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Escola Profissional Gustave Eiffel - Arruda dos Vinhos Curso de Práticas de Acção Educativa (Tipo 2) – 1º ano Disciplina de Acompanhamento de Crianças Módulo 1.1: Desenvolvimento Infantil e relacionamento empático afectivo Ficha nº Desenvolvimento Físico e Psicomotor da Criança Evolução da Postura e a Descoberta do Corpo Idade 0 a 1 ano Movimenta a cabeça e é capaz de levantá-la ligeiramente quando deitado de costas ou de bruços. Estende os braços para os lados, sem direcção. Dá pontapés com forças quando deitada em decúbito dorsal. É capaz de projectar tanto os braços como as pernas para frente, de forma que, quando de bruços parece tentar arrastar-se. Mexe a cabeça quando deitada em decúbito ventral, para cima, de um lado para o outro. Mantém a cabeça levantada quando em decúbito ventral, durante alguns segundos. Controla a cabeça e ombros quando sentada, apoiada em almofada ou travesseiro. Tenta pegar objectos acerca de 20 cm à sua frente. Agarra objectos mantidos 10 cm à sua frente. Retém objectos, usando preensão palmar durante alguns segundo, soltando involuntariamente. EPGE | Turma PAE 1º Ano | Joana Ferrão Barradas 1

Ficha nº_Desenvolvimento Físico e Psicomotor na Criança_Evolução da Postura e a Descoberta do Corpo

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Curso de Práticas de Acção Educativa (Tipo 2) – 1º ano

Disciplina de Acompanhamento de CriançasMódulo 1.1: Desenvolvimento Infantil e relacionamento empático afectivoFicha nº

Desenvolvimento Físico e Psicomotor

da Criança

Evolução da Postura e a Descoberta do Corpo

Idade 0 a 1 ano

Movimenta a cabeça e é capaz de levantá-la

ligeiramente quando deitado de costas ou de

bruços.

Estende os braços para os lados, sem direcção.

Dá pontapés com forças quando deitada em

decúbito dorsal.

É capaz de projectar tanto os braços como as

pernas para frente, de forma que, quando de

bruços parece tentar arrastar-se.

Mexe a cabeça quando deitada em decúbito ventral, para cima, de um lado para o outro.

Mantém a cabeça levantada quando em decúbito ventral, durante alguns segundos.

Controla a cabeça e ombros quando sentada, apoiada em almofada ou travesseiro.

Tenta pegar objectos acerca de 20 cm à sua frente.

Agarra objectos mantidos 10 cm à sua frente.

Retém objectos, usando preensão palmar durante alguns segundo, soltando

involuntariamente.

Tenta alcançar e agarrar com preensão objecto à sua frente.

Tenta alcançar objecto predilecto.

Coloca objectos na boca.

Mantém a cabeça erecta e firme quando carregada em pé.

Deitada de bruços, sustenta cabeça e peito, apoiada nos antebraços.

Vira de bruços para o lado.

Rola de bruços para de costas.

Estando de bruços tanta se movimentar para frente.

Rola de costas para o lado.

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Disciplina de Acompanhamento de CriançasMódulo 1.1: Desenvolvimento Infantil e relacionamento empático afectivoFicha nº

Vira de costas para de bruços.

Puxa para sentar-se quando agarrada nos dedos do adulto.

Vira a cabeça livremente quando o corpo está apoiado.

Mantém posição sentada durante alguns minutos.

Larga um objecto deliberadamente para pegar outro.

Pega e deixa cair objecto deliberadamente.

Fica de pé com máximo apoio (quando mantida pela cintura).

Pula para cima e para baixo quando em posição de pé, enquanto apoiada.

Arrasta para frente para pegar objecto.

Mantém-se sentada com apoio das mãos para frente.

De posição sentada, passa para posição de mãos e joelhos.

Passa de bruços para posição sentada.

Senta-se sem apoio de mão.

Atira objectos para todos os lados.

Balança para trás e para frente apoiada sobre mãos e joelhos.

Transfere objectos de uma para a outra mão em posição sentada.

Retém 2 cubos de 3 cm em uma das mãos.

Coloca-se em posição de joelhos.

Coloca-se em posição de pé.

Usa preensão radial para pegar objectos.

Engatinha.

Tenta alcançar coisas com uma das mãos.

Fica de pé com o mínimo de apoio.

Vira a vasilha despejando objectos.

Faz movimento de enfiar ou tirar com colher ou pá.

Coloca objectos grandes em um recipiente.

Abaixa-se para sentar.

Bate palmas.

Caminha com mínimo de auxílio.

Dá alguns passos sem apoio.

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Disciplina de Acompanhamento de CriançasMódulo 1.1: Desenvolvimento Infantil e relacionamento empático afectivoFicha nº

Idade 1 a 2 anos

Engatinha escada acima.

Passa da posição sentada para em pé.

Rola uma bola em imitação.

Sobe em cadeira de adulto, vira-se e senta-se.

Coloca aros num pino.

Tira e coloca pinos grandes de uma prancha.

Constrói torre de 3 cubos.

Faz rabisco com lápis de cera ou lápis.

Vira páginas de um livro, várias de uma vez.

Caminha independentemente.

Senta-se em cadeira pequena.

Curva-se na altura da cintura para apanhar objectos sem cair.

Empurra e puxa brinquedos enquanto anda.

Usa cavalo de balanço.

Sobe escada com ajuda.

Fica de cócoras e volta a ficar em pé.

Segura o lápis em preensão radial.

Imita movimento circular.

Idade 2 a 3 anos

Vira trincos e maçanetas de portas.

Salta sobre 2 pés.

Salta o último degrau da escada com um pé na frente

do outro.

Caminha para trás.

Desce escadas com ajuda.

Atira bola para o adulto a 1 metro e meio sem o adulto

mover os pés.

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Disciplina de Acompanhamento de CriançasMódulo 1.1: Desenvolvimento Infantil e relacionamento empático afectivoFicha nº

Constrói torre de 5 – 6 cubos.

Vira páginas, uma de cada vez.

Desembrulha objecto pequeno.

Dobra papel, imitando.

Separa e junta brinquedos que se completam de formas simples.

Desparafusa brinquedos de encaixe.

Dá pontapés em bolas grandes.

Faz bolas de argila.

Dá cambalhotas para frente, com ajuda.

Idade 3 a 4 anos

Martela pinos.

Junta quebra-cabeças de 3 peças ou

prancha de formas.

Corta com tesoura.

Pula de uma altura de 24 cm com os 2 pés

unidos.

Dá pontapé em bola grande quando rolam

para ela.

Anda na ponta dos pés.

Corre 10 passos com movimentos de braços coordenados.

Pedala triciclo.

Balança no balanço quando este é posto em movimento.

Trepa e escorrega para baixo em escorrega.

Dá cambalhota para frente.

Sobe escada alternando os pés.

Marcha.

Agarra bola com as duas mãos.

Usa molde.

Recorta 1/4 de uma linha de 20 cm.

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Disciplina de Acompanhamento de CriançasMódulo 1.1: Desenvolvimento Infantil e relacionamento empático afectivoFicha nº

Segura lápis entre o polegar e o indicador, descasando no 3º dedo.

Idade 4 a 5 anos

Fica apoiada num pé só, sem ajuda por 4 a 5

segundos.

Corre mudando a direcção.

Caminha sobre tábua de equilíbrio.

Pula para frente 10 vezes sem cair.

Pula sobre fio a 2 polegadas acima do chão.

Pula para trás.

Bate e agarra bola grande.

Faz formas de argila composta.

Recorta curva.

Desce escadas com pés alternados.

Pedala triciclo virando esquina.

Pula sobre um dos pés 5 vezes sucessivas.

Idade 5 a 6 anos

Caminha sobre barra de equilíbrio, para

frente, para trás e para o lado.

Salta rapidamente.

Balança em balanço começando e

sustentando movimento.

Abre bem os dedos tocando o polegar em

cada dedo.

Sobe degraus de escada íngreme.

Bate com martelo em prego.

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Disciplina de Acompanhamento de CriançasMódulo 1.1: Desenvolvimento Infantil e relacionamento empático afectivoFicha nº

Remata bola com direcção.

Usa apontador de lápis.

Segura bola macia ou saco com areia com uma das mãos.

Capaz de pular corda sozinha.

Bate na bola com bastão ou vareta.

Apanha objecto do chão enquanto corre.

Patina para frente.

Anda de bicicleta.

Caminha ou brinca na água até a cintura, na piscina.

Dirige vagão dando impulso com o pé.

Pula e gira em cima de um pé.

Permanece num pé só, sem apoio, com olhos fechados, durante 10 segundos.

Segura-se por alguns segundos a uma barra horizontal, apoiando o próprio peso nos

braços.

Evolução da Ideia, Espaço e Tempo

Á medida que se vai desenvolvendo, a criança vai adquirindo e assimilando conceitos, ela

vai formando no seu cérebro ideias, esta de princípio muito simples e com o avançar da

idade mais elaboradas.

A criança desenvolve a sua ideia de espaço de forma ascendente, ou seja, ela primeiro

adquire a noção de um espaço pequeno e gradualmente vai assimilando espaços maiores.

A criança primeiro conhece o seu quarto, depois conhece a sua casa, seguindo-se o espaço

escola e de seguida a rua, passando mais tarde a conhecer a sua cidade.

O tempo é embora de forma subjectiva conhecido para a criança desde o seu nascimento,

a sua necessidade de comer permite o contacto inicial.

A criança ao longo do seu desenvolvimento vai tendo percepção de que é tempo de

dormir, comer, ir e sair da escola.

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Lateralidade

Lateralidade é uma sensação interna de que o corpo tem dois lados, que existem duas

metades do corpo e de que estas são exactamente iguais. A lateralidade representa o

predomínio normal de um lado do corpo. Primeiro, a criança utiliza, indiferencialmente, os

dois lados do corpo e, com a maturação do organismo vai estabelecendo preferências por

um dos lados. Isso é, a dominância lateral se estende naturalmente ao longo do

crescimento.

Acontece por volta dos 2 anos.

O controle das pernas e dos braços, o controle da velocidade juntamente com o controle

do equilíbrio.

Quanto mais estimulações e oportunidades de movimentos e experimentações a criança

vivência com cada um dos lados, mais rapidamente irá optar por um deles.

Modificar a preferência lateral da criança, é infligir-lhe uma violência que não afecta um

simples hábito ou mania, mas que entra em contradição com a organização de seu

cérebro.

Percepção

Percepção é a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais, a partir de

histórico de vivências passadas. Através da percepção um indivíduo organiza e interpreta

as suas impressões sensoriais para atribuir significado ao seu meio. Consiste na aquisição,

interpretação, selecção e organização das informações obtidas pelos sentidos. A

percepção pode ser estudada do ponto de vista estritamente biológico ou fisiológico,

envolvendo estímulos eléctricos evocados pelos estímulos nos órgãos dos sentidos.

Factores externos e internos que influenciam a percepção:

Intensidade (quanto mais intenso for o estimulo mais depressa capta a atenção dai que se

preste atenção às sirenes dos bombeiros)

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Contraste (quanto maior for o contraste, mais atenção desperta, dai que as passadeiras

sejam riscas brancas sob uma cor escura)

Movimento (quanto mais um objecto se mexer, mais facilmente capta a atenção, dai que

as crianças apreciem brinquedos com muito movimento)

Incongruência (a atenção é facilmente despertada por coisas bizarras, tipo a maneira de

vestir de pessoas)

Motivação (presta-se mais atenção ao que se gosta).

Experiência (presta-se mais atenção ao que já se conhece).

Tipos de percepção

Percepção visual

Percepção de formas;

Percepção de relações espaciais, como profundidade. Relacionado à percepção espacial;

Percepção de cores;

Percepção de intensidade luminosa

Percepção auditiva

Percepção de timbres;

Percepção de alturas ou frequências;

Percepção de intensidade sonora ou volume;

Percepção rítmica, que na verdade é uma forma de percepção temporal;

Localização auditiva, um aspecto da percepção espacial, que permite distinguir o local de

origem de um som.

Percepção olfactiva

Discriminação de odores, que estuda o que diferencia um odor de outros e o efeito de sua

combinação;

O alcance olfactivo.

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Percepção gustativa

O paladar é o sentido de sabores pela língua. Importante para a alimentação. Embora seja um

dos sentidos menos desenvolvidos nos humanos, o paladar é geralmente associado ao prazer e

a sociedade contemporânea muitas vezes valoriza o paladar sobre os aspectos nutritivos dos

alimentos. A arte culinária e a enologia são aplicações importantes da percepção gustativa. O

principal factor desta modalidade de percepção é a discriminação de sabores.

Percepção táctil

Discriminação táctil, ou a capacidade de distinguir objectos de pequenos tamanhos.

(Importante, por exemplo, para a leitura em Braille);

Percepção de calor;

A percepção da dor.

Percepção temporal

Percepção das durações;

A percepção e a produção de ritmos;

A percepção da ordem temporal e da simultaneidade

Percepção espacial

Assim como as durações, não possuímos um órgão específico para a percepção espacial, mas

as distâncias entre os objectos podem ser efectivamente estimadas. Isso envolve a percepção

da distância e do tamanho relativo dos objectos. A razão para separar a percepção espacial das

outras modalidades repousa no fato de que aparentemente a percepção espacial é supra-

modal, ou seja, é compartilhada pelas demais modalidades e utiliza elementos da percepção

auditiva, visual e temporal. Assim, é possível distinguir se um som procede especificamente de

um objecto visto e se esse objecto (ou o som) está aproximando-se ou afastando-se.

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