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Financiar Empresas (G)Locais passo a passo Manual de Apoio para Agentes de Financiamento e de Consultoria a Empreendedores

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Financiar Empresas (G)Locaispasso a passo

Manual de Apoio para Agentes de Financiamento e de Consultoria a

Empreendedores

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ÍNDICE

2 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................. 2

3 GLOSSÁRIO .................................................................................................................................................. 2

4 FONTES DE FINANCIAMENTO ............................................................................................................... 2

4.1. FORMAS TRADICIONAIS DE FINANCIAMENTO............................................................................................ 3 4.1.1. DESCONTO COMERCIAL ............................................................................................................................. 3 4.1.2. CONTA CAUCIONADA................................................................................................................................. 4 4.1.3. DESCOBERTOS............................................................................................................................................ 4 4.1.4. EMPRÉSTIMO BANCÁRIO ............................................................................................................................ 4 4.1.5. LEASING FINANCEIRO ................................................................................................................................ 5 4.1.6. ALD – ALUGUER DE LONGA DURAÇÃO..................................................................................................... 5

5 MICRO-CRÉDITO E MICRO-FINANCIAMENTO................................................................................. 6

5.1. MICROCRÉDITO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DIREITO AO CRÉDITO ................................................. 8 5.2. SIM- SISTEMA DE MICROCRÉDITO PARA O AUTO-EMPREGO E A CRIAÇÃO DE EMPRESAS.................... 11

6 FORMAS ALTERNATIVAS DE FINANCIAMENTO............................................................................ 14

6.1. CAPITAL DE RISCO .................................................................................................................................... 14 6.2. GARANTIA MÚTUA .................................................................................................................................... 19 6.3. PROTOCOLO BANCÁRIO COM O BEI ......................................................................................................... 26 6.4. PROTOCOLO BANCÁRIO COM O IFT ......................................................................................................... 27 6.5. BUSINESS ANGELS ..................................................................................................................................... 29

7 CONTACTOS .............................................................................................................................................. 30

8 LINKS DE INTERESSE ............................................................................................................................. 32

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2 INTRODUÇÃO

O manual de apoio “Financiar Empresas (G)Locais: passo a passo”, foi concebido no âmbito do projecto GLOCAL e destina-se a agentes, interlocutores directos com os empreendedores, na implementação do Serviço Integrado de Suporte ao Empreendedor (SISE).

O projecto GLOCAL, financiado pela PIC-EQUAL que decorreu entre 2002 e 2004, pretendeu apoiar empreendedores especialmente no tocante ao financiamento, tendo sido a primeira tarefa do seu Laboratório de Alternativas de Financiamento, a democratização das fontes de financiamento existentes no país. Neste sentido, foram elaborados protocolos de simplificação do acesso aos empreendedores, bem como este manual de apoio aos agentes/animadores do projecto.

Pensando especialmente nas necessidades dos nossos empreendedores no sentido de melhor potenciar e projectar o seu negócio, consideramos essencial esclarecer os agentes (formadores, consultores, tutores, etc). Pretende-se, assim, fornecer informação importante aos agentes para que possam apoiar os empreendedores na Formatação do Plano de Negócio e Montagem das Operações de Financiamento.

Este manual contem informação já referida no manual de apoio a agentes e empreendedores “Criar e Consolidar Empresas (G)Locais: passo a passo”, no Módulo de financiamento. Considera-se pertinente que neste manual só para agentes, se faça uma maior explanação desta temática.

Pretende-se que os agentes adquiram conhecimentos específicos sobre financiamentos e especialmente sobre sistemas alternativos de financiamento, imprescindíveis para prestar serviços profissionais de consultoria a empreendedores.

Este manual inicia com um Glossário, no sentido de explicitar as terminologias mais utilizadas. Na 1ª parte refere-se as fontes de financiamento e explicita aquelas normalmente utilizadas, consideradas como Fontes de Financiamento Tradicionais. Na 2ª parte encontram-se os Sistemas de Financiamento a micro empresas ou micro negócios em fase de criação. Na 3ª parte encontram-se sistemas alternativos de financiamento para empresas em fase de criação, crescimento e expansão. Podendo encontrar-se soluções financeiras muito vantajosas e adaptadas à natureza do investimento. Neste ponto, incluem-se soluções para financiamento a empresas já existentes que servirão de apoio à fase de acompanhamento das empresas criadas. Estes sistemas, são indicados para a consolidação de empresas, apoio ao investimento, à tesouraria e restruturações de empresas.

Apesar do nosso público ser empreendedores em fase de criação de empresas, é importante dar-lhe uma base para orientações posteriores, com informação útil na fase de acompanhamento após a criação de empresas.

Também se encontram em anexo os modelos e formulários utilizados na instrução dos processos.

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3 GLOSSÁRIO

Ao apresentarmos as fontes de financiamento referimos várias vezes expressões como garantia, risco, taxa de juro. Pretende-se com este glossário esclarecer os termos mais utilizados.

Risco

A instituição financeira atribui a taxa de juro ao crédito dependendo do risco atribuído à operação.

O Risco é o grau de incerteza associada a um investimento. Quanto maior é a incerteza sobre os retornos prometidos pelo investimento, maior o risco. Para diminuir o risco a instituição financeira solicita a prestação de garantias.

Garantias Reais

As garantias reais implicam afectação de património pessoal e/ou da empresa para a concessão do crédito. A prestação de garantias reais poderá ser prestada por hipoteca ou penhor.

Hipoteca

A hipoteca é um direito real (direito sobre um bem imóvel) constituído a favor do credor sobre imóveis do devedor ou de terceiro, como garantia exclusiva do pagamento da dívida, sem todavia o tirar da posse do dono.

Penhor

Penhor ou caução, significa que determinado bem (equipamento, mobiliário ou mesmo montantes em dinheiro cativo) respondem pelo cumprimento de uma obrigação.

Garantias Pessoais

As garantias pessoais traduzem-se na responsabilidade de uma pessoa responder por actos comerciais de outra. Essa responsabilidade s

Significa a obrigação de responder por actos próprios ou alheios numa transação comercial. Essa garantia poderá ser prestada por Fiança ou Aval.

Fiança

É uma obrigação comercial de implicação jurídica, que compromete o fiador à satisfação da dívida contraída, caso o devedor o não faça.

Este tipo de garantia é normalmente utilizada em financiamentos bancários e ou créditos ao consumo.

Aval

É a responsabilização de uma pessoa pelo compromisso de outrém. Sendo responsável da mesma forma que a pessoa que afiança. Exprime-se pelas palavras “Bom para aval” ou por outra expressão equivalente.

Este tipo de garantia é normalmente utilizado em letras e livranças.

Letras

Ordem escrita, pela qual uma pessoa encarrega outra de pagar uma certa quantia de dinheiro titulando sempre um acto comercial (tem de haver uma factura emitida, aceite e por pagar). Documento que se compra e é utilizado em transações comerciais.

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Livranças

É um título ou ordem de pagamento. Este documento é emitido pelo banco e aceite pelo promotor.

A Prestação

É o montante entregue periodicamente para efeitos de cumprimento das obrigações financeiras assumidas num contrato de financiamento. A prestação de um financiamento é composto pela amortização (reembolso) de parte do capital em dívida e juros. O calculo da prestação é influenciada pela taxa de juro, periodicidade de pagamento, prazo de pagamento e montante de financiamento solicitado.

Taxa de Juro

A taxa de juro é o prémio (remuneração) expresso em percentagem que a entidade que concede um determinado financiamento recebe da entidade que contraiu esse empréstimo, como forma de pagamento do serviço prestado. Isto é, a taxa de juro é o valor a remunerar o credor (banco, instituição ou pessoa que empresta o dinheiro).

A taxa de juro é a soma das duas parcelas Euribor mais o Spread.

Euribor

É a taxa de juro interbancária do euro. Esta taxa é normalmente utilizada como

indexante nos empréstimos com taxa de juro variável. A euribor é um valor variável influenciado pela conjuntura económica, sendo uma taxa fixada periodicamente a nível Europeu através do Banco Central Europeu. Esta taxa traduz-se no valor que o banco ou instituição de crédito paga, ao Banco de Portugal, pelo dinheiro que empresta.

Spread

É a diferença entre o preço de compra e o preço de venda do dinheiro. Sendo o ganho do banco, lucro do banco por emprestar o dinheiro,

Taxa de juro fixa

Quando nos referimos a uma Taxa de juro fixa significa que esta se mantém inalterada ao longo do prazo do empréstimo.

Taxa de juro variável

A Taxa de juro variável altera ao longo do prazo do empréstimo, em função do indexante e da periodicidade escolhida. O indexante normalmente é a euribor, a periodicidade mais utilizada é 3, 6 ou 12 meses. Significa que a euribor é actualizada nessa periodicidade e por consequência o valor da prestação também.

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4 FONTES DE FINANCIAMENTO

O financiamento da criação da empresa é o montante de capital necessário para fazer face às despesas de arranque e funcionamento da actividade.

A este respeito o empreendedor deverá inteirar-se não só dos mecanismos de financiamento existentes e disponíveis, mas também da melhor estratégia de financiamento dada a natureza e dimensão do negócio, bem como da capacidade da futura empresa para fazer face às suas obrigações financeiras.

Assim, o empreendedor deverá preocupar-se não só em conseguir o financiamento mas também em conseguir aquele que lhe ofereça um plano de pagamento mais adequado às suas necessidades e capacidades e que lhe permita assegurar uma estrutura de financiamento sustentável a médio e longo prazo.

FINANCIAMENTO PRÓPRIO

É o que é suportado pelos sócios da empresa. É necessário chamar a atenção dos potenciais empreendedores que apesar de se poder recorrer a várias formas de financiamento externo à empresa, será sempre imprescindível que os empreendedores participem no financiamento do investimento inicial com algum capital próprio. Essencialmente, por dois motivos:

• O primeiro deles tem a ver com a boa saúde financeira da empresa. Para garantir uma boa autonomia

financeira ou seja, uma estrutura de financiamento que garanta ao empreendedor que não terá dificuldade em assegurar o cumprimento dos seus compromissos, é necessário que se tenha uma boa relação percentual entre os capitais próprios e os activos da empresa.

• Pela credibilidade do seu projecto junto dos possíveis financiadores. Quando apresentar o seu projecto para pedido de financiamento junto duma entidade bancária ou outra instituição, o montante de investimento que o empreendedor assegura e a percentagem deste montante sobre o valor do investimento total, mostram, por um lado, a “fé” que tem no seu próprio negócio (não poderá esperar que outros invistam e arrisquem capital no seu negócio se ele não o fizer) e, por outro, a capacidade que o empreendedor tem em termos de investimento.

FINANCIAMENTO ALHEIO

É o financiamento proveniente de fontes externas à empresa e que por sua vez poderá subdividir-se em dois tipos: as formas de financiamento tradicionais, mais conhecidas e utilizadas e as novas formas de financiamento denominadas por formas alternativas de financiamento.

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4.1. FORMAS TRADICIONAIS DE FINANCIAMENTO

Entre as formas de financiamento mais usuais encontram-se as seguintes:

• Suprimentos dos sócios (empréstimos dos sócios à empresa)

• Empréstimos bancários

• Leasing

• ALD – Aluguer de Longa Duração

• Descontos comerciais

• Contas Correntes Caucionadas

• Descobertos Autorizados

Quando a empresa não tem recursos financeiros suficientes para realizar o investimento pode recorrer a empréstimos dos sócios da empresa, isto é, suprimentos dos sócios à empresa, ou pode, recorrer a outras fontes de financiamento externas.

Pode-se obter recursos alheios mediante o pagamento de juros (bancos e caixas de crédito) ou dar entrada a outros investidores em troca de dividendos e da cedência sobre uma parte do controlo da gestão (exemplo participação da empresas por capital de risco).

RECORRER AO CRÉDITO BANCÁRIO

Os bancos e as caixas de crédito desenvolveram nos últimos anos produtos financeiros adaptados às necessidades da pequena e média empresa. Quando recorremos a uma entidade financeira, há que ter em conta os seguintes aspectos:

• Comparar condições entre várias entidades.

• Financiar investimentos a longo prazo, como a compra de máquinas ou de imóveis, com recursos a longo prazo (empréstimos de activo fixo); financiar os investimentos a curto prazo, como “stock” ou tesouraria, com créditos de curto prazo (prazo de 1 ano ou menos).

• Ter um plano de negócios claramente definido e redigido.

• Saber que as comissões, o prazo ou o tipo de juros são condições negociáveis.

• Saber que os bancos ou as caixas pedem garantias para poder emprestar o dinheiro.

PRODUTOS FINANCEIROS

Iremos explicar as fórmulas mais utilizadas para financiar as necessidades de capital de uma empresa em início de actividade. Como já referimos existem produtos financeiros específicos face às necessidades de financiamento das empresas consoante estas sejam de curto, médio ou longo prazo.

CURTO PRAZO

Para financiar necessidades de curto prazo relacionadas com problemas de tesouraria e necessidades em fundo de maneio, os produtos mais comuns são os seguintes:

4.1.1. Desconto Comercial

É um instrumento de financiamento empresarial que permite antecipar a liquidez de uma operação ligada a um

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documento comercial (pagamento de letras). O titular apresenta o dito documento à entidade financeira para que lhe pague o valor antecipadamente. Em troca desse adiantamento, o banco ou caixa aplica um juro em função do prazo que falta até o seu vencimento.

4.1.2. Conta Caucionada

É uma conta aberta na qual o banco coloca à disposição um montante de capital para cobrir as necessidades pontuais de financiamento da empresa. Este produto é normalmente utilizado para apoio a tesouraria. Paga-se juros pela parte do capital utilizado e uma pequena comissão sobre o saldo remanescente.

4.1.3. Descobertos

É o sistema através do qual o banco permite à empresa que mantenha saldos da sua conta bancária negativos até determinado valor, mediante o pagamento de juros.

MÉDIO E LONGO PRAZO

São consideradas formas de financiamento mais utilizadas para financiar investimentos. É uma modalidade adequada para financiar investimentos como equipamento básico, máquinas, imóveis, veículos, etc... Estas formas de financiamentos são as seguintes:

4.1.4. Empréstimo bancário

No caso dos empréstimos bancário, o banco disponibiliza uma quantia em troca de juros.

A principal diferença em relação aos produtos de curto prazo é que num empréstimo bancário é disponibilizada a quantia na sua totalidade, pagando juros desde o primeiro dia da concessão, ao passo que em alguns produtos de curto prazo (conta caucionada e descobertos), se vai utilizando os montantes que são necessários em cada momento consoante as necessidades.

Exemplo

A empresa F, no ramo da construçãocivil, comprou ao seu fornecedor oproduto LH no montante de 10.000euros, para acabar uma obra.

Essa obra só está pronta dentro de 60dias e o cliente da empresa F só poderáefectuar o pagamento da obra 15 diasapós o termino da obra.

Como a empresa F precisa de efectuar opagamento ao seu fornecedor, vai pagar–lhe através de letra, ou seja, através dedesconto comercial. Como já foi referidono glossário a letra é “ordem escrita, pelaqual uma pessoa encarrega outra de pagaruma certa quantia de dinheiro “.

A empresa F ao aceitar a letra no montantede 10.000 euros, dá ordem através dodocumento “letra” para o banco pagar aoseu fornecedor os 10.000 euros,comprometendo-se a pagar este valor noprazo de 90 dias. Desta forma é efectuada aantecipação do pagamento do valor da letra.

Decorridos os 90 dias o banco debita(retira) na conta do fornecedor daempresa F o montante de 10.000 eurosda letra mais os juros do períododecorrido por utilização deste valor.

A empresa F já se encontra emcondições de pagar ao fornecedor , nadata de vencimento da letra (até aoprazo máximo de 3 dias úteis após os90 dias) entrega ao fornecedor o valorde 10.000 euros mais o montante dosjuros debitados pelo banco.

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Os empréstimos normalmente só são concedidos mediante a apresentação de uma garantia real ou da existência de um fiador, ou seja, o banco tem que garantir que caso o beneficiário do empréstimo não cumpra com os pagamentos, haverá outras formas do banco recuperar o dinheiro emprestado.

4.1.5. Leasing Financeiro

Instrumento de financiamento de activos fixos a médio/longo prazo. Consiste num contrato similar à compra em prestações, por exemplo a um veículo ou imóvel, com uma opção final de compra (valor residual).

Apesar dos juros aplicados serem superiores aos dos empréstimos bancários, o “leasing” apresenta as seguintes vantagens:

• Financiamento até 100%.

• Não se exigem garantias adicionais ao próprio bem arrendado/alugado.

• É possível deixar de pagar as prestações e devolver o bem, a qualquer

momento até à altura da opção de compra.

4.1.6. ALD – Aluguer de Longa Duração

ALD permite um financiamento essencial para o desenvolvimento da actividade da empresa: máquinas industriais, mobiliário de escritório ou qualquer tipo de equipamento especializado. Também é possível financiar viaturas usadas.

Consiste num contrato de aluguer, em que se aluga um bem por contrapartida de pagamento de rendas (prestações), por exemplo um veículo. O ALD é como um serviço prestado à empresa, o valor de aluguer é a contrapartida pela utilização do bem, não é considerado um bem da empresa. No final do contrato poderá ou não haver opção de compra do bem.

A diferença em relação ao Leasing é que neste, é contabilizado o equipamento como imobilizado da empresa, considerado o bem da empresa, apesar do direito de propriedade do bem só ser registado no final do pagamento.

Exemplo

A Empresa SY comprou equipamento básico (Máquina de produção). O financiamento é através de Leasing.

Valor do Equipamento - 25.000 euros

Entrada Inicial 25% - 5.000 euros

Valor do Leasing - 20.000 euros

Valor Residual 6% - 1200 euros

Pagamento 60 meses e Taxa de juro 6%

Valor das rendas mensais – 364 euros

A empresa SY paga uma entrada inicial, estabelecido em contrato. Mensalmente paga as prestações /rendas do equipamento. A propriedade do equipamento, sem reserva, só será da Empresa SY após o pagamento da totalidade das rendas e valor residual.

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5 MICRO-CRÉDITO E MICRO-

FINANCIAMENTO

Quem pode recorrer a este tipo de crédito?

Uma parte importante dos desempregados e dos desocupados - principalmente mulheres não encontram resposta no mercado de trabalho. Porque não possuem as qualificações desejadas pelos empregadores, por questões de idade ou porque vivem em regiões de baixo dinamismo económico.

Contudo, algumas destas pessoas possuem “saber-fazer”, “saber-estar” ou capacidades produtivas que lhes permitiriam criar o seu próprio posto de trabalho ou uma microempresa.

Têm uma ideia do negócio que gostariam de iniciar ou uma actividade com a qual já trabalham informalmente de que retiram conhecimentos e alguns proveitos.

Os programas e subsídios públicos que pretendem favorecer a iniciativa económica destas pessoas conhecem uma baixa eficácia por:

� Exigirem capitais próprios que este tipo de população não consegue mobilizar.

� Obrigarem à frequência de esquemas de formação profissional não adaptados à população em causa.

� Exigirem à cabeça a formalização dos negócios - introduzindo custos fiscais e de segurança social que no início da actividade são, por vezes, incomportáveis.

Para estas pessoas o crédito bancário seria a única solução.

Crédito como !?... se a maior parte delas não reúne condições de acesso ao crédito.

� Prolongarem tempos de resposta e de reembolso do investimento para além do suportável.

Qual a solução?

Experiência em outros países tem demonstrado que os micro-serviços e as pequenas produções criadas por pessoas que o mercado de trabalho não absorve podem ter sucesso e gerar excedentes que permitam pagar os empréstimos contraídos. Os próprios bancos começam a aceitar que tal seja possível.

Tudo depende do bom desenho do negócio, do acompanhamento externo durante os primeiros tempos e do enquadramento social.

Porquê dar crédito a este tipo de pessoas ?

Não se pretende satisfazer as necessidades das pessoas mas, dar instrumentos para que possam desenvolver uma actividade rentável e criar independência e não dependência a subsídios.

O Grameen Bank, no Bangladech trabalha com os mais pobres dos pobres, regista 98,2 % de reembolsos nas datas previstas.

O crédito introduz as pessoas no sistema económico e prepara-as para

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desenvolverem a sua actividade de forma autónoma.

O crédito não exige a formalização imediata da actividade dado os pequenos negócios precisam de tempo para passar da economia informal à actividade formal.

O crédito é rotativo e reprodutivo.

Comparando com os subsídios a fundo perdido consegue-se apoiar mais pessoas com menos fundos.

O crédito é flexível na sua aplicação e escalonamento de prioridades.

Muitas vezes o futuro de um pequeno negócio decide-se pela capacidade financeira para aproveitar uma oportunidade inesperada.

Como Aumentar as Hipóteses de Sucesso ?

Conhecer bem as pessoas – é por isso que só se aceitam pedidos de empréstimos vindos de pessoas com quem alguma instituição local já trabalhe e conheça.

Autonomizar as despesas de análise dos projectos – tarefa que a instituição gestora se propõe assumir em parceria com as instituições locais, chamando a si essa análise e procurando melhorar os planos apresentados pelos potenciais beneficiários.

Reduzir os riscos do crédito concedido – objectivo que obriga à escolha criteriosa dos projectos a financiar e à construção de um “fundo de garantia” que possa substituir as garantias reais que os beneficiários não podem prestar.

Acompanhar a evolução do negócio e os pagamentos do empréstimo – trabalho a

ser feito pelas pelos animadores locais contratados pela instituição gestora.

Qual o objectivo deste crédito?

Desenvolver uma actividade económica, criar o seu próprio posto de trabalho ou a sua microempresa, com base num plano de actividade, de serviço ou de negócio.

Aplicar o crédito ás necessidades de cada projecto e não às “despesas elegíveis” como aplicado nos programas afundo perdido.

Não rotura da empresa fruto da espera por estes fundos/apoios meses a fio mesmo após a apresentação das facturas comprovativas do investimento.

Necessidade de aplicar os fundos onde são realmente necessários à viabilidade do projecto.

Permitir a criação de pequenos negócios sem fixar o valor mínimo de investimento superior ao que a empresa poderá suportar inicialmente e que realmente não necessita numa fase inicial .

Em Portugal

No nosso país, o micro-crédito foi introduzido sob o desígnio da ANDC-Associação Nacional de Direito ao Crédito em 1998 em colaboração com o BCP.

Mais recentemente, em 2003 foi criado o SIM em Trás-os-Montes.

Sistema de Microcrédito Nacional

SIM – Sistema de Microcrédito para ao Auto-Emprego e a Criação de Empresas.

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5.1. MICROCRÉDITO DA ASSOCIAÇÃO

NACIONAL DE DIREITO AO CRÉDITO

A Associação Nacional de DIREITO ao CRÉDITO (ANDC) existe para conseguir que as pessoas que não têm crédito junto da banca, mas que querem desenvolver uma actividade económica concreta para a qual reúnem condições e capacidades pessoais, possam vir a contrair empréstimos para esse fim junto dos bancos.

O que faz a Associação Nacional de Direito ao Crédito ?

• Estimular Associações, Cooperativas, IPSS's, Autarquias, Organismos Públicos e outras Instituições locais para incentivarem desempregados e desocupados a concretizarem projectos de auto-emprego.

• Estudar esses projectos, entrevistar os seus promotores, definir as condições de formação personalizada e acompanhamento posterior que garantam o seu sucesso.

• Contratar com a banca um montante anual de crédito a conceder de forma expedita e a juro preferencial às pessoas cujos projectos a Associação aceite e apoie.

• Preparar os contratos, garantias e todo o processo para que o crédito seja concedido ao promotor.

• Organizar formas de prestação de garantia bancária — fiadores locais ou a própria Associação — para viabilizar a concessão do crédito.

• Formar os animadores locais e procurar soluções para os incidentes de percurso que os projectos e os promotores conhecem.

• Manter informação actualizada sobre o pagamento das prestações mensais do crédito contraído, intervindo em caso de anomalia.

• Estudar os eventuais apoios públicos a que os promotores se podem candidatar, facilitando a concretização dos dossie de candidatura.

• Divulgar os casos de sucesso e as dificuldades encontradas, conferindo protagonismo aos próprios promotores.

• Dinamizar o debate público sobre o papel do crédito na luta contra a exclusão, a pobreza e o desemprego.

• Suscitar junto da opinião pública a consciência da importância do aforro solidário.

• Obter junto dos programas públicos apoio à acção da Associação.

Como funciona o Microcrédito ?

A ANDC só pode desenvolver o seu papel apoiada em cinco tipos de parcerias que constituem os seus pilares:

• Uma instituição financeira – que concretize os empréstimos aos beneficiários seleccionados pela Associação. É o papel do BCP que assinou um protocolo com a ANDC para esse fim.

• Os aforradores solidários – que se quotizam para financiar a actividade da Associação e o “fundo de garantia”.

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• As instituições locais – que propõem as pessoas detentoras da vontade e do projecto para iniciarem uma actividade económica através da qual pretendem superar a sua situação de exclusão.

• As organizações estrangeiras congéneres – que, graças à experiência adquirida, nos ajudam a conceber metodologias, processos e critérios de desenvolvimento do microcrédito.

• As políticas públicas de luta contra a pobreza e a exclusão – que ao reconhecerem o trabalho da Associação lhe conferem estatuto de interesse público e apoiam financeiramente a sua expansão.

� O processo de concessão do microcrédito começa com a apresentação à Associação de um caso/pessoa e respectivo projecto de actividade económica – por uma instituição local.

� A equipa técnica da ANDC entrevista a pessoa e certifica-se de que não tem possibilidade de recorrer ao crédito comercial normal.

� Se a actividade económica pretendida parece rentável e capaz de potenciar a inclusão social da pessoa, a ANDC propõe ao banco a concessão do empréstimo e nomeia um animador local para acompanhar o início da actividade (seis meses).

Quais os montantes e condições?

� O crédito é concedido até um máximo de 5000 euros.

� Mínimo de 1000 euros.

� Prazo de três anos (36 meses)

� Carência de 2 meses (pagando nestes dois meses apenas juros).

� Reembolsável em prestações mensais constantes.

� A taxa de juro aproximadamente dos 5 % ( Euribor a 3 meses + 2% )

Áreas de aplicação do Microcrédito

Artesanato e Decoração, Explicações, Peixe, Marisco e Aves do Campo, Sapateiros, Automóveis, Lazer, Restauração, Vestuário, Carpintaria, Pão, Doces e Petiscos, Reparações e Arranjos Domésticos

Requisitos do promotor

� Ser este crédito pessoal o único financiamento bancário do promotor.

� Destinar-se a investimento para a criação ou formalização de um negócio.

� Participar nas reuniões com o agente de financiamento.

� Ter avalista e não ter incidentes bancários não justificados.

� Disponibilizar dados pessoais para a instrução do processo junto do banco

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Processo de Financiamento

Para democratizar este sistema de financiamento a empreendedores na nossa região, o Projecto Glocal realizou um protocolo tornando-se agente deste sistema de Microcrédito da ANDC.

O agente de Microcrédito tem que instruir o processo para ser apresentado ao banco. Os seguintes documentos encontram-se em anexo.

� ANDC1_Entrevista com o proponente

� ANDC2_Modelo de Candidatura

Contactos

Em Trás-os-Montes e Alto Douro o Agente de microcrédito da ANDC é o projecto Glocal, pelo que,

A Equipa Glocal poderá ser contactada por qualquer interessado por este sistema de financiamento – através dos parceiros Superação SPA Consultoria, Nervir–Associação Empresarial, Cooperativa Cultural Voz do Marão, Alto Fuste – Consultoria Agrária, lda e UTAD- Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Podem ainda ser feitos contactos directamente com a ANDC para esclarecimento.

Exemplo

Uma empreendedora precisou de realizar o investimento para o início da sua actividadeno montante de 3.000 euros, para compra de equipamento e fundo de maneio.

Apresentou processo para financiamento através da ANDC no montante de 2.500euros.

O crédito foi aprovado com as seguintes condições:

Reembolso 3 anos

Carência de 3 meses

Comissão de abertura de processo debitado pelo banco 25 euros

Seguro de vida 120 euros anual, pago com as prestações mensais.

Prestação mensal 85,49 euros

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5.2. SIM- SISTEMA DE MICROCRÉDITO PARA O AUTO-EMPREGO E A CRIAÇÃO DE EMPRESAS

O Microcrédito Regional foi implementado em parceria com as Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) Vale do Douro, CCAM Alto Douro, CCAM Favaios; e a Parceria de Desenvolvimento do Projecto Glocal (PIC-EQUAL projecto EE/165).

O sistema de Microcrédito abrange neste momento a zona de intervenção do Vale do Douro Norte, concelhos de: Alijó, Murça, Sabrosa, Peso da Régua, Mesão Frio e Santa Marta de Penaguião, prevendo-se o seu alargamento a curto prazo.

Objectivos Gerais

Este sistema visa o financiamento de start-up’s enquadradas no PIC-Equal Glocal e em outras iniciativas que integram o mesmo processo do Projecto Glocal.

Neste cenário, em termos gerais, pretende-se conjugar vantagens inerentes ao financiamento para criação de empresas apoiando essencialmente micro e pequenas empresas obtendo uma solução de financiamento adequada à realidade e uma maior celeridade de resposta aos pedidos de concessão de crédito.

Pretende-se, especificamente:

� Flexibilizar as soluções de financiamento à especificidade de cada empresa;

� Celeridade no processo de decisão;

� Ultrapassar a barreira das garantias aquando dos financiamentos;

� Dinamizar a criação de empresas;

� Fixação das empresas nos concelhos Abrangidos.

Operações

O montante total global disponibilizado é de 700.000 euros para um período de um ano.

Beneficiários

Empresas a criar, sob qualquer forma jurídica, no âmbito do PIC - Equal Projecto Glocal ou integrando o Serviço Integrado de Suporte ao Empreendedor (SISE) e que se constituam como associadas das CCAM protocoladas, na conformidade com os seus estatutos individuais.

Requisitos

� Integrar a metodologia integrada de suporte ao empreendedor

� Disponibilizar dados pessoais e do negócio para a instrução do processo junto do banco através do formulário próprio.

� Ter uma iniciativa com viabilidade económica, técnica e financeira, aferida após as actividades desenvolvidas.

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Condições de Financiamento

� O limite máximo de crédito por operação é de 75 % do montante do investimento total a realizar pela empresa a criar, até um valor máximo de 25.000 euros.

� As operações têm um prazo de reembolso máximo de 5 anos, ajustado aos fluxos financeiros do projecto de criação de empresa, podendo existir um período de carência de capital máximo de 6 meses.

� Os reembolsos são processados em rendas mensais de capital e juros, podendo, em casos excepcionais e justificados pela natureza do negócio, ter outra periodicidade.

� A taxa de juro a aplicar é a Euribor a 6 meses acrescida de um Spread bancário de 2%.

Processo e Acompanhamento do Projecto

(1) O processo de concessão do Microcrédito começa com a apresentação, à equipa do Projecto GLOCAL, de um caso - pessoa e respectivo projecto para criação de empresa ou auto-Emprego.

(2) A equipa técnica avalia do potencial do empreendedor e da ideia de negócio por recurso à metodologia de orientação e selecção utilizada no projecto GLOCAL, nomeadamente por consulta individual, numa primeira fase,

e de balanço de competências, numa segunda fase, ao mesmo tempo consulta a entidade financiadora, sobre a idoneidade bancária do empreendedor.

(3) Sendo o resultado da avaliação anterior positiva, o empreendedor recebe formação e consultoria na construção do seu plano de negócios e montagem da operação de financiamento.

(4) Após o estudo da viabilidade económica do projecto e a formatação do plano de negócio, a Parceria de Desenvolvimento do Projecto Glocal propõe à entidade financiadora a concessão do empréstimo.

(5) A entidade financiadora analisa a viabilidade financeira do projecto e toma a decisão final de financiamento ou de recusa de financiamento, num prazo máximo de 15 dias.

(6) O tutor continua a acompanhar o início da actividade.

Instrução do processo de financiamento

O técnico de financiamento durante as actividade de suporte ao empreendedor, prepara o formulário SIM, com dados sobre o empreendedor e o negócio.

Este formulário é enviado quando pede parecer prévio às Caixas de Crédito Agrícola Mútuo.

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Aquando do pedido de parecer definitivo é apresentado também o plano de Negócios.

Os documentos relacionados com o financiamento encontram-se em anexo.

� SIM1_Regulamento Interno

� SIM2_Formulário de pedido de financiamento

� SIM3_Ficha de registo e controlo de processos

O Plano de Negócios é o desenvolvido no âmbito das actividades do serviço integrado ao empreendedor.

Para utilização desta metodologia ver processo do empreendedor do GLOCAL.

Contactos

Projecto Glocal Urbanização Vila Campos, lote II ent. B 5000-063 Vila Real Tel:259 326 294 Fax: 259 326 295 e-mail : [email protected]; site:www.empglocal.com

Caixas de Crédito Agrícola Mútuo

Direcção CCAM do Alto Douro (Alijó, Murça, Sabrosa) Tel. 259 957250 Fax 259 957259

Direcção CCAM de Favaios (Favaios) Tel. 259 957230 Fax 259 949139

Direcção CCAM do Vale do Douro (Peso da Régua, Santa Marta, Mesão Frio) Tel. 254 320330 Fax 254 320331

Uma Empreendedora para criar o seu negócio de comércio de produtos regionais,precisava do seguinte investimento: Decoração da loja, prateleiras, stock inicial para aactividade. O investimento é de 20.000 euros sendo grande parte para fundo de maneio -Stock. A empreendedora tem apenas 5.000 euros necessitando de 15.000 euros.

Após a formação, o estudo de mercado e a elaboração do plano de negócios com o apoiodo GLOCAL, é apresentado o seu negócio à Caixa de Crédito Agrícola Mútuo através do >SIM.

O Crédito Agrícola financia este negócio no âmbito do >SIM, nas seguintes condições:

- Montante 15.000euros

- Comissão de movimento de conta

- (1.5 euros mensal)

- Prazo 60 meses

- Prestação mensal 279.4 euros

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6 FORMAS ALTERNATIVAS DE

FINANCIAMENTO

As necessidades específicas das pequenas empresas, os constrangimentos das formas tradicionais de financiamento, e consequente necessidade de encontrar formas de financiamento alternativas têm levado ao aparecimento de alguns mecanismos financeiros de financiamento às empresas com características distintas daqueles a que estamos mais habituados a utilizar.

As formas alternativas de financiamento são soluções de financiamento menos democratizadas na obtenção do financiamento, tais como:

� Capital de Risco

� Protocolos Bancários

� Business Angels

� Garantia Mútua

� Microcrédito

� Prémios e concursos empresariais

� Factoring

A Alternativa de Financiamento Microcrédito já se encontra explicita no capítulo anterior.

Em relação às restantes alternativas, vamos tentar explicitar melhor algumas delas.

6.1. CAPITAL DE RISCO

O Capital de Risco é um instrumento que consiste fundamentalmente no financiamento pela via de participação, temporária e minoritária, de uma Sociedade de Capital de Risco no capital social da empresa.

Esta forma de financiamento é bastante distinta das tradicionais, dado que as Sociedades de Capital de Risco (SCR) ao disponibilizarem fundos, participam de um modo directo nos riscos do negócio.

O capital de risco não exige o tradicional pagamento de encargos financeiros, nem contrapartidas sob a forma de garantias reais ou pessoais para os empresários.

Há uma entrada de dinheiro, participando a SCR no capital da empresa como os restantes sócios. A rentabilidade dos investidores depende, por isso, unicamente do sucesso e insucesso da empresa, da mesma forma que os sócios.

Algumas das SCR optam por se especializar num sector específico por exemplo; indústria transformadora, comércio, as tecnologias de informação, e outros dependendo do potencial de crescimento do negócio.

É nos sectores dos Produtos e Serviços Industriais e Indústrias Transformadoras que o volume deste tipo de investimento tem mais relevância. � Outros Instrumentos Financeiros na área de Capital de Risco Fundos de Capital de Risco (FCR)

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Participação no capital de sociedades não admitidas à cotação em bolsa, com elevado potencial de crescimento e valorização. O capital a investir deve estar fixado no momento da constituição do fundo e a sua gestão poderá estar a cargo da sociedade de investimento. FIQ- Fundo para Capitais de Risco Inter -

Regionais Qualificados

Este fundo destina-se a investimentos realizados na Galiza por empresas portuguesas e no Norte de Portugal por empresas da Galiza.

PRASD – Programas de recuperação de áreas e sectores deprimidos

Este fundo destina-se a apoiar investimentos de empresas, nas áreas consideradas regiões deprimidas.

Fundos de Reestruturação e Internacionalização Empresarial (FRIE)

Fundos cujo objectivo é o apoio a empresas que pretendam desenvolver um processo interactivo de restruturação ou internacionalização. Apoia indústria de conteúdos culturais através da concretização de participação no capital social das Empresas de Base Tecnológicas.

Fundos de Garantia de Titularização de Créditos (FGTC)

Tem por objecto a partilha para os investidores privados do risco Creditício assumido na aquisição de títulos representativos de direito ao crédito a médio e longo prazo sobre pequenas e médias empresas .

Objectivo

Concessão de garantias parciais em sectores de actividade enquadráveis no Programa da Economia PRIME.

Fundos de Sindicação de Capital de Risco (SCR)

Instrumento que se traduz num capital autónomo de capital inicial fixo mas possível de ser aumentado ao longo do período de duração de fundo.

Os FSCR têm o objectivo a realização de operações combinadas na área do capital de risco através, do investimento em participações no capital da empresa e do financiamento de entidades especializadas naquele domínio tendo em vista o reforço do capital de pequenas e médias empresas que desenvolvam a sua actividade no âmbito do Programa Operacional de Economia nos termos da alínea b) do nº 2 do artº 3 da Portaria nº º 37/2002. � Segmentos do Capital de Risco

A participação das SCR pode aplicar-se em diversas fases de desenvolvimento de uma empresa dependendo do objectivo para o qual o financiamento é requerido :

1. Capital Semente

”Seed capital”- Destina-se a financiar a fase de desenvolvimento do conceito de negócio por exemplo a elaboração de um plano de negócios, o desenvolvimento de protótipos de forma a criar as condições necessárias para uma produção economicamente viável. Este tipo de financiamento é de risco elevado por essa razão tem uma taxa de retorno também elevado .

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2. Capital de Arranque - Start Up

Este tipo de financiamento visa o apoio de lançamento de novas empresas (start-up e early stage), isto é, apoio a empresas que pretendam iniciar a sua actividade – as fases da produção, comercial e vendas de um produto e apoio ao nível operações de reestruturação financeira ( turnround). Start up – arranque de desenvolvimento de produtos de investimento de marketing que visam dar viabilidade inicial à empresa. Empresas tipicamente pequenas. Early stage –empresas que já tenham completado a fase de desenvolvimento do produto e já estejam a introduzir o produto ou serviço e tenham alcançado o “break-even”.

3. Capital de Desenvolvimento

Apoio à expansão da empresa – auxiliar o crescimento de uma empresa já estabelecida e apoio a situações de aquisição do controlo da empresa. (managemant buy-out e managemant buy-in)

“managemant buy-out” (MBO) Operação efectuada por uma equipa de gestão da própria empresa. Esta operação é frequente em pequenas e médias empresas. Nesta situação, a equipa de gestão líder da opção de aquisição tem um vasto conhecimento da empresa que está a ser adquirida. “managemant buy- in” (MBI) Nesta operação, a equipa de gestão é composta por elementos externos à empresa, os quais poderão eventualmente já ter pertencido à empresa.

“Turnaround”- Reestruturação de empresas. É utilizado nas seguintes situações: Para apoiar as alterações de gestão, organização interna e estrutura financeira. Refinanciamento da divida bancária - para reduzir o nível de endividamento de uma empresa.

4. Capital de Substituição

Nesta modalidade de financiamento verifica-se a substituição de accionistas no capital da empresa. Este segmento assume um nível de risco baixo e por isso o retorno é baixo.

O Capital de Risco não deve ser visto como um Hospital, um sistema de incentivo ou um parceiro que se tem de suportar. Mas sim, ser encarado como uma valorização para o negócio. Para uma Sociedade de capital de risco o que seduz é perspectiva de crescimento.

As Empresas Portuguesas nomeadamente as PME tem desvantagens competitivas por falta de experiência, falta de recursos financeiros e tecnológicos e falta de conhecimentos do mercado e evolução do negócio.

Sobre Portugal refere-se que não abundam empreendedores nem diversificação de fontes de financiamento, que apostem no capital de risco.

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� Como se processa ?

1. Abordagem às Sociedades de Capitais de Risco 2. Análise do Plano de Negócio 3. Início da Negociação 4. Verificação de Informações e obtenção de pareceres externos 5. Negociações finais e assinatura de contratos 6. Desenvolvimento do negócio e saída da Sociedade de Capital de Risco

1. Abordagem às Sociedades Capitais de Risco

Ao empreendedor compete selecção de consultores, elaboração do Plano de Negócio e entrega do sumário executivo a alguma SCR. Esta terá que fazer a análise.

2. Análise do Plano de Negócio

O Empreendedor entrega o Plano de Negócio e a SCR faz a análise da sua viabilidade comunicando parecer.

3. Início da Negociação

O empreendedor terá que fornecer informações adicionais, reunindo e discutindo o plano de negócios com a SCR Esta, ao pedir elementos adicionais detalhados vai valorizar o negócio e preparar a análise da operação de financiamento.

4.Verificação de informações e obtenção de pareceres externos

A SRC faz contactos com clientes, fornecedores, bancos, especialistas no negócio, auditores e outras entidades.

5. Negociações finais e assinatura de contratos

O empreendedor apresenta toda a informação relevante e em parceria com a SCR negoceia condições definitivas dos documentos jurídicos, acordo parassocial, que servem para disciplinar as relações futuras entre a SCR e o ou os empreendedores.

A efectivação da escritura é realizada após a tomada de decisão da SCR em conselho de administração.

No contrato poderão constar assuntos como os termos de permanência, entrada e saída da SCR, a transmissão de quotas e/ou acções, distribuição de lucros, apoio financeiro e técnico a facultar à gestão da empresa, definição dos princípios orientadores da política empresarial, eleição e composição dos corpos sociais, informação periódica sobre a situação económico-financeira da empresa, definição da forma da saída da SCR e consequências de incumprimento.

6. Desenvolvimento do negócio e saída da SCR

O empreendedor deve elaborar o reporting periódico, manter as linhas de comunicação de informação com os investidores.

A SCR nomeia o representante que acompanhará a empresa, como orientador da evolução do negócio contribuindo para a gestão do mesmo e o envolvimento das SCR para decisões importantes.

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� Quais as áreas de actividade a que se pode aplicar?

� Comunicação

� Informática/Computadores

� Electrónica

� Biotecnologia

� Medicina/Saúde

� Energia

� Construção

� Transportes

� Química e Materiais

� Automação Industrial

� Produtos e serviços Industriais

� Produtos de Consumo

� Outras Industrias Transformadoras

� Serviços Financeiros

Algumas Sociedades de Capitais de Risco especializam-se em sectores de actividade como Indústria Transformadora, Comercio, Turismo e Tecnologias de Informação

� Como escolher a Sociedade Capital de Risco

Esta deve ser escolhida dependendo:

� Características e situação da empresa.

� Ramo de actividade

� Fase de investimento da empresa

A Associação Portuguesa de Capital de Risco (APCRI) pode ser consultada para se saber quais as SCR disponíveis, características, áreas de aplicação e sectores de actividade.

� Protocolo GLOCAL – PME CAPITAL O Projecto GLOCAL com o intuito de democratizar esta alternativa de financiamento junto dos seus empreendedores realizou um Protocolo de Colaboração com a Sociedade de Capital de Risco PME Capital permitindo um canal de comunicação mais facilitado neste sistema.

Processo

� Empreendedor seguro e disponível para ter um sócio.

� Ideia consistente e rentável.

� Plano de Negócios com viabilidade económico e financeira elevada.

� Negócio com perspectiva de levada rentabilidade e de preferência vocacionado para mercados externos

Numa 1ª fase, durante formação e a elaboração do plano de negócios, a PME Capital é contactada pelo técnico de financiamento para aferir o enquadramento e disponibilidade em financiar através de Capital de Risco o negócio.

Quando se justifique, é apresentado à PME Capital, o Plano de Negócios para análise.

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6.2. GARANTIA MÚTUA

A Garantia Mútua é um sistema especialmente vocacionado para as Pequenas Empresas e Micro empresas visa promover a melhoria das condições de financiamento das PME, impulsionar o investimento, desenvolvimento, reestruturação e internacionalização empresarial, fundamentalmente, através da prestação de garantias financeiras que facilitem a obtenção pelas PME de crédito em condições de preço e prazo adequados aos seus investimentos.

As sociedades de garantia mútua gerem este sistema em Portugal, tornaram-se num instrumento financeiro moderno e eficiente em benefício das PME, ajustando-se a realidades mutáveis.

As Sociedades de Garantia Mútua (SGM) resultam de iniciativas implementadas em parceria por diversas entidades como as Câmaras de Comércio e Indústria, Associações Empresariais e instituições financeiras vocacionadas para apoio de PME's.

Normalmente realizam a ligação de três parceiros principais: as PME ou associações, entidades financeiras e organismos públicos.

Os Fundos de Garantia foram constituídos pelos Governos de países ou regiões como instrumentos de garantia, no âmbito das políticas de apoio às PME.

Podem intervir, de uma forma directa, junto dos promotores ou como contragarantia de responsabilidades assumidas pelas Sociedades de Garantia Mútua.

Neste caso, cria-se um efeito de alavanca à cooperação entre os sectores público e privado.

Sociedades de Garantia Mútua

Em Portugal existem três Sociedades de Garantia Mútua:

• Norgarante

• Lisgarante

• Garval

Sectores de Actividade

CAE - Sectores

• 10 a 37 Indústria

• 45 Construção

• 50 a 52 Comércio

• 551 Turismo

• 552 Estabelecimentos Hoteleiros

• 552 Parques de campismo

• 553 Restaurantes

• 554 Estabelecimentos de bebidas

• 633 Agências de viagens e turismo

• 711 Aluguer de veículos automóveis

• 9233 Gestão de salas de espectáculo*

• 9234 Parques de diversão*

• 9261 Outras actividades de espectáculo

• 926 Gestão de instalações desportivas*

• 9262Outras actividades desportivas*

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• 9272 Outras actividades recreativas*

• 93041 Termalismo*

• 93042 Manutenção física*

• 0141 Serviços relacionados com agricultura

• 02012 Exploração Florestal

• 02020 Act. serviços relacionados c/ silvicultura e exploração florestal

• 60211 Transportes urbanos e local por metropolitano, eléctrico, troleicarro e autocarro

• 60212 Transporte interurbano em autocarro

• 60220 Transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros

• 60240 Transportes rodoviários de mercadorias

• 631 Manuseamento e armazenagem

• 632 Outras activ. auxiliares de transportes

• 634 Act. agentes transitários, aduaneiros e similares de apoio ao transporte

• 72 Actividades informáticas e conexas

• 73 Investigação e Desenvolvimento

• 74 Outras activ. de serviços prestados principalmente às empresas

• 90 Saneamento, higiene pública e actividades similares

• 9211 Produção de filmes e vídeos e actividades técnicas de pós-produção

• 9301Lavagem e limpeza a seco de têxteis e peles.

• 9302 Actividades de salões de cabeleireiro e institutos de beleza

*previamente declarados de interesse para o turismo.

Destinatários

1. Micro Empresas

2. Pequenas e Médias Empresas (recomendação n.º 96/280/CE)

Sendo estes destinatários, normalmente, os que tem menor capacidade recorrer à Banca Tradicional e obter juntos destas financiamento à medida, necessidade e condições adaptadas a cada empresa.

Vantagens

� Libertar plafonds junto dos bancos para obtenção do crédito ao investimento ou ao funcionamento corrente.

� Alternativa com custos inferiores.

� Obter de forma rápida as garantias necessárias à sua actividade.

Custos

Uma garantia de um Sistema de Garantia Mútua comporta dois tipos de custo:

Aquisições de Acções

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Obrigatoriedade de aquisição de acções por parte das empresas no montante de 3% da garantia prestada. Permite reforçar as características mutualistas do sistema e serve, em parte, como caução da boa execução do contrato.

As Comissões de Garantia

Análise do Dossier de Financiamento – Na análise inicial não será cobrado qualquer valor. Só quando o processo for aceite é que é pago comissão relativo ao processo, que poderá ir de 150 e 600 euros.

Pela garantia prestada a SGM cobrará uma Comissão de Garantia, a ser paga antecipadamente, entre 0,5% e 3% ao ano sobre o saldo vivo da garantia no início de cada período de contagem, definida em função do montante e risco da operação.

Naturalmente, todos os custos fiscais e notariais decorrentes da operação deverão ser suportados pela empresa.

Em qualquer caso e como foi anteriormente referido, a entrada de capital é um investimento garantido, podendo o aderente manter-se accionista do sistema, mesmo não tendo qualquer operação activa, salvaguardando, deste modo, um apoio financeiro permanente a necessidades futuras, ou sair, vendendo a sua posição à SGM, que garante a sua recompra, ou a outro mutualista.

As sociedades de Garantia Mútua desempenham um papel relevante nas condições de obtenção de financiamentos pelas pequenas e médias empresas e pelas micro empresas, tanto junto do sistema financeiro, em geral, como junto do mercado de capitais, em particular.

As sociedades de garantia mútua poderão conceder garantias às empresas suas accionistas e estudar soluções de acesso

conjunto ao mercado de capitais, objectivando a melhorias nas condições de obtenção de financiamentos.

As sociedades de garantia mútua podem ainda prestar, em benefício dos seus mutualistas, todas as garantias (técnicas, de boa execução, etc) de que as empresas possam necessitar, no desempenho da sua actividade.

Produtos ou Serviços às empresas

As Sociedades de Garantia Mútua (SGM) podem prestar garantias em todas as operações em que o sistema financeiro as solicite às empresas ou ao empresário, libertando-o da constituição das correspondentes garantias reais ou pessoais, nomeadamente:

A) Garantias a Empréstimos

Ao trabalhar com prazos de financiamento adequados às necessidades permitimos às empresas mutualistas equilibrar e adequar a sua estrutura financeira, em condições preferenciais de taxa de juro, comissões e plano de amortização.

O carácter mutualista permite diminuir os custos financeiros dos accionistas beneficiários, possibilitando a obtenção das melhores condições de mercado, ao nível não apenas dos custos como também das contragarantias habitualmente prestadas.

O valor das garantias poderá atingir de 50% a 80% do capital dos montantes de financiamento a contrair pela empresa. Só nos casos de reembolso do IVA é que o montante poderá garantir os 100 % .

Prazos

Curto prazo

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As necessidades das empresas podem ser muito distintas ao longo do ano. Através das garantias prestadas, as empresas mutualistas beneficiam de financiamentos mais flexíveis para investimentos em activo circulante.

A partilha de risco com outras entidades financeiras facilita o acesso das empresas ao crédito. As condições negociadas quanto a prazos, comissões e taxa de juro com vários Bancos tornam possível o acesso das empresas mutualistas a financiamentos preferenciais.

A empresa beneficia de uma melhor e mais eficaz gestão de tesouraria, flexibilizando os prazos de financiamento até 2 anos, em condições convencionadas e pré definidas. No caso de abertura de limite de crédito para empréstimos de curto prazo a disponibilização de garantias é em média de 24 horas.

Objectivos

� Financiamento de activo circulante

� Reduzir a exposição bancária através da partilha do risco

� Melhorar a gestão de tesouraria

Características

� Garantia até 50% do financiamento

� Prazos até 2 anos

� Montante máximo: 250.000,00

Médio e Longo Prazo

Ao trabalhar com prazos de financiamento mais longos permitimos às empresas mutualistas equilibrar e adequar a sua estrutura financeira, em condições preferenciais de taxa de juro, comissões e plano de amortização.

Na maioria dos casos permite às empresas mutualistas o desenvolvimento de projectos de investimento viáveis com base em garantias prestadas pela Sociedade de Garantia Mútua. Para cada operação é realizado um estudo financeiro completo, de forma a que o investimento tenha garantia de retorno.

Objectivos

� Aquisição de activos fixos

� Investimentos para melhoria de produtividade e modernização

� Melhoria da estrutura financeira através do acesso ao médio e longo prazo

� Reestruturação financeira de passivo

Características

� Garantia até 75% do investimento

� Prazos até 8 anos e até 2 anos de carência

� Montante máximo: 375.000,00

� Por norma sem prestação de garantias reais (hipoteca)

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B) Garantias Financeiras

A crescente complexidade de relações existentes na economia tem vindo a implicar um aumento no recurso a garantias financeiras, tornando-se um instrumento importante na sedimentação de relações comerciais estáveis.

As garantias financeiras são prestadas em benefício de terceiros por uma obrigação de pagamento da empresa. É o tipo de garantias utilizado perante fornecedores para possibilitar melhores condições de pagamento ou Administração Pública, decorrentes de obrigações fiscais, entre outros casos.

C) Garantias Técnicas

Através das Sociedades de Garantia Mútua, as empresas podem obter qualquer tipo de garantia para apresentar perante organismos públicos, clientes, fornecedores, fornecimentos de matérias primas, obras etc., no âmbito da boa execução de contratos.

Podem solicitar uma garantia única ou propor a abertura de uma linha de garantias com um limite previamente fixado e que a própria empresa gere consoante a sua necessidade.

Após a abertura de um limite de garantias, a sua emissão é processada em 24/48 horas.

D) Garantias ao Estado

Entre as principais garantias ao Estado encontram-se as relativas aos Serviços de

IVA – para reembolso de saldos credores , à Segurança Social e Fisco, aos Serviços Judiciais e às Autarquias.

Objectivos

� Garantir o bom cumprimento das obrigações assumidas

� Libertação de plafonds bancário

� Redução dos custos financeiros

Características

� Garantias até 100%

� Prazos solicitados pelo organismo público

� Montante máximo: 375.000 euros

E) Garantias a Sistemas de Incentivos

As Sociedades de Garantia Mútua podem satisfazer as necessidades de apresentação de garantias financeiras e/ou de boa execução de projectos, requeridas no âmbito de programas de apoio às empresas, nomeadamente incentivos no âmbito do PRIME.

O carácter mutualista permite diminuir os custos financeiros dos accionistas beneficiários, possibilitando a obtenção das melhores condições de mercado, ao nível não apenas dos custos como também das contra-garantias habitualmente prestadas.

F) Garantias a Operações Específicas

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� Emissão de Programas de Papel Comercial;

� Empréstimos Obrigacionistas;

� Empréstimos em Divisas;

� Contratos de Leasing, em alguns casos, Contratos de Factoring;

Desvantagens

Estas três Sociedades de Garantia Mútua (Norgarante, Lisgarante e Garval) não estão vocacionadas para o apoio a criação de empresas.

Só apoiam empresas com mais de dois anos de actividade, excepto;

� Empresas constituídas por empresários com comprovada experiência na gestão de empresas com idêntica actividade.

� Quando participadas maioritariamente por empresas com idêntica actividade.

� Criação de empresas constituídas com o objectivo de aumentar ou complementar a montante ou a jusante uma empresa com actividade há mais de 2 anos.

� Quando participadas por parceiros de Capital de Risco.

� Deslocalização de empresas para Portugal.

Mesmo assim, consideramos interessante apresentar aos nossos empreendedores esta alternativa de financiamento, podendo ser uma informação muito útil, na fase de consolidação e acompanhamento aos nossos empreendedores.

Criação de empresas na agricultura

Encontra-se em criação a Sociedade de Garantia Mútua AGROGARANTE que irá abranger actividades agrícolas e criação de empresas. A sua sede prevê-se em Coimbra. Esta é uma sociedade de garantia à muito esperada pois irá abranger actividades agrícolas até agora não abrangidos.

Instrução do processo

Os documentos necessários para a instrução do Processo no caso de criação de empresa ou pedido de garantia para reembolso de incentivo em criação de empresas são:

� Plano de Negócios ou Projecto de candidatura ao sistema de incentivo.

� Currículo do empreendedor.

� Fotocópia da escritura caso se trate de sociedade.

� NORGARANTE1_Formulário próprio SGM

Para saber mais

Ver o Manual da Garantia Mutua da SPGM.

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Exemplo

Uma empresa precisa de um financiamento bancário para realizar investimento em capitalfixo e capital circulante no montante de 100.000 euros. A empresa não tem garantiasreais, da empresa nem dos sócios para oferecer à instituição financeira. A solução é obteruma garantia da sociedade da garantia mútua para apresentar na instituição financeira.

Garantia

Como a proposta de financiamento é pelo prazo superior a 3 anos a SGM, garante 75 %do financiamento.

Custos

• Emissão de acções 3% x 75.000 euros - 2.250 euros ( estas acções não perdem qualquer valor e podem ser vendidas pelo mesmo valor após o pagamento total do financiamento)

• Análise de Dossier – 150 euros

• Comissão sobre o saldo vivo 1% ( valor entre 0.75 e 3%) 1% x 75.000 euros – 62.5 euros por mês. Normalmente este valor é debitado 3 em 3 meses.

Financiamento

100.000 euros

Prazo 60 meses

(há que ter atenção que o risco do banco é apenas 25%)

spread bancário 1.3%

euribor 2.5% taxa de juro 3,8

Juro 1º mês - 317 euros

Sem este tipo de garantia, seria difícil o financiamento mas, considerando a taxa de juro de6.5% a diferença mensal de juros seria de 224 euros. Correspondendo à diferença domontante do juro para o 1º mês à taxa de 6.5% de 541 euros e à taxa de 3.8 % de 317euros. Isto corresponderia a uma prestação para o 1º mês de 1.956 euros e 1.837 euros.

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6.3. PROTOCOLO BANCÁRIO COM O BEI

O Banco Europeu de Investimento (BEI) protocolou com a maior parte dos grupos financeiros, um mecanismo de financiamento que permitiu pôr à disposição dos seus clientes uma linha de crédito de médio/longo prazo destinado ao apoio de projectos de desenvolvimento com condições muito favoráveis no sentido de facilitar e incentivar o investimento.

Descrição

Linha de crédito destinada ao apoio de Projectos de Investimento localizados em qualquer país da União Europeia.

Beneficiários

Pequenas e médias empresas preferencialmente as que tenham até 100 trabalhadores.

Montantes

Projectos de investimento que tenham valor superior a 40 mil euros e inferior a 25 milhões de euros.

Taxa

Taxa - euribor a 3 meses + spread.

O spread é sempre negociável, o protocolo estabelece apenas o valor máximo aplicável. Embora o spread seja estabelecido entre a instituição bancária e o cliente, sabendo que o BEI assume parte do risco bancário, estamos sempre perante spreads mais reduzidos do que em condições normais.

Modalidades de crédito

� Crédito Bancário

� Leasing de Equipamento

� Leasing Imobiliário

Natureza dos Projectos

Enquadra-se neste sistema: Projectos no domínio da Indústria, Comércio, Saúde, Educação; Infra-estruturas municipais, nomeadamente transportes, hidráulicas, protecção do ambiente; Infra-estruturas de apoio à actividade produtiva, nomeadamente nas áreas de telecomunicações, energéticas, educativas, de saúde, sociais, culturais, desportivas e de tempos livres e ainda construção de habitação social.

As actividades ligadas à economia de energia, protecção ambiental, sector de educação e o sector de saúde são áreas preferenciais.

Candidaturas

A formalização dos pedidos de financiamentos poderá ser efectuada até Abril de 2004. Abrange também, projectos em curso, projectos concluídos á menos de três meses e projectos de infra- estruturas de interesse colectivo.

Este Protocolo é referido no sentido de ser aproveitado para investimentos em criação de empresas. Apesar de ter algumas condicionantes de aplicação aos nossos empreendedores, pode ser uma alternativa utilizada. O facto de ter uma durabilidade definida, não significa que este protocolo não possa ser repetido.

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6.4. PROTOCOLO BANCÁRIO COM O IFT

O Turismo é uma actividade em crescimento e ao qual a globalização trouxe concorrência acrescida mas também maiores oportunidades de mercado.

Para garantir uma maior simplificação e eficiência do processo de financiamento ao investimento neste sector Bancos e Instituto de Financiamento e Apoio ao Turismo (IFT) efectuaram um protocolo no sentido de disponibilizar todos os seus clientes uma linha de financiamento Crédito Turismo/IFT tendo como objectivo o financiamento de projectos turísticos que contribuam para o aumento da qualidade, diversificação e competitividade da oferta do turismo nacional.

Este financiamento é um instrumento fundamental para a modernização e expansão das empresas portuguesas através da repartição de risco entre a empresa promotora, o IFT e o Banco.

Beneficiários

O Crédito Turismo / IFT destina-se a apoiar financeiramente projectos turísticos viáveis e de qualidade, promovidos por empresas em geral e Empresários em Nome Individual (ENIs).

Natureza dos Projectos

Projectos que se destinem ao investimento na construção, adaptação, ampliação, remodelação e equipamento da maior parte dos empreendimentos e actividades de vocação turística, de que destacamos:

� Alojamentos Turísticos; Estabelecimentos Hoteleiros, Aldeamentos e Apartamentos Turísticos, Turismo em Espaço Rural,

Turismo de Natureza e outros serviços de hospedagem;

� Empreendimentos de animação turística declarados de interesse para o turismo;

� Agências de viagens licenciadas pela Direcção - Geral do Turismo;

� Restaurantes;

� Apoios de praia em praias concessionadas;

� Balneários termais declarados de interesse para o turismo.

Poderá ser utilizado para aquisição de imóveis, nas seguintes situações:

� Empreendimentos turísticos (de qualquer dos tipos atrás referidos) que estejam instalados nos imóveis em sistema de arrendamento há pelo menos 5 anos, devendo a respectiva aquisição ser acompanhada de obras de remodelação;

� Imóveis que estejam inacabados há mais de 3 anos, para empreendimento turístico atrás listado.

Despesas não elegíveis

� Aquisição de viaturas, excepto para agências de viagens (ligeiros de passageiros com pelo menos 7 lugares afectos à actividade e pesados de passageiros);

� Investimentos Incorpóreos, na parte que exceda 25% do valor total do investimento;

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� Compra de terrenos, na parte que exceda 15% do valor total do investimento.

Condições de Financiamento

Montantes de financiamento e capital próprio

� Até 75% do custo do projecto de investimento, com o máximo de 6 milhões Euros por operação.

� O montante mínimo de financiamento corresponde ao valor de 100.000 Euros

(excepto para Apoios de Praia, em que não existe limite mínimo)

Este investimento mínimo pode parecer à partida condicionante aos nossos empreendedores, mas quando se trata de investimentos na área de turismo verificamos que o investimento mínimo necessário para o arranque da actividade facilmente atinge estes valores.

� Capitais próprios 25% do total do investimento.

Taxa

� Euribor 6M + 3% de spread

� Parcela do financiamento concedida pelo IFT, por norma, 60% da Euribor 6 meses.

Prazo

• Financiamento - 4 a 15 anos

• Carência - 1 a 4 anos

Trata-se de uma óptima oportunidade para usufruir de uma linha de crédito com condições muito vantajosas a nível de taxa e prazos.

Requisitos

Plano de Negócios e projecto de arquitectura aprovado.

Nota: Este Protocolo encontra-se suspenso desde 16 de Junho de 2004, o IFT agora Instituto Turismo de Portugal (ITP) refere que esta suspensão é temporária.

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6.5. BUSINESS ANGELS

Descrição

Esta forma alternativa de financiamento traduz-se na participação minoritária e temporária na sociedade de um investidor particular.

Normalmente este investidor particular é um empresário bem sucedido que intervém em empresas do mesmo ramo de actividade ou outras actividades que melhorem a cadeia de valor de um produto.

Normalmente, o investidor tem experiência no ramo de actividade em que vai participar contribuindo com o seu Know How e rede de contactos.

Aqui, as competências e o financiamento estão sempre associados, valorizando o negócio

Este sistema de financiamento alternativo é aplicado na fase de arranque da actividade Start-up e Seed capital.

Nestas fases tanto as sociedades de capitais de risco como instituições financeiras não gostam de intervir pois apresentam baixa rentabilidade e elevado risco.

Trata-se de uma alternativa de financiamento para pequenos investimentos e com baixo crescimento do negócio a curto prazo. É uma alternativa ao Capital de Risco, que pretende investimento de rápido crescimento.

Os business angels e as sociedades de Capital de Risco são semelhantes na medida em ambos os investidores participam temporariamente como sócios da empresa financiando o negócio.

Particularmente num Business Angels o financiamento está sempre associado à

valorização das competências no negócio e a rede de contactos que o “angel” trás com a sua experiência.

.

Vantagens das Redes de Business Angels

Empreendedor:

� Facilitar o encontro com investidores idóneos, mas de difícil acesso;

� Encontrar, para além de capital, sócios que transmitam ao empreendedor a sua experiência dentro de um determinado sector, contactos profissionais, conselhos...;

� Rede de contactos com vários investidores privados.

Investidor:

� Escolher uma de entre diversas oportunidades de investimento.

� Conhecer atempadamente a existência das oportunidades.

� Participar em empresas que possuem necessidades financeiras limitadas e em valorizações que se encontrem ajustadas aos seus projectos actuais.

Ainda há muito para fazer pelos Business Angels em Portugal existe neste momento, 168 Redes de Business Angels na Europa sendo uma em Portugal da Gesventura.

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7 CONTACTOS

� Projecto GLOCAL Urbanização Vila Campos, lote II ent. B 5000-063 Vila Real Tel:259 326 294 Fax: 259 326 295 e-mail : [email protected]; site:www.empglocal.com

Superação SPA Consultoria Urbanização Vila Campos, lote II ent. B 5000-063 Vila Real Tel:259 326 294 Fax: 259 326 295 e-mail : [email protected]; site: www.spa.pt NERVIR- Associação Empresarial Alameda de Grasse - Apartado 142 5000 Vila Real Tel. 259 330 640 Fax. 259 330 649 e-mail: [email protected] site: www.nervir.pt

Cooperativa Cultural Voz do Marão, CRL Largo S. Pedro, n.º 3 – São Pedro 5000 Vila Real Tel. 259 330 960 Fax. 259 330 969 e-mail: [email protected]

Alto Fuste – Consultoria Agraria, L.da Rua Visconde Carnaxide, 65, Bl.A – Lj 10 5000 Vila Real Tel. 259 338 705 Fax. 259 338 707 e-mail: [email protected]

UTAD – Departamento de Economia e Sociologia Av. Almeida Lucena, 1 5000-660 Vila Real Tel. 259302210 fax. 259302249 e-mail: [email protected] site: www.utad.pt

� Caixas de Crédito Agrícola Mútuo

Direcção CCAM do Alto Douro Sede: Rua Drº Francisco Sá Carneiro, nº 26 5070-013 Alijó (Alijó, Murça, Sabrosa) Tel. 259 957250 Fax 259 957259

Direcção CCAM de Favaios Sede: Rua Nossa Senhora de Fátima 5070 Favaios (Favaios) Tel. 259 957230 Fax 259 949139

Direcção CCAM do Vale do Douro Sede: Rua dos Camilos, 249 5050-273 Peso da Régua (Peso da Régua, Santa Marta, Mesão Frio) Tel. 254 320330 Fax 254 320331

� ANDC – Associação Nacional de Direito ao Crédito Lisboa Rua Castilho, 61-2º Dtº 1250-068 LISBOA [email protected] site: www.microcredito.com.pt Tel. 21 386 36 99 Fax: 21 386 52 78 Porto Parque Itália Rua Júlio Dinis, 748, sala 301 4050 Porto Tel/fax: 22 600 28 15 e-mail: [email protected] site: www.microcredito.com.pt

� Sociedades de Capital de Risco

PME CAPITAL - Sociedade Portuguesa de Capital de Risco, S.A (Está vocacionada para empresas com potencial de crescimento inovadoras e de base tecnológica) Av. Dr. Antunes Guimarães,103 4100-079 PORTO Telef: 226 102 087

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Fax: 226 102 089 Direcção; Dr. Miguel Henriques; Analistas Financeiras; Drª Isabel Martins Drª Helena Maio E-mail: [email protected]

APCRI - Associação Portuguesa de Capital de Risco Rua Filipe Folque, 2, 7º 1050-113 LISBOA Telef: (351) 21 353 67 49 – Fax: (351) 21 353 67 52 E-mail:[email protected] CAIXA CAPITAL - Sociedade de Capital de Risco, S.A. Av. 5 de Outubro, 175, 3º 1050-053 LISBOA Telef: 217 940 680/ 217 940 681 Fax: 217 939 696 Contacto : Dr. José Minhoz dos Reis

BCP CAPITAL - Sociedade de Capital de Risco, S.A. Sede: Av. José Malhoa, 1686-1070-157 LISBOA Escritório: R. Júlio Dinis, 705-2º- 4050-326 PORTO Telef: 226 071 360 Fax: 226 071 349 Contacto : Dr. João Seixas Vale / Dr. Luís Filipe Feria

COMPTRIS - Companhia Portuguesa de Capital de Risco, S.A. Av. Fontes Pereira de Melo, Nº 14, 15º 1069-099 LISBOA Telef: 213 501 400 Fax: 213 520 202 Contacto: Dr. João Arnaldo Rodrigues de Sousa

ES Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A. Rua Mouzinho da Silveira, Nº 32 - 7º

1250-167 LISBOA Telef: 213 523 550 Fax: 213 523 572 Contacto : Dr. Carlos Calvário

F. TURISMO - Capital de Risco, S.A. Rua Ivone Silva, Lote 6 - 3º Esq. 1050-124 LISBOA Telef: 217 815 800 Fax: 217 815 809 Contacto: Dr. Orlando Pinto Madeira Carrasco

INTER RISCO - Sociedade de Capital de Risco, S.A. Av. Boavista 1180 6º 4100-113 PORTO Telef: 226 072 270 Fax: 226 006 751 Contacto : Dr. Rui Ferreira

IPE CAPITAL Sociedade de Capital de Risco, S.A. Av. Júlio Dinis, nº. 9 - 1º 1069-027 LISBOA Telef: 217 950 022/3 /5 /6 Fax: 217 950 027 Contacto : Dr. Rui Gonçalves Soares E-mail: [email protected]

� Sociedades de garantia Mutua

NORGARANTE - Sociedade de Garantia Mútua, S.A. Av. Boavista, 2121, 3º Andar – Esc. 301 4100 – 134 Porto Telefone: 226 061 800 Fax: 226 061 809 Email:[email protected]

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8 LINKS de Interesse

Associação Nacional de Direito ao Crédito www.microcredito.com.pt

Associação Portuguesa de Capital de Risco www.apcri.pt

EBAN – European Business Angels Network www.eban.pt

Gesventure, Lda; www.gesventure.pt

IAPMEI Instituto de Apoio às PME e ao Investimento; www.iapmei.pt

Instituto de Turismo de Portugal; www.itp.pt

Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua; www.spgm.pt

Norgarante; www.norgarante.pt

PMECapital; www.pmecapital.pt

Caixa Geral de Depósitos; www.cgd.pt

Santander Netbanco; www.santander.pt