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MARX ,Karl Heinrich; ENGELS, Friedrich. Manifesto Comunista. EbooksBrasil, 2005. Disponivel em: < http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/manifestocomunista.html >. Acesso em: 30 de mar. de 2015. “Um espectro ronda a Europa — o espectro do comunismo. Todas as potências da velha Europa unem se numa Santa Aliança para conjura lo: o papa e o czar, Metternich e Guizot, os radicais da França e os policiais da Alemanha.” (pág. 6) "Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, mestre de corporação e companheiro, numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada; uma guerra que terminou sempre, ou por uma transformação revolucionária, da sociedade inteira, ou pela destruição das duas classes em luta" (pág.7) “... o comércio, a navegação, as vias férreas se desenvolviam, crescia a burguesia, multiplicando seus capitais e relegando a segundo plano as classes legadas pela Idade Média." (pág.9) “A burguesia rasgou o véu de sentimentalismo que envolvia as relações de família e reduziu as a simples relações monetárias.” (pág. 10)

Fichamneto Manifesto Comunista

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MARX ,Karl Heinrich; ENGELS, Friedrich. Manifesto Comunista. EbooksBrasil, 2005. Disponivel em: < http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/manifestocomunista.html>. Acesso em: 30 de mar. de 2015.

Um espectro ronda a Europa o espectro do comunismo. Todas as potncias da velha Europa unem se numa Santa Aliana para conjura lo: o papa e o czar, Metternich e Guizot, os radicais da Frana e os policiais da Alemanha. (pg. 6)

"Homem livre e escravo, patrcio e plebeu, baro e servo, mestre de corporao e companheiro, numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposio, tm vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarada uma guerra que terminou sempre, ou por uma transformao revolucionria, da sociedade inteira, ou pela destruio das duas classes em luta" (pg.7)

... o comrcio, a navegao, as vias frreas se desenvolviam, crescia a burguesia, multiplicando seus capitais e relegando a segundo plano as classes legadas pela Idade Mdia." (pg.9)A burguesia rasgou o vu de sentimentalismo que envolvia as relaes de famlia e reduziu as a simples relaes monetrias. (pg. 10)

la retirou indstria sua base nacional. As velhas indstrias nacionais foram destrudas e continuam a slo diariamente. So suplantadas por novas indstrias, cuja introduo se torna uma questo vital para todas as naes civilizadas, indstrias que no empregam mais Matrias primas autctones, mas sim matrias primas vindas das regies mais distantes, e cujos produtos se consomem no somente no prprio pas mas em todas as partes do globo. (pg.12)

Em lugar do antigo isolamento de regies e naes que se bastavam a si prprias, desenvolvem se um intercmbio universal, uma universal interdependncia das naes. E isto se refere tanto produo material como produo intelectual.(pg. 12)

...a centralizao poltica. Provncias independentes, apenas ligadas por dbeis laos federativos, possuindo interesses, leis, governos e tarifas aduaneiras diferentes, foram reunidas em uma s nao, com um s governo, uma s lei, um s interesse nacional de classe, uma s barreira alfandegria. (pg. 13)

Cada crise destri regularmente no s uma grande massa de produtos j fabricados, mas tambm uma grande parte das prprias foras produtivas j desenvolvidas. Uma epidemia, que em qualquer outra poca teria parecido um paradoxo, desaba sobre a sociedade a epidemia da superproduo. (pg.15)

As armas que a burguesia utilizou para abater o feudalismo, voltam sehoje contra a prpria burguesia. (pg. 16)

A indstria moderna transformou a pequena oficina do antigo mestre da corporao patriarcal na grande fbrica do industrial capitalista. (pg. 17)

As diferenas de idade e de sexo no tm mais importncia social para a classe operria. No h seno instrumentos de trabalho, cujo preo varia segundo a idade e o sexo. (pg. 17)

... operrios de uma mesma fbrica, finalmente operrios do mesmo ramo de indstria, de uma mesma localidade, contra o burgus que os explora diretamente. No se limitam a atacar as relaes burguesas de produo, atacam os instrumentos de produo: destroem as mercadorias estrangeiras que lhes fazem concorrncia, quebram as mquinas, queimam as fbricas e esforam se para reconquistar a posio perdida do arteso da Idade Mdia. (pg. 18)

Durante essa fase, os proletrios no combatem ainda seus prprios inimigos, mas os inimigos de seus inimigos, isto , os restos da monarquia absoluta, os proprietrios territoriais, os burgueses no industriais, os pequenos burgueses. (pg.19)

...o aperfeioamento constante e cada vez mais rpido das mquinas torna a condio de vida do operrio cada vez mais precria os choques individuais entre o operrio e o burgus tomam cada vez mais o carter de choques entre duas classes. (pg.19)

...o processo de dissoluo da classe dominante, de toda a velha sociedade, adquire um carter to violento e agudo, que uma pequena frao da classe dominante se desliga desta, ligando se classe, revolucionria, a classe que traz em si o futuro. Do mesmo modo que outrora uma parte da nobreza passou se para a burguesia, em nossos dias, uma parte da burguesia passa se para o proletariado, especialmente a parte dos idelogos burgueses que chegaram compreenso terica do movimento histrico em seu conjunto. (pg. 21

Todas as classes que no passado conquistaram o poder trataram de consolidar a situao adquirida submetendo a sociedade s suas condies de apropriao. (pg. 22)

Os proletrios no podem apoderar se das foras produtivas sociais seno abolindo o modo de apropriao que era prprio a estas e, por conseguinte, todo modo de apropriao em vigor at hoje. (pg. 22)

Os proletrios nada tm de seu a salvaguardar sua misso destruir todas as garantias e seguranas da propriedade privada at aqui existentes. (pg. 22,23)

O progresso da indstria, de que a burguesia agente passivo e inconsciente, substitui o isolamento dos operrios, resultante de sua competio, por suaunio revolucionria mediante a associao. (pg. 24) Os comunistas s se distinguem dos outros partidos operrios em dois pontos: 1) Nas diversas lutas nacionais dos proletrios, destacam e fazem prevalecer os interesses comuns do proletariado, independentemente da nacionalidade 2) Nas diferentes fases por que passa a luta entre proletrios e burgueses, representam, sempre e em toda parte, os interesses do movimento em seu conjunto. (pg. 25)

O objetivo imediato dos comunistas o mesmo que o de todos os demais partidos proletrios: constituio dos proletrios em classe, derrubada da supremacia burguesa, conquista do poder poltico pelo proletariado. (pg. 25,26)

O que queremos suprimir o carter miservel desta, apropriao que faz com que o operrio s viva para aumentar o capital e s viva na medida em que o exigem os interesses da classe dominante. (pg. 28)

Confessais, pois, que quando falais do indivduo, quereis referir-vos unicamente ao burgus, ao proprietrio burgus. E este indivduo, sem dvida, deve ser suprimido. (pg. 30)

A cultura, cuja perda o burgus deplora, , para a imensa maioria dos homens, apenas um adestramento que os transforma em mquinas. (pg. 31)

Os operrios no tm ptria. No se lhes pode tirar aquilo que no possuem. Como, porm, o proletariado tem por objetivo conquistar o poder poltico e erigir se em classe dirigente da nao, tornar se ele mesmo a nao, ele , nessa medida, nacional, embora de nenhum modo no sentido burgus da palavra. (pg. 33)

Que demonstra a histria das ideias seno que a produo intelectual se transforma com a produo material? As ideias dominantes de uma poca sempre foram as ideias da classe dominante. (pg. 34)

O proletariado utilizar sua supremacia poltica para arrancar pouco a pouco todo capital burguesia, para centralizar todos os instrumentos de produo nas mos do Estado, isto , do proletariado organizado em classe dominante, e para aumentar, o mais rapidamente possvel, o total das foras produtivas. (pg.36)

Isto naturalmente s poder realizar se, a principio, por uma violao desptica do direito de propriedade e das relaes de produo burguesas, isto , pela aplicao de medidas que, do ponto de vista econmico, parecero insuficientes e insustentveis, mas que no desenrolar do movimento ultrapassaro a si mesmas e sero indispensveis para transformar radicalmente todo o modo de produo. (pg. 36,37)

Nada mais fcil que recobrir o ascetismo cristo com um verniz socialista. No se ergueu tambm o cristianismo contra a propriedade privada, o matrimnio e o Estado? E em seu lugar no predicou a caridade e a pobreza, o celibato e a mortificao da carne, a vida monstica e a igreja? O socialismo cristo no passa de gua benta com que o padre consagra o despeito da aristocracia. (pg. 41)

Todavia, a finalidade real desse socialismo Pequeno burgus ou restabelecer os antigos meios de produo e de troca e, com eles, as antigas relaes de propriedade e toda a sociedade antiga, ou ento fazer entrar fora os meios modernos de produo e de troca no quadro estreito das antigas relaes de propriedade que foram destrudas e necessariamente despedaadas por eles. Num e noutro caso, esse socialismo ao mesmo tempo reacionrio e utpico. (pg.42,43)

Os literatos alemes agiram em sentido inverso a respeito da literatura francesa profana. Introduziram suas insanidades filosficas no original francs. Por exemplo, sob a crtica francesa das funes do dinheiro, escreveram da alienao humana sob a critica francesa do Estado burgus, escreveram eliminao do poder da universidade abstrata, e assim por diante. (pg.44)

...os interesses do ser humano, do homem em geral, do homem que no pertence a nenhuma classe nem a realidade alguma e que s existe no cu brumoso da fantasia filosfica. (pg. 45)

A roupagem tecida com os fios imateriais da especulao, bordada com as flores da retrica e banhada de orvalho sentimental, essa roupagem na qual os socialistas alemes envolveram o miservel esqueleto das suas verdades eternas, no fez seno ativar a venda de sua mercadoria entre tal pblico. (pg. 46.47)

Os socialistas burgueses querem as condies de vida da sociedade moderna sem as lutas e os perigos que dela decorrem fatalmente. (pg. 48)

Ele se resume nesta frase: os burgueses so burgueses no interesse da classe operria. (pg.49)

Todavia, na confeco de seus planos, tm a convico de defender antes de tudo os interesses da classe operria, porque a classe mais sofredora. A classe operria s existe para eles sob esse aspecto de classe mais sofredora. (pg.51)

estabelecimento de falanstrios isolados, criao de colnias no interior, fundao de uma pequena Icria, edio da nova Jerusalm e, para dar realidade a todos esses castelos no ar, Veem se obrigados a apelar para os bons sentimentos e os cofres dos filantropos burgueses. Pouco a pouco, caem na categoria dos socialistas reacionrios ou conservadores descritos acima, e s se distinguem dele por um pedantismo mais sistemtico e uma f supersticiosa e fantica na eficcia miraculosa de sua cincia social. (pg.52,53)

Consideraes Crticas:

A obra o manifesto comunista, expressa a viso crtica de Marx e Engels sobre o capitalismo, e a necessidade de unio do proletrio contra a burguesia, est obra de relevncia imensa histrica por se tratar de um documento traa os pontos essenciais da economia e a luta de classes como um fator imutvel da histria.A ideia principal da obra em questo que: s possvel surgir uma sociedade sem classe social e sem explorao se o proletrio se unir, ou seja, parte se do principio utpico, isso seria possvel acontecer depois de um processo logo rduo e com propores quase bblicas.O manifesto comunista serviu de base para vrias teorias polticas e vrios Marxismos, algumas vertente destes Marxismos so radicais e depostas e outras so scio liberais.Todos os modelos operrios depois desta obra beberam dessa fonte e ainda bem, no por se tratar de uma teoria s, mas por se tratar de uma ideologia muito bem construda encima da base terica.Marx e Engels, fornecem ferramentas e necessrias de cunho crtico para entender a relao de pobre x rico, Burgus x proletrio, ascenso e queda na sucesso de poder econmico e social.A obra de grande valia pra quem pretende entender a engrenagem que rege o social e econmico em meio ao processo histrico.