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Fisiologia Tubular Fisiologia Tubular Profa Ana Cristina Simões e Silva Abril / 2008 Abril / 2008 Universidade Federal de Minas Gerais Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Medicina Faculdade de Medicina Departamento de Pediatria Departamento de Pediatria

Fisiologia Tubular

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Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Medicina Departamento de Pediatria. Fisiologia Tubular. Profa Ana Cristina Simões e Silva. Abril / 2008. Controle renal do equilíbrio ácido-básico. O controle renal do equilíbrio ácido-básico pode ser basicamente dividido em 2 processos: - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Fisiologia Tubular

Fisiologia TubularFisiologia TubularFisiologia TubularFisiologia Tubular

Profa Ana Cristina Simões e SilvaProfa Ana Cristina Simões e Silva Abril / 2008Abril / 2008

Universidade Federal de Minas GeraisUniversidade Federal de Minas GeraisFaculdade de MedicinaFaculdade de Medicina

Departamento de PediatriaDepartamento de Pediatria

Page 2: Fisiologia Tubular

Controle renal do equilíbrio ácido-básico

O controle renal do equilíbrio ácido-básico pode ser basicamente dividido em 2 processos:

(1) reabsorção do HCO3- filtrado, que

ocorre fundamentalmente no túbulo contorcido proximal e

(2) excreção de ácidos através da titulação com tampões urinários e da excreção do íon amônio, processos que ocorrem primariamente no néfron distal.

Page 3: Fisiologia Tubular

Estrutura do Túbulo ProximalEstrutura do Túbulo Proximal

• Epitélio de células cuboidais com uma borda em escova e numerosas microvilosidades que se projetam no lúmen tubular.

• As microvilosidades expandem a superfície da membrana luminal, adaptando-a à reabsorção.

• Junções íntimas ou estreitas enter as células adjacentes permitem passagem de água, mas limitam o escape der moléculas maiores do lúmen tubular para o espaço intersticial.

Page 4: Fisiologia Tubular

•A membrana basolateral apresenta pregueamentos e contém numerosas proteínas integrais envolvidas no transporte passivo e/ou ativo de substâncias entre os espaços intracelular e intersticial.

•Numerosas mitocondrias fornecem o ATP necessário para o transporte ativo.

•O aspecto chave dessas células é sua alta permeabilidade a água e a inúmeros solutos.

Estrutura do Túbulo ProximalEstrutura do Túbulo Proximal

Page 5: Fisiologia Tubular

mitocondria

Tight junction

Borda em escova

Microvilosidade

Borda Luminal

BordaBasolateral

interstício

Estrutura do Túbulo ProximalEstrutura do Túbulo Proximal

Page 6: Fisiologia Tubular

Os mecanismos de transporte no

túbulo proximal podem ser divididos

em duas fases. A princípio são

reabsorvidos nutrientes essenciais

como solutos orgânicos neutros

(aminoácidos, glicose) e bicarbonato

de sódio (NaHCO3). No TP final há

maior reabsorção de NaCl e água por

mecanismo osmótico devido ao

aumento da concentração do fluido

tubular.

Túbulo ProximalTúbulo Proximal

Page 7: Fisiologia Tubular

Túbulo ProximalTúbulo Proximal

Page 8: Fisiologia Tubular

Reabsorção de BicarbonatoReabsorção de Bicarbonato

A reabsorção tubular proximal

corresponde a aproximadamente 80 a

90% do HCO3- filtrado.

Aproximadamente 20% do HCO3-

filtrado é reabsorvido por difusão

passiva através da via paracelular.

Page 9: Fisiologia Tubular

Reabsorção de BicarbonatoReabsorção de Bicarbonato

O principal processo é a secreção de

H+ na mebrana luminal por meio de

um trocador Na-H (NHE-3) associado

ao transporte de HCO3- na membrana

basolateral através de um co-

transportador Na-HCO3- (NBC-1).

Page 10: Fisiologia Tubular

Reabsorção de BicarbonatoReabsorção de Bicarbonato

Page 11: Fisiologia Tubular

Reabsorção de BicarbonatoReabsorção de Bicarbonato

No interior da célula tubular, forma-se o

ácido carbônico (H2CO3) pela hidratação

do CO2, catalizada pela anidrase

carbônica citoplasmática (AC II).

H2CO3 dissocia-se em H+ e HCO3- .

H+ é secretado em troca pelo Na+ e HCO3-

é reabsorvido através da membrana

basolateral por co-transporte passivo

1Na+-3HCO3-.

Page 12: Fisiologia Tubular

Reabsorção de BicarbonatoReabsorção de Bicarbonato

Page 13: Fisiologia Tubular

H+ secretado reage com HCO3- filtrado

para formar o H2CO3 luminal, que é

dissociado em CO2 e H2O pela ação da

anidrase carbônica ligada à membrana

(AC IV).

CO2 luminal entra livremente no interior

da célula para completar o ciclo de

reabsorção.

Reabsorção de BicarbonatoReabsorção de Bicarbonato

Page 14: Fisiologia Tubular

Reabsorção de BicarbonatoReabsorção de Bicarbonato

Page 15: Fisiologia Tubular

A reabsorção proximal de HCO3- é

influenciada pela concentração luminal

de HCO3-, volume extracelular,

concentração peritubular de HCO3- ,

PCO2, Cl-, K+, Ca2+, fosfato, PTH,

glicocorticoides, tonus alfa-adrenérgico,

e angiotensina II.

Reabsorção de BicarbonatoReabsorção de Bicarbonato

Page 16: Fisiologia Tubular

O néfron distal, porção tubular renal que

tem início no final da porção espessa

ascendente da Alça de Henle, pode ser

dividido em quatro segmentos

anatômicos.

        Túbulo Contorcido Distal

        Túbulo Conector

        Túbulo Coletor Cortical

        Túbulo Coletor Medular

Néfron distalNéfron distal

Page 17: Fisiologia Tubular

No néfron distal, são definidas as

características finais da urina através

dos mecanismos de concentração e

acidificação urinárias, secreção de K+ e

conservação do Na+. Em condições

fisiológicas são reabsorvidos

aproximadamente 5 a 10% do Na+ e Cl−

filtrados. Esta porção do néfron também

desempenha importante papel na

homeostase do Ca2+ e do Mg2+.

Néfron distalNéfron distal

Page 18: Fisiologia Tubular

A acidificação urinária ocorre no néfron

distal por meio de 3 processos

relacionados:

(1) reabsorção de pequena fração do HCO3-

filtrado que que escapou à reabsorção

proximal (10 a 20%);

(2) titulação pelo fosfato básico bivalente

(HPO4-2), que é convertido em fosfato ácido

monovalente (H2PO4-) ou acidez titulável;

(3) acúmulo de amonia (NH3) intraluminal,

que tampona o H+ formando o íon amônio

não difusível (NH4+).

Acidificação urinária distalAcidificação urinária distal

Page 19: Fisiologia Tubular

Acidificação urinária distalAcidificação urinária distal

1

2 3

Page 20: Fisiologia Tubular

Alça de HenleAlça de Henle

A porção espessa ascendente da alça de

Henle reabsorve cerca de 15% do HCO3-

filtrado por mecanismo similar ao do

túbulo proximal (trocador Na-H apical).

A alça de Henle também participa do

transporte de NH3. A absorção de NH4+ na

membrane apical ocorre pela substituição

por K+ no sistema de co-transporte Na-K-

2Cl e no sistema de troca K-H.

Page 21: Fisiologia Tubular

Alça de HenleAlça de Henle

KK++

HH++

NH4+ -

NH4+ -

Page 22: Fisiologia Tubular

A porção espessa ascendente da alça de Henle

tem reduzida permeabilidade à NH3, limitando

sua difusão.

O mecanismo de contracorrente gera um

gradiente de concentração medular de NH4+ por

meio de secreção deste íon no túbulo proximal e

na porção final descendente da alça de Henle. O

acúmulo de NH3 no interstício medular aumenta

a força para entrada dessa NH3 por difusão no

túbulo coletor. Esse processo é facilitado pela

alta acidez do fluido tubular neste nível.

Alça de HenleAlça de Henle

Page 23: Fisiologia Tubular

Túbulo distal e túbulos coletoresTúbulo distal e túbulos coletores

A acidificação urinária distal ocorre

principalmente nos túbulos coletores.

Existem 2 tipos de células nos túbulos coletores:

células intercaladas e células principais.

As células intercaladas participam da secreção

de H+ e da secreção de HCO3-, enquanto as

células principais são responsáveis pela

reabsorção de Na+ e secreção de K+.

Existem também 2 subtipos de células

intercaladas, que diferem em estrutura e função:

células intercaladas tipo α e as células

intercaladas do tipo β

Page 24: Fisiologia Tubular

Túbulo distal e túbulos coletoresTúbulo distal e túbulos coletores

Células intercaladas – As células do tipo alfa

expressam o trocador Cl−/HCO3− (AE-1) em sua

membrana basolateral e a H+ATPase na

membrana apical. Através da ação da H+ATPase

ocorre secreção de íons H+ para o lúmen tubular

e reabsorção de HCO3− para o interstício. Em

contraste, as células tipo beta expressam

H+ATPase na membrana basolateral e o trocador

Cl−/HCO3− no pólo apical, resultando em secreção

de HCO3− para a luz tubular.

Page 25: Fisiologia Tubular

Célula Célula -Intercalada-Intercalada

Page 26: Fisiologia Tubular

Os desequilíbrios ácido-básicos regulam a

secreção de H+ no ND. Assim, ocorre aumento do

número de trocadores Cl−/HCO3− nas células

intercaladas do tipo α em presença de acidose

metabólica e diminuição na alcalose. Na acidose,

há redistribuição das H+ATPases para a

membrana apical, associada a um aumento de

atividade das células α e concomitante

diminuição da atividade das células β. Ao

contrário, durante a alcalose, ocorre

deslocamento das H+ATPases para a membrana

basolateral e aumento da atividade das células

β.

Túbulo distal e túbulos coletoresTúbulo distal e túbulos coletores

Page 27: Fisiologia Tubular

Túbulo distal e túbulos coletoresTúbulo distal e túbulos coletores

Células intercaladas – Em presença de acidose

metabólica, as células intercaladas do tipo alfa

secretam H+ na urina e, em presença de alcalose

metabólica, as células intercaladas do tipo beta

secretam HCO3- na urina.

Células principais – São células especializadas

em responder a hormônios que regulam sua

permeabilidade à água e a solutos,

especificamente Na+ e K+.

Page 28: Fisiologia Tubular

Célula PrincipalCélula Principal

Page 29: Fisiologia Tubular

A secreção luminal de H+ nas células

alfa-intercaladas ocorre

principalmente pela H-ATPase

vacuolar e é altamente influenciada

pela eletronegatividade luminal. Essa

eletronegatividade é causada pelo

transporte ativo de Na+ que ocorre

nas células principais.

Acidificação urinária distalAcidificação urinária distal

Page 30: Fisiologia Tubular

Secreção de hidrogênio e acidificação urinária

_ +

Page 31: Fisiologia Tubular

Uma segunda ATPase, a H-K-ATPase, também

está envolvida na secreção de H+, mas seu

papel fisiológico é mais relevante para a

homeostase do potássio do que o equilíbrio

ácido-básico.

O HCO3- formado dentro da célula é

reabsorvido através de uma troca eletroneutra

com o Cl que se dá pela ação do trocador Cl-

HCO3 ou AE1 ou proteína banda 3.

Acidificação urinária distalAcidificação urinária distal

Page 32: Fisiologia Tubular

Secreção de hidrogênio e acidificação urinária

_ +

Page 33: Fisiologia Tubular

O H+ secretado é tamponado pela reação com

o fosfato básico bivalente formando fosfato

ácido monovalente (acidez titulável) e pela

reação com a NH3 produzindo o NH4+ que é

pouco permeável (acidez não titulável).

Todos os segmentos do túbulo coletor são

ricos em AC II, mas a AC IV também está

presente nos segmentos externos e internos

do túbulo coletor medular. A AC IV luminal

parece exercer papel importante na

reabsorção de HCO3- neste segmento.

Acidificação urinária distalAcidificação urinária distal

Page 34: Fisiologia Tubular

Secreção de hidrogênio e acidificação urinária

_ +

Page 35: Fisiologia Tubular

Túbulo distal e túbulos coletoresTúbulo distal e túbulos coletores

A acidificação urinária distal é

influenciada pelo pH sangüíneo e

PCO2, transporte distal de Na+,

diferença de potencial

transepitelial, aldosterona, e K+.

Page 36: Fisiologia Tubular

Efeitos da aldosterona sobre a acidificação

distal:

Aumento do transporte de sódio nos túbulos

distais e coletores com conseqüente

aumento da negatividade intraluminal,

favorecendo a secreção de H+ e K+. Essa

ação ocorre inicialmente por ativação de

canais de Na+ epiteliais (ENaC) pre-

existentes e de bombas (Na-K-ATPase) e

subseqüentemente é mediada pelo aumento

da capacidade total de transporte das

células tubulares renais.

Efeitos da AldosteronaEfeitos da Aldosterona

Page 37: Fisiologia Tubular

Efeitos da AldosteronaEfeitos da Aldosterona

_

Page 38: Fisiologia Tubular

Aumento da atividade da H-ATPase nos

túbulos coletores corticais e

medulares, independente dos níveis

plasmáticos de K+ levels.

A aldosterona também aumenta a

síntese de NH3 elevando

conseqüentemente a excreção de NH4+.

Efeitos da AldosteronaEfeitos da Aldosterona

Page 39: Fisiologia Tubular

Efeitos da AldosteronaEfeitos da Aldosterona