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    EELEnsaios de Materiais Prof. Carlos Baptista

    4 ENSAIO DE FLEXO

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    Ensaio de Flexo:

    Bastante aplicado em materiais frgeis ou de alta dureza

    - Exemplos: cermicas estruturais, aos-ferramenta

    - Dificuldade de realizar outros ensaios, como o de trao

    Determinam-se propriedades de resistncia do material:

    - Mdulo de Ruptura

    - Mdulo de Young

    Uma variante do ensaio aplicada a materiais dcteis:

    - Ensaio de dobramento

    - Qualitativo

    - Tambm empregado em soldas

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    Ensaios de Flexo:

    Algumas Normas da ASTM:

    - Metais: E 812, E 855

    - Concreto: C 78, C 293

    - Cermicas: C 158, C 674

    - Fibras e Compsitos: C 393

    - Plsticos e Material para Isolamento Eltrico: D 790

    Methods applicable to rigid and semirigid materials. Flexural strength

    cannot be determined for those materials that do not break

    Modalidades mais comuns:

    - Flexo a 3 pontos

    - Flexo a 4 pontos

    Mtodo:

    - Aplica-secarga P crescente

    numa barra padronizada

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    Determinao da Resistncia Flexo:

    A ruptura se d por trao, iniciando nas fibras inferiores

    Tenso normal em uma viga, regime elstico (Mecnica dos Slidos):

    zIMy= onde: M = momento fletor

    y = distncia at a linha neutra

    Iz = momento de inrcia em relao linha neutra

    (seo retangular de largura b e altura h)

    12

    bhI

    3

    z =

    Desenvolvendo para M mximo:(carga P no instante da ruptura)

    2R

    bh2

    PL3=

    2R bh

    Pa3=

    - 3 pontos

    - 4 pontos

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    Determinao do Mdulo de Young:

    Mede-se a deflexo v do corpo-de-prova durante a aplicao da carga

    Carregamento transversal no regime elstico: eixo longitudinal dabarra se torna uma curva, denominada Linha Elstica

    Equao diferencial da Elstica:

    z2

    2

    EIM

    dxvd =

    Resolvendo por dupla integrao e calculando

    v(x) para x = (l/2):

    z

    3

    EI48

    pl

    2

    lv =

    ( )22z

    a4l3EI48

    Pa

    2

    lv =

    - Flexo a 3 pontos

    - Flexo a 4 pontos

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    Determinao do Mdulo de Young:

    Recomendaes: considerar no clculo

    - Pr-carga de 20% da fora P de ruptura

    - Cargas e deflexes at 50% de P de ruptura

    - Mnimo 5 pontos experimentais

    = v

    Pbh4lE

    3

    3

    ( )

    =

    v

    Pa4l3

    bh4

    aE

    22

    3

    Flexo a 3 Pontos:

    Flexo a 4 Pontos:

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    Erros experimentais no ensaio de flexo:

    Causas da disperso de medidas experimentais

    - grandeza avaliada varia de amostra para amostra

    - sistema de medio (transdutores, condicionadores e

    conversor de sinal, alm do operador) introduz erros

    - causas adicionais de erros: variaes de geometria

    dos corpos-de-prova e aspectos construtivos do dispositivo

    de ensaio

    Requisitos para que o ensaio seja confivel

    - populao de defeitos do corpo-de-prova seja representativa domaterial usado no componente real

    - fundamentar o ensaio em amostragem estatstica (15-30 peas)

    Origem dos erros experimentais no ensaio de flexo

    - fontes internas: erros que ocorrem por no serem compatveiscom a teoria elstica de uma viga, assumida a priori

    - fontes externas: erros que surgem na aplicao da carga

    durante o ensaio

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    Erros experimentais no ensaio de flexo:

    Suposies bsicas assumidas (fontes internas de erros)

    - planos perpendiculares devem permanecer planos

    - mdulo de elasticidade em trao igual em compresso

    - deflexo pequena comparada espessura

    Fontes externas de erros

    - tenses de contato: roletes ou cutelos no devem ser to

    pequenos a ponto de causar indentao nem to grandes de

    modo que o carregamento no possa ser considerado pontual.

    - tenses de toro: devido a falta de paralelismo das faces do

    corpo-de-prova. Soluo: adotar roletes mveis.

    - curvatura do corpo-de-prova: em excesso, pode causar por

    exemplo o contato com apenas um aplicador de carga no ensaio

    a 4 pontos.

    - tenses cisalhantes de atrito: causam alteraes no momentofletor e deslocamento da linha neutra. Soluo: adotar roletes

    giratrios.

    Cermicas estruturais: corpos-de-prova devem ser retif icados,chanfrados (sem cantos vivos) e ter a superfcie inferior pol ida

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    Erros nos ensaios de flexo:

    Campos de tenses em vigas prismticas

    Dispositivos otimizados para minimizao de erros experimentais

    O ensaio de flexo a 4 pontos, por minimizar o efeito das tenses de contato e expor maior

    regio ao momento f letor mximo, deve ser preferido em relao ao ensaio a 3 pontos

    Ensaio a 3 pontos:

    Ensaio a 4 pontos:

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    Anlise Estatstica dos Resultados:

    Os dados obtidos em ensaios repetidos constituem um conjunto de

    medidas; no um valor exato.

    O primeiro passo no tratamento estatstico estabelecer uma funo

    de distribuio de probabilidades que expresse adequadamente a

    disperso dos resultados experimentais.

    Propriedades da Funo Densidade de Probabilidade (f.d.p.):

    ( ) x0xf ( ) 1dxxf =

    ( ) ( )=

    adxxfaxP

    Distribuio Normal: Forma de sino (simtrica). Definida por 2 parmetros.

    Um dos problemas relacionados ao emprego da distr ibuio normal na

    avaliao de propriedades mecnicas a existncia de uma probabilidade no

    nula para uma resistncia negativa.

    Distribuio de Weibull : Em anlise de falhas, resistncia fratura frgil e

    comportamento em fadiga, observa-se que a distribuio de Weibull muitas vezes

    fornece uma anlise mais adequada dos dados disponveis. Pode ser definida

    por 2 ou por 3 parmetros.

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    Distribuio de Weibul l:

    A f.d.p. definida como:

    ( ) ( )

    = m

    0m

    1m0

    b

    xx

    b

    xxmxf exp

    onde os parmetros podem ser interpretados como:

    - x0 = resistncia mnima para qualquer membro da populao

    - b = resistncia caracterstica (fator de escala)

    - m = inclinao da curva de probabilidade acumulada (fator de forma)

    Probabilidade acumulada P(x) a probabilidade de uma amostra falharcom tenso R x

    ( ) 0

    0

    m0

    xx

    xx0

    b

    xx1

    xP >

    = ,,

    exp

    Forma da f.d.p. para diferentes valores de m

    ( Curvas em forma de S )

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    Determinao dos parmetros de Weibull :

    Pode-se trabalhar com a distribuio de 2 parmetros, bastandoadotar x0 = 0

    Fazemos:

    ( )

    m

    b

    x

    xP1

    1

    = exp ( ) bmxmxP1

    1lnlnlnln =

    As curvas de distribuio de Weibull (probabilidade acumulada) tm

    forma de S ; a distoro da curva controlada pelo parmetro m

    (tambm chamado Mdulo de Weibull). Quanto maior o valor dem, mais homognea a amostra.

    Tendo um conjunto de n resultados (ou seja, n ensaios), devemos

    empregar um estimador no-tendencioso para a probabilidade

    acumulada P correspondente ao valor da tenso de ruptura de cada

    corpo-de-prova ensaiado:

    ( )n

    50ixP

    ,= onde i o nmero de ordem do corpo-de-prova

    (i = 1, 2, 3 ...)

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    Roteiro para a determinao dos parmetros de Weibull:

    Admitindo que a resistncia flexo do material segue a distribuio

    de Weibull , faz-se ento um ajuste dos dados experimentais

    distribuio, de modo a determinar os parmetros b e m

    Roteiro:

    - Ranquear os resultados dos ensaios (menor

    maior)- Para cada ensaio i com mdulo de ruptura x i calcular

    P(xi) e ln{ln[1/(1-P(xi))]}

    - Obter a reta de melhor ajuste, de onde determina-se o

    mdulo de Weibull m (coeficiente angular A) e o fator de escala

    b (calculado a partir do intercepto B como: b = exp-(B/m)

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