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geraldo peçanha de almeida
Protocolo para tratamentodas dificuldades de aprendizagem na
leitura e
na escrita
Este protocolo faz parte do livro: “Dificuldades de aprendizagem em leitura e escrita.”Pró-Infanti Editora, Curitiba. 2009. Não pode ser vendido separadamente.
geraldo peçanha de almeida
Caro professor,
Pensando em todas as dificuldades de aprendizagem em leitura e escrita a que muitos alunos hoje são envolvidos apresento um protocolo para a intervenção junto à essa clientela. Minha intenção é que este instrumento possa auxiliar os professores na busca por melhores resultados no quesito alfabetização, desenvolvimento da linguagem e consciência lingüística. Trata-se de um auxílio para o trabalho de rotina em sala de aula. Vale ressaltar que este instrumento sozinho talvez não apresente os resultados positivos esperados. Ele é um coadjuvante de uma série de outras atitudes como: ajuda da família, tratamento médico, acompanhamento psicológico, acompanhamento fonoaudiológico e tantos outros aos quais estes alunos podem ser submetidos dependendo dos quadros de dificuldades apresentados. Nos casos mais severos obviamente esses acompanhamentos são imprescindíveis para que os bons resultados possam ser perceptíveis. Já nos casos menos severos ou até mesmo ocasionais, acredito que este protocolo apresente condições de sozinho trazer resultados interessantes. Cabe ao professor adaptar, reformular, direcionar e até mesmo reconstruir as atividades aqui apresentadas, desde que não descaracterize a estrutura central do protocolo. Como este protocolo faz
parte do livro: “Dificuldades de aprendizagem em leitura e escrita”, sugiro que ele seja aplicado apenas nos casos em que a leitura e o entendimento do livro e sua proposta tiverem sido bem assimilados pelos professores.
Bom trabalho.
Respeitosamente,Geraldo Peçanha de Almeida.
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APRESENTAÇÃO
Copyright 2009 by Geraldo Peçanha de Almeidawww.geraldoalmeida.com.br
Protocolo para tratamento das dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita.
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Nominação visual de figuras: esta atividade consiste em possibilitar a criança o reconhecimento visual de imagens, pois sabe-se que sem esse reconhecimento não é possível trabalhar grafemas e traço. Para a execução dessa atividade espera-se que o professor apresente o cartão contendo todas essas imagens e a criança siga nominando-as. O tempo total para a realização não poderá exceder três minutos. O professor deve repetir esta atividade até que o tempo possa estar próximo dos três minutos. Repetir a vontade. Usar outras seqüências de imagem para diversificar a atividade.
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Protocolo para tratamento das dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita.
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O professor deverá perguntar à criança o nome da imagem ao lado. Quando a criança nominar e o professor cons-tatar que a nominação está correta, deve-se apresentar à ela os dois dominós que es-tão ao lado da figura, já recor-tados, e pedir que a criança quantifique os fonemas. Quer dizer, a nominação de ca-chorro deverá levar a criança a perceber que a palavra é composta de três fonemas. Assim, com essa percepção a criança deverá fazer a lógica com a quantidade de marcas do dominó e eleger qual dos dois dominós representa a quantidade de fone-mas. De-cidindo isso a criança deve colocar ao lado da figura o dominó que corresponde à quantidade de fonemas. Prossiga assim com todas as figuras sempre repetindo o mesmo procedimento e dan-do, sempre que for neces-sário, condições para que a criança possa corrigir even-tuais erros.
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Protocolo para tratamento das dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita.Protocolo para tratamento das dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita.
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Teste de Memória Visual: a criança precisa observar a composição geográfica das imagens. Ou seja, ela terá que ser capaz de nominar as imagens que foram compostas a partir das três primeiras imagens geográficas planas apresentadas na cartela. Assim, percebendo que a Quarta imagem da cartela corresponde à junção das três primeiras imagens, ela terá uma avaliação positiva da atividade. Caso contrário, é necessário que o professor repita, por quantas vezes forem necessárias a atividade até que a criança possa desenvolver o mínimo de memorização visual. Esta atividade não tem tempo de duração.
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1
2
3
4
5
6
7
8
Rimas
Rimas decrescentes Rimas crescentes
VÉU
TROFÉU
CHAPÉU
ILHÉU
FOGARÉU
RÉU
TABARÉU
SOLIDÉUO professor diz a palavra-tronco e o aluno tenta lembrar de rimas. Quando ele não lembrar o professor pode ler pacientemente cada uma das palavras que estão na coluna ao lado. Dá-se um tempo para ele pensar, memorizar e repete novamente a leitura. Somente na terceira etapa é que perguntamos a ele: essa palavra que eu disse rima com qual ou quais palavras?
Perdoa
O professor diz a palavra-tronco e o aluno tenta lembrar de rimas. Quando ele não lembrar o professor pode ler pacientemente cada uma das palavras que estão na coluna ao lado. Dá-se um tempo para ele pensar, memorizar e repete novamente a leitura. Somente na terceira etapa é que perguntamos a ele: essa palavra que eu disse rima com qual ou quais palavras?
Céu
MAGOA
CANOA
VOA
ECOA
APERFEIÇOA
RESSOA
AMALDIÇOA
LAGOA
PESSOA
NÉVOA
PÁSCOA
ZOA
TABELIOA
Protocolo para tratamento das dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita.
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Aliteração do ch
Chave
Chaveiro
Chaveado
Chavear
Chaveamento
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O professor diz a palavra-tronco e o aluno tenta lembrar de outras palavras que possam começar pelo mesmo tronco. Assim, o aluno poderá perceber que existe um grupo de palavras que podemos chamar de origem e outro grupo de palavras que podemos chamar de originadas. Sendo assim, percebendo a origem e as originadas de uma palavra como exemplo de chave ele poderá perceber uma série de outras classes como por exemplo “terra: enterrado, terraço, terreiro, terrestre e outros”.
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Aliteração do CL
CLARABELA
CLARABOIA
CLAREAR
CLAREADO
CLAREIA
CLAREAMENTO
CLAREIRA
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O professor diz a palavra-tronco e o aluno tenta lembrar de outras palavras que possam começar pelo mesmo tronco. Assim, o aluno poderá perceber que existe um grupo de palavras que podemos chamar de origem e outro grupo de palavras que podemos chamar de originadas. Sendo assim, percebendo a origem e as originadas de uma palavra como exemplo de chave ele poderá perceber uma série de outras classes como por exemplo “terra: enterrado, terraço, terreiro, terrestre e outros”.
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QU
ELenga-Lenga: esta é uma atividade que tem como princípio desenvolver a percepção de continuidade na narrativa. Com uma chave que simbolicamente representa a abertura da narrativa a criança recebe do professor o desafio que consiste no seguinte: “Aqui está o boi”, diz o professor. Neste momento ele passa a chave para a criança que olha pelo buraco e ao mesmo tempo para a palavra “QUE” e tenta completar e desenvolver a narrativa a partir das frases apresentadas. Exemplo: “Aqui está o boi”, e a criança com a chave na mão completa, “Que bebeu a água”.
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LENGALENGA
Protocolo para tratamento das dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita.
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LENGA LENGA
Quemordeu o gato.
Queabre a portado castelo
de Chuchurumel.
Quebebeu a água.
1. Aqui está a água
2. Aqui está a chave
3. Aqui está o cão
6. Aqui está o gato
7. Aqui está o pau
5. Aqui está o boi
4. Aqui está a morte
Queapagou o fogo.
Queroeu o rabo.
Quebateu no cão.
Quelevou o açogueiro.
Palavra que o deve dizer
professor Palavra que a criançadeve repetir
Palavras com 3 sílabas
Palavra que o deve dizer
professor Palavra que a criançadeve repetir
Palavras com 4 sílabas
Palavras com apenas 1 sílaba Palavras com 2 sílabas
Protocolo para tratamento das dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita.
O professor deve dizer a primeira palavra e pedir que o aluno repita-a fazendo a se-paração do fonema. Quando a palavra a-presentar apenas uma sílaba pedir que o alu-no repita-a tão somen-te. No entanto, a partir do momento que a pa-lavra apresentar duas ou mais sílabas o pro-cedimento passa a ser o sugerido. Ou seja, o professor diz pausada-mente a palavra com-pleta, “bola”, por exem-plo, e o aluno repete “bo + la” que é a divisão dos fonemas. Dessa forma, o aluno será ca-paz de perceber a for-mação de palavras através da rota fonoló-gica. Repita o procedi-mento até que o aluno perceba a lógica.
Palavra que o deve dizer
professor Palavra que a criançadeve repetir
Palavra que o professor deve dizer
Palavra que a criançadeve repetir
BANANA Ba + na + na
CHICLETE
SAPATO
CANELA
JABUTI
Chi + cle + te
Sa + pa + to
Ca + ne + la
Ja + bu + ti
CANIVETE
DOBRADURA
BICICLETA
ESPELHADO
COMPUTADOR
Ca + ni + ve + te
Do + bra + du + ra
Bi + ci + cle + ta
Es + pe + lha + do
Com + pu + ta + dor
PÉ
DÓ
RÉ
DÁ
TI
Pé
Dó
Ré
Dá
Ti
CIPÓ
BONÉ
JABÁ
QUATI
BAMBU
Ci + pó
Bo + né
Ja + bá
Qua + ti
Bam + bu
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Protocolo para tratamento das dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita.
7 8 3 5 4 1 2 6 9 2 4 9
1 4 5 2 3 6 9 8 7 5 3 7
1 5 2 4 7 8 9 6 3 5 6 4
4 2 5 7 1 8 9 6 3 5 4 8
7 3 5 4 8 6 5 7 4 1 2 3
4 2 5 7 1 8 9 6 3 5 4 8
7 3 5 4 8 6 5 7 4 1 2 3
1 4 5 2 3 6 9 8 7 5 3 9
1 5 2 4 7 8 9 6 3 5 6 4
7 8 3 5 4 1 2 6 9 2 4 9
5 4 3 2 6 9 8 7 2 1 6 9
7 4 6 1 2 3 5 8 9 7 8 3
1 3 5 7 9 6 2 4 8 5 7 9
4 8 3 1 2 6 7 9 5 4 8 3
4 7 1 2 5 8 9 6 3 9 6 5
Nominação visual de números: esta atividade consiste em possibilitar a criança o reconhecimento visual de números, pois sabe-se que sem esse reconhecimento não é possível trabalhar grafemas, quantidade e traço. Para a execução dessa ativi-dade espera-se que o professor apresente o cartão contendo todos esses números e a criança siga nominando-os. O tempo total para a realização não poderá exceder três minutos. O professor deve repetir esta atividade até que o tempo possa estar próximo dos três minutos. Repetir a vontade. Usar outras seqüências de números para diversificar a atividade.
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Protocolo para tratamento das dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita.
M
J
F
T
B
R
G
N
ATO
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Manipulação: Esta atividade possibilita a construção de novas palavras a partir de um prefixo ou de um sufixo. Ou seja, dá-se para a criança um início de palavra e ela tenta buscar possíveis junções que resulta-rão em novas palavras. Dessa forma, a ampliação do vocabu-lário desta criança vai se am-pliando e ela segue percebendo o quanto as palavras possuem de semelhança. Também é im-portante lembrar que é a mani-pulação das palavras que possi-bilita que a crianças possa perceber a origem da palavra. Ou seja, quando ela entender a palavra quente, por exemplo, será possível perceber suas ramificações, como: esquen-tado, esquentar, esquertadinho, esquentando, e assim por dian-te. Não há tempo determinado para a execução dessa ativi-dade.
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Protocolo para tratamento das dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita.
BROLHO
MACOTE
FILATO
CORRELA
LIPEDA
PEDANDO
DANVE
FILATO
LABOROS
DENVA
MELOTA
SADOTE
QUEDOTI
DORILA
GOSGUTA
CANCA
BUDIFA
LETINDA
JOVAGO
GORANVA
Leitura de Pseudo-palavras: O professor deve mostrar à criança os quadros onde são apresentadas as seqüências de falsas palavras. Motivar a criança a fazer a leitura pausadamente de todas as pseudo-palavras em voz alta. Proceda dessa forma até que a criança consiga pronunciar cada uma das apresentações. O objetivo desta intervenção é avaliar até que ponto a criança tem destreza fonoarticulatória para pronunciar sílabas, palavras e principalmente junções mais elaboradas como dígrafos, porexemplo. Tempo de execução total da atividade: 5 minutos.
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Protocolo para tratamento das dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita.
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Esta atividade tem como função levar o aluno a perceber a quanti-dade de grafenas ( letras grafa-das) e fonemas ( letras pronun-ciadas, sons). Isso mostrará aos alunos que apresentam as dificul-dades de aprendizagem em lei-tura e escrita as diferenças na composição da leitura e da es-crita. É uma atividade muito simples porém seus resultados são quase sempre surpreenden-tes. Apresente à criança uma imagem para facilitar o desen-volvimento do método. Certifique de que ela reconhece efetivamen-te a imagem. Peça que ela repita duas ou três vezes o nome da fi-gura, identificando-a. Depois pe-ça que ela vá para a primeira fileira de bolinhas e escreva corre-tamente o nome da figura. Na se-qüência, vá para a segunda fileira de bolinhas e peça que a criança coloque o número correspon-dente de letras que a palavra apresenta, pintando as quantida-des de bolinhas correspondente à palavra. Por fim, peça que ela pin-te a quantidade de sons que a pa-lavra possibilita, em número de quadradinhos correspondentes a cada sílaba.
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