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FICHA PARA IDENTIFICA - Operação de migração para o ... · pois permitirá observar se realmente houve desenvolvimento por parte do aluno, ... do livro “Ler escrever e fazer

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃOPRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA ­ PDE/2012

Título: Memórias Literárias em Sala de Aula.

AutorMaria Margarete Furtado Cossiolo

Disciplina/Área   (ingresso   no PDE)

Língua Portuguesa

Escola   de   Implementação   do Projeto e sua localização

Colégio Estadual  Carlos de Almeida – E.F.M

Município da escola Londrina

Núcleo Regional de Educação Londrina

Professor Orientador Prof. Dr. Paulo Roberto de Almeida­ UEL

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Londrina

Relação Interdisciplinar 

(indicar,   caso   haja,   as diferentes   disciplinas compreendidas no trabalho)

Resumo

(descrever   a   justificativa, objetivos   e   metodologia utilizada.   A   informação   deverá conter   no   máximo   1300 caracteres,   ou   200   palavras, fonte   Arial   ou   Times   New Roman,     tamanho   12   e espaçamento simples) 

Apesar   de   muitas   pesquisas   e   publicações   de   livros abordando o ensino da  leitura,da escrita e dos gêneros textuais, nota­se grande dificuldade dos professores em trabalhar com estes três eixos. A maioria dos alunos sai do ensino médio sem conseguir  redigir   textos coesos e coerentes.A leitura e a escrita têm se tornado escassa em sala de aula. Há necessidade de se recuperar o hábito de ler e escreve. Ler pelo bel prazer e não por obrigação.Cabe   ao   professor   utilizar   recursos   didáticos   para despertar cada vez mais o gosto pela leitura e a escrita dos diversos gêneros.O projeto Memórias Literárias será de grande relevância para a escola, contribuirá para despertar no aluno o gosto pela   leitura:   quem   não   gosta   de   reviver   as lembranças,voltar   à   infância,   ao   velho   sítio   dos avôs,enfim, contar suas histórias.O gênero Memórias Literárias tem por objetivo evocar o passado, buscar recordações,fatos que foram importantes 

para o narrador.  Este gênero encanta o  leitor   ,pois   faz com   que   reviva   o   passado   já adormecido,possibilitando,assim,despertar   no   aluno   o gosto pela leitura e a escrita.

palavras­ônibus   (   3   a   5 palavras)

Memórias Literárias _ Leitura e Escrita

Formato do Material Didático Unidade Didática

Público Alvo 

(indicar o grupo para o qual o material didático foi desenvolvido: professores, alunos, comunidade...)

Alunos do oitavo ano do Ensino Fundamental.

1. INTRODUÇÃO

Apesar de muitas pesquisas e publicações de  livros abordando o 

ensino da leitura, da escrita e dos gêneros textuais, nota­se grande dificuldade dos 

professores em trabalhar  com estes  três eixos,   (leitura,  escrita e os gêneros).  A 

maioria  dos  alunos  sai  do  ensino  médio  sem conseguir   redigir   textos  coesos  e 

coerentes,   não   consegue   se   posicionar   criticamente   e   nem   conhece   as 

características dos textos mais simples.

Diferentes   instrumentos   de   avaliação   (ENEM,   PROEB,   CEPIAL, 

PROVA BRASIL) têm diagnosticado baixo desempenho dos alunos em relação às 

habilidades de leitura e escrita. 

De modo geral, a  leitura e a escrita têm se tornado escassas em 

sala de aula. Há necessidade de se recuperar o hábito de ler e escrever. Ler pelo 

belo prazer, não por obrigação. 

Os alunos do Colégio Estadual Carlos de Almeida, na sua maioria, 

demonstram desinteresse,  apatia  pela   leitura  e  pela  escrita.  Quando se   fala  em 

produzir   texto   percebe­se   relutância.   A   maioria   destes   alunos   é   de   famílias 

detentoras de baixa renda e desfavorecidas economicamente. Nota­se, na grande 

maioria,   certa   carência   de   atenção   familiar,   do   ponto   de   vista   afetivo   e   do 

acompanhamento escolar; buscam, assim, na própria escola, na maioria das vezes, 

o apoio de que necessitam.

Há necessidade de desenvolver nestes alunos o gosto pela leitura e 

a  escrita   dos  diversos  gêneros   textuais,   pois   um  cidadão  que  não   tenha  estas 

habilidades não está   totalmente inserido na sociedade. Cabe ao professor utilizar 

recursos didáticos para despertar cada vez mais o gosto pela leitura e a escrita dos 

diversos gêneros.

Nesse   sentido,   o   projeto   Memórias   Literárias   será   de   grande 

relevância para estes alunos e, certamente, contribuirá para despertar nos alunos o 

gosto   pela   leitura:   quem   não   gosta   de   ouvir   e   contar   histórias,   de   reviver   as 

lembranças,   voltar   à   infância,   ao  velho   sitio  dos  avôs,  às   ruazinhas  ainda   sem 

asfalto?

O gênero memórias  literárias  tem por  objetivo evocar  o  passado, 

buscar   recordações,   relembrar   fatos   que   foram   importantes   para   o   narrador, 

relembrar os tempos de infância. Os gêneros memorialísticos encantam os leitores, 

pois   fazem   com   que   revivam   o   passado   já   adormecido,   possibilitando,   assim, 

despertar no aluno o gosto pela leitura e a escrita.

Além do envolvimento com a leitura deste gênero, este trabalho vai 

propiciar contato entre diferentes gerações. Os alunos resgatarão a história do local 

onde vivem entrevistando as pessoas mais velhas da comunidade. Com a leitura de 

vários textos e livros, com a realização das entrevistas, estudando as características 

deste gênero, os alunos terão conhecimento suficiente para redigirem os seus textos 

sem relutância e com mais prazer.

A implementação pedagógica da Unidade Didática na sala de aula 

será feita seguindo uma sequência didática proposta por Dolz e Scheneuwly (2004).

As   sequências   didáticas   (S.D.)   são   planejadas   para   ensinar   um 

conteúdo  etapa   por   etapa,   efetuar   atividades   ou   exercícios   múltiplos.  Todas   as 

atividades bem planejadas, seguindo uma S.D., ajudará ao aluno apropriar­se das 

noções, das técnicas e dos instrumentos necessários ao desenvolvimento de suas 

capacidades de expressão oral e escrita.

.

Obedecendo à sequência didática acima, de início o professor expõe 

o  projeto  para  conhecimento  dos alunos,  pois  os  mesmos precisam conhecer  o 

conteúdo que será trabalhado.

Após   conhecimento   do   gênero   (leitura   de   alguns   textos) 

apresentação da situação de  forma bem clara,  bem detalhada da  tarefa  oral  ou 

escrita  que  os  alunos  deverão   realizar,   estes   farão  um  texto  oral  ou  escrito  do 

gênero pedido, que não é para ser avaliado, ou melhor, não se deve atribuir uma 

nota para a produção  inicial.  Esta produção servirá  para o professor realizar um 

diagnóstico, com a finalidade de observar o que o aluno domina ou não sobre aquele 

gênero.

Em seguida,  o  trabalho será  desenvolvido por  módulos (oficinas). 

Nestas   oficinas   o   professor   realizará   atividades   que   sanem   as   dificuldades 

detectadas na produção inicial.

Finalmente, a produção final. Esta atividade é de suma importância, 

pois permitirá  observar se realmente houve desenvolvimento por parte do aluno, 

(comparando a primeira produção com a produção final) É necessário a refacção da 

produção inicial.

2. IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO EM SALA DE AULA 

OFICINA 1 ­ DIFERENCIANDO MEMÓRIA DE MEMÓRIAS LITERÁRIAS

No   primeiro   momento   o   professor   conversará   com   os   alunos   e 

explicará a diferença entre memória e memórias.

1 ­ O que é memória? O que essa palavra significa para você?

Professor:

Escrever no quadro as respostas dos alunos.

“MEMÓRIA”  é  aquilo que ocorre ao espírito como resultado de 

experiências já vividas, lembranças, reminiscência.

2 ­ O que são Memórias Literárias?

“MEMÓRIAS” são relatos que alguém faz muitas vezes na forma 

de obra literária (memórias literárias), a partir de conhecimentos históricos dos 

quais  participou ou  foi   testemunha,  ou  que estão  fundamentados em sua vida 

particular.

“MEMÓRIAS LITERÁRIAS” geralmente são textos produzidos por 

escritores que, ao rememorarem o passado, integram ao vivido o imaginado. Para 

tanto,   recorrem   a   figuras   de   linguagem,   (linguagem   conotativa),   escolhem 

cuidadosamente as palavras, orientados por critérios estéticos que atribuem ao 

texto ritmo e conduzem o leitor por cenários, situações reais ou imaginárias.

 Recordar vem de re + cordis (coração), significando trazer de novo 

ao coração algo que, devido á  ação do tempo, tinha ficado esquecido em algum 

lugar da memória. Podemos dizer assim, em linhas gerais, que é exatamente essa a 

função de um texto memorialístico:

OS Sonhos da América

Eu nasci no ano de 1890, numa pequena aldeia da Calábria, ao sul da Itália. 

E onde fica a Itália?… É só olhar um mapa da Europa e procurar uma terra em 

forma de bota, que dá um pontapé no Mar Mediterrâneo e um chute de calcanhar 

no Mar Adriático.

Lá, nessa terra entre mares, foi que eu nasci num dia de inverno, quando as 

flores silvestres que perfumavam o ar puro dos campos da minha aldeia...

 

Texto retirado do livro “A menina que fez a América”  Ilka B.Laurito,  Editora FTD, 

1999. Pág.6

O tempo amarrota a lembrança

Difícil  não  conferir  a   razão a  meu pai  em seus momentos  de  anjo.  Ele 

pendia a cabeça para a esquerda, como se escutando o coração e falava sem 

labirintos. Dizia frases claras, acordado sorrisos... Parecia querer argumentar sem 

ele mesmo ter certeza, tornando assim as palavras cuidadosas.

Texto retirado do livro “Ler escrever e fazer conta de cabeça’” Bartolomeu Campos 

de Queirós. Editora Terezinha  Alvarenga, 2001. Pág. 7

3 ­ Nos textos que vocês leram acima: Os Sonhos da América, o Tempo Amarrota 

as   Lembranças,   os   narradores   personagens   revivem   algumas   lembranças, 

recordações que marcaram sua vida. Que lembranças são essas?

OFICINA 2 ­ RECONHECIMENTO DO GÊNERO MEMÓRIAS LITERÁRIAS 

No   segundo   momento   da   implementação   do   projeto   Memórias 

Literárias na sala de aula, o objetivo será   levar os alunos ao reconhecimento do 

gênero que será abordado através de leituras de textos memorialísticos e práticas 

de interpretação.

Os   alunos   lerão   com   o   professor   alguns   trechos   do   livro: 

“Lembranças  de  velhos”   (Ecléia  Bosi),   “Ler,  escrever  e   fazer  contas  de  cabeça” 

(Bartolomeu Campos Queiros), “Chão de menino” (Zélia Gatai), “A Menina que fez a 

América” (Ilka B. Laurito.)  

Após a leitura dos textos perguntar aos alunos:

1  ­  Já   leram algum  livro,   texto,   letra  de música  em que o  autor   revive as  suas 

lembranças, as suas memórias, as suas recordações de infância?

2 ­ Pesquisar sobre a vida dos autores citados acima.

Professor:

Explicar para os alunos que todos temos muitas  lembranças para 

recordar, muitas coisas boas do tempo de criança, como por exemplo, a casinha em 

que nascemos, as ruazinhas ainda sem asfalto, a escola, a primeira professorinha. 

Quantas   lembranças   boas   nós   temos...   Alguns   desses   momentos   foram   tão 

importantes que merecem ser relembrados, relatados, registrados, para que não se 

apaguem da memória.

OFICINA 3 ­ INCENTIVANDO A LEITURA

Incentivar o gosto pela leitura do gênero: Memórias Literárias

Professor:

Levar   para   sala   alguns   livros   de   Memórias   literárias,   fazer 

apresentação para os alunos, deixar que façam uma breve leitura e escolham qual 

livro querem ler.

OFICINA 4 – PRODUÇÃO INICIAL 

Escrever individualmente o primeiro texto de Memórias Literárias. 

Professor:

Levar para sala algumas entrevistas de quatro pioneiros da cidade 

de Londrina (Publicadas na Folha de Londrina, 20/08/2012).

Quantas   histórias   tem   para   contar   uma   pessoa   que   chegou   em 

Londrina em 1930 e acompanhou de perto todas as mudanças e evoluções pelas 

quais a cidade passou.

1­ Como você imagina que era Londrina nessa década?

Alguns pioneiros da cidade de Londrina tiveram a oportunidade de 

resgatar as lembranças que ainda estão vivas em suas memórias durante café da 

manhã realizado no museu histórico de Londrina para comemorar o Dia do pioneiro. 

Entre eles, a Senhora Elta Baby, 81anos, primeira mulher nascida na cidade de 

Londrina, em 1931, antes da criação oficial do município que aconteceu em 1934; o 

funcionário público aposentado José Leite de Carvalho que chegou aqui em 1933; o 

professor aposentado da UEL, Moacyr Bôer, 81anos, chegou em 1935, Sr. Orlando, 

que apesar de ter chegado só em 1960 participou da construção de vários prédios 

da cidade, e tem muitas histórias para contar...

2 ­ Vocês gostariam de conhecer as histórias dessas pessoas? Saber um pouco 

mais da nossa cidade, bem como as mudanças e evoluções ocorridas?

3 ­ Vamos ler as entrevistas de quatro pioneiros da cidade de Londrina (Publicadas 

na Folha de Londrina).

4 ­ Como era a cidade quando esses três primeiros pioneiros chegaram aqui? 

5 ­ Como é Londrina nos dias atuais?

O aluno agora escreverá o seu primeiro texto (memórias literárias) 

com base nos textos lidos na sala. O objetivo é observar se o aluno domina ou não 

esse gênero e, em seguida, elaborar oficinas que têm por finalidade trabalhar com 

as dificuldades apresentadas.

6 ­ Você fará a sua primeira produção (memórias literárias). Escolha a reportagem 

de que você mais gostou: o texto será produzido com base nos fatos da entrevista 

lida. Tome o lugar do entrevistado e escreva o seu texto na 1ª pessoa.

OFICINA 5 ­ CONHECENDO AS CARACTERÍSTICAS DO GÊNERO MEMÓRIAS 

LITERÁRIAS

Conhecer as principais características de um texto memorialístico.   

Os   gêneros   memorialísticos   são   predominantemente   narrativos, 

em sua estrutura composicional. Neste tipo de gênero o narrador evoca o passado, 

revive recordações de fatos e pessoas que marcaram sua vida. O narrador escreve 

esses   fatos  no  presente,   de   modo  poético  e   literário,   usando  uma   linguagem 

conotativa, construída por figuras de linguagem, que tem por objetivo mexer com 

as emoções do leitor.

Figuras de linguagem são recursos expressivos que consistem no 

emprego   de   palavras   num   sentido   diferente   daquele   que   normalmente   são 

empregadas no dicionário.  Nesses casos,  dizemos que a palavra  foi  usada no 

sentido figurado, ou numa linguagem conotativa.  

Professor: 

Projetar os dois textos: “O Sonho das Américas”, de Ilka B. Laurito, e 

“O Tempo Amarrota as Lembranças”,  de Bartolomeu Campos de Queirós e com 

auxílio do Datashow trabalhar as características do gênero memorialístico.

Explicar para os alunos que o início de um livro ou mesmo de um 

capítulo de memórias literárias é dedicado a situar o leitor no tempo e no espaço 

em que se passam as lembranças do narrador. 

Atividades com base nos textos: “Lembranças da América” (Ilka B. 

Laurito),   “O  Tempo Amarrota  as  Lembranças”   (Bartolomeu Campos  de  Queirós) 

(Oficina nº 1).

1 ­ Onde se passam as lembranças das personagens?

No texto narrativo o espaço é o lugar onde ocorrem os fatos.

2 ­ Quando ocorreram as lembranças que as personagens evocam da memória?

O tempo é quando ocorrem os fatos.

3 ­ Escreva um pequeno parágrafo de um texto memorialístico com localização do 

tempo e do espaço.

O gênero memorialístico apresenta narrador personagem. O texto 

está na 1ª pessoa.

Relendo os textos já  citados acima, percebemos que o narrador 

faz parte da história. O texto está na 1ª pessoa do discurso, singular, ou plural, e 

essa fala deve concordar com o verbo também na primeira pessoa.

4 ­ Que marcas gramaticais permitem dizer em que pessoa o texto é narrado?

Quando o narrador participa dos acontecimentos,  também como 

personagem, o narrador  em 1ª pessoa pode ser   representado pelos pronomes 

pessoais do caso reto na 1º pessoa (eu) e do caso oblíquo primeira pessoa (me, 

mim, comigo). Temos, então, um narrador­personagem.

Quando   o   narrador   conta   a   história   na   terceira   pessoa,   sem 

participar, é um mero observador; temos, então, um narrador­ observador.

5   ­  Observe  com muita  atenção  os   textos:   “O   tempo Amarrota  as  Lembranças” 

(Bartolomeu Campos de Queirós)  e “Os Sonhos da América” (Ilka Laurito):

a) Qual a temática do 1º texto?

b) Qual a temática do 2º texto?

c) O que esses dois textos têm em comum?

 

6 ­ As aspas são utilizadas para indicar a introdução da fala de um personagem, de 

uma explicação ao longo do texto ou produzir frases curtas ao longo do texto. Nesta 

frase abaixo, retirada do texto “Os Sonhos da América”, qual a função das aspas?

 Eu disse “era”, embora o lugar ainda exista...

Professor:

Projetar os dois textos: “Os Automóveis Invadem a Cidade” (Zélia 

Gatai), “O Sonho da América” (Ilka B. Laurito) e com auxílio do datashow trabalhar 

as características do gênero.

Vamos ler com bastante atenção estes dois textos: “Os automóveis 

invadem a cidade”, retirado do livro “Anarquista graças a Deus”, (Zélia Gatai), e o 

texto “Os Sonhos da América” (Ilka B.Laurito).

     

Os automóveis invadem a cidade

Naqueles tempos, a vida em São Paulo era tranquila, poderia ser 

ainda  mais,  não   fosse  a   invasão   cada   vez  maior  dos  automóveis   importados, 

circulando pelas ruas da cidade; grossos tubos ,situados nas laterais externas dos 

carros, despendiam, em violentas explosões, gases e fumaça escura.

Texto retirado do livro “ Anarquista graças a Deus”.  Zélia Gattai. Editora Record 

Pág. 7

 

Os sonhos da América

A Saracena de 1890 era aquela sem comunicação do telefone, os 

sons do rádio e as imagens da televisão nas casas; sem o eco dos carros e das 

motocicletas nas estradas ou o ronco dos aviões sobre os telhados. A música que 

andava no ar, nos tempos da minha infância, vinha dos cantos dos pássaros...

Texto retirado do livro “A Menina que fez a América” Ilka B.Laurito, Editora FTD, 

1999. Pág.6

1 ­ O que os dois textos têm em comum?

2 ­ Qual deles chamou mais sua atenção? Por quê?

3 ­ Qual o tema dos dois textos?

4 ­Há alguma palavra que você não conhece?

5 ­ O que as personagens estão recordando?

6 ­ Elas se sentem felizes com essas recordações? Retire uma passagem do texto 

que comprove a sua resposta.

7 ­ Nos textos “Os Sonhos da América” e os “Automóveis Invadem a Cidade” as 

personagens comparam o tempo antigo com o tempo atual. O que as personagens 

comparam em cada texto? 

8   ­   Nos   dois   textos   citados   acima,   as   autoras   descrevem   a   cidadezinha   onde 

passaram a infância com muita precisão. Como era Saracena no tempo que a autora 

era criança?

9 ­ Como você acha que é Saracena nos dias atuais?

10  ­  Como era a cidade de São Paulo na época em que Zélia  Gatai  ainda era 

criança?

11 ­ Como você acha que é São Paulo nos dias atuais? 

Ao lermos o dois textos podemos observar que as duas autoras 

comparam o tempo da infância com o tempo atual. Através das descrições elas 

fazem comparações do tempo antigo com os dias de hoje durante todo o texto. 

12 ­ Qual a importância do uso das descrições nos dois textos lidos?

13 ­ Pelas descrições que as autoras fazem do tempo antigo e do tempo atual é 

possível perceber como era o lugar, as pessoas e os costumes da época antiga?

As  comparações dos  tempos antigos com os  tempos atuais,  as 

descrições, são características importantes dentro desse gênero, pois fazem com 

que o leitor conheça o lugar, as pessoas, os costumes dos tempos antigos.

14 ­  Observe bem essas palavras que Zélia  utiliza no seu texto:  gramofone de 

trombona e manivela, zagaia, lorota. Você conhece essas palavras?

15 ­ Qual o significado delas?

16 ­ Perguntem a seus pais se eles conhecem algumas palavras ou expressões do 

tempo   antigo   e   o   seu   significado,   anotem   e   tragam   para   apresentar   aos   seus 

amigos. 

Vimos   que   as   descrições   permeiam   as   sequências   narrativas; 

através delas as autoras recorrem a expressões e palavras antigas que também 

nos remetem ao tempo passado.

Nesse tipo de gênero sempre aparece palavra que marca o tempo 

em que se passam as lembranças. (marcador de tempo).

17 ­ Retire do texto de Bartolomeu, logo no 1 parágrafo, palavras ou expressões que 

servem para  marcar o tempo (marcador de tempo).

18 ­ Zélia atribui várias palavras que caracterizam os automóveis. Retire do texto de 

Zélia algumas palavras que caracterizam os automóveis.

Essas   palavras   que   a   autora   utilizou   para   caracterizar   os 

automóveis são chamadas de adjetivos.

19 ­ Qual a importância dos adjetivos nesse tipo de texto? 

20 ­ Explique o sentido das expressões abaixo:  

a) Difícil não conferir razão a meu pai em seus momentos de anjos.

b) Dizia frases claras, acordado sorrisos  e caminhos.

21 ­ Observe com muita atenção os textos lidos: “O tempo amarrota as lembranças”, 

“A menina que fez a América”, “Os automóveis  invadem a cidade”. A que tempo 

verbal as autoras recorrem para narrar as suas memórias? 

22 ­ Por que os autores escolheram esse tempo verbal?

O autor de um texto memorialístico utiliza quase sempre o passado 

(pretérito perfeito e pretérito imperfeito) para marcar as lembranças de um tempo 

passado.

Professor:

O Professor   deve   fazer   um quadro   comparativo  para  ensinar   os 

tempos verbais, dando ênfase no pretérito perfeito e no imperfeito.

OFICINA 6 ­ VALORIZANDO OS IDOSOS

Valorizar as experiências das pessoas mais velhas.

Professor: 

Ler com os alunos alguns trechos do livro de Ecléia Bosi, “Memórias 

e Sociedade: Lembranças de Velhos”. 

De onde vêm as histórias? Elas não estão escondidas como um 

tesouro na gruta de Aladim ou num baú que permanece no fundo do mar. Estão 

perto, ao alcance de sua mão. Você vai descobrir que pessoas mais simples têm 

algo   surpreendente  a  nos  contar. Quando  um avô   fica  quietinho,   com o  olhar 

perdido   no   passado,   não   perca   a   ocasião.   Tal   como   Aladim   da   lâmpada 

maravilhosa, você descobrirá os tesouros da memória. Se ter um velho amigo é 

bom, ter um amigo velho é ainda melhor.  

Trecho do livro Velhos amigos, de Ecléia Bosi. Retirado do caderno do professor 

Escrevendo o Futuro: “Se bem me lembro”. Editora Prol Gráfica, Pág. 25

A memória como função social

Um mundo social que possui uma riqueza e uma diversidade que 

não conhecemos pode chegar­nos pela memória dos velhos. 

Momentos   desse   mundo   perdido   podem   ser   compreendidos   por 

quem não só viveu e até humanizar o presente. A conversa evocativa de um velho é 

sempre a experiência profunda: repassada de nostalgia,  revolta, resignação pelo 

desfiguramento   das   paisagens   caras,   pela   desaparição   de   entes   amados,   é 

semelhante a uma obra de arte.  Para quem sabe ouvi­la,  é  desalienadora,  pois 

contrasta a riqueza e a potencialidade do homem criador de cultura com a mísera 

figura do consumidor atual.

Texto retirado do  livro “Anarquista Graças a Deus”  Zélia  Gattai,  Editora Record. 

1983 Pág.40

1 ­ Gostou dos textos lidos? Por quê?

2 ­ De acordo com os textos lidos de onde vêm as histórias?

3 ­ Ecléia Bosi diz no texto que é importante ouvir os Idosos. Você concorda com a 

autora? Por quê?

4 ­ Você gosta de ouvir as histórias das pessoas mais antigas? Por quê?

5 ­ O que você acha das experiências das gerações mais antigas?

6 ­ Que diferenças você percebe entre a sua vida e a vida dos seus pais, avôs?

Professor:

Comentar com os alunos que as pessoas  idosas têm um baú  de 

conhecimento  para  nos passar.  Quem vai  escrever  um  texto  memorialístico  não 

pode perder  a  oportunidade de sentar   ­  se perto  dos velhinhos e ouvir  as suas 

lembranças,   as   suas   memórias.   Estas   pessoas   na   juventude   trabalharam   e 

ajudaram na construção do nosso país; não são mais membros ativos, mas já foram. 

Estas têm uma nova função social, contar para os mais novos as suas histórias.

7 ­ Vocês sabem quem é Ecleia  Bosi?

Professor:

Apresentar para sala a autora. 

Ler com os alunos as Lembranças do senhor Amadeu, texto retirado 

do livro Memórias e Sociedade, de Ecléia Bosi.

8 ­ O que chamou mais atenção na história do senhor Amadeu?

9 ­ Como era a escola naquela época? Era melhor do que a de hoje? Por quê?

10  ­  O senhor  Amadeu conclui  a  sua história  dando um conselho para os mais 

novos:  que tenham tolerância para com os mais velhos, mesmo com aqueles que 

tenham   feito   algum   deslize   na   mocidade,   pois   eles   também   trabalharam.   O 

argumento do senhor Amadeu tem fundamento? Por quê?

OFICINA 7 ­ PREPARANDO­SE PARA ESCREVER COLETIVAMENTE UM TEXTO 

DE MEMÓRIAS

Produzir um texto coletivo

1 ­  Organizem­se em pequenos grupos para entrevistar uma pessoa  idosa (avô, 

vizinho...);   uma   pessoa   com   quem   vocês   se   identifiquem   e   de   que   gostem   de 

relembrar suas histórias).  Façam como Ecleia Bosi  e ouçam estas pessoas com 

muita atenção, respeito. Gravem ou anotem o que elas falarem. 

É   importante que o professor ajude na elaboração das perguntas, 

pois por meio dessas o aluno vai remeter o entrevistado ao passado, fazendo com 

que reviva a infância, o lugar, os costumes da época e faça uma comparação com 

os dias de hoje.

Após ter recolhido as entrevistas dos idosos, os alunos vão contar 

para classe as lembranças ouvidas.

Professor:

O  professor   deverá   gravar   as   falas  dos  alunos  para   trabalhar   a 

oralidade.

Nas   entrevistas,   os   entrevistados   geralmente   utilizam   uma 

linguagem descontraída,  informal,  carregada de expressões e palavras que são 

marca da linguagem oral, como: né, daí, então, tá, bem, e daí, que são utilizadas 

para garantir o encadeamento da fala, mas que não devem ser usadas em um 

discurso oral que exija mais formalidade.

2 ­ De qual entrevista você mais gostou? Por quê?

3 ­ Escolha a entrevista de que você mais gostou e em pequeno grupo transforme­a 

em uma memória literária, revendo as característicos da oficina 4.

4 ­  O texto será  produzido com base nos  fatos da entrevista.    Tome o  lugar do 

entrevistado, escreva o seu texto na 1ª pessoa.

OFICINA 8 – EXIBIÇÃO DO FILME “NARRADORES DE JAVÉ”

Fazer   com   que   o   aluno   perceba   a   importância   da   memória,   da 

memória coletiva, os registros dos acontecimentos para que os fatos não fiquem 

perdidos no tempo.

Ao   terminar   de   passar   o   filme   fazer   um   debate   com   os   alunos 

fazendo com que eles percebam a importância da memória, da memória coletiva; 

mostrar que os personagens evocam a memória (as lembranças, as recordações do 

passado) para salvar o patrimônio.  Destacar as variedades linguística, regionalismo, 

ditados populares ,oralidade ,os registros dos acontecimentos para que os fatos não 

fiquem esquecidos no tempo.

Destacar ainda a importância da escola, de ser alfabetizado, saber 

ler, escrever seus próprios textos para não precisar de ninguém para escrevê­los 

(não   sofrer   como   dona   Maria   Severina,   sempre   que   queria   mandar   uma   carta 

precisava de alguém que a escrevesse).

INTERPRETANDO O FILME

1 ­ Antônio Biá mais uma vez decepcionou a população de Javé. Não conseguiu 

contribuir para que a cidade se tornasse um patrimônio histórico. Por que Biá não 

conseguiu fazer com que a cidade se tornasse um patrimônio histórico? 

2   ­   Seria   possível   Biá   transformar   as   histórias   daquele   local   em   documento 

histórico? Como?

3 ­ O que Biá queria dizer quando afirmava que as histórias tinham que ter valor 

científico?

4 ­ Vimos no filme que os personagens Zaqueu e dona Maria Severina acham muito 

importante a leitura. Por quê? 

5 ­ E para você, a leitura é importante? Por quê?

Há no filme alguns ditados populares:

• Quem fala muito dá bom dia a cavalo.

• Galinha que muito cisca acha cobra.

• O povo aumenta, mas não inventa.

6 ­ Explique o que significa cada um deles.

7 ­ Há no  filme palavras que você não conhece ? Quais?

Observe essas palavras:

Remelexe a perereca dentro da boca.

Não se abespinhe não.

Desembuche logo, homem.

Ôxente, 

Pôde parar o rebucentei.

8 ­ Explicar que são palavras regionalistas, ou seja, vocábulos ou expressões típicos 

de cada região.

9 ­ De acordo com o contexto do filme dê  o significado de cada palavra   citada 

acima.

10   ­   Pedir   para   os   alunos   pesquisarem   outras   palavras   usadas   na   região   do 

nordeste e trazer para sala.

11 ­ Identifique as marcas da linguagem oral nas falas das personagens (Narradores 

de Javé) 

“...vão ter que sacrificar um tanto pra a maioria... não sei quem são 

mais nóis  quem semos...”

O seu Vado tava comigo.

Nóis  é´que  somo os tantos do sacrifício

Então conta pra eles.

E ocê disse isso pros engenheiros

12 ­ Como era a escola naquela época? Era melhor do que a de hoje? Por quê?

OFICINA 9 ­ PRODUÇAO FINAL

Escrever individualmente o texto final

1   ­   Em   pequenos   grupos,   vocês   entrevistarão   um   dos   pioneiros   da   cidade   de 

Londrina.  Estas  pessoas  chegaram aqui  na  década  de 30,  acompanharam  toda 

evolução da cidade, têm muito conhecimento para nos passar. Vamos ouvi­los com 

muita   atenção   e   carinho.   Gravem   ou   anotem   o   maior   número   de   informações 

possíveis, pois vão precisar para escrever o texto final.

Professor:

Deixar  que os alunos elaborem as perguntas para a entrevista  e 

corrigi­las no quadro com a participação dos alunos. 

Após o término da entrevista perguntar ao aluno:

2 ­ De qual história você mais gostou? Por quê?

3 ­ Para redigir a sua produção final, você fará como na oficina nº 8, só que agora 

você   escreverá   o   seu   texto   individual.   Você   se   colocará   no   lugar   da   pessoa 

entrevistada para escrever as memórias dela, em 1º pessoa; baseando­se nos fatos 

que conheceu através da entrevista. Buscará  reconstruir, recriar as lembranças e 

transformá­las em memórias literárias.  Você deve retomar todas as características 

vistas nas oficinas anteriores.

Professor:

O professor deverá retomar todas as características estudadas nas 

oficinas anteriores.  

OFICINA 10 – REESCRITA DOS TEXTOS 

Fazer a revisão e o aprimoramento da produção final.  (Caso seja 

necessário)

1 ­ O texto está escrito na 1ª pessoa ? O narrador faz parte da história?

2 ­ O autor situa o leitor no tempo e no espaço onde se passam as lembranças?

3 ­ O narrador faz comparações do tempo passado com o presente?

4 ­ O autor apresenta  palavras ou expressões que nos remetem ao passado?

5 ­ O autor expressa em seu texto os sentimentos, as emoções do entrevistado? 

6 ­ Há no texto marcas da linguagem oral, como: então, né, aí, bem, daí né, aí né, 

tá...

7 ­ Há repetições de palavras, ou de informações desnecessárias?

8 ­ Os verbos no pretérito perfeito e  imperfeito estão empregados corretamente? 

(recorra ao quadro comparativo dos tempos verbais).

9 ­ O autor usa uma linguagem poética, emotiva, subjetiva, capaz de emocionar o 

leitor?

10   ­   Há   alguma   palavra   que   você   tenha   dúvida   quanto   à   escrita?   (recorra   ao 

dicionário)

11 ­ E a pontuação,  acentuação, estão corretos? Vamos usar a gramática?    

Professor:

O professor deverá recolher os textos e revisar mais uma vez. 

Entregar os textos para os alunos e levá­los para sala de informática 

para que digitem os seus textos. 

OFICINA 11 – APRESENTAÇÂO DOS TRABALHOS 

Apresentar   para   a   escola   e   para   a   comunidade   o   projeto 

desenvolvido. Haverá a realização de uma exposição dos trabalhos para a escola 

com a presença das pessoas entrevistadas, dos familiares, e dos pioneiros que tanto 

contribuíram para este trabalho. Os pioneiros vão narrar fatos importantes da sua 

história que se misturam com a cidade de Londrina e outras regiões. Os alunos lerão 

suas memórias, agradecendo às pessoas que tanto contribuíram para a realização 

do trabalho.

A professora agradece a todos, em especial aos idosos, ressaltando 

o  que  diz  Ecléia  Bosi:   “estas  pessoas  na   juventude   trabalharam  muito   e  muito 

contribuíram na construção do nosso país. Não são mais membros ativos, mas já 

foram. Eles têm uma nova função social: a de contar para os mais novos as suas 

histórias”.

REFERÊNCIAS 

ALMEIDA, José Milton de. Ensinar português? In GERALDI, João Wanderley (org). 

O texto na sala de aula. Paraná: Assoeste, 1984.

ANDRADE, Ana Regina et al.  Se bem me lembro. Caderno do prof.: orientações 

para  prod. de textos. SP Cenpec, 2010.

BAKHTIN,   Mikhail. Estética   da   criação   verbal. 4º   Edição.   São   Paulo:   Martins 

Fontes, 2003.

BOSI,   Ecléia:  Memória   e   sociedade,   Lembranças   de   velho.  1ª   ed.   1979 

reimpressão 1983 São Paulo. Ed. S P: T. A. Queiroz

BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Orientações 

Curriculares para o Ensino Médio: Linguagens Códigos e suas Tecnologias. 

Brasília,   DF:   2006,   Volume   1.   Disponível   em: 

http//ufrgs.br/forumlic/legislação/pcn1.pdf. Acesso em: 28 de out de 2012.

BRASIL,  Ministério   da   Educação.   Secretaria   de   Educação   Fundamental. 

Parâmetros Curriculares Nacionais:  língua portuguesa:  terceiro e quarto ciclos. 

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DELGADO, Lucila de Almeida Neves:  História Oral­Memória, Tempo identidade. 

Belo Horizonte 2006.

DOLIZ,  Joaquim;  SCHNEUWLY  Bernard.  Gêneros Orais E escritos Na Escola. 

Tradução   e   organização   Roxane   Rojo   e   Glais   Sales   Cordeiro   Campinas   S.P 

Mercado de letras, 2004 (Coleção as Faces da Lingüística Aplicada).

GATTAI, Zélia. Anarquista, Graças a Deus. 37º ed. Rio de Janeiro: Record, 1984.

GATTAI, Zélia: Cão de Meninos, 4º ed. Rio de Janeiro: Record, 1992.

GOLF Jacques  LE.  História  e  memória  ,   tradução  Bernardo  Leilão,   5º  edição­

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LIMA, Ana. Recordar para contar. In: Na Ponta do Lápis. Ano V, nº11, agosto/2009.

LOWENTHAL, David.  Como Conhecer o passado.  Projeto História: Trabalho da 

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SABINO, Fernando. O Menino No Espelho. R.J.; Record,1982.

LAURITO, Ilka B. A Menina que fez a América. Editora FTD, 2002. 

QUEIRÓS Bartolomeu Campos de.  Ler escrever e fazer cota de cabeça. Editora 

Miguilim, 2001.