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Fiscalização do Sistema de Esgotamento Sanitário da sede do Município de Conselheiro Lafaiete Belo Horizonte Junho 2013 ...

Fiscalização do Sistema de Esgotamento Sanitário …...Falta de trava de fechamento (Fotos 19 e 20). Foto 19 Foto 20 → Condição Operacional das Elevatórias As condições operacionais

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Fiscalização do Sistema de Esgotamento Sanitário da sede do Município de

Conselheiro Lafaiete

Belo Horizonte Junho 2013

...

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ÍNDICE

1. IDENTIFICAÇÃO DA AGÊNCIA REGULADORA ....................................................................... 5

2. IDENTIFICAÇÃO DO PRESTADOR DE SERVIÇOS .................................................................. 5

3. CARACTERÍSTICAS DA FISCALIZAÇÃO .................................................................................. 5

4. OBJETIVO ..................................................................................................................................... 6

5. METODOLOGIA ............................................................................................................................ 6

6. REPRESENTANTES PRESENTES.............................................................................................. 6

7. CRONOGRAMA DE TRABALHO ................................................................................................ 7

8. ENTREVISTAS REALIZADAS ..................................................................................................... 7

8.1. Prefeitura Municipal ..................................................................................................... 7

8.2. Ministério Público ......................................................................................................... 8

9. DESCRIÇÃO SUMÁRIA DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ............................... 9

10. SEGMENTOS OPERACIONAIS E UNIDADES FISCALIZADAS. ............................................ 10

11. FATOS LEVANTADOS SOBRE O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................... 11

11.1. Lançamento de efluente ......................................................................................... 11

11.2. Estação de Tratamento .......................................................................................... 12

11.3. Interceptores .......................................................................................................... 14

11.4. Estações Elevatórias .............................................................................................. 15

11.5. Rede coletora ......................................................................................................... 17

11.6. Controle da eficiência do tratamento do efluente .................................................... 17

12. FATOS LEVANTADOS – ATENDIMENTO AO PÚBLICO ........................................................ 18

12.1. Aspectos Gerais ..................................................................................................... 18

12.2. Prazos para execução dos serviços ....................................................................... 19

12.3. Disponibilidade de Documentos ............................................................................. 19

13. CONTRATO DE CONCESSÃO .................................................................................................. 20

14. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................ 20

15. CONSTATAÇÕES E NÃO-CONFORMIDADES ........................................................................ 21

16. RECOMENDAÇÕES ................................................................................................................... 22

17. EQUIPE TÉCNICA ...................................................................................................................... 22

18. AGENTE DE FISCALIZAÇÃO .................................................................................................... 22

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ANEXOS

ANEXO I CROQUI ESQUEMÁTICO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO......23

ANEXO II CONTROLE DAS CONDIÇÕES E EFICIÊNCIA DO EFLUENTE TRATADO NA ETE ......................................................................................................................25

ANEXO III ORDENS DE SERVIÇO – SICOM COPASA ......................................................27

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GLOSSÁRIO

CMB Conjunto Motor-bomba

DN Diâmetro Nominal

EEE Estação Elevatória de Esgoto

ETE Estação de Tratamento de Esgoto

SES Sistema de Esgotamento Sanitário

RAFA Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente

F°F° Ferro Fundido

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1. IDENTIFICAÇÃO DA AGÊNCIA REGULADORA

Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário

do Estado de Minas Gerais.

Endereço: Cidade Administrativa - Rodovia Prefeito Américo Gianetti, s/nº - Serra Verde –

Edifício Gerais / 12º andar

Telefone: (31) 3915-8058 Fax: (31) 3915-2060

2. IDENTIFICAÇÃO DO PRESTADOR DE SERVIÇOS

Nome: Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA-MG.

Endereço: Rua Mar de Espanha, 525 – Santo Antônio – BH / MG – CEP 30330-900.

3. CARACTERÍSTICAS DA FISCALIZAÇÃO

Tipo de Fiscalização Fiscalização Direta e Indireta

Município

Endereço Local

Município de Conselheiro Lafaiete

End.:.Avenida Professor Manuel Martins, n° 385, Centro.

Telefone: (031) 3769-4601

Serviço Fiscalizado

Sistema de Esgotamento Sanitário

Ofícios Encaminhados

Prestador – Ofício ARSAE-MG/DG N° 0101/2013

Ministério Público – Ofício ARSAE-MG/DG N° 0102/2013

Prefeitura – Ofício ARSAE-MG/DG N° 0100/2013

Período da Inspeção de Campo 18 a 21 de março de 2013

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4. OBJETIVO

O objetivo do Relatório de Fiscalização é descrever e detalhar o diagnóstico das condições

técnicas e operacionais da prestação dos serviços de Esgotamento Sanitário, a cargo da

COPASA, no Município de Conselheiro Lafaiete.

A ação de fiscalização direta e indireta realizada por fiscais credenciados visa determinar o

grau de conformidade do sistema auditado, em consonância com a legislação pertinente,

especialmente, as Resoluções expedidas pela ARSAE-MG.

5. METODOLOGIA

A metodologia para desenvolvimento da fiscalização compreendeu os procedimentos de

vistoria técnica, levantamentos em campo, análise e avaliação documental, obtenção de

informações e dados gerais do sistema, identificação e frequência de ocorrências.

A vistoria foi acompanhada por representante designado pelo Prestador e pela equipe técnica

local, que se encarregaram de explicar os processos operacionais e a funcionalidade de cada

unidade e equipamento.

6. REPRESENTANTES PRESENTES

Funcionário designado pelo Prestador:

Glauco Dias Sampaio– Gerente de Distrito

Equipe técnica local:

Marco Aurélio Trindade – Encarregado de produção

José Couto Goulart – Encarregado de atendimento

Joselma matos – Engenheira de produção

Orlando Minelli – Apoio Administrativo

Luís Henrique Nehmy – Analista de planejamento e Controle

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7. CRONOGRAMA DE TRABALHO

8. ENTREVISTAS REALIZADAS

8.1. Prefeitura Municipal

A agente de fiscalização da ARSAE-MG foi recebida pelo Prefeito Municipal, o Sr. Ivair de

Almeida Cerqueira Neto, pelo Secretário de Planejamento, o Sr. Luís Cerqueira, pelo Diretor de

Departamento de Serviços Urbanos, o Sr. José Silvestre, pelo Gerente de Indústria, o Sr.

Henrique Papatella, pelo Secretário Adjunto de Obras, o Sr. Jackson Weser de Souza, pelo

Sub Procurador do Município, o Sr. José Luiz Gonçalves da Cruz, pelo Assessor de Governo, o

Sr. Rogério Batista Evangelista e pelo Diretor do Departamento de Meio ambiente, o Sr. Marco

Antônio.

Durante a reunião foi exposto que o Prestador de Serviços encontra-se realizando os serviços

de abastecimento de água e de esgotamento sanitário no Município com Contrato vencido,

devido à delonga em renová-lo por motivos de incompatibilidade de interesses entre o

Prestador de Serviços e o Poder Concedente, e que se encontra hoje em processo de

negociação.

A agente de fiscalização informou aos presentes que a renovação do Contrato de Concessão

se dará por meio de Contrato de Programa, o qual deverá respeitar o estudo contido no Plano

Municipal de Saneamento que também deve contemplar os anseios e as necessidades da

população, no que se refere à melhoria da qualidade da prestação dos serviços e a resolução

de problemas decorrentes da falta parcial ou integral de saneamento básico.

PERÍODO Segunda-Feira

18/03/2013

Terça-Feira

19/03/2013

Quarta-Feira

20/03/2013

Quinta-Feira

21/03/2013

Manhã Reunião de abertura com o Prestador de

Serviço.

Fiscalização do SAA da sede municipal.

Fiscalização do SAA da sede municipal.

Fiscalização do SES da sede municipal.

Tarde

Reunião com a Prefeitura.

Reunião com o Ministério Público.

Fiscalização do SAA da sede municipal.

Reunião com o Ministério Público.

Fiscalização do SES da sede municipal.

Reunião de encerramento com o Prestador de Serviço

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Dessa forma, ressaltou-se a importância de se produzir um Plano Municipal de Saneamento

completo, a fim de garantir que as metas e cronogramas físicos de obras atendam à real

necessidade de saneamento básico do Município.

Os representantes municipais reclamaram da existência de esgoto correndo a céu aberto na

cidade, interceptores rompidos, intenso odor produzido pela ETE-Bananeiras que afeta à

população das adjacências, e a delonga em realizar o serviço de recobrimento de valas

decorrente das obras nas vias públicas. Entretanto, a pavimentação das vias públicas foi

considerada adequada.

8.2. Ministério Público

A agente de Fiscalização da ARSAE-MG foi recebida pelo assessor do Promotor de Justiça do

Meio Ambiente, Sr. Glauco Peregrino, o qual relatou existir em sua Comarca uma Ação Civil

Pública e um Inquérito Civil contra a prestação dos serviços de esgotamento sanitário:

1. Ação Civil Pública nº 0027869-80.2013.8.13.0183, referente à devolução do valor

cobrado referentre ao tratamento de esgoto, no período de oito meses em que o

interceptor que leva o esgoto à ETE-Bananeira ficou rompido, tempo em que o serviço

não foi efetivamente prestado.

2. Inquérito Civil nº 0183.11.000 132-2, referente ao intenso odor produzido pela ETE-

Bananeiras que afeta à população adjacente, especialmente no período noturno e

durante a madrugada.

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9. DESCRIÇÃO SUMÁRIA DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

O sistema é composto pelas seguintes unidades operacionais (¹):

- Corpos Receptores: Ribeirão Bananeiras

Córrego Ventura Luís

Córrego Lava-Pés

- ETE: Tratamento preliminar com reatores anaeróbios, filtro percolador e decantadores-

Vazão 70 l/s.

- Interceptor/Emissário:

Interceptor Diâmetro (mm)

Interceptor Bananeiras 500mm

- Estações Elevatórias:

Estação Elevatória Quantidade

CMB Bombeamento

EEE Amaro Ribeiro (1+1) x 1cv Recalque para a rede coletora de esgoto existente na Rua Geraldo Plaza no bairro Amaro Ribeiro

EEE Morada do Sol (1+1) x 10cv Recalque para a rede coletora de esgoto existente na Rua José C. Rezende no Bairro Morada do Sol.

EEE ETE Bananeiras (1+1) x 50cv Recalque para os reatores anaeróbios.

- Rede Coletora: Extensão total – 354.049 metros (²)

- Número total ligações: 35.665 ativas (²)

A discriminação das características das unidades operacionais do sistema de esgotamento

sanitário consta no croqui esquemático fornecido pelo Prestador de Serviços (Anexo I).

(¹) Informações fornecidas pelo Prestador durante a ação de fiscalização, associadas às informações contidas no croqui

esquemático do SES.

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10. SEGMENTOS OPERACIONAIS E UNIDADES FISCALIZADAS.

Descrição

Esgotamento Sanitário

Segmento Operacional Unidade Fiscalizada

Corpo Receptor

- Ribeirão Bananeiras;

- Córrego Lava-Pés.

Interceptores - Interceptor Bananeiras.

ETE

- Laboratório;

- Reatores anaeróbios;

- Filtro percolador;

- Decantador;

- Controle de eficiência de tratamento do

efluente.

Elevatórias

- EEE – Amaro Ribeiro;

- EEE – Morada do Sol;

- EEE – ETE Bananeiras;

Rede Coletora

- Poços de Visita;

- Cadastro Técnico.

Unidade de Atendimento ao

Público

Agência de Atendimento

- Instalações Físicas.

- Prazo para execução dos serviços .

- Disponibilidade

de documentos

- Resolução Normativa

ARSAE-MG 003/2011;

- Tabela de tarifas;

- Tabela de serviços

cobráveis;

- Livro de reclamações.

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11. FATOS LEVANTADOS SOBRE O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

São listados neste capítulo os fatos apurados na inspeção de campo sobre o Sistema de

Esgotamento Sanitário do Município de Conselheiro Lafaiete e as informações coletadas junto

ao Prestador de Serviços.

11.1. Lançamento de efluente

→ Córrego Lava-Pés

Lançamento inadequado de esgoto originado pela ruptura do interceptor (Fotos

01, 02 e 03).

Foto 01 Foto 02

Foto 03

Erosão do talude

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11.2. Estação de Tratamento

→ Decantador Secundário

Calha de recolhimento submersa em um dos decantadores (Fotos 04 e 05).

Foto 04 Foto 05

→ Queimador de Gás

Queimador de gás inativo (Fotos 06 e 07).

Foto 06

Foto 07

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→ Condição Operacional da ETE

As condições operacionais das unidades de tratamento da ETE-Bananeiras não estão

totalmente adequadas visto que um dos decantadores secundários apresenta calha de

recolhimento submersa e que as reclamações de intenso odor produzido pela ETE são

procedentes.

Constatou-se que devido às reclamações da população adjacente a área da ETE e a

instauração de Inquérito Civil (nº 0183.11.000 132-2) pela Promotoria do Município, o Prestador

de Serviços desenvolveu medidas mitigadoras que tem como objetivo diminuir o odor que tanto

incomoda a população (Fotos 08, 09, 10 e 11).

Entretanto, observa-se que essas medidas não são suficientes para se obter um resultado

significativo para a solução do problema, sendo necessária a realização de maiores

investimentos para realmente diminuir ou extinguir os odores.

Foto 08

Foto 09

Carvão Vegetal

Tratamento preliminar

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Foto 10

Foto 11

11.3. Interceptores

→ Interceptor Bananeiras

Pequeno vazamento no Interceptor Bananeiras na Avenida Monsenhor Moreira

(Fotos 12 e 13).

Foto 12 Foto 13

Carvão Vegetal

Reator UASB

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11.4. Estações Elevatórias

→ EEE - Amaro Ribeiro

Falta de manutenção do cesto componente da elevatória (Fotos 14 e 15).

Foto 14 Foto 15

Falta de tampa adequada e trava de fechamento (Fotos 16 e 17).

Foto 16 Foto 17

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Quadro de força vulnerável sem proteção adequada (Foto 18).

Foto 18

→ EEE – Morada do Sol

Falta de trava de fechamento (Fotos 19 e 20).

Foto 19 Foto 20

→ Condição Operacional das Elevatórias

As condições operacionais das unidades de elevação estão adequadas. Entretanto, ressalta-se

a importância dessas unidades operacionais se encontrarem devidamente seguras e mantendo

sempre a manutenção dos cestos retentores de sólidos grosseiros em dia.

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11.5. Rede coletora

Durante a fiscalização foram vistoriados três poços de visita:

- Poços de Visita

1. Rua João Barbeiro com Rua Cecy P. Nascimento;

2. Rua Luís de Freitas, nº 186;

3. Rua José Batista Fernandes com Rua Dr. Paládio A. Andrade, nº 106.

Salienta-se que foi possível verificar que os poços de visita fiscalizados encontravam-se

desobstruídos e funcionando adequadamente.

Foi solicitado o registro dos extravasamentos ocorridos na rede coletora da cidade e os prazos

em que estes estão sendo corrigidos. Verificou-se que as correções dos extravasamentos nos

meses solicitados (setembro, outubro, novembro e dezembro/2012, janeiro/2013 e

fevereiro/2013) gerou uma média de 1,23 dias para adequação (Tabela 01).

Tabela 01: Média de Consertos de extravasamentos

Meses

Número total de Extravasamentos

nos meses

Média de Extravasamentos

por dia no mês

Média de dias para o atendimento (Dias

corridos)

Setembro -2012 17 0,56 1,11 dias

Outubro - 2012 40 1,33 1,22 dias

Novembro - 2012 45 1,5 1,31 dias

Dezembro - 2012 45 1,5 1,15 dias

Janeiro - 2013 43 1,43 1,27 dias

Fevereiro - 2013 32 1,06 1,25 dias

Média Geral 37 1,23 1,22 dias Elaborado por: Witan Pereira Silva a partir do SICOM COPASA.

11.6. Controle da eficiência do tratamento do efluente

Após análise da documentação apresentada pelo Prestador de Serviços com relação à

eficiência e qualidade do efluente da ETE do Município de Conselheiro Lafaiete, constatou-se

que os resultados das análises referentes aos meses de outubro/12, novembro12,

dezembro/12 e fevereiro de 2013, estão todas dentro dos padrões estabelecidos pelo

CONAMA n° 357/2005 e DN COPAM n°01/2008.

Entretanto, foi constatado que a amostra do dia 30 de outubro não apresenta os valores de

concentração do afluente, impossibilitando a análise de eficiência do tratamento (Anexo II).

Também foi observado que o Registro de Análises encaminhado pelo Prestador não apresenta

análise de DQO nos meses de outubro e dezembro de 2012 conforme exposto na Tabela 02.

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Tabela 02: Parâmetros mais relevantes – Outubro, Novembro, Dezembro de 2012 e Fevereiro de 2013.

Parâmetro

Concentração afluente do poluente (mg/l)

Concentração efluente do poluente (mg/l)

Eficiência de remoção (%)

Out/12 Nov/12 Dez/12 Fev/13 Out/12 Nov/12 Dez/12 Fev/13 Out/12 Nov/12 Dez/12 Fev/13

DBO PADA* 311,2 298,5 221,3 69,6 37,6 113,9 40,8 Falta Inf. Afluente

88% 62% 82%

DQO Não Inf.

768,2 Não Inf.

713,2 Não Inf.

121,5 Não Inf.

151 Sem

dados 84%

Sem dados

79%

*Não foi possível identificar o significado da sigla PADA. Fonte: Divisão de Pesquisa e controle de Qualidade de Água e Esgoto – COPASA.

12. FATOS LEVANTADOS – ATENDIMENTO AO PÚBLICO

12.1. Aspectos Gerais

A Agência apresenta identificação com nome do Prestador de Serviços, placa informando o

horário de atendimento aos usuários e localiza-se em rua de fácil acesso no centro da cidade

(Fotos 21, 22, 23 e 24).

Foto 21 Foto 22

Foto 23 Foto 24

Page 19: Fiscalização do Sistema de Esgotamento Sanitário …...Falta de trava de fechamento (Fotos 19 e 20). Foto 19 Foto 20 → Condição Operacional das Elevatórias As condições operacionais

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12.2. Prazos para execução dos serviços

A partir da amostra de ordens de serviço emita no SICOM, foi possível examinar os pedidos de

vistoria e ligação de esgoto, solicitados pelos usuários, nos meses de setembro/12, outubro/12,

novembro/12, dezembro/12, janeiro/13 e fevereiro/13. Constatou-se a ocorrência de pedidos

atendidos fora dos prazos estabelecidos pela Resolução n° 003/2010 da ARSAE-MG (Tabela 03

e Anexo III).

Tabela 03: Amostra de Ordens de Serviço – Setembro a Dezembro de 2012 e Janeiro a Fevereiro de 2013

Tipo de Serviço

Número total de pedidos Número de

pedidos atendidos fora

do prazo.

Percentual de pedidos fora

do prazo Set/12 Out/12 Nov/12 Dez/12 Jan/13 Fev/13

Vistoria para Ligação de Esgoto

66 93 64 50 78 66 0 0%

Ligação de Esgoto 42 58 41 39 54 41 9 3,27%

12.3. Disponibilidade de Documentos

No tocante à disponibilização de informações, verificou-se o cumprimento da Resolução

Normativa ARSAE nº 003/2010, estando à disposição dos usuários a Resolução, a Tabela de

serviços cobráveis, e o livro para registro de manifestações. (Fotos 25 e 26).

Foto 25 Foto 26

Page 20: Fiscalização do Sistema de Esgotamento Sanitário …...Falta de trava de fechamento (Fotos 19 e 20). Foto 19 Foto 20 → Condição Operacional das Elevatórias As condições operacionais

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13. CONTRATO DE CONCESSÃO

O Contrato de Concessão do sistema de abastecimento de água e de esgotamento sanitário da

sede do município de Conselheiro Lafaiete foi assinado em julho de 1979, com prazo de 30

anos, a contar da data de assinatura.

Em 2009, a Prefeitura do Município se manifestou no dia 21 de julho através do Decreto

Municipal nº 044 e prorrogou o Contrato de Concessão através do 2º TERMO ADIDITIVO AO

CONTRATO DE CONCESSÃO PARA EXPLORAÇÃO E EXECUÇÃO DE SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE

ÁGUA E DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO por 180 dias.

Em 2010, a Prefeitura do Município prorrogou novamente, no dia 23 de janeiro, o Contrato de

Concessão através do 3º TERMO ADIDITIVO AO CONTRATO DE CONCESSÃO PARA EXPLORAÇÃO E

EXECUÇÃO DE SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO por mais

180 dias, validando-o até julho de 2010.

Entretanto, a partir de julho de 2010 não há registro de prorrogação do prazo, estando o

Prestador de Serviços operando os sistemas de abastecimento de água e de esgotamento

sanitário informalmente há aproximadamente 3 anos devido a não renovação do Contrato.

Nesse contexto, durante a fiscalização, constatou-se que a prefeitura encontra-se em

negociação com o Prestador de Serviços para a assinatura do Contrato de Programa.

14. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O sistema de Esgotamento Sanitário da sede do município de Conselheiro Lafaiete encontra-se

em bom estado de conservação.

Constatou-se que a reclamação da população adjacente à área da ETE sobre o intenso odor

produzido é procedente. O Prestador de Serviços desenvolveu medidas mitigadoras, porém, as

mesmas não são suficientes para a solução definitiva do problema.

Durante a fiscalização foram inspecionados poços de visita dos Interceptores Bananeiras e

Ventura Luís e de um afluente do mesmo. Os poços de visitas se encontravam desobstruídos e

funcionando adequadamente, confirmando as informações fornecidas pelo Prestador de

Serviços de que os usuários que se encontram na bacia do Córrego Bananeiras são

contemplados com elevatórias e linhas de recalque, além do tratamento de esgoto.

Interceptores:

- Rua Luís de Freitas, nº 211 A (Interc. Afluente do Ventura Luís);

- Final da Rua Josefina Martins (Interc. Ventura Luís);

- Rua Ana de Castro, nº63 (interligação rede/interceptor Bananeiras);

Page 21: Fiscalização do Sistema de Esgotamento Sanitário …...Falta de trava de fechamento (Fotos 19 e 20). Foto 19 Foto 20 → Condição Operacional das Elevatórias As condições operacionais

21

- Rua Quintino Bocaiuva em frente ao 3º Pelotão do Bombeiro Militar (Interc. Bananeiras);

- Av. Monsenhor Moreira em frente ao Batalhão Polícia Militar (Interc. Bananeiras);

- Ponte da Rua do Barreto (Interc. Bananeiras).

Assim, ressalta-se nesse contexto a necessidade de se realizar as obras complementares do

sistema de esgotamento sanitário a fim de contemplar todos os usuários da sede do Município

com esgoto coletado e tratado.

Ressalta-se também, que durante a análise da qualidade do efluente foram encontrados

campos sem preenchimento, ou seja, falta de informações de DQO do esgoto coletado e

tratado, que impediram a análise adequada do atendimento à legislação específica vigente.

15. CONSTATAÇÕES E NÃO-CONFORMIDADES

CONSTATAÇÃO – C1

Estação de Tratamento de Esgoto

Calha de recolhimento submersa em um dos decantadores.

Queimador de gás sem atividade.

Interceptor Bananeiras

Pequeno vazamento no Interceptor Bananeiras na Avenida Monsenhor Moreira

Elevatórias de Esgoto

Falta de manutenção do cesto componente da EEE - Amaro Ribeiro.

Falta de tampa adequada e trava de fechamento na EEE - Amaro Ribeiro.

Quadro de força vulnerável sem proteção adequada na EEE - Amaro Ribeiro.

Falta de trava de fechamento na EEE – Morada do Sol.

NÃO CONFORMIDADE

NC1 - A COPASA não esta cumprindo com o artigo 14 da Resolução 003/2010. Transcrito a

seguir:

“Art. 14º. O prestador de serviços executará, de forma constante, a conservação e a manutenção dos sistemas públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, mantendo-os em bom estado de operação e de segurança operacional, e cuidará, especialmente, da integridade dos bens e instalações afetos à concessão, obedecendo, para tanto, as recomendações emitidas pela fiscalização da ARSAE-MG. § 1º Na execução das ações previstas no caput, o prestador de serviços deverá evitar, primordialmente, os vazamentos, com a finalidade de prevenir a ocorrência de contaminação do meio ambiente e de perdas no sistema público de abastecimento de água. § 2º O prestador de serviços adotará medidas de prevenção de acidentes, bem como atuará no sentido de evitar a entrada de pessoas em áreas de risco existentes nos sistemas, inclusive por meio de adequada disposição de sinalização e de avisos de advertência”.

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CONSTATAÇÃO - C2

Prazos para execução dos serviços

Pedidos de ligação de esgoto atendidos fora do prazo.

NÃO CONFORMIDADE

NC2 - A COPASA não está cumprindo o artigo 68 da Resolução nº 003/2010 da ARSAE-MG,

transcrito a seguir:

“Art. 68. As ligações serão precedidas de vistoria realizada pelo prestador de serviços, e os pedidos, com exceção dos contemplados nos arts. 66 e 67, serão atendidos dentro dos seguintes prazos: I - em área urbana: a) 3 (três) dias úteis para a realização de vistoria ; e b) 7 (sete) dias úteis para a ligação, contados a partir da data de aprovação das instalações ou da liberação para realização das obras pelo poder executivo municipal, quando necessária;(...)”

16. RECOMENDAÇÕES

1)Tomar providência quanto às constatações mencionadas nesse relatório a fim de atender a

resolução Normativa ARSAE-MG n°003/2010.

2) Cumprir o disposto na Resolução CONAMA n° 357/2005 e DN COPAM n°01/2008.

17. EQUIPE TÉCNICA

Taiana Coelho Netto – Geógrafa/ Especialista em Recursos Hídricos - Masp:1205699-0

18. AGENTE DE FISCALIZAÇÃO

Taiana Coelho Netto

Belo Horizonte, junho de 2013.

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ANEXO I

CROQUI ESQUEMÁTICO – SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

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ANEXO II

CONTROLE DAS CONDIÇÕES E EFICIÊNCIA DO EFLUENTE TRATADO NA ETE

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ANEXO III

ORDENS DE SERVIÇO – SICOM COPASA

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