52

FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada
Page 2: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO – PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

PDE 2016 – 2017

Título: Tenho um aluno surdo, e agora? A práxis docente frente a inclusão de educandos surdos.

Autor: Gisele Minozzo dos Santos

Disciplina/Área: Pedagogia

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Jardim Porto Alegre

Município da escola: Toledo

Núcleo Regional de Educação:

Toledo

Professor-Orientador: Ms. Uilson Nunes de Oliveira

Instituição de Ensino Superior:

Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE

Relação Interdisciplinar: Compreende todas as disciplinas que compõe o currículo básico estadual e comunidade escolar

Resumo: Pensando nos objetivos propostos no Projeto de Intervenção Pedagógica, onde desataca-se principalmente a práxis docente e formação profissional para o atendimento de educandos surdos, este Material Didático-Pedagógico que está no formato de Cartilha Didática, pretende facilitar a compreensão dos docentes que realizarão o Curso de Capacitação ofertado na parte de implementação da pesquisa anteriormente apresentado, de forma a (re)organizarem sua prática docente, levando em conta as especificidades dos educandos surdos inclusos na rede estadual de ensino. Esta Cartilha Didática tem como objetivo ainda, contribuir para a inclusão educacional e social dos educandos surdos, oportunizando o aprendizado, entendimento e divulgação da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS aos docentes que atendem estes educandos em salas de aula inclusivas.

Palavras-chave: Capacitação Docente; Educandos Surdos; Língua de Sinais Brasileira; Material Didático; Práxis Docente.

Formato do Material Didático:

Cartilha Didática

Público: Docentes de quaisquer áreas do conhecimento, principalmente das instituições onde há surdos inclusos

Page 3: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

2

Page 4: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

TENHO UM ALUNO SURDO, E AGORA?

A PRÁXIS DOCENTE FRENTE À

INCLUSÃO DE EDUCANDOS SURDOS

Prof.ª PDE Gisele Minozzo dos Santos

1ª EDIÇÃO

2017

Page 5: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

4

QUEM SOU EU??

Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em

Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada em Educação

Especial , Neuropsicopedagogia e Libras.

Tradutora Intérprete de Língua de Sinais - TILS – PROLIBRAS 2006 /

MEC; Curso de Formação de Intérpretes de Libras/Língua Portuguesa / SEED

2009.

Professora Pedagoga e Professora de Sala de Recursos na Rede Estadual de

Educação – SEED e Professora PDE Turma 2016.

Docente do Centro Universitário FAG – FASUL / Toledo no colegiado de

Letras – Língua Portuguesa e LIBRAS. Colaboradora do PEE UNIOESTE

Campus Toledo.

Principais áreas de pesquisa e desenvolvimento: pesquisas, grupos de

estudo e cursos de formação e capacitação

na área da Surdez e Educação Inclusiva,

Políticas Públicas, desenvolvimento e

adaptação de material pedagógicos e

adaptações curriculares, tendo como

principal objetivo o ensino da Língua de

Sinais, como proposta para um processo

inclusivo significativo.

Page 6: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

5

1. PREFÁCIO “MAIS QUE ESPECIAL”!

Ao final deste árduo trabalho, com o qual sonhei e almejei por muito tempo, recebo com carinho, amor,

felicidade e sabedoria prefácios de duas pessoas especiais para minha vida (profissional e acadêmica)

e minha pesquisa! Meu coração se enche de orgulho e alegria!! Obrigada!!!!

Gisele Minozzo dos Santos, Pedagoga, Intérprete de Libras e participante do Programa de

Desenvolvimento Educacional – PDE, apresenta neste trabalho, uma importante iniciativa para

professores da Rede Estadual de Educação e, o público em geral, para um contato mais próximo com a

Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. Neste instrumento de aprendizagem, a autora nos apresenta

situações cotidianas enfrentadas por professores em diferentes momentos de nossas carreiras,

apresentando-nos soluções que vão muito além do contato com os códigos e técnicas.

Preocupada com a demanda, cada vez mais crescente, de professores capacitados para o

trabalho com educandos surdos, a autora propõe iniciativas para um processo de formação e

aperfeiçoamento da práxis docente através de trabalhos com grupos de estudos no ambiente escolar,

instrumentados pelo texto aqui apresentado.

Partindo de preocupações que vão desde a importância do conhecimento da LIBRAS para a

prática docente, passando pela compreensão dos processos de desenvolvimento de políticas públicas,

do esclarecimento de quem é o sujeito surdo e quais as suas necessidades específicas no âmbito da

sala de aula para que assim, possamos compreender a necessidade de nos instrumentalizarmos com

vistas a uma prática docente mais significativa e consciente. Para tanto, a autora propõe nesta Cartilha

Didática, diversas atividades de estudo e de prática para uma maior aproximação com a Língua Brasileira

de Sinais – LIBRAS.

Prof.º Ms. Uilson Nunes de Oliveira Professor Orientador

Recebo com carinho da Gisele a difícil tarefa de escrever o prefácio de sua produção didática.

Escrever um prefácio é uma prática muito além do conhecer a obra organizada pela autora, mas sim,

representar em palavras todo carinho depositado pela autora em cada página e em cada atividade.

Conheço a Gisele a muitos anos, parte destes, pude acompanhar seu empenho em buscar cada vez

mais conhecimento referente a surdez e ao surdo. Posso afirmar que por vezes teve vontade deixar tudo

de lado, as longas e incansáveis viagens realizadas para aperfeiçoamento profissional, os almoços com

a família e amigos em que esteve ausente, os finais de semana comprometidos com estudo e tantas

outras dificuldades não deixaram o sonho dela de lado. Além de uma filha dedicada a família, uma amiga

Page 7: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

6

parceira para todas as horas, Gisele é uma profissional apaixonada pelo seu trabalho, principalmente o

de Tradutora Intérprete de Libras, o qual tenho muito apreço e admiração.

Em “Tenho um aluno surdo, e agora? A práxis docente frente a inclusão de educandos surdos”,

Gisele apresenta de maneira clara e didática elementos que compõem a área da surdez, focando

principalmente em questões do sujeito surdo em sala de aula, fato muito recorrente nos últimos anos. A

Produção Didático-Pedagógica é repleta de indicações e possibilidades metodológicas e dicas de como

deve ser feito o trabalho com os educandos surdos. Por ser uma realidade recorrente como ressaltado

anteriormente, um número significativo de alunos não está sendo atendido de maneira eficaz, ou seja, a

que contemple a especificidade que é a surdez. Comungo do um fragmento do livro de Oliver Sacks,

Vendo Vozes: uma viagem pelo Mundo dos Surdos “Sem linguagem não somos seres humanos

completos e, por isso, é preciso aceitar a natureza e não ir contra ela. Obrigados a falar, algo que não

lhes é natural, os surdos não são expostos suficientemente à linguagem e estão condenados ao

isolamento e à incapacidade de formar sua identidade cultural.” Sacks ressalta a questão linguística e

comunicativa, os quais são elementos significativos no processo de aquisição do conhecimento de

qualquer pessoa, assim mesmo Vigotski em seus escritos nos ensina que a linguagem, além de função

que é a de comunicar-se, tem a função de construir o conhecimento. Considerando isso, quando a

pessoa surda tem negligenciado seu direito de comunicação através da Língua de Sinais, que é sua

língua materna, e até mesmo de ter a presença do Tradutor Intérprete de Libras em sala de aula,

impossibilita ao estudante o seu direito garantido constitucionalmente que é a Educação.

Ressalto que pesquisas na área da surdez é recente, materiais por vezes são escassos; garanto

a vocês que este material pode contribuir e muito na vossa formação, bem como, no trabalho

desenvolvido em sala de aula. Acredito que mesmo não sendo um profissional fluente em Língua de

Sinais, tudo que você aprender com este material possibilitará ao seu trabalho e consequentemente ao

estudante surdo uma práxis educacional efetiva.

Finalizo com a seguinte frase,

"Quando eu aceito a língua de outra pessoa, eu aceito a pessoa.

Quando eu rejeito a língua, eu rejeitei a pessoa porque a língua é parte de nós mesmos.

Quando eu aceito a língua de sinais, eu aceito o surdo, e é importante ter sempre em mente

que o surdo tem o direito de ser surdo. Nós não devemos mudá-los, devemos ensiná-los,

ajudá-los, mas temos que permitir-lhes ser". Terje Basilier

Ms. Thiago Rafael Mazzarollo Tradutor Intérprete de Língua de Sinais - UFPR campus Toledo

Page 8: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

7

2. APRESENTAÇÃO

Esta Produção Didático - Pedagógica é pertencente as atividades

desenvolvidas no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, tendo como

mantenedora a Secretaria do Estado de Educação - SEED/PR, e sendo implementada

no Colégio Estadual Jardim Porto Alegre – Ensino Fundamental, Médio e Profissional,

no Município de Toledo - PR.

Esta Produção Didático - Pedagógica consiste em uma Cartilha Didática, a qual

foi desenvolvida pensando nos docentes da rede estadual que atuam em sala de aula

onde há educandos surdos inclusos, mesmo contando com a presença de Tradutor

Intérprete de Língua de Sinais – TILS.

Sabe-se que o município de Toledo, atende educandos surdos oriundos de

vários distritos, zona rural e circunvizinhanças, pois neste há o atendimento inicial na

Escola de Surdos, onde consta em sua organização e estrutura a Educação Infantil e

o Ensino Fundamental – Etapa I. A partir do 6º ano, o atendimento segue para a rede

estadual, contando então com apoio de Tradutor Intérprete de Língua de Sinais - TILS.

Observando esta organização, sabe-se que a instituição de ensino onde será

implementado o PDE, apresenta a inclusão de educandos surdos e contando com

atendimento de Tradutor Intérprete de Língua de Sinais - TILS. No entanto, o que se

percebe é a falta de conhecimento e esclarecimento por parte de muitos docentes

quanto ao atendimento adequado a estes educandos, assim como o pensar em sua

práxis educativa de forma a atender esta demanda.

Assim, a pesquisa desenvolvida no PDE buscou compreender um problema

comum a muitos docentes, sua práxis e a inclusão escolar de educandos surdos da

rede estadual no Município de Toledo.

A implementação será organizada através de cursos de capacitação, os quais

foram previstos na concepção do Projeto de Intervenção Pedagógica. A temática

contemplada diz respeito a Língua de Sinais e Práxis Docente, de forma a capacitar

os docentes através de cursos de formação, para o atendimento aos educandos

surdos ingressos neste sistema de ensino, contribuindo com a inclusão educacional e

social destes educandos, oportunizando o aprendizado, entendimento e divulgação

da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.

Os Grupos de Estudo previstos na Produção Didático - Pedagógica

contemplam em sua prática a utilização de uma Cartilha Didática, que é composta

Page 9: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

8

pela temática da Surdez e Educação de Surdos, Sinais pertencentes a Língua

Brasileira de Sinais, e ainda dicas e propostas para o atendimento de educandos

surdos.

O curso terá como carga horária total 36 horas por turma de trabalho, tendo

suas atividades subdivididas e organizadas da seguinte forma:

Quatro encontros presenciais com carga horária de 4 horas cada, sendo

que a turma será dividida em 2 grupos, que farão os encontros em dias

distintos da semana, perfazendo um total de 16 horas para cada grupo,

totalizando 32 horas com as turmas juntas.

Atividades não presenciais com carga horária de 8 horas, ofertadas no

decorrer do curso.

Palestra com Professor Tradutor Intérprete de Língua de Sinais e

Professora Surda, contemplando carga horária de 8 horas, para ambas as

turmas.

Atividade de compartilhamento dos conhecimentos para a comunidade

escolar, com exposição dos trabalhos realizados, com mural de fotos e

atividades desenvolvidas durante a Implementação do Projeto, sendo

finalizada com o lançamento da Cartilha Didática confeccionada como

Produção Didático - Pedagógica, com carga horária de 4 horas.

Os participantes do curso serão certificados pela UNIOESTE – Universidade

Estadual do Oeste do Paraná com uma carga horária de 36 horas.

Cabe ressaltar ainda que, na elaboração desta Cartilha Didática, foram

utilizadas várias figuras e/ou fragmentos de textos e publicações de revistas, livros,

Dicionários de Língua de Sinais e Legislação Brasileira Vigente. Para uma melhor

organização, as referências que compõem estas figuras, fragmentos e Leis, estarão

no final da Cartilha.

Page 10: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

9

SUMÁRIO

Ficha para identificação – Produção Didático-Pedagógica ........................................ 1

Quem sou eu? ............................................................................................................ 4

1. Prefácio “mais que especial”! ................................................................................. 5

2. Apresentação .......................................................................................................... 7

3. Material didático ................................................................................................... 10

3.1. Uma pequena introdução e orientação metodológica ................................... 10

4. Dicas para comunicação com uma pessoa surda ................................................ 11

5. Um surdo ao meu lado... Como abordar uma pessoa surda? ............................. 12

6. A Língua de Sinais ............................................................................................... 14

7. Como funciona o aparelho auditivo ...................................................................... 15

8. O que é a Língua de Sinais .................................................................................. 16

9. Minidicionário ....................................................................................................... 17

10. Conhecendo os parâmetros da Língua de Sinais ............................................... 18

11. Retrospectiva do processo histórico da Educação de Surdos ............................ 21

11.1. Uma breve retrospectiva da Educação de Surdos – parte 1 ....................... 22

11.2. Uma breve retrospectiva da Educação de Surdos – parte 2 ....................... 23

12. Dicas importantes para Professores e Colegas de turma ................................... 25

13. Vamos aprender a Língua de Sinais? ................................................................ 26

13.1. Alfabeto manual .......................................................................................... 26

11.2. Números e sua representação na LIBRAS ................................................. 27

13.3. Sinais básicos para comunicação em sala de aula ..................................... 30

13.3.1. Identidade e cumprimentos ...................................................................... 30

13.3.2. Dias da semana ....................................................................................... 30

13.3.3. Meses do ano ........................................................................................... 31

13.3.4. Conhecendo a escola ............................................................................... 33

14. Referências ........................................................................................................ 36

Anexo 1 - Legislação Vigente ................................................................................... 40

Anexo 2 - Existem gírias nas línguas de sinais dos surdos? .................................... 43

Anexo 3 - Em que idioma pensam as pessoas que nasceram surdas? ................... 48

Anexo 4 – Primeiro dicionário de LIBRAS feito no Brasil ......................................... 49

Page 11: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

10

3. MATERIAL DIDÁTICO

3.1. UMA PEQUENA INTRODUÇÃO E ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA

Esta Cartilha Didática surgiu da ideia de organizar um material a respeito da

Língua de Sinais Brasileira, mostrando materiais a respeito de sua origem, alguns

sinais essenciais para a comunicação e materiais interessantes que foram publicados

em revistas e sites nacionais.

O objetivo principal da organização desta Cartilha Didática advém da

necessidade de apoiar e incentivar a capacitação de docentes e agentes educacionais

que atuam na rede estadual com educandos surdos, seja em sala de aula, ou em

outros ambientes escolares, quanto ao aprendizado da Língua de Sinais,

possibilitando ainda a comunicação entre os envolvidos neste processo, mesmo que

de forma básica, esclarecendo quem é o sujeito surdo e compreendendo suas

especificidades, além de estudar a viabilidade do aprendizado da Língua de Sinais

Brasileira para uma práxis docente significativa e apontar as Políticas Públicas

vigentes que permeiam a educação de surdos no Brasil e no Estado do Paraná.

A demanda de educandos surdos inclusos na rede estadual de ensino é

crescente, mas juntamente com esta demanda, a capacitação docente não vem sendo

um fator de preocupação dos empregadores, uma vez que poderiam ser organizados

cursos e capacitações a respeito, mas estas se dão apenas pelos profissionais

envolvidos com os surdos, como Tradutores Intérpretes de Libras e Professores de

Sala de Recurso, que preocupados com esta realidade, organizam e fornecem

capacitações superficiais sobre o assunto.

Observando a realidade do Município de Toledo, este material pretende servir

como subsídio para a implementação de atividades que realizar-se-ão na

Implementação Didático – Pedagógica, pois nesta, pretende-se pensar em estratégias

para a capacitação de docentes da rede estadual deste Município e circunvizinhança,

através de cursos de formação, para o atendimento aos educandos surdos ingressos

no sistema de ensino estadual, contribuindo com a inclusão educacional e social

destes educandos, oportunizando o aprendizado, entendimento e divulgação da

Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.

Page 12: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

11

4. DICAS PARA COMUNICAÇÃO COM UMA PESSOA SURDA

FIGURA 1: Disponível em: http://pt.slideshare.net/alexandrerosado/prticas-pedaggicas-inclusivas-refletindo-sobre-o-aluno-surdo. Acesso em: 17 ago 2016. Adaptado por Gisele

Minozzo dos Santos, 2016.

Page 13: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

12

5. UM SURDO AO MEU LADO... COMO ABORDAR UMA PESSOA SURDA?

Page 14: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

13

FIGURA 2: Disponível em: http://desculpenaoouvi.laklobato.com/2009/05/04/10-dicas-

para-falar-com-um-deficiente-auditivo/. Acesso em: 17 ago 2016.

Page 15: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

14

6. A LÍNGUA DE SINAIS

FIGURA 3: Disponível em: http://chc.org.br/multimidia/revistas/reduzidas/253/?revista

=253#/10/. Acesso em: 18 ago 2016.

Page 16: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

15

7. COMO FUNCIONA O APARELHO AUDITIVO

FIGURA 4: Disponível em: http://chc.org.br/multimidia/revistas/reduzidas/273/?revista

=273#10. Acesso em: 18 ago 2016.

Page 17: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

16

8. O QUE É A LÍNGUA DE SINAIS

LIBRAS é a sigla para denominar a Língua Brasileira de Sinais. Esta Língua foi

oficializada em âmbito federal pela Lei n.º 10.436/02, onde em seu parágrafo

único, compreendemos a Língua Brasileira de Sinais - Libras como, “[...] a

forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza

visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema

linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de

pessoas surdas do Brasil”. (BRASIL, 2002)

Outro fator importante a se ter clareza, diz respeito ao disposto no Decreto n.º

5.626/05, onde em seu artigo segundo exprime a ideia de quem é este sujeito

surdo, não apenas um sujeito com perda auditiva, mas que “[...] compreende e

interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua

cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais – Libras”.

(BRASIL, 2005)

As Línguas de Sinais são consideradas as línguas naturais das comunidades

surdas.

Ao contrário do que muitas pessoas imaginam as Línguas de Sinais não são

simplesmente mímicas ou gestos soltos, sendo utilizados pelos surdos apenas

para facilitar a comunicação, mas são Línguas com estruturas gramaticais

próprias.

Atribui-se às Línguas de Sinais o status de língua porque elas também são

compostas pelos níveis linguísticos: o fonológico, o morfológico, o sintático, o

semântico e pragmático.

O que diferencia as Línguas de Sinais das demais línguas é a sua modalidade

visual-espacial, pois a informação linguística é recebida pelos olhos e

produzida pelas mãos.

A Língua Portuguesa apresenta modalidade oral e auditiva, pois apresenta

percepção e recepção auditiva e produção linguística oral, assim como as

demais Línguas Orais, como por exemplo o espanhol, o alemão, entre outros,

assim, uma pessoa que entra em contato com uma Língua de Sinais irá

aprender outra língua.

Page 18: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

17

9. MINIDICIONÁRIO

SUJEITO SURDO: Conforme o Decreto n.º 5626/05, entende-se por pessoa

surda “aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo

por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo

uso da Língua Brasileira de Sinais – Libras”. (BRASIL, 2005)

TRADUTOR INTÉRPRETE DE LÍNGUA DE SINAIS – TILS: De acordo com o

Livro intitulado ‘O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua

portuguesa’, este profissional caracteriza-se por ser a “Pessoa que traduz e

interpreta a língua de sinais para a língua falada e vice-versa em quaisquer

modalidades que se apresentar (oral ou escrita)”. (BRASIL, 2004, p.11)

MODALIDADES LINGUÍSTICAS: oral-auditiva, visual-espacial, gráfica-visual

– Quando pensamos na Língua Portuguesa e na Língua de Sinais, entende-se

que estas apresentam modalidades distintas. Quando pensamos na Língua

Portuguesa, que é uma língua falada, esta apresenta modalidade oral-auditiva,

ou seja, esta língua utiliza a audição e a articulação através do aparelho vocal

para compreender e produzir os sons que formam as palavras. Já a Língua de

Sinais, que é uma língua sinalizada, apresenta modalidade visual-espacial, ou

seja, utiliza a visão e o espaço para compreender e produzir os sinais que

formam as palavras. Há que se destacar que ambas as línguas, falada ou

sinalizada, podem ter representações numa modalidade gráfica-visual, ou seja,

podem ter uma representação escrita. (BRASIL, 2004, p.9)

Page 19: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

18

MOVIMENTO PONTO DE

ARTICULAÇÃO

CONFIGURAÇÃO DE MÃO

10. CONHECENDO OS PARÂMETROS DA LÍNGUA DE SINAIS

A Língua de Sinais apresenta modalidade espaço-visual, conforme já

apresentado no minidicionário. Como as demais línguas, a Língua de Sinais apresenta

estrutura gramatical própria, e algo importante que se deve conhecer, são os

Parâmetros da Língua de Sinais.

Assim, para a comunicação, há a necessidade de se compreender estes

parâmetros, a fim de conseguir executar corretamente os sinais. Saliento que nesta

cartilha, estes parâmetros serão explicados de forma simples, tendo como base os

estudos de Di Donato e Diniz (2010), Felipe (2006) e HONORA; LOPES (2009).

A figura abaixo, refere-se ao sinal de SEGUNDA-FEIRA, no qual os parâmetros

estão indicados pelas setas e serão explicados a seguir:

FIGURA 5: MAZZAROLLO, 2016.

Configuração da(s) mão(s): é a forma como a mão se organiza, de forma a

representar uma configuração; formas que as mãos tomam na quando da realização

de um sinal. Estas configurações podem ser realizadas pela mão dominante (no meu

caso, sou destra, então a mão direita é minha mão dominante) ou pelas duas mãos,

dependendo do sinal a ser realizado.

Conforme Di Donato e Diniz (2010, p.177-178) estas Configurações se

caracterizam “[...] quanto a: (a) extensão - lugar e número de dedos estendidos; (b)

Page 20: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

19

contração - mãos fechadas sou compactadas; (c) contato e/ou divergência dos

dedos”.

Abaixo, apresentamos o quadro onde estão as configurações de mão, das quais

fazem parte o alfabeto manual e em seguida especificamente o alfabeto manual.

FIGURA 6: Disponível em: <https://pt.scribd.com/doc/89900638/Professor-MEC-

LibrasEmContexto>, Acesso em: 17 ago 2016, p.28. Adaptado por Gisele Minozzo dos Santos, 2016.

Ponto de articulação (PA) ou Locação (L): é o lugar no corpo ou no espaço,

onde é realizado o sinal. De acordo com os estudos de Di Donato e Diniz (2010,

p.181), “Esse espaço é limitado e vai desde o topo da cabeça até a cintura, sendo que

alguns são mais precisos, tais como a ponta do nariz e outros mais abrangentes, como

à frente do tórax. [...]”. No entanto existe ainda uma outra situação de realização dos

sinais, onde estes não possuem uma localização determinada, e segundo Di Donato

e Diniz (2010, p. 181) “[...] este PA é chamado de “espaço neutro”, (...) que é sinalizado

em frente ao tronco, mas não há um lugar certo para a sua produção”.

Movimento: como o próprio nome já diz, representa se o sinal move-se ou não.

Existem vários tipos de movimento, dependendo do sinal que quer realizar. Di Donato

e Diniz (2010, p.180) relatam que

“O movimento pode ser analisado levando-se em conta: (a) o tipo: refere-se às variações do movimento das mãos, pulsos e antebraços, ao movimento interno dos pulsos ou das mãos e ao movimento dos dedos; (b) a direção: pode ser unidirecional, bidirecional ou multidirecional; (c) a maneira: descreve a qualidade, tensão e a

Page 21: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

20

velocidade; (d) a frequência: indica se os movimentos são simples ou repetidos”.

Orientação da Mão (Or) / Direção (Dr): é a direção que o assumirá na

realização do sinal. “A mão do sinalizador pode estar posicionada: para cima e para

baixo; para dentro do corpo e para fora do corpo; de lado virada para dentro do corpo

(contralateral) e de lado, virada para fora do corpo (ipsilateral)”. (Di Donato e Diniz

2010, p.182)

Expressões Não-Manuais (facial e corporal): é a ‘entonação’ dos sinais,

através da utilização de expressões realizadas pelo corpo e/ou face. Conforme Di

Donato e Diniz (2010, p.184) “constituem-se por movimentos elaborados na

articulação da cabeça (lateralização direita/esquerda, inclinação frente / trás), da face

(sobrancelhas, olhos, bochechas, língua, lábios, nariz) ou do tronco (inclinação frente

/ trás, balanceamento dos ombros)”

VAMOS TREINAR!

(Questão 1): Marque adequadamente os parâmetros nos

sinais demonstrados abaixo:

PROFESSOR DIA HORA FELIZ

FIGURA 7: HONORA, M. & LOPES M. Livro Ilustrado de Língua de Sinais. São Paulo: Ciranda Cultural, 2009. Adaptado por Gisele Minozzo dos Santos, 2016.

Page 22: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

21

11. RETROSPECTIVA DO PROCESSO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DE SURDOS

FIGURA 8: REVISTA LÍNGUA DE SINAIS, A Imagem do Pensamento. Vol. 1 p. 10, SP:

Ed. Escala, 2001.

Page 23: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

22

11.1. UMA BREVE RETROSPECTIVA DA EDUCAÇÃO DE SURDOS – parte 1

FIGURA 9: FELIPE, Tanya; MONTEIRO, Myrna Salerno. Libras em Contexto.

2006, p.297 - 298. Adaptado por Gisele Minozzo dos Santos, 2016.

Page 24: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

23

11.2. UMA BREVE RETROSPECTIVA DA EDUCAÇÃO DE SURDOS – parte 2

FIGURA 10: FELIPE, Tanya A.; MONTEIRO, Myrna Salerno. Libras em Contexto.

2006, p.359 - 361. Adaptado por Gisele Minozzo dos Santos, 2016.

Page 25: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

24

VAMOS TREINAR!

(Questão 1): Com base nestes estudos realizados, coloque

V para as afirmações Verdadeiras e F para as Falsas, sendo que as alternativas

falsas devem ser justificadas:

( ) As crianças Surdas, para aprenderem uma Língua de Sinais, devem

obrigatoriamente ser, integradas nas escolas regulares, juntamente com às crianças

ouvintes. ___________________________________________________________

__________________________________________________________________

( ) O Surdo necessita de Intérprete de LIBRAS em quase todos os lugares, por isso a

presença desse profissional é sempre importante na comunicação entre Surdos e

Ouvintes. __________________________________________________________

__________________________________________________________________

( ) A Língua Brasileira de Sinais tem sua origem francesa. _______________________

__________________________________________________________________

( ) O primeiro professor de Surdos no Brasil era uma pessoa Surda. _______________

__________________________________________________________________

( ) N a história dos surdos, sempre houveram escolas especializadas para surdos, que

os ensinavam a Língua de Sinais. _______________________________________

__________________________________________________________________

( ) Na antiguidade os surdos eram considerados cidadãos. ______________________

__________________________________________________________________

( ) Na antiguidade e até hoje confundem o ato de fala como prova de inteligência. _____

__________________________________________________________________

(Questão 2): Marque o que se pede nas questões abaixo:

1. A(s) alternativa(s) que representa(m) corretamente, qual dos seguintes nomes é apropriado culturalmente para identificar as pessoas Surdas:

a) Surdo-Mudo b) Deficiente Auditivo

c) Surdo d) Pessoa Surda

2. Com relação a Comunidade Surda e os sujeitos que as compõe, assinale o que é verdadeiro:

a) As pessoas que ouvem podem fazer parte das Comunidades Surdas. b) Toda pessoa surda faz parte da Comunidade Surda. c) A maioria dos Surdos são filhos de pais Surdos. d) Surdo e Surdo-Cego são denominações erradas e pejorativas.

Page 26: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

25

12. DICAS IMPORTANTES PARA ROFESSORES E COLEGAS DE TURMA

DICAS PARA FACILITAR O TRABALHO DOS PROFESSORES COM ALUNOS SURDOS

1 Converse com seu aluno surdo no início do semestre. Se ele está cursando uma faculdade, é porque já venceu muitos desafios ao longo de sua vida escolar. O próprio aluno poderá sugerir algumas estratégias que facilitem seu processo de aprendizagem.

2 Ao organizar trabalhos em grupo, é importante motivar o estudante surdo a se integrar com os colegas. Não é raro que ocorra certo distanciamento entre alunos surdos e ouvintes.

3 Ao escrever no quadro, procure não falar ao mesmo tempo, pois o surdo ou presta atenção no quadro ou presta atenção no intérprete.

4 Quando aplicar alguma prova escrita, providencie uma cópia para o intérprete. O aluno surdo poderá ter dificuldades com algumas palavras e a cópia facilitará o trabalho do intérprete.

5 Lembre-se de levar em consideração a questão da iluminação sempre que forem utilizados recursos como Datashow e filmes, pois o intérprete precisa estar visível para o surdo.

6 Ao utilizar filmes, procure disponibilizar legenda porque se os diálogos forem muito rápidos o intérprete poderá não conseguir traduzir tudo. Além disso, sem legendas o surdo terá que escolher entre olhar para as imagens ou para o intérprete.

7 Considere que organizar uma aula utilizando recursos visuais torna o conteúdo mais acessível à compreensão do surdo, já que faz uso da memória visual.

8 Ao trabalhar com textos muito extensos, procure fornecê-los com antecedência para o aluno surdo. Assim, ele terá oportunidade de realizar estudo prévio do vocabulário.

9 Trabalhar em conjunto com o intérprete é essencial, pois o professor tem o conhecimento sobre a disciplina e o intérprete tem o conhecimento sobre a língua de sinais e a cultura surda!

FONTE: Disponível em: <http://pimaucs.blogspot.com.br/2012_03_01_archive.html>. Acesso em: 19 ago 2016.

DICAS QUE FACILITAM A CONVIVÊNCIA ENTRE O ESTUDANTE SURDO E SEUS COLEGAS DE TURMA

1 Utilizar a comunicação visual facilitará o diálogo, portanto, mesmo que você saiba poucos sinais, use-os! Não se envergonhe de apontar, desenhar, escrever ou dramatizar.

2 Se posicione de frente para a pessoa surda.

3 Procure manter seu tom de voz normal. Muitas pessoas tendem a falar alto, mas isto não faz com que o surdo possa entender.

4 Para chamar a atenção do surdo, abane as mãos em seu campo visual ou toque-o gentilmente.

5 Na formação de grupos em sala de aula, convide-o para participar, o intérprete intermediará a comunicação.

6 Nos debates em sala de aula é importante falar um de cada vez e articular bem as palavras. Isto, facilita o trabalho do intérprete.

7 Evite passar na frente do intérprete.

8 Em nenhuma hipótese interfira no trabalho do intérprete, por mais que você considere-se capaz em Libras. A decisão de como interpretar, a velocidade, em que posição e em que momento, cabe aos profissionais. As interferências interrompem o processo mental e físico do ato de interpretar e nem sempre são oportunas, ocasionando perda de informação.

9 Ao se comunicar, olhe para o surdo, use o discurso direto “tu, você”. Não diga “pergunte a ele”... “diga a ela”. O papel do intérprete é somente o de intermediador a conversa.

10 Lembre-se: o surdo sentar na frente não é um privilégio, mas uma necessidade.

FONTE: Disponível em: <http://pimaucs.blogspot.com.br/2012_03_01_archive.html>.

Acesso em 19 ago 2016.

Page 27: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

26

13. VAMOS APRENDER A LÍNGUA DE SINAIS?

13.1. ALFABETO MANUAL

FIGURA 11: Disponível em: <http://danianepereira.blogspot.com.br/2014/04/atividades-alfabeto-manual-datilologico.html>. Acesso em: 29 ago 2016. Adaptado por Gisele Minozzo

dos Santos 2016.

VAMOS TREINAR!

(Questão 1): O que significam as palavras abaixo:

a)

___________________________________

b)

___________________________________

c)

___________________________________

d)

___________________________________

e)

___________________________________

Page 28: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

27

13.2. NÚMEROS E SUA REPRESENTAÇÃO NA LIBRAS

É importante saber que na LIBRAS existem três formas para a representação

numérica, as quais são: Números Cardinais, Números Ordinais e Números para

Quantidade.

Vamos relembrar!!

Números Cardinais: indica o número ou quantidade

dos elementos constituintes de um conjunto.

Números Ordinais: introduz ordem e dá ideia de

hierarquia: Primeiro, segundo, terceiro, etc.

Números para Quantidade: em LS há esta distinção dos demais números, onde

a diferença ocorre do 1 ao 4, sendo o mesmo que os Cardinais a partir do número

5. Lembrem-se: estes números são sinalizados com a palma da mão para dentro!

Os NÚMEROS CARDINAIS são utilizados, por exemplo, para números de ônibus,

número da casa, do telefone, entre outros.

FIGURA 12: FELIPE, Tanya A.; MONTEIRO, Myrna Salerno. Libras em Contexto.

2006, p.42. Adaptado por Gisele Minozzo dos Santos, 2016.

Page 29: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

28

Os NÚMEROS PARA QUANTIDADE São utilizados para denominar a quantidade

de pessoas, coisas e animais.

FIGURA 13: FELIPE, Tanya A.; MONTEIRO, Myrna Salerno. Libras em Contexto. 2006,

p.59.

Os NUMEROS ORDINAIS têm a mesma forma dos ordinais, mas possuem

movimento, o que conforme Felipe (2006, p. 228) seu movimento organiza-se “[...] do

PRIMEIRO até o QUARTO têm movimentos para cima e para baixo e os ordinais do QUINTO

até o NONO têm movimentos para os lados. A partir do numeral DEZ, não há mais diferença

entre os cardinais e ordinais”.

FIGURA 14: FELIPE, Tanya A.; MONTEIRO, Myrna Salerno. Libras em Contexto.

2006, p.228. Adaptado por Gisele Minozzo dos Santos, 2016.

Page 30: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

29

VAMOS TREINAR!

(Questão 1): Com relação ao estudado a respeito dos

numerais, marque nas questões abaixo, qual numeral representa corretamente

o apontado em cada questão:

( ) = UM LÁPIS

( ) = 3 CADERNOS

( ) = 1º LUGAR NO CONCURSO

( ) = 5ª ALUNO DA CHAMADA

( ) = 2º LUGAR NA FILA

( ) = 4 LIVROS

( ) = 7 PESSOAS

( ) = 6 CANETAS

( ) = 3 LARANJAS

( ) = 1 BORRACHA

(Questão 2): Complete as lacunas das frases a partir da

sinalização dos números cardinais realizados pelo docente:

a) El@ passou no vestibular em __________________ lugar.

b) Meu amigo é o __________________ na fila do banco.

c) Meu irmão estudou muito e passou em __________________ lugar no concurso.

d) Estamos no __________________ mês do ano.

Page 31: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

30

13.3. SINAIS BÁSICOS PARA COMUNICAÇÃO EM SALA DE AULA

13.3.1. IDENTIDADE E CUMPRIMENTOS

FONTE: HONORA, M. & LOPES M. Livro Ilustrado de Língua de Sinais. São Paulo: Ciranda Cultural, 2009. Adaptado por Gisele Minozzo dos Santos, 2016.

13.3.2. DIAS DA SEMANA

Page 32: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

31

FONTE: HONORA, M. & LOPES M. Livro Ilustrado de Língua de Sinais. São Paulo: Ciranda Cultural, 2009. Adaptado por Gisele Minozzo dos Santos, 2016.

13.3.3. MESES DO ANO

FONTE: HONORA, M. & LOPES M. Livro Ilustrado de Língua de Sinais. São Paulo: Ciranda Cultural, 2009. Adaptado por Gisele Minozzo dos Santos, 2016.

Page 33: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

32

VAMOS TREINAR!

(Questão 1): Abaixo lemos a poesia de Sérgio Capparelli

intitulada ‘A semana inteira’. Traduza as palavras que estão escritas na

Datilologia da Língua de Sinais e, em seguida, enumere os sinais abaixo na

ordem em que aparecem na poesia:

A inteira

A foi à feira,

precisava de feijão;

A foi à feira,

pra comprar um pimentão;

A foi à feira,

pra buscar quiabo e pão;

A foi à feira,

pois gostava de agrião;

A foi à feira,

- Tem banana? Tem

mamão?

não tem feira,

E também

não.

CAPPARELLI, Sérgio. A semana inteira. 2003. Disponível em:

http://www.aartedeensinareaprender.com/2015/09/atividade-pronta-texto-rima-dias-da.html. Acesso em: 09 dez 2016.

( )

( ) ( ) ( ) ( )

( )

( ) ( )

Page 34: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

33

13.3.4. CONHECENDO A ESCOLA

Page 35: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

34

FIGURA 16: CAPOVILLA, Fernando César (et all). Dicionário enciclopédico ilustrado

trilíngue da língua de sinais brasileira. Volume 1 e 2. São Paulo: EdUSP, 2001. Adaptado por Gisele Minozzo dos Santos, 2016.

FIGURA 17: HONORA, M. & LOPES M. Livro Ilustrado de Língua de Sinais. São Paulo:

Ciranda Cultural, 2009. Adaptado por Gisele Minozzo dos Santos, 2016.

Page 36: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

35

VAMOS TREINAR!

(Questão 1): Preencha a cruzadinha, tendo como base os

sinais escolares estudados e apresentados na Língua de Sinais abaixo:

8 11

1

2 9

12

4

Elaborado por Gisele Minozzo dos Santos, 2016.

10

6 *

3

5

7

FONTE: CAPOVILLA, Fernando César (et all). Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue da

língua de sinais brasileira. Volume 1 e 2. São Paulo: EdUSP, 2001. Adaptado por Gisele Minozzo

dos Santos, 2016.

Page 37: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

36

14. REFERÊNCIAS

LIVROS IMPRESSOS E DIGITAIS: BRASIL. O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa. Secretaria de Educação Especial; Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos - Brasília : MEC ; SEESP, 2004. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/tradutorlibras.pdf>. Acesso em: 23 nov 2016. CAPOVILLA, Fernando César (et all). Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue da língua de sinais brasileira: Sinais de A a L. Volume 1. São Paulo: EdUSP, 2001. ______. Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue da língua de sinais brasileira: Sinais de M a Z. Volume 2. São Paulo: EdUSP, 2001. DI DONATO, Adriana; DINIZ, Sandra. Libras I. In: FARIA, Evangelina M.B.; CAVALCANTE, Marianne C.B. (Orgs.) Língua Portuguesa e Libras: teorias e práticas. João Pessoa: Editora Universitária da UFPB, 2010. Disponível em: <http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Portals/1/Files/19373.pdf>. Acesso em: 17 ago 2016. FELIPE, Tanya A.; MONTEIRO, Myrna Salerno. Libras em Contexto: Curso Básico: Livro do Professor. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006. 6ª. Edição. HONORA, M. & LOPES M. Livro Ilustrado de Língua de Sinais. São Paulo: Ciranda Cultural, 2009. LEGISLAÇÃO (Organizadas por ano de oficialização): BRASIL BRASIL. Lei nº 10.436 de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil _03/leis/2002/L10436.htm>. Acesso em: 20 maio 2016. ______. Decreto n.º 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, 23 dez. 2005. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm>. Acesso em: 23 nov 2016.

Page 38: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

37

______. Lei n.º 12.319, de 1º de setembro de 2010. Regulamenta a profissão de Tradutor Intérprete da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/cci vil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12319.htm>. Acesso em: 20 maio 2016. ______. Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_ 03/_ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm>. Acesso em: 20 maio 2016. ESTADO DO PARANÁ PARANÁ. Lei n.º 12.095, de 11 de março de 1998. Reconhece oficialmente, pelo Estado do Paraná, a linguagem gestual codificada na Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e outros recursos de expressão a ela associados, como meio de comunicação objetiva e uso corrente. Disponível em: <http://www.legislacao.pr.gov.br/legi slacao/pesquisarAto.do?action=exibir&codAto=2626&codItemAto=17854>. Acesso em: 20 maio 2016. MUNICÍPIO DE TOLEDO

TOLEDO. Lei “R” Nº 49 do Município de Toledo, de 25 de maio de 2005. Reconhece a linguagem gestual codificada na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e outros recursos de expressão a ela associados, como meios de comunicação objetiva e de uso corrente. Disponível em: http://www.toledo.pr.gov.br/sapl/sapl_documentos/norma_juridica/1655_texto_integral. Acesso em: 20 maio 2016. ______. Lei “R” n.º 74 do Município de Toledo, de 7 de julho de 2009. Institui o Programa Treinamento do Emprego da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para servidores públicos municipais. Disponível em: < http://www.toledo.pr.gov.br/sapl/sapl_documentos/norma_juridica/967_texto_integral>. Acesso em: 20 maio 2016.

SITES PESQUISADOS: TERRES, Ana Lúcia Gil. Programa de Integração e Mediação do Acadêmicos – PIMA. Dicas para facilitar o trabalho dos professores com alunos surdos. Caxias do Sul: 7 março 2012. Disponível em: <http://pimaucs.blogspot.com.br/2012_03_01_ archive.html>. Acesso em: 19 ago 2016. TERRES, Ana Lúcia Gil. Programa de Integração e Mediação do Acadêmicos – PIMA. Dicas que facilitam a convivência entre o estudante surdo e seus colegas de turma. Caxias do Sul: 7 março 2012. Disponível em: <http://pimaucs.blogspot. com.br/2012_03_01_archive.html>. Acesso em 19 ago 2016.

Page 39: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

38

MOIÓLI, Julia. Em que idioma pensam as pessoas que nasceram surdas? In: Revista Mundo Estranho. São Paulo: 27 maio 2013. Disponível em: < http://mundoestranho.abril.com.br/ciencia/em-que-idioma-pensam-as-pessoas-que-nasceram-surdas/>. Acesso em 20 set 2016. HIRATA, Giselle. Existem gírias na língua de sinais dos surdos? In: Revista Mundo Estranho. São Paulo: 6 jan 2011. Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br /cotidiano/existem-girias-na-lingua-de-sinais-dos-surdos/>. Acesso em: 20 set 2016. FIGURAS: FIGURA 1: Instituto Municipal Helena Antipoff. Secretaria Municipal de Educação do

Rio de Janeiro. Práticas Pedagógicas Inclusivas: refletindo sobre o aluno surdo. Rio de Janeiro, 18 fevereiro 2011. Disponível em: http://pt.slideshare.net/alexandrerosado/prticas-pedaggicas-inclusivas-refletindo-sobre-o-aluno-surdo. Acesso em: 17 ago 2016. Adaptado por Gisele Minozzo dos Santos, 2016.

FIGURA 2: BOKATO, Lakshmi. 10 dicas para falar com um deficiente auditivo. São

Paulo, 4 maio 2009. Disponível em: http://desculpenaoouvi.laklobato.com/2009 /05/04/10-dicas-para-falar-com-um-deficiente-auditivo/. Acesso em: 17 ago 2016.

FIGURA 3: FLORES, Ana. Como funciona a língua de sinais? In: Revista Ciência

Hoje das Crianças. Rio de Janeiro, Ano 27, N.º 253, p.28, Janeiro / Fevereiro 2014. Disponível em: http://chc.org.br/multimidia/revistas/reduzidas/253/?revista =253#/10/. Acesso em: 18 ago 2016.

FIGURA 4: ANJELO, Karyn Lia Hamad. Como funciona o aparelho auditivo? In:

Revista Ciência Hoje das Crianças. Rio de Janeiro, Ano 28, N.º 273, p.28, novembro 2015. Disponível em: http://chc.org.br/multimidia/revistas/reduzidas/273/ ?revista =273#10. Acesso em: 18 ago 2016.

FIGURA 5: MAZZAROLLO, Thiago Rafael. Acervo próprio. 2016. FIGURA 6: FELIPE, Tanya A.; MONTEIRO, Myrna Salerno. Libras em Contexto:

Curso Básico: Livro do Professor. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006. 6ª. Edição, p.28. Disponível em: <https://pt.scribd.com/doc/89900638/Professor-MEC-LibrasEmContexto>, Acesso em: 17 ago 2016. Adaptado por Gisele Minozzo dos Santos, 2016.

FIGURA 7: HONORA, M. & LOPES M. Livro Ilustrado de Língua de Sinais. São

Paulo: Ciranda Cultural, 2009. Adaptado por Gisele Minozzo dos Santos, 2016. FIGURA 8: REVISTA LÍNGUA DE SINAIS, A Imagem do Pensamento. Vol. 1 p. 10,

SP: Ed. Escala, 2001.

Page 40: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

39

FIGURA 9: FELIPE, Tanya A.; MONTEIRO, Myrna Salerno. Uma breve retrospectiva da educação de surdos (I). In: Libras em Contexto: Curso Básico: Livro do Professor. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006. 6ª. Edição, p.297 - 298. Adaptado por Gisele Minozzo dos Santos, 2016.

FIGURA 10: FELIPE, Tanya A.; MONTEIRO, Myrna Salerno. Uma breve retrospectiva

da educação de surdos (II). In: Libras em Contexto: Curso Básico: Livro do Professor. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006. 6ª. Edição, p.359 - 361. Adaptado por Gisele Minozzo dos Santos, 2016.

FIGURA 11: PEREIRA, Daniane. Atividades Alfabeto Manual (datilológico).

Disponível em: <http://danianepereira.blogspot.com.br/2014/04/atividades-alfabeto-manual-datilologico.html>. Montes Claros, 18 abril 2014. Acesso em: 29 ago 2016. Adaptado por Gisele Minozzo dos Santos 2016.

FIGURA 12: FELIPE, Tanya A.; MONTEIRO, Myrna Salerno. Libras em Contexto:

Curso Básico: Livro do Professor. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006. 6ª. Edição, p.42. Adaptado por Gisele Minozzo dos Santos, 2016.

FIGURA 13: FELIPE, Tanya A.; MONTEIRO, Myrna Salerno. Libras em Contexto:

Curso Básico: Livro do Professor. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006. 6ª. Edição, p.59.

FIGURA 14: FELIPE, Tanya A.; MONTEIRO, Myrna Salerno. Libras em Contexto:

Curso Básico: Livro do Professor. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006. 6ª. Edição, p.228. Adaptado por Gisele Minozzo dos Santos, 2016.

FIGURA 15: EDITORA ARARA AZUL, acervo do INES. Iconographia dos signaes

dos surdos – mudos. Disponível em: <http://www.editora-arara-azul.com.br/flausi no_gama.pdf>. Acesso em: 20 set 2016.

FIGURA 16: CAPOVILLA, Fernando César (et all). Dicionário enciclopédico

ilustrado trilíngue da língua de sinais brasileira. Volume 1 e 2. São Paulo: EdUSP, 2001. Adaptado por Gisele Minozzo dos Santos, 2016.

FIGURA 17: HONORA, M. & LOPES M. Livro Ilustrado de Língua de Sinais. São

Paulo: Ciranda Cultural, 2009. Adaptado por Gisele Minozzo dos Santos, 2016.

Page 41: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

40

ANEXO 1 - LEGISLAÇÃO VIGENTE

LEI Nº 12.095/98 (11 de março de

1998)

- LIBRAS no PR: Reconhece oficialmente, pelo Estado do Paraná, a linguagem gestual codificada na Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e outros recursos de expressão a ela associados, como meio de comunicação objetiva e uso corrente. - Veja a Lei na íntegra acessando o link: http://www.legislacao.pr.gov.br/legi slacao/pesquisarAto.do?action=exibir&codAto=2626&codItemAto=17854. Acesso em: 20/05/2016.

LEI Nº 10.436/02

(24 de abril de 2002)

- Libras no BR: É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais e outros recursos de expressão a ela associados. - Veja a Lei na íntegra acessando o link: http://www.planalto.gov.br/ccivil _03/leis/2002/L10436.htm. Acesso em: 20/05/2016.

DECRETO N.º 5.626/2005

(22 de dezembro de 2005)

- Regulamenta a Lei n.º 10.436 de 24 de abris de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o artigo 18 da Lei n.º 10.098 de 19 de dezembro de 2000. - Dispõe a respeito da Inclusão da Libras como Disciplina Curricular; Formação do professor de Libras e do Instrutor de Libras; do Uso e da difusão da Libras e da Língua Portuguesa para o Acesso das Pessoas Surdas a Educação; da Formação do Tradutor e Intérprete de Libras – Língua Portuguesa; da Garantia do Direito à Educação das Pessoas Surdas ou com Deficiência Auditiva; da Garantia do Direito à Saúde das Pessoas Surdas ou com Deficiência Auditiva; do Papel do Poder Público e das Empresas que detêm concessão ou permissão de serviços públicos, no apoio ao uso e difusão da Libras; - Veja o Decreto na íntegra acessando o link: http://www.planalto.gov.br /ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm. Acesso em: 20/05/2016.

LEI “R” Nº 49 do

Município de Toledo

(25 de maio de 2005)

- Lei de Libras do Município de Toledo. Reconhece a linguagem gestual codificada na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e outros recursos de expressão a ela associados, como meios de comunicação objetiva e de uso corrente. - Veja a Lei na íntegra acessando o link: <http://www.toledo.pr.gov.br/sa pl/sapl_documentos/norma_juridica/1655_texto_integral>. Acesso em: 20/05/2016.

LEI “R” Nº 74 do Município de

Toledo (7 de julho de

2009)

- Institui o Programa Treinamento do Emprego da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para servidores públicos municipais. - Veja a Lei na íntegra acessando o link: <http://www.toledo.pr.gov.br/sapl/sapl_documentos/norma_juridica/967_texto_integral>. Acesso em: 20/05/2016.

Lei n.º

12.319/2010: (1º de setembro

de 2010)

- Regulamenta a profissão de Tradutor Intérprete da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. - Veja a Lei na íntegra acessando o link: <http://www.planalto.gov.br/cci vil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12319.htm>. Acesso em: 20/05/2016.

LEI nº 13.146 (6 de julho de

2015)

- Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). - Veja a Lei na íntegra acessando o link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_ 03/_ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm. Acesso em: 20/05/2016.

Page 42: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

41

VAMOS TREINAR!

(Questão 1): (CONCURSO TRADUTOR INTÉRPRETE DE LIBRAS – UFPR, 2016). Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE a frase. A Lei Brasileira de Inclusão da pessoa com deficiência (2015) determina que a educação bilíngue para surdos em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas se dê:

A. ( ) Em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua inglesa como segunda língua.

B. ( ) Em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua.

C. ( ) Em Libras como primeira língua e na modalidade sinalizada da língua americana de sinais como segunda língua.

D. ( ) Em português como primeira língua e na modalidade escrita da língua inglesa como segunda língua.

E. ( ) Em Libras como primeira língua e na modalidade oral da língua portuguesa como segunda língua.

(Questão 2): (TRADUTOR E INTÉRPRETE DE LINGUAGEM DE SINAIS – UFPR, 2016) Nos últimos séculos, a educação de surdos vem passando por inúmeras abordagens, mas atualmente os estudos apontam para a importância do ensino bilíngue para surdos, no qual sejam respeitadas as suas duas línguas. Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE as duas línguas dos surdos brasileiros e a ordem de prioridade entre elas.

A. ( ) Português falado como primeira língua e língua de sinais como segunda língua.

B. ( ) Língua de sinais e português falado, simultaneamente.

C. ( ) Língua de sinais como primeira língua e português escrito como segunda língua.

D. ( ) Português escrito como primeira língua e língua de sinais como segunda língua.

E. ( ) Língua de sinais como primeira língua e escrita de sinais como segunda língua.

(Questão 3): (UFPR, 2016) Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE a frase abaixo. Segundo o Decreto nº 5.626/2005 e a Lei nº 13.146/2015 (Lei Brasileira de Inclusão), os tradutores e intérpretes de língua de sinais, quando direcionados à tarefa de interpretar nas salas de aula dos cursos de graduação e de pós-graduação, devem possuir:

A. ( ) Nível superior com habilitação, prioritariamente, em tradução e interpretação em Libras.

B. ( ) Nível superior com habilitação, prioritariamente, em Educação Especial.

C. ( ) Nível médio e curso de Libras com duração de no mínimo cento e oitenta horas.

D. ( ) Nível médio e curso de Libras com duração de no mínimo cento e oitenta horas, além de ProLibras ou certificação emitida pela FENEIS.

E. ( ) Nível superior com habilitação, prioritariamente, de licenciatura em Letras – Libras.

Page 43: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

42

(Questão 4): (UFPR, 2016) Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE a frase. Para atuar com surdo-cegos, o guia-intérprete deve se apropriar de diversos métodos de comunicação, tais como:

A. ( ) Ábaco, Tadoma, língua de sinais em campo visual reduzido e escrita de sinais.

B. ( ) Braille, soroban, alfabeto manual na palma da mão e SignWriting.

C. ( ) Língua de sinais em campo visual reduzido, soroban, escrita de sinais e sistema Malossi.

D. ( ) Tadoma, língua de sinais em campo visual reduzido, escrita na palma da mão e sistema Malossi.

E. ( ) Língua de sinais em campo visual reduzido, escrita na palma da mão, glosas e ábaco.

(Questão 5): (SANTOS, Gisele Minozzo, 2016) Assinale a alternativa que indica CORRETAMENTE o dispositivo legal com a seguinte orientação:

A. Lei nº 12.095/98

B. Lei n.º 10.436/2002

C. Decreto n.º 5.626/2005

D. Lei n.º 12.319/2010

E. Lei n.º 13.146/2015

( ) Em seu conteúdo, descreve que a pessoa surda é aquela que, por ter perda auditiva,

compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais - Libras.

( ) Nesta Lei estão contidas atribuições do tradutor e intérprete, no exercício de suas competências, dentre as quais destacam-se: efetuar comunicação entre sujeitos por meio da Libras para a língua oral e vice-versa; interpretar, em Língua Brasileira de Sinais - Língua Portuguesa, as atividades didático-pedagógicas e culturais, de forma a viabilizar o acesso aos conteúdos curriculares.

( ) Também conhecida como a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, que se destina a assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando a sua inclusão social e cidadania

( ) Reconhece oficialmente, pelo Estado do Paraná, a linguagem gestual codificada na Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS e outros recursos de expressão a ela associados, como meio de comunicação objetiva e de uso corrente.

( ) Contempla esta Lei a compreensão da LS, a qual “Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil”.

Page 44: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

43

ANEXO 2 - EXISTEM GÍRIAS NA LÍNGUA DE SINAIS DOS SURDOS?

FONTE: Disponível em: <http://mundoestranho.abril.com.br/cotidiano/existem-girias-na-

lingua-de-sinais-dos-surdos/>. Acesso em: 20 set 2016.

A modalidade visual-espacial, utilizada na língua brasileira de sinais

(libras), permite expressar emoções, apelos e sensações

Por Giselle Hirata

Sim, existem várias. Algumas, inclusive, muito parecidas com as nossas. A

modalidade visual-espacial, utilizada na língua brasileira de sinais (libras), permite

expressar emoções, apelos e sensações. E, como qualquer outro idioma, ela não

é universal e pode variar até entre grupos da mesma região, dando origem a uma

linguagem popular, as gírias. “Assim como no português, também encontramos

em libras algumas gírias que são usadas em vários estados do Brasil, enquanto

outras têm seu uso restrito a uma determinada região, de acordo com a cultura

de cada lugar”, explica Walkiria Duarte, psicóloga e coautora do novo Deit-Libras.

É por isso que muitas expressões não são reconhecidas por toda a comunidade

surda. Mas isso tende a mudar com a publicação de dicionários e a difusão do

curso de letras libras. Logo, um sinal poderá se tornar uma gíria comum no país

todo, como “tá ligado?” ou “falô!”, entre outras expressões orais que caíram na

boca do povo. Conheça abaixo algumas das gírias mais populares na língua de

sinais.

Page 45: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

44

NOME DA GÍRIA: 007 SIGNIFICADO: Pessoa esperta, inteligente, sedutora, malandra ou com boa lábia

1) Mão direita em “o”, com palma voltada para a esquerda, 2) Deslizar a mão para a direita, mantendo a mesma posição em “o”, 3) Com a mão na altura do ombro, fazer o sinal de “7”

NOME DA GÍRIA: 006 SIGNIFICADO: Pessoa burra, sem lábia ou sem charme 1) Mão direita em “o”, com palma voltada para o lado oposto, 2) Deslizar a mão para a direita,

mantendo a mesma posição em “o”, 3) Com a mão na altura do ombro fazer o sinal de “6”

Page 46: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

45

NOME DA GÍRIA: LEVAR O CANO SIGNIFICADO: Ficar esperando em vão 1) Mão esquerda em “s”, palma voltada para baixo, apontando para a direita,2) Mão direita em “y”, palma voltada para trás, à frente da mão esquerda, 3)Mover a mão esquerda para trás até o mindinho tocar o queixo

NOME DA GÍRIA: AMARELO SIGNIFICADO: Falso, falsidade, fingido 1) Mão direita em “1”, com o indicador tocando o alto da testa, 2) Descer a mão junto ao rosto, mantendo a mão direita em “1”, 3) Deslizar a mão até a altura do queixo, com o dedo indicador em “1”

Page 47: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

46

NOME DA GÍRIA: PEIXE SIGNIFICADO: Pessoa que tem o rosto feio, mas o corpo bonito – “mulher-camarão” ou “raimunda” 1) Mão direita em “x”, com palma voltada para trás. O indicador, apontando para a direita, deve tocar o canto direito da boca, 2) Deslizar a mão em “x” para trás, em direção à orelha direita. Repetir o mesmo movimento duas vezes

NOME DA GÍRIA: TOMADA SIGNIFICADO: Quer dizer o mesmo que as gírias “se liga!”, “acorda!” ou “se anime!” 1) Mão direita em “v”, com palma para trás e dedos apontando para a esquerda. A outra mão com palma para a direita, dedos para cima, 2) A mão em “v” vai em direção à palma da mão de apoio, tocando-a com a ponta dos dedos

Page 48: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

47

NOME DA GÍRIA: ESQUENTADO SIGNIFICADO: Nervosinho, irritado, bravo 1) Mão esquerda em “s”, palma voltada para cima. A mão direita em “x”, com palma voltada para baixo, 2) Esfregar a ponta do dedo indicador direito no antebraço esquerdo, de cima para baixo, indicando irritação ou nervosismo

GESTOS EM COMUM Algumas gírias da língua de sinais utilizam gestos e expressões parecidos ou idênticos aos que usamos no dia a dia

CONSULTORIA: Ricardo Nakasato, professor de língua brasileira de libras da Derdic PUC-SP; Daniel Choi, professor de língua brasileira de libras da Derdic PUC-SP; Maria Inês Vieira, coordenadora do Programa de Acessibilidade da Derdic PUC-SP; Maria Cristina da Cunha Pereira, linguista da Derdic PUC-SP;Novo Deit-Libras: Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira (Libras), de Fernando César Capovilla, Walkiria Duarte Raphael e Aline Cristina Mauricio

Page 49: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

48

ANEXO 3 - EM QUE IDIOMA PENSAM AS PESSOAS QUE NASCERAM SURDAS?

FONTE: Disponível em: < http://mundoestranho.abril.com.br/ciencia/em-que-idioma-

pensam-as-pessoas-que-nasceram-surdas/>. Acesso em 20 set 2016.

Por Julia Moióli

Depende do grau de surdez. Quem apresenta algum nível de audição e estabeleceu a

língua portuguesa como seu código de comunicação vai pensar em português. Já quem nasceu

100% surdo, mas foi educado com a língua de sinais, irá pensar com os gestos feitos para emitir

cada mensagem.

– Quem criou a linguagem de sinais para os surdos?

“Ao adquirir a língua de sinais, o surdo passa a associar imagens aos sinais, da mesma forma

que o ouvinte associa imagens aos sons da fala”, explica Olga Freitas, coordenadora de pós-

graduação em Educação Especial da UCB. Quanto aos que nunca foram expostos à língua de

sinais, não se sabe exatamente como seu cérebro funciona em termos de linguagem. “Às vezes,

o desenvolvimento da linguagem é tão rudimentar que é quase instintivo: fome, sede, vontade

de dormir”, diz Osmar Neto, otorrinolaringologista e professor da FCMSCSP.

CONSULTORIA: Ivani Rodrigues Silva e Maria Cecília Lima, professoras de fonoaudiologia da Unicamp, e Osmar Clayton Person, professor de otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina do ABC.

Page 50: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

49

ANEXO 4 – PRIMEIRO DICIONÁRIO DE LIBRAS FEITO NO BRASIL

FIGURA 15: Disponível em: <http://www.editora-arara-azul.com.br/flausino_gama.pdf>.

Acesso em: 20 set 2016.

Acesse dicionário completo em: http://www.editora-arara-azul.com.br/flausino_gama.pdf

Page 51: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

50

VAMOS TREINAR!

(Questão 1): (CONCURSO INTÉRPRETE DE LINGUAGEM DE SINAIS – UFPR,

2016) Entre os muitos alunos que passaram pelo Imperial Instituto dos Surdos-Mudos, um deles ocupou

papel de destaque: Flausino José da Costa Gama. Flausino evidenciou-se não somente por seu notável

desempenho acadêmico, mas também por seu papel na elaboração da obra considerada a primeira de

Língua Brasileira de Sinais. Assinale a alternativa que indica CORRETAMENTE o nome dessa obra.

A. ( ) Linguagem das Mãos

B. ( ) Educação de Surdos

C. ( ) Iconographia dos Signaes dos Surdos-Mudos

D. ( ) Estudos Surdos

E. ( ) Linguística das Línguas de Sinais

(Questão 2): Flausino José da Costa Gama, quando da organização de sua

obra, considerada o primeiro dicionário de Língua Brasileira de Sinais, ele manifestou a vontade de “[...]

reproduzir as estampas para falantes conversarem com surdos-mudos [...]”. Com base no Alfabeto

Datilológico apresentado, faça a correspondência:

Alfabeto Datilológico Atual

Alfabeto Datilológico de Flausino da Gama

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

Page 52: FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO · 2018-04-30 · QUEM SOU EU?? Graduada em Pedagogia / Licenciatura UNIPAR / Toledo. Graduada em Letras LIBRAS / Bacharelado / UFSC Polo UFPR. Pós-Graduada

51