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1 PROCESSO Nº 01/2016 RELATÓRIO DE ATIVIDADES E BALANÇO ANUAL DA FIDENE E SUAS MANTIDAS EXERCÍCIO 2015 PARECER ASSEMBLEIA GERAL DA FIDENE Nº 01/2016 APROVADO EM 15/04/2016. I RELATÓRIO O Presidente do Conselho Diretor da FIDENE, professor Martinho Luís Kelm, encaminhou ao Presidente do Conselho Curador, senhor Walter Joel de Moura, em 11 de abril de 2016, o documento que apresenta o Relatório de Atividades e Balanço da FIDENE e suas mantidas exercício 2015, o qual irá compor os Volumes I e II, cujo conteúdo foi apreciado na plenária do Conselho Diretor, nesta mesma data e, após emitir o seu parecer, encaminhou para análise e deliberação do Conselho Curador. O Conselho Curador, reunido em 11 de abril de 2016, analisou os documentos e emitiu seu parecer, encaminhando para análise da Assembleia Geral da FIDENE. A Assembleia Geral da FIDENE, reunida no dia 15 de abril de 2016, analisou todos os pareceres e emitiu seu parecer. 1. Aspectos Gerais do Relatório Balanço 2015 O Relatório de Atividades e Balanço 2015 da FIDENE constitui-se, a partir da análise dos documentos contábeis da FIDENE/UNIJUÍ, que irão compor o Volume II do Balanço 2015. Serviram de base para este parecer os seguintes documentos: - Resolução de Diretrizes Orçamentárias da FIDENE para 2015; - Orçamento Programa da FIDENE - OPF 2015; - Balanço Patrimonial da FIDENE em 2015 e 2014; - Demonstração do Superávit/Déficit dos Exercícios da FIDENE em 2015 e 2014; - Notas Explicativas FIDENE 2015; - Relatório da Auditoria Independente - Baker Tilly Brasil RS Auditores Independentes S/S, em 04/03/2016; - Relatório de Atividades 2015. Este relatório apresenta a análise do Balanço Patrimonial da FIDENE, Demonstração dos Déficits/Superávits da FIDENE Consolidado e Demonstração dos Resultados das Mantidas da FIDENE. As demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil para entidades sem finalidade de lucros (Resolução 1409/12 do CFC). 2. Balanço Patrimonial da FIDENE A análise é redigida no sentido de contextualizar o quadro geral da FIDENE à luz do esforço institucional na busca da sustentabilidade econômico-financeira, cujos resultados refletem a influência dos contextos interno e externo. O Balanço Patrimonial apresenta a composição e os saldos das contas patrimoniais dos grupos do Ativo, do Passivo e do Patrimônio Social da FIDENE em 2015 e 2014.

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PROCESSO Nº 01/2016 – RELATÓRIO DE ATIVIDADES E BALANÇO ANUAL DA

FIDENE E SUAS MANTIDAS – EXERCÍCIO 2015

PARECER ASSEMBLEIA GERAL DA FIDENE Nº 01/2016 APROVADO EM 15/04/2016.

I – RELATÓRIO

O Presidente do Conselho Diretor da FIDENE, professor Martinho Luís Kelm, encaminhou ao

Presidente do Conselho Curador, senhor Walter Joel de Moura, em 11 de abril de 2016, o documento

que apresenta o Relatório de Atividades e Balanço da FIDENE e suas mantidas – exercício 2015,

o qual irá compor os Volumes I e II, cujo conteúdo foi apreciado na plenária do Conselho Diretor,

nesta mesma data e, após emitir o seu parecer, encaminhou para análise e deliberação do Conselho

Curador.

O Conselho Curador, reunido em 11 de abril de 2016, analisou os documentos e emitiu seu

parecer, encaminhando para análise da Assembleia Geral da FIDENE.

A Assembleia Geral da FIDENE, reunida no dia 15 de abril de 2016, analisou todos os

pareceres e emitiu seu parecer.

1. Aspectos Gerais do Relatório Balanço 2015

O Relatório de Atividades e Balanço 2015 da FIDENE constitui-se, a partir da análise dos

documentos contábeis da FIDENE/UNIJUÍ, que irão compor o Volume II do Balanço 2015. Serviram

de base para este parecer os seguintes documentos:

- Resolução de Diretrizes Orçamentárias da FIDENE para 2015;

- Orçamento Programa da FIDENE - OPF 2015;

- Balanço Patrimonial da FIDENE em 2015 e 2014;

- Demonstração do Superávit/Déficit dos Exercícios da FIDENE em 2015 e 2014;

- Notas Explicativas FIDENE 2015;

- Relatório da Auditoria Independente - Baker Tilly Brasil RS Auditores Independentes S/S,

em 04/03/2016;

- Relatório de Atividades 2015.

Este relatório apresenta a análise do Balanço Patrimonial da FIDENE, Demonstração dos

Déficits/Superávits da FIDENE Consolidado e Demonstração dos Resultados das Mantidas da

FIDENE. As demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas

no Brasil para entidades sem finalidade de lucros (Resolução 1409/12 do CFC).

2. Balanço Patrimonial da FIDENE

A análise é redigida no sentido de contextualizar o quadro geral da FIDENE à luz do esforço

institucional na busca da sustentabilidade econômico-financeira, cujos resultados refletem a influência

dos contextos interno e externo. O Balanço Patrimonial apresenta a composição e os saldos das contas

patrimoniais dos grupos do Ativo, do Passivo e do Patrimônio Social da FIDENE em 2015 e 2014.

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2.1. As Contas do Ativo

As contas do Ativo compreendem os Bens, os Direitos e as demais aplicações de recursos

capazes de honrar os compromissos assumidos pela Instituição e estão divididas em dois grupos, o

Ativo Circulante e o Ativo Não Circulante. O quadro 01 apresenta os saldos das contas do Ativo em

31 de dezembro de 2015 e de 2014, bem como os percentuais da análise horizontal, que serão

analisadas na sequência.

Quadro 01 - Contas do Ativo do Balanço Patrimonial da FIDENE – Exercícios 2015 e 2014.

O saldo Total do Ativo em 2015 era de R$ 134.990.033,84, enquanto em 2014 era de R$

128.914.630,37, o que representa um aumento nos bens e direitos de aproximadamente 6 milhões de

reais, os quais serão detalhados na sequência.

I – ATIVO CIRCULANTE: Este grupo compreende os valores de liquidez imediata que se

espera realizar em até doze meses após a data do balanço. Em 2015, o saldo do Ativo Circulante ficou

em R$ 29.672.176,28 e, em 2014, o saldo era de R$ 26.405.805,61.

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Neste grupo, em 2015 o saldo do Disponível somou R$ 788.371,27 e compreende os valores

em Caixa e Bancos. Este saldo ratifica a escassez de recursos financeiros disponíveis no fluxo de caixa

da Instituição em 2015.

O saldo dos Direitos Realizáveis de curto prazo totalizou R$ 23.927.728,94 em 2015. Neste

subgrupo, a rubrica Mensalidade de Alunos apurou um saldo de R$ 16.439.907,33 e compreende os

valores a receber dos estudantes e do FIES. Nesta rubrica, restou um saldo de aproximadamente 6,6

milhões de reais, a receber em 2016, referente à concessão de FIES, que em 2015 contabilizou R$

38.037.581,80.

A rubrica Bolsas de Estudos Reembolsáveis aumentou o saldo em R$ 533.043,66. O saldo da

rubrica Renegociação de Dívidas aumentou em R$ 315.138,72, ocasionada por dois fatores: o

ajuizamento de ações pela Assessoria Jurídica e a procura espontânea de estudantes para renegociar

seus débitos.

O saldo da rubrica Clientes por Serviço reduziu em R$ 1.067.867,63, decorrente do

recebimento de notas fiscais de projetos com a CEEE – Companhia Estadual de Energia Elétrica do

Rio Grande do Sul e de convênio com o Município de Ijuí. Nesta rubrica houve baixas de cliente de

serviços por prescrição de prazo de cobrança no montante de R$ 44.138,75.

A rubrica Outros Créditos apresenta um aumento no saldo em R$ 789.978,15, nos itens

Modalidade de Pagamento Estendido, adiantamento de férias e cheques pré-datados.

No Exercício de 2013, a FIDENE passou a constituir uma Provisão para Clientes

Inadimplentes, registrada no grupo Direitos Realizáveis. No exercício 2014 houve alteração no critério

utilizado para o cálculo da provisão, que passa a ter como base a mensalidade escolar bruta, a dedução

das bolsas, das gratuidades e dos valores a receber do FIES, aplicando-se sobre este resultado o

percentual médio da inadimplência do ano anterior. Desta forma, contabilizou R$ 83.123,80 de

reversão para ajustar o valor no exercício 2015.

O quadro 02 detalha a composição dos saldos das rubricas dos Direitos Realizáveis de curto

prazo e a oscilação destes saldos de 2014 para 2015.

Quadro 02 - Composição dos Direitos Realizáveis de curto prazo da FIDENE 2015 e 2014.

O saldo do subgrupo Estoques ficou em R$ 1.829.117,18 e se refere aos Materiais de

Consumo, Livros Editados, Material Gráfico, Setor Agropecuário e outros materiais destinados às suas

finalidades institucionais. Deste montante, R$ 1.229.057,02 se refere aos estoques de livros da Editora.

O saldo do subgrupo Despesas Antecipadas se refere a valores a serem apropriados de acordo

com seu período de competência, por ocasião da geração da despesa. Fazem parte deste grupo os

contratos de seguro, vale transporte, juros a apropriar e multa do parcelamento do FGTS e PROIES

(Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior). O

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saldo em 2014 era de R$ 2.518.195,43 e em 2015 contabilizou R$ 2.354.927,91, a redução no saldo se

deve, principalmente, pela apropriação dos juros dos parcelamentos do FGTS e PROIES.

O saldo do subgrupo Recursos de Projetos é de R$ 772.030,98 e apresenta crescimento em

relação ao saldo de 2014, decorrente do recebimento de valores dos convênios, tais como Automação

de Subestações, Desenvolvimento de Novos Produtos Alimentícios à Base de Carne Peixe (DCVida) e

Conhecer para Transformar (AGIT).

II – ATIVO NÃO CIRCULANTE: Este grupo abrange Ativos de natureza associada ao

longo prazo e está subdividido em subgrupos do Realizável a Longo Prazo, Investimentos,

Imobilizado e Intangível. Em 2015, o saldo do Ativo Não Circulante é de R$ 105.317.857,56,

enquanto em 2014 era de R$ 102.508.824,76.

O subgrupo Realizável a Longo Prazo contempla os valores a receber a partir de 2017 e seu

saldo é de R$ 6.695.150,23. A conta Bolsas de Estudo Reembolsáveis representa 35,18% do

Realizável em Longo Prazo, sendo um programa de apoio financeiro aos estudantes, tendo estes a

obrigação de restituir após a conclusão dos estudos num período igual à concessão do benefício. No

exercício 2015, a entidade passou a demonstrar o Fundo de Garantia de Operações de Crédito

Educativo – FGEDUC criado pela Lei nº 12.087/09, um fundo garantidor de crédito de natureza

privada, que opera no âmbito do FIES, que contabilizou de R$ 1.499.726,76, o que representa 22,40%

do Realizável a Longo Prazo.

O saldo da conta Alunos - Modalidade Pagamento Estendido de longo prazo totalizou R$

868.048,05 e reduziu o saldo em relação ao exercício 2014, decorrente da diminuição no ingresso de

estudantes nesta modalidade de pagamento.

O subgrupo Renegociação de Dívidas apresenta um saldo final de R$ 1.657.163,01 e se refere

às negociações com prazos mais amplos dos débitos dos inadimplentes. Cabe apontar que a soma dos

valores a receber das rubricas dos Contratos de Renegociações dos alunos no curto e longo prazo soma

um montante de 4,7 milhões de reais e ampliou o volume financeiro do final do exercício 2014 que era

de 4,1 milhões de reais.

O subgrupo Investimentos representa as participações em ações em empresas de telefonia,

empresas de energia elétrica e integralização de cotas capital nas Cooperativas SICREDI e COTRIJUÍ.

O saldo ficou em R$ 197.553,14, com pouca variação em relação ao saldo de 2014.

O saldo do Intangível é de R$ 41.882.000,00 e permanece inalterado, uma vez que não há

reavaliação da Marca.

O saldo do Imobilizado somou R$ 56.543.154,19, enquanto que em 2014 era de R$

53.243.600,33, o que mostra uma ampliação em 3,3 milhões de reais. E decorre, principalmente, pela

conclusão da construção de Imóveis, dentre eles, o auditório do DCEEng e sanitários do campus Ijuí,

melhorias da Infraestrutura como asfaltamento do campus Ijuí, doação e aquisição de Bens Móveis de

laboratório, hardware, audiovisual e comunicação, material bibliográfico, veículos e móveis e

equipamentos em geral.

Dos investimentos e melhorias realizadas em 2015, pode-se relatar que o valor Imobilizado

totalizou R$ 4.959.371,92, dos quais R$ 1.628.682,15 são provenientes de Doações, R$ 818.129,93 de

Convênios com recursos externos e R$ 2.512.559,84 de recursos próprios. Adicionam-se ao valor

Imobilizado as despesas com reformas e transferência de ambientes, manutenção, conservação e

instalação, que executaram R$ 1.015.383,92. Estas melhorias somaram R$ 5.974.755 e representam

4,37% da receita total.

O quadro 03 apresenta o resumo dos investimentos que foram Imobilizados no âmbito da

FIDENE em 2015.

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Quadro 03 - Quadro dos Imobilizados 2015.

Ainda, no que se refere aos bens registrados no controle patrimonial da instituição, cabe

assinalar os bens recebidos em comodato no montante de R$ 215.885,30, dos quais R$ 65.620,55

foram contabilizados e agregados ao patrimônio em 2015.

Cabe registrar as informações sobre as salas de aula nos diferentes campi da UNIJUÍ. No

conjunto de 177 salas de aula, 168 estão climatizadas e 102 dispõem multimídia fixo. E 100% das

salas de aula utilizadas em 2015 têm as cadeiras estofadas e 95% das salas estão climatizadas.

Os investimentos e melhorias no ano de 2015 foram significativamente incrementados em

relação aos anos anteriores, como demonstra o anexo 10.

2.2. Contas do Passivo e Patrimônio Social

As contas do Passivo registram as Obrigações da Instituição com funcionários, fornecedores,

instituições financeiras e terceiros. O Patrimônio Social registra o patrimônio inicial, as reservas, as

reavaliações e os resultados acumulados. O quadro 04 apresenta os saldos das contas do Passivo e

Patrimônio Social em 31 de dezembro de 2015 e de 2014, apresentadas na sequência.

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Quadro 04 - Contas do Passivo e Patrimônio Social da FIDENE – 2015 e 2014.

I – PASSIVO CIRCULANTE: O saldo do grupo do Passivo Circulante é de R$

35.208.733,24 e apresenta um aumento de 8,14% em 2015 se comparado ao ano de 2014.

O saldo do subgrupo Empréstimos e Financiamentos de curto prazo era de R$

19.008.853,16, sendo 2,7 milhões de reais superior ao ano de 2014, em função da renegociação com o

Banrisul, utilização do limite de crédito do Bansicredi e aumento do saldo do mútuo. Cabe destacar a

quitação de empréstimo com o BicBanco e a diminuição do saldo a pagar da modalidade consignados.

O detalhamento dos Empréstimos e Financiamentos de curto prazo é apresentado no quadro 05.

Quadro 05 - Empréstimos e Financiamentos de curto prazo da FIDENE.

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O saldo da rubrica Bancos conta Empréstimos de curto prazo passa de R$ 8.026.465,00 em 2014

para R$ 10.450.370,95 em 2015. Cabe relatar que, em 2015, o saldo da soma das rubricas Bancos

conta Empréstimos de curto e de longo prazo incluídas as Provisão Encargos Financeiros somou R$

21.796.060,74 e, em 2014, era de R$ 26.468.698,35, ou seja, uma redução de 4,6 milhões de reais,

decorrente do pagamento dos compromissos com o sistema financeiro.

O saldo da rubrica Contratos de Mútuo de curto prazo em 2015 foi de R$ 7.478.197,25, enquanto

que em 2014 era de R$ 5.393.146,62. Cabe citar que, em 2015, o saldo da soma das rubricas Contratos

de Mútuo de curto e de longo prazo incluídas as Provisão Encargos Financeiros ficou em R$

11.207.997,05, enquanto que em 2014 era de R$ 10.049.939,55, ou seja, uma ampliação de 1,1

milhões de reais no saldo final.

O saldo das Outras Fontes de Financiamento - CDC - Crédito Direto ao Consumidor se refere aos

consignados, que em 2014 era de R$ 1.824.478,91 e em 2015 ficou em R$ 773.260,91 no curto prazo.

O saldo da soma das rubricas de CDC no curto e no longo prazo passa de R$ 2.650.013,13 em 2014

para R$ 773.260,91 em 2015, o que mostra redução em 1,8 milhões de reais.

O saldo do subgrupo Obrigações Empregatícias de curto prazo ficou em R$ 12.489.972,94.

Nele estão registradas as rubricas de Provisão Ações Trabalhistas e Ações Cíveis. Em 31 de

dezembro de 2015, a FIDENE era reclamada em ações trabalhistas que, baseado na opinião dos

advogados, foram classificadas com êxito provável o montante de R$ 866.283,85. Buscando uma

transparência na informação e por conservadorismo da Instituição todo o montante foi provisionado.

Existem ainda ações consideradas como Perda Possível que, na mesma data, totalizavam R$

487.250,00.

No tocante à rubrica Ações Cíveis, em 31 de dezembro de 2015 a FIDENE era reclamada em

ações cíveis, cujos valores envolvidos totalizavam R$ 31.964.888,57, que baseado na opinião dos

advogados da instituição, foi classificado com êxito provável o montante de R$ 1.007.341,84, com

êxito possível o montante de R$ 30.678.625,29 e com êxito remoto o montante de R$ 278.921,44,

sendo constituída provisão para perdas dos valores classificados com êxito provável.

O saldo do subgrupo Fornecedores de Bens e Serviços ficou em R$ 2.353.719,65 e mantém o

patamar final do ano de 2014.

O saldo das Outras Obrigações é de R$ 1.356.187,49 em 2015 e em 2014 era de R$

1.389.555,00. Engloba os saldos dos encargos retidos de pessoa sem vínculo (IR, INSS, PIS),

Obrigações fiscais a recolher (ISS, ICMS, IPI), valores a repassar para o Diretório Central de

Estudantes da UNIJUÍ, Conselho de Pais da EFA e Grêmio Estudantil da EFA.

II – PASSIVO NÃO CIRCULANTE: Este grupo, que compreende as obrigações com

vencimentos posteriores a dezembro de 2016 apresentou um saldo de R$ 44.975.488,01 em 2015, que

representa uma redução de 10,2 milhões de reais se comparado ao saldo de 2014.

O saldo dos Empréstimos e Financiamentos de longo prazo totalizou R$ 14.768.465,54, sendo

8,8 milhões de reais inferior ao saldo do ano de 2014. Neste subgrupo, tiveram redução no seu saldo as

rubricas Bancos conta Empréstimos no montante de 7 milhões de reais, Contrato de Mútuo no

montante de 960 mil e 820 mil reais nos Consignados, em função do ajuste para o curto prazo.

O saldo das Obrigações Empregatícias em longo prazo totalizou R$ 27.761.290,26. É composto

por R$ 10.676.301,71 do parcelamento do FGTS e R$ 17.084.988,55 do parcelamento do PROIES.

O subgrupo da Receita Antecipada engloba os saldos provenientes de convênios com recursos

externos e que serão utilizados após 31 de dezembro de 2015 e apresenta um saldo de R$ 2.445.732,21

em 2015.

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Uma análise comparativa do Passivo aponta que no final do exercício de 2015, as dívidas de

curto prazo representaram 43,9% do total do endividamento. Em 2006, estavam no curto prazo

65,18% das dívidas da instituição, tendo esta tendência sido alterada significativamente a partir de

2007, momento em que foi possível estruturar as dívidas num prazo um pouco mais longo.

O gráfico 01 demonstra que o endividamento total passou de R$ 87.814.291,78 para R$

80.184.221,25 em 2015, ou seja, uma redução de 7,6 milhões de reais, mantendo a redução

evidenciada em 2013 e 2014.

Gráfico 01 – Evolução do Endividamento da FIDENE.

No que concerne ao volume de endividamento, cabe analisar a diferença entre o total de

valores a receber da FIDENE contraposto ao total de valores a pagar (de curto e longo prazo) em que

se observa a existência de um valor a descoberto de R$ 43.816.894,74 no ano de 2015, enquanto que

em 2014 este valor era de R$ 54.216.440,22.

O anexo 3 deste relatório apresenta a evolução dos Ativos Circulantes e Não Circulantes

Realizáveis a Longo Prazo, Passivo Circulante e Passivo Não Circulante.

III – PATRIMÔNIO SOCIAL: Em 2014, o saldo do Patrimônio Social era de R$

41.100.338,59 e em 2015 passou a R$ 54.805.812,59, apresentando um incremento de 33%,

decorrente, principalmente, do Superávit do Exercício 2015.

O anexo 1 deste relatório apresenta o Quadro da Evolução das Aplicações e das Fontes dos

Balanços Patrimoniais FIDENE de 2008 a 2015. O anexo 2 apresenta o Quadro da Evolução dos

Ativos, Passivos e Patrimônio Social FIDENE.

3. Demonstração Consolidada dos Resultados da FIDENE

As adequações na estrutura das Demonstrações Consolidadas dos Resultados da FIDENE

consideram as mudanças na legislação contábil, a inserção e supressão de grupos, necessárias para a

comparabilidade e compreensibilidade da informação apresentada nas contas e nos resultados. O

quadro apresentado nos anexos 5, 6, 7, 8 e 9, deste documento, já contempla estes ajustes se

comparado ao publicado em anos anteriores.

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O resumo da execução das receitas, despesas e resultados consolidados da FIDENE nos anos

de 2015 e 2014, bem como as análises verticais e horizontais constam no quadro 06.

Quadro 06 - Demonstração dos Superávits da FIDENE.

No ano de 2015, a receita total da FIDENE atingiu o montante de R$ 136.863.641,47, o que

representou um crescimento de 12,14% comparado ao ano de 2014. Considerando que o INPC

acumulado de outubro de 2014 a setembro de 2015 ficou em 9,9%, a elevação da receita total cresceu

22,58% acima do INPC.

O anexo 6 deste relatório apresenta o quadro da Receita Operacional Bruta - ROB. O

detalhamento da Demonstração do Superávit do Exercício 2015 será aqui apresentado.

I - Receita Operacional Bruta – ROB: constitui-se da Receita de Ensino, Receita de

Serviços e Receita Agropecuária deduzidos os Descontos Concedidos. O OPF 2015 projetou a ROB

em R$ 127.241.505,45, contudo executou R$ 128.734.649,70, sendo R$ 1.493.144,25 a mais do valor

orçado. Além do que, esta receita teve um incremento de 9,32% em relação a 2014.

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Neste grupo, a Receita de Ensino dos cursos de graduação da UNIJUÍ executou R$

116.101.046,07 e o orçado era de R$ 115.769.532,51. Se comparado ao executado em 2014, nota-se

um incremento em 10 milhões de reais. A execução dos créditos matriculados nos cursos de graduação

presenciais no ano de 2015 em comparação ao ano de 2014 mostra um crescimento de

aproximadamente 10,3 mil créditos, tendo matriculado 308.143 créditos.

A Receita de Ensino de Pós-Graduação Stricto Sensu projetada em R$ 5.146.170,78

executou R$ 5.336.380,89, considerando a oferta de cinco programas de mestrado e dois doutorados,

com 281 estudantes em 2015. Além do que apresentou um incremento de 20,6% se comparada ao

executado em 2014.

A meta de receita projetada para os Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu e de Extensão

operacionalizados pela Educação Continuada era de R$ 2.277.067,82 e sua execução totalizou R$

1.827.716,36.

As receitas de ensino de graduação e de pós-graduação são melhor explicitadas na mantida

UNIJUÍ.

A Receita de Ensino da EFA estava orçada em R$ 2.167.935,00 e contabilizou R$

2.359.275,94, sendo R$ 246.140,52 acima do orçado. O incremento na receita de ensino ocorreu pela

efetivação de mais um curso no ensino técnico e pelo aumento do número de estudantes na educação

básica que projetava 280 matrículas e efetivou 306.

Da conta Receitas de Ensino é deduzida a conta Descontos Concedidos que contabilizou R$

1.823.841,88 e representa 1,42% da ROB, em 2015. Em relação à receita de graduação, os descontos

concedidos em 2015 representaram 1,57%, enquanto que em 2014 representaram 1,79% e em 2013

alcançaram 2,04% desta receita. Esta redução no total de descontos concedidos decorre da redução do

número de estudantes que pagaram o semestre à vista ou realizaram a compra de créditos antecipados.

A Receita de Serviços orçada em R$ 2.872.273,03 executou R$ 3.474.832,89. Em

comparação à execução de 2014, houve uma redução de 6,6% nesta receita. Esta redução decorre,

principalmente, em Assessorias e Serviços Técnicos e Serviços de Extensão. Contudo, a Receita de

Serviços de Laboratórios aumentou em 32,51% e as Receitas provenientes de eventos, seminários,

simpósios e palestras aumentaram em 114,60% em relação ao ano de 2014.

A Receita Agropecuária orçada em R$ 800.000,00 contabilizou R$ 854.763,46 enquanto que

em 2014 somou de R$ 932.618,31. Esta redução de 2014 para 2015 decorre principalmente pela

diminuição de receitas na venda de animais matrizes de gado de leite e na atividade leiteira.

II - Custos dos Produtos e Serviços: compreendem os gastos com pessoal docente, material

de consumo, serviços de terceiros, benefícios ao pessoal docente e técnico-administrativo, custos com

vendas e serviços internos, os custos com gratuidades e com produtos agropecuários. Neste grupo não

estão contabilizados os gastos com a folha de pagamento do pessoal técnico-administrativo e de apoio.

Estes custos estavam orçados em R$ 85.199.345,15 e estão contabilizados em R$

85.261.754,47 e representaram 66,23% da ROB. Estes custos representaram 64,34% da ROB em 2014

e chegaram a absorver 82,2% da ROB em 2005. O gráfico 02 apresenta a evolução da Receita

Operacional Bruta, dos custos diretos e do Resultado Bruto da FIDENE em valores absolutos.

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11

Gráfico 02 – Evolução Receita Operacional Bruta, dos custos diretos e do Resultado Bruto da

FIDENE.

Neste grupo, os Custos com Ensino e outros Serviços com a utilização do Fundo de

Despesas executaram R$ 60.529.899,74. Na conta dos Custos Gerais, as rubricas de Material de

Consumo e Serviços de Terceiros com a utilização do Fundo de Despesas executou R$ 10.525.366,17

e representa 8,18% da ROB.

O orçamento das Despesas com a folha de pagamentos dos docentes com vínculo previa R$

43.121.694,18, incluído 1 milhão em rescisões e pagamento de outras atividades docentes. Ainda,

constava, de modo adicional, no Fundo de Despesa, valores para pagamento das horas docentes nos

cursos de pós-graduação lato sensu e de extensão.

Em 2015, os custos com a folha de pagamento dos docentes com vínculo contabilizaram R$

45.010.487,32, dentre os quais R$ 43.011.552,70 na folha normal de pagamentos; R$ 675.920,19 em

rescisões; R$ 1.064.698,70 em horas extras e avulsas; e R$ 258.315,73 em horas in itineres.

Comparando o orçado no OP 2015 e o executado da folha normal de pessoal docente observa-

se uma execução a maior em R$ 889.858,52. Considerando que o OP 2015 utilizou 6,5% para o

reajuste dos salários e que o dissídio atingiu 7,68%, este aumento representa R$ 466.700,46. Assim, o

incremento na folha normal é de R$ 423.158,06, explicado pela nova gestão dos tempos, em que as

atividades de pós-graduação deixaram de ser lançadas como horas atividades complementares e a

oferta do curso de Arquitetura e Urbanismo.

Os Custos com Gratuidade estavam orçados em R$ 24.737.308,73 e estão contabilizados em

R$ 24.254.028,09. Estes custos representam 18,84% da Receita Operacional Bruta. Cabe relatar que,

na UNIJUÍ, a concessão de ProUni contabilizou 15,7 milhões de reais.

Ainda, no grupo Custos com Gratuidade, as bolsas lineares dos cursos de graduação

somaram R$ 5.786.333,40 e equivalem a 4,98% da receita bruta do ensino de graduação. A conta

Gratuidade a Alunos de Pós-Graduação Stricto Sensu tem execução de R$ 1.067.457,75 e está em

acordo com o valor orçado.

A conta Gratuidades a alunos da EFA tem execução de R$ 746.837,29, apontando um

incremento na despesa com Gratuidades Lineares concedidas em todos os níveis da educação básica.

Este aumento se justifica pelo incremento na Receita de ensino desta mantida.

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O grupo Custos com Produtos Agropecuários se refere exclusivamente aos gastos para

compra de insumos e produtos para o IRDeR. O OPF 2015 previa o gasto de R$ 398.000,00 que

representava 49,75% da receita agropecuária. A receita prevista foi superada bem como os gastos

necessários para a manutenção das atividades de produção. Desta forma, os custos com produtos

agropecuários somaram R$ 477.826,64 e representaram 55,9% da receita agropecuária que

contabilizou R$ 854.763,46.

O anexo 7 apresenta o quadro dos Custos dos Produtos e Serviços.

III - Resultado Bruto: este resultado é apurado a partir da Receita Operacional Bruta

descontados os Custos dos Produtos e Serviços. Em relação a ROB, este resultado em 2015 ficou em

33,77%; em 2014 representou 35,66%; e em 2013 era de 33,13%, cabendo apontar que, em 2005, era

de 17,84% da ROB.

A evolução do Resultado Bruto pode ser melhor visualizada no gráfico 02 que demonstra a

evolução dos custos diretos dos produtos e serviços para gerar a receita, bem como do Resultado Bruto

da FIDENE em relação à receita bruta gerada.

Gráfico 02 - Evolução do Custo dos Produtos e Serviços e do Resultado Bruto da FIDENE.

IV - Despesas Operacionais: este item compreende os demais custos e despesas operacionais

da universidade. Dentre estas despesas, cabe detalhar as despesas com pessoal técnico-administrativo,

ações trabalhistas, depreciação, despesas e receitas financeiras, baixas de contas a receber, provisão

clientes e ações cíveis, recurso do Fundo de Apoio às Atividades Estudantis – FAAE e execução de

projetos com recursos externos. Estas despesas estavam orçadas em R$ 37.306.716,95 e estão

contabilizadas em R$ 36.772.890,20. O anexo 8 apresenta o quadro resumo das Despesas

Operacionais da FIDENE.

Neste grupo das Despesas Operacionais, a conta da Despesa com Pessoal Técnico-

Administrativo orçada em R$ 21.956.506,85 apresenta uma execução de R$ 21.722.323,58, dos quais

R$ 20.946.686,80 se refere à folha normal de pagamentos, R$ 209.282,65 ao pagamento de horas

extras e atividades complementares e R$ 566.354,13 ao pagamento de rescisões.

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Em 2015, o percentual da folha de pagamentos de pessoal docente e técnico-administrativo

com vínculo (com horas extras, avulsas, in itinere, encargos sociais e provisões, excluídas as rescisões

e as ações trabalhistas) alcançou 50,87% da ROB da FIDENE.

As Despesas com Ações Trabalhistas contabilizaram R$ 1.181.989,30 em 2015, dos quais,

além do valor provisionado de R$ 1.099.825,36, foram lançados e pagos mais R$ 82.163,94 de ações

que não estavam classificadas como prováveis ou de processos iniciados e encerrados no exercício

2015.

As Despesas com Depreciação compreendem os valores reconhecidos no período com o uso

ou desgaste de bens móveis, imóveis e foram orçados em R$ 1.050.000,00 e executou R$

1.166.072,53, o que consome 0,91% da ROB. Esta depreciação teve por base o imobilizado de R$

38.245.678,57.

A conta Despesa Financeira estava orçada em R$ 10.009.680,00, o que representaria 7,87%

da ROB. A execução orçamentária 2015 totaliza as despesas financeiras em R$ 10.263.602,59, o que

representa 7,97% da ROB. Apresenta uma redução de R$ 984.384,95 se comparado ao executado em

2014. A despesa financeira orçada, no OPF 2015, considerou um cenário de cumprimento de

obrigações com o sistema financeiro, com os impostos parcelados e mensais, e com fornecedores de

mercadorias e prestação de serviços. Contudo, a execução desta despesa ultrapassou o valor orçado

para 2015 em R$ 253.922,59.

Dentre os fatores que influenciaram esta execução, citam-se: a) atraso no recebimento do

FIES; b) aumento no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre empréstimos em

aproximadamente R$ 60.000,00; c) despesas de cartão de crédito em R$ 125.000,00 e sobre cobranças

em R$ 60.000,00; d) multas e juros pelo atraso no recolhimento dos encargos sociais em

aproximadamente R$ 66.000,00; e) encargos sobre financiamento para investimento em

aproximadamente R$ 9.800,00. A conta Outros Custos e Financiamentos teve uma execução a menor

em aproximadamente R$ 69.300,00. Cabe apresentar o quadro do detalhamento da despesa financeira

da FIDENE.

Quadro 07 - Detalhamento da Despesa Financeira da FIDENE.

Outro elemento de análise é a composição da despesa financeira, que mesmo havendo redução

nas despesas financeiras com empréstimos bancários, elas ainda compreenderam 66% do total da

despesa financeira. E o custo médio ponderado das operações financeiras em 2015 era de 1,45%.

Ainda, no grupo das Despesas Operacionais, é apresentada a conta Receitas Financeiras que

envolve os rendimentos de aplicações, juros, descontos e atualização de valores a receber. Foram

orçadas em R$ 1.305.000,00 e executadas R$ 1.712.403,20, justificadas pela melhora nos resultados

da cobrança.

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14

A conta Execução de Projetos com Recurso Externo e Contribuições totalizou R$

3.675.999,32 e se refere aos custos de execução de convênios/contratos de projetos com recurso

externo como, por exemplo, Unidade de Reabilitação Física, Automação de Subestações, Lote

Pioneiro, Monitoramento Demei, Negócio a Negócio, Comitê Rio Turvo, Desenvolvimento de Novos

Produtos Alimentícios à Base de Carne de Peixe, Conhecer para Transformar, Diagnóstico Preliminar

de Morcegos e seus Abrigos em Áreas Urbanas, Cultura Kaingang, Interação pelo Esporte para

Guarita e Pró-Vôlei, entre outros; também inclui a devolução de valores a órgãos repassadores de

recursos pelo cumprimento parcial de convênios.

A conta Transferências de Bolsas e Auxílios para Alunos executou R$ 172.461,60 e se

refere às despesas de custeio do Fundo de Apoio às Atividades Estudantis - FAAE, ao auxílio a

bolsistas de projetos, a bolsas para o ciclo de formação para pesquisa e à utilização de bolsa comprada

em exercícios anteriores Os bens imobilizados adquiridos com os recursos do FAAE são apresentados

no quadro de investimentos.

A conta Baixa Contas a Receber/Disponibilidades/Títulos Capitalização/Provisão

Clientes e Ações Cíveis executou R$ 301.100,80, destes R$ 283.457,40 se referem às baixas de

clientes estudantes, de clientes de serviços a receber pela prescrição de prazo de cobrança e material de

consumo; R$ 146.335,13 referente a baixa de disponibilidade e perda de investimento; R$ 83.123,80

ao estorno da provisão de clientes inadimplentes; e R$ 45.567,93 ao estorno da provisão de ações

cíveis.

Em 2014 a execução foi de R$ 2.221.775,91, destes R$ 292.101,89 se referem às baixas de

material de consumo, dos clientes estudantes, dos clientes de serviços a receber pela prescrição de

prazo de cobrança; R$ 876.764,25 em provisão de clientes estudantes inadimplentes; e R$

1.052.909,77 em provisão de ações cíveis movida pelo Ministério Público Federal referente à cobrança

indevida de taxas de diplomas nos anos de 1998 a 2007.

V – Outras Receitas Operacionais: orçadas em R$ 4.838.551,00 e totalizou R$

8.128.991,77, proveniente da execução de projetos com captação de recursos externos, tendo um

incremento de 89,23% se comparado ao executado em 2014.

Neste grupo, a conta Receitas Imobiliárias se refere à locação dos espaços institucionais e

executaram R$ 194.843,54. A Receita de Doações de Pessoas somou R$ 49.051,85.

A conta Diversas Receitas executou R$ 1.088.141,82 e decorre do recebimento de Multas,

Indenizações, Recuperação de Despesas referente à baixa de fornecedores e do parcelamento do PIS

pelo julgamento favorável do processo judicial movido contra a União – Fazenda Nacional, Diversas

Taxas e Outras Receitas como baixa do diferido do saldo projeto CEEE e transferência de valores da

conta receitas a classificar, onde são registrados recebimentos sem identificação de origem.

A conta Recursos Externos para Custeio se refere à receita proveniente de serviços e

projetos com recursos externos e estava orçada em R$ 4.260.000,00 e executou R$ 4.369.016,36,

cabendo destacar neste item o diferimento de receitas a serem executadas no próximo exercício. A

conta Recursos Externos para Investimentos executou R$ 2.427.938,20, referente aos projetos com

captação de recursos externos e doação por convênio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

com Prefeitura Municipal de Ijuí.

A soma dos Recursos Externos para Custeio e Investimentos executou 2 milhões a mais

que o valor orçado, principalmente em investimentos nos projetos: Desenvolvimento de Novos

Produtos Alimentícios à Base de Carne de Peixe (DCVida), Automação de Subestações (DCEEng) e

FAPERGS, equipamentos de laboratórios e hardware do convênio Ministério da Ciência, Tecnologia e

Inovação com a Prefeitura Municipal de Ijuí, e doação da Associação dos Amigos do Museu.

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Cabe citar o incremento em 3,1 milhões de reais na captação de recursos externos para

execução de projetos e investimentos se comparado a 2014. O quadro 08 apresenta os projetos com

recursos externos, em vigor no ano de 2015, com o respectivo ano inicial, receita faturada, despesa

executada, investimentos e resultados até 31/12/2015, bem como a receita antecipada para 2016.

Quadro 08 - Projetos com Recursos Externos FIDENE até 31/12/2015.

VI - Resultado Operacional: refere-se ao resultado operacional antes dos ganhos e perdas de

capital. Este resultado ficou superavitário em R$ 14.828.996,80, enquanto que o OPF 2015 orçou este

resultado superavitário em R$ 9.573.994,34.

VII - Ganhos e Perdas de Capital: é o resultado entre a receita pela venda e a despesa pela

baixa por venda, inutilização, não localização e roubo de bens do ativo imobilizado que, em 2015,

somou R$ 61.259,91. Neste exercício efetivou-se a venda de um terreno no município de Ijuí, um

ônibus e dois veículos, o que gerou um resultado positivo de R$ 130.968,45, além do que, registrou a

perda por inutilização, não localização ou roubo de R$ 69.674,30.

VIII - Resultado Final: constituiu-se superavitário em R$ 14.890.256,71, o que representa

11,57% da ROB. O OPF 2015 projetava um resultado superavitário em R$ 9.523.994,34. O anexo 5

deste relatório apresenta o Quadro da Demonstração de Resultados da FIDENE.

Cabe apresentar o indicador financeiro EBITDA, que representa a capacidade de geração de

caixa da Instituição a partir de suas atividades operacionais. O cálculo deste indicador utiliza o

resultado final do período, acrescenta as despesas de depreciação, o resultado financeiro e o resultado

dos ganhos ou perdas de capital do período. É com este recurso que a instituição planeja as despesas

de financiamento, de estrutura e de novos investimentos. O anexo 5 apresenta a evolução do EBITDA.

O quadro 09 apresenta o resumo do cálculo do EBITDA e relação percentual com a Receita

Operacional Bruta, descontadas as gratuidades.

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Quadro 09 - EBITDA FIDENE 2008 a 2015.

Em relação à Receita Operacional Bruta, descontadas as gratuidades, observa-se uma

crescente melhora no indicador EBITDA de 5,43% em 2008 para 23,49% em 2015. No ano de 2015, a

receita líquida somou 104,4 milhões de reais e gerou R$ 24.546.268,72 de EBITDA Líquido. A

evolução do Resultado Final e do EBITDA líquido é apresentado no gráfico 04.

Gráfico 04 - Evolução do Resultado e EBITDA Líquido.

Na sequência, são apresentadas as sínteses das análises das execuções orçamentárias em cada

uma das mantidas da FIDENE a partir dos dados do quadro 10.

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Quadro 10 - Demonstração do Superávit da FIDENE e suas Mantidas.

Ao final deste processo são apresentados os anexos da FIDENE com a evolução financeira

histórica.

4. Demonstração dos Superávits da UNIJUÍ

O Orçamento Programa UNIJUÍ – OPU para 2015 projetou um superávit de R$

10.087.139,58, considerando um conjunto de metas de receitas e ajustes nas despesas. Entretanto, a

execução apresenta um superávit final de R$ 15.287.093,97, que representa 12,18% da Receita

Operacional Bruta da UNIJUÍ. O quadro 11 apresenta a Demonstração do Superávit da UNIJUÍ.

Quadro 11 - Demonstração do Superávit da UNIJUÍ.

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Considerando que a ROB da UNIJUÍ compreende 97,52% da ROB da FIDENE será

apresentada uma análise sintética do quadro 10. A análise detalhada consta no Parecer CONSU nº

01/2016 que aprovou o Relatório Balanço 2016 da UNIJUÍ.

4.1. Receita Operacional Bruta (ROB): em comparação ao ano de 2014, a UNIJUÍ obteve um

crescimento de 10,6 milhões de reais. Em 2014, a ROB somou R$ 114.939.850,16 e em 2015 atingiu o

montante de R$ 125.541.886,53. Além do que, em 2015, a ROB superou o valor orçado em 1 milhão

de reais. Neste grupo, apontam-se os seguintes itens:

I - Receita de Ensino de Graduação: esta receita executou R$ 116.101.046,07 e a seguir é

apresentado um conjunto de análises sobre esta receita:

a) Quota de Créditos dos Cursos da modalidade presencial:

A execução dos créditos matriculados nos cursos de graduação presenciais no ano de 2015

em comparação ao ano de 2014 mostra um crescimento de aproximadamente dez mil e trezentos

créditos. Nos cursos presenciais foram projetados 306.871 créditos e efetivados 308.143 créditos.

Na análise dos créditos matriculados nos cursos inseridos na tabela 1 observa-se, que em

termos gerais, houve uma redução em 533 créditos comparando a execução de 2015 e 2014. Nos

cursos da tabela 2 teve um aumento de 8.779 créditos matriculados em relação ao executado em 2014.

Nos cursos da tabela 3, houve um incremento de 2.059 créditos.

b) Quota de estudantes nos cursos da modalidade à distância: comparando a matrícula de

2013 a 2015, verifica-se uma redução no número de estudantes matriculados nestes cursos. No mês de

dezembro de 2015 eram 494 matriculados.

c) Considerando a Receita Bruta descontadas as bolsas lineares dos cursos de graduação, em

2008 esta receita era constituída por 54,48% das mensalidades dos cursos da tabela 1; 22,78% da

tabela 2; 16,73% da tabela 3; 3,14% pelos cursos da modalidade a distância; e 2,87% por cursos da

modalidade especial e estudantes do Artigo 51.

No ano de 2015, esta receita foi constituída por 43,2% pelos cursos da tabela 1; 37,26% por

cursos da tabela 2; 16,88% por cursos da tabela 3; 2,47% por cursos da modalidade a distância; e 0,2%

por estudantes do Artigo 51.

A partir da análise da composição destas receitas dos cursos, verifica-se uma mudança do

perfil de matrícula nas tabelas de enquadramento financeiro, em que há uma diminuição no percentual

dos cursos da tabela 1, justificado pela redução na demanda de alguns cursos e no número de créditos

matriculados nestes cursos. Além da ampliação das receitas dos cursos enquadrados na tabela 2 que

possuem um valor de crédito superior à tabela 1, da implantação de cursos novos na área das

engenharias e da expansão de cursos já existentes através da oferta em outros campi. Já os cursos da

tabela 3 mantêm os mesmos patamares de constituição das receitas. Com relação aos cursos da

modalidade a distância, há uma redução significativa nas receitas, decorrente da diminuição do

número de matriculados nestes cursos.

d) A quantidade média de créditos contratados por estudantes nos cursos de graduação na

modalidade presencial no segundo semestre de 2014 era de 19,15 créditos por estudantes e em 2015

passou a ser de 19,28 créditos por aluno. Esta melhora no desempenho foi impulsionada, em parte,

pelas: a) mudanças no modelo do FIES ocorridas em 2010, que o tornaram mais atrativo para os

estudantes, devido à redução nas taxas de juros e alongamento no prazo de pagamento; b) recuperação

das negativas em 2012, que possibilitou a ampliação da oferta do FIES; c) a partir de 2012, a

orientação na matrícula passou a ser de no mínimo 12 créditos. Estes fatores possibilitaram a

ampliação do número de estudantes e da quantidade de créditos matriculados.

e) Percentual de evasão no semestre dos créditos matriculados nos cursos de graduação: no ano de 2015, a evasão de 2.679 créditos nos cursos na modalidade presencial durante o 1º semestre

resulta em um percentual de 1,69%, e representa uma redução na receita em aproximadamente 970 mil

reais. No 2º semestre, a evasão de 2.658 créditos representa uma evasão de 1,71% e uma redução de

960 mil reais na receita.

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Nos relatórios de monitoramento da evasão observa-se que o crescimento na evasão de

créditos em relação ao ano de 2014 decorre, em parte, pelo(a): a) reflexo do programa de recuperação

dos estudantes evadidos de anos anteriores que se configurou em ingressos mais frágeis que não

permaneceram na instituição; b) ampliação das vagas das Universidades Federais; c) migração dos

estudantes em busca de oportunidades profissionais em outras regiões; d) redução dos recursos

disponibilizados pelo FIES.

Em relação aos cursos de graduação EaD, os índices de evasão têm aumentado em razão do

aumento de oferta de cursos e Instituições no país e também da concorrência de preços.

f) Estudantes por turma nos cursos de graduação presenciais: em números absolutos, o

número de estudantes por turma retrata um declínio no período de 2000 até 2006. A partir de 2008, a

racionalização da oferta das disciplinas nos Cursos de Graduação e, a partir de 2011, a orientação da

matrícula em um número maior de disciplinas resultaram na elevação do número médio de estudantes

por turma e a melhor diluição do custo fixo de cada professor. O gráfico 05 demonstra esta melhora.

Gráfico 05 - Evolução do número médio de estudantes por turma.

II - Receita de Ensino de Pós-Graduação Stricto Sensu: o OPU 2015 projetou R$

5.146.170,78, sendo executados R$ 5.336.380,89, considerando a oferta de cinco programas de

mestrado e dois doutorados, com 281 estudantes em 2015. A oferta da primeira turma do Curso de

Doutorado em Modelagem Matemática, que iniciou no 2º semestre de 2015, com 11 matriculados. O

relatório de alunos nos programas indica que no final do ano de 2008 estavam matriculados 144

alunos; 147 alunos em 2009; 134 alunos em 2010; 144 alunos em 2011; 171 alunos em 2012; 192

alunos em 2013; e 222 alunos em 2014.

Se comparado ao executado em 2014 no valor de R$ 4.424.350,93, tem-se um incremento de

20,6% nesta receita, decorrente do(a): a) reajuste de 6,5% nas mensalidades dos ingressantes; b)

preenchimento das vagas; c) matrícula de alunos especiais; d) oferta do novo curso de Doutorado em

Modelagem Matemática.

III - Receita de Ensino de Pós-Graduação Lato Sensu: o OPU 2015 projetou R$

1.847.067,82, sendo executados R$ 1.547.169,99. Em 2014 o valor executado é de R$ 1.665.874,81.

Em 2015, o ensino de pós-graduação lato sensu operacionalizou 26 cursos dentre os quais 8

cursos com nova oferta. Em dezembro de 2015 estavam matriculados 312 alunos nestes cursos.

Cabe citar que a meta de receita projetada para os cursos de pós-graduação lato sensu e de

extensão operacionalizados pela Educação Continuada era de R$ 2.277.067,82 e sua execução

totalizou R$ 1.827.716,36. A receita dos Cursos de Extensão totalizou R$ 314.921,37. Desta receita,

R$ 280.546,37 se referem aos cursos de extensão vinculados à Educação Continuada que, em 2014,

executaram R$ 689.747,28.

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IV - Descontos Concedidos: em relação a ROB, estes descontos representam 1,45%. Se

comparado ao ano de 2014, este percentual era de 1,65% da ROB. Esta redução no total de descontos

concedidos decorre da redução do número de estudantes que pagaram o semestre à vista ou realizaram

a compra de créditos antecipados.

V - Receita de Serviços: projetava R$ 2.386.773,03 e executou R$ 2.803.408,70. Neste

grupo, a Receita de Serviços de Laboratórios orçada em R$ 1.000.000,00 executou R$ 1.377.718,58.

As receitas provenientes de eventos, seminários, simpósios e palestras orçadas em R$

230.000,00 executaram R$ 388.696,90.

A receita da Editora orçada em R$ 500.000,00 executou R$ 494.467,95 em 2015. Estava

previsto um resultado deficitário de R$ 326.459,02, contudo o resultado deficitário ficou em R$

231.607,78, dos quais R$ 46.238,28 são de perdas por inutilização, danificação ou não vendáveis.

Restando, ainda, ajustes nas planilhas de alocação de custos aos produtos e na ampliação da receita

para equacionar este déficit.

Cabe citar que o estoque da Editora iniciou o ano de 2015 com um saldo de R$ 1.093.728,73 e

encerrou o ano de 2015 com saldo de R$ 1.229.057,02, com um volume de ativos no montante de R$

1.098.186,48 e R$ 130.870,54 de livros em consignação.

VI - Receita Agropecuária: estava orçada em R$ 800.000,00 e executou R$ 854.763,46. Em

2014 o valor executado é de 932.618,31.

4.2. Custos dos Produtos e Serviços: em 2015, os Custos dos Produtos e Serviços absorveram

65,83% da ROB, enquanto que o orçado era de 66,61%. A análise horizontal destes custos aponta que,

em 2014, eles consumiram 64%; em 2013 era 66,27%; em 2012 era de 68,83%; em 2011 era de

70,49%; e, em 2010, 72,15% da ROB.

A partir da análise horizontal, comparando estes mesmos períodos observa-se um crescimento

na Receita Operacional Bruta da UNIJUÍ, fator que impacta diretamente na representatividade dos

custos diretos em relação a ROB.

I - Custos com Ensino e outros serviços: em 2015, estes custos totalizaram R$

58.664.804,24 e consumiram 46,73% da ROB; em 2014 representaram 41,05%.

II - Custos com Gratuidades: no ano de 2015, as Gratuidades na UNIJUÍ totalizaram R$

23.507.190,80. Deste montante, as principais gratuidades são as bolsas lineares dos cursos de

graduação que somaram R$ 5.786.333,40 e equivalem a 4,98% da receita bruta do ensino de

graduação; e as bolsas ProUni que somaram R$ 15.764.246,99 e equivalem a 13,58% da receita bruta

do ensino de graduação.

Ainda, no que se refere ao ProUni, em 2015 foram ofertadas 492 novas bolsas de 100% e 53

novas bolsas de 50%, efetivando-se 490 bolsas e 52 bolsas, respectivamente. Ao final do ano de 2015,

o conjunto de beneficiários era de 1.465 alunos de um total de 8.770 alunos.

III - Custos com Produtos Agropecuários: somaram R$ 477.826,64 e representaram 55,9%

da receita agropecuária que contabilizou R$ 854.763,46.

4.3. Resultado Bruto: o reflexo do crescimento dos custos dos produtos e serviços demonstra que o

resultado bruto em 2015 é de 34,17% da ROB, sendo este resultado menor do que o executado em

2014, que alcançou 35,99% da ROB. O Gráfico 06 mostra o crescimento da Receita Operacional Bruta

e dos custos diretos necessários para gerar a receita, bem como do Resultado Bruto da UNIJUÍ.

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Gráfico 06 - Evolução do Custo dos Produtos e Serviços e do Resultado Bruto UNIJUÍ.

4.4. Despesas Operacionais: orçadas em R$ 35.750.159,92 e executadas R$ 34.852.240,83. As contas

deste grupo foram melhor analisadas no âmbito da FIDENE.

4.5. Outras Receitas Operacionais: em 2015, o montante destas receitas é de R$ 7.185.975,80,

proveniente da execução de projetos com captação de recursos externos, tendo um incremento de

95,51% comparado ao executado em 2014.

4.6. Resultado Operacional: em 2015 ficou superavitário em R$ 15.225.799,82 e representou 12,13%

da ROB, sendo que em 2014 foi superavitário em R$ 10.552.995,57.

4.7. Ganhos e Perdas de Capital: a sua execução é a mesma registrada na FIDENE e já explicitada

neste documento.

4.8. Resultado do Período: em 2015, o resultado final ficou superavitário em R$ 15.287.093,97, ou

seja, 12,18% positivo em relação a ROB, acompanhado pelos resultados positivos de 2014 e 2013, que

totalizaram R$ 11.607.886,21 e R$ 7.262.838,55, respectivamente. Em 2012, este resultado totalizou

um déficit de R$ 1.199.902,83.

4.9. EBITDA UNIJUÍ: em relação à Receita Operacional Bruta, descontadas as gratuidades, observa-

se uma crescente melhora no indicador EBITDA de 5,26% em 2008 para 24,40% em 2015. No ano de

2015, a receita líquida é de 102 milhões de reais e gerou R$ 24.895.920,35 de EBITDA Líquido. A

evolução do Resultado Final e do EBITDA líquido é apresentado no gráfico 07.

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Gráfico 07 - Evolução do Superávit/Déficit e do EBITDA Líquido UNIJUÍ.

4.10. Outros aspectos importantes na UNIJUÍ

a) Programas de Financiamento Estudantil: em 2015 o financiamento externo das

mensalidades por intermédio do FIES – Fundo de Financiamento Estudantil foi concedido a 3.242

alunos. Em termos financeiros, este programa totalizou R$ 38.037.581,80, que representa 42,49% da

receita líquida de graduação (receita bruta de graduação descontadas as gratuidades, bolsas benefícios

a funcionários e dependentes e desconto por pagamento em dia).

A evolução financeira da concessão de financiamento por intermédio do FIES e da execução

das bolsas ProUni podem ser visualizados no gráfico 08.

Gráfico 08 - Evolução ProUni e FIES.

b) Inadimplência: o quadro da inadimplência nas mensalidades dos cursos de graduação da

UNIJUÍ demonstra a oscilação nos índices de inadimplência ao final de cada ano e a capacidade de

recuperação dos valores a receber.

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Dentre os elementos do quadro, cabe descrever: a) o valor de títulos emitidos é o valor líquido

das mensalidades, do qual estão descontados os valores dos financiamentos estudantis e gratuidades;

b) o percentual de inadimplência no ano base é calculado sobre os valores não recebidos até o dia 31

de dezembro de cada ano; c) o percentual de inadimplência de cada ano é calculado sobre os valores

não recebidos até o dia 31 de dezembro de 2015.

A evolução desta inadimplência é visualizada no quadro 09.

Quadro 09 – Inadimplência nas mensalidades dos cursos de graduação da UNIJUÍ

A análise do quadro da inadimplência precisa considerar fatores como o aperfeiçoamento da

sistemática de cobrança e tratamento da inadimplência e o aumento da oferta do FIES a partir de 2012.

No Relatório Balanço da UNIJUÍ 2015, aprovado no Conselho Universitário, constam os

anexos que apresentam: o quadro de matrícula de créditos nos cursos de graduação modalidade

presencial e a distância, os resultados dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu, o resumo dos

resultados dos cursos de Pós-Graduação Lato Sensu e dos cursos de Extensão.

5. Demonstração do Déficit/Superávit do Centro de Educação Básica Francisco de Assis - EFA

O quadro 13 apresenta a Demonstração do Déficit/Superávit da EFA que retrata o

Orçamento Programa da EFA para 2015, a composição dos resultados a partir da especificação das

receitas e despesas, bem como a análise vertical.

Quadro 13 - Demonstração do Déficit/Superávit da EFA.

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A Receita Operacional Bruta da EFA para 2015, projetada em R$ 2.290.111,46, executou

R$ 2.537.957,48. Se comparado ao executado em 2014 de R$ 2.083.532,63, tem-se um incremento de

R$ 454.424,85.

Neste grupo, a Receita de Ensino orçada em R$ 2.274.611,61 executou R$ 2.521.338,98. O

incremento na receita de ensino ocorreu pelo aumento do número de alunos na educação básica que

projetava 275 matrículas e efetivou 306. Ainda, iniciou mais uma turma de curso técnico em

Enfermagem no campus Três Passos. O gráfico 09 apresenta a evolução do número de alunos na

Educação Básica na EFA.

Gráfico 09 – Evolução da matrícula na Educação Básica na EFA.

A Receita de Serviços orçada em R$ 15.500,00 executou R$ 16.618,50. A receita de serviços é

gerada pela oferta de projetos especiais como programa esportivo, dança, música, teatro e judô.

Os Custos dos Produtos e Serviços orçados em R$ 1.999.623,85 tiveram a execução de R$

2.083.896,25. Contudo, diminuíram em relação à receita representando 82,11% da ROB, enquanto que

em 2014 representaram 87,17% da ROB. Neste grupo, a execução a maior ocorreu nos Custos com

Pessoal Docente, Remuneração de Serviço sem Vínculo e Custos Gerais.

Da Receita Operacional Bruta descontados os Custos dos Produtos e Serviços gera o

Resultado Bruto que em 2015 foi de R$ 454.061,23, representando 17,89% da ROB. Em 2014, este

resultado representava 12,83% da ROB e em 2013 era de 5,26% da ROB.

As Despesas Operacionais representam 9,68% da receita gerada, enquanto que em 2014

representaram 11,18%. Esta diminuição decorre da conta Despesa de Pessoal Técnico-Administrativo

que passou a representar 8,88% da ROB, enquanto que em 2014 era de 10,30% da ROB.

O grupo das Outras Receitas Operacionais orçado em R$ 81.202,00 executou R$ 63.079,46.

Neste grupo são contabilizadas as receitas que não se enquadram como receitas de ensino e serviços,

também são registradas as doações recebidas do Conselho de Pais.

O OP da EFA para 2015 projetou um Resultado Superavitário de R$ 126.949,36 e a

execução apresenta um Superávit de R$ 271.518,25, o que representa 10,70% da ROB. Cabe destacar

que este superávit é resultado de um conjunto de metas de receita e de adequações nas despesas da

estrutura administrativa. No que se refere à evolução do resultado final, cabe citar que, em 2014 este

resultado totalizou um superávit de R$ 90.674,51 e em 2013 um déficit de R$ 47.760,11. O gráfico 10

apresenta a evolução da Receita Operacional Bruta e do Resultado Final da EFA.

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Gráfico 10 - Evolução da Receita Operacional Bruta e do Resultado Final da EFA.

Em 2015 foram realizados Investimentos que totalizaram R$ 46.950,00, sendo: R$ 389,00 em

audiovisual; R$ 1.425,00 em climatização; R$ 45.136,00 em melhorias na quadra aberta, ampliação da

cobertura da pracinha infantil, calçadas e guarda-corpo. Destes, o valor de R$ 36.925,00 foi pago com

recursos provenientes das contribuições de alunos, gerenciados pelo Conselho de Pais e o de R$

8.211,00 são provenientes de recursos da FIDENE.

6. Demonstração dos Déficits do Museu Antropológico Diretor Pestana – MADP

O quadro 14 apresenta a Demonstração dos Déficits do MADP que retrata o Orçamento

Programa do MADP para 2015 e a composição dos resultados a partir da especificação das receitas e

despesas.

Quadro 14 - Demonstração dos Déficits do MADP.

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A Receita da mantida Museu é formada pelo grupo das Outras Receitas Operacionais no

valor de R$ 307.520,87. Estas receitas em 2015 apontam um crescimento na execução se comparada

ao ano de 2014. O incremento é decorrente do repasse do Município de Ijuí, referente aos valores de

2014, e a incorporação de imobilizado doado pela Associação dos Amigos do Museu. Em relação ao

total da receita orçada a execução a maior é decorrente da doação mencionada acima. Cabe destacar o

não recebimento do repasse do Município de Ijuí dos valores de 2015.

Para analisar a Despesa faz-se necessário descontar do grupo das Despesas Operacionais

contabilizadas em R$ 413.187,21, o valor do grupo Custos com Produtos e Serviços de R$ 23.765,35.

Em 2015, o total da Despesa somou R$ 389.421,86, enquanto que em 2014 era de R$ 323.706,13. Isto

demonstra um crescimento de 20,30% nas despesas. Neste grupo, a principal rubrica é a Despesa de

Pessoal que teve um incremento de 12,74% em relação ao executado em 2014. Em 2015, esta rubrica

estava orçada em R$ 394.257,84 e executou R$ 392.278,82.

O OP do MADP para 2015 projetou um Resultado Deficitário de R$ 230.412,54 e a

execução apresenta um Déficit de R$ 81.900,99. No que se refere à evolução do resultado final, cabe

citar que em 2014 este resultado totalizou um déficit de R$ 287.129,58 e em 2013 de R$ 166.045,15.

Salienta-se que o déficit de 2015 foi menor que o projetado em função da doação de imobilizado. O

gráfico 11 apresenta a evolução das Receitas e do Resultado Final do MADP.

Gráfico 11 - Evolução das Receitas e do Resultado Final da MADP

Em 2015 foram executadas melhorias no piso interno na sala de exposições temporárias no

valor de R$ 5.000,00 e elaboração de parte do projeto arquitetônico no valor de R$ 3.420,00.

7. Demonstração dos Déficits da Rádio Educativa UNIJUÍ FM

A Demonstração dos Déficits da Rádio retrata o Orçamento Programa da Rádio para 2015 e a

composição dos resultados a partir da especificação das receitas e despesas.

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Quadro 15 - Demonstração dos Déficits da Rádio UNIJUÍ FM.

A análise da Receita da Rádio compreende a Receita de Serviços orçada em R$ 180.000,00 com

execução de R$ 173.642,20. Se comparada ao ano 2014, observa-se uma redução na Receita Total da

Rádio de 2,51%. Em relação ao total da receita orçada a execução ficou 3,53% a menor. Em 2015 a

Rádio captou Recurso Externo para Investimentos por intermédio do Projeto Ações Sustentáveis

nas Escolas de Ijuí: O Rádio como Ferramenta de Educação no montante de R$ 5.000,00 com a

execução de R$ 4.464,00 neste exercício e o restante será executado em 2016.

Cabe destacar que a Rádio desenvolveu dois projetos com recursos de apoiadores culturais, o

Projeto na Trilha dos Festivais e o Projeto Bienal que somaram R$ 29.400,00 de receita e R$

16.901,09 de despesa gerando um resultado de R$ 12.598,91. Estas ações ampliaram a sua meta de

receita para R$ 209.400,00 e considerando que a execução da despesa relacionada a esses projetos foi

menor, o resultado destes contribuiu na melhora do resultado final da Rádio.

A Despesa Total executou R$ 357.149,04 em 2015 enquanto que em 2014 era de R$

385.678,39. Neste grupo, a principal rubrica é a Despesa de Pessoal que teve um incremento de

2,94% em relação ao ano de 2014, esta rubrica estava orçada em R$ 346.856,24 e executou R$

365.724,85. A diminuição na execução nos Custos de Serviços, se comparada a 2014, é justificada

pelo aumento das transferências repassadas a Unidades internas da instituição.

O OP da Rádio para 2015 projetou um Resultado Deficitário de R$ 199.594,99 e a execução

apresenta um Déficit de R$ 179.042,84. No que se refere à evolução do resultado final, cabe citar que

em 2014 este resultado totalizou um déficit de R$ 207.558,99 e em 2013 de R$ 203.752,90. Salienta-

se que o déficit de 2015 foi menor que o projetado em função das transferências internas. Em 2015

foram realizados Investimentos que totalizaram R$ 4.464,00 com recursos provenientes de projeto

externo com o Município de Ijuí denominado Ações Sustentáveis no Ambiente Escolar. O gráfico 12

apresenta a evolução das Receitas e do Resultado Final da Rádio Educativa UNIJUÍ FM.

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Gráfico 12 - Evolução das Receitas e do Resultado Final da Rádio Educativa UNIJUÍ FM

8. Demonstração dos Déficits da Mantenedora FIDENE

A Demonstração dos Déficits da Mantenedora retrata o Orçamento Programa para 2015 e a

composição dos resultados a partir da especificação das receitas e despesas no período 2015 e 2014.

Quadro 16 - Demonstração dos Déficits da Mantenedora.

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As Receitas da Mantenedora contabilizaram os recursos recebidos das atividades da

Assessoria e Serviços Comunitários – ASC; dos projetos Cultura Kaingang, Interação pelo Esporte

para Guarita e Pró-Vôlei. As despesas da Mantenedora englobam os gastos para execução destes

projetos, das atividades da ASC, com o Arquivo da FIDENE, os serviços de Auditoria Interna e

Externa, o Setor de Assistência Social, COREDE Noroeste Colonial e Fronteira Noroeste. Ainda, as

despesas compreendem os gastos com Custos Gerais da Presidência e da Direção Executiva da

FIDENE, bem como as Mensalidades a Entidades.

Para analisar as Receitas da Mantenedora, faz-se necessário envolver a conta Receita de

Serviços no valor de R$ 481.163,49 e Outras Receitas Operacionais no valor de R$ 567.951,64. A

soma destas receitas em 2015 ficou em R$ 1.049.115,13 e aponta uma diminuição de 3,05% se

comparada ao ano 2014, esta diminuição é justificada pela execução a menor nos projetos com

recursos externos.

As Despesas totais têm execução a maior em 18,97% se comparadas ao ano de 2014 e

englobam os Custos com Serviços no valor de R$ 573.803,93 e as Despesas Operacionais no valor de

R$ 882.722,88. Esta execução decorre dos gastos a mais com Serviços de Terceiros e Execução de

Projetos com Recurso Externo.

A análise dos programas de trabalho permite relatar os seguintes resultados em 2015:

a) Os projetos com recursos externos apresentam resultado positivo de R$ 19.210,67;

b) A ASC apresenta resultado negativo de R$ 53.967,63;

c) A despesa gerada pelos COREDEs é de R$ 77.954,67;

d) A despesa com o Arquivo da FIDENE é de R$ 29.587,80;

e) A despesa com as Mensalidades a Entidades é de R$ 41.681,00;

f) As demais despesas se referem as Auditoria Interna e Externa e a gastos da Presidência e

da Direção Executiva da FIDENE.

Se comparada ao OP 2015, a receita executada de R$ 454.615,13 é superior a orçada e a

despesa é R$ 601.939,74 superior a orçada. O OP 2015 projetou um déficit de R$ 260.087,07 e a

execução apresentou um Resultado Deficitário de R$ 407.411,68. O gráfico 13 apresenta a evolução

das Receitas e do Resultado Final da Mantenedora FIDENE.

Gráfico 13 - Evolução das Receitas e do Resultado Final da Mantenedora FIDENE.

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9. Demonstração do Fluxo de Caixa - DFC

A Demonstração do Fluxo de Caixa - DFC evidencia as modificações ocorridas no saldo de

disponibilidades (caixa e equivalentes de caixa) da Instituição em 2015 em relação à 2014, por meio

de fluxos de recebimentos, pagamentos, comprometimentos com obrigações e probabilidade de

direitos. Estes fluxos são divididos em atividades operacionais, de investimentos e de financiamentos.

Em 2015 ajusta o resultado do período que é de R$ 14.890.256,71: adiciona a despesa de

depreciação, desconta a reserva de reavaliação de bens, perda nos valores a receber de clientes. Desta

forma, o resultado ajustado do período passa a ser de R$ 14.871.546,53.

A partir deste resultado, apurou-se a variação nos direitos que aumentou em R$ 2.152.830,17

os valores a receber e a variação nas obrigações que reduziu em R$ 1.552.850,60 os valores a pagar.

A apuração da variação nos direitos compreendeu:

a) aumento de R$ 2.700.429,65 no volume de contas a receber de alunos e serviços;

b) aumento de R$ 160.692,08 nos estoques;

c) redução de R$ 211.395,84 nas despesas pagas antecipadamente (apropriação seguros,

multa do parcelamento do FGTS);

d) redução de R$ 496.895,72 na conta a receber de alunos no longo prazo.

A apuração da variação nas obrigações para com terceiros compreendeu:

a) aumento de R$ 106.715,45 em fornecedores;

b) redução de R$ 212.482,94 nas contas a pagar e provisões com obrigações empregatícias

no curto prazo;

c) redução de R$ 1.447.083,11 nas contas a pagar de longo prazo, principalmente no

montante do parcelamento do PROIES e do FGTS, bem como a extinção do parcelamento

do PIS por meio de processo judicial impetrado pela Instituição.

Estas atividades operacionais geraram um caixa líquido de R$ 11.165.865,76 com o qual

efetuou aumento no Imobilizado pelas atividades de investimentos no montante de R$ 4.472.001,05 e

redução nos Empréstimos no valor de R$ 6.125.348,25. Assim, a variação nas disponibilidades de

caixa é de R$ 568.516,46.

Apresentadas as análises da evolução patrimonial, dos resultados e da disponibilidade de caixa

da FIDENE e suas mantidas, encaminhe-se à plenária do Conselho Diretor para apreciação e

deliberação.

Ijuí, 08 de abril de 2016.

Laerde Sady Gehrke - Diretor Executivo da FIDENE

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II - PARECER DO CONSELHO DIRETOR Nº 01/2016

O Conselho Diretor da Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do

Estado do RS – FIDENE, em cumprimento ao que dispõe o Art. 19, inciso VII, do Estatuto da

Fundação, examinou, tendo por base no Relatório dos Auditores Independentes sobre as

Demonstrações Contábeis, os pareceres dos Conselhos Superiores de cada Mantida e a apresentação

das informações econômico-financeiras, realizada pela Presidência e Direção Executiva da FIDENE, o

Relatório de Atividades e Balanço da Fidene – exercício 2015 e emitiu seu parecer.

O Parecer do Conselho Diretor da FIDENE é FAVORÁVEL À APROVAÇÃO do Relatório

de Atividades e Balanço da FIDENE – exercício 2015.

O Conselho Diretor encaminha o Relatório de Atividades e Balanço 2015, conjuntamente com

os demais pareceres, para apreciação do Conselho Curador da Fundação.

Ijuí, RS, 11 de abril de 2016.

Prof. Dr. Martinho Luís Kelm - Presidente do Conselho Diretor da FIDENE

III – PARECER DO CONSELHO CURADOR Nº 02/2016

Em cumprimento ao disposto no inciso III do Art.13 do Estatuto da Fundação de Integração,

Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado do RS – FIDENE, este Conselho, em plenária

realizada nesta data, examinou a Prestação de Contas da FIDENE e suas Mantidas – exercício

2015, constituída do Relatório de Atividades e Demonstrativos Contábeis, acompanhados do Relatório

dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Contábeis, do Conselho Diretor e dos demais

Conselhos Superiores de cada mantida, e emite PARECER FAVORÁVEL à aprovação, sem

ressalvas.

Na sequência, o Conselho Curador encaminha a Prestação de Contas e Relatório de

Atividades da FIDENE e suas mantidas – exercício 2015, o seu parecer e os demais pareceres para

a apreciação da Assembleia Geral da Fundação.

Ijuí, RS, 11 de abril de 2016.

Walter Joel de Moura - Presidente do Conselho Curador

IV - ATO DE APROVAÇÃO DA ASSEMBLEIA GERAL DA FIDENE

Em cumprimento ao disposto no inciso IV do Art. 6º do Estatuto da Fundação de Integração,

Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado do RS – FIDENE, a Assembleia Geral da

mantenedora FIDENE, reunida em sessão ordinária no dia 15 de abril de 2016, após analisar a

Prestação de Contas da FIDENE e suas Mantidas exposta no Relatório de Atividades e Balanço -

exercício 2015 decidiu, por unanimidade, aprovar os referidos documentos.

Passado no Gabinete da Presidência da FIDENE, aos quinze dias do mês de abril de dois mil e

dezesseis.

Prof. Dr. Martinho Luís Kelm

Presidente da FIDENE

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Anexo 1 - Quadro da Evolução das Aplicações e das Fontes dos Balanços Patrimoniais FIDENE

2008 a 2015.

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33

Anexo 2 - Quadro da Evolução dos Ativos, Passivos e Patrimônio Social FIDENE.

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Anexo 3 - Quadro da Evolução dos Ativos, Passivos e Valores a Descoberto.

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35

Anexo 4 – Quadro da Evolução das Dívidas da FIDENE.

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Anexo 5 - Quadro da Demonstração de Resultados dos Exercícios FIDENE.

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37

Anexo 6 - Quadro da Receita Operacional Bruta da FIDENE.

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38

Anexo 7 – Quadro dos Custos dos Produtos e Serviços FIDENE.

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Anexo 8 – Quadro das Despesas Operacionais e Outras Receitas Operacionais FIDENE.

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40

Anexo 9 – Evolução da Despesa de Pessoal da FIDENE.

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Anexo 10 – Evolução dos Investimentos e Melhorias em Infraestrutura.

INV

EST

IME

NT

O E

ME

LH

OR

IAS

EM

INF

RA

EST

RU

TU

RA

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

Mel

hori

as

6.81

0,66

4.52

1,30

9.23

6,36

6.86

5,09

343.

675,

87

580.

581,

43

334.

772,

74

299.

220,

12

374.

835,

80

419.

008,

28

1.36

8.54

8,00

1.39

4.71

8,05

1.01

5.38

3,92

Imob

iliza

do c

/Rec

urso

Pró

prio

1.30

2.66

0,29

5.25

2.95

9,03

2.45

4.72

4,54

1.24

4.57

5,09

809.

834,

50

1.29

4.89

2,14

1.06

7.97

6,32

1.67

0.19

4,07

1.54

4.76

2,24

1.78

5.57

2,55

1.01

3.24

7,95

3.04

9.80

7,57

2.51

2.55

9,84

Doa

ções

202.

579,

80

28.6

95,3

8

903.

393,

41

25.3

98,3

2

210.

321,

87

276.

437,

49

92.7

75,9

9

9.90

2,60

30.9

47,9

3

153.

714,

5518

1.39

0,04

38.2

40,5

5

1.62

8.68

2,15

Con

vêni

os11

3.33

7,42

36

9.00

8,80

11

7.61

9,98

90

.762

,59

63

.931

,80

33

.231

,63

28

2.18

7,48

16

5.26

4,36

24

3.47

9,24

20

7.33

9,65

76.4

28,9

425

2.84

6,28

81

8.12

9,93

TO

TA

L

1.62

5.38

8,17

5.

655.

184,

51

3.48

4.97

4,29

1.

367.

601,

09

1.42

7.76

4,04

2.

185.

142,

69

1.77

7.71

2,53

2.

144.

581,

15

2.19

4.02

5,21

2.

565.

635,

03

2.63

9.61

4,93

4.

735.

612,

45

5.97

4.75

5,84

Tot

al I

mob

iliza

do1.

618.

577,

51

5.65

0.66

3,21

3.

475.

737,

93

1.36

0.73

6,00

1.

084.

088,

17

1.60

4.56

1,26

1.

442.

939,

79

1.84

5.36

1,03

1.

819.

189,

41

2.14

6.62

6,75

1.

271.

066,

93

3.34

0.89

4,40

4.

959.

371,

92