Ficha o Belo Futuro Da Guerra

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resenha com observações e citações do livro O Belo futuro da Guerra

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  • DELMAS, Philippe. O Belo Futuro da Guerra. Rio de Janeiro: DistribuidoraRecord de Servios de Imprensa, 1996.

    A guerra est de volta entre ns. Ns a tnhamos quase esquecido, ainda que

    ela tenha sido o ponto comum de todos os sculos. Mas, durante cinquenta anos, a

    certeza da morte nuclear para todos manteve a guerra em torno de ns.

    O medo no mais, talvez, o nico antdoto para a guerra. Segundo o

    exemplo da construo europeia, os pases procuram a paz ligando-se

    estreitamente uns aos outros por regras e interesses comuns. Como se a guerra

    pudesse ser contida nos fios da integrao pelo direito e pela economia. Essa

    esperana v. Ou melhor, responde aos conflitos de ontem, no aos de amanh.

    Pois, de agora em diante, as guerras no nascem do poder dos Estados, mas de

    sua fraqueza. O interesse superior da paz a legitimidade dos Estados: em

    inmeros pases eles no encaram nada nem pessoa laguma e so muito fracos

    para se impor diante das organizaes internacionais como a ONU ou o FMI. Na

    falta de Estados que simbolizem a evidncia de estarem juntos, as naes se

    refugiam numa identidade exacerbada, fragmentam-se em Estados Novos, sempre

    menores e mais fracos: nos ltimos trinta anos, seu nmero dobrou. E a s regras do

    direito internacional, como os benefcios da economia mundial, quase nada lhes

    dizem respeito.

    Nossa concepo de guerra, forjada ao longo de sculos de conflitos de

    soberania, j se revela inadaptada a essas guerras de legitimidade. A multiplicao

    destas nos impe uma prioridade: consolidar os Estados legtimos, nicos capazes

    de traar um destino para o que eles representam. Se isso no acontecer, a falha

    dos Estados assegurar o belo futuro da guerra.

    O autor foi encarregado de questes poltico-militares do Ministrio do

    Exterior Francs at 1993; uma obra de referncia para quem pretender entender

    os processos que desencadearam todos os conflitos armados posteriores queda

    do Muro de Berlim.

    Durante a guerra fria a morte certa em caso de conflito entre as duas

    potncias nucleares e os alinhamentos com um ou outro bloco, suprimiram da

    Europa diversos conflitos menores porque estes poderiam desencadear conflitos

  • potencialmente mais perigosos. Entretanto, isto no impediu que as grandes

    potncias se enfrentassem indiretamente em conflitos sangrentos na sia e na

    frica. A guerra fria durou quase cinqenta anos e produziu estabilidade porque

    engendrou uma ordem mundial. Mesmo empenhados em obter supremacia

    absoluta, russos e americanos reconheciam que seriam destrudos pelo inimigo caso

    atacassem. Em razo disto, optaram pela diplomacia baseada no prprio poder de

    dissuaso ao invs da guerra aberta. O trmino da guerra fria foi to surpreendente

    quanto seu incio. Contudo, a ordem mundial baseada na supremacia absoluta

    americana no gerou uma estabilidade maior. Ao contrrio, gerou apenas incertezas

    e a iluso de que o direito e o desenvolvimento econmico produziriam uma

    estabilidade duradoura.

    Os conflitos decorrentes da fragilidade dos Estados que saram da cortina de

    ferro, as guerras tribais no Continente Africano e a narcoguerrilha Latino-Americana

    tem se encarregado de provar que a paz est cada vez mais distante. A tese de que

    a supremacia econmica e militar americana produziriam automaticamente paz se

    provou to absurda quanto a teoria do fim da histria.

    Umas principais preocupaes de Delmas a difuso da tecnologia nuclear e

    de msseis balsticos. Durante a guerra fria apenas as cinco potncias que tem

    acento no Conselho de Segurana da ONU tinham armas atmicas e condies de

    empregar as mesmas em alvos distantes. Segundo o autor, o reduzido nmero de

    paises em condies de deflagrar um conflito atmico de certa maneira ajudou a

    impedi-lo. A estabilidade da guerra fria deixou de existir no somente em razo de

    seu fim, mas principalmente porque o monoplio de armas nucleares e msseis

    balsticos deixou de ser uma realidade. Atualmente, vrios paises adquiriram ou

    esto em vias de adquirir condies de fabricar e transportar artefatos nucelares.

    Isto aumentaria os riscos de conflitos atmicos.

    Longe de ser um belicoso defensor da guerra preventiva como instrumento de

    controle da proliferao de potncias nucleares ou um idealista que acredita na

    possibilidade de uma paz armada duradoura, Delmas se rende aos fatos. E os fatos

    segundo ele so basicamente seis:

    1 o direito no capaz de solucionar todos os conflitos internos e

    internacionais;

  • 2 a paz um bem que se almeja e no se desfruta se no houver ordem;

    3 a ausncia de conflitos armados depende mais da ordem do que do

    desenvolvimento econmico;

    4 a ordem, por sua vez, pressupe Estados fortes o que no uma regra

    geral;

    5 os conflitos internos e internacionais continuaro existindo enquanto

    houverem Estados fracos;

    6 o surgimento de novas potncias nucleares traz consigo a possibilidade

    real de conflitos em que se utilizem bombas atmicas.

    Citaes:O que criar uma ordem poltica? criar o sentido de estar junto. ()existe hoje em dia a convico de que as integraes econmicas ejurdicas dos Estados, por sua natureza e pela fora de seus laos, podemgerar esse senso comum e esgotar as fontes da guerra. () A integrao e a ordem poltica no so fenmenos da mesmanatureza. Uma trata da organizao e do interesse, a outra, da ntimaconvico e do sentimento.()() As unies aduaneiras, as zonas de livre comrcio e os mercadoscomuns florescem. Mas em nenhum lugar a promessa ou a existncia daprosperidade compensam a dificuldade de conviver e em nenhum lugar elascriaro o desejo disso. A prosperidade galopante do Sudeste da sia noaproxima seus membros, muito ao contrrio. A ameaa da pobreza noimpediu os eslovacos de se separarem dos tchecos. Nesse domnio, anecessidade no faz a razo e a razo no provoca a adeso.()As guerras podem obedecer a duas lgicas possveis. As lgicas do poder,que geram os conflitos de soberania, e as lgicas do sentido, que originamos conflitos de legitimidade. As primeiras so as guerras tradicionais deambio e de conquista. Elas refletem o desejo de um Estado de seapropriar, no todo ou em parte, dos atributos da soberania do outro:populao, territrios, riquezas, etc. A guerra do Kuwait um exemplorecente. As segundas refletem a impossibilidade, para certas populaes,de viver junto ou sob certa autoridade. A guerra da Caxemira, entre a ndia eo Paquisto, e a da Bsnia so exemplos atuais.(DELMAS, Philippe. O Belo Futuro da Guerra. Rio de Janeiro: DistribuidoraRecord de Servios de Imprensa, 1996., pags. 15-17) .

    Finalmente, a ideia bsica, muito simples, da doutrina francesa foi imposta:a dissuaso nuclear 'um entendimento comum da ameaa'. Em resumo, suficiente para cada um fazer e ter bastante medo. Desde ento preciso e suficiente que os meios dessa ameaa sejam crveis. O resto suprfluo. este suprfluo que eliminado pelos tratados de desarmamento nuclear.(Ibid., p. 50).

    () Essa segunda brecha no princpio de soberania profunda, porque odireito assim concebido no em primeiro lugar o dos Estados, mas o daspessoas. O ideal subjacente o de uma sociedade civil em escala mundial,cujo direito, tornado universal, asseguraria a integrao harmoniosa.A ambio dessa dupla integrao, pela economia e pelo direito, umamudana radical dos princpios da organizao internacional. Porquediminuem ou ignoram as soberanias, porque se dirigem diretamente aos

  • interesses principais dos cidados a justia e a prosperidade essasintegraes esto a caminho de serem erigidas em princpio de ordem. Elasparecem capazes de gerar uma estabilidade sem precedentes.Efetivamente, seus mecanismos deveriam tornar mais difcil para osEstados a conduo de polticas contrrias aos direitos fundamentais decada um. Assim concebida, a integrao seria a ordem. (Ibid., p. 91).

    () os Estados Unidos se opuseram a todo reagrupamento que pudessereforar seus vassalos e ameaar reduzir um dia sua dependncia. Elescontriburam eficazmente para o insucesso de todos os esforos deintegrao comercial dos pases latino-americanos durante os anos 60 e 70[do sculo XX]. () De agora em diante, os Estados Unidos, como outraspotncias, incentivam as integraes econmicas regionais, para tirarempartido no s da prosperidade mas tambm da estabilidade que geram.Essa desordem tem duas origens: o xito de alguns de seusreagrupamentos e a vontade das principais potncias de reduzir suasparticipaes poltico-militares. (Ibid., p. 99).

    Essa poltica , daqui em diante, aplicada sistematicamente pelos EstadosUnidos. A sustentao que eles do s integraes econmicas nocontinente americano uma das provas mais evidentes dessa reviravolta daestrategia a partir do fim dos anos 80 [do sc. XX]. A multiplicao dosprojetos impressionante. Na Amrica do Sul, os Estados Unidosmantiveram durante trinta anos a desconfiana e os contenciosos entreArgentina, Brasil, Uruguai e Paraguai. De agora em diante, eles apoiam acriao do Mercosul que os rene. Trata-se de um programa ambicioso desupresso de barreiras alfandegrias, devendo conduzir, em 1996, a umalivre circulao de pessoas e capitais como o modelo da CEE. Em primeirode janeiro de 1995, 90% dos direitos aduaneiros foram suprimidos entreesses pases e suas trocas mtuas triplicaram desde 1991. Em 1992, cincopases da Cordilheira dos Andes (Bolvia, Equador, Colmbia, Peru eVenezuela) lanaram o Grupo Andino, com o objetivo de suprimir todas astaxas de importao entre eles e, para os trs ltimos, de criar umaverdadeira zona de livre comrcio.Esforos semelhantes prosseguiram na Amrica Central. Tambm l asiniciativas so antigas mas, at agora, de efeito limitado. Em 1960, ummercado comum foi lanado, o qual permitiu vrias redues nos direitosalfandegrios e o desenvolvimento do comrcio regional: a parte deexportaes dos participantes nesse mercado passa de 7% em 1960 a 22%em 1983, depois baixa (12% em 1990). Para conter esse declnio, e com oincentivo dos Estados Unidos, esse pases decidiram, em julho de 1994,criar em seis anos uma zona de livre comrcio incluindo o Mxico, aVenezuela e a Colmbia. Esses trs pases j se tinham agrupado, em1991, quando criaram o Grupo dos Trs com o mesmo objetivo. (Ibid., p104-105).

    () Liberados da necessidade de fazer face a um adversrio que osameaava a todos, esses pases desenterram os conflitos latentes que osopem. (Ibid., p 112).

    () Hoje, um Estado entre dois no mundo tem menos de 7 milhes dehabitantes ( o tamanho da Sua) e 10 bilhes de dlares de PNB ( aeconomia do Luxemburgo ou o valor lquido adicionado de produo daRenault que apenas a 150 empresa do mundo.(Ibid., p 155).

    () Em uma empresa japonesa, a responsabilidade dos quadros seestende sobre as aes de todos os seus subordinados. Em 1990, umagente de cmbio, trabalhando na filial nova-iorquina de um banco japons,perdeu 40 milhes de dlares em um dia;() A deciso errada foi dele, masa extenso de suas consequncias resultou de uma definio insuficiente de

  • seus poderes por seu superior. O agente foi rebaixado mas no despedido,o que aconteceu, em compensao, com seu superior. Mais surpreendenteainda: o diretor-geral da filial americana foi punido e chamado a Tquio,onde o diretor de assuntos internacionais foi substitudo e o conjunto dosmembros do conselho de administrao do banco perdeu seu bnus dotrimestre. (Ibid., p. 160).

    () Quando bairros inteiros de uma cidade, regies inteiras dos camposescapam completamente ordem pblica, salvo se essa toma por sua vezuma forma original (esquadres da morte, extorses, etc.), quando algunsdos servios mais elementares no so assegurados, como fornecimento degua potvel, o Estado simplesmente no existe e evidentemente no tem amenor legitimidade. Ao se apagar, ele abre a porta a mltiploscontrapoderes que misturam a ao criminal e a reivindicao pblica.() Ocaso mais exagerado , sem dvida, o da Bolvia. Em 1985, esse passofreu seu 189 golpe de estado em 120 anos. Ele foi organizado ao mdicopreo de 1,3 milho de dlares, por Roberto Gomez, chefe maior do trficode cocana que colocou no poder um dos que lhe deviam favores, o generalGarca Meza. Este -e tal era o alvo da operao- nomeou o irmo deRoberto Gomez ministro do Interior e da Polcia. (Ibid., pgs. 168-169).

    () Portanto, o sistema internacional que encarna a ONU e outrasinstituies semelhantes, inclusive as organizaes militares como a OTAN,no possui qualquer atributo de poder.Sua capacidade de ordem toda retrica: ela no tem poder sobre arealidade. Da Somlia Bsnia, cada confrontao com o mundo realdescobre um pouco mais a impostura. Cada uma revela que essa ordemno respeitada e nem tem qualquer meio de o ser. Cada uma confirmaque os instrumentos de poder so e ficaro os dos Estados. Pensar a paz ea guerra em temos legais um contra-senso extraordinrio. No somentesobre as naturezas desses atos fundamentais de poder, mas tambm sobreos prprios limites do sistema do qual aceitamos essa capacidade. (Ibid., p.250).

    Tais anlises deixam sem reao! A geopoltica binria terminou. O fim doslaos de segurana e a diversidade das integraes econmicas impedemtoda classificao reduzida a dois elementos. H Norte-Sul em toda a parte: uma viso que varia segundo quem a tem. A Arglia talvez um Sulameaador para os franceses, mas ela um Norte promissor para umhabitante do Mali. Deve-se ter em mente a realidade dos contrastes. Em1993,um habitante do Mali dispunha de um poder de compra anual deseiscentos dlares, um argelino, de 4.600 dlares, e um francs, de 15 mildlares. A China sem dvida um pas do Sul com seus campos enormesmas o PNB do cidado de Shangai em 1993 o de um japons em Tquioem 1961. O Japo nesse caso estava ento no Sul?(...)Do mesmo modo que a fome jamais ligou os pases pobres, aprosperidade no unifica os pases ricos. (Ibid., p 255).

    O primeiro objetivo no portanto a democracia, mas a estabilidade.Paremos de nos dar prazer provocando movimentos e esperanas de queno assumiremos as consequncias. (Ibid., p 285).

    A prioridade dada estabilidade no e, entretanto, um cheque em branco., ao contrrio, o meio de uma exigncia eficaz quanto sua legitimidade.Essas dimenses de um Estado esto irremediavelmente ligadas: no podehaver estabilidade sem legitimidade e vice versa. Mas a estabilidade vemem primeiro lugar. Ela no dura sem a legitimidade, mas necessria paraque a legitimidade se estabelea. Este o nosso verdadeiro objetivo. Notemos de prescrever as formas desse Estado legtimo, mas devemos exigirque ele o seja. (Ibid., p. 287).

  • OBSERVAES: 25 de maio de 1972: URSS e EUA firmam o TratadoAntimsseis Balsticos, que impede o lanamento de armas nucleares no espao e

    limita os sistemas antimsseis.

    26 de maio de 1972: URSS e EUA firmam o tratado Salt-1, que limita pela

    primeira vez o nmero de armas estratgicas intercontinentais com mais de 5 mil

    quilmetros.

    18 de junho de 1979: Assinado o tratado Salt-2, que fixa limite de 2.400

    msseis e bombardeiros estratgicos para cada pas.

    Agosto de 1982: Comeam as conversaes sobre o Start com o objetivo de

    reduzir as armas nucleares, e no apenas limit-las, como haviam feito o Salt-1 e o

    Salt-2.

    8 de dezembro de 1987: Os ento presidentes sovitico, Mikhail Gorbachov, e

    americano, Ronald Reagan, firmam em Washington o tratado de eliminao de

    msseis nucleares de mdio e curto alcance, primeiro acordo para reduzir arsenais

    nucleares, que conduziu eliminao, em 1991, de todos os msseis balsticos e de

    cruzeiro de mdio e curto alcance de ambos os pases.

    (http://oglobo.globo.com/mundo/cronologia-dos-acordos-entre-eua-russia-para-

    desarmamento-nuclear-3027015#ixzz3zE4yY3LA). (Explicao referncia pg.23)

    Vclav Havel foi um escritor, intelectual e dramaturgo checo. Foi o ltimo

    presidente da Checoslovquia e o primeiro presidente da Repblica Checa;

    O grupo de Visegrd (em polaco, Grupa Wyszehradzka; em hngaro,Visegrdi Egyttmkds; em tcheco, Viegrdsk skupina; em eslovaco,

    Vyehradsk skupina), tambm chamado V4, uma aliana entre quatro pases daEuropa Central(Hungria,Polnia,Repblica Checa e Eslovquia) para fins de

    cooperao.

    Seu nome deriva de um encontro entre os soberanos Carlos I da Hungria,

    Casimiro III da Polnia e Joo I da Bomia, realizado em 1335, na cidade hngara

    de Visegrd, quando concordaram em criar novas rotas comerciais que evitassem

    Viena, facilitando o acesso a outros mercados europeus. Um segundo encontro teve

    lugar, sempre em Visegrad, em 1339.

    O moderno V4 formou-se na mesma cidade, em 15 de Fevereiro de 1991,

    durante uma reunio entre os chefes de governo dos pases membros (que se

  • tornaram quatro em 1993, aps a diviso da Checoslovquia), com o objetivo de

    reforar a cooperao e promover a integrao do grupo Unio Europeia. Essa

    estratgia mostrou-se bem sucedida. Os membros do grupo aderiram comunidade

    europeia, ao lado de outros seis pases, em 1 de maio de2004, o que fez o V4

    perder importncia. (Explicao referente pgina 76).

    OTAN - Politicamente, a organizao procurou melhorar as relaes com

    pases do antigo Pacto de Varsvia, muitos dos quais acabaram por se juntar a

    aliana em 1999 e 2004.

    O artigo 5 do Tratado do Atlntico Norte requer que os Estados-membros

    auxiliem qualquer membro que esteja sujeito a um ataque armado, compromisso

    que foi convocado pela primeira e nica vez aps os ataques de 11 de setembro de

    2001 contra os Estados Unidos, quando tropas foram mobilizadas para o

    Afeganisto sob a Fora Internacional de Assistncia para Segurana (ISAF),

    liderada pela OTAN. A organizao tem operado uma srie de funes adicionais

    desde ento, incluindo o envio de instrutores ao Iraque, auxlio em operaes contra

    pirataria e ao impor uma zona de excluso area sobre a Lbia, de acordo com a

    resoluo do Conselho de Segurana da ONU de 1973. O artigo 4 do tratado

    menos potente, visto que apenas invoca a consulta entre os membros da OTAN.

    Este artigo foi convocado quatro vezes: pela Turquia, em 2003, por conta da Guerra

    do Iraque; novamente pelos turcos, em 2012, por conta da Guerra Civil Sria, aps a

    derrubada de um caa turco F-4 de reconhecimento desarmado; de novo pela

    Turquia, quando um morteiro foi disparado contra o territrio turco a partir da Sria;[7]

    e, por fim, pela Polnia, em 2014, aps a interveno militar russa na Crimeia.

    (Explicao referente pgina 81).

    Klemens Wenzel Lothar Nepomuk von Metternich, prncipe de Metternich-

    Winneburg-Beilstein, foi um diplomata e estadista do Imprio Austraco. (Explicao

    referente pgina 90).

    possvel que a Internet, estrutura incipiente na poca da concluso do livro,

    cumprisse os parmetros estabelecidos aqui pelo autor? (Referente pgina 91).

    Referente pgina 96: O Mercado Comum e Comunidade do Caribe (Caricom)

    foi criado no dia 4 de julho de 1973, como um bloco de cooperao econmica e

    poltica. Atualmente os pases membros so: Antigua e Barbuda, Bahamas,

  • Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Haiti, Jamaica, Montserrat, Santa

    Lcia, So Cristvo e Neves, So Vicente e Granadinas, Suriname e Trinidad e

    Tobago. Em 1998, Cuba foi aceita no grupo como pas observador.

    O Caricom composto por pases ex-colnias europeias, que aps terem

    adquirido a independncia viram a necessidade de uma unio entre si para superar

    problemas econmicos e sociais. Busca-se, com a unio desses pases, acelerar o

    processo de desenvolvimento econmico e social.

    Atravs da formao desse bloco, os pases membros, em comum acordo,

    objetivam o livre comrcio na regio, proporcionar a circulao do trabalho e capital,

    coordenar a agricultura e a indstria.

    Em 1999, foi criado um acordo de livre comrcio para a reduo de tarifas

    entre os pases do Caricom. No entanto, as tarifas continuam elevadas, com uma

    mdia de 15%, ndice considerado alto pela OMC (Organizao Mundial do

    Comrcio). No ano 2000, Cuba e Repblica Dominicana foram inseridas nos

    acordos de livre comrcio com o bloco.

    O Caricom um bloco que, alm de questes econmicas, aborda aspectos

    como poltica externa, e desenvolve projetos comuns nas reas de sade, meio

    ambiente, educao e comunicao. Atualmente o bloco tem uma populao de,

    aproximadamente, 14,6 milhes de habitantes, o PIB (Produto Interno Bruto) de

    US$ 28,1 bilhes. (FRANCISCO, Wagner De Cerqueria E. "Caricom"; Brasil Escola.

    Disponvel em . Acesso em 05

    de fevereiro de 2016).

    Em 26 de maio de 1969 realizou-se em Cartagena na Bolvia, o Acordo de

    Cartagena. Atravs dele os pases Colmbia, Peru, Equador, Bolvia e Chile,

    denominados "Pases Andinos" devido ao recorte de seu relevo pela Cordilheira dos

    Andes, formaram uma Unio Aduaneira e Econmica. Essa Unio se deveu a fim de

    restringir a entrada de capital estrangeiro a esses pases e acelerar o

    desenvolvimento dos pases-membros por meio da integrao econmica e social.

    Em 1973 com a subida do General Augusto Pinochet, o Chile retirou-se do

    Acordo abrindo sua economia ao mercado externo, principalmente ao norte-

    americano. Neste ano (73) a Venezuela apresentou sua adeso ao Acordo e passou

    a fazer parte do mesmo.

  • Desde ento, o grupo de pases remanescentes objetivam criar um mercado

    comum, em funo do processo de globalizao econmica que exige a formao

    em bloco para melhor defesa de seus interesses e promoo integrada do seu

    desenvolvimento. Este bloco econmico rene uma populao de 114,9 milhes de

    habitantes, que gera um PIB de US$ 279,3 bilhes, com exportaes alcanando os

    US$ 65,9 bilhes e importaes no valor de US$ 52,6 bilhes. Atualmente, os pases

    membros da Comunidade Andina so: Bolvia, Colmbia, Equador e Peru, sendo

    que a sede do bloco localiza-se na cidade de Lima, capital do Peru. O Chile integrou

    o bloco entre os anos de 1969-1976, e a Venezuela foi o pas- membro entre os

    anos de 1973-2006. (https://prezi.com/xolag9x38vmv/pacto-andino/, acessado em

    05/02/2016).

    A Unio Econmica e Monetria do Oeste Africano (UEMOA), foi institudapelo Tratado assinado em Dacar em janeiro de 1994 pelos Chefes de Estado e de

    Governo dos sete pases da frica Ocidental que tm em comum o uso de uma

    moeda comum: o franco CFA.

    Os Estados membros da UEMOA (Unio Econmica e Monetria do Oeste

    Africano): o Benim, o Burkina Faso, a Costa do Marfim, a Guin-Bissau, o Mali,o Nger, o Senegal e o Togo.

    - rea: 3.509.600 Km

    - Populao: 80.340.000

    - Taxa de crescimento demogrfico: 3%

    - Produto Interno Bruto nominal: 24.332,6 bilhes de FCFA

    - PIB (a preos constantes): 18.458,8 bilhes de FCFA

    - Taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto: 4,3%

    - Inflao anual: 4,3%

    O Banco Central dos Estados da frica Ocidental (BCEAO) oinstrumento financeiro dos oito Estados membros da Unio Monetria da frica

    Ocidental. O Banco Central dos Estados da frica Ocidental uma instituio

    pblica internacional cuja sede encontra-se em Dakar.

    O Banco de Desenvolvimento da frica Ocidental a instituio comum

  • criada para financiar o desenvolvimento das economias da Unio Econmica e

    Monetria da frica Ocidental. Foi criado em novembro de 1973. Seus estados

    membros so: o Benim, o Burkina Faso, a Costa do Marfim, a Guin-Bissau, o Mali,

    o Nger, o Senegal e o Togo.(http://pt.reingex.com/UEMOA-Uniao-Economica-e-

    Monetaria-do-Oeste-Africano.asp, acessado em 05/12/2016).

    A ASEAN (Associao de Naes do Sudeste Asitico) um bloco econmico

    que foi criado em 8 de agosto de 1967. composto por dez pases do sudeste

    asitico. Este bloco possui um acordo de cooperao econmica com a UE (Unio

    Europeia). A sede do bloco fica na cidade de Jacarta, capital da Indonsia. Embora

    o objetivo principal do bloco seja o desenvolvimento econmico, ele apresenta

    tambm propostas nos campos sociais e culturais.

    Fazem parte deste bloco econmico os seguintes pases:

    - Tailndia

    - Filipinas

    - Malsia

    - Cingapura

    - Indonsia

    - Brunei

    - Vietn

    - Mianmar

    - Laos

    - Camboja

    Zona de Livre-comrcio: Comeou a ser implantada no ano de 1992. De

    forma gradativa, ainda est em processo de implantao. H um acordo para a

    reduo de tarifas, de produtos no agrcolas, no comrcio entre os pases

    membros. A zona de livre-comrcio tem o objetivo de aumentar a competitividade

    comercial na regio, ampliando o comrcio de mercadorias.

    Principais objetivos da ASEAN:

    - Estimular o comrcio de produtos e servios entre os pases membros,

  • visando o crescimento econmico;

    - Criar condies de estabilidade poltica e econmica na regio, para permitir

    um ambiente mais propcio ao comrcio;

    - Proporcionar a integrao cultural e o desenvolvimento social na regio.

    O PIB do bloco (de todos os pases membros juntos) de US$ 1,3 trilho.

    (http://www.suapesquisa.com/blocoseconomicos/asean.htm, acessado em

    05/02/2016).

    Referente observao pgina 107 - O Tratado de Maastricht (Dezembro

    de1991) foi um acordo internacional que levou criao da Unio Europeia. A

    reunio de cpula onde foi firmado o acordo ocorreu em Maastricht, na Holanda, em

    dezembro de 1991. O tratado foi assinado 7 semanas depois em 7 de fevereiro de

    1992. O Tratado de Maastricht criou uma cidadania comum europeia, um banco

    central europeu e a implementao de uma nica poltica estrangeira e de

    segurana entre os pases membros. O Tratado tambm iniciou o processo da

    implantao de uma moeda nica europeia (que veio a ser o Euro) e de unio

    monetria e econmica na Europa.(https://www.10emtudo.com.br/sabia/o-que-foi-o-

    tratado-de-maastricht/, acessado em 07/02/2016).

    Referente nota pg. 112: O mesmo ocorre com os homens.

    Referente observao pgina 125: A Liga das Naes foi uma organizao

    internacional criada em abril de 1919, quando a Conferncia de Paz de Paris adotou

    seu pacto fundador, posteriormente inscrito em todos os tratados de paz.

    Ainda durante a Primeira Guerra Mundial, a idia de criar um organismo

    destinado preservao da paz e resoluo dos conflitos internacionais por meio

    da mediao e do arbitramento j havia sido defendida por alguns estadistas,

    especialmente o presidente dos Estados Unidos Woodrow Wilson. Contudo, a

    recusa do Congresso norte-americano em ratificar o Tratado de Versalhes acabou

    impedindo que os Estados Unidos se tornassem membro do novo organismo.

    A Liga possua uma Secretaria Geral permanente, sediada em Genebra, e era

    composta de uma Assemblia Geral e um Conselho Executivo. A Assemblia Geral

    reunia, uma vez por ano, representantes de todos os pases membros da

    organizao, cada qual com direito a um voto. J o Conselho, principal rgo poltico

  • e decisrio, era composto de membros permanentes (Gr-Bretanha, Frana, Itlia,

    Japo e, posteriormente, Alemanha e Unio Sovitica) e no-permanentes, estes

    ltimos escolhidos pela Assemblia Geral. No possuindo foras armadas prprias,

    o poder de coero da Liga das Naes baseava-se apenas em sanes

    econmicas e militares. Sua atuao foi bem-sucedida no arbitramento de disputas

    nos Blcs e na Amrica Latina, na assistncia econmica e na proteo a

    refugiados, na superviso do sistema de mandatos coloniais e na administrao de

    territrios livres como a cidade de Dantzig. Mas ela se revelou impotente para

    bloquear a invaso japonesa da Manchria (1931), a agresso italiana Etipia

    (1935) e o ataque russo Finlndia (1939). Em abril de 1946, o organismo se

    autodissolveu, transferindo as responsabilidades que ainda mantinha para a recm-

    criada Organizao das Naes Unidas, a ONU.

    Referente nota pg. 160 O sistema mais correto. Os erros so de

    responsabilidade inversa, do topo da pirmide em direo base. Quem escolhe os

    subordinados responsvel pelos erros deles.

    Referente nota pginas 168-169 O MST no Brasil um exemplo dos

    mltiplos contrapoderes que misturam a ao criminal e a reivindicao poltica.

    Quanto observao sobre o golpe de estado no Bolvia, uma correo: ele ocorreu

    em 1980, e no em 1985, como consta no livro. Os personagens esto corretos:

    Luis Garca Meza Tejada (La Paz, 8 de agosto de 1929) um ex-poltico emilitar boliviano, presidente de seu pas entre 17 de julho de 1980 a agosto de 1981.

    Garca Meza foi ditador e presidente de fato da Bolvia, por meio de um sangrento

    golpe de estado em 17 de julho de 1980, derrubando a sua prima e presidente

    constitucional interina Lidia Gueiler Tejada,[1] e impossibiltando que o Dr. Hernn

    Siles Zuazo, que 18 dias antes havia ganho as eleies presidenciais com 34% dos

    votos, fosse novamente presidente da Repblica.

    Considerado um dos mais cruis ditadores sul-americanos e ligado ao cartel

    de produtores de cocana do pas, estima-se que cerca de 1000 pessoas tenham

    sido mortas pelo exrcito e foras de segurana bolivianos em apenas 13 meses,

    desde que assumiu o poder. Depois de renunciar ao cargo devido grande presso

    internacional e substitudo por outro militar, Celso Torrelio, deixou o pas, onde foi

    julgado in absentia por crimes contra os direitos humanos. Extraditado do Brasil em

  • 1995, onde se refugiava, e condenado a trinta anos de priso, cumpre pena na

    priso de Chonchocoro, nas cercanias de La Paz.

    Em seu livro, The Big White Lie, o ex-agente da DEA e escritor norte-

    americano Michael Levine, descreve como a DEA e a CIA trabalharam para levar

    Meza e os produtores de coca boliviana, considerados de direita, ao poder, no intuito

    de impedir que o governo esquerdista de Siles Zuazo, eleito dias antes, assumisse o

    poder na Bolvia. Por causa das denncias contidas no livro, em 2007 o presidente

    Evo Morales expulsou a DEA do pas. A ditadura narco-militar de Garca Meza

    considerada a primeira e nica vez que um cartel de narcotraficantes assumiu de

    fato o poder constitucional de um pas. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Luis_Garc

    %C3%Ada_Meza_Tejada, acessado em 07/02/2016).

    Roberto Surez naci en la poblacion de Santa Ana del Yacuma en el

    departamento del Beni el 8 de enero de 1932. Sus padres fueron Nicomedes Suarez

    y Blanca Gomez Roca. Roberto Surez Gmez fue bisnieto del empresario boliviano

    Nicols Surez Calla. A mediados de los aos setenta comenz su relacin con el

    jefe del cartel colombiano Pablo Escobar y luego empez a reclutar a productores de

    coca para su propia compaa La Corporacin.En 1980 financi el golpe de

    estado que impuso en Bolivia la sangrienta dictadura militar de Luis Garca Meza, en

    la cual su primo Luis Arce Gmez actu como Ministro del Interior y orden el

    asesinato de muchos sindicalistas e intelectuales Bolivianos.

    (https://es.wikipedia.org/wiki/Roberto_Su%C3%A1rez_G%C3%B3mez, acessado em

    07/02/2016).

    Referente nota da pgina 287: A assertiva vale tanto para os Estados

    quanto para a vida do indivduo.