Filosofia Rio Grande Do Sul

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    Jnio Alves

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    Ler, escrever e resolver problemas em Filosoa

    A Filosofia tem uma contribuio peculiar adar no ensino mdio. O papel especfico daFilosofia no desenvolvimento da autonomia,

    da capacidade crtica e na formao tica estligado sua natureza argumentativa e suatradio. Cabe Filosofia a capacidade deanlise, de reconstruo racional e de crtica, apartir da compreenso de que tomar posiesdiante de textos propostos de qualquer tipo eemitir opinies acerca deles so pressupostosindispensveis para o exerccio da cidadania.

    Alm disso, a legislao do ensino pareceatribuir Filosofia certa centralidade, embo-

    ra no a privilegie, j as Diretrizes Curricula-res Nacionais para o ensino mdio (RESO-LUO CNE/CEB N 3, de 26 de junho de1998) postulam trs tipos de princpios tra-dicionais da Filosofia estticos, polticos eticos que, associados respectivamente sensibilidade, igualdade e identidade,devero nortear a prtica pedaggica dasescolas e dos sistemas de ensino.

    Algumas das questes mais estimulantes,enigmticas e importantes formuladas pelo

    pensamento humano so filosficas. Pensarfilosoficamente uma aventura aos limitesdo pensamento e do entendimento. Entretan-to, a disciplina de Filosofia, enquanto inte-grante do currculo do ensino mdio, no selimita aos seus contedos, mas tambm pos-sui responsabilidade no desenvolvimento dastrs competncias transversais: ler, escrever eresolver problemas.

    Como sabido, o desenvolvimentos des-

    sas competncias responsabilidade de todaa escola. A seguir apresentam-se indicaesde como a Filosofia pode contribuir de ma-neira especfica com esse objetivo.

    As Orientaes Curriculares para o Ensi-no Mdio, rea de Cincias Humanas e suasTecnologias, sintetizam as competncias ehabilidades especficas a serem desenvolvi-das pela Filosofia no quadro a seguir:

    1) Representao e comunicao: Ler textos filosficos de modo significa-

    tivo; Ler de modo filosfico textos de dife-rentes estruturas e registros;

    Elaborar por escrito o que foi apropria-do de modo reflexivo;

    Debater, tomando uma posio, defen-dendo-a argumentativamente e mudan-do de posio em face de argumentosmais consistentes.

    2) Investigao e compreenso:Articular conhecimentos filosficos e

    diferentes contedos e modos discur-sivos nas Cincias Naturais e Huma-nas, nas artes e em outras produesculturais.

    3) Contextualizao sociocultural: Contextualizar conhecimentos filos-

    ficos, tanto no plano de sua origemespecfica quanto em outros planos: o

    pessoal-biogrfico; o entorno sociopo-ltico, histrico e cultural; o horizonteda sociedade cientfico-tecnolgica(1).

    Essas competncias especficas da Filoso-fia, relativas aos trs eixos (representao ecomunicao; investigao e compreenso;contextualizao sociocultural), esto articu-ladas com as trs competncias transversaisdestes Referenciais ler, escrever e resolver

    problemas conforme detalha-se a seguir.A capacidade leitora desenvolve-se nombito da Filosofia atravs de duas compe-tncias especficas: ler textos loscosde modo signicativo e ler, de modolosco, textos de diferentes estru-turas e registros.

    A leitura dos textos filosficos se faz, numprimeiro momento, de maneira reflexiva e

    1Cincias Humanas e suas Tecnologias. / Secretaria de Educao Bsica. Braslia: Ministrio da Educao, 2006. 133 p. ( Orientaes Curriculares para oEnsino Mdio; volume 3).

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    analtica, buscando compreender os pres-supostos dos textos e identificando as ideiascentrais e a articulao argumentativa. Numsegundo momento, para entrar nos aspectosdenotativos do texto e exercitar a anlise in-terpretativa e a problematizao crtica. Po-

    rm, com isso, no se pretende que a apren-dizagem de Filosofia consista na recepo datradio filosfica enquanto produto acaba-do. Ler textos filosficos de modo significativoimplica apropriar-se desses textos, atravs desua anlise lgica e crtica. a leitura analti-co-crtica, associada escrita, que permitirao educando apropriar-se da tradio filos-fica e aprender a filosofar.

    Esse processo de desenvolvimento da ca-

    pacidade de realizar uma leitura significativados textos filosficos pode ser ampliado pelaleitura filosfica de textos de diferentes estru-turas e registros, como filmes, textos cient-ficos, literatura, entre outros. Ler de modofilosfico significa adotar uma viso analticae reflexiva sobre esse texto, buscando umacompreenso aprofundada e transdisciplinardo mundo.

    A capacidade escritora, por sua vez, de-senvolve-se filosoficamente pela competn-cia de elaborar por escrito o que foiapropriado de modo reexivo. Isto ,por meio da elaborao por escrito do que

    foi construdo/reconstrudo a partir da leiturae de debates, o educando torna-se capaz deorganizar o seu pensamento.

    A capacidade de resolver problemas oportunizada pela Filosofia por meio dascapacidades de debater, tomando posi-

    o, defendendo-a argumentativa-mente e mudando de posio face aargumentos mais consistentes, e decontextualizar conhecimentos los-cos, tanto no plano de sua origemespecca quanto em outros planos:o pessoal-biogrco; o entorno so-ciopoltico, histrico e cultural; o ho-rizonte da sociedade cientco-tec-nolgica.

    Resolver problemas atravs do debate ra-cional, isto , sustentando em argumentose mudando de posio em virtude da forados argumentos de outros, uma maneiraimportante de resolver problemas nos maisdiferentes contextos, alm de ser essencialnos casos de conflitos de interesses, comona poltica e no mundo do trabalho. Por fim,a capacidade de resolver problemas opor-tunizada a partir da aproximao das tesesfilosficas ao cotidiano dos educandos, atra-vs de dilemas e situaes-problema, comoacontece nos contedos de tica, filosofia dacincia, lgica, esttica e poltica.

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    Ensino Mdio - 1 ao 3 anotica: o lado prtico da Filosoa

    O tema escolhido para este Caderno a ticaou Filosofia Moral, considera-da a rea prtica da Filosofia. Ela tratade questes importantes da vida, que di-zem respeito ao modo de viver e conviver

    com os outros. A tica ou filosofia moral a tentativa de pensar sobre o certo e oerrado, o bem e o mal. Nada mais opor-tuno e importante para problematizar naescola.

    O ser humano vive em sociedade, convive com outros seres humanos e, portanto,cabe-lhe pensar e responder seguinte pergunta: Como devo agir perante os ou-tros?. Trata-se de uma pergunta fcil de ser formulada, mas difcil de ser respondida.Ora, esta a questo central da moral e da tica.Moral e tica, s vezes, so palavras empregadas como sinnimos: conjunto de princ-

    pios ou padres de conduta. tica pode tambm significar filosofia da moral, portanto,um pensamento reflexivo sobre os valores e as normas que regem as condutas huma-nas. Em outro sentido, tica pode referir-se a um conjunto de princpios e normas queum grupo estabelece para seu exerccio profissional (por exemplo, os cdigos de ticados mdicos, dos advogados, dos psiclogos, etc.). Em outro sentido, ainda, podereferir-se a uma distino entre princpios que do rumo ao pensar sem, de antemo,prescrever formas precisas de conduta (tica) e regras precisas e fechadas (moral).Finalmente, deve-se chamar a ateno para o fato de a palavra moral ter, paramuitos, adquirido sentido pejorativo, associado a moralismo. Assim, muitos prefe-rem associar palavra tica os valores e regras que prezam, querendo assim marcardiferenas com os moralistas.

    Fonte:BRASIL. Ministrio da Educao. Secretaria da Educao Fundamental. Parmetros Curriculares Nacionais: Apresentao dosTemas Transversais e tica. Braslia, 1997, p. 69-73.

    situaes-problemas contextualizadoras.Nessa unidade, so apresentados alguns

    conceitos e princpios tericos, de maneiraque os alunos possam adotar uma atitudecrtica e responsvel tanto sobre seus juzosmorais quanto sobre suas aes. No entan-to, o professor pode se valer desta unidade

    como estrutura a ser desenvolvida ao longode um bimestre, fazendo acrscimos neces-srios adequao do que est proposto realidade de sua sala de aula.

    Em nenhum momento estes Cadernostm a pretenso de serem exaustivos, masbuscam oferecer sugestes de atividades emateriais, incentivando-o a continuar de-senvolvendo aulas que motivem pesquisae construo do conhecimento.

    Bom trabalho!

    As questes ticas esto por trs de mui-tas decises do cotidiano do cidado con-temporneo, seja no mercado de trabalho,na poltica ou nas relaes pessoais. No por acaso que se evoca sem cessar a faltade tica na mdia e em conversas com osamigos, em um lamento por probidade, de-

    cncia, retido, idoneidade e respeito pelosoutros.Como os Parmetros Curriculares Nacio-

    nais sugerem, a tica e a moral no podemser trabalhadas apenas numa dimenso cog-nitiva, j que se busca a formao tica emoral do jovem. Nesse sentido, dilemas, de-bates e outras dinmicas selecionados permi-tem aos estudantes refletir sobre seus valorese desenvolver as capacidades e habilidades

    relacionadas com a Filosofia, a partir de

    Caro professor:

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    A regra de ouro.Valores e tica aplicada.

    Tempo de durao aproximado: 6aulas.Materiais necessrios:sala de aula orga-nizada em crculo.

    1 Usamos como quadro referencial de habilidades a Matriz de Competncias e Habilidades de Cincias Humanas e suas Tecnologias Ensino Mdio ENCCEJA. Cf. Ministrio da Educao, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais INEP, Braslia: Diretoria de avaliao para certificao decompetncias 2002.

    Objetivos

    Os alunos, ao nal da unidade, tero vivenciado oportunidades de desenvolver ascompetncias de: Lercriticamente, refletir e problematizar textos de qualquer natureza, apropriando-se de

    vocabulrio especfico da Filosofia. Escreverpor meio do uso argumentativo da linguagem, as construes desenvolvidas,

    as reflexes realizadas, as concluses elaboradas e as problematizaes levantadas arespeito dos contedos da tica.

    Resolver problemas,aproximando ao cotidiano as teses analisadas, refletidas eproblematizadas no plano terico com vistas busca de compreenso da realidade, formulao de alternativas ao vivido, provocando mudanas necessrias ou de-sejveis para a promoo integral do indivduo, do respeito pessoa e dos direitoshumanos.

    HabilidadesPara atingir os objetivos acima enumera-

    dos, ser necessrio desenvolver algumashabilidades. Entre elas, destacamos1: Interpretar historicamente fontes docu-

    mentais de naturezas diversas.Analisar a produo da memria e do

    espao geogrfico pelas sociedades hu-manas.

    Associar as manifestaes culturais dopresente aos seus processos histricos. Comparar pontos de vista expressos em

    diferentes fontes sobre um determinadoaspecto da cultura.

    Valorizar a diversidade do patrimniocultural e artstico, identificando suasmanifestaes e representaes em dife-rentes sociedades.

    Contedos O que tica. Conscincia moral. Distino tica e moral. Trs teorias de tica normativa: utilitaris-

    mo, tica do dever e tica das virtudes.

    O que tica(Aula 1)

    Nesta aula, prope-se a realizao demapas conceituais com o objetivo de insti-gar os alunos a refletirem sobre a noo detica que j possuem e discutirem sua finali-dade e importncia. A principal competnciadesenvolvida neste primeiro momento de-bater, tomando uma posio, defendendo-aargumentativamente e mudando de posio,se for o caso, em face de argumentos maisconsistentes.

    Como ponto de partida do percurso, estsendo proposta a utilizao de mapas con-ceituais, a fim de mobilizar as competnciase os conhecimentos prvios dos alunos.

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    O que so os mapas conceituais

    Mapas conceituais so ferramentas grficas visando organizar e representar o conheci-mento. So estruturados a partir de conceitos fundamentais e suas relaes. Usualmente, osconceitos so destacados em caixas de texto. A relao entre dois conceitos representadapor uma linha ou seta, contendo uma "palavra de ligao" ou "frase de ligao". Sendoassim, mapas conceituais tm por objetivo reduzir, de forma analtica, a estrutura cognitivasubjacente a um dado conhecimento aos seus elementos bsicos. (...)A aprendizagem pode ser dita significativa quando uma nova informao adquire signifi-cado para o aprendiz atravs de uma espcie de ancoragem em aspectos relevantes daestrutura cognitiva preexistente do indivduo. Na medida em que o conhecimento prvioserve de base para a atribuio de significados nova informao, ele tambm se modi-fica. A estrutura cognitiva est constantemente se reestruturando durante a aprendizagemsignificativa. O processo dinmico; o conhecimento vai sendo construdo. (...)A ideia principal do uso de mapas na avaliao dos processos de aprendizagem a deavaliar o aprendiz em relao ao que ele j sabe, a partir das construes conceituais que

    ele conseguir criar, isto , como ele estrutura, hierarquiza, diferencia, relaciona, discriminae integra os conceitos de um dado minimundo em observao, por exemplo. Isso significaque no existe mapa conceitual correto. Um professor nunca deve apresentar aos alunoso mapa conceitual de um certo contedo e sim um mapa conceitual para esse contedosegundo os significados que ele atribui aos conceitos e s relaes significativas entre eles.Da mesma maneira, nunca se deve esperar que o aluno apresente na avaliao o mapaconceitual correto de um certo contedo. Isso no existe. O que o aluno apresenta oseu mapa, e o importante no se esse mapa est certo ou no, mas sim se ele d evidn-cias de que o aluno est aprendendo significativamente o contedo. A anlise de mapasconceituais essencialmente qualitativa. O professor, em vez de preocupar-se em atribuir

    um escore ao mapa traado pelo aluno, deve procurar interpretar a informao dada peloaluno no mapa, a fim de obter evidncias de aprendizagem significativa.

    Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Mapa_conceitual.

    Mapa conceitualProponha que os alunos montem um

    mapa conceitual a partir do conceito cen-tral TICA. Oriente a atividade explicandocomo fazer uma mapa conceitual. O objetivo mapear as relaes que o aluno j realiza

    a partir dos conceitos TICA e MORAL.Pea que coloquem a palavra tica no cen-tro de uma folha em branco e que tracemrelaes com outras palavras, situaes ouideias.

    Professor,recolha os mapas conceituais aps a aula para que possa avaliar oprogresso de seus alunos. Ao final da unidade, pea para que faam um novomapa conceitual, compare-o com o anterior, verifique se ocorreu alguma expansoconceitual e que novas relaes seus alunos foram capazes de traar.

    Aps a realizao do mapa conceitual in-dividual, organize a realizao do mapa daturma. Escreva a palavra TICA no quadroe acrescente as colaboraes dos alunos, deforma a reunir diferentes acepes de TICAque circulam na turma. Comente os termos

    medida que surgirem e estimule todos osalunos a colaborarem com a construo domapa. Quando formar um universo de unsvinte termos, proponha a elaborao deuma frase ou definio de tica.

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    A bssola do certo/errado:a conscincia moral

    A seguir, apresente uma imagem para re-presentar o conceito de conscincia moral.Proponha que imaginem que todos nascem

    equipados com uma espcie de bssola mo-ral. Uma bssola que aponta para o BEM:aquilo que se deveria fazer do ponto de vistamoral. A funo dessa bssola seria indicaro que CERTOou ERRADOdo ponto devista moral, o que os filsofos chamam deCONSCINCIA MORAL.

    Leia com a turma as trs situaesapresentadas no Caderno do Aluno, dalguns minutos para os alunos refletiremsobre eles e promova um debate a partirdessas questes. Lembre-se de solicitarjustificativas baseadas em argumentos

    que sustentem as opinies emitidas. Noquadro, v anotando os principais con-ceitos que forem surgindo no debate. Aofinal, sintetize os resultados obtidos pormeio de um esquema. Debata com a tur-ma as relaes possveis entre os concei-tos apresentados.

    Se houver oportunidade, leia o quadro a seguir das atitudes caractersticas de umaconscincia moral com os alunos. Tire as dvidas de vocabulrio. Sugira que elescriem um DICIONRIO DE FILOSOFIA, que pode ser feito em fichas ou num caderno,onde constar o registro das palavras e dos conceitos que forem adquirindo nas aulase suas possveis definies.

    Atitudes caractersticas de uma conscincia moral (segundo o lsofoRichard Brandt)

    1) Experimenta rejeio frente a certo tipo de aes.Exemplo: A maior parte das pessoas seno todas experimenta rejeio contrao roubo e o assassinato. As pessoas com senso moral sentem indignao quando

    presenciam uma injustia e acham que correto reagir, mesmo que ela prpriano esteja sofrendo nenhuma injustia com isso.

    2) Compara a intensidade das rejeies.Exemplo: Ningum gostaria de atropelar um gato. Muito menos atropelar umacriana. Mas numa situao em que estivssemos que escolher entre atropelar umou outro, escolheramos a situao de menor gravidade.

    3) Sente-se culpado e responsvel pelas consequncias de seus atos.Exemplo: Se voc no totalmente insensvel, quando atropelar um gato se sen-tir culpvel, a no ser que no houvesse outra opo (como no caso anterior).

    4) Quando reprova certos comportamentos, desaprova aqueles que oscometem, salvo se existem circunstncias atenuantes.

    5) Acredita que essas atitudes esto justificadas por razes objeti-vas e no apenas em preferncias subjetivas.Quando algum sustenta uma posio tica a respeito de algo, por exemplo,em relao ao aborto, acredita que tem boas razes para aprovar ou desa-provar o aborto. No se trata apenas de uma questo de preferncia ou gostopessoal.

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    Por que devo ser tico(Aula 2)

    Questes complementares

    Ao final da aula, no Caderno do Aluno,so sugeridas questes para que o alunopossa aprofundar os temas em casa. O idealseria que escrevessem as respostas, comoforma de desenvolver as competncias daescrita e da leitura de um texto filosfico. Aprxima aula pode comear pela leitura dealgumas das respostas da turma.

    A questo estruturadora desta aula :por

    que devo ser tico?Para tanto, parte-seda leitura de uma fbula filosfica tradicionalcontada por Plato: O Anel de Gyges. No se-gundo momento, ainda trabalhando a mesmaquesto, apresentado o jogo do prisio-neiro. Tais atividades permitiro desenvolver,entre outras, as capacidades de articulao econtextualizao do conhecimento filosfico.

    O Anel de Gyges

    O Anel de Gyges uma lenda grega nar-rada pelo filsofo Plato (sculo V antes danossa era), no livroA Repblica. O texto queconsta no Caderno do Aluno uma adapta-o com fins educacionais.

    Aps ler o texto com a turma, proponha umaprimeira rodada de discusso sobre o tema.Apresente aos alunos as seguintes questes: Qual a moral dessa fbula?

    O que vocs fariam se tivessem o Anel deGyges? Seguimos as normas ticas apenas por

    medo da punio?

    Professor,dinamize a aula propondo a

    organizao de pequenos grupos para aleitura e discusso inicial das questes.Depois, em grande grupo, socialize asrespostas e sistematize, fazendo as inter-venes necessrias.

    A balana

    Uma segunda imagem apresentada parailustrar a deliberao tica: a balana.

    Proponha a leitura do texto do Caderno doAluno, esclarea as dvidas e acrescente outrosexemplos.

    Na sequncia, proponha que realizem umaanlise dos casos apresentados e escrevamsuas respostas no caderno. Leia com a turmaalgumas dessas respostas.

    Dilema do prisioneiro

    O dilema do prisioneiro um problema

    clssico da teoria dos jogos. Nele, supe-seque cada jogador, de modo independente,quer aumentar ao mximo a sua prpria vanta-gem sem se importar com o resultado do outrojogador. Curiosamente, ambos os jogadoresobteriam melhor resultado se colaborassem umcom o outro, mas cada jogador tender a seregosta e a enganar o outro, mesmo que tenhaprometido colaborar. O que acontecer seele pensar que o outro tambm agirda mesma forma?

    Oriente-os a se organizarem em duplas,para jogarem conforme as instrues no Ca-derno do Aluno. Na verso com dez rodadas,os alunos podero perceber que ambos sairoperdedores se forem egostas, enquanto que acooperao traz resultado melhor.

    Trata-se de uma situao muita rica e queprecisa ser bem explorada nos comentriosaps o jogo. Para tanto, repare nos seguinteselementos da dinmica:

    a) Compare o jogo do prisioneiro com a ne-cessidade de ser ou no tico. Cooperar um comportamento tico. Mesmo o egostadeve cooperar, portanto racional para osprprios interesses seguir a tica. Basta fazerum clculo interessado!

    b) O egosta, no incio, pensar que nesse jogos h um ganhador. Depois descobrir queambos podem ganhar. A ideia que a vit-ria de um no implica a derrota do outro.

    c) Qual o papel da confiana nesse jogo?

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    d) Se algum cooperar, em vrias rodadas,sem que haja reciprocidade, como issopode ser interpretado?

    e) Um experimento baseado no dilema sim-ples (sem repeties) constatou que cercade 40% dos participantes cooperam. Faa a

    avaliao estatstica na turma: quantos coo-peraram na primeira rodada?Aps explorar a reflexo dos alunos a partir

    do jogo, proponha que os alunos leiam o textoapresentado no Caderno do Aluno (A distin-o TICA e MORAL), que discute a distin-o clssica entre moral e tica. Esclarea essadistino para a turma.

    O contedo estruturador desta aula a ticadeontolgica ou baseada nas consequncias.O trabalho com dilemas ticos um dosmeios mais eficazes de promover a prtica datomada de deciso em tica, assim como paradebater os conceitos envolvidos. Os dilemas

    apresentados oferecem duas opes: decidirpensando nas consequncias ou nas normasmorais. Tambm so abordadas: a primeira te-oria filosfica da tica normativa (tica baseadanas consequncias) e a anlise de um caso deconsequencialismo, o utilitarismoclssico.

    As principais habilidades trabalhadas nestaaula so: ler de modo filosfico textos de dife-rentes estruturas e registros; elaborar por escritoo que foi apropriado de modo reflexivo; debater,tomando posio face a argumentos mais con-

    sistentes; e contextualizar conhecimentos filos-ficos, tanto no plano de sua origem especficaquanto em outros planos: o pessoal, o biogrfi-co, o entorno sociopoltico, histrico e cultural.

    Dilemas ticos

    Um dilema, no sentido tico, umasituao difcil e complexa na qual se colocamdemandas contraditrias. As duas opes do

    tica baseada nasconsequncias(Aula 3)

    dilema tm consequncias negativas, mas preciso escolher. Portanto, a deciso deve serbem refletida. No Caderno do Aluno, apare-cem dois dilemas ticos: o caso do maquinistae o caso do policial e do bandido.

    Explique o que um dilema. Leia o primeiro

    dilema proposto e assegure-se de que compre-enderam a situao. Conte aos alunos que oexerccio visa pr em prtica a capacidade detomar decises ticas.

    Debate

    Organize a turma em crculo e inicie o de-bate. Nesse momento, uma das funes doprofessor criar um ambiente de investigao.Toda opinio deve ser ouvida e respeitada.Pea sempre para os alunos apresentarem ra-zes que sustentem suas opinies atravs deargumentos claros seus, sem se esquecerem deque a Filosofia uma atividade argumentativa.

    Explore os conceitos que forem aparecendodurante o debate. Pea para um aluno escreverno quadro tais conceitos.

    Os dilemas apresentados colocam umademanda contraditria: possvel pensar nas

    consequncias de uma deciso ou pensar deacordo com princpios ticos e regras morais?Nesta aula e na seguinte, sero apresentadasas duas teorias ticas normativas que adotamesses pontos de vista.

    Teorias ticas: o que devofazer?ticas baseadas nas conse-quncias

    Leia, com seus alunos, o texto sobre conse-quencialismo que consta no Caderno do Alu-no. Certifique-se de que compreenderam osconceitos envolvidos e a forma de raciocnioconsequencialista.

    Estipule um tempo para que possam discutirem pequenos grupos.

    Por fim, retome os dilemas apresentados soba tica consequencialista: Se devo fazer o que

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    tiver as melhores consequncias, como decidirnos casos citados?

    As ticas baseadas nas consequncias se ca-racterizam por tomarem os resultados da aocomo critrio de correo tica das aes. Al-guns exemplos de consequencialismo so o

    egosmo, o hedonismo, o utilitarismo clssico eo utilitarismo de regras.

    Para aprofundar a compreenso dos alunos, realize uma atividade complementar para desenvol-ver as competncias argumentativas dos alunos. O consequencialismo parece seguir a mxima:os fins justificam os meios.Ser que podemos aceitar o uso dessa mxima? Como toda posiofilosfica, o consequencialismo est sujeito a objees.

    Objeo ao consequencialismoMuitas pessoas se opem ao utilitarismo e a todo tipo de consequencialismo. Para elas, o utilita-rismo no exclui nenhum tipo de ao que tenha boas consequncias, nem mesmo um ato demaldade. Portanto, o consequencialismo teria implicaes bizarras. Veja os seguintes exemplos:1) Voc um filsofo utilitarista contratado para dar uma justificao moral para a escravido.

    Voc diz: Meu trabalho fcil, apenas tenho de assegurar que os benefcios para o senhordos escravos e para a sociedade sejam maiores que o prejuzo para os escravos. Se a escra-vido maximiza o bem-estar total, ento o utilitarismo a aprova?

    2) Algum maximiza os benefcios para todos matando seu pai rico e infeliz e doando o dinhei-ro dele para a construo de uma creche para crianas carentes. O utilitarismoaprova sua ao?

    3) Voc um juiz que sentencia um homem inocente morte por um ato terrorista

    que ele no cometeu. Ao desencorajar o terrorismo, seu ato maximiza o bem total.O utilitarismo aprova sua ao. Ser que o utilitarismo permite qualquer dano aoindivduo em nome do bem geral?

    Utilitarismo: seja feliz!

    Professor, organize a turma em pequenosgrupos para que leiam e discutam o texto eanalisem o caso apresentado. Passe nos gru-pos para verificar a compreenso do texto.

    Ao final, retome com o grande grupo e pro-mova a socializao dos resultados.

    O dever(Aula 4)

    O conceito estruturador desta aula o

    dever, apresentado a partir de um dos prin-cpios morais mais difundidos na histria, aRegra de Ouro. A seguir, introduz-se a se-gunda teoria filosfica da tica normativa: atica baseada no dever, explorada atravs doestudo da tica de Kant.

    As principais habilidades trabalhadasnesta aula so: ler textos filosficos de modosignificativo; ler de modo filosfico textos dediferentes estruturas e registros; elaborar por

    escrito o que foi apropriado de modo refle-

    xivo; debater, tomando posio face a argu-mentos mais consistentes; e contextualizarconhecimentos filosficos, tanto no planode sua origem especfica quanto em outrosplanos: o pessoal, o biogrfico, o entorno

    sociopoltico, histrico e cultural; interpretarhistoricamente fontes documentais de natu-rezas diversas.

    A Regra de Ouro

    A Regra de Ouro: Trate os outroscomo voc gostaria de ser tratado.

    Esta norma tica surge em diferentes po-

    cas e culturas. Organize a turma em crculo

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    tica do dever: a prpria ao que certa ou errada; a ao no se torna certaou errada por suas consequncias.

    Para trabalhar a apresentaes dos compo-nentes tericos desta unidade, recorra me-todologia da exposio dialogada. Disponhaa turma em crculo e leia os textos que cons-tam no Caderno do Aluno. A seguir, oriente adiscusso para que as opinies apresentadas

    sejam justificadas com argumentos.Como atividade para consolidar a apre-sentao da tica do dever, proponha a dis-cusso dos dois dilemas que se encontramno Caderno do Aluno.

    A tica de KANT

    Como voc sabe, Immanuel Kant foi umfilsofo alemo que viveu no sculo XVIII, no

    No Caderno do Aluno, constam a distin-o entre dois tipos de dever apresentadapor Kant e um quadro com quatro princpiosticos kantianos.

    Leia os textos com a turma e oriente-apara a realizao da atividade textual asso-ciada a esses princpios.

    Certifique-se de que os alunos compre-enderam os princpios. Ao final, socialize asrespostas.

    O foco desta aula so os conceitos valorevirtude. Num primeiro momento, a reflexosobre o conceito de valor ser feita atravsda hierarquia de valores. Num segundo mo-mento, ser feita a apresentao da terceirateoria filosfica da tica normativa: a ticabaseada nas virtudes, de origem aristotlica.A atividade proposta uma pesquisa de va-lores dos alunos, o que possibilitar desen-

    volver e aplicar a capacidade de refletir. Asprincipais habilidades trabalhadas nesta aulaso: ler de modo filosfico textos de diferen-tes estruturas e registros; elaborar por escritoo que foi apropriado de modo reflexivo; de-bater, tomando posio face a argumentosmais consistentes; e contextualizar conhe-cimentos filosficos, tanto no plano de suaorigem especfica quanto em outros planos:o pessoal, o biogrfico, o entorno sociopol-

    tico, histrico e cultural.

    perodo Iluminista. Ele enfatizava que avida tica estava centrada no dever.

    Valores e virtudes(Aula 5)

    e leia com os alunos o texto que consta noCaderno do Aluno, apresentando a Regra deOuro. Promova a compreenso do texto, uti-lizando exemplos de aplicao da Regra deOuro. Em seguida, inicie a atividade dos di-lemas que se encontram no Caderno do Alu-

    no. Oriente-os a elaborarem suas respostaspor escrito, antes de iniciar um debate emgrande grupo. Comente a participao dosalunos, solicite que argumentem para justifi-car suas opinies e para que busquem a cla-reza nas suas formas de expresso. Ao finalda atividade, sintetize e socialize os resulta-dos das discusses.

    Teorias ticas: o que devo fazer?

    Um dilema tico j foi debatido a partirda resposta consequencialista para a per-gunta O que devo fazer?. Proponha, agoraa abordagem do mesmo dilema a partir datica baseada no cumprimento do dever.

    ticas baseadas no dever

    Convide os professores de Artes Visuais,de Literatura e de Histria paradesenvolverem essa unidade emconjunto. O Iluminismo umdos perodos mais ricos da nossahistria, e estabelecer uma parceriapode render bons frutos.

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    Leitura

    Leia com a turma o texto que aparece noCaderno do Aluno, apresente o conceito de va-lor e seus diferentes contextos e certifique-se deque compreenderam as noes apresentadas.

    Hierarquia de valores

    Retome a relao de 24 valores dispostosem ordem alfabtica que esto no Cadernodo Aluno. A tarefa indicar a importnciaque eles tm para o aluno como princpiosorientadores da sua vida e, ento, hierarqui-zar individualmente esses valores.

    Quando todos os alunos tiverem feito suahierarquia, sentados em crculo, oriente adiscusso desses valores e as hierarquizaesrealizadas.

    Teorias ticas: que tipo de

    pessoa devo ser?ticas baseadas nas virtudes

    No Caderno do Aluno, consta um tex-to apresentando o conceito de virtude deorigem aristotlica. Leia-o com os alunos,apresente exemplos que possam ilustrar esseconceito e certifique-se de que ocorreu acompreenso dos alunos antes de iniciar aprxima atividade.

    Atividade: pesquisa dosvalores do jovem

    Oriente os alunos para realizarem a ta-refa de pesquisa a respeito dos valores dojovem, que consta no Caderno do Aluno,individualmente.

    Em seguida, com os alunos dispostos em

    Ferramentas loscasAlgumas distines so importantes parase refletir sobre os valores. Veja a seguirduas distines que podem ser apresen-

    tadas aos alunos durante os debates.

    1) Distino fato/valor Um fato algo que pode ser com-

    provado, sobre o qual podemos di-zer que a afirmao verdadeira oufalsa.

    Osvaloresso definidos a partir dasvrias dimenses em que so usados:

    a) Os valores so critrios segundo osquais valorizamos ou desvaloriza-mos as coisas;

    b) Os valores so as razes que jus-tificam ou motivam nossas aes,tornando-as preferveis a outras.

    Os valores reportam-se, em geral, aaes, justificam-nas. Os valores fazemparte do domnio das normas.

    Exemplo: Participar de uma campanhade auxlio s vtimas de alguma cats-trofe natural pode significar que atri-bumos solidariedade uma enormeimportncia. A solidariedade neste

    caso o valor que justifica ou explica anossa ao.

    2) Distino valor instrumental/valor intrnseco

    Valor instrumental algo quetem valor como meio para atingirum fim. Por exemplo, o dinheiro um meio para comprar o DVD deO Rappa.

    Valor intrnseco algo que temvalor em si mesmo, por isso intrn-seco. No um meio para conse-guir outra coisa. A felicidade temvalor intrnseco para a maioria daspessoas. A sade tambm. E paravoc? Quais so seus valores intrn-secos?

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    crculo, inicie uma anlise comparativa das res-postas a partir do resultado obtido na aplicaodessa mesma pesquisa com jovens em idadeescolar no Estado de So Paulo. Na pesquisaabaixo, aparecem os resultados expressos emporcentagem obtidos em So Paulo.

    Debata com a turma cada questo da pes-quisa. Essa atividade permitir contextualizaros conceitos desenvolvidos na primeira parteda aula: Que valores e virtudes as escolhasde nossos alunos refletem?

    Responda seguinte pesquisa:

    1. Qual dos cinco itens abaixo voc achamais importante para a sociedade:

    Moral (59%) Poltica (10,7%) Religio (10,2%) Cincia (15,3%)Arte (4,7%)

    2. Qual das quatro virtudes abaixo voc achamais importante para a sociedade? Tolerncia (6,1%) Justia (44,5%) Competncia profissional (14,1%) Responsabilidade (5,3%)

    3. Qual das cinco virtudes abaixo voc achamais importante para o convvio pessoal? Generosidade (4,4%) Coragem (2,1%) Lealdade (12%) Honestidade (51,5%) Humildade (29,9%)

    4. Escolha a alternativa com a qual vocconcorda mais:A pior coisa da vida ser otrio (7,2%).A pior coisa da vida ser injustiado

    (39,2%).A pior coisa da vida ser desprezado

    (24,4%).A pior coisa da vida ser sozinho (29,2%).

    5. Assinale a alternativa que corresponde aomais importante para a sua vida:

    Ser amado (21,6%). Ser tratado de forma justa (41,2%).Achar que a vida vale a pena ser vivida

    (37,3%).

    6. Qual o grau de influncia de seus pais so-

    bre os valores que voc tem hoje? Muita influncia (67,6%) Mdia influncia (25,1%) Pouca influncia (6,3%) Nenhuma influncia (1,1%)

    7. Qual o grau de influncia de seus amigossobre os valores que voc tem hoje? Muita influncia (25,6%) Mdia influncia (47,2%)

    Pouca influncia (21,9%) Nenhuma influncia (5,2%)

    Fonte: Pesquisa criada por La Taille, Y. e Harkot-de-La-Taille videLA TAILLE, Yves de. Moral e tica: Dimenses intelectuais e afetivas.Porto Alegre: Artmed 2006.

    O foco desta aula a aplicao dos con-ceitos desenvolvidos ao longo da unidade emcasos de tica aplicada. As principais habilida-des trabalhadas nesta aula so: ler de modofilosfico textos de diferentes estruturas e regis-tros; elaborar por escrito o que foi apropriado demodo reflexivo; debater, tomando posio facea argumentos mais consistentes; e contextuali-zar conhecimentos filosficos, tanto no plano de

    sua origem especfica quanto em outros planos:o pessoal, o biogrfico, o entorno sociopoltico,histrico e cultural.

    A tica aplicada uma das reas onde asteorias da filosofia moral demonstram a sua fe-cundidade como instrumento de abordagem aalguns dos grandes problemas da humanidade.Alguns casos de tica aplicada so: a noo deigualdade, os direitos dos animais, a pesquisacom clulas-tronco, a clonagem, a eutansia, oaborto, a fome no mundo, o problema dos refu-

    tica aplicada(Aula 6)

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    giados, a tica do meio ambiente, os cdigos detica profissionais, a paz mundial, entre outros.

    Para contextualizar os conceitos vistos at omomento, apresentamos a atividade de elabo-rar o cdigo de tica da turma. Tal atividade mo-biliza a capacidade de resolver problemas e a

    contextualizao dos conhecimentos adquiridos.Leia com os alunos o cdigo de tica da TAM

    e o cdigo de tica do jornalismo, que constamno Caderno do Aluno, e comente os itens. Cer-tifique-se de que os alunos compreenderam asproposies dos cdigos.

    Em seguida, organize grupos de 5 alunos.Faa-os refletirem sobre o que acontece no diaa dia de uma sala de aula: agresso, violncia,desrespeito, etc. Questione os alunos a respeito

    dos princpios ticos que deveriam ser respeita-

    dos entre alunos-alunos e alunos-professorespara assegurar um ambiente favorvel apren-dizagem? Cada grupo deve escolher seis princ-pios que devem constar no cdigo de tica daturma. Remeta, sempre que necessrio, para oscdigos da TAM e dos jornalistas.

    No prosseguimento, pea para que cada gru-po escolha um representante. Esses alunos devemapresentar os princpios elaborados pelo grupopara a turma. Questione-os a respeito de quaisforam os pontos em comum e quais as principaisdiferenas? Organize a discusso desses pontos.Ao final desta atividade, procure resumir com osalunos as ideias surgidas e oriente-os para queelaborem um cdigo de tica da turma.

    Ao final da atividade, afixe na sala de aula o

    cdigo de tica da turma.

    O mural da paz

    O mural da paz uma atividade de tica aplicada que voc pode desenvolver com a tur-ma, visando contextualizar e aplicar os conceitos trabalhados ao longo da unidade.

    Manifesto UNESCO 2000 Por uma cultura da paz e da no violncia

    Reconhecendo a cota de responsabilidade de cada um com o futuro da humanidade, especial-

    mente com as crianas de hoje e as das geraes futuras, cada indivduo deve se comprometer em sua vida diria, em sua famlia, no seu trabalho, na sua comunidade, no seu pas e na suaregio a: Respeitar a vida e a dignidade de cada pessoa, sem discriminao ou preconceito; Praticar a no violncia ativa, rejeitando a violncia sob todas as suas formas: fsica, sexual,

    psicolgica, econmica e social, em particular contra os grupos mais desprovidos e vulnerveis,como as crianas e os adolescentes;

    Compartilhar seu tempo e seus recursos materiais em um esprito de generosidade, visando ofim da excluso, da injustia e da opresso poltica e econmica;

    Defender a liberdade de expresso e a diversidade cultural, dando sempre preferncia ao di-logo e escuta no lugar do fanatismo, da difamao e da rejeio ao outro;

    Promover um comportamento de consumo que seja responsvel e prticas de desenvolvimentoque respeitem todas as formas de vida e preservem o equilbrio da natureza do Planeta;

    Contribuir para o desenvolvimento de sua comunidade, com a ampla participao da mulher eo respeito pelos princpios democrticos, de modo a construir novas formas de solidariedade.

    Leia para a turma o Manifesto da UNESCO. A seguir, divida a turma em pequenos grupos. Dispo-nibilize material e oriente para que cada grupo faa um painel em papel pardo com o tema Paz.Nele os alunos podem colocar frases, palavras, colar fotos, fazer desenhos que representem o queentendem por Cultura de Paz. Durante a elaborao do painel, mantenha disposio dos alu-nos, em lugar de destaque, os seis pontos do Manifesto 2000.

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    Mapa conceitual: atividade avaliativa

    Como atividade avaliativa desta unidade, retome os mapas conceituais elaborados noincio da unidade. Discuta esses mapas e repare nas novas relaes que cada aluno capaz de fazer e nos novos conceitos que ele adquiriu.

    Trabalhos de pesquisa

    Professor, a seguir apresentamos sugestes de trabalhos de pesquisa e interdisciplinares quepodem ser desenvolvidos pelos alunos sob a sua orientao.1) Acesse osite do Salo Jovem da UFRGS e estude a possibilidade de inscrever o projeto de

    seus alunos. A pesquisa fundamental tambm na Filosofia, alm de ser o melhor caminhode ensino e aprendizagem disponvel. H outros sales de iniciao cientfica no RS. http://www.propesq.ufrgs.br/sic2008/pagina/ufrgsjovem.html.

    2) Outra possibilidade interessante formar um grupo de alunos para participarem nas Olim-padas de Filosofia, promovida, pela primeira vez em 2008, pelo Frum Sul de Filosofia.Informaes nosite http://www.olimpiadadefilosofia.org/.

    3) A ONG Junior Achievement desenvolve o Programa Vamos Falar de tica, que tem por objetivolevar aos jovens do ensino mdio de todo o Brasil reflexes sobre uma conduta tica em suavida pessoal e profissional. Veja orientaes em: www.jars.org.br/rs/index.php?option=com_programas&Itemid=101&menu_pai=71&tipo=2&task=detalhes&id=34.

    Cada grupo trabalhar em uma parte do mural e, depois, todos podem interagir e com-pletar os desenhos feitos por todos. Ao final, o desenho pode ser completado com umafrase sobre o que acham necessrio fazer para atingir a paz.Outro ponto importante desta atividade o prprio resultado. Como as pessoas enxer-gam a questo da paz? Quais foram os elementos que mais apareceram? O que faltana nossa vida pessoal e coletiva para atingir a paz?

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    Anotaes

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