Ficha o Pêndulo de Foucault

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  • 7/25/2019 Ficha o Pndulo de Foucault

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    ECO, Umberto. O Pndulo de Foucault. Rio de Janeiro: Distribuidora Record

    de Servios de Imprensa, 199.

    Em O Pndulo de Foucault, Umberto Eco !a" um #o$o de pa%avras com o

    nome do !i%&so!o !ranc's (ic)e% *oucau%t. Este +%timo, em seu %ivro intitu%ado As

    Palavras e as Coisas, trata do sur$imento do )omem, enuanto su#eito )ist&rico,

    desenvo%vendo uma arueo%o$ia do saber. -o %ivro de Eco, ao re%acionar o mundo

    da ma$ia com a ci'ncia, o prota$onista descobre, uando a esposa %)e di" estar

    $rvida, ue todos os s/mbo%os e n+meros sa$rados, toda a ma$ia e toda a ci'ncia

    possuem um par0metro comum: o homem. ui o 2'ndu%o de *ou%cau%t, e a ci'ncia

    desenvo%vida pe%os temp%rios e outros iniciados, encontra3se com a tese de (.*oucau%t.

    Um %ivro de teor caba%/stico, cu#a trama 4 desenvo%vida de acordo com a

    estrutura da 5rvore das Sep)irots 6 se$undo a tradi7o #udaica, as di!erentes !ormas

    de mani!esta7o do divino ou os di!erentes atributos de 8 6 ue se divide em

    de" partes ou sep)irots. teoria da conspira7o, constru/da a partir da simbo%o$ia

    do 2'ndu%o, suspenso pe%o +nico ponto im&ve%, acima do universo m&ve%, mutve%, 4

    o tema principa% da obra.

    Cita;es:

    2im, n7o ) aru4tipos, o ue ) 4 o corpo. Dentro do ventre 4 bonito,porue 4 % ue cresce o !i%)o, 4 % ue voc' en!ia o passarin)o todo a%e$re,e 4 % ue desce a comida $ostosa, e por isso 4 ue s7o be%os e importantesa caverna, as sa%i'ncias, o cun/cu%o, o subterr0neo, e at4 mesmo o %abirinto!eito com as nossas boas e santas tripas, e uando a%$u4m uer inventara%$uma coisa importante !a" com ue ven)a da%i, porue da%i tamb4m voc'veio no dia em ue nasceu, e a !erti%idade est sempre num buraco, ondea%$uma coisa primeiro apodrece e depois de repente sur$e uma tamareira,um baob. (as o a%to 4 me%)or ue o bai

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    ima$in3%a num monte, no a%to =pois # vimos ue 4 bom>, mas numacaverna =ue 4 i$ua%mente boa> e no !rio eterno das neves tibetanas =ue 4&timo>. E se depois uiser saber por ue a sabedoria vem do Oriente e n7odos %pes su/os, 4 porue o corpo de seus antepassados de man)7,uando despertava ainda no escuro, o%)ava para o %este esperando ue

    sur$isse o so% e n7o c)ovesse, ora porra. =?> O so% 4 bom porue !a" bemao corpo, e porue tem o bom senso de reaparecer todos os dias, %o$o 4bom tudo aui%o ue retorna, n7o aui%o ue passa e vai e o ue se viu seviu. maneira mais !ci% de se vo%tar ao %u$ar por onde se passou semse$uir duas ve"es pe%o mesmo camin)o 4 camin)ar em c/rcu%o. E como o+nico anima% ue se enrosca em c/rcu%o 4 a serpente, eis a ra"7o de tantosritos e cu%tos da serpente, porue 4 di!/ci% representar o retorno do so%enrodi%)ando um )ipop&tamo. %4m disso se voc' uer !a"er uma cerim@niapara invocar o so%, conv4m mover3se em c/rcu%o, porue movendo3se em%in)a reta voc' se a!asta de casa e a cerim@nia deve ser brev/ssima, e poroutro %ado o c/rcu%o 4 a estrutura mais c@moda para um rito, e sabem dissoat4 mesmo os en$o%idores de !o$o nas praas p+b%icas, porue em c/rcu%otodos v'em da mesma !orma uem est no centro, ao passo ue numa tribo

    inteira disposta em !i%a como um bata%)7o de so%dados, os ue estiveremmais %on$e n7o ver7o t7o bem, da/ por ue o c/rcu%o e o movimento rotat&rioe o retorno c/c%ico s7o !undamentais em todos os cu%tos e em todos os ritos.=...>Aoc' sabe ue um n7o 4 dois, um 4 o seu traba%)in)o a%i, uma 4 a min)atare!a"in)a % e um s7o o nari" e o cora7o e %o$o est vendo uanta coisaimportante 4 um. E dois s7o os o%)os, as ore%)as, as narinas, meus seios,seus ba$os, as pernas, os braos e as nde$as. Br's 4 o mais m$ico detodos porue o nosso corpo n7o o con)ece, n7o temos nada ue se#a emtr's, e devia ser um n+mero misterios/ssimo ue atribu/amos a Deus, ondeuer ue viv'ssemos. (as pensando bem, eu ten)o s& uma coisin)a e voc'tem s& um coisin)o 3 !ica uieto e nada de b%a$ues 3 e se pusermos essasduas coisin)as #untas acaba dando uma nova coisin)a e acabamos em tr's.2recisamos ent7o de um pro!essor universitrio para descobrir ue todos os

    povos t'm estruturas ternrias, trinitrias ou coisas do $'nero (as n7o!a"iam re%i$i;es uti%i"ando o computador, de modo a%$um, era tudo $ente debem, ue varriam com vassouras mesmo, e todas essas estruturas ternriasn7o s7o um mist4rio, s7o a narrativa daui%o ue voc' !a" e do ue e%es!a"iam. (as dois braos e duas pernas !a"em uatro, e eis ue uatro 4i$ua%mente um be%o n+mero, principa%mente uando se pensa ue osanimais t'm uatro patas e de uatro 4 ue andam as crianas peuenas,como bem sabia a Es!in$e. Cinco n7o !a%emos disso, s7o os dedos da m7o,e com as duas m7os tens aue%e n+mero sa$rado ue 4 o de", e por !oras7o de" at4 mesmo os mandamentos, por outro %ado se !ossem do"e,uando o padre di" um, dois, tr's e mostra os dedos, para c)e$ar aos dois+%timos tin)a ue pedir emprestado a m7o do sacrist7o. $ora toma o corpoe conta todas as coisas ue despontam do tronco, braos e pernas, cabea

    e p'nis s7o seis, mas para a mu%)er s7o sete, por isso me parece ue entreos seus autores o n+mero seis nunca !oi tomado a s4rio sen7o como odobro de tr's, porue !unciona s& para os mac)os, os uais n7o t'm nadasete, e como e%es 4 ue mandam pre!erem v'3%o como n+mero sa$rado,esuecendo3se ue tamb4m as min)as tetas despontam para !ora, maspaci'ncia. Oito 3 meu deus, n7o temos nen)um oito... n7o, espere, se n7ocontarmos braos e pernas como um, mas como dois, por causa doscotove%os e dos #oe%)os, temos oito $randes ossos %on$os ue ba%anampara !ora, e tome estes oito e mais o tronco e tens nove, e se puder mete a/tamb4m a cabea e temos de". E sempre $irando em torno conse$ue3searrancar todos os n+meros ue uisermos, pense nos buracos...=...>=?> Outra re$i7o em ue o oito 4 um be%o n+mero. (as eu ten)o nove Ecom o nono !ao vir ao mundo, e eis por ue o nove 4 mais divino ue ooito (as uer a e

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    e%e !a" de noite, mas o certo 4 ue traba%)a direito e depois repousaespa%)ado. Go$o a posi7o vertica% 4 a vida, e est em re%a7o com o So%, eos obe%iscos er$uem3se para o a%to como as rvores, enuanto a posi7o)ori"onta% e a noite s7o o sono e portanto a morte, da/ todos adorarem omenir, as pir0mides, as co%unas e nin$u4m adorar os ba%c;es e as

    ba%austradas.=...> Os rios n7o 4 porue s7o )ori"ontais, mas porue ne%es tem $ua, en7o vai uerer ue e