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assine: (19) 3233-55962 Uma publicação do Centro de Estudos Espíritas “Nosso Lar” – Campinas/SP

FidelidadESPÍRITA | Março 2010

26 com todas as letraso vERbo E o PRoNoME “SE”

Importantes dicas da nossa língua portuguesa

4 fim dos tempos, fim do mundo?

12 ouvirei falar de guerra erumores de guerra, afirmou jesus

6 falando de fim de mundo

edição Centro de Estudos Espíritas “Nosso Lar” – Depto. Editorialjornalista responsável Renata Levantesi (Mtb 28.765)projeto gráfico Fernanda berquó Spinarevisão Zilda Nascimentoadministração e comércio Elizabeth Cristina S. Silvaapoio cultural braga Produtos Adesivosimpressão Citygráfica

o Centro de Estudos Espíritas “Nosso Lar” responsabiliza-se doutrinariamente pelos artigos publicados nesta revista.

centro de estudos espíritas “nosso lar”Rua Luís Silvério, 120 – vila Marieta

13042-010 Campinas/SPCNPJ: 01.990.042/0001-80 Inscr. Estadual: 244.933.991.112

assinaturasAssinatura anual: R$45,00(Exterior: US$50,00)

fale [email protected] (19) 3233-5596

fale conosco on-line

CADASTRE-SE No MSNE ADICIoNE o NoSSo ENDEREÇo:

[email protected]

18 a nova vinda de jesus

sumário

24 são chegados os tempos

7 as centúrias de nostradamus

10 jesus e os fim dos tempos

16 diz jesus ainda no sermão profético: 24:11/13

20 alegóricas predições.como entendê-las à luz do espiritismo

22 quando tais coisas irão suceder?

Edição EspecialO Fim dos Tempos à Luz do Espiritismo

8 conhecimento do futuro

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Uma publicação do Centro de Estudos Espíritas “Nosso Lar” – Campinas/SP 3assine: (19) 3233-5596 Uma publicação do Centro de Estudos Espíritas “Nosso Lar” – Campinas/SP

Março 2010 | FidelidadESPÍRITA

therezinha oliveira, minha mestra!

editorial

Eu a conheci no mês de Dezembro de 1989, no Centro Espírita “Allan Kardec” de Campi-nas/SP. Desde então, nunca mais me apartei de seus esclarecimentos acerca da Doutrina Espírita, sorvendo, de suas obras, o Espiritismo na sua pureza.

Uma mulher encantadora, de verbo escor-reito, didático, elegante, trato fraterno e de intelecto incomum.

Não há assunto que não saiba tratar e, equi-libradamente, opinar. Da filosofia clássica às modernas descobertas científicas, transita com a facilidade dos sábios e o encanto dos poetas.

Quer em prosa ou em verso, suas idéias cintilam nos céus dos que a conhecem.

Seu senso de justiça, altruísmo e capacidade admirável de compreender o outro a elevam acima do comum das pessoas.

Das situações mais conflitantes, é capaz de encontrar a solução cristã sem dificuldades, atestando que seu conhecimento espírita não é apenas teórico é, sobretudo, prático. Por muitas vezes é a dama sublime, anônima e silenciosa da caridade, e por múltiplas outras, quando representa o Espiritismo nas tribunas humanas, é o sol da verdade a fulgir com força, rigor e absoluta fidelidade a Kardec, a mensagem dos imortais!

Por Emanuel Cristiano - Editor da Revista Fidelidade Espírita

No desejo de preparar trabalhadores para a Seara, Therezinha Oliveira, orienta os com-panheiros que iniciam as tarefas no Centro Espírita “Allan Kardec” de Campinas/SP e em muitas outras Casas. Foi assim, de maneira muito simples, com outros confrades, e sem nenhum privilégio, que recebi seu concurso amigo, iniciando-me nas atividades da Seara de Jesus. Recolhi durante anos, e ainda hoje recolho, as correções amigas e firmes, que me permitiram amadurecer ao longo do tempo e cooperar, modestamente, de forma a não ma-cular a Doutrina dos Espíritos.

Por isso a chamo de mestra!Deus abençoe os passos e a obra luminosa

que Therezinha Oliveira edifica sobre a Terra. Entre aqueles que foram e são tocados pela

lucidez do seu intelecto, a beleza do seu verbo e pela honra da sua amizade tenho, como milhares de amigos e leitores, de reconhecer: Depois que a conheci, minha vida nunca mais foi a mesma!

Que o leitor amigo aprecie sua apresentação a seguir e se ilumine com esta edição especial da Revista Fidelidade, que leva a sua inconfundível assinatura.

Muito obrigado Therezinha Oliveira.

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FidelidadESPÍRITA | Março 2010edição especial

InfâncIa e MocIdade

Paulista, nascida em Cravinhos, passou a infância em Santos, a adolescência em Ribeirão Preto e parte da mocidade em São Paulo, até 1956, quando fixou residência em Campinas.

Trabalhou desde menina em escritó-rios. Formando-se professora primária, não chegou a lecionar, porque ingressou, por concurso, na Prefeitura Municipal de Campinas, aposentando-se ao final como Diretora do Expediente do Gabinete do Prefeito.

coMo conheceu o espIrItIsMo

Foi em Ribeirão Preto, freqüentando o então chamado “catecismo espírita” para crianças, acompanhando a mãe a reuniões mediúnicas (o que lhe proporcionou muita experiência pela observação dos fenôme-nos de manifestação dos espíritos) e lendo livros espíritas que aquela lhe trazia do Centro.

atIvIdades doutrInárIas

Desde 1956, quando passou a residir em Cam-pinas, com sua família, ligou-se ao Centro Espírita “Allan Kardec” (CEAK), e até hoje permanece nesse Centro, muito conhecido e respeitado por seus labores e correção doutrinária. Foi dirigente da USE Intermunicipal de Campinas e presidenta do CEAK, onde atualmente ocupa o cargo de Di-retora de Estudos e Divulgação Doutrinária.

Com mais de 40 anos de atividades ininter-ruptas no movimento espírita, Therezinha tem proferido centenas de palestras em vários estados do país, elaborando diversos cursos e dirigindo grupos mediúnicos e de estudos.

Como jornalista, colaborou por muito tempo no Jornal “Alavanca” e em outros periódicos espí-ritas. Como escritora, tem publicado vários livros: “Iniciação ao Espiritismo”, “Mediunidade”, “Reu-niões Mediúnicas”, “Fluidos e Passes”, “Oratória a Serviço do Espiritismo”, “Estudos Espíritas do Evangelho” (obras agora editadas pelo Depar-tamento Editorial do CEAK), entre outros que se tornaram um grande sucesso editorial, sendo utilizados em Centros por todo o país.

Prima sempre pela fidelidade à Codificação Kardequiana e o cuidado com a pureza doutriná-ria. Os temas filosóficos lhe merecem constante interesse. Aborda em apreciadas palestras e semi-nários a orientação quanto às práticas mediúnicas e, na interpretação das passagens evangélicas, consegue, em especial, imprimir simplicidade e objetividade que esclarecem e agradam aos seus ouvintes e leitores.

therezinha oliveira

fonte:

Editora CEAK

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Uma publicação do Centro de Estudos Espíritas “Nosso Lar” – Campinas/SP 5assine: (19) 3233-5596 Uma publicação do Centro de Estudos Espíritas “Nosso Lar” – Campinas/SP

Março 2010 | FidelidadESPÍRITA edição especial

Fim dos Tempos,Fim do Mundo?

Expressão que tem apavo-rado muita gente porque é entendida como sendo

fim do mundo, a destruição do nosso planeta Terra e de todos os seus habitantes, quem sabe, até a aniqui-lação do universo inteiro.

Astrônomos e outros cientistas também falam, às vezes, de um possível fim de mundo. Mas em ter-mos assim: Quando houver queimado todo seu estoque de hidrogênio, o Sol começará a inflar desmesuradamente, a temperatura da atmosfera terrestre aumentará de modo terrível, rios e oce-anos se evaporarão, todas as formas de vida serão extintas. Quando? Dentro de 5 bilhões de anos! Futuro tão remoto, tão distante assim, mesmo com cataclismos e destruições, não nos impressionam, não nos atemo-rizam.

O que tem inquietado e apavo-rado a humanidade é a idéia de um fim de mundo iminente, próximo, para breve, uma “consumação dos séculos” em nossos dias. E uma idéia que vem do campo religioso, mais especificamente, da Bíblia, que exerce grande influência sobre o pensamento de muitos povos e, dos brasileiros, de modo especial.

Eis alguns exemplos de anúncios

“Os tempos são chegados!”, “Estamos no fim dos tempos!”

Em 999, na Idade Média, difun-dia-se a filosofia do “não mais de mil anos”. Então, as pessoas faziam romarias gigantescas, se desfaziam de seus bens, do que os espertalhões se aproveitaram, diz o teólogo e frei

Daniel (8:17) acabara de ter uma visão. O anjo lhe esclarece: Fica sabendo que a vi-são se refere ao tempo do fim. Era o fim, apenas, do reinado dos reis da Pérsia e da Média.

Ezequiel (7:2). Deus man-da anunciar: O fim chegou! O fim para os quatro cantos da terra. Amós (8:2). Jeová fala ao profeta sobre o fim do povo de Israel. Essas duas profecias somente diziam respeito a certas situações entre os israe-litas e povos vizinhos, eram só para aquele tempo e naquelas circunstâncias.

fonte:

OLIVEIRA, Therezinha. Quando o Evangelho

Fala. Págs. 95 – 112. Editora Allan Kardec.

2007.

por Therezinha oliveira

bíblicos de fim dos tempos no Velho Testamento:

Mariano Foralosso, secretário geral da Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (Isto É, 8/5/96).

Houve quem deixasse de plantar, então, porque não iria haver colheita possível, comenta Hélio Pinto, em O Mundo Vai Acabar? (Visão Espírita, abril/98). Por isso, deve ter faltado alimentos e houve fome em algumas regiões.

No dia 31 de dezembro de 999, o frenesi chegou ao seu clímax.

O Papa Silvestre II celebrou a missa de meia-noite na Basílica de São Pedro, em Roma. Após a missa, um silêncio mortal caiu sobre os pre-sentes. Finalmente, quando o relógio deu a primeira batida, os sinos da igreja começaram a tocar.

O mundo não se acabara! Entre lágrimas e risos, os casais se abraçaram. Os inimigos fizeram as pazes, amigos trocaram beijos e logo a vida voltou ao seu ritmo normal. Texto do escritor inglês Frederick Marten, catalogado no Instituto Cristão de Pesquisas (Novamente na Isto É, 8/5/96).

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FidelidadESPÍRITA | Março 2010edição especial

Não podemos deixar de citar o Apocalipse, talvez, o livro mais famoso, como

profecia de fim de mundo. Teria sido escrito pelo evangelista João (há quem conteste a tradição), em seu exílio na ilha de Patmos.

Apocalípse, em grego, quer dizer coisa encoberta, oculta. Traduzem como revelação, porque, nesse livro, João conta o que lhe foi revelado espiritualmente sobre o futuro da humanidade.

Mas o relato de João é extrema-mente simbólico, com figuras assim: a mulher e o grande dragão vermelho, os quatro cavaleiros, o cavalo branco, o

vermelho, o preto e o amarelo, a besta que veio do mar, a grande Babilônia.

Simbolismo tão hermético que tem dado margem às mais variadas interpretações sobre o seu conteúdo, fantasiosas umas, absurdas outras, por vezes contraditórias entre si.

Teriam sido essas revelações dirigi-das apenas aos agrupamentos do Cris-tianismo nascente, às primeiras igrejas cristãs da época? São mencionadas sete: Éfeso, Esmirna, Pérgarno, Tiatira, Sardes, Filadélfia, Laodicéia.

Ou aponta o destino futuro da humanidade, o nosso futuro? Nova Jerusalém, por exemplo, seria a Terra regenerada.

Falando de Fim de Mundopor Therezinha oliveira

fonte:

OLIVEIRA, Therezinha. Quando o Evangelho Fala. Págs. 95 – 112. Editora Allan Kardec. 2007.

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Março 2010 | FidelidadESPÍRITA edição especial

As Centúrias de Nostradamus

Inevitável, também, citarmos as Centúrias de Nostradamus, de Michel de Notredame, médi-co e astrólogo francês, publicadas em 1555.

Muitos acreditam que nelas se encontram previsões importantes sobre a trajetória da humanidade, algu-mas das quais até já se teriam concretizado.

São também escritas de tal modo que parecem curiosas charadas.

Exemplos: “O menino nascerá com dois dentes na garganta”; “Antes do conflito, o Grande cairá (...), Nas-cido imperfeito, ele nadará a maior parte do caminho”; “O fogo se aproximará da grande cidade nova”.

Mesmo quem pretende sejam essas profecias ver-dadeiras, não pode assegurar que tenha encontrado a chave oculta que permita decifrá-las correta e exa-tamente.

Profecias de fim de mundo alarmantes, como essas, continuam surgindo periodicamente ainda em nossos dias, da boca de religiosos, esoteristas, ou de meros fanáticos. Às vezes levaram grupos de pessoas ao suicídio coletivo, como Jim Jones (na Guiana) e o Portal do Céu (nos EUA).

Datas chegam a ser previstas, mas nunca concre-tizadas. Assis Valente compôs o jocoso “E o mundo não se acabou”, gravado por Carmen Miranda e, mais recentemente, por Adriana Calcanhoto (para ouvir, acesse nosso site: www.nossolarcampinas.org.br).

por Therezinha oliveira

fonte:

OLIVEIRA, Therezinha. Quando o Evangelho Fala. Págs. 95 – 112.

Editora Allan Kardec. 2007.

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FidelidadESPÍRITA | Março 2010edição especial

presciência É o conhecimento prévio, an-

terior aos fatos; equivale, pois, a conhecimento do futuro. Ser PRES-CIENTE é saber alguma coisa antes de acontecer.

PREDIÇÃO é o fato de predizer, de dizer antecipadamente o que vai ocorrer no futuro. PROFECIA tam-bém é dizer antes de acontecer.

E aquilo que foi predito ou anunciado é uma PREDIÇÃO ou PROFECIA.

É POSSÍVEL TER PRESCI-ÊNCIA?

SABER ANTES ALGUMA COISA QUE AINDA NÃO ACONTECEU?

Certamente que sim, se for algo que vai decorrer de circunstâncias, fatos ou planos dos quais já se tenha conhecimento agora.

Desse modo, os meteorologistas predizem se amanhã vai fazer bom ou mau tempo. E os futurólogos anunciam como estará determina-da nação, daqui a 5 ou 10 anos, se conhecerem hoje sua população, recursos e programas de ação.

Naturalmente o acerto das pre-visões dependerá:

- de ter acesso a dados básicos corretos; e

- de se saber deduzir e calcular bem as conseqüências.

Conhecimento do Futuropor Therezinha oliveira

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Uma publicação do Centro de Estudos Espíritas “Nosso Lar” – Campinas/SP 9assine: (19) 3233-5596 Uma publicação do Centro de Estudos Espíritas “Nosso Lar” – Campinas/SP

Março 2010 | FidelidadESPÍRITA edição especial

Mas será possível conhecer o futuro propriamente dito?

Se o que vai acontecer é inu-sitado, imprevisível por não ser seqüência do estado atual nem ter com ele qualquer relação aparente, como pode ser anunciado antes? Essas coisas futuras ainda não exis-tem, são o nada! Já houve alguma vez presciência assim? A predição se cumpriu?

Sim. Eis um exemplo sem qual-quer conotação com religião: o do naufrágio do Titanic. Ocorreu em 1912 e foi previsto por Morgan Ro-bertson numa sua novela de ficção, em 1898 (14 anos antes). Não se pode explicar essa predição pelo aca-so ou coincidência, pois os dados concordantes com o fato real foram muitos: nome do navio (Titan); suas dimensões e tonelagem; ser o maior transatlântico jamais cons-truído e considerado impossível de afundar; rota que fazia (atlântico Norte, Londres – N. Y.) e ser viagem inaugural; número de passageiros (3 mil); quando se deu (numa noite de abril) e por qual motivo (colisão com iceberg); não houve botes salva-vidas suficientes; número de mortos (cerca de 1.500).

teoria da presciência ( Cap. 16 de “ A Gênese” Allan

Kardec) Kardec formulou uma teoria a

respeito. Não explica todos os casos de predição mas ajuda na compre-ensão do processo de conhecimento do futuro.

Um viajor entrando por uma estrada:

- sabe que, se caminhar, chegará ao fim dela

- tem alguma idéia do tempo que gastará para percorrê-la em marcha média

- mas ignora os eventuais aci-dentes da estrada (obstáculo, in-terrupções, bosques ou precipícios no trajeto, se há albergues à sua margem, etc.).

Para um homem que estivesse no cume da montanha seria fácil perceber tudo que o viajor ignora; descendo, poderia predizer-lhe o seu futuro. Acrescentemos à teoria de Kardec: se o viajante subisse à

montanha, poderia, ele mesmo, antever o que o esperava na ca-minhada e predizer, assim, o seu próprio futuro.

conclusão: A predição do futuro nada tem

de sobrenatural. O futuro é desco-nhecido para nós e parece fora do alcance de nossa intervenção, por que resulta de realidades invisíveis e imperceptíveis aos nossos sentidos comuns. Poderemos conhecê-lo se tivermos acesso a essas realidades mais amplas da vida universal.

a dupla vista e os videntes(A segunda vista, O Livro dos

Médiuns, segunda parte, cap. 06 e cap. 14 - item 5)

Nos encarnados o corpo im-pede ou limita a percepção espi-ritual.

Havendo expansão ou desdo-bramento perispiritual (inclusive pelo sono êxtase, sonambulismo) é retomada a percepção extrasen-sorial (que é global, em todo o perispírito, e mais perfeita que a dos sentidos comuns).

Então, podem ocorrer os fenô-menos da vidência, clarividência e dupla vista, que permitem enxergar:

- no plano material, à distância ou através de obstáculos; e

- no plano espiritual (extra-fí-

sico, fluídico), tudo que ali existe e os espíritos.

É possível, também, se ter acesso a conhecimento de outras vidas, que normalmente estão velados pela reencarnação.

recursos que alguns videntes usam A rigor, pois, os videntes não

são adivinhos ou pessoas que vêem o futuro mas, sim, dotados de faculdades de enxergar extrasenso-rialmente.

Para concentrar a atenção, a fim de assim enxergarem, certos viden-tes usam recursos como a bola de cristal, as cartas, os búzios, etc.

Mas não são esses recursos que fazem o vidente enxergar no mundo espiritual e, sim, as suas próprias faculdades espirituais.

O médium espírita não utiliza

Nos encarnados o corpo impede ou limita a percepção espiritual.

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FidelidadESPÍRITA | Março 2010edição especial

fonte:

OLIVEIRA, Therezinha. Encontro de Estudos.

CEAK, 30/07/1988.

nenhum desses recursos, por des-necessários e condicionantes.

Erros e acertos no relato do que vêem

Do que vê, o vidente fará dedu-ções e interpretações pessoais, po-dendo anunciar as conseqüências futuras do que vê.

Mas pode se enganar ou con-fundir, porque:

- está vendo fora dos limites do corpo e, nesse estado, tempo e espaço são dificeis de avaliar, dando às vezes a impressão de um só presente;

- nem sempre sabe avaliar e de-duzir corretamente do que vê.

O que o vidente anuncia pode

não se confirmar, quando a re-alização depender do arbítrio e atividade de outros seres e o curso dos acontecimentos for por eles mudado.

Ex.: Jonas anunciou a destrui-ção de Nínive, que não se concre-tizou. O objetivo do aviso não era destruir mas alertar a necessidade de mudança de comportamento, a fim de se evitar efeitos prejudiciais. A mudança de conduta sustou os efeitos anunciados.

a presciência dos espirÍtos

Em relação a nós, os espíritos libertos são como o vidente ao lado de um cego, porque neles a percepção perispiritual é natural e constante, enquanto que nos encarnados essa percepção é oca-sional, esporádica.

Mas nem todos os espíritos enxergam igualmente.

Os superiores vêm mais que os inferiores, porque:

- tem perispírito mais depurado, que permite melhores percep-ções;

- movimentam-se com mais liberdade no Universo, para obser-var e conhecer;

- do que vêm sabem tirar melhor entendimento.

Há espíritos que desenvolvem muita experiência nesse campo e podem antever acontecimentos que se desencadearão de séculos a milhares de anos depois.

Comparados aos espíritos in-feriores, os superiores são como quem tem microscópio e telescópio ante os que só tem olhos.

a revelacão do futuro pelos espÍritos (Obs: - A segunda vista, O Li-

vro dos Médiuns, segunda parte, cap. 26)

O que vêem a mais que nós, os espíritos poderão nos revelar, atra-vés de visões, audição, psicofonia, sonhos, psicografla, etc.

Mas a revelação do futuro po-derá nos prejudicar.

Ex.: se soubermos que algo já está definido e determinado, não agiremos como o deveríamos fazer, não nos esforçaremos por atingir o objetivo; e se for contrário ao que desejamos, infeliz, podemos cair no desânimo, deixando de lutar; entretanto, mesmo sem a vitória, a luta nos é necessária e benéfica.

Por isso, os bons espíritos: - geralmente não fazem revela-

ção sobre o futuro; - só revelam algo do futuro se

houver um FIM UTIL, NECES-SÁRIO, OPORTUNO.

E nunca o fazem de modo meti-culoso, circunstanciado, pois ainda podem ocorrer alterações, já que a execução, muitas vezes dependerá do livre-arbítrio das criaturas.

Nas ocasiões de perigo, calami-dades, perseguições, costuma haver um providencial desenvolvimento da faculdade de ver o futuro ou aumento de revelações à huma-nidade, para ajudar a entender, enfrentar ou suportar os aconte-cimentos.

Comparados aos espíritos inferiores, os superiores são como quem tem microscópio e telescópio ante os que só tem olhos.

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Março 2010 | FidelidadESPÍRITA edição especial

curecerá, a Lua deixará de dar sua luz; as estrelas cairão do céu (Mt 13:24/25).

Esses sinais não se cumpriram. A modificação dos astros no céu como realidade física não se poderia mesmo dar, pois a ordem do universo não se alte-ra.

São alegorias com imagens vigorosas e forte colorido, esclarece Allan Kardec, ao estudar o tema, no livro A Gênese (XVII, itens 47/57).

Jesus as empregou, porque os homens que o ouviam, então, eram inteligências ainda rudes, incapazes de compreender abstrações metafísicas e de apanhar a delicadeza das formas. Para atingir o coração deles era preciso lhes falar aos olhos, com o auxílio de sinais materiais, e aos ouvidos, por meio da força da linguagem.

Essas alegorias podem simbolizar valores e si-tuações da vida terrena, que estamos habituados a considerar como imutáveis e, entretanto, sofrerão grandes modificações. Ex. Estrelas que caem, podem representar pessoas poderosas perdendo o poder que exerciam.

Na figura do mar em bramidos e ondas, pessoas em perplexidade e terror, o mar talvez simbolize a multidão, as gentes, as massas, e os bramidos e ondas, os movimen-tos de reclamações e clamores das populações.

Jesus eo Fim dos Tempos

No Novo Testamento, Jesus também, por várias vezes, anunciou um “fim dos tempos”.

Quando disse que o Templo de Jerusalém seria destruído, não ficando pedra sobre pedra, os discípu-los, alarmados, quiseram saber mais a respeito dessa consumação dos séculos.

E Jesus indicou para eles certos sinais, no seu sermão profético (Mt 24, Mc 13 e Lc 21): (...) per-seguição aos seguidores de Jesus; Jerusalém sendo sitiada, muitos morrendo e muitos sendo levados em cativeiro; aqueles dias seriam abreviados, por causa dos eleitos, senão ninguém se salvaria.

Essas coisas aconteceram, mesmo. Houve perse-guição aos seguidores de Jesus, começando por Pau-lo, quando foi a Damasco com cartas do sinédrio.

No ano 70 d.C., reagindo a mais uma tentativa de sublevação dos israelitas, os romanos sitiaram Jerusa-lém. Os habitantes sofreram fome. Se o cerco demo-rasse mais tempo, todos teriam perecido à mingua. Finalmente, os romanos invadiram e incendiaram a cidade. Houve muitos mortos e os sobreviventes foram levados cativos para outras regiões, ficando impedidos de voltarem.

Disse ainda Jesus, nesse sermão profético, que os poderes dos céus serão abalados (Mt 24:29), o Sol se obs-

por Therezinha oliveira

fonte:

OLIVEIRA, Therezinha. Quando o Evangelho Fala. Págs. 95 – 112. Editora Allan Kardec. 2007.

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FidelidadESPÍRITA | Março 2010edição especial

Ouvirei Falar de Guerra e Rumores de Guerra, afirmou Jesus

O mundo sempre tem estado em guerras. Notícias dizem que atualmente há no mundo quase cem pontos de belige-

rância. O que leva o homem a fazer guerra é a predo-

minância da natureza animal sobre a espiritual, a busca de satisfação das suas paixões (O Livro dos Espíritos, 742/745).

O homem faz guerra política, na disputa de po-der; econômica, para obter riquezas, industrializar,

por Therezinha oliveira

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Março 2010 | FidelidadESPÍRITA edição especial

Nos primeiros tempos de sua formação, o planeta Terra passou por muitas alterações, amplas, violentas

comerciar; racial, por confronto de etnias; religiosa, por fanatismo e intolerância contra os que pro-fessam outras crenças.

A providência divina não tolhe o livre-arbítrio do homem, deixa que ele guerreie, objetivando levá-lo a conquistar a liberdade e o progresso, pois, após as guerras, as situações dos povos se modifi-cam. A Revolução Francesa, em 1792, que provocou um dos mais sangrentos episódios da história, abriu caminho para idéias de liber-dade, igualdade e fraternidade.

À medida que o homem pro-gredir, a guerra se tornará menos freqüente, porque ele saberá evitar

tudo que a causa. Se, mesmo as-sim, a guerra se fizer necessária, ele saberá adicionar-lhe humanidade, como já o faz com a ação da Cruz Vermelha e as disposições da Con-venção de Genebra.

Haverá grandes terremotos, epidemias e fome em vários lu-gares.

Grandes terremotos podem significar, simbolicamente, modi-

ficações drásticas nas estruturas sociais.

Quanto a flagelos destruidores, consideremos primeiramente: muitas das calamidades que as-solam o mundo não provêm das mãos de Deus; o que as causa é a irresponsabilidade e violência do próprio homem.

Mas há, sim, fenômenos natu-rais que independem da vontade humana, podendo causar muita destruição e morte: terremotos, maremotos, erupções vulcânicas, furacões.

São modificações necessárias, providenciais na natureza. Acomo-dam a crosta terrestre e renovam

a atmosfera. Fazem as coisas che-garem mais prontamente a uma ordem melhor, em alguns anos se realiza o que necessitaria de muitos séculos.

Nos primeiros tempos de sua formação, o planeta Terra passou por muitas alterações, amplas, violentas. Atualmente, ainda as sofre, já não tão freqüentes, nem tão gerais.

Durante a vida, o homem co-mum tudo relaciona ao seu corpo e como esses acontecimentos funestos lhe causam prejuízos, os chama, então, de f lagelos. Mas após a morte pensa de outra maneira. A vida do corpo é quase nada, um século do nosso mundo é um relâmpago na eternidade. Se pudéssemos nos elevar pelo pensamento, de maneira que abrangêssemos toda a humanida-de numa visão única, esses flagelos terríveis não nos pareceriam mais do que tempestades passageiras no destino do mundo.

Peste, fome, inundações, in-tempéries fatais à produção da terra.

Têm servido para que o homem procure os meios de neutralizar ou atenuar tantos desastres e os ache na ciência, nos trabalhos de arte, no aperfeiçoamento da agricultura, nos afolhamentos e nas irrigações, no estudo das condições higiênicas. Quando o homem souber aproveitar todos os recursos da sua inteligência e, ao cuidado pelo seu bem estar ma-terial, souber aliar o sentimento de uma verdadeira caridade para com os semelhantes quanto não fará pelo bem-estar material seu e dos outros! (O Livro dos Espíritos, 741).

fonte:

OLIVEIRA, Therezinha. Quando o Evangelho

Fala. Págs. 95 – 112. Editora Allan Kardec.

2007.

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FidelidadESPÍRITA | Março 2010edição especial

Diz Jesus ainda no Sermão Profético: Mt 24:11/13

Levantar-se-ão muitos falsos profetas que seduzirão a muitas pessoas. Os profe-tas são os porta-vozes do Alto, os

médiuns. Falsos profetas são os que fingem ser médiuns mas não são, ou os que supõem erroneamente serem porta-vozes espirituais ou os que o querem ser.

Encarnados ou não, sem-pre existiram falsos profetas no mundo. Nos dias de hoje, também é preciso estar vigilan-te, não aceitar suas doutrinas perniciosas.

E, porque abundará a ini-qüidade, a caridade (o amor) de muitos esfriará. Quando a iniqüidade, a injustiça e os desmandos proliferam, muitos vacilam na fé, perdem a confiança no bem.

Rui Barbosa escreveu: De tanto ver triun-farem as nulidades, (...) prosperar a desonra, (...) crescer a injustiça, (...) agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser

honesto. Ante os descalabros sociais da atualidade, em muitos a caridade, o amor vem esfriando...

Mas quem tem conhecimento da imortalidade e da perfeita justiça de Deus, que, ao longo

das reencarnações, dá a cada um segundo suas obras, não pode perder a fé. Quem sabe que a marcha do progresso é uma lei divina, irresistível na conso-lidação do bem e correção do mal, e que fora da caridade não há salvação, não tem como desa-nimar no amor ao próximo.

Aquele que perseverar até o fim será salvo, concluiu Jesus.

Aquele que persistir, perse-verar no bem, até o fim, de cada

tarefa, de cada existência, se salvará, sim, da ignorância, dos vícios e dos erros, pois os irá superando, e se libertará rumo à verdade e ao amor, à luz e à paz.

Aquele que perseverar até o fim será salvo, concluiu Jesus

por Therezinha oliveira

fonte:

OLIVEIRA, Therezinha. Quando o Evangelho Fala. Págs. 95 – 112.

Editora Allan Kardec. 2007.

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Março 2010 | FidelidadESPÍRITA edição especial

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FidelidadESPÍRITA | Março 2010edição especial

A Nova Vinda de Jesus

Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com seus anjos e então dará a cada um segundo as suas obras

Jesus também anunciou, várias vezes, uma segunda vinda sua à Terra, no futuro. A esse segundo

advento do Cristo, os cristãos deno-minaram Parúsia (do grego Parousia: presença; visita oficial de um príncipe a um lugar qualquer).

Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e ape-drejas os que te são envia-dos, quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha recolhe os seus pintainhos debaixo de suas asas, e não o quiseste!

Eis que a vossa casa vos f icará abandonada (deserta), pois eu vos digo: não me vereis, desde agora, até o dia em que direis: Bendito o que vem em nome do Senhor! (Mt 23:37, Lc 13:34).

Porque o Filho do ho-mem há de vir na glória de seu Pai, com seus anjos e então dará a cada um segundo as

suas obras. Digo-vos em verdade, que alguns daqueles que aqui se encontram não sofrerão a morte, sem que tenham visto vir o Filho do homem no seu reino (Mt 16:27/28).

Ao sumo sacerdote que indagara: És tu o Cristo? Jesus responde: Eu o sou e vereis um dia o Filho do homem assentado à di-reita da majestade de Deus e vindo sobre as nuvens do céu (Mc 14:60/63).

Tomando a promessa ao pé da letra, seguidores seus esperaram que ele retornasse logo, em car-ne. Esperaram em vão, porque não aconteceu.

Jesus, porém, não disse que voltaria num corpo carnal, mas que viria na glória de seu Pai e sobre as nuvens do céu, símbolos evidentes de manifestação espiritual.

E espiritualmente Je-sus de fato voltou. Materializando-se, reapareceu aos seus apóstolos e a muitos

por Therezinha oliveira

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Março 2010 | FidelidadESPÍRITA edição especial

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FidelidadESPÍRITA | Março 2010

dos discípulos, em situação de grande poder e autoridade espiritual. Neste sentido, muitos dos que o seguiam viram o Filho do homem no seu reino, mesmo antes de desencarnarem.

Ainda hoje há quem espere um retorno de Jesus em carne e para breve. Não perceberam que, espiritualmente, Jesus já está conosco e, do plano invisível com suas equipes de espíritos benfeitores, vem velando pela hu-manidade terrena, para que haja continuidade de progresso e evolução moral.

Um dia, todos en-tenderão melhor o que Jesus quis dizer e aceitarão sua sábia orientação, passando a amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mes-mos. Até as religiões se unificarão em torno de verdades espirituais básicas, formando, finalmente, um só rebanho e um só pastor.

Ainda sobre sua vinda, disse Jesus, no sermão profético:

Então, o sinal do Filho do homem aparecerá no céu e todos os povos da Terra estarão em prantos e gemidos e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com grande majestade. Ele enviará

seus anjos, que farão ouvir a voz retumbante de suas trombetas e que reunirão os seus eleitos dos quatro cantos do mundo, de uma extre-midade a outra do céu (Mt 24:30/31).

Esta imagem lem-bra outra, a do juízo final.

Quando o Filho do homem vier em sua ma-jestade, acompanhado de todos os anjos, assen-

tar-se-á no trono de sua glória; e, reunidas à sua frente todas as nações, ele separará uns dos outros, como um pastor separa dos bodes as ovelhas, e colocará à sua direita as ovelhas e à sua esquerda os bodes.

Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita:

Vinde, benditos de meu Pai, tomai pos-se do reino que vos está preparado desde o princípio do mundo (Mt 25:31/46).

fonte:

OLIVEIRA, Therezinha. Quando o Evangelho Fala.

Págs. 95 – 112. Editora Allan Kardec. 2007.

edição especial

Um dia, todos entenderão melhor o que Jesus quis dizer e aceitarão sua sábia orientação

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Março 2010 | FidelidadESPÍRITA edição especial

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FidelidadESPÍRITA | Março 2010edição especial

Alegóricas Predições.Como entendê-las à luz do Espiritismo

Ao longo do tempo e, mais especial-mente, nos últimos dois mil anos de Cristianismo, através de lutas e

dores, acertos e erros, inúmeras reencarnações, a humanidade vem evoluindo.

Chegará uma época em que, pelo progresso moral de seus habitantes, o planeta Terra irá ascender na hierarquia dos mundos, passando de planeta de provas e expiações a planeta de regeneração.

Os bons, que Jesus representa como ovelhas, úteis e mansas, terão direito a continuar reen-carnando aqui, confirmando o que fora dito no sermão da montanha, os mansos herdarão a terra.

Os que ainda não quiseram aproveitar os ensinamentos, figurados como bodes, viciosos e agressivos, serão exilados para mundos infe-riores, mais de acordo com suas inclinações (O Evangelho segundo o Espiritismo, XI, item 14).

Nem todos os retardatários serão expurga-dos, porque muitos cederão à força das circuns-tâncias e ao exemplo dos bons. Os exilados para os mundos inferiores nele expiarão seus erros; ao mesmo tempo, terão novas oportunidades de se redimirem, retomando a caminhada do próprio progresso e ajudando os espíritos me-nos evoluídos de lá a também progredirem.

É um grande juízo, um grande julgamento. Geral, porque para todos os habitantes da Terra, encarnados ou não. Cada qual, em seu livre-arbítrio e por seus atos, se classificando como bode ou como ovelha.

Mas não é um juízo final, definitivo, no sentido de condenação eterna ou aniquila-

mento, porque a oportunidade de progresso continuará.

E este Evangelho do reino será pregado em toda a Terra, para servir de testemunho a todas as nações. É então que o fim chegará (Mt 24:14).

Justamente quando o Evangelho houver sido pregado em todo o mundo é que virá o fim? Terminará tudo? Talvez melhor não pregar o Evangelho, para o mundo não acabar...

Não será o mundo físico que terá fim, o que deixará de existir será o “velho” mundo moral, explica Allan Kardec.

Divulgada amplamente, a mensagem do Evangelho irá sendo assimilada, começará a iluminar as consciências, fará ver a realidade da vida imortal e levará as pessoas a darem mais valor às coisas do espírito que às da matéria.

É o anúncio do final de grande ciclo evolutivo para a humanidade terrena. O Es-piritismo vem contribuindo muito para que o Evangelho seja restaurado em sua pureza primitiva, em seu verdadeiro sentido, e di-vulgado a todas as criaturas. Ainda assim não se trata de fazer prevalecer a letra evangélica, mas as idéias que condizem com a verdade e a moral cristã, mesmo que revestidas de outras formas, científicas, filosóficas ou religiosas. Estudar Kardec para viver Jesus.

por Therezinha oliveira

fonte:

OLIVEIRA, Therezinha. Quando o Evangelho Fala. Págs. 95

– 112. Editora Allan Kardec. 2007.

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Março 2010 | FidelidadESPÍRITA edição especial

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FidelidadESPÍRITA | Março 2010edição especial

moral, será feito ao longo de todos os mil anos desse terceiro milênio.

Mas depois desses mil anos mais, certamente a Terra já terá passado por todas as transforma-ções necessárias e será, enfim, um planeta de regeneração?

Quanto a esse dia e hora nin-guém o sabe, nem os anjos que estão no céu nem o Filho, mas somente o Pai. (Mc 13:32)

Nem Jesus pôde predizer a data certa! Porque a grande transfor-mação dependerá do livre-arbítrio das criaturas humanas, de que queiram ou não progredir e de que o façam mais depressa ou mais devagar.

Entretanto, por certos indí-cios será possível ir percebendo o processo de transformação da Terra. Indícios não no Sol nem nas estrelas, mas no estado social e nos fenômenos, mais de ordem moral do que físicos.

Quando tais coisas irão suceder?

Jerusalém, Jerusalém, que tão mal me recebeste, a um mil tu chegarás, mas de dois mil não

passarás, teria Jesus falado assim? Não consta do Novo nem do Ve-lho Testamento. Estaria na Cabala Judaica, na Pirâmide de Keops, ou em outras fontes do misticismo milenar, que também parecem prever uma época semelhante.

Quanto ao ano dois mil, não importa mais, porque já passou! E sobre o Terceiro Milênio? Os espíritas falam dele com grande esperança.

Nessa época, o planeta Terra já terá passado de mundo de provas e expiações a planeta de regeneração. Haverá nele mais paz, menos doenças, melhor or-ganização social, maior conheci-mento intelectual e vivência mais espiritualizada.

Já começou o Terceiro Milê-nio? Então, agora, tudo vai ficar bem, rapidamente! Não, a vida na Terra não mudará de um ano para outro, nem em dezenas de anos. A natureza não dá saltos. A evolu-ção dos habitantes da Terra, seu maior desenvolvimento intelecto-

por Therezinha oliveira

fonte:

OLIVEIRA, Therezinha. Quando o Evangelho

Fala. Págs. 95 – 112. Editora Allan Kardec.

2007.

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Março 2010 | FidelidadESPÍRITA edição especial

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FidelidadESPÍRITA | Março 2010edição especial

Analisemos nosso mundo, nossa época, quanto ao progresso intelecto-mo-

ral, e perceberemos muitos sinais de que, de fato, são chegados os tempos! Grandes transformações se operando no planeta e na hu-manidade.

Alguns só estão vendo males, confusão, prejuízos. Mas há tam-bém muito esforço construtivo, compreensão e fraternidade. Há populações famintas e povos di-zimados pela fome, sim, mas a tecnologia começa a aumentar a capacidade de produzir para melhor abastecimento geral.

Guerras mundiais, morticínio e destruição em massa afligem o planeta, mas já damos proteção à natalidade e conseguimos melhor qualidade de vida!

Vandalismo inútil e destrutivo acontece, mas também que inacre-ditáveis conquistas tecnológicas!

Holocaustos, genocídios, racis-mo redivivo, entretanto, crescem as idéias de fraternidade, como cantam John Lennon no seu “Ima-gine” e Paul McCartney, em “Ebony and Ivory” (em parceria com Stevie Wonder).

Degradação moral, permissivida-de, instintos desenfreados, contudo

vão sendo abolidos a intolerância cruel e os preconceitos milenares!

AIDS, pragas e pandemias, dro-gas destruidoras vigem, porém, de outro lado, surgem maravilhosos avanços da medicina, com vacinas, antibióticos, medicamentos mila-grosos, biogenética, alertamento preventivo, tratamento, solidarie-dade!

Egoísmo, orgulho e vaidade, indiferença dos ricos e poderosos, ainda existem, mas não impedem o altruísmo, o idealismo, a abnegação dos homens de boa vontade, as organizações voltadas para o bem comum, como os “Médicos sem

São Chegados os Tempos(“sinais dos tempos”, a gênese, allan Kardec, cap. Xviii)

por Therezinha oliveira

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Março 2010 | FidelidadESPÍRITA edição especial

Aperfeiçoemo-nos intelectual e moralmente! Perseveremos na Verdade e no Amor!

fronteiras”, ou as 220 mil organi-zações não governamentais que no Brasil atuam no campo da caridade (Artigo “Os Heróis Anônimos”, da revista Veja, citado pelo SEI-RJ de 3/10/98).

Tantos problemas a resolver, carências a atender, multidões por esclarecer e educar. E tantas coisas extraordinárias já produzidas e em realização!

Neste “fim dos tempos”, nestes “tempos chegados” as grandes trans-formações desarvoram o geral das populações e geram boatos e inter-pretações dúbias, mas não afetam as mentes acostumadas ao pensamen-to crítico-construtivo.

Esclarecidos pela Doutrina Espírita:

- Entendamos os acontecimen-tos não apenas do ponto de vista material e pessoal, mas espiritual e coletivo;

- Confiemos na providência divi-na, que traduz a sabedoria de Deus e o seu amor pela sua criação;

- Não esqueçamos: somos todos seres imortais. O que quer que nos aconteça materialmente, não deixa-remos de existir e a vida universal

continuará, sempre rica de opor-tunidades, ensejando progresso e felicidade;

- Enfrentemos as mudanças que se fizerem necessárias com serenida-de, coragem, resignação, esperança e amor;

- Somos instrumentos divinos

dessa transformação para melhor. Procuremos, em qualquer situ-

ação, cumprir bem nossos deveres, fazer o melhor ao nosso alcance, em favor de nós mesmos e dos nossos irmãos em humanidade.

Aperfeiçoemo-nos intelectual

e moralmente! Perseveremos na Verdade e no Amor!

O mundo vai acabar... O velho mundo egoísta e materialista que havíamos criado! Abençoado esse fim de mundo!

Trabalhemos por uma huma-nidade mais espiritualizada e mais fraterna. Para que a Terra, nossa abençoada escola de vida, deixe de ser o mundo de provas e de expiações que ainda é, e se torne, enfim, o nosso tão desejado mundo de regeneração!

Um mundo em que o mal não mais predominará, e o bem crescerá e se expandirá, vitorioso, produzin-do, para todos nós e pelos séculos sem fim, a paz geral e merecida felicidade.

Adeus, mundo velho!Bem-vindo, mundo novo!

fonte:

OLIVEIRA, Therezinha. Quando o Evangelho

Fala. Págs. 95 – 112. Editora Allan Kardec.

2007.

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FidelidadESPÍRITA |Março 2010

fonte:

MARTINS, Eduardo. Com Todas as Letras. Pág. 47. Editora Moderna.

São Paulo/SP, 1999.

por Eduardo Martins

com todas as letras

O Verbo e oPronome “se”

Quem presta atenção em placas já deve ter reparado que elas muitas vezes expressam as formas populares de linguagem e nem

sempre as mais corretas do ponto de vista gramatical. Assim, é comum encontrar nas estradas a indicação: “Vende-se frutas”. Ou, à entrada dos prédios, o anún-cio:

“Aluga-se apartamentos”. Nos dois exemplos, o verbo deveria estar no plural.

Ou seja, vendem-se frutas e alugam-se apartamentos. Existe uma razão para isso: frutas e apartamentos são o sujeito de cada uma das orações. E manda a gramática que o verbo concorde com o seu sujeito (o termo a que o verbo se refere). O se, nesse caso, chama-se pronome apassivador e acompanha verbos que exigem objeto sem preposição (transitivos diretos) na formação da voz passiva sintética ou pronominal.

Para fixar essa noção, veja uma série de casos em que o plural se impõe: Nunca se viram (e não “se viu”) tantas pessoas no auditório. / Usam-se (e não “usa-se”) também sacos de areia para aumentar a firmeza dos diques. /Já não se fazem (e não “se faz”) homens como antigamente. / Não se conhecem (e não “se conhece”) bem os motivos da atitude. / Por adultos, entendam-se (e não “entenda-se”) maiores de 21 anos. / As promoções reduzem os preços quando se compram (e não “se compra”) mais de dois pares de sapatos.

Há uma regra prática que facilita o entendimento: basta substituir o verbo pela forma da voz passiva ana-lítica (basicamente, verbo ser mais particípio). Então: Vendem-se morangos, morangos são vendidos. /Alugam-se apartamentos, apartamentos são alugados. / Usam-se sacos de areia, sacos de areia são usados. / Entendam-se como adultos maiores de 21 anos, sejam entendidos como adultos maiores de 21 anos. / As promoções reduzem os preços quan-

do se compram mais de dois pares de sapatos, ... quando são comprados mais de dois pares de sapatos.

Na locução verbal, é o auxiliar que se flexiona: Não se podem impor (não podem ser impostas) as pró-

prias idéias. / Não se devem tirar (não devem ser tiradas) conclusões apressadas a respeito. / São estas as recomendações que se costumam fazer (que costumam ser feitas).

Para alguns gramáticos, na locução, o verbo pode ficar no singular: Não se pode impor esquemas... / Não se deve tirar conclusões apressadas. Mesmo eles, no entan-to, reconhecem que o plural é o mais comum, nessa situação.

Em um ou outro caso especial, o auxiliar não varia. Basta recorrer à regra prática que a forma a usar se torna mais ou menos evidente:

Pretende-se refazer as normas da empresa. Como não se diria “pretendem ser refeitas as normas”, o ver-bo fica no singular. Outros exemplos: Não se conseguiu obter informações. / Tenta-se contratar novos funcionários. / Quer-se introduzir novos processos de impressão.

É importante lembrar, finalmente, que o verbo não se altera quando é seguido de preposição (o se, nesse caso, é o índice de indeterminação do sujeito):

Trata-se (e não “tratam-se”) de casos diferentes. / É ur-gente que se rompa (e não “se rompam”) com esses padrões. / Precisa-se (e não “precisam-se”) de ascensoristas. / Deve-se (e não “devem-se”) recorrer a novos exemplos. / Pode-se (e não “podem-se”) necessitar de mais vendedores.

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Uma publicação do Centro de Estudos Espíritas “Nosso Lar” – Campinas/SP 27assine: (19) 3233-5596 Uma publicação do Centro de Estudos Espíritas “Nosso Lar” – Campinas/SP

Março 2010 | FidelidadESPÍRITA mensagem

“E ele, assentando-se, chamou os doze e disse-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro, será o último de todos e servo de todos.”

(Marcos, 9:35.)

Maiorais

Emmanuel - Chico XavierVinha de Luz

Ser dos primeiros na Terra não é problema de solução complicada.

Há maiorais no mundo em todas as situações. A ciência, a filosofia, o sacerdócio, tanto quanto

a política, o comércio e as finanças podem exibi-los, facilmente.

Os homens principais da ciência, com legítimas exceções, costumam ser grandes presunçosos; os da filosofia, argutos sofistas do pensamento; os do sacerdócio, fanáticos sem compreensão da verdadei-ra fé. Em política, muitos dos maiorais são tiranos; no comércio, inúmeros são exploradores e, nas finanças, muitos deles não passam de associados das sombras contra os interesses coletivos.

Ser dos primeiros, no entanto, nas esferas de Jesus sobre a Terra, não é questão de fácil acesso à criatura vulgar.

Nos departamentos do mundo materializado, os principais devem ser os primeiros a serem servidos e contam com a obediência compulsória de todos.

Em Cristianismo puro, os espíritos dominantes são os últimos na recepção dos benefícios, por-quanto são servos reais de quantos lhes procuram a colaboração fraterna.

É por isto que em todas as escolas cristãs há nu-merosos pregadores, muitos mordomos, turbas de operários, cooperadores do culto, polemistas valio-sos, doutores da letra, intérpretes competentes, re-formistas apaixonados, mas raríssimos apóstolos.

De modo geral, quase todos os crentes se dis-põem ao ensino e ao conselho, prontos ao combate espetaculoso e à advertência humilhante ou vaidosa, poucos surgindo com o desejo de servir, em silêncio, convencidos de que toda a glória pertence a Deus.

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Centro de Estudos Espíritas“nosso lar”

R. Prof. Luís Silvério, 120vl. Marieta - Campinas/SP

(19) 3386-9019 / 3233-5596

Ônibus:vila Marieta nr. 348* Ponto da benjamim Constant em frente à biblioteca municipal.

www.nossolarcampinas.org.br

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aberto ao público:Necessário Inscrição:3386-9019 / 3233-5596

aberto ao público:Necessário Inscrição:3386-9019 / 3233-5596

atividades para 2010

cursos dias horários início

1º ano: Curso de Iniciaçãoao Espiritismo com aulas eprojeção de filmes (em telão)alusivos aos temas. Duração1 ano com uma aula por semana. 2ª Feira 20h00 - 21h30 01/03/2010

1º ano: Curso de Iniciaçãoao Espiritismo com aulas eprojeção de filmes (em telão)alusivos aos temas. Duração1 ano com uma aula por semana. domingo 10h00 - 11h00 07/03/2010

2º ano 3ª Feira 20h00 - 22h00 02/02/2010 Restrito

2º ano Sábado 16h00 – 18h00 06/02/2010 Restrito

3º ano 4ª Feira 20h00 - 22h00 03/02/2010 Restrito

3º ano Sábado 16h00 – 18h00 06/02/2010 Restrito

evangelização da infância Domingo 10h00 – 11h00 Fev / Nov Aberto ao público

mocidade espírita Domingo 10h00 – 11h00 ininterrupto Aberto ao público

atendimento ao público

Assistência Espiritual: Passes 2ª Feira 20h00 - 20h40 ininterrupto Aberto ao Público

Assistência Espiritual: Passes 4ª Feira 14h00 - 14h40 ininterrupto Aberto ao Público

Assistência Espiritual: Passes 5ª Feira 20h00 - 20h40 ininterrupto Aberto ao Público

Assistência Espiritual: Passes Domingo 09h00 - 09h40 ininterrupto Aberto ao Público

Palestras Públicas Domingo 10h00 - 11h00 ininterrupto Aberto ao Público

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