

    roído, já em mau estado. Cheirava um bocadinho mal, mas ficou muito bem afazer de vértebra dorsal.

    E pronto, o esqueleto estava outra vez de pé, quieto, muito parado,

    talvez arrependido, ou talvez dorido e magoado. Quanto à bola, nunca mais a

    vimos. Desapareceu. “Que grande pontapé! Este esqueleto foi de certeza o

    esqueleto de um grande jogador ”, disse eu. Depois olhei para ele e vi-o sorrir,

    satisfeito, com os dentes todos à mostra.Álvaro Magalhães (texto inédito)

  • 8/18/2019 Ficha 6 - O Esqueleto Irrequieto

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    O esqueleto inquieto - Complemento direto

    O complemento direto é o ser sobre o qual recai diretamente a ação

    expressa pelo verbo. Este pode ser substituído pelo pronome pessoal

    o/a/os/as. Também se encontra fazendo a pergunta “o quê?” ao verbo. 

    Ex.: «O gato matou o rato.»

    O gato matou… o quê? …matou o rato ou  O gato matou-o.

    O rato é o complemento direto desta frase.

    Descobre, agora o complemento direto das frases que se seguem,

    como no exemplo acima, no teu caderno.

    1 - O esqueleto deu um pontapé.

    2 - Nós tivemos de apanhar os ossos.

    3 - O Pintas tinha levado a vértebra dorsal.

    Produção Escrita

    O esqueleto inquieto - Complemento direto

    O complemento direto é o ser sobre o qual recai diretamente a ação

    expressa pelo verbo. Este pode ser substituído pelo pronome pessoal

    o/a/os/as. Também se encontra fazendo a pergunta “o quê?” ao verbo. 

    Ex.: «O gato matou o rato.»

    O gato matou… o quê? …matou o rato ou  O gato matou-o.

    O rato é o complemento direto desta frase.

    Descobre, agora o complemento direto das frases que se seguem,

    como no exemplo acima, no teu caderno.

    1 - O esqueleto deu um pontapé.

    2 - Nós tivemos de apanhar os ossos.

    3 - O Pintas tinha levado a vértebra dorsal.

    Produção Escrita

    Escreve uma história imaginando o que

    teria acontecido.

    Escreve uma história imaginando o que

    teria acontecido.