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FILO PORIFERA Do grego porus = poro + fera = portador de.

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FILO PORIFERA

Do grego porus = poro + fera = portador de.

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1. São organismos bastante antigo, datando desde o cambriano inferior;

2. Os Porifera atuais são divididos em três classes: Calcarea (com espículas calcárias), Hexactinellida (espículas silicosas com seis raios) e Demospongiae (com esqueleto de espículas silicosas ou espongina);

3. São sésseis e dependem da corrente, pois é através dela que ocorrem as trocas gasosas e se alimentam;

4. O corpo é constituído por uma massa celular embebida em uma matriz gelatinosa e enrijecidas por um esqueleto de espículas diminutas, que pode ser de carbonato de cálcio ou sílica e colágeno;

CARACTERÍSTICAS GERAIS

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4. Apesar de serem multicelulares, não possuem nenhum órgão ou tecido verdadeiro;

5. A epiderme é constituída por pinacócitos achatados (células de colarinho) – pinacoderme;

6. Digestão é intracelular, respiração e excreção se dá por difusão;

7. Devido a pouco complexidade o sistema nervoso provavelmente é ausente;

8. Apresentam os mais variados tamanhos e as mais variadas formas e coloração;

9. Em sua maioria habitam o ambiente marinho, porém algumas espécies habitam o ambiente de água doce; são bentônicos, porém suas larvas são livres natantes;

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Diferentes formas de Porifera no ambiente marinho.

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FORMA E FUNÇÃO

a) As únicas aberturas são os poros, os quais são denominados em: óstios (menores) e ósculos (maiores);

b) Os poros são conectados formando um sistema de canais, os quais são formados por células flagelares – coanócitos;

c) Os coanócitos tem a função de manter a corrente, assim como, atuar diretamente na captura de alimentos;

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TIPOS CELULARES

As células encontram-se distribuídas em uma matriz gelatinosa denominada meso-hilo (mesogléia e mesênquima). Os tipos celulares são as células amebóides, as quais, também são consideradas TOTIPOTENTES.

Corte através da parede de uma esponja, mostrando os tipos de células. Pinacócitos são protetores e contráteis; coanócitos criam correntes d’água e apreendem partículas alimentares; arqueócitos possuem uma variedade de funções e colêncitos secretam colágeno.

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1. Pinacócitos

a) É a maior aproximação de tecido verdadeiro;

b) São do tipo epitelial de forma afilada e achatada;

c) Cobrem tanto a superfície externa quanto a interna;

d) Por apresentar pouco contrabilidade atua na regulagem da superfície corpórea;

e) Alguns são modificados em miócitos (auxiliando a entrada da água);

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2. Coanócitos

a) Forram os canais e câmaras flageladas;

b) São ovóides com uma extremidade embebida no meso-hilo e a outra exposta;

c) A extremidade exposta possui um colarinho com um flagelo;

d) O colarinho é constituído por microvilos e miofibrilas delicadas;

e) O flagelo propicia a entrada da água pelo colarinho;

f) No colarinho há um muco onde facilita o processo de endocitose;

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A: estrutura interna do canal; B: Coanócitos e C: estrutura do colarinho.

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3. Arqueócitos (as células totipotentes)

a) São as células amebóides;

b) Tem várias funções uma delas é fagocitar partículas na pinacoderme e receber partículas dos coanócitos para digestão;

c) Podem se diferenciar em outros tipos celulares dentre eles: os esclerócitos (secretam espongina), espongiócitos (secretam fibras de espongina do esqueleto) e os colêncitos (secretam colágeno fibrilar).

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Esquema da localização dos tipos celulares de uma esponja.

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1. Fornece a sustentação da esponja não permitindo que os canais e câmaras entrem em colapso;

2. A principal proteína estrutural do reino animal é o colágeno, o qual está na matriz;

3. Os esqueletos variam de acordo com a classe da esponja: demospongiae (espongina, podem também secretar espículas calcárias), calcárias (espículas compostas por carbonato de cálcio e apresentando um, três ou quatro raios), esponjas de vidro (espículas silicosas com seis raios organizadas em três planos angulares), etc.

TIPOS DE ESQUELETOS

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A: Tipos de espículas encontradas nas esponjas. A diversidade, complexidade e beleza espantosas das formas que ocorrem dentre os vários tipos de espículas. B. Algumas formas corpóreas em esponjas.

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SISTEMAS DE CANAIS

Os Porifera podem ser classificados de acordo com o sistema de canais que apresentam. Podem ser: asconóides, leuconóide e siconóides.

1. Asconóides: espongioceles flageladas

1.1. Apresentam organização simples;

1.2. A água entra por poros dérmicos microscópicos denominados espongiocele, a qual é forrada por coanócitos;

1.3. Os flagelos movimentam a água pelos poros e expelem pelo ósculo;

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Esquema de uma esponja asconóide.

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1.4. As asconóides são encontradas apenas dentre os Calcarea;

1.5. Formam imensas colônias;

Clathrina canariensis (Classe Calcarea) é comum nas cavernas e sob substratos caribenhos.

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2. Siconóides: canais flagelados

2.1. Derivam das asconóides, porém são maiores;

2.2. O corpo é tubular com um único ósculo;

2.3. A parede do corpo é mais complexa e apresentam canais radiais forrados por coanócitos que desembocam na espongiocele, a qual é forrada por células do tipo epitelial e não flagelares (asconóides);

2.4. A água entra através de inúmeros óstios dérmicos nos canais inalantes;

2.6. Os canais radiais apresentam pequenas aberturas – prosópilas;

2.7. A água é impulsionada para os canais internos – apópilas;

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Esquema de uma esponja siconóide.

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2.7. A água emerge da espongiocele para o ósculo;2.8. Durante seu desenvolvimento atravessam um estágio leuconóide, porém os canais flagelados formam-se por invaginações da parede do corpo;2.9. As siconóides ocorrem tanto na classe Calcarea quanto na Hexactinellida;

Chondrosia reniformis

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3. Leuconóides: câmaras flageladas

3.1. É a mais complexa de todas;

3.2. São esponjas relativamente grandes;

3.3. Possuem grande massa e grandes ósculos;

3.4. Associações de câmaras flageladas recebem a água dos canais inalantes e a descartam através dos canais exalantes, que culminam no ósculo;

3.5. A maioria das esponjas atuais são leuconóides;

3.6. Essa modificação permitiu uma maior adaptação e uma maior captura de alimentos;

3.7. Ocorre tanto na classe Calcarea como nas demais classes;

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Esquema de uma esponja leuconóide.

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REPRODUÇÃO

ASSEXUADA

-Ocorre por meio de formação de brotos e pela regeneração seguida de fragmentação;

- Podem ainda formar gêmulas (brotos internos), os quais são envolvidos por uma camada de espongina incorporada com espículas silicosas, quando a esponja morre, ela permanece dormente conservando dessa forma a espécie; ocorre em sua maioria em esponjas de água doce;

-A gemulação em alguns casos é considerada um processo adaptativo (mudança de estação);

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Brotamento.

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Corte através de uma gêmula de uma esponja de água doce (Spongillidae). Gêmulas é um mecanismo de sobrevivência às condições adversas do inverno. Com o retorno das condições favoráveis, os arqueócitos saem através da micrópila para formar uma nova esponja.

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SEXUADA

-São monóicas (possuem células masculinas e femininas no mesmo indivíduo);

-Os espermatozóides surgem da transformação de coanócitos;

-Em algumas classes os oócitos também surgem da transformação dos coanócitos;

-A maioria são vivíparas;

-Depois da fertilização o zigoto é retido e recebe nutrientes da esponja parental até que se transforme em uma larva ciliada – larva parenquímula;

- Os espermatozóides são lançados na água pelo ósculo e são capturados pelo ósculo de outra esponja, através de células especializadas, as quais levam-o até o oócito no meso-hilo;

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Esquema da reprodução sexuada.

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CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS CLASSES

Classe Calcarea

1. São esponjas calcárias e suas espículas são compostas por carbonato de cálcio;

2. Suas espículas são retilíneas (monáxonas) ou possuem três ou quatro raios;

3. Podem ser asconóides, leuconóides e siconóides;

4. Possuem coloração variada;

5. São de águas marinhas de pouca profundidade;

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Classe Hexactinellida (Hyalospongiae): esponjas de vidro

1. Quase todas as suas formas são de mares profundos;

2. A maioria é radialmente simétrica, com corpo em de vaso ou funil, geralmente fixa a um substrato;

3. Variam de tamanho;

4. Possuem espículas silicosas de seis raios que estão geralmente fundidas em uma malha formando uma estrutura similar a vidro;

5. Possuem um grande ósculo, o qual é coberto por uma placa de sílica em forma de peneira;

6. O esqueleto é rígido e não possui elementos musculares;

7. O arranjo geral é siconóide ou leuconóide.

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Classe Demospongiae

1. Contêm 95% das espécies de esponjas viventes e inclui a maioria das esponjas grandes;

2. Possui espículas silicosas, as quais podem estar ligadas umas as outras por espongina, ou as espículas podem estar completamente ausentes;

3. Todos os membros da classe são leuconóides e marinhos exceto a família Spongillidae (ou esponjas de água doce);

4. Possuem as mais variadas formas e cores;

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A: Pseudoceratina crassa é uma esponja colorida que cresce a profundidades moderadas. B. Ectyoplasia ferox é de forma irregular (é tóxica). C: Monanchora unguifera.

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Filogenia

-Originaram-se antes do Cambriano;

-Dois grupos de organismos calcários espongiformes colonizaram os recifes do Paleozóico;

-No Devoniano ocorreu o desenvolvimento muito rápido das esponjas de vidro;

-Várias são as hipóteses que procuram explicar o surgimento uma delas é que surgiram a partir de um coanoflagelado (protozoário que possui colarinho e flagelo);

- Com análise do RNA – coanoflagelado e os metazoários são considerados grupos-irmãos, assim como, esponjas e os eumetazoa, os quais se separam antes do surgimento (origem) dos animais radiados e dos placozoários.

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Irradiação Adaptativa

-Ocorreu há milhares de anos;

-Possui uma grande variedade de formas e habitam tanto o ambiente marinho quanto de água doce;

-Sua diversificação se centra amplamente em seu sistema de correntes de águas singulares e em seus vários graus de complexidade;

- A proliferação de câmaras flageladas em esponjas leuconóides permitiu um aumento da superfície corpórea.

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Importância ecológica

Cadeia alimentar

Biodiversidade

Organismos camufladores

Bioindicador de condições ambientais

Importância Econômica

Artesanato

Indústria farmacêutica

Indústria coméstica