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Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural I
Ficha de Identificação
Nome: Andreia Sofia Casimiro Brás
Número de matrícula: 5006228
Estabelecimento de ensino: Instituto Politécnico da Guarda – Escola Superior de
Educação Comunicação e Desporto
Obtenção do grau de Licenciatura: Animação Sociocultural
Professor Orientador: Dr.ª Maria de Fátima Saraiva da Silva Costa Bento
Instituição Facultadora do Estágio: Centro Lúdico Cultural e Social de Vilar
Formoso.
Coordenadora do Estágio: Dr.ª Maria José Alves Nabais Mateus.
Início: 13 de Setembro de 2010
Duração: 3 meses
Conclusão: 13 de Dezembro de 2010
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural II
“Devemos acreditar que temos um dom para alguma coisa e que, custe o
que custar, havemos de consegui-la” (Marie Curie).
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural III
Agradecimentos
Nunca conseguiria ter chegado até aqui sem o apoio de algumas pessoas. Antes
de mais quero agradecer ao Instituto Politécnico da Guarda, em particular à Escola
Superior de Educação, Comunicação e Desporto.
Uma palavra de consideração para a minha orientadora na instituição, Dra.
Maria José Mateus, pelo apoio, ajuda e dedicação ao longo do meu estágio.
À técnica de animação, Fernanda Lopes que me ajudou a ambientar na
instituição e em tudo o que precisei, assim como a todos os elementos que fazem parte
desta instituição. Agradeço à minha professora orientadora de estágio Dra. Fátima
Bento pela ajuda e apoio tanto no estágio como na elaboração do relatório.
Às pessoas mais importantes da minha vida, os meus pais, pelo apoio, pela
educação que me deram e pelos valores que me incutiram. É para eles que vai o meu
agradecimento mais sentido.
Agradeço também a toda a minha família pelo apoio incondicional que sempre
me deram, em especial aos meus irmãos, amigos, e ao meu namorado. Acredito que o
carácter de uma pessoa é construído todos os dias, com as experiências que se vivem e
com as pessoas com quem nos cruzamos. A todas essas pessoas, que não referir aqui,
muito obrigada.
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural IV
Índice Geral
Índice de Figuras
Introdução ..................................................................................................................................... 1
Capítulo I – Contextualização do Estágio ..................................................................................... 2
1.1-Localização de Vilar Formoso ................................................................................................ 2
1.2- Caracterização da Instituição ................................................................................................. 5
Capítulo II- Animação Sociocultural: enquadramento teórico ...................................................... 8
2.1- Conceito de animação ............................................................................................................ 8
2.2- Papel e caracterização do animador ....................................................................................... 9
2.3- O Animador Sociocultural: oportunidades de intervenção .................................................. 13
2.4- Animação na Infância .......................................................................................................... 14
2.4.1- Animação Sociocultural e Ócio ........................................................................................ 16
2.4.2- Animação Socioeducativa no contexto da infância .......................................................... 17
2.5- Animação na juventude........................................................................................................ 18
2.6 - A Animação Sociocultural e a Educação Intercultural ....................................................... 21
Capítulo III- Estágio .................................................................................................................... 23
3.1- Plano de estágio ................................................................................................................... 23
3.1.1- Público-alvo ................................................................................................ 23
3.1.2- Recursos humanos ...................................................................................... 23
3.1.3- Recursos materiais ...................................................................................... 23
3.1.4- Objectivos ................................................................................................... 24
3.1.5- Actividades realizadas ................................................................................ 24
Reflexão Final ............................................................................................................................. 29
Bibliografia ................................................................................................................................. 30
Webgrafia .................................................................................................................................... 31
Anexos
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural V
Índice de Figuras
Figura 1 - Localização de Vilar Formoso ......................................................................... 2
Figura 2 - Brasão de Vilar Formoso ................................................................................. 4
Figura 3 - Logótipo da Instituição .................................................................................... 5
Figura 4 – Instituição ........................................................................................................ 5
Figura 5 - Instituição entrada principal............................................................................. 6
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 1
Introdução
O presente relatório de estágio enquadra-se na unidade curricular de Estágio,
pertencente ao último semestre do plano de estudos da Licenciatura em Animação
Sociocultural, da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto do Instituto
Politécnico da Guarda. O estágio decorreu no Centro Lúdico Cultural e Social de Vilar
Formoso e teve a duração de três meses, ou seja, do dia 13 de Setembro ao dia 13 de
Dezembro. Escolhi este local porque se situa perto da minha residência. Além disso,
neste local podia aplicar em contexto laboral tudo o que aprendi e desenvolvi ao longo
do curso e que será objecto de descrição, análise e reflexão ao longo do relatório.
Na instituição que facultou o estágio deparei-me com um bom ambiente de
trabalho onde as pessoas, desde as crianças às funcionárias, têm uma agradável relação,
o que me permitiu e facilitou uma rápida integração na mesma.
O relatório estrutura-se em três capítulos. No primeiro capítulo, procedo à
contextualização do estágio, nomeadamente, à caracterização da vila de Vilar Formoso,
aspectos geográficos, monumentos existentes, tradições e história. De seguida,
apresento a instituição que me acolheu enquanto estagiária, focando a sua história,
missão, valências e projectos que desenvolve.
No segundo capítulo, dedicado à Animação Sociocultural e respectivo
enquadramento teórico, abordo o conceito de animação e o papel do animador, assim
como os âmbitos específicos da animação e de intervenção durante o estágio, em
concreto, a Animação na Infância e na Juventude e a intervenção do animador nos
mesmos. Nesse sentido, contemplo questões como a animação e o ócio, a animação
socioeducativa e a animação e a interculturalidade. A opção pela abordagem da
Animação na Infância e na Juventude justifica-se pelo facto de ter sido essencialmente
com estes grupos etários que contactei e trabalhei ao longo do estágio. Por seu turno, a
inserção da problemática da animação e interculturalidade neste capítulo prende-se com
os projectos existentes e desenvolvidos pela instituição.
O terceiro capítulo, engloba uma caracterização do público-alvo com quem
estagiei, dos recursos humanos e materiais existentes na instituição, bem como os
objectivos estabelecidos para o estágio. Nele descrevo e analiso todas as actividades que
desenvolvi, indicadas pela minha orientadora ou por mim sugeridas. Termino com uma
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 2
reflexão final em que procuro confirmar se os objectivos delineados foram alcançados e
os resultados obtidos profícuos e satisfatórios para o público-alvo com quem trabalhei.
Capítulo I – Contextualização do Estágio
1.1-Localização de Vilar Formoso
Vilar Formoso é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Almeida e
distrito da Guarda (Figura1) com 15,63 km² de área e 2481 habitantes (2001). A
densidade é de: 158,7 hab/km².
Figura 1 - Localização de Vilar Formoso
Fonte: www.google.pt/imagres
Vilar Formoso é um aglomerado populacional constituído por dois núcleos
separados pela ribeira de Tourões.
O núcleo situado mais a sul é o mais recente e desenvolveu-se a partir do século
XIX com a construção em 1892 do caminho-de-ferro que vai da Figueira da Foz até à
fronteira. A zona hoje conhecida pelo nome de Estação, quase que ainda não existia
quando em 1886 o abade de Miragaia fez a premonição do seu breve aparecimento.
O povoamento no território desta freguesia deve ser anterior ao séc.XII,
embora isso não possa afirmar-se positivamente da povoação sede da freguesia, e, claro
está, da Estação, que é, da actualidade. A toponímia é um cicerone óptimo nesta viagem
aos primórdios da freguesia. A norte da povoação de Vilar Formoso fica o sítio
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 3
chamado Tegril, que parece ser, sem qualquer dúvida, um genitivo de nome pessoal de
origem germânica, Trasigildus, aludindo a uma “villa” Trasigildi organizada pelo século
IX ou X, na margem da ribeira de Tourões. Sendo assim, a conservação deste topónimo
prova a persistência de população que o conservaram até ao povoamento de Vilar
Formoso que pode ter tido o princípio nessa “villa” ou numa fracção dela, o velho
“villar” que, despovoado, veio a repovoar-se no século XII a partir de Castelo Bom. É
provável que a primitiva localização da actual povoação tivesse sido nas imediações da
vetusta Capela da Senhora da Paz (AnexoI), pois na primeira metade deste século foram
aí encontrados vestígios de construções antigas: alicerces de casas, soleiras de portas,
alicerces de azulejos, tijolos de pavimentos, entre outros. Sinais de um povoamento
local antiquíssimo são as sepulturas abertas na rocha (AnexoI), as quais têm sido
consideradas proto-cristãs, se não mais antigas. Pela sua situação em plena raia, sofreu
esta freguesia, desde a Nacionalidade, e por várias vezes, toda a sorte de assaltos, cercos
e devastações. E tornou a sofrer muito por ocasião da Guerra Peninsular. No termo da
povoação, no sítio do Chão dos Mortos, desenrolou-se em 1811 a famosa batalha
conhecida por Fuentes de Oñoro entre Massena e o exército anglo-luso, “cobrindo as
tropas literalmente esta freguesia e todas as circunvizinhas, tanto portuguesas como
espanholas, na distância de léguas”, como disse o abade de Miragaia. Esta batalha, que
devia antes chamar-se de Vilar Formoso e não de Fuentes de Oñoro, apesar de ganha
pelos defensores da independência nacional, valeu muitos prejuízos à freguesia, como já
tinha acontecido com a devastação provocada em 1808 por Loison e por Massena que,
para se vingar dos desastres de Junot e Soult, invadiu Portugal pelo Cimo Côa, e mais
tarde, quando da retirada das linhas de Torres Vedras, saqueando, devastando e
incendiando. Foi em Vilar Formoso que Lorde Wellington estabeleceu o seu quartel-
general, centro das evoluções estratégicas de Riba-Côa. (http://www.jf-vilarformoso.pt).
A organização paroquial de Vilar Formoso é seguramente anterior ao século
XIII, pois a sua igreja já é citada e taxada (15 libras) no arrolamento de 1320. A Igreja
Matriz e a Capela da Senhora da Paz, são obra dos Templários que D. Dinis substituiu
pela Ordem de Cristo. Foi uma abadia da mitra e do papa, tendo o abade uma renda que
rondava os 600 mil réis. Dava a terça e a dízima, mas ao contrário da maior parte das
igrejas do bispado não dava cera, nem censória e mortalhas, nem procuração. No templo
paroquial destaca-se a capela-mor coberta por um tecto mudéjar bem conservado,
policromo e de elegante ornato. Os altares são barrocos. Conserva ainda uma pia
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 4
baptismal monolítica. Dignas de visita são também as capelas da freguesia e as casas
antigas, alpendradas, da Aldeia Velha. De visita obrigatória é o edifício da estação
ferroviária, um bom exemplar da arquitectura do século passado, com admiráveis
azulejos e uma velha locomotiva a vapor (AnexoI). A partir da década de 80, esta vila
sofreu um elevado crescimento a todos os níveis, beneficiando do facto de se situar
numa zona fronteiriça. O brasão de Vilar Formoso (Figura 2) é composto por um escudo
de prata, uma faixa ondeada de azul acompanhada de uma cruz de ordem do templo e
um molho de espigas de trigo verde atado de ouro. Em baixo uma locomotiva de negro,
realçada de prata, a coroa mural de prata contém quatro torres e o listel branco com a
legenda a negro, em maiúsculas “VILAR FORMOSO”.
Figura 2 - Brasão de Vilar Formoso
Fonte: www.jf-vilarformoso.pt
Quanto ao património edificado destaca-se o seguinte: BA 101 – Urbano / séc.
XX (1930); Alfândega Nova – Urbano / séc. XX (Arquitectura Modernista do Estado
Novo); Alfândega Velha – Urbano / séc. XX (Neoclássico); Casa da Rua da
Amoreirinha / séc. XVI (Manuelino); Estação de Caminhos de Ferro – Urbano / séc.
XIX.
No que diz respeito ao património religioso salienta-se: Igreja Matriz – Urbana /
séc. XVI (Conjectural); Capela do Santo Cristo - Urbano / séc. XIX (Arquitectura
Religiosa Popular); Capela de N. Sr.ª da Paz – Urbano / séc. XVI (Conjectural); Capela
de Santa Bárbara - Urbano / séc. XIX (Arquitectura Religiosa Popular); Capela de N.
Sr.ª da Conceição – Urbano / meados do séc. XX (Arquitectura Religiosa Popular).
No património arqueológico e etnográfico, destacam-se: Sepulturas medievais
do Caminho dos Galhegos – Rural; Sepulturas medievais da Pedra Libreira – Rural. O
património natural e lazer, é de referir essencialmente: Parque de Merendas da Ribeira
dos Toirões. Outros Locais de Interesse Turístico: Zona da Fronteira. Quanto às
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 5
tradições: Festas e Romarias; Imaculada Conceição (8 Dezembro); Festa de Nossa
Senhora da Paz (15 de Agosto); Feiras; Mercado Mensal (1.º Sábado do mês).
Relativamente à gastronomia destacam-se os enchidos, no que diz respeito às
actividades económicas são de salientar a agricultura e o comércio.
1.2- Caracterização da Instituição
Figura 3 - Logótipo da Instituição
Fonte: Instituição
O Centro Lúdico Cultural e Social de Vilar Formoso é uma Instituição Particular
de Solidariedade Social, sem fins lucrativos, que se constituiu em 24 de Julho de 1996,
para apoiar crianças e jovens da região e servir um conjunto de necessidades latentes na
população de Vilar Formoso.
Figura 4 – Instituição
Fonte: Própria
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 6
Figura 5 - Instituição entrada principal
Fonte: Própria
No quadro da sua actividade multidimensional, o Centro Lúdico tem em
funcionamento as seguintes valências:
Ludoteca Fixa
Aqui potencia-se o desenvolvimento da personalidade do jovem através de jogos
didácticos, tendo em conta a função educativa, socializadora e orientadora. Nela os
jovens brincam e aprendem em contacto directo com vários jogos, com outros jovens e
interagindo com a comunidade.
Centro de Actividades e Tempos Livres - (ATL)
Destinado a crianças e jovens, possibilitando-lhes actividades de animação
cultural nos seus tempos livres.
Sala de Estudo
As crianças e jovens que usufruem da sala de estudo têm o acompanhamento de
uma equipa técnica especializada. Aqui são encorajadas a ultrapassar as suas
dificuldades na aprendizagem curricular, desenvolvendo a auto-confiança, a autonomia
e o gosto pelo saber.
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 7
Atelier de “Experiências a Brincar”
Junto das escolas e jardins-de-infância do concelho de Almeida.
No concelho de Almeida, existe uma baixa taxa de cobertura de respostas sociais
face às necessidades crescentes de um tecido populacional desfavorecido e permeável
aos meandros nefastos de comportamentos que poderão ser de risco e que, conduzem a
processos de exclusão social, profissional e mesmo ao desequilíbrio familiar. No sentido
de colmatar esta lacuna, o Centro Lúdico Cultural e Social de Vilar Formoso
desenvolveu e desenvolve, actualmente, diversos projectos de cariz psicossocial:
- “Educar para Valores”, no âmbito do projecto vida.
- “Diálogo entre Culturas” no âmbito do projecto de continuidade do Instituto
Português da Droga e da Toxicodependência (I.P.D.T).
- “Projectos Mobilidade e Intercambio Nacional” no âmbito do Programa de
Apoio às Associações Juvenis (P.A.A.J) do Instituto Português da Juventude.
- “Jovens em Família” no âmbito do programa SER CRIANÇA.
- “Projecto mais Família” no âmbito do quadro Prevenir II.
- Diversos projectos do Programa de Apoio às Associações Juvenis P.A.A.J
do Instituto Português da Juventude I.P.J.
- “PLIM-PLUM do Ambiente” no âmbito do Leader II – Promover a Mudança
e Preservação do Ambiente.
- Projectos “ Mais Pessoa”.
- “Enlaces” do Programa Operacional Emprego, Formação e Desenvolvimento
Social.
Formações:
- Formações Modulares Certificadas.
- Cursos de Formação e Educação para Adultos.
- Formação para a Inclusão.
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 8
Capítulo II- Animação Sociocultural: enquadramento teórico
2.1- Conceito de animação
Um dos conceitos fundamentais em redor do qual surgiu o estudo teórico da
animação sociocultural foi o de cultura. Será, pois, necessário determo-nos nele antes de
nos referirmos directamente ao conceito de animação sociocultural.
A ideia de cultura na animação sociocultural parte do conceito próprio de
antropologia cultural. Ou seja, um conceito muito mais amplo. É o conceito que
continua a estar muito bem expresso na definição estabelecida em 1871 pelo
antropólogo britânico Edward B. Taylor citado em Trilla (1998, p.20): cultura é “o
modo complexo que inclui conhecimentos, convicções, arte, leis, moral, costumes e
qualquer outra capacidade de hábitos adquiridos pelo homem na qualidade de membro
de uma sociedade”.
A ideia de cultura, sob esta concepção antropológico – cultural, refere-se, pois
ao conhecimento, valores, tradições, costumes, procedimentos e técnicas, normas e
formas de relacionamento que se transmitem e adquirem através da aprendizagem. É a
informação que se transfere socialmente e não geneticamente, o que se herda e se gera
na vida social e não o que se transmite e desenvolve no plano da pura biologia. A
animação sociocultural parte, assim, deste conceito amplo de cultura e não da noção
restrita própria da linguagem corrente.
A Animação Sociocultural é um conceito multidimensional e por isso mesmo, de
difícil definição e conceptualização. Podemos simplificar o conceito, centrando a nossa
reflexão nos fins: promoção de mudanças, de processos de desenvolvimento, em grupos
e/ou comunidades. Podemos, também, procurar conceptualizar a Animação
Sociocultural a partir da explicitação dos seus princípios e modelos de natureza
metodológica: implicação activa dos públicos com quem se trabalha na construção,
implementação e avaliação de projectos coerentes de actuação suportados num
adequado diagnóstico social da realidade; promoção de processos de autonomia e de
desenvolvimento sustentado nos grupos e comunidades com quem se trabalha;
abordagem sistémica, multidisciplinar e integrada da realidade social e cultural; entre
outros.
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 9
Ainda assim, a diversidade de âmbitos, de contextos e públicos da Animação
Sociocultural e a variedade de instrumentos a que pode recorrer e de actividades
concretas em que se traduz, tornam difícil a tarefa de a definir com facilidade.
No entanto, podemos defini-la de uma forma geral, citando Rui Canário (2000,
p.136), “a animação é o eixo estruturador de uma intervenção educativa globalizada que
apela a diferentes tipos de articulação: a articulação entre modalidades educativas
formais e não formais; a articulação entre actividades escolares e não escolares; a
articulação entre educação das crianças e dos adultos”. As definições de Lopes (2008,
p.95) e Ander Egg (2000) colidem com a apresentada pela UNESCO (1982), definido o
conceito de Animação Sociocultural como o conjunto de práticas sociais que têm como
finalidade estimular a iniciativa e a participação das comunidades no processo do seu
próprio desenvolvimento e na dinâmica global da vida sociopolítica em que estas estão
integradas.
Segundo Avelino Bento (2003, pp.120-121) Animação Sociocultural “(…) é
uma forma de acção sociopedagógica que, sem ser a única, se caracteriza pela procura e
pela intencionalidade de gerar processos de participação das pessoas em áreas culturais,
sociais e educativas que correspondam aos seus próprios interesses e necessidades”.
A Animação Sociocultural representa um conjunto de acções que devem
facilitar o acesso a uma vida mais activa, mais participativa e mais criadora, dominando
melhor as mudanças, comunicando-se melhor com os outros, cooperando melhor na
vida de sociedade da qual fazem parte, desenvolvendo assim a sua personalidade e
adquirindo ao mesmo tempo uma melhor e maior autonomia.
Podemos concluir que através de uma intervenção educativa globalizada e
participada, a animação desempenha um papel importante na elevação da auto-estima
colectiva relativamente a um território, à sua história e património cultural e ambiental e
na criação de uma vontade colectiva de mudança.
2.2- Papel e caracterização do animador
É complicado apresentar uma única definição do perfil do animador
sociocultural, visto que este não tem um perfil perfeitamente delineado. Contudo, um
animador pode ser definido como um trabalhador social que, a partir duma vocação
profissional, dum compromisso político ou de uma crença religiosa, tentam mudar a
sociedade trabalhando com o homem da rua, com os marginalizados, com os grupos,
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 10
com a comunidade e com os demais carenciados, tendo um papel fundamental no tecido
social. Para referir o perfil do animador é preciso ter em conta as diferentes
classificações que lhe são atribuídas, ou seja, este pode ser visto como um animador
generalista e/ou animador especializado. Quanto ao primeiro pode dizer-se que é
alguém possuidor de capacidades e competências organizacionais que lhe faculta a
coordenação de actividades numa equipa, de um centro, de uma instituição, entre outros.
O animador especializado é aquele que pelas suas competências de formação
está destinado e capacitado a trabalhar com um determinado grupo, como por exemplo:
grupos que envolvam pessoas da mesma idade.
Relativamente a este assunto, podemos encontrar ainda outras propostas de definição do
mesmo perfil, tais como: o facto de o animador ser de certo modo um irradiador de
cultura e desenvolvimento crítico; o animador como monitor que tem como objectivo o
desenvolvimento por via da representação pessoal; o animador de grupo tal como o
nome indica trabalha com e dentro de um grupo, atendendo às dificuldades, problemas,
necessidades desse mesmo grupo; o animador coordenador está ligado a uma instituição
e tem a função de coordenar as actividades ali desenvolvida. Tendo em conta que a
animação socioeducativa/sociocultural abrange várias áreas de intervenção, o animador
tem também ele mesmo várias áreas de intervenção. Seguindo este fio condutor, ligado
à acção cultural temos o animador que se dedica essencialmente aos acontecimentos e
actividades culturais; o animador que envolve as suas actividades no extra-escolar está
ligado à actividade de formação; por fim, o animador que tem como objectivos as
causas sociais está presente na animação/acção social. O perfil do animador devido à
sua especificidade e identidade tem a tendência a ser confundida com outras áreas de
intervenção muito parecidas. Contudo, o animador é o lider central de toda a actividade
da animação, uma vez que é ele quem assume a responsabilidade de promover a vida do
grupo, dinamizando deste modo as vidas das pessoas. Para que o animador possa
desempenhar da melhor maneira as funções que lhe estão determinadas deve ter em
conta o ser, o saber e o saber-fazer, isto é, ele deve ter em conta a sua identidade, os
conhecimentos que possui, que pode e deve partilhar e, claro, ter em atenção os métodos
que irá utilizar para atingir os seus objectivos através das actividades predefinidas. O
animador é o indivíduo que deve promover da melhor forma o bem-estar, o
conhecimento, a responsabilidade, a autonomia, o sentido crítico da vida e de tudo o que
a envolve. De acordo com Ander-Egg. (2000), o papel do animador sociocultural
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 11
consiste, pois, em desenvolver estratégias de mobilização (ou animação) dos actores
sociais para uma participação autónoma, voluntária, criativa e co-responsável
recusando, portanto, todas as formas de manipulação, paternalismo ou autoritarismo,
desempenhando uma função de mediação entre os actores (saberes, necessidades e
expectativas) e entre estes e o meio (recursos e instituições), tendo como finalidade o
desenvolvimento sociocultural da comunidade. Para Garcia (1987, p.32) o animador
deve ser: “Aquela pessoa que pela sua acção cria as condições mais favoráveis para
conseguir a realização humana. O papel do animador deve ser encaminhado para
conseguir que os membros do grupo se conheçam, se sintam e se esforcem para
chegarem a serem pessoas comunitárias.”
Numa missiva subscrita por todos os Animadores da estrutura CCJ/FAOJ (Casa
de Cultura da Juventude / Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis) e dirigida ao
Secretário de Estado da Juventude, chamava-se a atenção para o crescimento do número
de Animadores, após 1974, e para a necessidade do reconhecimento social da função,
pelo que se impunha a aprovação de um estatuto que conferisse segurança e estabilidade
ao exercício da profissão. Esse estatuto estabelecia o seguinte:
- O animador devia possuir adequada base cultural, possuir formação e dominar
a área e ter conhecimento do meio onde vai actuar;
- Possuir formação e bons conhecimentos no domínio das ciências humanas e no
ensino artístico, ter conhecimentos do meio onde este vai actuar;
- Desenvolver a sua actividade em tempo completo;
- Ter plena consciência das suas funções e na sua intervenção actuar sem
dirigismos em relação a grupos e associações;
- Possuir habilitações literárias de nível superior neste curso, assim como em
áreas culturais e artísticas.
Garcia (1987) traça de forma sucinta o perfil do animador, que teve, que ter as
seguintes características:
- Estar inserido no meio, ser capaz de conquistar a confiança e o apoio da
população com que trabalha;
- Ter disponibilidade para se adaptar às características do grupo e não o
contrário, apesar de poder vir a colaborar na modificação dessas características;
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 12
- Ser politicamente progressista, caso contrário não estaria interessado num
trabalho que tem, como objectivo último, a consciencialização participante e criadora
dos grupos, das comunidades, das populações;
- Não ser identificado com uma organização partidária; não fazer uma
“intervenção selvagem”, não ter uma postura “heróica”, não assumir uma posição de
“porta-estandarte”;
- Não ter uma visão demasiado “romântica”, não considerar-se uma “vedeta”,
não sobressair do grupo, não se distinguindo, mas procurar fundir-se no próprio grupo;
- Saber ouvir e saber estar calado, estimular o grupo a agir, dar ao grupo e às
pessoas todo o protagonismo, ser maleável e flexível, usar uma linguagem precisa e
clara que se adapte às formas de comunicação locais;
- Ter uma enorme facilidade em comunicar com os outros, ser portador de uma
certa liberdade de acção, ter consciência que o horário do Animador não é compatível
com esquemas de horários rígidos, nem com uma mentalidade demasiadamente
burocrática;
- Saber usar a imaginação nas alturas próprias e saber dar ao grupo uma certa
sensação de improviso.
O animador como profissional tem um papel importante na vida do grupo e da
comunidade, lutando contra a marginalidade e a exclusão, através da prestação de
serviços de dinamização, promoção e animação cultural, traduzida na animação dos
tempos livres de crianças, jovens, adultos e 3ª idade, valorizando os contributos que
cada pessoa pode fornecer para a melhoria da qualidade de vida. O sentido da sua
missão é dar a todos o sentido de igualdade de oportunidades, compensar os
desequilíbrios socioculturais, contribuindo assim, para a integração/inclusão das
pessoas. Por último pretende-se que complemente as acções educativas da família e da
escola, procurando vivenciar e potenciar as múltiplas actividades socioculturais numa
perspectiva de desenvolvimento comunitário. Da observação do conjunto de práticas da
animação, está claro que não existe um só modelo de animação, nem um só estilo de
animador. Os modelos são diversos segundo o seu resultado e segundo a pessoa que está
apta para a animação. Podemos dizer que existem diferentes dimensões que o animador
deve reunir, assim como os valores que se consideraram mais importantes. Os traços
que o animador deve possuir fazem muitas vezes também alusão aos conteúdos
vivenciais e profundamente humanos que o animador tem de transmitir a todos os
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 13
membros do grupo. Essas dimensões são: Cognitiva, Afectiva, Social e de
relacionamento, Moral e Física. Em todos os momentos tem de se estabelecer um
diálogo permanente com a realidade social, dela tirando dados e analisando tudo aquilo
que possa servir para dar resposta ao problema colocado. Os animadores consideram
estas dimensões como válidas, por isso tenta manter-se sempre as contribuições que
surgem da experiência dos próprios animadores.
2.3- O Animador Sociocultural: oportunidades de intervenção
A animação nasceu na Europa durante os anos 1950 e 1960 como resposta à
crise da identidade urbana, à descida da qualidade de vida e à atonia social provocada
pelo crescimento acelerado e a concentração de grandes massas de população sem
equipamentos culturais nem estrutura associativa. Ela é uma resposta institucional,
intencional e sistemática a uma determinada realidade social para promover a
participação activa e voluntária dos cidadãos no desenvolvimento comunitário e na
melhoria da qualidade de vida. Ela é um processo de intervenção, pois vai elaborar um
plano estratégico da realidade em que se vai interferir. Segundo Úcar (1992, p.109) a
Animação como tecnologia social pode ser uma intervenção no meio da comunidade em
que vamos actuar, pelos seguintes motivos: “é uma intervenção racional e
sistematicamente planificada; é o resultado de um processo de reflexão sobre a
realidade; marca-se num contexto e, portanto, nas opções ideológico-politicas vigentes;
tenta responder, eficazmente, às necessidades e problemáticas concretas de um grupo
social ou de uma comunidade; responde através da articulação sistemática, numa
concepção tecnológica, dos conhecimentos científicos ministrados pelas ciências
(psicologia, sociologia, comunicação, pedagogia, entre outras)”. A animação nasceu
como resposta a défices socioculturais. Quando alguém tenta dar resposta a um
problema ou necessidade, baseia-se nos conhecimentos que tem da situação que aborda
ou de situações análogas e tende a aplicar as respostas habituais, nas comunidades onde
estes estão a actuar.
Podemos dizer também que o animador pode actuar em centros de ensino
(realização de actividades extra-curriculares de centros docentes), em centros
penitenciários, em centros para a terceira idade, em centros de educação “especial” e
“especializados” e em centros psiquiátricos. Uma forma de favorecer actividades e
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 14
relações sociais que, pela sua natureza popular, aberta e participativa, se podem incluir
dentro do âmbito da animação, é criar determinados equipamentos públicos e oferecer
determinados recursos materiais: zonas lúdicas e desportivas, parque infantis, espaços e
mobiliário urbano aptos para as reuniões e os encontros de moradores, entre outros. Não
existe um modelo único de intervenção adequada com grupos numerosos e cada
intervenção deve ter em conta a situação em que tem lugar, ou seja, onde estamos a
intervir. Por isso temos que analisar previamente as características do contexto e dos
destinatários da intervenção, apesar de muitas vezes sentirmos alguma dificuldade em
dispor das informações de que necessitamos. Para sabermos como intervir com uma
comunidade ou grupo temos que ter em conta, que não podemos ser inibidos e temos
que ter um grande à vontade para falarmos em público. O animador não pode evitar
ocasiões em que tem de intervir com colectivos numerosos e avaliar sempre os
resultados da sua intervenção; convém que ele use alguns truques para quando fala em
público, como levar alguns textos preparados, uma transparência para projectar, um
episódio para comentar, pedir uma opinião ao público, caso este tenha algum
esquecimento. Tudo isto é necessário na intervenção do animador, em comunidades,
grupos, em que ele vá intervir sem medo e receio, para uma boa intervenção.
2.4- Animação na Infância
Segundo Lopes (2008, p.315) “o desenvolvimento da Animação Infantil surgiu
com o Portugal democrático, ganhando expressão como forma de Animação
Socioeducativa”. Teve como objectivo central complementar as funções atribuídas
tradicionalmente à escola, pela via da Educação Não Formal.
A acção da Animação na Infância foi traduzida na execução de actividades de
carácter lúdico, destinadas a crianças entre os 8 e os 13 anos de idade, as quais se
podem desenvolver independentemente ou em articulação com a Educação Formal.
Num primeiro momento (anos 70), a Animação Infantil era encarada como um
conjunto de actividades que aconteciam no espaço exterior à escola – Educação Não
Formal. Estas actividades consistiam em: colónias de férias, passeios e visitas de estudo,
permitindo às crianças visitarem e conhecerem lugares e regiões diferentes dos seus
locais de residência. Deste tipo de actividades resultavam a partilha e a interacção das
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 15
crianças entre si e com os seus monitores, criando-se assim uma dimensão
intergeracional.
Do mesmo modo, Trilla (1998) refere que a Animação Infantil tem como
primeiro objectivo permitir à criança que possa brincar, mas sobretudo que o faça em
condições que lhe permitam o seu desenvolvimento pessoal e em grupo.
Actualmente, não são unicamente agentes educativos a escola, pois, também se
educa a partir de muitas outras instituições, meios e âmbitos nem sempre reconhecidos
como especificamente educativos. Desta forma, a Animação Infantil é vista não só
como um conjunto de actividades escolares (Educação Formal), como também um
conjunto de actividades que se podem desenvolver independentemente ou em
articulação com a escola (Educação Informal e Educação Não Formal). Para Lopes
(2008), estas últimas actividades consistem na realização de acções de: expressão
dramática, plástica, musical, jogo dramático e jogo simbólico.
Lopes (2008) defende que qualquer acção a levar a cabo no domínio da
Animação Infantil deve obedecer a princípios que contemplem:
- A criatividade (envolvimento em áreas expressivas, que considerem formas
inovadoras e processos de aprendizagem estimulando a improvisação e a
espontaneidade);
- A componente lúdica (prazer na acção, alegria na participação num clima de
confiança);
- A actividade (geradora de dinâmica, fruto de uma interacção resultante da
acção);
- A socialização (envolvência com os outros);
- A liberdade (fruto de acções sem constrangimento e repressões na procura
permanente da liberdade);
- A participação (todos são actores protagonistas de papéis principais).
Jaume Trilla (1998) é da opinião que seria um erro pensar que a Animação
Sociocultural no meio Infantil tenta dar resposta unicamente ao reconhecimento
alargado do tempo livre infantil com o espaço educativo, apesar de a maior parte das
actividades desenvolvidas serem de carácter educativo, possuindo um leque de acções
muito distintas.
Segundo o mesmo autor, quando se fala em actividades do tempo livre Infantil é
mais correcto falar-se de “Ócio Infantil”, que é entendido como uma forma de usar o
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 16
tempo livre e promover o bem-estar da criança enquanto realiza uma actividade. Deste
modo, o ócio não está na actividade em si, mas na atitude da criança quando a realiza.
Assim sendo, a Animação Infantil aproveita o potencial educativo do ócio para
gerar processos de desenvolvimento pessoal e social, prestando especial atenção à
actividade lúdica. Estabelece-se, então, uma relação intrínseca entre a Pedagogia do
Ócio e a Animação Sociocultural, originando uma interacção entre ambas, na qual
encontramos a Animação Sociocultural Infantil.
2.4.1- Animação Sociocultural e Ócio
A existência de tempo de ócio constitui um âmbito para levar à prática um
conjunto de acções reguladas por princípios norteadores da animação sociocultural,
prometedores de objectivos, finalidades e funções, em que se destaca: a participação, a
autonomia, o associativismo, a dinamização sociocultural, a utopia, a intervenção, o
desenvolvimento, a integração, a criatividade, a cultura, o recreio, a promoção e a crítica
social. É um facto que, com o desenvolvimento das sociedades tecnológicas actuais e
em todas as culturas, o fenómeno do ócio teve um crescimento e uma incidência social
sem precedentes na história. O ócio ocupa um papel dominante nos nossos modos de
vida, a sua prática foi-se tornando um vazio na vida familiar e quotidiana: passear,
viajar, ir ao campo, ver televisão, ler jornais ou revistas, ou ir de férias fazem parte deste
fenómeno. O ócio sob o ponto de vista individual, tem muito a ver com a vivência de
situações e experiências agradáveis e que dão prazer. Como fenómeno colectivo e
social, o ócio caracteriza-se por ser uma experiência generalizadora e múltipla nas
respectivas manifestações. Um fenómeno que, no passado, foi um sinal diferenciado de
culturas, civilizações e comunidades. Actualmente, é uma referência importante de
bem-estar e estilos de vida, mas também de desenvolvimento e qualidade, ao mesmo
tempo que um direito básico e independentemente da vida comunitária. Uma das
personalidades mais conceituadas no estudo do fenómeno do ócio é Manuel Cuenca
(1997) que considera que a animação sociocultural, ao longo da sua história, tem-se
preocupado com a correcta utilização do ócio na formação das pessoas. “A animação
sociocultual sempre se preocupou com o correcto uso do tempo de ócio e,
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 17
tradicionalmente, tem mantido um diálogo enriquecedor com a denominada pedagogia
do tempo livre…” (Cuenca, 1997, p.343).
Trilla (1997), por seu lado, sustenta que existe uma coincidência entre a
animação sociocultural e a pedagogia do ócio apresentando-se crítico em relação às
tentativas de criação de diferenças escolásticas que conduzem normalmente a debates
estéreis e sem sentido. “No nosso actual contexto educativo e pedagógico, as
denominações «animação sociocultural» e «pedagogia do ócio» (ou a educação no
tempo livre) designam amplos e expansivos sectores da realidade socioeducativa, os
quais no entanto, caracterizam-se muito mais pelas coincidências existentes entre si, do
que pelas fronteiras que artificialmente se possam estabelecer para diferencia-los.”
(Trilla, 1997, p.28).
2.4.2- Animação Socioeducativa no contexto da infância
A Animação Socioeducativa possui uma grande tradição na história da
Animação Sociocultural em Portugal. Surge no fim dos anos sessenta, num contexto da
educação não formal e tende a uma educação global e permanente de carácter lúdico,
criativo e participativo. Aparecendo como consequência de uma herança directa da
tradição da educação popular, apresenta-se como uma acção assente em colónias de
férias, campos de férias, acampamentos e outras actividades de ar livre destinadas
essencialmente à infância e adolescência.
Decorre normalmente, ora como actividade complementar à escola, ora como
acção mais prolongada e levada a cabo em épocas de férias escolares. Procura prestar
um serviço à comunidade, através da animação do tempo livre dos mais jovens.
Enquadra um sector educativo em que confluem as componentes, social, ambiental e
educativa. Segundo Viché (1991, p.91) apresenta as seguintes características: “(…) este
âmbito é o mais intimamente ligado à educação popular e à educação em tempo livre.
Dentro deste âmbito vamos considerar as práticas de movimentos educativos:
movimento de colónias e centros de férias, a educação ecoterritorial, a educação de
adultos e as universidades populares.” Lopes (2008) propõe a definição de animação
socioeducativa como um trabalho específico, fora do contexto (institucional) com
crianças e pré-adolescentes (dos 7 aos 13 anos) contribuindo para o seu
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 18
desenvolvimento bio-psico-social através de actividades em que seja feito apelo à
criatividade, afirmação pessoal e inserção na realidade próxima.
Martins (1977) caracteriza a animação socioeducativa destinada a uma faixa
etária específica, referindo que a importância desta acção social no contexto português
se manifesta por fomentar a criatividade e por estimular uma aprendizagem ligada ao
meio. “ A Animação Socioeducativa: Animação dirigida ao escalão etário dos 8 aos 13
anos – Animação Socioeducativa – pela importância que na prática está a tomar no
nosso país. Aqui é possível desenvolver as capacidades criadoras das crianças, a sua
socialização numa ligação à comunidade.(…) a animação não se pode fechar numa sala
em que o animador e as crianças desenvolvem actividades, é necessário uma abertura
permanente à comunidade, não querendo dizer isto evidentemente que elementos da
comunidade tentem limitar a relação pedagógica entre o animador e as crianças, ou
ainda que se recorram às “anti-pedagogias” festinhas de fim de ano em que os meninos
fazem uma representação para pais e familiares. Mas uma abertura que se traduza num
conhecimento do meio, geográfico, económico e social, em que as crianças reconhecem
os seus valores culturais próprios e se preparem assumindo hoje a compreensão desses
valores.” (Martins, 1977, p.4).
2.5- Animação na juventude
Segundo Sposito (1996) a definição do que é juventude precisa ser historicizada
e tratada sob a óptica relacional. A consideração sobre o que é ser jovem depende de
circunstâncias históricas determinadas, isto porque essa designação pode ultrapassar a
faixa etária habitual. Alguns factores influenciam essa realidade, tais como: o
prolongamento da escolaridade em diferentes sociedades, bem como o aumento do
período de convivência com o grupo familiar de origem. Desta forma, entender a
juventude em termos relacionais permite flexibilizar os limites etários inferiores ou
superiores, já que se é jovem sempre em função de uma peculiar relação com o mundo
adulto e com o universo infantil.
Com a evolução da idade, a escola e a família deixam de assumir a centralidade
que existia na infância. Os primeiros sinais de afirmação da identidade ligam-se a
tentativas de libertação da tutela e do controlo familiar. O tema identidade aparece,
assim, como importante já que esta fase é caracterizada como de “transição”, pois nela
se gesta um vir a ser e, ao mesmo tempo, uma construção do presente, tendo em vista a
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 19
superação da infância. Neste sentido é importante frisar que a dimensão da cultura, e
consequentemente do lazer, surge como espaço privilegiado de práticas, representações,
símbolos e rituais no qual os jovens buscam demarcar uma identidade juvenil. Através
da dança, da música, da festa e de diferentes manifestações culturais, o jovem expressa-
se e insere-se no mundo, elaborando-o e construindo-o.
Uma outra característica, que aparece na faixa etária juvenil, é o sentimento de
pertença a um grupo, normalmente, regido por normas e regras como as de noção de
marca, a cultura da imagem, as tendências musicais e estéticas.
No campo da animação sociocultural e do lazer existem poucos estudos que se
dedicam à juventude e, na sua maioria analisam sujeitos tendo como referência as
manifestações culturais com as quais os jovens se envolvem, buscando justificar o lazer
como um elemento eficaz para retirar os jovens de condições ditas “marginais”,
contribuindo para uma vida mais saudável e regrada do ponto de vista do que é moral e
socialmente aceite. Em relação às opções de lazer para a juventude, devemos estar
atentos às diferentes expressões culturais geradas e vividas pelos grupos, pois tornam
visíveis as tensões e contradições da sociedade em que vivem. O lazer na juventude
constitui-se não apenas como um tempo libertado das actividades tradicionais ligadas ao
contexto da família, comunidade ou religião, mas envolve também novas obrigações
instituídas em prol da colonização da juventude, como as escolas e os grupos juvenis
organizados pelos adultos (Groppo, 2002).
Segundo Lopes (2008), a animação juvenil deve assentar num quadro de
referências que contemple:
- A liberdade: sentida na procura do desconhecido, o risco como processo de
acção, o imprevisível, a constante mobilidade;
- A promoção do associativismo: como meio de socialização e como canalização
de desejos e inquietações comuns e de aprendizagens diversificadas, nomeadamente, da
democracia, cultura, socialização, recreio e ócio.
- A participação: elemento fulcral de um programa de animação, importa
promover uma animação de juventude passando pela envolvência directa dos jovens.
- O voluntariado: geralmente ligado à exploração dos jovens a troco de pequenas
benesses, normalmente decorativas, relegando os jovens para funções secundárias.
A animação juvenil orienta a sua intervenção na prossecução dos seguintes
objectivos globais:
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 20
- Proporcionar aos jovens alternativas para a animação do tempo livre e tempo
de ócio numa perspectiva educativa que os leve a assumir este tempo como um meio de
valorização pessoal e social;
- Fomentar a partir do tempo livre e do tempo de ócio, aprendizagens diversas
que os torne conscientes da prática dos valores da democracia, construindo neste caso o
associativismo juvenil uma potencial escola de formação cívica. Tais aprendizagens
podem assumir a forma de acções de voluntariado, de educação intercultural e
multicultural, pela participação em campos de trabalho internacionais para jovens, pela
frequência de albergues da juventude. A animação pode, ainda, constituir-se numa
tecnologia educativa ao serviço das aprendizagens formais, e um meio de integrar e
partilhar saberes, áreas, experiências e vivências;
- Favorecer o interagir e a inter-relação dos jovens mediante uma metodologia
activa, participada horizontal e de valorização da auto-estima e do protagonismo;
- Concretizar o triângulo constitutivo da animação na intervenção junto dos
jovens, isto é, uma vertente social por via do movimento associativo juvenil e do
voluntariado, na vertente cultural, em iniciativas como o teatro, a expressão dramática, o
jogo, as formas animadas, de modo a potenciar a valorização da comunicação inter-
jovens, através da expressividade, da criatividade e da vertente terapêutica, no aliviar as
tensões, a agressividade, a violência e as dificuldades de relação e socialização;
finalmente, na vertente educativa, como meio auxiliar de formas de aprendizagens
formais.
Por isso, um aspecto importante a ser considerado pelo animador sociocultural é
a necessidade de trabalhar com base nas próprias especificidades as linguagens em uso e
ou geradas pelos jovens linguagem clip, internet, publicidade, cultura Hip Hop, clubber
são elementos com os quais devemos aprender a lidar para nos aproximarmos da
juventude, mas o olhar deve ser critico, evitando os riscos de “culturalismos” e a
desconsideração para com as diferenças de classes sociais. (Melo, 2003). Desta forma,
estaremos a organizar a actuação profissional no campo do lazer para além do formato
tradicional e, portanto, considerar que o âmbito da cultura pode suscitar novas formas
de consciencialização e resistência dos grupos de jovens com os quais actuamos.
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 21
2.6 - A Animação Sociocultural e a Educação Intercultural
Nunca como hoje se falou tanto de culturas e de multicultura, pois tudo se passa
como se o mundo tivesse subitamente “acordado” de um sono letárgico e se desse conta
de que, afinal, ele é intensamente policromático. O espanto é de tal ordem que alguns
cientistas sociais, como Samuel Huntington, não se coibem de antever um futuro
apocalíptico feito de guerras entre culturas e de confrontos entre religiões (Carneiro,
1999). O grande desafio cultural para a Europa é a escolha entre uma sociedade
multicultural ou intercultural. Actualmente não faz mais sentido falar de uma só cultura
e torna-se urgente um diálogo em que cada cultura reconheça a outra como diferente de
si, e não como inferior ou superior. O verdadeiro desafio consiste em passar do
multicultural ao intercultural, isto é, reconhecer e valorizar a diferença. Não basta
somente que as diferentes culturas consigam uma convivência no respeito mútuo e na
solidariedade, apesar do que isso só por si tem de positivo, mas devem conseguir uma
interacção significativa das culturas em presença. Desde esta perspectiva nenhuma
cultura é “intrusa” noutra sociedade, “nenhum indivíduo deve ser visto como um
“intruso cultural” na Europa. O conhecimento do contributo de todas as civilizações
para o pensamento humano, para a racionalidade é o ponto de partida essencial do
intercultural” (Perotti, 1997, p.23). Trata-se de assumir como própria a pluralidade do
nosso mundo, de aceitar que todos os seres humanos têm os mesmos direitos e merecem
o mesmo tratamento e dignidade e que as sociedades não podem continuar a ser ilhas
isoladas e fechadas ao mundo.
Na história da Animação Sociocultural em Portugal existem práticas educativas
associadas a programas de educação intercultural ligados a espaços não formais que
tiveram um relevante papel em aprendizagens diversas, da democracia, de dialectos, de
costumes, de crenças, de normas e de práticas da vida. A animação sociocultural
constitui um meio privilegiado para a promoção de programas de interculturalidade,
porque a génese desta educação intercultural radica no aprender a viver juntos, no
diálogo e na interacção com o outro de uma forma activa e comprometida com o
desenvolvimento humano, na promoção da participação comprometida rumo à
autonomia, no pluralismo, na tolerância, na solidariedade, na medida em que constituem
o alicerce da animação, dando azo a programas concertados capazes de converter os
Relatório de Estágio
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Animação Sociocultural 22
pressupostos teóricos numa prática educativa. A faixa etária com grande propensão para
a aprendizagem intercultural é a juvenil. Um vasto programa de iniciativas, visando a
educação intercultural, tem sido promovido junto deste público através de: inter-rails,
albergues de juventude, campos de trabalho internacionais e acções de formação
internacionais.
As nossas sociedades sempre foram diversas e plurais, tendo-se reconhecido ou
não, política e socialmente esta evidência. A interculturalidade é um processo que
procura o encontro e a comunicação entre as pessoas de diferentes culturas, em
condições de igualdade e com uma visão crítica, tanto sobre a sua própria cultura como
sobre a do outro. Com isto permite-se a descoberta de valores culturais diferentes e
favorece-se o desenvolvimento das culturas em contacto. Para que uma sociedade
chegue a ser realmente intercultural, todos os grupos que a integram devem encontrar-se
em condições de igualdade, seja qual for a sua cultura e opções identitárias.
A educação intercultural aparece como o recurso que contribui para melhorar a
comunicação, a relação e a integração entre culturas minoritárias de origem estrangeira
e a sociedade receptora. Entende-se este objectivo como um processo dinâmico que fará
frente a pressões de assimilação e tendências segregadoras por igual, para assegurar o
acesso das pessoas migrantes aos serviços e à participação comunitária em igualdade de
condições com o resto dos cidadãos. Isto implica, por um lado, fomentar a autonomia
social dos recém chegados na sua relação com os profissionais dos serviços e a
sociedade em geral. Implica também, potenciar ao máximo a sensibilização e o
conhecimento das diferenças culturais por parte dos profissionais, agentes sociais e
comunidade autóctone. Tudo isto para conseguir uma relação estreita entre membros de
uma sociedade em mudança, enriquecida pelo contacto entre culturas, com respeito pela
existência de características culturais diferentes, bem como de redes ou associações de
base ética, e geradora de serviços adaptados às necessidades de uma cidadania cada vez
mais plural e diversa.
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 23
Capítulo III- Estágio
3.1- Plano de estágio
Enaltecer os dias comemorativos como fonte de valores e de uma verdadeira
educação para a cidadania é a finalidade que permitirá intervir nas necessidades
levantadas, junto do público-alvo crianças e jovens dos 6 aos 18 anos. Assim, propomos
a “Interculturalidade” como tema para a dinamização de ateliês diversificados tais
como: Expressão Plástica - decoração do espaço, confecção de trajes para a Festa de
Natal, origami, pastas de moldar, cabeçudos; Expressão Dramática - jogos dramáticos,
expressão e experimentação de situações improvisadas; Atelier de Culinária –
dinamização de um jantar de jovens “Fazes Tu, Janto Eu”; Atelier de TIC (Tecnologias
de Informação e Comunicação) – pesquisas temáticas e noções de interculturalidade;
Expressão Musical – criação de instrumentos e noções da sua origem.
Através da participação/empenho mútuo pretende-se contribuir para um
desenvolvimento integral e harmonioso destas crianças e jovens, promovendo estilos de
vida saudável.
3.1.1- Público-alvo
Na Instituição existe um público-alvo que engloba crianças e jovens dos 6 aos 18
anos de idade.
3.1.2- Recursos humanos
No que diz respeito aos recursos humanos, a instituição possui uma auxiliar,
uma técnica de animação, uma directora e três professoras de ensino básico que ajudam
as crianças na elaboração dos trabalhos de casa.
3.1.3- Recursos materiais
Relativamente aos recursos materiais, a instituição possui um hall de entrada,
uma cozinha, duas casas de banho, uma biblioteca, sala de leitura, um salão onde são
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 24
realizadas as actividades e onde as crianças e jovens brincam e realizam jogos, dois
gabinetes, um espaço denominado “casinha das bonecas”, espaço dos legos, uma
dispensa e oito computadores com internet. (Anexo II)
3.1.4- Objectivos
Estabeleceram-se como objectivos de estágio os seguintes:
- Mostrar o trabalho do Animador Sociocultural;
- Proporcionar uma qualidade de vida diferente e incentivar as crianças e jovens
a participar em actividades;
- Desenvolver a aceitação das diferenças sociais, cognitivas, a expressão de
opiniões e sentimentos tendo sempre em atenção o respeito pelos outros.
- Desenvolver capacidades e o domínio das diferentes expressões: plástica,
dramática e musical.
- Incentivar a criança a ter uma relação de amizade e de apoio com as
animadoras, auxiliares e colegas.
3.1.5- Actividades realizadas
Realizei o estágio curricular no Centro Lúdico Cultural e Social de Vilar
Formoso num periodo de três meses, tendo ínicio no dia 13 de Setembro e terminando a
13 de Dezembro. Durante os três meses de estágio foram desenvolvidas várias
actividades com as crianças e jovens da Instituição. Resolvemos planear as actividades a
desenvolver por semana e por ateliers, que foram os seguintes: atelier de expressão
dramática, atelier de expressão musical, culinária, Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC) e expressão plástica. O atelier de expressão plástica foi o mais
utilizado para o desenvolvimento das actividades com as crianças, e também aquele em
que as mesmas mostravam mais interesse e se empenhavam mais. As actividades eram
realizadas todas da parte da tarde, uma vez que durante a manhã as crianças se
encontravam em aulas. Na parte da manhã eram preparadas as actividades e o material
necessário para a realização das mesmas. Seguidamente passo a descrever de forma
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 25
sucinta as actividades que foram desenvolvidas com as crianças. Nos anexos (III e IV)
encontra-se um esclarecimento mais aprofundado das actividades e respectiva ilustração
das mesmas, bem como os objectivos e o material para a sua realização e o respectivo
cronograma de tarefas.
Na semana de 13 a 17 de Setembro foram desenvolvidas actividades no âmbito
dos atelies de expressão plástica e dramática. A expressão dramática é um meio através
do qual a criança pode de uma forma criativa, dar livre curso às suas ideias. Assenta na
estimulação a partir das imagens, da imaginação, das sensações e dos sentidos. Quanto à
expressão plástica é um dos modos mais característicos que a criança tem, não só de
observar e manipular a matéria, como também de comunicar ao exterior a sua particular
visão do meio e a necessidade de compartilhar o seu estado emocional. A expressão
plástica converte-se num óptimo meio para a iniciação das aprendizagens básicas, sendo
através do desenho, da pintura e da moldagem de formas que a criança melhor acede à
sua compreensão e utilização. As actividades desenvolvidas foram a leitura e elaboração
de uma banda desenhada, representação de uma peça de teatro alusiva ao Outono,
construção de puzzles e objectos em origami para terminar a semana realizámos jogos
dramáticos e actividades de equilíbrio. (Anexos VI, X, XI).
Durante a semana de 20 a 24 de Setembro efectuámos a construção de um painel
intercultural. Procedemos à construção de cabeçudos e pasta de sal no Centro Jovem um
espaço que se encontra na Escola EB 2, 3 /S de Vilar Formoso e onde todas as tardes de
quarta-feira nos dirígiamos para realizar actividades com as crianças e jovens. Esta
semana terminou com jogos dramáticos, através da observação de imagens e
representação de sentidos e sensações. (Anexos VIII, XI, XVIII).
A semana do dia 27 de Setembro ao dia 1 de Outubro, foi toda ela dedicada à
música uma vez que na sexta-feira se comemorou o dia da música. A música representa
uma importante fonte de estímulos, equilíbrio e felicidade para a criança. A criatividade,
a exploração e o desenvolvimento das capacidades musicais de memorização e de
interpretação são fundamentais para o desenvolvimento psicomotor, devendo assim a
criança construir os seus próprios instrumentos. Assim, durante a semana foram
construídos alguns instrumentos musicais como tambores, claves e maracas. Na quarta-
feira fomos ao Centro Jovem onde continuámos com a realização dos cabeçudos e
procedeu-se à pintura dos objectos elaborados em pasta de sal. Na sexta-feira foi então a
comemoração do “Dia da Música” em que se realizou um espectáculo musical com os
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 26
instrumentos que as crianças elaboraram, juntamente com alguns que a instituição
possuí e seguiram-se danças variadas. (Anexos XIV, XVIII).
Na semana de 4 a 8 de Outubro, procedeu-se à conclusão do painel intercultural,
no Centro Jovem. Continuámos com as actividades dos cabeçudos e pasta de sal. Outra
actividade realizada, no quadro do atelier de Tecnologias de Informação e Comunicação
(TIC), foi a elaboração de um final feliz para a história “O menino negro”. Terminá-mos
a semana com os ensaios para a festa que têm como objectivo a comemoração do Natal
e com a qual se verificará a conclusão do estágio. (Anexos VII, VIII, XVIII).
A semana de 11 a 15 de Outubro, principiou com a realização de jogos
tradicionais e adivinhas. No Centro Jovem continuámos com os cabeçudos e terminou-
se a pintura da pasta de sal. Iniciámos a construção de objectos em pasta de sal na
instituição, visto ser uma actividade com sucesso e que nos foi solicitada para ser
elaborada também na instituição, uma vez que algumas crianças que estão na instituição
não frequentam o Centro Jovem porque se encontram ou em aulas ou noutras
actividades extra-curriculares. No dia 14 de Outubro fomos distribuir alimentos às
familias, alimentos estes vindos através do Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a
Carênciados (PCAAC). No final desta actividade iniciámos a construção de espanta
espíritos, onde serão colocados os objectos feitos em pasta de sal. (Anexos XVIII, XIX).
À semana do dia 18 ao dia 22 de Outubro, atribuímos-lhe o nome de “Semana da
Alimentação”, visto que é um tema interessante e importante para as crianças.
Começámos a semana com a realização de dinâmicas de grupo e a construção de um
jogo de cartas alusivo à roda dos alimentos. Seguiu-se a elaboração de uma roda dos
alimentos, utilizando os catálogos dos supermercados para a sua construção. Com a
elaboração destas actividades tentámos mostrar e apelar às crianças para a importância
da roda dos alimentos e de comer todos os tipos de alimentos, para crescerem saudáveis.
(Anexo XII).
Do dia 25 ao dia 29 de Outubro, iniciámos a preparação do “Halloween”. Foram
construídos enfeites alusivos ao “Halloween” para decoração do espaço, construção de
morcegos, aranhas, bruxas, abóboras. No Centro Jovem continuámos com a feitura dos
cabeçudos e dos espanta espíritos. No dia 29 deste mês realizou-se a “Festa de
Halloween,” em que cada criança trouxe de casa bolos e sumos entre outras goluseimas
e passou-se uma tarde muito agradável cheia de música e muita diversão. (Anexos XV,
XVIII).
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 27
Durante a semana de 1 a 5 de Novembro, principiámos a construção da
decoração do Centro Lúdico subordinada ao tema “Outono”. No Centro Jovem
continuámos com a construção dos cabeçudos e procedemos à construção de enfeites de
Natal. No dia 4 prosseguimos com a decoração do Centro Lúdico. Neste dia, realizou-se
ainda uma reunião com as estagiárias e com as restantes funcionárias, cuja ordem de
trabalho se relaciona com a Festa de Natal. concluímos a semana com os ensaios para a
festa. (Anexos IX, XVIII).
Do dia 8 ao dia 12 de Novembro, foram realizadas as seguinte actividades:
construção de mobis com folhas de Outono; construção de uma paisagem de Inverno
para a decoração do Centro Lúdico e confecção de chapéus em forma de castanha
alusivos ao S. Martinho. No centro Jovem prosseguimos com os cabeçudos e com a
elaboração de enfeites de Natal. No dia 8 e 11 de Novembro realizámos mais uma
entrega de alimentos do Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carênciados
(PCAAC). A semana terminou com a realização dos ensaios para a festa final. (Anexos
IX, XVIII, XIX).
Na semana do dia 15 ao dia 19 de Novembro, efectuámos outra entrega de
alimentos do Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carênciados (PCAAC).
Démos continuidade à elaboração da paisagem de Inverno. No Centro Jovem
prosseguiu-se com a elaboração dos cabeçudos e dos enfeites de natal. No dia 18 deste
mês iniciámos a pintura de rolhas de cortiça para a elaboração de enfeites de natal e
elaborámos uma carta formal dirigida ao Presidente da Câmara Municipal de Almeida,
com a finalidade de requerer o Pavilhão Multiusos de Vilar Formoso para a realização
dos últimos ensaios e para o dia da realização da festa. Concluímos esta semana com os
ensaios para a festa final. (Anexos IX, XVIII, XIX, XXI).
Durante a semana do dia 22 ao dia 26 de Novembro, começámos por construir
enfeites de natal para a decoração do Centro Lúdico. Foi necessário pintar novamente as
rolhas de cortiça e procedeu-se à construção de um ternó para colocar na paisagem de
Inverno. No Centro Jovem continuá-mos com os cabeçudos. A semana findou com a
entrega de alimentos do Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carênciados
(PCAAC), os ensaios para a festa e a realização do jantar “Fazes Tu, Janto Eu.” Este
jantar, inserido no atelier de culinária, tem como objectivos mostrar os dotes culinários
dos jovens, proporcionar momentos de convívio entre os jovens e relaxar após uma
semana de trabalho. (Anexos XVI, XVII, XVIII, XIX, XXV).
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 28
A semana do dia 29 de Novembro a 3 de Dezembro, iniciou-se com a recolha e
armazenamento dos alimentos do Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a
Carênciados (PCAAC). O resto dos dias foram todos para a construção de adornos de
Natal para a árvore e decoração do Centro Lúdico. No dia 2 de Dezembro elaborámos
um desbobravél para as crianças levarem para casa, com a finalidade de avisar os pais o
dia e hora da Festa de Natal. Terminámos a semana com a realização dos ensaios para a
festa final. (Anexos XIX, XXII, XXV).
Na semana de 6 a 10 de Dezembro, concluímos a elaboração dos enfeites de
Natal e procedemos à decoração da árvore de Natal e do Centro Lúdico. A semana
terninou com os ensaios para a festa. No dia 13 de Dezembro, último dia do estágio
efectuou-se um ensaio geral para a festa. (Anexos XX, XXV).
A festa realizou-se no dia 21 de Dezembro, uma vez que o pavilhão só estava
disponível nesse dia, dado já estarem agendadas outras actividades e festas. No início
estávamos com algum receio em organizar a festa, mas correu tudo como planeado e
com êxito. (Anexo XIV). No final da festa houve um lanche convívio entre as crianças,
jovens e os seus familiares.
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 29
Reflexão Final
Fazendo uma análise retrospectiva destes três meses, o primeiro pensamento que
me ocorre é que fico extremamente contente com a excelente experiência que tive ao
realizar o estágio curricular. No início estava com algum receio uma vez que as crianças
costumam ser, de uma maneira geral, rebeldes e nunca querem fazer “nada”. Ao
começar a interagir com elas e a conhecê-las melhor, mudei a minha opinião e
verifiquei que as crianças são fantásticas, sendo muito enriquecedores todos os
momentos passados junto delas tanto na realização de actividades como nas
brincadeiras existentes.
No decorrer destes três meses de estágio pretendeu-se pôr em prática tudo o que
desenvolvi e aprendi ao longo dos anos de curso, o que fez com que eu atingisse os
objectivos perante as actividades que desenvolvi. Durante estes meses de estágio tentei
aplicar todos os conhecimentos adquiridos ao longo do curso, mas também fui
aprendendo com outras pessoas da instituição e ao longo de todas as pesquisas que fui
efectuando.
A realização deste estágio foi uma actividade importante, pois, para além de
obrigatória na conclusão da Licenciatura, dá-nos uma visão diferente da realidade e faz
com que adquiramos mais experiência, a nível pessoal e profissional. Para concluir,
posso afirmar que ao longo destes três meses passados no Centro Lúdico Cultural e
Social de Vilar Formoso, boas recordações trouxe de lá, bons momentos e boas
amizades, com as pessoas com quem colaborei e contactei, que serão sempre
recordadas. Todas as actividades propostas foram realizadas com sucesso e com uma
boa participação das crianças.
Fica por isso assinalado que, pelo empenho e determinação que incuti no meu
trabalho, a concretização dos objectivos inicialmente traçados foi plenamente atingida e
superada.
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 30
Bibliografia
ANDER-EGG, Ezequiel (2000). Metodolgias y Prácticas de la Animación
Sociocultural. Madrid: Editorial CCS.
BENTO, Avelino (2003). “Teatro e Animação – outros percursos do desenvolvimento
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objecto de estudo. Educação, Sociedade e Culturas, nº14, pp.121-139.
CARNEIRO, Roberto (1999). Choque de Culturas ou Hibricação Cultural?
Conferência de Abertura do II Encontro da APEDI–Associação de Professores para a
Educação Intercultural, realizado em 22 e 23 de Abril de 1999. Lisboa: Fundação
Calouste Gulbenkian.
CUENCA, Manuel (1997). Ócio y Animación Sociocultural: presente y futuro, in Trilla
(coord.). Animación Sociocultura: Teorias, programas y âmbitos, Barcelona: Ariel
Educación.
GARCIA, Orlando (1987). Situação e enquadramento dos animadores em Portugal.
Revista do Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis. Lisboa: FAOJ.
GROPPO, Luís (2002). A emergência da juventude e do lazer como categorias
socioculturais da modernidade. Belo Horizonte: Licere.
LOPES, Marcelino (2008). Animação Sociocultural em Portugal. Amarante: Edição
Intervenção Associação para a Promoção e Divulgação Cultural.
MARTINS, Luis (1977). Animação o que é? In Intervenção - Revista de Animação
Sociocultural, nº5/6, pp.2-5.
MELO, Vítor (2003). Lazer e Minorias Sociais. São Paulo: Ibrasa.
PEREIRA, José et al (2008). A Animação Sociocultural e os Desafios do Século XXI.
Amarante: Intervenção- Associação para a Promoção e Divulgação Cultural.
Relatório de Estágio
Andreia Brás
Animação Sociocultural 31
PEROTTI, António (1997). Apologia do Intercultural. Lisboa: ME/SCPEM.
SPOSITO, Marília (1996). Juventude: crise, identidade e escola. In: DAYRELL, Juarez
(org.) Múltiplos Olhares sobre Educação e Cultura. Belo Horozonte: Edição UFMG,
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TRILLA, Jaume (1998). Animação Sociocultural – Teorias, Programas e Âmbitos.
Lisboa: Instituto Piaget.
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VICHE, Mário (1999). Una pedagogia de la cultura: La Animación Sociocultural.
Zaragoza: Livros Certeza.
Webgrafia
http://anigrupos.org - acedido em 3/01/2011.
http://anijovem.blogspot.com – acedido em 5/01/2011.
http://www.apdasc.com – acedido em 13/01/2011.
http://www.google.pt/imgres - acedido em 1/02/2011.
http://www.infopedia.pt – acedido em 20/09/2010.
http://www.rianimacion.org – acedido em 17/01/2011.
http://www.cm_almeida.pt – acedido em 9/12/2010.
http://www.jf_vilarformoso.pt – acedido em 9/12/2010.
Anexos
Listagem de Anexos
Anexo I- Monumentos de Vilar Formoso.
Anexo II- Instalações do Centro Lúdico.
Anexo III- Tabelas das actividades realizadas diáriamente.
Anexo IV- Cronograma Mensal de Tarefas
Anexo V- Desenhos de Outono.
Anexo VI- Teatro de Outono.
Anexo VII- Final feliz para a história do “Menino negro”.
Anexo VIII- Painel Intercultural/Estações do Ano.
Anexo IX- Paisagens de Outono e Inverno.
Anexo X- Origami.
Anexo XI- Jogos Dramáticos.
Anexo XII- Roda dos alimentos e Jogo de cartas dos alimentos.
Anexo XIII- Jogos Didácticos.
Anexo XIV- Construção de instrumentos musicais e comemoração do “Dia da Música”.
Anexo XV- Festa de “Halloween” e decoração do Centro Lúdico.
Anexo XVI- Autorização dirigida pais para a participação do seu educando no jantar “
Fazes Tu, Janto Eu”.
Anexo XVII- Realização do jantar “Fazes Tu, Janto Eu”.
Anexo XVIII- Centro Jovem – Actividades desenvolvidas.
Anexo XIX- Entrega de alimentos do PCAAC (Programa Comunitário de Ajuda
Alimentar a Carênciados).
Anexo XX- Ensaio com os jovens.
Anexo XXI- Carta dirigida ao Presidente da Câmara Municipal de Almeida para
requisição do Pavilhão Multiusos de Vilar Formoso.
Anexo XXII-Desdobrável para divulgação da festa “Natal ao Ritmo das Culturas”.
Anexo XXIII- Guião e Poema da festa de Natal.
Anexo XXIV- Festa de Natal no Pavilhão Multiusos de Vilar Formoso “Natal ao Ritmo
das Culturas”.
Anexo XXV- Decoração de Natal do Centro Lúdico.
Anexo I
Monumentos de Vilar
Formoso
Estação de Caminho de Ferro Estação de Caminho de Ferro pormenor
Fronteira
Locomotiva
Igreja Paroquial de S. João Baptista Capela Nª. Senhora da Paz
Capela Santo Cristo-Irmandade S. Cristo
Capela de Santa Bárbara
Sepulturas Antropomórficas
Fonte: http://www.jf-vilarformoso.pt/
Fonte:http://capeiaarraiana.files.wordpress.com/
Anexo II
Instalações do Centro Lúdico
Fonte: Própria
Anexo III
Tabelas das actividades
realizadas diariamente.
Anexo IV
Cronograma Mensal de
Tarefas
Tarefas Mensais
Setembro Outubro Novembro Dezembro
Adaptação
Actividades de
Expressão Plástica.
Actividades de
Expressão
Dramática.
Actividades de
Expressão Musical.
Actividades de
Tecnologias de
Informação e
Comunicação
(TIC).
Atelie de Culinária
realização do jantar
“Fazes Tu, Janto
Eu”.
Dia Mundial da
Alimentação.
Construção das
Paisagens Outono e
Inverno.
Festa de
“Halloween.”
Decoração da
Árvore de Natal.
Elaboração da carta
dirigida ao
Presidente da
Câmara Municipal
de Almeida, para
requisição do
Pavilhão Multiusos
para a realização da
Festa de Natal.
Tarefas Mensais
(continuação)
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Elaboração do
panfleto para
divulgação da
Festa.
Centro Jovem
Distribuição de
Alimentos do
Programa
Comunitário de
Ajuda Alimentar a
Carenciados
(PCAAC).
Reuniôes.
Festa de Natal “Ao
Ritmo das
Culturas.
Anexo V
Desenhos de Outono
Anexo VI
Teatro de Outono
Fonte: Própria
Anexo VII
Final feliz para a história do
“Menino Negro”
História
O menino negro
Era uma vez...
Um menino negro que mudou de escola, porém quando lá chegou, todos exclamaram
espantados:
- Meu Deus, que menino tão escuro!
Quando a mãe o levava a escola, todos diziam segredinhos e olhavam para ele de maneira
diferente.
Ninguém queria brincar com ele e era posto de parte por ser diferente.
Um dia enquanto o menino tentava brincar com os colegas, um deles disse:
- Vai-te embora por tua causa, toda a gente está a olhar para nós!
Final 1
Era uma vez um menino muito escoro e toda a gente gozava com ele.
Um dia ele foi, e quando chegou diziam:
- Vai embora por causa tua todos olham para nos e ele foi.
Ele foi mas aparesseu. Rafael.
Final 2
Organizou uma festa e foi a casa dos seus amigos a ivitar atodus seus amigus y seus
amigos disseram seus amigos estabein y fórum todos a festa y forun amigus… Manal y
Yasmine.
Final 3
Um menino negro que encontro um cão encontro uma casa foi ate o camião do
pai do menino negro e depois o menino encontro um camião vermelho o dono do
camião perguntou ou cão do menino negro se queria ser o cão dele mas o cão disse que
não e o menino negro ficou cão. Rafael e Bruno.
Final 4
Um menino encontrou dois meninos chamados Tito e Tiago e gostavam de jogar à bola.
Os dois meninos gostavam do menino negro.
João
Micael
Fim
Final 5
O menino estava a tentar brincar encontrou encontraram amigos e ele começou a
fazer laços de amizade .No dia eram todos amigos ele contou as culturas diferentes
todos os dias começaram a fazer as culturas na hora do almoço agradeciam por ter
alimentos .
Na sala de aula fizeram uma festa ele nuca mais esqueceu dessa tal festa .
Nunca se deve por algum de par só por ele
ser diferente dos outros .Todos somos
iguais apesar da cor ou da cultura.
Anexo VIII
Painel Intercultural/Estações
do Ano
Fonte: Própria
Anexo IX
Paisagens de Outono e
Inverno
Fonte: Própria
Anexo X
Origami
Fonte: Própria
Anexo XI
Jogos Dramáticos
Fonte: Própria
Anexo XII
Roda dos alimentos e jogo de
cartas dos alimentos
Fonte: Própria
Anexo XIII
Jogos Didácticos
Fonte: Própria
Anexo XIV
Construção de instrumentos
musicais e comemoração do
“Dia da Música”
Fonte: Própria
Anexo XV
Festa de Halloween e
decoração do Centro Lúdico
Fonte: Própria
Fonte: Própria
Anexo XVI
Autorização dirigida aos pais
para a participação do seu
educando no jantar “Fazes
Tu, Janto Eu”
Anexo XVII
Realização do jantar “Fazes
Tu, Janto Eu”
Fonte: Própria
Anexo XVIII
Centro Jovem
Actividades desenvolvidas
Fonte: Própria
Anexo XIX
Entrega de alimentos do
Programa Comunitário de
Ajuda Alimentar a
Carênciados (PCAAC)
Fonte: Própria
Anexo XX
Ensaios dos jovens
Fonte: Própria
Anexo XXI
Carta dirigida ao Presidente
da Câmara Municipal de
Almeida para requisição do
Pavilhão Multiusos.
Centro Lúdico Cultural e Social de Vilar Formoso.
Avenida do Emigrante, nº 16 Vilar Formoso
6355-256 Almeida
Telef. 271 513 098
Exmº Sr. Presidente da Câmara Municipal de Almeida
Praça da Liberdade, Almeida
6350-130 Almeida
Vilar Formoso, 18 de Novembro de 2010
Exmº Sr. Presidente da Câmara Municipal de Almeida Dr. António Batista
Ribeiro, vimos por este meio solicitar a vossa excelência a requisição do Pavilhâo
Multiusos para a realização de um evento cultural que se realizará no dia 21 de
Dezembro. Sendo por isso necessário a autorização da requisição do Pavilhão no
respectivo dia e também todas as sextas- feiras que se antecedem ao dia 21 para a
realização dos ensaios. Sendo elas, o dia 26 de Novembro, 3, 10 e 17 de Dezembro.
Sem outro assunto, apresentamos os nossos melhores cumprimentos.
----------------------------------------------------------------------------
(A directora do Centro Lúdico Cultural e Social de Vilar Formoso)
Anexo XXII
Desdobrável para divulgação
da Festa
“Natal ao Ritmo das
Culturas”
Anexo XXIII
Guião e Poema da Festa de
Natal
Guião da Festa
Abertura da festa com um pequeno discurso da directora do Centro Lúdico Drª. Maria
José.
Entram os apresentadores…
Apresentador: Parece-me que hoje vai haver festa!
Apresentadora: Parece não, olha bem para mim… estou fantástica, não achas?
Apresentador: Muito bela… Bem…antes de mais boa tarde, vamos então dar ínicio ao
espectáculo…
Apresentadora: E como um bom espectáculo começa sempre com uma boa música,
nada melhor do que umas músicas de Natal para alegrar o pessoal.
Com vocês o coro musical…
(depois das músicas)
Apresentador: Tão bonitinhos eles, e cantam muito bem.
Apresentador: Sem dúvida que Anjinhos.
Bem como sabem, está a chegar uma época muito especial.
Apresentadora: É mesmo o Natal, onde a família se reúne, onde reina a paz, o amor e a
alegria…
Apresentador: É verdade, até as diferenças são postas de lado, é a magia do Natal.
Apresentadora: Nada melhor do que ouvirmos o poema “O menino de todas as cores”
que será recitado por Daniela Lopes.
(Poema)
Apresentador: Lindo poema… mas agora apetecia-me mesmo abanar o corpinho…
Apresentadora: E podes abanar esse esqueleto porque agora vamos dançar aquela
música, muito ouvida no Mundial, sabes qual é! Sabes, sabes…
Apresentador: Sei, sei, a música é daquela moça bonita, que se parte toda a dançar… a
Shakira…
Apresentadora: Essa mesma, com vocês a dança Waka Waka.
(Dançam a música)
Apresentador: uhuhuh… Grande som
Apresentadora: Viste aquele ratinho ali a passar… Ah que medo…
Apresentador: Eu não vi nada, mas espera aí que vou só ali atrás e já venho.
Apresentadora: Eheh que medricas…
Com vocês “O ratinho da biblioteca”.
(Depois do teatro “O ratinho da biblioteca”.)
Apresentadora: Então apanhas-te o ratinho…
Apresentador: Bem falemos de outra coisa…
Apresentadora: Não sei se já pensaste alguma vez sobre um aspecto muito importante
no decorrer da vida… Sabes, quando acordamos num Mundo diferente do nosso, assim
de repente… e ao olharmos em volta apercebemo-nos que tudo é estranho,
desconhecido…
Apresentador: Hummm… Sei… e depois até sentimos que somos observados por
sermos diferentes.
Apresentadora: Que medo…
Apresentador: Mas olha, olha! Até pode correr bem!
Apresentadora: Sim, o mundo das cores é fascinante. Repara!
(Dança intercultural).
Apresentador: E como tudo o que é bom acaba rápido, nada melhor que terminar este
espectáculo com umas canções de Natal. Obrigado a todos.
(Fim).
Poema
“O Menino da todas as cores”
Era uma vez um menino branco, chamado Miguel, que vivia numa terra de meninos
brancos e dizia:
É bom ser branco
porque é branco o açúcar, tão doce
porque é branco o leite, tão saboroso
porque é branca a neve, tão linda.
Mas certo dia o menino partiu numa grande viagem e chegou a uma terra onde todos os
meninos são amarelos.
Arranjou uma amiga, chamada Flor de Lótus que, como todos os meninos amarelos,
dizia:
É bom ser amarelo
porque é amarelo o sol
e amarelo o girassol
mais a areia amarela da praia.
O menino branco meteu-se num barco para continuar a sua viagem e parou numa terra
onde todos os meninos são pretos.
Fez-se amigo de um pequeno caçador, chamado Lumumba que, com os outros meninos
pretos, dizia:
É bom ser preto
como a noite
preto como as azeitonas
preto como as estradas que nos levam a toda a parte.
O menino branco entrou depois num avião, que só parou numa terra onde todos os
meninos são vermelhos. Escolheu, para brincar aos índios, um menino chamado Pena de
Águia. E o menino vermelho dizia:
É bom ser vermelho
da cor das fogueiras
da cor das cerejas
e da cor do sangue bem encarnado.
O menino branco foi correndo mundo até uma terra onde todos os meninos são
castanhos. Aí fazia corridas de camelo com um menino chamado Ali-Bábá, que dizia:
É bom ser castanho
como a terra do chão
os troncos das árvores
é tão bom ser castanho como o chocolate.
Quando o menino voltou à sua terra de meninos brancos, dizia:
É bom ser branco como o açúcar
amarelo como o sol
preto como as estradas
vermelho como as fogueiras
castanho da cor do chocolate.
Enquanto, na escola, os meninos brancos pintavam em folhas brancas desenhos de
meninos brancos, ele fazia grandes rodas com meninos sorridentes de todas as cores.
Anexo XXIV
Festa de Natal no Pavilhão
Multiusos de Vilar Formoso
“Natal ao Ritmo das
Culturas”
Fonte: Própria
Anexo XXV
Decoração de Natal do
Centro Lúdico
Fonte: Própria
Setembro
13 - 17
Atelier
Actividades
Objectivos Material
Segunda-feira
- Expressão
Plástica
- Ler uma história e elaborar
uma banda desenhada;
- Jogo de apresentação;
- Jogo de Mímica;
- Jogo do telefone.
- Desenvolver o conhecimento inicial das
crianças;
- Desenvolver a capacidade de
concentração.
Lápis;
Folhas de desenho;
Borracha;
Lápis de cor;
Almofadas
Terça-feira
- Expressão
Dramática
-Breve diálogo acerca do
Outono;
-Representação de um teatro
alusivo ao Outono;
-Jogos diversos (Jogo das
cadeiras, lencinho, corda,
raquetes)
- Promover momentos de reflexão acerca
de temas educativos que surgem
diariamente.
- Desenvolver a criatividade
Cadeiras;
Lenço;
Raquetes;
Corda
Texto para a representação da peça.
Quarta-feira
- Expressão
Plástica
-Leitura da peça de teatro
para relembrar;
-Elaboração de um desenho
livre relacionado com a peça
de teatro.
-Construção de puzzles
-Jogos diversos (jogos de
computador, cartas,
macaquinho chinês)
- Trabalhar a destreza manual, a
imaginação e a cooperação;
· Fomentar o prazer de brincar, criando.
Lápis;
Folhas de desenho;
Lápis de cor;
Borracha;
Puzzles;
Cartas
Quinta-feira
-Expressão
Plástica
-Origami
- Jogos livres
-Promover a exploração e descoberta de
diferentes técnicas e materiais.
Papel colorido;
Sexta-feira
-Expressão
Dramática
- Actividades de Equilíbrio
- Jogo das cavalitas e do
avião.
- Proporcionar a descoberta do seu
esquema corporal e das suas
possibilidades.
Quadrados de papel colorido de diversas cores.
Setembro
20 - 24
Atelier
Actividades
Objectivos Material
Segunda-feira
- Expressão
Musical
- Articulação de ritmos/
sons;
-Jogo do ganso/ Tico e
Teco.
-Desenvolver a capacidade de atenção e
concentração.
-Instrumentos musicais diversos;
Terça-feira
- Expressão
Plástica
- Painel intercultural; -Sensibilizar para a diversidade Cultural. - Água;
- Tintas;
- Papel de cenário;
- Areia;
Quarta-feira
- Expressão
Plástica
- Cabeçudos;
- Pasta de sal
-Dar a conhecer os diversos usos que se
podem aplicar a diversos materiais.
- Cola em pó;
- Caixas de papelão;
- Jornais;
-Recipiente para fazer a cola;
- Espátula para diluir a cola;
- Água;
- Farinha;
- Sal
Quinta-feira
-Expressão
Plástica
- Continuação do Painel -Promover a exploração e descoberta de
diferentes técnicas e materiais.
- Tintas;
-Água;
- Palhinhas;
Sexta-feira
-Expressão
Dramática
- Dinâmica de grupo,
observação de uma imagem
descrição do que vemos;
- Através da representação
exprimir algo.
-Desenvolver a capacidade de imaginação
e criatividade.
- Imagens diversas.
Setembro/Outubro
27 - 1
Atelier
Actividades
Objectivos Material
Segunda-feira
- Expressão
Plástica
- Construção de
instrumentos (maracas)
para o espectáculo
musical
-Saber explorar os diversos materiais,
reconhecendo a importância dos materiais
reciclados.
Copos de iogurte;
Arroz;
Cola;
Guaches;
Pincéis;
Fita-cola;
Jornais.
Terça-feira
- Expressão
Plástica
- Construção da secção
anterior;
- Construção de claves.
-Desenvolver a criatividade. Pau de vassoura;
Guaches;
Quarta-feira
- Expressão
Plástica
Centro jovem
- Construção de
Cabeçudos;
- Pintura da pasta de
sal;
-Dar a conhecer os diversos usos que se
podem aplicar aos diversos materiais.
- Cola em pó;
- Caixas de papelão;
- Jornais;
-Recipiente para fazer a cola;
- Espátula para diluir a cola;
- Água;
Quinta-feira
-Expressão
Plástica
- Construção de
tambores
- Reconhecer a importância dos materiais
reciclados.
Latas;
Papel autocolante colorido;
Fio;
Fita-cola;
Tesoura
Sexta-feira
-Expressão
Dramática
- Dia da Música
- Espectáculo musical;
- Danças
- Dar a conhecer o desfruto das actividades
desenvolvidas;
- Proporcionar momentos de convívio e de
relação entre todos os participantes.
-Instrumentos elaborados com os materiais reciclados.
Outubro
4 - 8
Atelier
Actividades
Objectivos Material
Segunda-feira
- Expressão
Plástica
-Conclusão do painel
intercultural
- Desenvolver a capacidade de atenção e
concentração
- Água;
- Tintas;
- Papel de cenário;
- Areia;
- Purpurinas
Terça-feira
Feriado Feriado Feriado Feriado
Quarta-feira
- Expressão
Plástica
Centro jovem
-Cabeçudos;
-Pintura da pasta de sal;
-Utilização dos
instrumentos;
-Reunião com os
jovens.
- Dar a conhecer os diversos usos que se
podem aplicar aos diversos materiais;
- Cola em pó;
- Caixas de papelão;
- Jornais;
-Recipiente para fazer a cola;
- Espátula para diluir a cola;
- Água;
- Guaches;
- Pincéis
Quinta-feira
- TIC (Tecnologias
de Informação e
Comunicação)
- Elaboração de um
final feliz para uma
história. “O menino
negro”
-Proporcionar momentos lúdicos
promovendo as tecnologias de
informação e comunicação;
- Reconhecer a importância e a utilidade
dos diversos programas informáticos
- Computador para escreverem o final da historia.
Sexta-feira
-Expressão
Dramática
Ensaio com os jovens - Preparação para a festa
-----------------------------------------------------
Outubro
11 - 15
Atelier
Actividades
Objectivos Material
Segunda-feira
- Expressão
Plástica
- Adivinhas
- Jogos tradicionais.
-Proporcionar momentos de convívio. Cartas;
Terça-feira
- Expressão
Plástica
- Construção de
objectos com pasta de
sal
-Desenvolver a criatividade e a
imaginação.
Pasta de sal;
Formas;
Quarta-feira
- Expressão
Plástica
Centro jovem
-Cabeçudos;
- Conclusão da pintura
da pasta de sal
- Dar a conhecer os diversos usos que se
podem aplicar aos diversos materiais.
- Cola em pó;
- Caixas de papelão;
- Jornais;
-Recipiente para fazer a cola;
- Espátula para diluir a cola;
- Água;
- Guaches;
- Pincéis
Quinta-feira
- Expressão
Plástica
- Distribuição de
alimentos do PCAAC
(Programa Comunitário
de Ajuda Alimentar a
Carenciados).
-Elaboração de espanta
espíritos.
- Ajudar pessoas carenciadas;
- Promover as artes, reconhecendo a
importância dos materiais reciclados.
-Rolos de papel higiénico;
-Cola branca;
-Jornais
Sexta-feira
- Expressão
Plástica
-Continuação da
elaboração de espanta
espíritos.
- Actividades livres.
- Desenvolver a criatividade, utilizando
diferentes materiais de trabalho,
nomeadamente materiais recicláveis.
-Rolos de papel higiénico;
-Cola branca;
-Jornais
Outubro
18 - 22
Atelier
Actividades
Objectivos Material
Segunda-feira
- Dinâmica de
grupo
- Introdução à semana da alimentação;
- “ Quem gosta de…troca de lugar”;
- Ir à casinha e cada um procura o seu
alimento preferido;
- Promover a cooperação, a autonomia e a
auto-confiança;
- Fomentar a imaginação e a criatividade.
-------------------------------
Terça-feira
- Expressão
Plástica
- Desenho em cartolina (papel de cor)
sobre a categoria de alimentos de cada
grupo.
- Elaboração de um jogo de cartas
alusivo à roda dos alimentos.
- Trabalhar a destreza manual, a imaginação
e a cooperação;
· Fomentar o prazer de brincar, criando.
Cartolinas;
Tesouras;
Lápis de cor;
Lápis de carvão;
Borracha
Quarta-feira
- Expressão
Plástica
Centro jovem
-Cabeçudos;
- Espanta espíritos;
- Construção da roda dos alimentos;
- Fomentar o trabalho de grupo;
-Promover a exploração e descoberta de
diferentes técnicas e materiais.
- Cola em pó;
- Caixas de papelão;
- Jornais;
-Recipiente para fazer a cola;
- Espátula para diluir a cola;
- Água;
- Guaches;
- Pincéis
Quinta-feira
- Expressão
Plástica
- Fazer sacos com alimentos para
entregar às famílias.
- Recortar alimentos para a elaboração
da roda dos alimentos.
- Construção da roda dos alimentos.
- Tesouras
- Panfletos que contenham
diversos alimentos.
Sexta-feira
-Expressão
Dramática
- Ensaio com os jovens;
- Coreografia “ Shakira”.
- Preparação para a festa de natal.
----------------------------------
Outubro
25 - 29
Atelier
Actividades
Objectivos Material
Segunda-feira
- Expressão
Plástica
- Introdução e
preparação do
Halloween;
- Recorte de morcegos e
fazer moldes através
dos mesmos para
decoração do Centro
Lúdico.
- Promover momentos de reflexão acerca
de temas culturais que nos rodeiam;
- Desenvolver a criatividade, utilizando
diferentes materiais de trabalho,
nomeadamente o recorte.
Cartolina;
Lápis de carvão;
Tesouras;
Terça-feira
- Expressão
Plástica
. Continuação da secção
anterior;
- Desenhar abóboras em
cartão e recortar
- Desenvolver a criatividade, utilizando
diferentes materiais de trabalho
Cartolina;
Lápis de carvão;
Tesouras;
Quarta-feira
- Expressão
Plástica
Centro jovem
-Cabeçudos;
- Espanta espíritos
- Jogos livres
- Fomentar o trabalho de grupo;
-Promover a exploração e descoberta de
diferentes técnicas e materiais.
- Cola em pó;
- Caixas de papelão;
- Jornais;
-Recipiente para fazer a cola;
- Espátula para diluir a cola;
- Água;
- Guaches;
- Pincéis
Quinta-feira
- Expressão
Plástica
- Preparação da
decoração do Centro
Lúdico para o
Halloween.
- Decoração de
abóboras.
- Conduzir à tomada de iniciativas e a
organizar-se no sentido de conseguir
desempenhar tarefas simples, procurando
nos outros a colaboração necessária.
- Faca
- Velas
Sexta-feira
- Expressão
Dramática
- Festa de Halloween
- Ensaio com os jovens
-Enaltecer dias comemorativos, como
fonte de valores e de uma verdadeira
educação para a cidadania.
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Novembro
1 – 5
Atelier
Actividades
Objectivos Material
Segunda-feira
Feriado Feriado Feriado Feriado
Terça-feira
-Expressão
Plástica
-Preparação da
decoração do Centro
Lúdico com o tema
Outono
- Conduzir à tomada de iniciativas e a
organizar-se no sentido de conseguir
desempenhar tarefas simples, procurando
nos outros a colaboração necessária.
Lápis de carvão;
Cartões ou caixotes de papelão;
Tesouras;
Revistas.
Quarta-feira
- Expressão
Plástica
Centro jovem
- Cabeçudos
- Elaboração de enfeites
de natal
- Fomentar o trabalho de grupo;
-Promover a exploração e descoberta de
diferentes técnicas e materiais.
- Cola em pó;
- Caixas de papelão;
- Jornais;
-Recipiente para fazer a cola;
- Espátula para diluir a cola;
- Água;
- Guaches;
- Pincéis
Quinta-feira
- Expressão
Plástica
- Continuação da
decoração do Centro
Lúdico.
- Reunião acerca da
festa de natal.
- Conduzir à tomada de iniciativas e a
organizar-se no sentido de conseguir
desempenhar tarefas simples, procurando
nos outros a colaboração necessária.
- Fomentar o trabalho de grupo.
--------------------------------------
Sexta-feira
-Expressão
Dramática
Ensaios
- Preparação para a festa de natal
--------------------------------------
Novembro
8 - 12
Atelier
Actividades
Objectivos Material
Segunda-feira
- Expressão
Plástica
- Distribuição de
alimentos às famílias.
- Construção de mobis
com folhas de Outono.
- Ajudar as famílias carenciadas;
- Fomentar a imaginação e a criatividade.
Cartão;
Revistas;
Cola;
Tesouras;
Terça-feira
- Expressão
Plástica
- Inicio da construção
da paisagem de Inverno
- Trabalhar a destreza manual, a
imaginação e a cooperação;
- Fomentar o prazer de brincar, criando.
Lápis de carvão;
Cartão;
Borracha
Quarta-feira
- Expressão
Plástica
Centro jovem
-Cabeçudos;
- Elaboração de enfeites
de natal
- Continuação da
paisagem de Inverno
- Fomentar o trabalho de grupo;
-Promover a exploração e descoberta de
diferentes técnicas e materiais.
- Cola em pó;
- Caixas de papelão;
- Jornais;
-Recipiente para fazer a cola;
- Espátula para diluir a cola;
- Água;
- Guaches;
- Pincéis
Quinta-feira
- Expressão
Plástica
- Distribuição de
alimentos às famílias;
- Elaboração de
chapéus em forma de
castanha, alusivos ao S.
Martinho.
- Ajudar as famílias carenciadas.
- Fomentar a imaginação e a criatividade.
Lápis de cor;
Papel Castanho;
Tesouras;
Sexta-feira
-Expressão
Dramática
Ensaios - Preparação para a festa de natal
-----------------------------------------
Novembro
15 – 19
Atelier
Actividades
Objectivos Material
Segunda-feira
- Expressão
Plástica
- Distribuição de
alimentos às famílias;
- Continuação da
elaboração da paisagem
de Inverno.
- Ajudar as famílias carenciadas;
- Trabalhar a destreza manual, a
imaginação e a cooperação;
- Fomentar o prazer de brincar, criando.
Lápis;
Borracha;
Cartão
Terça-feira
- Expressão
Plástica
- Pintura dos Alpes
(paisagem de Inverno)
- Jogos livres
- Desenvolver a criatividade, utilizando
diferentes materiais de trabalho;
- Fomentar o prazer de brincar, criando.
Guaches;
Pincéis;
Godés
Quarta-feira
- Expressão
Plástica
Centro jovem
-Cabeçudos;
- Elaboração de enfeites
de natal (renas)
- Conclusão dos Alpes
- Fomentar o trabalho de grupo;
-Promover a exploração e descoberta de
diferentes técnicas e materiais.
- Cola em pó;
- Caixas de papelão;
- Jornais;
-Recipiente para fazer a cola;
- Espátula para diluir a cola;
- Água;
- Guaches;
- Pincéis
Quinta-feira
- Expressão
Plástica
- Pintura de rolhas de
cortiça para a
elaboração de enfeites
de natal.
- Elaboração da carta
dirigida ao presidente
da Câmara Municipal
de Almeida.
- Desenvolver a criatividade, utilizando
diferentes materiais e técnicas de
trabalho.
Guaches;
Pincéis;
Godés
Sexta-feira
-Expressão
Dramática
Ensaios - Preparação para a festa de natal
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Novembro
22 – 26
Atelier
Actividades
Objectivos Material
Segunda-feira
- Expressão
Plástica
- Inicio da construção
de enfeites de natal para
a decoração do Centro
Lúdico.
- Construção de um
trenó com renas.
- Trabalhar a destreza manual, a
imaginação e a cooperação;
Cartão;
Cola;
Tesouras;
Lã;
Terça-feira
- Expressão
Plástica
- Continuação da
elaboração do trenó
- Segunda demão das
rolhas de cortiça.
- Desenvolver a criatividade, utilizando
diferentes materiais e técnicas de
trabalho.
Cartão;
Cola;
Tesouras;
Lã;
Quarta-feira
- Expressão
Plástica
- Colocação do trenó na
paisagem de inverno.
- Centro jovem
-Cabeçudos
- Fomentar o trabalho de grupo;
-Promover a exploração e descoberta de
diferentes técnicas e materiais.
- Cola em pó;
- Caixas de papelão;
- Jornais;
-Recipiente para fazer a cola;
- Espátula para diluir a cola;
- Água;
- Guaches;
- Pincéis
Quinta-feira
---------------
- Mudanças para novas
instalações.
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----------------
Sexta-feira
- Expressão
dramática
- Culinária
-Ensaios
-Entrega de alimentos do
PCAAC (Programa
Comunitário de Ajuda
Alimentar a
Carenciados).
- Jantar Fazes Tu, Janto
Eu
- Preparação para a festa de natal
- Ajudar famílias carenciadas
- Mostrar e comprovar os dotes culinários
dos jovens,
---------------------------------------
Novembro/Dezembro
29 - 3
Atelier
Actividades
Objectivos Material
Segunda-feira
- Expressão
Plástica
-Recolha de
alimentos
fornecidos pelo
PCAAC (Programa
Comunitário de
Ajuda Alimentar a
Carenciados).
-Descarga e
armazenamento dos
respectivos
alimentos.
- Construção de
adornos/enfeites
para a árvore de
natal.
- Ajudar as famílias carenciadas;
-Trabalhar a destreza manual, a
imaginação e a cooperação;
- Fomentar o trabalho de grupo
Tesouras;
Esponja;
Agulhas;
Linhas;
Arame;
Terça-feira
- Expressão
Plástica
- Continuação da
construção de
adornos/enfeites.
-Trabalhar a destreza manual, a
imaginação e a cooperação;
- Fomentar o trabalho de grupo
Tesouras;
Esponja;
Agulhas;
Linhas;
Arame;
Quarta-feira
Feriado Feriado Feriado Feriado
Quinta-feira
- Expressão
Plástica
- Continuação da
construção de
adornos.
- Elaboração de um
desdobrável.
Trabalhar a destreza manual, a
imaginação e a cooperação;
-Fomentar o trabalho de grupo.
Tesouras;
Esponja;
Agulhas;
Linhas;
Arame;
Sexta-feira
- Expressão
Dramática
- Ensaios - Preparação para a festa de natal
---------------------------------------------------------
Dezembro
6 - 10
Atelier
Actividades
Objectivos Material
Segunda-feira
- Expressão
Plástica
-Conclusão da
elaboração dos
adornos / enfeites de
natal.
-Trabalhar a destreza manual, a
imaginação e a cooperação;
- Fomentar o trabalho de grupo
Tesouras;
Esponja;
Agulhas;
Linhas;
Arame;
Terça-feira
- Expressão
Plástica
- Decoração da
árvore de natal
- Conduzir à tomada de iniciativas e a
organizar-se no sentido de conseguir
desempenhar tarefas simples, procurando
nos outros a colaboração necessária.
- Fomentar o trabalho de grupo.
Todos os adornos e enfeites
criados com a ajuda das
crianças.
Quarta-feira
Feriado Feriado Feriado Feriado
Quinta-feira
- Expressão
Plástica
- Decoração do
Centro Lúdico.
- Conduzir à tomada de iniciativas e a
organizar-se no sentido de conseguir
desempenhar tarefas simples, procurando
nos outros a colaboração necessária.
- Fomentar o trabalho de grupo.
Todos os adornos e enfeites
criados com a ajuda das
crianças.
Sexta-feira
- Expressão
Dramática
Ensaios - Preparação para a festa de natal
--------------------------------
Dezembro
13
Atelier
Actividades
Objectivos Material
Segunda-feira
-Expressão
Dramática
Ensaio Geral
- Preparação para a festa Natal ao Ritmo
das Culturas.
-----------------------------------
Natal...
Ao Ritmo das
Culturas
Centro Lúdico Cultural e Social
de Vilar Formoso
No PAVILHÃO MULTIUSOS,
Pelas 16 HORAS
21 de DEZEMBRO
2010
Contacto:
Telef: 271513098
E-mail: [email protected]
Feliz Natal
Feliz Navidad
Sheng Tan Kuai Loh
Joyeux Noel
Merry Christmas
PROGRAMA
Abertura da festa com a
directora Drª Maria José
Coro Musical: Rapsódia de Músicas de
Natal
Leitura do Poema: “Todos Diferentes,
Todos Iguais”
Dança “Shakira”
Peça de Teatro: “O Ratinho da Biblioteca” -
Projecto de Promoção da Leitura
Queres rir??
Dança: Um sonho meu…
Coro Musical: Rapsódia de Músicas de
Natal
Educar as crianças no sentido de
respeitar a diferença, promovendo
atitudes de partilha e respeito por
culturas e costumes diferentes dos
nossos.
Auto
rização
Ag
radecem
os q
ue o
s En
carregad
os d
e Edu
cação se d
ispo
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