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FICHA DE IDENTIFICAÇÃO - Operação de …‡ÃO De acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná e com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96,

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FICHA DE IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICATURMA - PDE/2012

Título: Construção do Projeto Político Pedagógico: pressupostos teóricos

Autor Isabel Madalena Muniz

Disciplina/Área (ingresso no PDE)

Pedagogia

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

Colégio Estadual Vicente Tomazini – Ensino Fundamental, médio e normal

Município da escola Francisco Alves

Núcleo Regional de Educação

Umuarama

Professor Orientador Drª Regina Maria Zanatta

Instituição de Ensino Superior

Universidade Estadual de Maringá - UEM

Relação Interdisciplinar

Não

Resumo De acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná o pedagogo é o elemento articulador do trabalho pedagógico e deve atuar junto aos profissionais responsáveis na elaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP). Sendo este documento objeto desse estudo, a relevância dessa Unidade Didática está em que ao pesquisar, estudar e refletir sobre os Pressupostos Teóricos e as teorias educacionais, com os professores e a equipe pedagógica buscar-se-á melhor compreensão sobre os fundamentos teóricos e as ações da prática educativa. Favorecerá, também, o reconhecimento das Teorias Educativas. Isto possibilitará, aos profissionais da educação, uma visão histórica e crítica da educação,

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o que poderá resultar na qualidade educativa que se proporcionará aos alunos. A metodologia utilizada será por intermédio de questionamentos, reflexões, análises e estudos para descobrir quais são as bases teóricas que fundamentam a construção do Projeto Político Pedagógico da escola. Destaca-se por intermédio desta análise o reconhecimento da concepção de homem, de sociedade e de educação ali delineados. Nesse sentido, objetiva-se estudar e discutir as teorias que embasam a elaboração do Projeto Político Pedagógico, tomando como base as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná. Com isto, pensa-se reforçar os pressupostos que fundamentam a pedagogia histórico–crítica reconhecendo as possibilidades e os limites de sua execução. Sendo assim, espera-se que os professores, após estudo, análise e discussão, dos conteúdos escolhidos, possam proporcionar melhor qualidade ao ensino.

Palavras-chave Projeto Político Pedagógico; Teorias Educativas; Qualidade do Ensino.

Formato do Material Didático

Unidade Didática

Público Alvo Equipe Pedagógica, Professores e membros das instâncias colegiadas.

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APRESENTAÇÃO

De acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná e com a Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96, as instituições de ensino

precisam elaborar o seu projeto político pedagógico (PPP), em conjunto com todos

os segmentos do processo educativo: comunidade escolar e instâncias colegiadas,

explicitando o compromisso com a formação do cidadão e o atendimento a todos os

alunos.

Fica evidente que a falta de clareza no entendimento dos Pressupostos

Teóricos para que se realize a construção do Projeto Político Pedagógico, por parte

da maioria dos professores e equipe pedagógica, tem impedido a efetivação das

ações objetivadas neste documento. Esta hipótese é levantada porque os próprios

professores manifestam a sua falta de segurança sobre o conhecimento dos

pressupostos teóricos que embasam o PPP e as ações que dele poderiam derivar.

Mediante tal problemática, percebe-se que para a construção e a efetiva

implementação do PPP, é necessário o entendimento por parte de todos os

envolvidos na tarefa de dominar um referencial teórico que possa fundamentar a

sua construção, tendo em vista que não se pode assumir uma teoria qualquer, mas

que deve se alicerçar nos pressupostos de uma teoria viável, que tenha como base

a prática social e que seja capaz de erradicar os problemas educacionais. Portanto,

a importância da construção do PPP, o conhecimento da sua finalidade, Filosofia

adotada, dos objetivos e ações a serem executadas reforçam a responsabilidade, o

interesse e a motivação educativa do corpo docente do Colégio. Assim, nessa

unidade didática dar-se-á ênfase à estudos e discussões sobre as teorias que

possam embasar a elaboração do PPP, tomando como base as Diretrizes

Curriculares do Estado do Paraná e reforçando os pressupostos que fundamentam a

pedagogia histórico-crítica.

Sendo assim, espera-se que os professores, após o estudo, análise e

discussão, dos conteúdos escolhidos, possam garantir melhor qualidade à

educação, revelando significamente a realidade e a intencionalidade da escola.

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PROCEDIMENTO UTILIZADO NO MATERIAL DIDÁTICO

Tomando como referência a seguinte problematização: Será que a falta de

clareza no entendimento dos Pressupostos Teóricos para que se realize a

construção do Projeto Político Pedagógico, por parte da maioria dos professores e

equipe pedagógica, impede a efetivação das ações objetivadas neste documento?

Esta hipótese foi levantada porque os próprios profissionais manifestaram a sua falta

de segurança sobre o conhecimento dos pressupostos teóricos que embasam o

PPP e as ações que dele poderiam derivar, a partir desta problemática planejou–se

as estratégias de ação que serão realizadas por intermédio de leitura de textos

selecionados sobre a legislação que fundamenta o PPP, sobre concepções teóricas

que tem fundamentado as práticas pedagógicas, sobre a concepção histórico-crítica

e, ainda, sobre o próprio PPP da escola. Após a leitura dos textos serão realizados:

estudos, análises, reflexões e discussões sobre os conteúdos abordados, em grupos

dinâmicos. Finalmente será elaborado um roteiro para a elaboração do PPP, com

sugestões apropriadas para sua efetivação.

Estas questões estarão, portanto, encaminhando o trabalho, quando da leitura

de textos selecionados, na análise, na reflexão e discussão sobre a temática eleita,

assim, o foco deverá permanecer sobre o conhecimento e o reconhecimento dos

pressupostos teóricos que são necessários à elaboração do Projeto Político

Pedagógico.

Pretende-se implementar esse Material Didático no formato de uma Unidade

Didática com encontros de capacitação, totalizando esses encontros em 32 horas,

que serão desenvolvidos através de um Projeto de Extensão em parceria com a

UEM – Universidade Estadual de Maringá. Conforme cronograma abaixo:

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

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ATIVIDADES

MESES ANOFEV MAR ABR MAIO JUN 2013

PRIMEIRO MOMENTO

• Explanação sobre o projeto

de intervenção pedagógica

e seus objetivos pela

professora PDE Isabel

Madalena Muniz ao

público alvo com o uso de

slides (carga horária de

4hs).

semana

-

SEGUNDO MOMENTO

• Realização do segundo

momento: refletindo a

construção do Projeto

Político Pedagógico,

reflexão e estudo de textos.

• Aplicação do instrumento

de pesquisa (questionário)

para reconhecer qual a

fundamentação teórica que

a equipe pedagógica e os

professores possuem sobre

o PPP da instituição e

sobre a Legislação

Educacional (carga horária

8hs).

semana

-

TERCEIRO MOMENTO

• Realização do terceiro

encontro: Tendências e

concepções de educação e

suas manifestações nas

práticas educativa, com

estudo de textos e análise

semana

-

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do Projeto Político

Pedagógico (carga horária

de 8hs).QUARTO MOMENTO

• Realização do quarto

encontro: com estudos

sistematizados sobre as

concepções que norteiam o

trabalho pedagógico numa

visão histórico–crítica

(com carga horária de

8hs).

semana

-

QUINTO MOMENTO

• Realização do quinto

encontro: com base no

estudo dos quatro

encontros, os

participantes deverão

realizar a reelaboração

do PPP

• Elaboração de um

roteiro para

(re)elaboração do PPP,

com sugestões

apropriadas para sua

efetivação (com carga

horária de 04 hs).

semana -

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ORIENTAÇÕES AOS PROFESSORES DA REDE ESTADUAL DE ENSINO

DO PARANÁ

Observação e reflexão sobre as concepções pedagógicas apresentadas no

Projeto Político Pedagógico para alterações e ou transformações em conjunto com a

comunidade escolar tendo como finalidade a melhoria na qualidade do ensino.

A referida reflexão deverá ocorrer sempre que possível em reuniões

pedagógicas, conselho de classe e, principalmente, no momento da avaliação do

PPP da escola.

PROPOSTA DE AVALIAÇÃO

Esta Unidade Didática será avaliada quando da aplicação das atividades

planejadas: questionamentos, estudos, reflexões em grupos, além de outro

instrumento como o das fichas de acompanhamento da implementação na escola,

podendo ser avaliada pelos participantes e pela equipe pedagógica da escola.

PRIMEIRO ENCONTRO

1- APRESENTAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO AO PÚBLICO ALVO

SEGUNDO ENCONTRO

2- REFLETINDO A CONSTRUÇAO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E O

PAPEL DO PEDAGOGO

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Considerando os estudos realizados por Veiga (2005, p.12-14), o Projeto

Político Pedagógico é reconhecido como uma organização do trabalho pedagógico

que envolve na sua elaboração e execução, todos os segmentos da escola e que

não pode perder de vista a sua relação com a sociedade.

Ao se reportar ao discurso da autora sobre o que é o projeto político

pedagógico observa-se, também, o compromisso com sua intencionalidade. Veja:

O Projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional com um sentido explicito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo Projeto Pedagógico da escola é também, um Projeto Político por estar intimamente articulado ao compromisso Sociopolítico com os interesses reais e coletivos da população majoritária. É político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade (...). Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade. Político-Pedagógica, têm assim uma significação indissociável (...). Deve considerar o Projeto Político Pedagógico como um processo permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola, na busca de alternativas viáveis à efetivação de sua intencionalidade (VEIGA, 2005, p.13).

A autora enfatiza que para o cumprimento e organização coletiva da

intencionalidade citada e, para organizar o trabalho pedagógico da escola na sua

globalidade em função dos seus sujeitos, demanda estudo e entendimento por parte

de todos os envolvidos (de quem organiza, de quem decide, de quem dirige, de

quem debate, de quem discute e de quem executa). Este estudo só é possível por

meio de um referencial teórico que possa fundamentar a sua construção. Alerta,

também, que não se pode assumir uma teoria qualquer, mas que deve se alicerçar

nos pressupostos de uma pedagogia crítica viável, que tenha como base a prática

social e que seja capaz de erradicar os problemas educacionais que retiram da

maioria dos alunos a possibilidade de apropriação do conhecimento.

A autora ainda complementa o exposto abordando o projeto pedagógico como

um instrumento teórico-metodológico, que tem o papel de auxiliar a enfrentar os

desafios do cotidiano da escola, porque possibilita a reflexão, consciente,

sistematizada, orgânica e, o que é essencial, com o uso de estratégias de trabalho

permite a ação reflexão e ação educativa de todos os agentes da instituição no que

diz respeito à formação do homem e da sociedade.

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Freitas (1991) destaca a necessidade de se explicitar o que se pretende da

escola, registrando no PPP os pressupostos teóricos que deverão embasar as ações

práticas, principalmente, quando se requer uma postura voltada para a demanda

menos privilegiada socialmente. Ou seja, são os professores e demais personagens

do cenário escolar que podem reconhecer esta demanda e suas necessidades para

firmar com objetividade o Projeto Político Pedagógico. A respeito da busca de uma

concepção de educação que, dê conta da intencionalidade da escola em função de

seus sujeitos convém dizer que:

Uma pedagogia articulada com os interesses populares valorizará, pois, a escola; não será indiferente ao que ocorre em seu interior; estará empenhada em que a escola funcione bem; portanto, estará interessada em métodos de ensino eficazes. Tais métodos situar-se-ão para além dos métodos tradicionais e novos, superando por incorporação a contribuição de uns e de outros (SAVIANI 2009, P. 62).

Reportando ao discurso de Saviani sobre a preocupação em preparar todos e,

principalmente a classe trabalhadora, convém valer-se da contribuição de Freitas

que recomenda:

As novas formas têm que ser pensadas em um contexto de luta, de correlações de forças – às vezes favoráveis, às vezes desfavoráveis. Terão que nascer no “próprio chão da escola”, com o apoio dos professores e dos pesquisadores. Não poderão ser inventadas por alguém longe da escola e da luta da escola (FREITAS, 1991, p. 23).

Neste sentido, a organização do trabalho escolar que deve transparecer no

PPP necessita reconhecer a escola como uma instituição social, inserida em uma

sociedade cujo modo de produção é capitalista e, para que isto realmente ocorra se

faz necessário pensar a própria sociedade nas contradições das relações sociais.

Assim, a intenção e a definição do tipo de escola, almejada pelo coletivo

escolar deverão estar explicitadas no Projeto Político Pedagógico, e com esta

definição, define-se, também, o tipo de cidadão que se pretende formar. Não se

pode deixar, contudo, de especificar os meios e os fins necessários para esta

concretização.

Nessa tarefa, o pedagogo deve assumir a função de articulador do trabalho

coletivo da escola de acordo com uma concepção progressista de educação

relacionada às determinações políticas, sociais, culturais e históricas, agindo em

todos os espaços de contradição para a transformação da prática escolar.

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Baseado nesta concepção, sua atuação se faz para garantir uma educação

pública de qualidade visando a emancipação das classes populares.

Frente ao compromisso do pedagogo, a Secretaria de Estado da Educação

do Paraná, no edital nº 10/2007 de seleção para o concurso público, indica os

princípios relacionados abaixo:

• Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto

Político Pedagógico e do plano de Ação da Escola;

• Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para

reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e para

a elaboração de propostas de intervenção na realidade da escola;

• Participar e intervir, junto à direção, da organização do trabalho pedagógico

escolar no sentido de realizar a função social a especificidade da educação

escolar;

• Sistematizar, junto à comunidade escolar, atividades que levem à efetivação

do processo de ensino e aprendizagem, de modo a garantir o atendimento às

necessidades do educando;

• Participar da elaboração do projeto de formação continuada de todos os

profissionais da escola e promover ações para a sua efetivação, tendo como

finalidade a realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

• Coordenar a organização do espaço/tempo a partir do projeto político

pedagógico;

• Orientar a comunidade escolar na proposição e construção de um projeto

pedagógico numa perspectiva transformadora.

ATIVIDADES TEXTOS PARA ESTUDO E

REFLEXÃOAlves (1992) sugere que a escola

faça exercícios de reflexão a respeito dos

pressupostos teóricos que se quer

encaminhar pedagogicamente, para tanto

relaciona algumas questões que, serão

respondidas no primeiro encontro com a

equipe pedagógica, os professores e

representantes das instâncias colegiadas,

• VEIGA, Ilma Passos Alencastro

Projeto Político Pedagógico da

Escola: Uma Construção Coletiva.

Campinas- São Paulo: Papirus,

2005

• Colégio Estadual Vicente

Tomazini: Projeto Político

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como um instrumento de sondagem, em

grupos dinâmicos mesclados de

professores e membros da equipe.

• Relacionar quais as finalidades

estabelecidas na legislação educacional e

no Projeto Político Pedagógico que a

escola deseja encaminhar com maior

ênfase? Estas finalidades estão sendo

cumpridas na escola?

• Como a escola quer preparar

culturalmente os alunos tendo em vista a

melhor compreensão sobre a sociedade

em que vivem?

• Qual a concepção de homem, de

sociedade, de educação, de ensino e de

aprendizagem que se quer adotar no PPP

da escola?

Pedagógico- justificativa e os

objetivos da educação. Francisco

Alves, 2012

• LDBN nº 9394/96: artigos 12, 13

e 14

• SAVIANI, D. Pedagogia

Histórico-Crítica: Sobre a

Natureza e Especificidade da

Educação, 8.ed. Campinas:

Autores Associados, 2003

Estas questões, portanto, visam

despertar um repensar filosófico e buscar

conhecimentos que explicitam a nova visão

de homem e de sociedade e, a partir daí,

definir a questão educacional, tendo

clareza sobre: o que queremos, para que e

para quem ofertamos a escola.

TERCEIRO ENCONTRO

3- TENDÊNCIAS E CONCEPÇÕES DA EDUCAÇÃO E SUAS MANIFESTAÇÕES

NAS PRÁTICAS EDUCATIVAS

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È no Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola que deve estar expresso a intencionalidade de todo o coletivo escolar, no que diz respeito da sociedade que se possa almejar, no entanto, ao construí-lo é de suma importância ter claro que tipo de sociedade e homem formar e, qual o propósito da educação nesse processo - o que requer conhecimento organizado e pensado filosoficamente, historicamente e culturalmente das concepções filosóficas e pedagógicas, para assim, saber analisar, refletir e conduzir a prática educativa no interior da sala de aula, selecionando conteúdos, metodologias e instrumentos avaliativos.

A educação é uma prática humana direcionada por uma determinada concepção teórica. A prática pedagógica está articulada com uma pedagogia, que nada mais é que uma concepção filosófica da educação. Tal concepção ordena os elementos que direcionam a pratica educacional”. (LUCKESI, 1994, p.21).

E ainda:

Nas relações entre filosofia e educação somente existem, realmente, duas opções: ou se pensa e se reflete sobre o que faz e, assim, se realiza uma ação educativa consciente, ou não se reflete criticamente e se executa uma ação pedagógica a partir de uma concepção mais ou menos obscura e opaca, existente na cultura do dia-a-dia e, assim, se realiza uma ação educativa com baixo nível de consciência (LUCKESI, 1994, P.32).

No cumprimento da intenção mencionada e sobre o discurso de Luckesi, valer-se - à das contribuições da pedagogia e da filosofia, ao analisar a relação entre filosofia e educação, percebe - que a pedagogia não é neutra de ideias filosóficas. Nesse sentido, a pedagogia relaciona - se com a filosofia e complementam-se, para que enquanto filosofia da educação e, com desmembramento em tendências filosóficas cumpram a tarefa de reflexão rigorosa e de conjunto sobre os problemas que a realidade educacional apresenta” (SAVIANI; 1983, p 22.), bem como, na compreensão da função da educação na sociedade E, em tendências pedagógicas compreendendo teorias e pensamentos que leva a reflexão sistemática sobre educação, os modelos, métodos e técnicos de ensino.

Desse modo, afirma Libâneo (1989, p.13) “a classificação e a descrição das tendências filosóficas e pedagógicas, poderão funcionar como um instrumento” de reflexão e avaliação do ato educativo, em especial, a da sala de aula, haja vista, que uns profissionais parecem pensar e administrar a sua prática educativa mesclada nas diferentes tendências, mesmo sendo despreparados, e outros tendem a influência da escola nova.

Com relação a esta problemática (SAVIANI, 1983, p. 40-42), conclui que:

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(...) a educação brasileira tal como desenvolve em nossas escolas nos dias atuais as diferentes tendências (...) estão, ao mesmo tempo, presentes na prática pedagógica dos professores e educadores em geral. De tal modo elas se cruzam e se interpenetram que compõem uma teia cujos fios são necessários desembaraçar se quisermos compreender as características que definem a (...) prática pedagógica. Diríamos que o professor tem uma cabeça escolanovista ,devido a predominância da influência e progressista” nos cursos de educação (..) sua cabeça é escolanovista mas as condições em que terá de atuar são as da escola tradicional. (...) Entretanto, o drama de nossos profissionais não termina aí. De repente, despenca sobre ele as exigências da pedagogia oficial (..) então ele reluta, se esquiva, resiste e contorna: atenta formalmente às exigências e age a sua moda.

Luckesi (1994), apresenta três tendências filosóficas que possibilitam a

compreensão do papel da educação na sociedade e a prática educacional: a

Educação Redentora, a Educação Reprodutora e a Educação Transformadora da

sociedade.

Na primeira tendência a educação como redentora da sociedade é incumbida

pelo rumo da sociedade, com a responsabilidade de dar a ela uma nova direção,

porém conservando-a e mantendo-a. Está tendência concebe a sociedade como um

conjunto de pessoas que vivem e funcionam numa verdadeira sintonia. Em sua

estrutura são inseridas, tanto as novas gerações quanto os desajustados. Para

Saviani (1984), esta tendência se classifica como “Teoria não critica” da educação.

Na segunda tendência, a educação é concebida como reprodutora, reproduz

a sociedade tal como ela é determinada por seus condicionantes econômicos, social

e político, através da ideologia dominante. Para Saviani (1984) esta tendência se

classifica como teoria crítica – reprodutivista da educação.

Na terceira tendência, a educação é concebida como transformadora da

sociedade no contexto de um projeto de humanização. Para Saviani ela se classifica

em “teoria crítica” da educação. Essa tendência procura mostrar que é capaz de

compreender a educação dentro da sociedade, com seus determinantes e

condicionantes, mas também com a possibilidade de trabalhar pela sua

democratização.

Sintetizando segundo o autor, a primeira é otimista, acredita que a educação

pode exercer domínio sobre a sociedade (pedagogias liberais). A segunda é

pessimista, diz ser a educação apenas reprodutora de um modelo social vigente, já

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na terceira tendência observa uma postura crítica com relação às duas anteriores,

porque não apresentaram nenhuma alternativa de trabalho pedagógico e de

superação da marginalidade.

Esquematicamente, Libâneo (1989) organiza-se o conjunto das tendências

pedagógicas em dois grupos teóricos: no primeiro grupo, a perspectiva redentora é

constituída pelas pedagogias liberais (tradicional, nova e tecnicista), marcada pelo

inicio do século XVIII, XIX e XX pelas revoluções burguesas que erradica o

absolutismo e consolida o capitalismo industrial e o liberalismo, este último aparece

como ideologia para justificar o sistema capitalista. A escola tem como função o

preparo dos alunos para o desempenho dos papéis sociais, conforme suas aptidões

individuais, tendo que se adaptar aos valores e normas vigentes na sociedade de

classes, apesar da divulgação de igualdades de oportunidades.

O segundo grupo: da pedagogia progressista que tem seu marco no século

XX (libertária, libertadora e histórico – crítica), foi utilizada por essa expressão

(progressista) para designar as tendências que, partindo de uma análise crítica das

realidades sociais, sustentam de forma implícita as finalidades sociopolíticas da

educação. Assim sendo, não tem como institucionalizar – se numa sociedade

capitalista, constituindo - se como um instrumento de luta dos professores, ao lado

de outras práticas sociais. A escola é condicionada pelos aspectos sociais, políticos

e culturais mas, contraditoriamente existe nela um espaço que aponta para a

possibilidade de transformação social. Desse modo, a educação possibilita a

compreensão da realidade histórico-social e aborda o papel do sujeito como um

construtor e transformador dessa mesma realidade.

3.1 - Primeiro Grupo Pedagogias Liberais

Se reportando a Luckesi (1994) e a Libâneo (1989), a pedagogia tradicional,

concebe a sociedade como autoritária e com funções claramente definidas e

hierárquicas, constitui – se nessa visão de sociedade, de seus valores e normas

para estabelecer os conteúdos e os métodos da educação. A educação subordina -

se a concepção humanista voltada para a essência humana, por isso, baseia - se no

conceito abstrato de homem (visão essencialista). A escola cumpre a função de

preparar os alunos intelectualmente e moralmente, para que atuem na sociedade,

portanto, seu compromisso é com a cultura e, os problemas sociais são da

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sociedade, ressalta que nessa concepção, a educação é privilégio das camadas

mais favorecidas. Os conteúdos de ensino são os conhecimentos acumulados pelas

gerações e repassados como verdades absolutas, porém, separados da experiência

dos alunos e das realidades sociais. O processo de aprendizagem se dá com o

método de ensino na exposição oral, com ênfase na repetição e na memorização,

predominando a autoridade do professor com atitude receptiva e passiva do aluno.

Assim o aluno precisa ” aprender a ser.”

A pedagogia nova, parte do princípio de que o homem se forma pela ação

sobre o meio e pela influência do meio, a natureza humana é moldada na existência,

sendo o homem ao nascer, essencialmente diferente, o que exige uma educação

diferenciada, defendendo a liberdade individual, então concebe o homem como fonte

de todos os atos, sendo ele, um ser autônomo, criado para a liberdade e, nesse

sentido, são os interesses e motivações do aluno que dão o ponto de partida de todo

o processo de aprendizagem. O papel da escola é prover experiências que permitam

ao aluno unir seus interesses individuais com o que exige a sociedade. O processo

de aprendizagem acontece via os métodos de ensino baseados no “aprender a

aprender” com valorização das tentativas experimentais e descobertas, onde o

professor deve ajudar o desenvolvimento livre e espontâneo do indivíduo, a partir de

atividades livres com o uso de recursos didáticos/pedagógicos.

A pedagogia tecnicista, não pressupõe uma visão de homem, dota a

educação de uma organização racional, aumentando o máximo a sua eficiência,

inserindo a escola nos modelos de racionalização do sistema de produção

capitalista, emprega a ciência da mudança de comportamento, ou seja, a tecnologia

comportamental. Seu interesse principal é, portanto, produzir indivíduos

“competentes” para o mercado de trabalho, “aprender a fazer,” não se preocupando

com as mudanças sociais, mas com as exigências da sociedade tecnológica e

industrial. Os conteúdos são encontrados nos manuais, livros didáticos, apostilas e

módulos. O ensino aprendizagem se dá pelo método de técnicas e procedimentos

com o uso de recursos audiovisuais e tecnologias de ensino individualizadas.

3.2 – Segundo Grupo: - Pedagogia Progressista

Pedagogia Libertária, esta pedagogia, bem como as outras pedagogias pro-

gressistas (libertadora e a histórico-crítica), segue a tendência filosófico-política da

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educação como transformação da sociedade. Nesta espera que a escola exerça

uma transformação na personalidade dos alunos, num sentido libertário e autoges-

tionário, com base na participação dos grupos, mecanismos institucionais de mudan-

ça, através de assembleias, conselhos, eleições, reuniões e associações. Por isso, a

concepção de sociedade manifesta na preocupação da ordem social existente e com

educação política dos indivíduos e com o desenvolvimento de pessoas mais livres

através da defesa de auto-gestão, portanto a educação deve estar voltada para o

plano de mudança social. As matérias são colocadas à disposição do aluno, mas

não são exigidas, porque o que é importante para a pedagogia libertária é o conheci -

mento que resulta das experiências vividas pelo grupo. O processo de ensino e de

aprendizagem ocorre através do método de ensino na vivência grupal e coletiva,é

na forma de autogestão que os alunos buscarão encontrar as bases mais satisfató-

rias de sua própria aprendizagem, sem qualquer forma de poder. Trata-se de colocar

nas mãos do aluno tudo que for possível. Os alunos têm liberdade de trabalhar ou

não, ficando o interesse pedagógico na dependência de suas necessidades ou das

do grupo, o professor estabelece as atividades para o aluno sem impor suas conce-

pções e ideias, levando o aluno a se misturar ao grupo para uma reflexão em co-

mum.

A Pedagogia Libertadora, concebe uma sociedade de sujeitos que devem re-

conhecerem - se enquanto cidadãos históricos - sociais capazes de relacionarem –

se com a natureza e com os outros homens buscando construir uma consciência po-

lítica visando transformar e atuar na sociedade. Apresenta uma concepção dialética

de educação, onde a educação é sempre um ato político, portanto, problematizadora

e conscientizadora e, a relação pedagógica se dá com base na cultura de grupo,

com conteúdos denominados de temas geradores extraídos da prática de vida dos

educandos. Professor e alunos são sujeitos do ato de conhecimento sendo ele o ori -

entador e coordenador de debates, considerando as características e necessidades

do grupo, no propósito de formar o sujeito com autonomia intelectual e dialógica,

preparando-o para atuar e transformar a realidade. O processo de ensino e de

aprendizagem acontece por meio do método dialógico em que o aluno e professor

aprendem juntos numa relação dinâmica na qual a prática, orientada pela teoria, reo-

rienta essa teoria , num processo de constante aperfeiçoamento, sendo notável

como procedimento de ensino:grupos de discussão, debates e entrevistas.

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A Pedagogia Crítico – Social dos Conteúdos, conhecida também como peda-

gogia histórico – crítica, está preocupada na função transformadora da educação,

em relação à sociedade, compromissada com a construção dos conhecimentos, fun-

damentados nos conteúdos acumulados pela humanidade e, que revelam a realida-

de concreta e crítica, possibilitando aos sujeitos a transformação da realidade.

A concepção de sociedade baseia – se na socialização do saber elaborado às

camadas populares, entendendo a apropriação crítica e histórica do conhecimento

enquanto instrumento de compreensão da realidade social e atuação crítica e demo-

crática para a transformação desta realidade. O professor é aquele que direciona e

conduz o processo de ensino aprendizagem, considerando o aluno dentro de uma

realidade social, interagindo com ele na aquisição e construção do conhecimento, no

qual, faz as intervenções criando as condições essenciais para a apropriação do co-

nhecimento, portanto utiliza – se do método que desenvolve atividades significativas

voltadas para a apreensão dos conteúdos construídos coletivamente com uso de

discussão, debates, leituras, aula expositiva dialogada, trabalhos em grupo e elabo-

ração de sínteses integradoras

ATIVIDADES TEXTOS PARA ESTUDO E

REFLEXÃOA partir da leitura dos textos seria

relevante refletir e descrever se:

A) É possível construir

concretamente e coletivamente uma escola

fundamentada nas teorias progressistas da

educação ? De que forma?

B) Faça uma pesquisa no Projeto

Político Pedagógico (PPP) da sua escola –

no marco conceitual, pontuando por escrito

as concepções de: educação, sociedade,

homem e ensino aprendizagem e, explique

por quais teorias educativas estão

fundamentadas, caracterizando-as.

SAVIANI, D. As Teorias da

Educação e o Problema da

Marginalidade. Escola e Democracia,

Campinas: Autores Associados, 2009

Colégio Estadual Vicente

Tomazini, Projeto Político

Pedagógico - Marco Conceitual,

Francisco Alves, 2012

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QUARTO ENCONTRO

4- CONCEPÇÃO QUE NORTEIA A EDUCAÇÃO NUMA VISÃO HISTÓRICO -

CRÍTICA

Recorrendo aos estudos apresentados anteriormente embasados nos autores

Libâneo e Luckesi acrescido aos estudos de Santos (2009) verifica–se em cada um

dos grupos das pedagogias liberal e progressista, um projeto proposto para a

escola. Na pedagogia liberal, a função social e política ocorre na preparação dos

indivíduos para cumprir os papéis sociais, nesta concepção, é o sistema que

determina o projeto da escola. Já nos anos de setenta a escola passa por críticas e

se vê como lugar de conflitos e contradições, dando origem a pedagogia

progressista que, partindo de uma análise crítica da sociedade, busca o

compromisso e a finalidade social e política da educação.. Essa teoria pedagógica

visa aliar-se aos interesses das classes menos favorecidas – o que significa pensar

em quais conteúdos de aprendizagem serão selecionados para o ensino e que

relação estes terão com a vida do educando abrangendo os conceitos científicos da

cultura erudita e os conteúdos da prática social.

A referida teoria conduz o processo de ensino e de aprendizagem no Método

Dialético Materialismo Histórico, fundamentado em Marx e na teoria Histórico-

Cultural apresentada por Vigostski.. método este, que vai para além dos métodos

tradicionais e novos e surge de uma concepção que articula educação e sociedade.

Nesse sentido, a educação tem a sociedade como referência essencial. Na

pedagogia histórico-crítica utiliza – se de momentos para explicar o referido método.

O primeiro momento ou o ponto de partida do ensino é a prática social que é

comum a educadores e educandos, porém, do ponto de vista pedagógico,

educadores e educandos apresentam diferentes níveis de conhecimento e

experiência desta prática social, o professor é fundamental no ensino e o

conhecimento deve ser trabalhado com base nos conteúdos clássicos.

O segundo momento, é a problematização que tem o intuito de averiguar que

questões precisam ser resolvidas no interior da prática social e que conhecimentos

são necessários dominar para resolver estes problemas.

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O terceiro momento refere–se o da instrumentalização, isto é, a aquisição dos

instrumentos teóricos e práticos fundamentais à solução dos problemas

encontrados, que depende da transmissão dos conhecimentos do professor para

que essa apropriação aconteça já que esses instrumentos são produzidos

socialmente e preservados historicamente.

No quarto momento trata-se da catarse que é a real incorporação dos

instrumentos culturais e o jeito mais elaborado de entender a transformação social.

O ultimo momento é a prática social que funciona como ponto de chegada em

que os alunos atingem, uma compreensão que supostamente já se encontrava o

professor no ponto de partida. Neste, a prática social muda de maneira significativa

pela mediação da ação pedagógica.

Mediante o exposto é com a concepção histórico - crítica que se cumpre, se

realiza, a intencionalidade orientadora do projeto construído, porque é capaz de

compreender essa dialética entre o político e o pedagógico torna-se imprescindível

para que o PPP não se torne um documento pleno de intenções e vazio de ações

onde, o Projeto Político Pedagógico da da escola seja realmente a expressão da

intencionalidade do conjunto da comunidade escolar a respeito da sociedade que se

quer formar, aquela que não reproduz as condições históricas de alienação,

dominação e expropriação da condição humana.

ATIVIDADES TEXTOS PARA CONSULTA• Com base nos textos lidos;

caracterize a concepção de

educação, de homem, de

sociedade e de ensino

aprendizagem

• Tendo caracterizado as

concepções citadas ( de sociedade,

de homem, de educação e de

ensino aprendizagem) a luz da

concepção histórico – crítica, é

possível concebê – las no PPP da

instituição em estudo? Porquê?

SAVIANI, D. A pedagogia histórico

- crítica e a educação escolar,

Pedagogia Histórico – Crítica:

primeiras aproximações. São Paulo:

Cortez Autores Associados, 1991.

SAVIANI, D. A pedagogia histórico -

crítica no quadro das tendências

críticas da educação brasileira.

Pedagogia Histórico – Crítica:

primeiras aproximações. São Paulo:

Cortez Autores Associados, 1991.

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QUINTO ENCONTRO

ATIVIDADES TEXTOS DE APOIO

Com base no estudo dos quatro

encontros, os participantes deverão

realizar a (re)elaboração do PPP. Para

tanto deverão realizar o seguinte

exercício:

• A partir do marco situacional

( diagnóstico da realidade da

Escola ) nomear problemas

referentes ao ensino aprendizagem

a serem sanados. Aponte

sugestões de melhoria a partir da

concepção histórico-crítica.

• A partir do Marco Conceitual

(doutrina/missão ) do PPP do

Colégio Estadual Vicente Tomazini,

instigar sobre: o que se quer formar

como visão ideal de homem e de

sociedade? E quais ações

educativas e características a

escola deve planejar quando opta

pela concepção histórico-crítica?

• A partir do marco operacional

(proposta de ações) e com base na

concepção históricocrítica,

relacionar ações a serem

executadas como os conteúdos,

metodologias e recursos com o

intuito de minimizar a distância

entre o que vem sendo a escola e

o que deverá ser.

• Colégio Estadual Vicente

Tomazini: Projeto Político

Pedagógico- Marco Situacional,

Marco Conceitual e Marco

Operacional Francisco Alves,

2012

• Produção Didático- Pedagógica

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB n° 9394, de 1996. Brasília, DF: Câmara dos Deputados, 2001.

COLÉGIO ESTADUAL VICENTE TOMAZINI: Projeto Político Pedagógico- Marco Situacional, Marco Conceitual e Marco Operacional, Francisco Alves, 2012.

FREITAS, Luis Carlos. ”Organização do Trabalho Pedagógico”. Palestra proferida no VII Seminário Internacional de Alfabetização e Educação. Novo Hamburgo, Agosto de 1991 (mimeo)

LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. 8. ed. São Paulo: Loyola, 1989. (Coleção Educar, 1)

LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo, Cortez, 1994.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Edital de Concurso para Pedagogos nº 10/2007 - 2007.

SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre educação e política. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1984.

______. Pedagogia histórico - crítica. 8. ed. Campinas: Autores Associados, 1991

SAVIANI, Demerval. Filosofia da Educação Brasileira (et al.); coordenação de Durneval Trigueiro Mendes. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1983.

SANTOS, Nilva de Oliveira Brito dos – Projeto Político Pedagógico: Um Novo Olhar sobre a Escola. Disponível em: < http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/2535_1196.pdf > Acesso em 15/11/2012.

VEIGA, Ilma Passos A. Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção possível. Campinas: Papirus, 2005.