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Fiscalização Ambiental e as Ações Fiscalização Ambiental e as Ações das Promotorias de Justiça do RS das Promotorias de Justiça do RS “A Questão do Lixo no Estado do Rio Grande do Sul”

Fiscalização Ambiental e as Ações das Promotorias de ...³lidos_ MP.pdf · – Coleta, transporte, tratamento, processamento e destinação final dos resíduos sólidos de estabelecimentos

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Fiscalização Ambiental e as Ações Fiscalização Ambiental e as Ações das Promotorias de Justiça do RSdas Promotorias de Justiça do RS

“A Questão do Lixo no Estado do Rio Grande do Sul”

Marcos Legislativos EstaduaisMarcos Legislativos Estaduais

• Lei Estadual nº 9.493/92 – coleta seletiva e reciclagem – atividades de relevância social e de interesse público.

• Lei Estadual nº 9.921/93 – dispõe sobre a gestão de resíduos sólidos, regulamentando o artigo 247, § 3º, da Constituição Estadual.

• Lei Estadual nº 10.099/94 – dispõe sobre os resíduos sólidos de saúde.

Marcos Legislativos EstaduaisMarcos Legislativos Estaduais

• Lei Estadual nº 11.520/2000 – Código Estadual de Meio Ambiente.

• Decreto nº 38.356/98 – regulamenta a Lei Estadual nº 9.921/93.

Marcos Legislativos EstaduaisMarcos Legislativos Estaduais• Lei Estadual n.º 9.921/93:

– Segregação dos resíduos na origem, para reaproveitamento, é dever de toda a sociedade e deve ser implantada de forma gradual em todos os municípios;– Órgãos e entidades da administração direta e indireta do

Estado ficam obrigados à implantação da coleta segregativa interna dos seus resíduos sólidos;

• Necessidade do licenciamento ambiental para todas as etapas do gerenciamento (coleta, transporte, tratamento, processamento e destinação final);

Marcos Legislativos EstaduaisMarcos Legislativos Estaduais• Lei Estadual nº. 9.921/93:

– Planos diretores devem prever espaços adequados para instalação de tratamento e disposição final de resíduos sólidos urbanos;

– Coleta, transporte, tratamento, processamento e destinação final dos resíduos sólidos de estabelecimentos industriais, comerciais, prestação de serviços – inclusive os de saúde, são de responsabilidade da fonte geradora;

– Recipientes, embalagens, contêineres, invólucros e assemelhados destinados ao acondicionamento de produtos perigosos devem ser devolvidos ao fornecedor desses produtos;

Marcos Legislativos EstaduaisMarcos Legislativos Estaduais• Lei Estadual nº. 9.921/93:

– Proíbe o acesso a financiamento por bancos estaduais e fundos especiais de desenvolvimento a empresas e órgãos públicos que não estiverem “plenamente regularizadas” no que diz com os resíduos sólidos;

– Municípios com mais de 50 mil habitantes 180 dias publicação do regulamento apresentar ao órgão ambiental projeto contemplando alternativas locacionais e técnicas, cronograma de implantação, para o gerenciamento dos resíduos sólidos, sob pena de responsabilidade por dano ao meio ambiente.

Marcos Legislativos EstaduaisMarcos Legislativos Estaduais• Lei Estadual nº. 11.520/2000:

– Reafirma a necessidade do licenciamento para todas as etapas do gerenciamento;

– Compete ao gerador a responsabilidade pelos resíduos produzidos, compreendendo as etapas de acondicionamento, coleta, tratamento e destinação final;

– Terceirização do serviço não isenta a responsabilidade do gerador pelos danos causados;

– Recuperação de áreas degradadas pela disposição de resíduos é de inteira responsabilidade técnica e financeira da fonte geradora, do ex-proprietário ou proprietário da terra.

Exemplos da Atuação do Exemplos da Atuação do Ministério Público do Rio Ministério Público do Rio Grande do SulGrande do Sul

Programa de Gerenciamento Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidosde Resíduos Sólidos

Objetivo geral

• Implantar Política de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos gerados no Ministério Público/RS, unificando os procedimentos de separação, coleta e destinação final, além de minimizar a geração, adequando as práticas institucionais à atual proposta da Política Ambiental, resultando numa coleta reduzida e diferenciada de materiais recicláveis.

•Estimular a consciência ambiental,

•Promover o exercício da cidadania,

•Melhorar a qualidade de trabalho,

•Ser referência ambiental.

Objetivos específicosObjetivos específicos

Histórico do Programa• 20/12/2002 - Provimento n.º 62/2002 (cria a Comissão Permanente de Resíduos Sólidos).

•09/01/2003 - Lançamento oficial do Programa - prédio da Andrade Neves.

•19/09/2005 - Expansão do PGRS para o prédio da Santana.

•25/11/2005 - contrato para recolhimento de lâmpadas fluorescentes.

•06/02/2006 - contrato com empresa Santoriny para venda dos papéis oriundos do Programa.

•19/01/2007 - recolhimento de 1925 unidades de lâmpadas fluorescentes, com certificado de destino adequado.

Histórico do Programa

Ações em desenvolvimento

•Implementação do PGRS nos prédios da Av.

Aureliano de Figueiredo Pinto.

•Renovação do Contrato com o DMLU para o

recolhimento dos resíduos secos e orgânicos.

Ações em desenvolvimento

•Aquisição de coletores, lixeiras, cartazes e

adesivos para os prédios da Av. Aureliano de

Figueiredo Pinto.

•Remobilização dos facilitadores dos prédios da

Santana (efetivado) e da Andrade Neves.

•Treinamento de facilitadores para sede nova.

Auto-sustentabilidade do PGRS

• Andrade Neves, 106: R$ 21.206,00 (sendo R$ 7.480,00 - obra de alvenaria)

• Santana:R$ 7.600,00

• Total Gasto: R$ 28.806,00

II) Valores arrecadados com a venda do papel:

• Total Arrecadado: R$ 28.441,98

• não inclui valores da Aureliano, pois não iniciou a coleta

I) Valores gastos com a implementação do Programa:

I) Valores pagos e a pagar: R$ 38.007,20

Dados da Av. Aureliano

II) Estimativa de geração de resíduos (diária):

- papel: 133,77 kg

- seco: 44,47 kg

- orgânico:91,73 kg

III) Estimativa de auto-sustentabilidade: 03 anos.

RESULTADOS

• Já foram destinados corretamente desde a implementação da Coleta Seletiva, em dezembro de 2003 até a presente data as seguintes quantidades de resíduos:

Papéis: 113.767,90 Kg Secos: 24.500 Kg - estimado

Orgânicos: 49.700 Kg - estimado

Total: 187.967,90

Aterro SanitárioAterro Sanitário de Sapucaia do Sul de Sapucaia do Sul

Lixão irregular emLixão irregular em Cerro Grande do Sul - Cerro Grande do Sul - Comarca de TapesComarca de Tapes

ACP Pilhas e BateriasACP Pilhas e BateriasMPE/MPFMPE/MPF

• ACP n.º 2003.71.11.004601-2, Vara Federal de Santa Cruz do Sul, ajuizada em litisconsórcio com os Ministérios Públicos Federal e Estadual contra a União e o IBAMA.

• Objeto: declaração de nulidade do art. 13 da Resolução CONAMA 257/99 e pedido liminar para determinar a implantação de um sistema de logística inverso destinado a recolher pilhas e baterias e conferir-lhes destinação adequada.

• Deferida a medida liminar, com eficácia apenas para Santa Cruz do Sul/RS, para que a União se abstenha de aplicar o artigo 13 da Res. CONAMA 257/99, determinando a esta e ao IBAMA que notifiquem as empresas fabricantes de pilhas e baterias de celulares para que comprovem, no prazo de 30 dias, a implantação de um sistema de logística inversa destinado a recolher estes produtos exauridos e conferir-lhes destinação adequada, na forma da norma citada, desconsiderando, apenas, a permissão contida no artigo 13.

Caso UTRESACaso UTRESAOrganização da Sociedade Civil de Interesse Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – União dos Trabalhadores em Resíduos Público – União dos Trabalhadores em Resíduos Especiais e Saneamento AmbientalEspeciais e Saneamento Ambiental

Irregularidades constatadasIrregularidades constatadasSituação ideal• A Licença de Operação proibia a emissão de efluentes, a

existência de zona de drenagem, de dutos e de valas de resíduos.

Situação constatada• Drenagens irregulares de chorume e depósitos de lodo,• Tubulações clandestinas com fluxo de efluentes contendo alta

carga poluidora,• Diversas tentativas de mascarar a verdadeira poluição que

escapava das instalações,• Acumulação, em suas dependências, de resíduos perigosos de

alto potencial poluidor, contaminante e tóxico.

• “Os pontos assinalados CONSTITUEM AS EVIDÊNCIAS mais contundentes dos lançamentos praticados pela UTRESA. Nos resultados das amostras é possível perceber a magnitude da poluição que atingiu o arroio Portão e consequentemente o Sinos. Elementos poluentes, como fenol, fósforo, magnésio, nitrogênio amoniacal (tóxico), e total, sulfeto, cromo, zinco e surfactantes (detergentes), além de quantidades expressivas de óleos e graxas. Apresentam níveis de toxicidade e capacidade de consumir oxigênio dissolvido em níveis extremamente altos. São poluentes com efetivo potencial de causar mortandades de peixes e outros seres vivos, além do seu efeito tóxico sobre a saúde humana.”

• “As combinações dos poluentes presentes nos efluentes, que formam uma sinergia química que atingindo o Rio do Sinos nas condições verificadas, foram definitivas para acusar a mortandade entre os dias 06 e 08/10. Além da alta carga poluidora a presença de hidrocarboneto (BTEX) TEM POTENCIAL SUFICIENTE para causar NOVAS MORTANDADES como verificado em 07 e 08/10/06”.

Texto extraído do laudo da FEPAM:

Irregularidades constatadas

Irregularidades constatadasIrregularidades constatadas

Irregularidades constatadasIrregularidades constatadas

Irregularidades constatadas

Medidas adotadas pelo MP

– Ação de remoção do ilícito com pedido de antecipação de tutela,

– Oferecimento de denúncia,– Foi decretada a prisão preventiva do Diretor da UTRESA,

embasada na continuidade do crime de poluição depois da mortandade; na destruição de provas da poluição por parte do empresário e na possibilidade de fuga. O diretor da empresa encontra-se foragido,

– Ação Civil Pública Cautelar Inicidental contra empresa UTRESA e seu diretor-executivo Luiz Ruppenthal para indisponibilizar os bens de ambos.

Prefeitos Municipais X Prefeitos Municipais X Responsabilidade PenalResponsabilidade Penal

São 496 Municípios no RSPeríodo: 1994/maio 2007

• Total de expedientes analisados: 176

• Denúncias oferecidas: 72*

*Esse n.º não reflete a totalidade de denúncias, tendo em vista que em 2005 os crimes contra ex-prefeitos passaram a ser apurados pelo 1º grau.

Inquéritos Civis (CGMP)Inquéritos Civis (CGMP)

ICs 2005• Resíduos sólidos (urbanos, industriais,

hospitalares,...) - 303• Poluição hídrica (efluentes domésticos, ...) - 260

ICs 2006• Resíduos sólidos (urbanos, industriais,

hospitalares,...) - 290• Poluição hídrica (efluentes Domésticos, ...) - 260

TACs 2005

• Resíduos sólidos (urbanos, industriais, hospitalares,...) - 146

• Poluição hídrica (efluentes Domésticos, ...) - 170

TACs 2006

• Resíduos sólidos (urbanos, industriais, hospitalares,...) - 205

• Poluição hídrica (efluentes Domésticos, ...) - 243

Termos de Ajustamento de Conduta (CGMP)

Execuções de TACs 2005

• Resíduos sólidos (urbanos, industriais, hospitalares,...) - 33

• Poluição hídrica (efluentes Domésticos, ...) - 13

Execuções de TACs 2006

• Resíduos sólidos (urbanos, industriais, hospitalares,...) - 24

• Poluição hídrica (efluentes Domésticos, ...) - 12

Execução de Termos de Ajustamento de Conduta (CGMP)

ACPs 2005

• Resíduos sólidos (urbanos, industriais, hospitalares,...) - 20

• Poluição hídrica (efluentes Domésticos, ...) - 06

ACPs 2006

• Resíduos sólidos (urbanos, industriais, hospitalares,...) - 25

• Poluição hídrica (efluentes Domésticos, ...) - 12

Ações Civis Públicas (CGMP)

Atendimentos DAT 2006/2007Atendimentos DAT 2006/2007

• Situações envolvendo Resíduos Sólidos - 223 atendimentos em um universo de 3.765 solicitações gerais

• Totalizando 5,92% dos atendimentos gerais

Projetos 2007/2009:Projetos 2007/2009:

• Projeto “Diagnóstico e Atuação do Ministério Público na Área Ambiental por Bacias Hidrográficas” - CAOMA - Dr. Alexandre Saltz (Coordenador):– Promotorias atuando em rede,– Através do Núcleo de Geoprocessamento:

mapeamento dos problemas ambientais do RS,– Prioridade de atuação: saneamento; reflorestamento

ciliar; gestão de resíduos sólidos e uso de águas superficiais e subterrâneas.

O B R I G A D A !O B R I G A D A !

ISABEL GUARISE BARRIOS BIDIGARAY,Promotora de Justiça,

Coordenadora do [email protected]

(51) 3295 1157

ALEXANDRE SIKINOWSKI SALTZ,Promotor de Justiça,

Coordenador do [email protected]

(51) 3295 1179