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SABERES E COMEPETÊNCIAS PARA O ENSINO Palestrante: ÁLIA EINE DE QUEIROZ DAMÁSIO Graduada em Pedagogia Pós-graduada em Psicopedagogia

Palestrante: ÁLIA EINE DE QUEIROZ DAMÁSIO Graduada em Pedagogia Pós-graduada em Psicopedagogia

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  • Palestrante: LIA EINE DE QUEIROZ DAMSIO Graduada em Pedagogia Ps-graduada em Psicopedagogia
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  • Que representa ensinar?
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  • Ao entrar em sala de aula podemos dizer que o professor est ensinando? Para ser um bom professor basta dominar os contedos e ter um bom manual didtico em mos? O que exatamente tem que acontecer para que haja ensino?
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  • Saberes necessrios prtica educativa Ensinar no transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua produo ou sua construo. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. PAULO FREIRE
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  • ENSINAR REQUER : 1) Slidos conhecimentos daquilo que se ensina A apreenso profunda do conhecimento cientfico que se vai ensinar, oferece um marco de segurana sobre as competncias necessrias (capacidades, habilidades, domnios) que concede autoridade ao educador gerando um clima de respeito ante os outros.
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  • 2) Conhecer e respeitar os saberes dos alunos. Ensinar implica vincular a realidade concreta com a disciplina que se ensina. 3) Reflexo sobre a prpria prtica: Encerra o movimento dinmico, dialtico, entre o fazer e o pensar sobre o fazer. Refletir assumir o que se est fazendo com o objeto de conhecimento 4) Apreenso da realidade: A capacidade de ensinar provm da capacidade de aprender;
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  • 5) O "reconhecimento" e a elevao da identidade cultural. "assumir-se como ser social e histrico, como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos (...) assumir-se como sujeito porque capaz de reconhecer-se como objeto" 6) Conscincia do inacabamento onde h vida, h inconcluso; A conscincia do inacabamento o que funda a educao como permanente, ento, a formao como processo contnuo. 7) Liberdade e autoridade. Ensinar implica fazer possvel que a "necessidade do limite seja assumida eticamente pela liberdade"
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  • 8) Esttica e tica Em respeito a natureza humana dos alunos, o ensino dos contedos deve estar relacionado estreitamente com sua formao moral. 9) Coerncia entre o discurso terico e as prprias aes A coerncia entre o que se ensina e o modo como se ensina condio necessria. 10) Capacidade dialgica e afetividade No falando aos outros, como portadores da verdade que se deve ensinar; ensinar supe escutar, porque "escutando que aprendemos a falar com os outros."
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  • 11) Humildade, tolerncia e generosidade. humildade no servilismo, subservincia, reconhecer os limites e equvocos, mas tambm sua possibilidade de superao. A tolerncia, implica reconhecer diferenas e oposies. 12) Alegria e esperana Ensinar supe enfrentar com alegria a possibilidade de criao de novos conhecimentos transformadores e a esperana de construir com eles alternativas para resistir obstculos que se ope a sua busca, a sua prxis e a liberdade dos alunos.
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  • 1. Organizar e dirigir situaes de aprendizagem Conhecer, para determinada disciplina, os contedos a serem ensinados. Trabalhar a partir das representaes dos alunos. Trabalhar a partir dos erros e dos obstculos. 2. Administrar a progresso da aprendizagem Conceber e administrar situaes-problemas ajustadas ao nvel e s possibilidades dos alunos Novas competncias profissionais para ensinar Pirrenaud (2000)
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  • 3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciao Administrar a heterogeneidade no mbito de uma turma. Desenvolver a cooperao entre os alunos e certas formas simples de ensino mtuo. 4. Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho Suscitar o desejo de aprender, explicitar a relao com o saber, o sentido do trabalho escolar e desenvolver no aluno a capacidade de auto- avaliao.
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  • 5. Trabalhar em equipe. Elaborar um projeto em equipe, representaes comuns. Dirigir um grupo de trabalho, conduzir reunies. Formar e renovar uma equipe pedaggica. 6. Participar da administrao da escola. Elaborar, negociar um projeto da instituio. Administrar os recursos da escola. Coordenar, dirigir uma escola com todos os seus parceiros. Organizar e fazer evoluir, no mbito da escola, a participao dos alunos.
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  • 7. Informar e envolver os pais. 8. Utilizar novas tecnologias. 9. Enfrentar os deveres e os dilemas ticos da profisso. Prevenir a violncia na escola e fora dela. Lutar contra os preconceitos e as discriminaes sexuais, tnicas e sociais. Participar da criao de regras de vida comum referentes disciplina na escola, s sanes e apreciao da conduta. Analisar a relao pedaggica, a autoridade e a comunicao em aula. Desenvolver o senso de responsabilidade, a solidariedade e o sentimento de justia. 10. Administrar sua prpria formao continuada.
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  • 1) Transmisso do conhecimento a) Natureza subjetiva: contexto da situao, ou seja, com o professor que o transmite, com os alunos e com os fatos que o cercam. Professor como didata Professor como didata: prope a descoberta Contedo Contedo: inacabado (tem a ver com o aluno, o professor, e os fatos que o cercam. aluno aluno: participa de forma ativa b) Natureza objetiva: conhecimentos sistematizado. Professor informador Professor informador: possui o saber, posio hierrquica; Contedo Contedo: acabado; aluno aluno: ouvir e memorizar Papis que integram a competncia do professor: (Furlani, 2000)
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  • 2) Disciplinamento da situao pedaggica a) Disciplina com sentido implcito de controle- Professor como controlador b) Disciplina associada com alguma forma de organizao da aula Professor como facilitador c) Disciplina no se associa a nenhum valor- Professor com ausncia de disciplinamento. Papis que integram a competncia do professor: (Furlani, 2000)
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  • 3) Avaliao da situao pedaggica a) Classificao do produto que o aluno apresenta Professor classificador : julga o produto que o aluno apresentou na prova ou no trabalho. Professor classificador : julga o produto que o aluno apresentou na prova ou no trabalho. Avaliao: forma do aluno mostrar se aprendeu ou no. Centrada no erro. Avaliao: forma do aluno mostrar se aprendeu ou no. Centrada no erro. b) Diagnstico do trabalho escolar Professor diagnosticador: exerce atitudes respeitosas e estimuladoras. Professor diagnosticador: exerce atitudes respeitosas e estimuladoras. Avaliao: diagnstico que favorece e estimula no aluno a competncia. Avaliao: diagnstico que favorece e estimula no aluno a competncia. Papis que integram a competncia do professor: (Furlani, 2000)
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  • 4) Vivncia de modelos no relacionamento com os alunos: autoritrio, permissivo e democrtico. a) Modelo autoritrio: Ausncia de dilogo Conhecimento imposto atravs de um agente exclusivo Relao professor e aluno tomado como uma disputa b) Modelo permissivo b) Modelo permissivo: Total liberdade de expresso; tudo ocorre de maneira espontnea, sem limite. No h compromisso com a aprendizagem nem com a instituio; O aluno ouvido, mas no h ajuste didtico Papis que integram a competncia do professor: (Furlani, 2000)
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  • c) Modelo Democrtico: Caracteriza-se pelo dilogo; Conhecimento desenvolvido elaborado e reelaborado atravs de uma interao na qual o aluno tem tambm o direito de falar. A polissemia ( mltiplos sentidos) controlada, disciplinada atravs de limites,mas no contida, pois o professor se encontra aberto a outras ideias que o aluno apresenta. As metodologias propostas tm em vista propiciar momentos de descoberta. O aluno incentivado a questionar e suas dificuldades so levadas em conta para uma reavaliao. Papis que integram a competncia do professor: (Furlani, 2000)
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  • PLANO DE AULA (modelo 1) Escola: A disciplina: MATEMTICA Srie: Prof : Data: Horario: 16:00 hs a las 16:50 min. Tempo: 50 TemaContedoObjetivosAtividadesMotivaoTempoRecursosAvaliao Bibliografia
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  • PLANO DE AULA (modelo 2) Escola: Disciplina: MATEMTICA Srie: Prof : Data: Horrio: 16:00 hs s 16:50 min. Tempo: 50 Contedo: Objetivos: Estratgias: 1 momento tempo: 2 momento - tempo: 3 momento tempo: Recursos: Avaliao: Bibliografia:
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  • Modelo 3: Macro fases da aula, segundo Almeida Filho ( 2008) Clima e confiana Apresentao Ensaio e uso Pano
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  • Clima e Confiana 1. Clima e Confiana Momento inicial de contacto do professor com os alunos; Clima: construo do ambiente Confiana: prope reduzir uma eventual impermeabilidade do filtro afetivo. Tempo: 5 a 10. Apresentao 2. Apresentao: Familiaridade do aluno com o contedo a ser ministrado, dilogo, questionamento, demonstrao; Atividade controlada; Tempo: 10 a 15
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  • Ensaio e uso: 3. Ensaio e uso: Possibilita ao aprendiz exercer algum tipo de eleio em relao ao que vai dizer ou escrever e a prontido para o esperado e inesperado do que se vai ouvir ou ler. Tempo: 20 Pano 4. Pano Reconhecimento dos contedos abordados; Tarefas de casa passadas com clareza para que tenha tempo de apontar procedimentos e exemplos. Tempo: 5 a 10
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  • PCNS Parmetros correspondem a um projeto educativo direcionado s escolas com vistas reflexo sobre a prtica pedaggica, ao planejamento das aulas, anlise e seleo de materiais didticos e de recursos tecnolgicos e, em especial, formao e atualizao profissional dos professores.
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  • Volume 01 - Introduo aos PCNs Volume 02 - Lngua Portuguesa Volume 03 - Matemtica Volume 04 - Cincias Naturais Volume 05 - Geografia Volume 06 - Histria Volume 07 - Arte Volume 08 - Educao Fsica Volume 09 - Lngua Estrangeira Volume 10.1 - Temas Transversais - Apresentao Volume 10.2 - Temas Transversais - Pluralidade Cultural Volume 10.3 - Temas Transversais - Meio Ambiente Volume 10.4 - Temas Transversais - Sade Volume 10.5 - Temas Transversais - Orientao Sexual
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  • Os PCNs indicam como objetivos do ensino fundamental, que os alunos sejam capazes de: Compreender a cidadania exerccio de direitos e deveres Compreender a cidadania como participao social e poltica, assim como exerccio de direitos e deveres polticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperao e repdio s injustias, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito; Posicionar-se de maneira crtica Posicionar-se de maneira crtica, responsvel e construtiva nas diferentes situaes sociais, utilizando o dilogo como forma de mediar conflitos e de tomar decises coletivas; Conhecer caractersticas fundamentais do Brasil identidade nacional Conhecer caractersticas fundamentais do Brasil nas dimenses sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noo de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinncia ao pas
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  • Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimnio sociocultural brasileiro posicionando-se contra qualquer discriminao Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimnio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e naes, posicionando-se contra qualquer discriminao baseada em diferenas culturais, de classe social, de crenas, de sexo, de etnia ou outras caractersticas individuais e sociais; Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambien Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interaes entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente; Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiana Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiana em suas capacidades afetiva, fsica, cognitiva, tica, esttica, de inter-relao pessoal e de insero social, para agir com perseverana na busca de conhecimento e no exerccio da cidadania;
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  • Conhecer o prprio corpo e dele cuidar Conhecer o prprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hbitos saudveis como um dos aspectos bsicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relao sua sade e sade coletiva; Utilizar as diferentes linguagens: Utilizar as diferentes linguagens: verbal, musical, matemtica, grfica, plstica e corporal como meio para produzir, expressar e comunicar suas idias, interpretar e usufruir das produes culturais, em contextos pblicos e privados, atendendo a diferentes intenes e situaes de comunicao; Saber utilizar diferentes fontes de informao e recursos tecnolgicos para adquirir e construir conhecimentos Saber utilizar diferentes fontes de informao e recursos tecnolgicos para adquirir e construir conhecimentos; questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolv-los, utilizando para isso o pensamento lgico, a criatividade, a intuio, a capacidade de anlise crtica, selecionando procedimentos e verificando sua adequao. ***
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  • O professor que desrespeita a curiosidade do educando, o seu gosto esttico, a sua inquietude, a sua linguagem, mais precisamente, a sua sintaxe e a sua prosdia; o professor que ironiza o aluno, que o minimiza, que manda que ele se ponha em seu lugar ao mais tnue sinal de sua rebeldia legtima, tanto quanto o professor que se exime do cumprimento de seu dever de propor limites liberdade do aluno, que se furta ao dever de ensinar, de estar respeitosamente presente experincia formadora do educando, transgride os princpios fundamentalmente ticos de nossa existncia. (FREIRE, 1998, p. 66)
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  • BIBLIOGRAFIA: ALMEIDA FILHO. Jos Carlos P. Dimenses comunicativas no ensino de lnguas.5 ed. Campinas (SP): Pontes editora, 2008. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. So Paulo: Paz e Terra, 1997. FURLANI, Lcia M.T. Autoridade do professor: meta, mito ou nada disso? 6ed. So Paulo: Cortez, 2000. PERRENOUD, P. Dez novas competncias para uma nova profisso. Ptio-revista pedaggica. Porto Alegre: Artmed, ano v, n.17, p. 8-12, maio/jul., 2001.