MAR

ANTOLOGIA

Sophia de Mello Breyner Andresen

Trabalho realizado por:

Nuno Martins

Ficha de leitura

Nome do autor: Sophia de Mello Breyner Andresen

Titulo da obra: Mar-Antologia

Editora: Caminho

Local e data: 7ª edição, Dezembro de 2008, Lisboa

Informações sobre o autor:

Sophia de Mello Breyner Andresen nasce a 6 de novembro 1919 no Porto, onde passa a infância. Filha de pai dinamarquês frequentou o Colégio do Sagrado Coração de Maria no Porto para a seguir passar a estudar Filologia Clássica em Lisboa durante três anos, curso que, no entanto, nunca chegou a concluir.

Casada com Francisco Sousa Tavares, passa a viver em Lisboa. Tem cinco filhos. Participa ativamente na oposição ao Estado Novo e é eleita, depois do 25 de Abril, deputada à Assembleia Constituinte.

Em 1944, aos seus vinte cinco anos, publicou, com apoio financeiro do pai, o seu primeiro livro de poemas onde chamou simplesmente Poesia. As imagens que aparecem na primeira colectânea são da natureza, do mar, das praias e dos jardins. Por outro lado, aparecem poemas dedicados aos deuses gregos e o motivo da cidade que surge como oposição da natureza.

Mãe de cinco filhos dos quais alguns não negaram os seus genes literários e também conseguiram entrar na consciência literária, que foram o incentivo para que Sophia começasse a inventar os contos de fadas.

Sophia admitiu não se ter dedicado muito à poesia durante a infância dos seus filhos e revela o seu sentimento quase de uma traição à qual somente escapou ao inventar histórias para crianças.

Contos Infantis

A Menina do Mar (1958) A Fada Oriana (1958)

Sophia publicou 17 livros de poesia (o primeiro dos quais, "Poesia", em 1944, quando tinha 25 anos), 13 livros de prosa, sobretudo contos infantis, seis ensaios e uma peça de teatro, "O Colar" (2001)

A particularidade da autora no mundo literário comprova igualmente o facto de ter sido a primeira mulher portuguesa premiada com o prémio Camões em 1999, prémio considerado o mais importante de todas as distinções literárias da língua portuguesa. No entanto, recebeu dezenas de homenagens das quais citamos, por exemplo, Grande Prémio

Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças, obtido em 1992, ou Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-americana que a poetisa ganhou em 2003 aos 83 anos de idade.

Aos 84 anos, Sophia de Mello Breyner Andresen falece a 2 de julho de 2004, em Lisboa.

Síntese do conteúdo:

Escolha do poema

Figuras de estilo, estrofes

Da obra de de Sophia de Mello Breyner Andresen escolhi o livro "Antologia - Mar".

São cerca de meia centena de poemas numa antologia singular na obra de um autor, neste, organizada pela sua filha, Maria Andresen de Sousa Tavares, à volta de um tema, o mar, pelo qual a escritora sempre teve um grande fascínio. Exemplos disso são os títulos dos poemas:

Pirata, o Atlântico, No alto do mar, No fundo do mar, Jardim do mar, Mar sonoro, Mulheres á beira-mar, Praia, Barcos, Náufrago, etc.

O livro está dividido em :

No livro estão escritos poemas que contêm só uma estrofe, ou então só uma quadra ou até demasiado extensos. Ou seja, neste livro a escritora não escreveu poemas todos "idênticos" exteriormente.

Sophia usa também variadas figuras de estilo, nomeadamente metáforas, incluindo metáforas geométricas, e anáforas. Muitos dos seus poemas não têm rima e alguns deles variam entre 9 e 10 silabas métricas.

Alguns dos seus poemas não têm títulos, no entanto no final do livro Sophia de Mello Breyner faz notas a vários poemas que estão publicados neste livro. Nessas notas, Sophia dá algumas explicações breves sobre o que escreveu.

No início do livro existe também duas pequenas notas, uma relacionada com a primeira edição do livro e uma segunda com uma nota relacionada com a quinta edição deste mesmo livro.

Considero ser um livro muito lindo e merece a nossa atenção.

Citações: do poema e razões

Comentário: Opinião acerca do livro

1. Nome do autor: Sophia de Mello Breyner Andresen 

Titulo da obra: Mar-Antologia

Editora: Caminho

Local e data: 7ª edição, Dezembro de 2008, Lisboa

Informações sobre o autor:

Sophia de Mello Breyner Andresen nasce a 6 de novembro 1919 no Porto, onde passa a infância. Filha de pai dinamarquês frequentou o Colégio do Sagrado Coração de Maria no Porto para a seguir passar a estudar Filologia Clássica em Lisboa durante três anos, curso que, no entanto, nunca chegou a concluir.

Casada com Francisco Sousa Tavares, passa a viver em Lisboa. Foi mãe de cinco filhos. Participa ativamente na oposição ao Estado Novo e é eleita, depois do 25 de Abril, deputada à Assembleia Constituinte.

Em 1944, aos seus vinte cinco anos, publicou, com apoio financeiro do pai, o seu primeiro livro de poemas onde chamou simplesmente Poesia. As imagens que aparecem na primeira colectânea são da natureza, do mar, das praias e dos jardins. Por outro lado, aparecem poemas dedicados aos deuses gregos e o motivo da cidade que surge como oposição da natureza.

Mãe de cinco filhos dos quais alguns não negaram os seus genes literários e também conseguiram entrar na consciência literária, que foram o incentivo para que Sophia começasse a inventar os contos de fadas.

Sophia admitiu não se ter dedicado muito à poesia durante a infância dos seus filhos e revela o seu sentimento quase de uma traição à qual somente escapou ao inventar histórias para crianças.

II – A obra

1. Elementos presentes:

a. Na capa:b. Na contracapa:c. Na lombada:

2. Titulo:Apreciação:

3.

a. Índice: Presente ou ausente ESCOLHERb. Prefácio: Presente ou ausente, escrito pelo autor ou por

alguém conhecedor da obrac. Posfácio:

4. Estrutura

Caraterização da estrutura externa:

Síntese

São cerca de meia centena de poemas numa antologia organizada pela sua filha, Maria Andresen de Sousa Tavares, à volta de um tema, o mar, pelo qual a escritora sempre teve um grande fascínio.

Exemplos disso são os títulos dos poemas:

Pirata, o Atlântico, No alto do mar, No fundo do mar, Jardim do mar, Mar sonoro, Mulheres á beira-mar, Praia, Barcos, Náufrago, etc.

POEMA EM DESTAQUE

PIRATA

(Junho de 2001)

Sou o único homem a bordo do meu barco.Os outros são monstros que não falam,Tigres e ursos que amarrei aos remos,E o meu desprezo reina sobre o mar.Gosto de uivar no vento com os mastrosE de me abrir na brisa com as velas,E há momentos que são quase esquecimento

Numa doçura imensa de regresso.A minha pátria é onde o vento passa,A minha amada é onde os roseirais dão flor,O meu desejo é o rastro que ficou das aves,E nunca acordo deste sonho e nunca durmo.

O sujeito poético, exprimindo o sonho de se igualar ao pirata que, apresenta o viajante solitário e audacioso que não teme os monstros das profundidades durante as viagens pois o seu desprezo “reina sobre o mar”.

Este verso pode ser interpretado como metáfora da força e auto-confiança perante o mar cujos monstros, tigres e ursos, consegue vencer como podemos constatar nos dois primeiros versos da segunda estrofe: o pirata gosta “de uivar no vento com os mastros”.

Igualmente a referência do “rastro que ficou das aves” pode ser compreendido como independência “relacionada com a liberdade das aves, dos piratas a que o sujeito lírico e os seres vivos aspiram” que, em muitos casos na poesia de Sophia, encontram no mar.

5. Opinião justificada do leitor

Considero que o livro Mar Antologia é uma livro que ser um livro muito lindo e merece a nossa atenção.