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Quarta-feira C M Y K R$ 1,00 jornaldehoje.com.br Ano XVI NATAL-RN, 20 DE FEVEREIRO DE 2013 Nº 4.568 TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO SIGA-NOS NO TWITTER: ACESSE O SITE: 20 @jornaldehoje www.jornaldehoje.com.br E-MAIL REDAÇÃO: [email protected] Dólar comercial R$ 1,96 Dólar turismo R$ 2,03 Dólar/Real R$ 1,96 Euro x real R$ 2,61 Poupança 0,50%/0,41% Taxa Selic 7,25% INDICADORES: ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE OPINIÃO - Página 2 New Holland, marca mun- dial de máquinas pesadas da Fiat Industrial, chega ao RN. Marcos A. de Sá Página 7 Juarez Chagas Paulo Lopo Saraiva João da Mata Costa Elísio Augusto de M. e Silva Lúcia A. de Medeiros Chacon Helson Braga e Guilherme Froner O segredo de Fátima é que ela sonha integrar uma chapa com Garibaldi Filho. Alex Medeiros Página 11 Duas pequenas histórias de colecionador com a melan- colia do mesmo e triste fim. Vicente Serejo Página 13 Políticos reagem à mensagem de Carlos Eduardo e cobram ações MINEIRO, LUIZ ALMIR, HERMANO E ROBÉRIO ACHAM QUE PREFEITO DEVE PARAR DE OLHAR O RETROVISORE COMEÇAR A CUMPRIR COMPROMISSOS ASSUMIDOS > “MICARLA É PÁGINA VIRADA” POLÍTICA 3 > AINDA SEM CASA DEFINIDA... ESPORTE 15 América fará o jogo de estreia no Campeonato Estadual no Nazarenão Wellington Rocha Padang garante união dos dirigentes e promete dias melhores para os torcedores Prefeitura reduz desapropriações para agilizar obras de mobilidade > NATAL SE PREPARA PARA A COPA José Aldenir Projetos estão sendo readequados para que o número de desapropriações seja o menor possível, principalmente no entorno do futuro Complexo Viário da Urbana CIDADE 8 > LISTA TRIPLICE DO QUINTO POLÍTICA 5 Desembargadores não cumprem regimento do TJ ao optar por voto secreto Wellington Rocha Populares continuam jogando lixo nas ruas, dificultando o escoamento da água > PAGAMENTO ATRASADO CIDADE 6 Anestesiologistas do RN ameaçam suspender os atendimentos ao SUS > ATENÇÃO DER E DNIT CIDADE 9 Pedestres reclamam da falta de manutenção e segurança nas passarelas > CHUVA EM MÃE LUIZA CIDADE 8 Construção de muro de contenção e alerta para os moradores do morro > CRIME EM NOVA DESCOBERTA CIDADE 10 Mulher confessa que matou filho de 8 meses após consumir drogas Crown seria capaz de repre- ender Marin por exagero e falta de imaginação. Rubens Lemos F. Página 16 Imagem do Tribunal de Jus- tiça do RN para o Conselho Na- cional de Justiça não está boa. Túlio Lemos Página 3

FLIP 20.02.2013

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Cidade, economia, cultura e esporte

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Quarta-feira

C M Y K

R$ 1,00 w jornaldehoje.com.brAno XVI w NATAL-RN, 20 DE FEVEREIRO DE 2013 w Nº 4.568

TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO

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Dólar comercial R$ 1,96Dólar turismo R$ 2,03Dólar/Real R$ 1,96

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INDICADORES:

ESCREVEM ARTIGOS DA EDIÇÃO DE HOJE

OPINIÃO - Página 2

w New Holland, marca mun-dial de máquinas pesadas daFiat Industrial, chega ao RN.

MarcosA. de Sá

Página 7

Juarez ChagasPaulo Lopo SaraivaJoão da Mata Costa

Elísio Augusto de M. e SilvaLúcia A. de Medeiros Chacon

Helson Braga e Guilherme Froner

w O segredo de Fátima é queela sonha integrar uma chapacom Garibaldi Filho.

AlexMedeiros

Página 11

w Duas pequenas histórias decolecionador com a melan-colia do mesmo e triste fim.

VicenteSerejo

Página 13

Políticos reagem à mensagem deCarlos Eduardo e cobram açõesMINEIRO, LUIZ ALMIR, HERMANO E ROBÉRIO ACHAM QUE PREFEITO DEVE PARAR

DE “OLHAR O RETROVISOR” E COMEÇAR A CUMPRIR COMPROMISSOS ASSUMIDOS

> “MICARLA É PÁGINA VIRADA”

POLÍTICA 3

> AINDA SEM CASA DEFINIDA...

ESPORTE 15

América fará o jogo deestreia no CampeonatoEstadual no Nazarenão

Wellington Rocha

Padang garante união dos dirigentes e promete dias melhores para os torcedores

Prefeitura reduz desapropriações para agilizar obras de mobilidade

> NATAL SE PREPARA PARA A COPAJosé Aldenir

Projetos estão sendo readequados para que o número de desapropriações seja o menor possível, principalmente no entorno do futuro Complexo Viário da Urbana

CIDADE 8

> LISTA TRIPLICE DO QUINTO

POLÍTICA 5

Desembargadores nãocumprem regimento do TJao optar por voto secreto

Wellington Rocha

Populares continuam jogando lixo nas ruas, dificultando o escoamento da água

> PAGAMENTO ATRASADO

CIDADE 6

Anestesiologistas do RNameaçam suspender osatendimentos ao SUS

> ATENÇÃO DER E DNIT

CIDADE 9

Pedestres reclamam dafalta de manutenção esegurança nas passarelas

> CHUVA EM MÃE LUIZA

CIDADE 8

Construção de muro decontenção e alerta paraos moradores do morro

> CRIME EM NOVA DESCOBERTA

CIDADE 10

Mulher confessa que matou filho de 8 meses após consumir drogas

w Crown seria capaz de repre-ender Marin por exagero efalta de imaginação.

RubensLemos F.

Página 16

w Imagem do Tribunal de Jus-tiça do RN para o Conselho Na-cional de Justiça não está boa.

TúlioLemos

Página 3

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Quarta-feira2 O Jornal de HOJE Natal, 20 de fevereiro de 2013 Opinião

O JORNAL DE HOJE recebe colabora-ção pelo correio (Rua Dr. José Gonçalves,687 - Lagoa Nova - Natal-RN, CEP 59056-570), por fax (0xx84 3221-5058) e por e-mail: [email protected]. Pede-se que os textos sejam concisos e conte-nham nome completo, endereço e telefo-ne.O JORNAL DE HOJE se reserva o direi-to de selecionar e publicar trechos.

Viva bem após os 60 anos!Artigo ELÍSIO AUGUSTO DE MEDEIROS E SILVA, empresário, escritor e membro da AEILIJ

([email protected])

Saudade de Pedro SimõesNo meu veraneio, na Praia de Búzios,

de volta a Natal, recebi, com pesar, a no-tícia do passamento do inesquecívelamigo Pedro Simões.

Conheci-o numa das eleições daOAB e, ao depois, na UFRN, quandojuntos participávamos, como docentes, doCurso de Direito da UFRN.

Aminha amizade com Pedro Simões,sempre alargou-se, pois cada vez quedele me lembrava descobria novas vir-tudes do seu caráter e da sua personali-dade íntegra.

Colaborei com ele, em alguns episó-dios.

Certa vez, referiu-se aos meus tem-pos de acadêmico de Direito, na Escolada Ribeira, quando, em pleno regime mi-litar, frequentava as aulas "fardado", semjamais ferir a honorabilidade da convi-vência com os meus colegas de turma.

Aos depois, o saudoso Pedro Simõesrelata a minha presença no histórico júripopular do Assu, em que, depois de con-seguir a absolvição de quatro acusados, 2mulheres e 2 homens, fui ameaçado pelamultidão que me cercava.

Lembra ele, neste episódio, a mani-festação do Brigadeiro Eduardo Gomes,em caso idêntico:

"Forçado a descer do carro para com-pletar o trajeto até a residência, teria,então, dito ao motorista: "Vamos andarnuma marcha moderada, não tão lentaque pareça provocação, nem tão rápidaque pareça medo". E assim, foi abrindoclareira na multidão furiosa."

Pedro era o esteta da palavra escri-

ta e falada. Convencia por princípios enão por normas. Fazia do verbo a suaprincipal estratégia de argumentação.

Relembro-o como Pró-Reitor daUFRN, pela sua criatividade e pela suacompetência.

Na política da OAB/RN, foi um lu-zeiro, pois sua assessoria inteligente con-duzia os candidatos à vitória.

Pedro foi um exemplo de amigo eMestre. Soube aliar, com brilho, a suacondição humana ao seu valor intelec-tual.

Fará muita falta à nossa convivênciae ao nosso cotidiano.

Foi o criador da Academia de Letrasde Ceará-Mirim, sua última e valiosacontribuição cultural.

Pedro viverá sempre, pois como disseGuimarães Rosa "Não morrem os mor-tos, que, nos vivos, vivem."

Pedro Simões foi um literato e umconcretista. Escreveu a verdade dos seusamigos e enalteceu as belezas de seuCeará-Mirim.

Pedro Simões foi a "patativa" doVale, o cantor do verde belíssimo daque-le encantador recanto potiguar.

Agora a jandaia não cantará maisseu nome, como no romance "Iracema",de José de Alencar.

Morre o vate do verde Vale, comomorreu a "Virgem dos lábios de Mel", dos"verdes mares bravios!"

Pedro Simões escreveu a nossa vida,as nossas lutas e vitórias.

Obrigado, amigo.Deus o tenha no céu.

Amancio [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com Artigo

Da LivrariaCosmopolitaao SeboCosmopolita- Um séculode históriae livros

JOÃO DA MATA COSTA, Prof. Depto deFísica - UFRN ([email protected])

"Que inveja que tenho ao cronis-ta que houver de saudar (.) o sol doséculo XX. Que belas cousas que háde dizer, erguendo-se na ponta dospés para crescer com o assunto, todoauroras e folhas verdes! (.) um sécu-lo que se respeitará, que amará os ho-mens, dando-lhes paz, antes de tudo.E a ciência, que é ofício dos pacífi-cos". Machado de Assis 1895.

A livraria Cosmopolita de Fortu-nato Rufino Aranha foi uma das livra-rias pioneiras em Natal e funcionouno então celebrado bairro da Ribeirana Rua Dr. Barata n. 172, do final doséculo XIX à primeira quadra do sé-culo XX. Nesse período que corres-ponde à nossa Belle Époque, Natal seabonitava com os palacetes arquite-tados por Herculano Ramos e o planodo arquiteto Grego / Italiano Palum-bo alinhava, ampliava e arborizavamas ruas do centro da cidade no cha-mado "Máster Plan". Natal recebiaseus primeiros automóveis. Do poetamodernista Jorge Fernandes é oPoema da Serra; "grita o carão porsobre o açude. / aeroplanicamentevoa o carcará."

Data de 1909 a famosa Conferên-cia Futurista proferida pelo escritor efotógrafo Manoel Dantas marca de-finitivamente nossa entrada no sécu-lo do progresso. O café Potiguarâniaveda a entrada daqueles que não con-vinham, escreve o cronista Amorimem "Natal do meu Tempo". O Natal-Clube era o único clube recreativo eno carnaval eram famosos seus bai-les. A cidade brincava com o corso deautomóveis na Avenida Tavares deLira, as batalhas de confetes e o chãocoberto de serpentinas e esportivo e,no ar, o cheiro de lança - perfume .

Causou sensação na pacata cida-de o roubo na firma comercial JuliusVon Sohsten, localizada na Rua doComércio - Ribeira. No dia 18 deJunho de 1913 o cofre dessa firmafoi arrombado e esvaziado. Joca doPará (João Fernandes de Almeida)era o delegado da cidade e em sua opi-nião aquele roubo não foi causadopor gente da terra. Na cidade eram co-nhecidos dois ladrões: O mulatão fortePedro Gato que além de furtar as re-sidências frequentava o quarto dasempregadas. E o negro Melado quese lambuzava de óleo para evitar seragarrado pela polícia. Foram presosEmilio Zetini e Henrique Bruneti,hospedados no hotel internacional.

A Livraria de Fortunato era umponto de encontro da intelectualida-de da época que prosavam ao ladode políticos, empresários e boêmios.No início do século XX, o grandevioloncelista Tomaz Babini morava naRua Nova, depois Avenida Rio Bran-co. Seu filho, Ítalo Babini, mora nosEUA ha mais de 50 anos. Por maisde 40 anos foi o primeiro violonceloda "Detroit Symphony Orchestra. Noano passado ele visitou a sua cidadeNatal e deu um concerto histórico naEscola de Música da UFRN na noitede 25 de maio de 2012.

Quando Fortunato faleceu em1947, a sua Livraria já não funciona-va no famoso prédio da Dr Barata. Nolocal Já existia desde 1939 a Livra-ria Lima de propriedade do não menosfamoso, João Nicodemos de Lima,fundada em 1939. Em 1954 a Livra-ria Lima transferiu-se para o No 172da Rua Dr. Barata. . Em 1964 vol-tou a mudar de endereço para o No224 da mesma rua.

A coleção editada pelo Sebo Ver-melho de Abimael Silva homenageiaesse importante livreiro de Natal. Devida efêmera (com duração de menosde um ano) foi o Sebo Cosmopolitaque funcionou ao lado da PotyLivrosda Cidade Alta na Rua Felipe Cama-rão, no final do século passado depropriedade dos amigos Vicente Se-rejo, Homero Costa e Pedro Vicente.O nome do Sebo era uma homenagemà Livraria Cosmopolita de FortunatoAranha.

A inclusão dos serviços: maisum passo na atualização doprograma brasileiro de ZPEs

Artigo HELSON BRAGA, Ph.D. em Economia, presidente da AssociaçãoBrasileira de Zonas de Processamento de Exportação (ABRAZPE).GUILHERME FRONER, advogado especializado em DireitoTributário pela PUC/SP, consultor jurídico da ABRAZPE.

Artigo PAULO LOPO SARAIVA, advogado e professor([email protected])

Encontra-se atualmente em discus-são no Congresso Nacional projeto de leique introduz vários aperfeiçoamentos naLei no 11.507/2007, que dispõe sobre oprograma brasileiro de Zonas de Proces-samento de Exportação (ZPEs). Uma dasmais importantes modificações contidas noprojeto é a possibilidade de empresas pres-tadoras de serviços também poderem sebeneficiar do regime das ZPEs.

O atual modelo brasileiro de ZPEs évoltado exclusivamente para a indústriamanufatureira, como eram as primeirasZPEs, criadas no começo dos anos 70 doséculo passado. Nas décadas seguintes,entretanto, embora a indústria continuas-se predominando, cresceu significativa-mente a presença de prestadores de ser-viços nas ZPEs, em todo o mundo.

Este crescimento da participação dosserviços foi um resultado direto do de-senvolvimento das novas tecnologias deinformação e comunicação (TIC), que per-mitiu a superação de uma restrição intrín-seca dos serviços que, por não serem "ar-mazenáveis", têm que ser produzidos quan-do e onde são consumidos. Diferentemen-te dos produtos, os serviços não podem serproduzidos em um país e serem consumi-dos em outro, ou seja, não podem (não po-diam) ser "exportados".

Hoje, qualquer informação, depoisde digitalizada, pode ser armazenada e,dessa forma, instantaneamente transmi-tida, a baixo custo, entre pessoas locali-zadas em qualquer parte do mundo. Amesma coisa ocorre com a comunicaçãode voz. As pessoas passaram a usar omeio eletrônico para adquirir serviçosque anteriormente requeriam o contato di-reto entre as partes. Na área empresarial,serviços tradicionalmente realizados in-ternamente puderam ser terceirizados (nopróprio país e no exterior), contribuindopara aumentar a competitividade e a es-cala de produção das empresas.

Como parte desse movimento, os ser-viços localizados nas ZPEs evoluíram ra-pidamente do simples suporte às ativida-des industriais (armazenagem e facilitaçãode comércio, essencialmente) para a ins-talação de vários tipos de prestadores deserviços, que requerem mão-de-obra alta-mente especializada. Passam de 90 os paí-ses que, hoje, adotam políticas de atraçãode fornecedores de serviços em suas ZPEs.

A experiência internacional mostra osfatores-chave para a atração de investi-dores externos em serviços (e em menorescala, também os nacionais) para asZPEs não são específicos deste mecanis-mo, mas aplicam-se ao conjunto da eco-nomia: a qualidade da infraestrutura deTIC, um pool de trabalhadores bem qua-lificados, um ambiente de negócios favo-rável e medidas de estímulo ao treinamen-to de mão-de-obra e de redução de cus-tos previdenciários. O sucesso, portanto,da atração de fornecedores de serviços(especialmente os estrangeiros) para asZPEs dependerá das condições criadaspelos incentivos existentes e pelos queserão introduzidos pelo mencionado pro-jeto de lei, bem como daqueles fatoresde competitividade sistêmica.

Naturalmente, a inclusão dos serviçosnas ZPEs brasileiras vai requerer algumasadaptações nas normas tributárias vigen-tes nas três esferas de governo. As relati-vas ao governo federal, que são as maisextensas, já estão sendo contempladas noprojeto de lei em tramitação no Congres-so Nacional. No plano estadual, deverão

ser introduzidos alguns ajustes relativa-mente ao ICMS e no nível municipal, asadaptações envolverão o ISS. Estas duasúltimas mudanças já foram estudadas eserão apresentadas e negociadas oportu-namente, com os governos envolvidos.

Da mesma forma, haverá necessida-de de se processarem ajustes nos mecanis-mos de controle aduaneiro a cargo da Re-ceita Federal, uma vez que as operaçõescom serviços constituem uma tarefa com-plexa e requerem um controle distinto dousualmente empregado nas transações en-volvendo produtos. A boa notícia é queaquele órgão já apresenta um histórico debem-sucedida administração de vários re-gimes suspensivos de tributos e contri-buições envolvendo prestação de servi-ços, tais como o REPES (para exportaçãode serviços de TI), o REIDI (para o de-senvolvimento da infraestrutura) , o RE-PENEC (para o desenvolvimento da in-fraestrutura da indústria petrolífera nasRegiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste),o RETAERO (para a indústria aeronáuti-ca) , o RECOPA (para a construção e re-forma de estádios de futebol) e o RECOF(para a exportação de manufaturados).

Dadas essa experiência e a reconhe-cida capacidade técnica dos quadros da Re-ceita Federal, espera-se que ela consigapromover as adaptações necessárias, demodo a assegurar a operacionalidade deum programa de fundamental importân-cia para o desenvolvimento do Brasil eque, de resto, já foi resolvida por quaseuma centena de outros países.

Com a inclusão dos serviços nasZPEs brasileiras, além de atualizarmos anossa legislação, colocando-a em condi-ções de competir com as existentes emoutros países, estaremos contribuindopara alcançar dois objetivos centrais dapolíticas econômica, que são a criação deempregos de maior qualificação (e salá-rios) e a ampliação da base de potenciaisusuários nacionais das ZPEs brasileiras.Levantamentos feitos pela UNCTADmostram que as empresas de serviçosque estão se instalando nas ZPEs (comofornecedores de serviços de diagnósti-cos médicos, arquitetura, engenharia efinanceiros, entre outros) utilizam sobre-tudo trabalhadores altamente qualificadose bem remunerados.

Para ilustrar a relevância de se alcan-çar o segundo objetivo (aumentar o núme-ro de empresas em condições de se insta-lar nas ZPEs), é suficiente considerar osresultados de dois levantamentos sobre asexportações brasileiras. O primeiro, feitopela Associação de Comércio Exterior doBrasil, em 2010, mostrou que somente500 empresas faturavam mais de 60%com suas vendas externas (que é o percen-tual proposto pelo nosso projeto de lei,em substituição aos 80% da legislaçãoatual); o segundo, realizado pelo BancoMundial, evidenciou que o número deempresas exportadoras no Brasil vem cain-do seguidamente desde 2007. Este últi-mo fato levou um jornal paulista a estam-par uma matéria com o (trágico) título"Brasil fica mais hostil para exportador".Está na hora de "cair a ficha" e de enca-rarmos com mais seriedade e realismo anecessidade de reforçarmos e consolidar-mos o programa das ZPEs, evitando dis-cussões bizantinas e mal-informadas.Como constatou a UNCTAD em outrorelatório, "todos os maiores 'vencedores'em competitividade exportadora estabele-ceram algum tipo de ZPE".

Presença da Cruz Vermelha em NatalArtigo JUAREZ CHAGAS, professor do Centro de Biociência da UFRN ([email protected])

Mesmo parecendo paradoxal, asguerras tinham que, na pior das hipóte-ses, deixar algo de bom, não como jus-tificativa de sua existência (porque naverdade a guerra do homem contra opróprio homem não tem sentido e nemrazão), mas pelo menos algo de bom,no meio de sua destruição e caos, teriaque existir. A Cruz Vermelha foi umadelas.

O Comitê Internacional da Cruz Ver-melha é uma organização humanitária, in-dependente e neutra, que proporcionaproteção e assistência às vítimas de guer-ra e de outras situações de violência, emtodo o mundo. Sua sede na Suíça, Gene-bra, está ligada diretamente ao DireitoInternacional Humanitário e foi fundadapor iniciativa de Jean Henri Dunant, em1863, naquela época com o nome de "Co-mitê Internacional para ajuda aos milita-res feridos", denominação esta transfor-mada, em 1876, para Comitê Internacio-nal da Cruz Vermelha.

Em consequência disso, a assistên-cia aos prisioneiros de guerra teve gran-de avanço, pautado nos direitos huma-nos e, tendo havido duas grandes con-venções com este propósito, uma em1864 (Convenção de Genebra com a par-ticipação de 55 países), com vistas ao am-paro aos feridos e outra em 1899 (Con-venção de Haia), a qual norteava propos-tas sobre guerras terrestre e marítima.

Hoje em dia, o lema e objetivos daCruz Vermelha vão além da proteção deprisioneiros militares, pois também seenvolve com questões relacionadas a de-tidos civis em situações de guerra e de

nações que desobedeçam aos Estatutosdos Direitos Humanos.

No Brasil, a Cruz Vermelha Brasi-leira foi fundada em 1908 e sua sede foino Rio de Janeiro, tornando-se reconhe-cida pelo Comitê Internacional da CruzVermelha quatro anos depois de sua fun-dação. Algumas metas foram estipuladasna época, tendo sido a primeira delas arespeito da criação de comitês de socor-ro, de âmbito nacional, pra ajudar o ser-viço de saúde dos exércitos. Já em tem-pos de paz, formaria enfermeiras volun-tárias, cuja importância foi incalculável.

Não tenho (pelo menos até o mo-mento) informações, registro ou fotosdo início da presença da Cruz Verme-lha em Natal, entretanto tenho alguns es-critos, recortes de jornais e manuscri-tos (dos diários do professor ProtásioMelo, que teve importante participaçãona Base de Parnamirim, como tradutoroficial entre os governos americanos ebrasileiros) de algumas de suas atua-ções beneficentes, por ocasião da 2ªGuerra Mundial.

Todo mundo já sabe da participa-ção de Natal (entenda-se do Brasil comoum todo, na aliança contra o Reich du-rante a Segunda Guerra Mundial) e aimportância que Natal (Parnamirim)teve neste fatídico episódio, como baseestratégica contra os alemães e seusaliados. Assim, além dos americanosterem povoado Natal, durante a 2ª Guer-ra Mundial, a Cruz Vermelha, veio juntotambém.

Encontrei nos meus arquivos, umrecorte de jornal, datado de 20 de se-

tembro de 1943, cuidadosamente cola-do (pelo próprio prof. Protásio) numapágina de um grande álbum com váriosregistros e notícias de destaque da época,cujo título é o seguinte: "As grandes fes-tas da Cruz Vermelha", com o subtítulode "Como decorreu o chá elegante deontem, no Aero Clube – o Garden Partyde hoje, na Lagoa Manoel Felipe".

Na verdade, a presença e participa-ção da CV em Natal, durante o perío-do de guerra, cuja sede teria sido na Av.Rio Branco, mais ou menos vizinho aocinema Rex, teve grande atuação a pontode ter apresentado um projeto para aconstrução de um grande hospital, pro-jeto este defendido também pela partesocial da entidade formada pela "Damasda Cruz Vermelha de Natal", constituí-da por influentes senhoras da socieda-de natalense que abraçavam e defen-diam a causa.

Mesmo depois da guerra, a sede daCruz Vermelha em Natal, permaneceu nacapital potiguar por, aproximadamenteuma década, o que pode ser comprova-do numa das atas de uma das reuniõesde fundação da SCBEU-Sociedade Cul-tural Brasil-Estados Unidos (cuja datade fundação foi em abril de 1957) queocorreu justamente numa das salas doprédio da Cruz Vermelha. Acredito queainda existam pessoas da época que lem-bram ou guardam algum registro destainstituição e sua atuação pós-guerra, emNatal. Vale a pena rebuscar esta memó-ria, pois o presente repousa na memóriaque é a sua base (http://juarez-cha-gas.blogspot.com/).

Nas últimas décadas, os inúmerosavanços da medicina tornaram-se alia-dos do envelhecimento sadio. Após os60 anos de idade, todos nós temos umamudança radical de valores e conse-quentemente no modo de "enxergar" avida - pela pressão natural da vida apren-demos muito com ela. Encaremos issocom otimismo!

Normalmente, quando chegamosaos 60 anos temos tudo para curtir coi-sas que antes não tínhamos muito tempo- um bom livro, uma boa conversa,uma viagem, bons filmes, ou recordaras doces memórias da vida. Afinal,ainda somos capazes de pensar racio-nalmente, realizar atividades produtivase prazerosas, manter amizades e rela-cionamentos conquistados.

Contudo, todos sonham em retar-dar os efeitos da passagem do tempo.

Mas, envelhecer bem não é apenas umprivilégio, é um direito de todos nós.

Não adianta querer tentar parar o re-lógio biológico - o importante é viveros momentos positivos que o naturalenvelhecimento ocasiona.

Os idosos têm um papel importan-te em nossa sociedade - afinal, são anosde experiência acumulada em váriasfases da vida que deverão ser transmi-tidas às novas gerações.

Quando chegamos aos 60 anos, po-demos olhar para trás e lembrarmoscom calma das coisas boas que vivemosaté então e, lógico, continuar a desfru-tar com qualidade de vida. Isso faz partedo nosso ciclo natural.

Segundo Wong, um estudioso daárea, envelhecer bem não é somenteum privilégio, mas também um obje-tivo a ser alcançado por aqueles que

acompanham as mudanças que o enve-lhecer traz.

Devemos estar prontos para rece-ber os benefícios que o avanço da idadeprovoca - o importante é tentar levaruma vida com alimentação saudável,boas noites de sono, e práticas regularesde atividades físicas. Os resultados logose farão notar. Essas práticas saudáveisretardam o envelhecimento das células.

Procure superar os dias cinzentos,torne-se um aliado do bom humor - man-tenha o alto-astral! O avanço da idade nãoimpede que a sua presença possa ser mo-tivo de satisfação aos demais, isso inde-pende de idade. O importante é ser sim-pático... viver bem... chegar a uma ve-lhice sadia com 70, 80 ou até mais idade.

Afinal, a terceira idade faz partedo lado bom de nossas vidas! Vidalonga aos leitores!

ReflexõesArtigo LÚCIA ALMIRA DE MEDEIROS CHACON, professora da UFRN aposentada ([email protected])

Hoje, vou apresentar um texto di-ferente. É que recebi uma linda men-sagem, que me tocou profundamente,e resolvi, após pequenas alterações eadaptações à realidade, compartilharcom vocês.

"Tudo o que sou me foi um diaemprestado pelo Criador, para que eupossa dividir com aqueles que entramna minha vida. Ninguém cruza nossoscaminhos por acaso e nós não entra-mos na vida de alguém sem nenhumarazão. Há muito o que dar e o que re-ceber; há muito o que aprender comexperiências boas ou negativas.

É isso...Tente ver as coisas nega-tivas que acontecem com você comoalgo que aconteceu por uma razãoprecisa. E não se lamente pelo ocor-rido, pois, além de não servir de nadareclamar, isto vai lhe vendar os olhospara continuar seu caminho. Quan-do não conseguimos tirar da cabeçaque alguém nos feriu, estamos somen-te reavivando a ferida, tornando-a

muitas vezes bem maior do que erano início e transformando-a emmágoa.

Nem sempre as pessoas nos feremvoluntariamente. Muitas vezes somosnós que nos sentimos feridas e a pes-soa nem mesmo percebeu. E nos sen-timos decepcionados porque aquelapessoa não corresponde às nossas ex-pectativas. E sabemos lá quais eramas suas expectativas? E nos decepcio-namos e decepcionamos.

Mas, claro, é bem mais fácil pen-sar nas coisas que nos atingem. Quan-do alguém lhe disser que a magoousem intenção, acredite nela. Vai lhefazer bem! Assim, talvez, ela poderáentender quando você, sinceramente,disser que "foi sem querer" e que "nãoacontecerá mais".

Dê de você mesmo tudo quepuder, pois, quando você se for, aúnica coisa que vai deixar é a lem-brança do que fez aqui. Seja bom,como as flores, e tente dar sempre o

primeiro passo; nunca negue umaajuda ao seu alcance.

Seja uma bênção, pois Deus nãovem em pessoa para abençoar...Eleusa os que estão aqui, dispostos acumprir essa missão. Viva de manei-ra que quando você se for muito devocê ainda fique naqueles que tive-ram a boa ventura de lhe conhecer. Ejamais haverá o esquecimento.

Em síntese: Seja feliz e espalhefelicidade!"

Bem, a intenção foi não apenascompartilhar, mas, e principalmente,conduzir os leitores à reflexão, algoque pouco praticamos. O dia a dia denossas vidas é um bocado pesado enos transforma, na maioria das vezes,em seres autômatos, desprovidos desensibilidade suficiente para entendermelhor o que se passa ao nosso redor.Urge, portanto, dosar a concretude davida com a abstração da reflexão sobrea nossa missão nesta terra. E, que sejao que Deus quiser!...

w w w . j o r n a l d e h o j e . c o m . b rDIRETOR-EDITOR

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Page 3: FLIP  20.02.2013

ALEX VIANA

REPÓRTER DE POLÍTICA

O deputado estadual Fernan-do Mineiro, que disputou a pre-feitura de Natal pelo PT, no anopassado, disse esta manhã que amensagem de Carlos Eduardonesta terça, na Câmara Munici-pal, foi muito centrada ndo retro-visor, com críticas severas à ges-tão da prefeita Micarla de Sousa(PV). Mineiro espera que o novogestor cumpra os compromissosassumidos durante a campanha.

"A mensagem do prefeito nãoapresentou nenhuma novidade,só repetições. Espero que elecumpra com as promessas. Foitambém uma mensagem demuito retrovisor, mas Micarla épágina virada", avaliou Fernan-do Mineiro, lembrando que Car-los Eduardo pediu à sociedadeum prazo para que os resultadosda sua administração pudessemser apresentados à população."Ele também apresentou açõese esperamos que elas sejam rea-lizadas".

Durante mensagem nestaterça, de pouco mais de meiahora, na CMN, Carlos Eduardoclassificou o governo Micarla dedesastroso, contabilizou as dívi-das da Prefeitura inscritas emrestos a pagar na casa dos R$270 milhões, mas também faloude metas e objetivos para suaadministração. Citando os pro-blemas encontrados nos setoresde saúde, educação, limpeza pú-blica e outros, o novo prefeitosó faltou repetir a frase, célebre,dita por ele, em meados de janei-ro deste ano, de que "Natal eraa imagem do inferno".

Para o vereador Luiz Almir(PV), o prefeito mostrou boasintenções na leitura da sua men-sagem. Contudo, segundo ele,"de boas intenções o inferno estácheio". O vereador disse que amensagem do pedetista foi idên-tica à que a ex-prefeita Micarlade Sousa (PV) fez quando assu-miu o governo, do próprio Car-los Eduardo, em 2009.

"As intenções de CarlosEduardo são boas. Mas de boasintenções, o inferno está cheio.Precisa transformar a realidade.Quando assumiu de CarlosEduardo o governo, Micarla fezo mesmo discurso, de que Natalestava destroçada. Mas nãotransformou a realidade", afir-mou Almir, destacando que "oque foi feito de errado Natal jásabe".

"Esse discurso de que a saúde

está acabada, a educação nãopresta, as ruas estão sujas é omesmo. A diferença entre Mi-carla e Carlos Eduardo é apenaso nome. Vamos torcer para quebote em prática", afirmou overde. "Carlos Eduardo está co-meçando. Estou torcendo e o quefor bom para Natal, conte comi-go", analisou.

Apesar de criticar o discur-so, Almir salienta que a cidadehoje está mais limpa e a opera-ção tapa buraco já surte efeitonas quatro regiões. "Estou tor-cendo, ninguém pode ser con-tra. Temos que dá crédito e elepediu isso", lembrando que a go-vernadora Rosalba Ciarlini(DEM) "passou dois anos criti-cando a ex-governadora Wilmade Faria, com história de limiteprudencial e Lei de Responsa-bilidade Fiscal, e está aí o des-gaste".

O deputado estadual Herma-no Morais (PMDB), que dispu-tou o segundo turno da eleiçãono ano passado, disse que a men-sagem do pedetista não apresen-tou novidades, uma vez quetodos conhecem as dificuldadesde Natal. Hermano disse queCarlos Eduardo deve prestar nãoapenas os serviços básicos, atuarpara resolver os problemas crô-nicos como saneamento e mobi-lidade.

"As dificuldades já eram co-nhecidas. É preciso arregaçar as

mangas, trabalhar e buscar as so-luções não só para as questõesemergenciais, mas as estruturan-tes, como saneamento e mobili-dade, e que ele aproveite bemos recursos disponíveis, porquesabemos que a prefeitura tem R$700 milhões da Caixa Econômi-ca Federal à disposição cujo usodependia apenas de questões ad-ministrativas não tomadas nagestão anterior".

ESQUERDAQuem também se manifestou

sobre a mensagem do pedetistafoi o ex-candidato do PSOL, Ro-bério Paulino, que disse que oprefeito terá que trabalhar paracumprir as promessas de cam-panha. Ele disse que vai cobrar."Torço para que o prefeito façatudo que prometeu. Ele terá quetrabalhar e cumprir suas promes-sas e não ficar olhando o retro-visor. A população e todos nósvamos cobrar", afirmou.

Segundo Paulino, "Natalnunca mais será a mesma após aseleições de 2012, com a juven-tude nas ruas, a revolta do busãoe com as eleições que levaramuma bancada de esquerda paraa Câmara Municipal de Natal".Para ele, "a população está acor-dando e vai cobrar melhorias naeducação, na saúde, na limpezapública. Queremos ainda a im-plantação da ciclovia que eleprometeu", declarou.

Quarta-feira O Jornal de HOJE 3Natal, 20 de fevereiro de 2013Política

Túlio [email protected]

Mineiro: “Carlos Eduardo usou oretrovisor. Micarla é página virada”DEPUTADO DO PT COBRA AÇÃO DO NOVO GESTOR; ALIADOS NÃO CONCORDAM E ELOGIAM MENSAGEM OFICIAL

Fernando Mineiro: “A mensagem do prefeito não apresentou nenhuma novidade. Foi muito retrovisor” Prefeito Carlos Eduardo afirmou que gestão passada deixou débitos de mais de R$ 200 milhões

CONSELHOA imagem do Tribunal de Jus-

tiça do RN para o Conselho Nacio-nal de Justiça não está nada boa.Afinal, além de implementar o votosecreto para escolha da lista trípli-ce, contrariando seu próprio regi-mento interno, o TJRN também con-trariou decisão do CNJ a respeito dotema; e insistiu no erro ao defenderoficialmente o que foi feito.

AUDIÊNCIADiante da insistência equivoca-

da do TJRN em confrontar o CNJ, opresidente do STF e do CNJ, Joa-quim Barbosa, resolveu cancelar aaudiência em que iria receber o pre-sidente do Tribunal potiguar, desem-bargador Aderson Silvino. Mais des-gaste.

SIGILOMesmo contrariando seu próprio

regimento, o TJRN optou por fazeruma votação secreta ao invés de aber-ta para escolher seu novo desembar-gador. O motivo? Segundo Sherlo-quinho, é que alguns desembarga-dores haviam se comprometido commais de um voto. Se a votação fosseaberta, o plano não daria certo; se-creta, não ficaria claro quem haviatraído. A turma não contava com acoragem de uma jovem advogadamossoroense, que provocou o CNJ.

Resultado: água no chope.

EXPLICAÇÃOComo se explica que os dois

Conselheiros do CNJ, representan-tes do Conselho Federal da OABdefenderem o voto aberto para a es-colha do Quinto Constitucional e oPresidente da OAB do RN, SérgioFreire, ter posicionamento pelo votosecreto? Aquem interessa isso? Seráque a eleição dele foi a portas fecha-das? Ou será que Glauder Rêgo é ocandidato da OAB/RN nessa lista?O que é que tá havendo?

SINTONIAEmbora tenha sido adversário

de Carlos Eduardo na campanha, opresidente da Câmara, Albert Dick-son, demonstrou muita 'afinidade'com o filho de Agnelo. Será a talda governabilidade?

MENSAGEMO prefeito Carlos Eduardo tem

sido criticado por ter feito críticasà gestão passada, de Micarla deSousa. Mas ele está certo. Pelomenos neste momento, o atual ges-tor precisa oficializar e tornar pú-blico como recebeu a Prefeitura equais irregularidades encontrou.

RETROVISORO que Carlos Eduardo não pode

é permanecer com o discurso passa-do, de cobrança a quem já não estámais na administração. Listar proble-mas na leitura de sua primeira men-sagem, é até uma forma de estabe-lecer um divisor de de responsabili-dades. Se continuar com o retrovi-sor, frustra e decepciona a população.

RESPEITOPor falar em Carlos Eduardo,

ele pediu aos vereadores, apoio euma convivência respeitosa. Quebom que o discurso chulo do can-didato mudou. Na campanha, des-controlado emocionalmente, o filhode Agnelo 'esculhambou' com a Câ-mara e chamou vereadores de'palitos de fósforo riscados'.

FIMUm experiente político do

Agreste, andou pela governadorianos últimos dias e concluiu: "Oclima é de fim de Governo". Será?Aliás, Sherloquinho soube nas fé-rias, que a medida mais importan-te de Rosalba nos dois primeirosmeses de 2013 foi participar dainauguração da rádio da Marinha.

ADVERSÁRIOJá os governistas, mesmo admi-

tindo que Rosalba caminha paraum processo de Micarlização, emque sua palavra vai valer tanto

quanto uma nota de três reais, nãose assustam com a candidatura dovice-governador Robinson Faria,que não teria força para destronaro Rei Augusto I.

MEDIDASO projeto do deputado Kelps

Lima merece ser analisado. A extin-ção da residência oficial é passívelde discussão, pois não é uma ex-clusividade do RN; o fim da afixa-ção da foto oficial já fere a Consti-tuição e ninguém faz nada; o fim dasucessão de marcas a cada novagestão é interessante e oportuno; ofim do uso da verba para campanhapublicitária é demagógica, pois éConstitucional, todo Governo temdireito e dever de mostrar o que faz.

FORMIGUINHASem alarde, sobressaltos e com

diálogo, o presidente da AssembleiaLegislativa, Ricardo Motta, foi ogrande bombeiro na crise entre ospoderes. Sempre conciliando, Mottaconseguiu harmonizar os objetivosde todos os lados e encerrou a criseinstitucional no plenário. Sua fala,afirmando que não houve interferên-cia, mas harmonia entre os poderes,vem sendo elogiada.

CONCILIAÇÃODesde o início, Ricardo Motta

insistiu na conciliação sem inter-ferir no papel fiscalizador dos co-legas oposicionistas. Ouviu cadaum, levou a proposta final ao ple-nário e construiu o entendimentoque parecia impossível no início.Mantendo solução democrática dovoto. O homem do bigode se for-talece como interlocutor em todasas esferas, não apenas na governa-

doria e na Casa que preside.

INTERINOTempo de agradecer ao jorna-

lista Danilo Sá, que ocupou comcompetência e profissionalismo esteespaço nas férias do titular e deSherloquinho. Obrigado ao amigo.Aos leitores, vamos à luta nova-mente.

O vereador Júlio Protásio(PSB) disse que a mensagem doprefeito foi suscinta e objetiva."O prefeito fez uma retrospecti-va das dívidas por setor e citou osprincipais casos de ineficiênciaadministrativa por área da prefei-tura. Honestamente, não tinhacomo na primeira mensagem falarsem apresentar uma retrospectivado que encontrou", disse.

Na avaliação de Júlio Protá-sio, o prefeito tinha que, nesteprimeiro momento, prestar con-tas, principalmente abordar as vá-rias dívidas assumidas da gestãoanterior. "Agora é tocar pra fren-te. O que acharei errado é se,daqui para frente, nos próximosdiscursos e pronunciamentos, oprefeito se referir à gestão ante-rior", afirmou.

Ainda sobre a mensagem,Protásio destacou o chamamentoque Carlos Eduardo fez para queos vereadores sejam parceiros daPrefeitura neste momento de re-cuperação da cidade. "Além disso,o prefeito mostrou os caminhos enortes que pretende imprimir àadministração da cidade, mostran-do os programas que pretende re-

tomar", afirmou. Para o vereador Maurício

Gurgel (PHS), o prefeito mos-trou a realidade das finanças domunicípio, as dificuldades quevai enfrentar e já alguns objeti-vos em curto prazo. "Vamosguardar a mensagem para co-brar as promessas que foram fei-tas", declarou.

Maurício Gurgel destacouque Carlos Eduardo não deveficar olhando pelo retrovisor,"mas tem coisas que não devemdeixar e ser ditas", afirmou, ci-tando como exemplo o rombo naPrevidência superior a R$ 32 mi-lhões e na Educação. "Acho quea população precisa saber disso",afirmou.

Vereadores da base considerammensagem suscinta, objetiva e real

Júlio Protásio afirma que falar do passado foi necessário na primeira mensagem

CARÃOO ministro Joaquim Barbosa olha para o TJ do RN e dá um

gigantesco carão na turma do voto secreto. Segundo Sherloquinho,o presidente do Supremo, com fortes dores na coluna, rasgou overbo: "Vocês descumpriram uma decisão do CNJ. Estão brincan-do comigo é? Se inventarem de votar secreto de novo eu vou pes-soalmente aí no RN resolver. Tenho dito!!!".

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José Aldenir

José Aldenir

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Page 4: FLIP  20.02.2013

Quarta-feira4 O Jornal de HOJE Natal, 20 de fevereiro de 2013 Política

DE BRASÍLIA - [email protected]

Walter Gomes

t Dois peemedebistasengalfinham-se em SãoPaulo. O deputado Ga-briel Chalita e o empresá-rio Paulo Skaf apresen-tam-se para desafiar ogovernador GeraldoAlckmin (PSDB), em açãopara recandidatar-se.t Amanhã, o Partido Pá-tria Livre ocupa rede na-cional de rádio (20h às20h05) e tevê (20h30 às20h35). O PPL foi regis-trado há 15 meses.t Guinada na Força Sin-dical. A central de traba-lhadores troca de simpa-tia política. Alinhada aotucanato em algumaseleições, passar a corte-jar o PSB. Eduardo Cam-pos, presidente da sigla,é o convidado da reuniãode março da entidade.tRicardo Ferraço (PMDB-ES) deve ser ungido pre-

sidente da Comissão deEducação do Senado.t O chanceler da Ar-gentina, Hector Timer-man, esteve no Rio,ontem, para aparar ares-tas nas relações comer-ciais com o Brasil. O in-terlocutor foi o colegaAntonio Patriota.t É (quase) consenso nomercado. Em abril, oCopom (Comitê de Políti-ca Monetária) reajusta,para cima, a Selic (taxa re-ferencial dos juros).t Há semelhança entreo início do terceiro anodo governo RosalbaCiarlini com o desastrefinal da administração deMicarla de Sousa na pre-feitura de Natal.t Para refletir: “Seja lá oque você fizer, seja bomnisso” (Abraham Lincoln,político estadunidense).

LEITURA DINÂMICA

UM PASSO ACIMAMinistra quer promo-

ção de deputada a se-

nadora.

Titular da pasta dos Di-

reitos Humanos, Maria

do Rosário (foto) dis-

puta, no PT do Rio

Grande do Sul, a indi-

cação para concorrer,

em 2014, à vaga de

Pedro Simon (PMDB).

Aos 83 anos à época do pleito, o peemedebista não pre-

tende renovar o mandato.

n n nA concorrência é grande porque o governador (recandi-

dato) Tasso Genro, bem posicionado nas pesquisas, apa-

rece como cobiçado cabo eleitoral no petismo gaúcho.

MODÉSTIA À PARTEDilma Rousseff exagera em discurso de euforia.

Ontem, ao anunciar a ampliação do programa Brasil sem Mi-

séria, não deixou por menos.

n n nTrecho sublinhado do que disse a presidente da República,

numa referência aos 10 anos de governo do PT (oito de lula;

dois da oradora):

“Só pode comemorar um feito dessa magnitude um país

que teve a capacidade e a competência de construir a tec-

nologia social mais avançada do mundo.”

Há questões de avaliação tático-estratégica que enervamáreas sensíveis da pluralíssima aliança político-administra-tiva e conturbada base parlamentar do governo Rousseff.Uma delas, cochicham navegadores de longo curso navida pública, é a subestimação do grupo chapa-branca àscandidaturas de Marina Silva e Eduardo Campos à Presi-dência da República.

n n n

Marina, a Mulher da Floresta, e Eduardo, o novo Painhodo Nordeste – antes fora o avô materno dele, Miguel Ar-rais –, mesmo separados, serão referência na eleição dopróximo ano. Juntos, numa chapa místico-populista, angus-tiariam a Presidente, favorita conforme as sondagens deopinião, e Aécio Neves, o provável aspirante tucano, tam-bém herdeiro político de avô materno: Tancredo Neves.

n n n

Em entrevista ao provedor UOL (Universo Online), do grupoFolha de S. Paulo, o líder do PMDB na Câmara, EduardoCunha (RJ), fez, ontem, quatro observações relevantes:1. Não será um passeio a reeleição da chapa (que consi-dera fechada) Dilma Rousseff-Michel Temer;2. Aécio Neves sairá consagrado em Minas Gerais, se-gundo maior colégio eleitoral do País. Sua maioria sobrequalquer concorrente deverá ser ao redor de 2,5 milhõesde votos.3. Governador bem avaliado e personagem político ascen-dente, Eduardo Campos terá muito bom desempenho noNordeste;4. Em 2014, Marina Silva vai sair menor do que em 2010.

n n n

Pós-escrito: Dilma participa hoje, em São Paulo, da festade 33 anos de criação do PT. No Senado, o tucano Aéciofaz contraponto à retórica (tão fraca quanto a dele) dachefe do governo.

A dura corrida ao voto

)( CURIOSIDADE APENASQue tal, leitor-eleitor, a anunciada, mas improvável,

parceria Garibaldi Alves, filho (PMDB) para governador,

e Fátima Bezerra (PT), sua algoz em passado recente e

crítica permanente, para senadora?

PERGUNTAR NÃO PAGA IMPOSTO

Apesar da polêmica de ser umdeputado aliado ao Governo, masapresentar proposta que vão de en-contro a ações da gestão RosalbaCiarlini, Kelps Lima acredita queesses projetos iniciais fazem partede um grande cronograma de açõessuprapartidárias e com participa-ção de vários segmentos da socie-dade. Todos eles devem ter o vigorde sua validade em 2015, no nas-cedouro de um próximo governo.

“Não são medidas contra o go-verno, mas sim a favor do RN. Elasnão devem ser encaradas como me-didas de oposiçãoou situação. Sãoprojetos dentro deum grande progra-ma que têm o claroobjetivo de apre-sentar uma formanova de encarar oEstado”, afirmou odeputado KelpsLima.

Segundo o de-putado do PR, porsinal, durante aapresentação dehoje das medidas- são duas emen-das constitucio-nais e dois proje-tos de lei - KelpsLima afirmou que a prova quesão ações independentes e de ben-feitoria para o RN é que os pri-meiros a assinarem foram depu-tados de lados opostos: FernandoMineiro, do PT, oposicionista, eGetúlio Rego, do DEM, líder dabancada governista.

Porém, é importante lembrarque esse não foi o primeiro posicio-namento político do parlamentar

diante de ações do Governo desdeque ele assumiu o cargo na Assem-bleia, no final de 2012. Em entre-vista concedida aO Jornal de Hoje,diante dos polêmicos vetos a emen-das coletivas do Governo do Esta-do, Kelps criticou a postura gover-namental pela desarticulação emrelação aos demais poderes e ór-gãos complementares, como As-sembleia e Tribunal de Justiça, Mi-nistério Público e TCE.

“O que me chama a atenção éestarmos no mês de fevereiro eainda se discutindo o orçamento de

2013. A perguntaque fica é: por queo TJ, o MP e oTCE não foramchamados paratentar um acordoantes, até mesmo,do anúncio doveto, para que nãohouvesse nenhumtipo de celeuma e odiálogo pudesse tersido aberto deforma mais tran-qüila?”, indagou,na época.

Segundo KelpsLima, a conta dadesarticulação doExecutivo, neste

caso, sobrou para o presidente daAssembleia Legislativa, deputadoRicardo Motta (PMN), que teve dearticular o encontro entre o Execu-tivo, o Judiciário, o MP e o TCE,para resolver o impasse dos vetosao orçamento geral do Estado.“Caso o presidente da Assembleianão tivesse agido de forma rápida,para tentar articular esse acordo, asituação seria ainda pior”, disse.

Kelps Lima apresentou os projetos na sessão de hoje, na Assembleia Legislativa

Kelps: “Não são medidas contraGoverno, mas sim a favor do RN”

‘As medidas

não podem

ser encaradas

como de

oposição

ou situação”

HUGO MANSOVEREADOR DO PT

Deputado do Governo quer acabarcom residência oficial de RosalbaKELPS APRESENTA SÉRIE DE MEDIDAS QUE BUSCAM ECONOMIA E IMPESSOALIDADE

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Um deputado estadual está que-rendo acabar com a residência ofi-cial do Governo do Estado, com afoto dos gestores estaduais em pré-dios públicos e o fim da verba pú-blica para autopromoção de gover-nos através de campanhas publici-tárias. O autor desse projeto é umparlamentar de oposição ao Gover-no Rosalba Ciarlini? Nada disso.Trata-se de Kelps Lima, do PR, umdos deputados da base aliada dagovernadora.

A apresentação do projeto foifeita na sessão ordinária de hoje daAssembleia Legislativa. O pacotede medidas, segundo o deputado,objetiva tornar mais eficiente a ges-tão pública em vários aspectos daadministração do Estado e gerareconomia. Afinal, segundo o depu-tado, só com as ações apresenta-das hoje, a economia é de R$ 150milhões para os cofres públicos.

Por isso, o parlamentar espera mo-bilizar vários segmentos da socie-dade através de um amplo progra-ma que delimite um novo modera-dor das relações do Poder Execu-tivo com a coisa pública.

Entre outras medidas, KelpsLima quer a extinção da casa ofi-cial para Governador do Estado eo fim da prática de afixação de fo-tografias dos governadores emtodas as repartições do Estado, for-talecendo o princípio da impes-soalidade no trato da coisa públi-ca e “quebrando uma repetição deprivilegio de visibilidade que re-monta à época da Monarquia”.Esta segunda medida, inclusive, équestionada há um bom tempopelo Ministério Público do RN,por ir de encontro ao princípio daimpessoalidade que deve pautar aadministração pública.

Em outra medida já divulgada,

o parlamentar defendeu o “fim douso de marcas de governo que acar-retam gastos sempre da ascensãode um novo grupo político ao co-mando das diretrizes orçamentá-rias do Estado. Neste item, o pro-jeto sugere que, nas campanhas pu-blicitárias, a marca do governo sejao brasão do Estado e o slogan sejaa frase: Governo do Estado do RioGrande do Norte”.

Essa é outra medida que vai deencontro as ações do Governo doEstado, visto que desde que a go-vernadora Rosalba Ciarlini assu-miu, tanto a marca estadual, quan-do os slogans já foram alterados.“Recontruir para avançar”, porexemplo, era a frase que marcavaa administração DEM no primeiroano de governo.

O fim do uso da verba públicapara autopromoção de governosatravés de campanhas publicitárias

de ações governamentais é outraação que Kelps Lima que implan-tar no Governo. “A verba públicapublicitária deverá ser utilizada so-mente em campanhas educativas,com informações de utilidade públi-ca, arrecadação de impostos e pro-moção das riquezas do RN fora doEstado. Fica vedada a utilização dedinheiro público para, unicamente,noticiar projetos, obras ou açõespontuais do governo de cada época”,defendeu o parlamentar.

No primeiro ano de gestão Ro-salba Ciarlini, porém, o Tribunalde Contas do Estado (TCE), aoanalisar a prestação de contas, re-comendou que a governadora in-vestisse mais na Saúde. O conse-lheiro Paulo Roberto Alves afir-mou que em 2011 a administra-ção DEM gastou mais com publi-cidade do que com investimento nasaúde pública.

Moradia oficial da governadora Rosalba Ciarlini é a mesma da época do Governo Wilma de Faria e consome milhares de reais todos os meses, com pagamento de aluguel

Fotos:Welligton Rocha

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 5Natal, 20 de fevereiro de 2013Política

CIRO MARQUES

REPÓRTER DE POLÍTICA

A recomendação Conselho Na-cional de Justiça (CNJ) pode nãoter sido a única a ser descumpridapelos desembargadores do Tribu-nal de Justiça do Rio Grande doNorte (TJ/RN) na votação que ele-geu a lista tríplice do Quinto Cons-titucional - que definirá o nome donovo desembargador da Justiça Po-tiguar. O regimento do próprio Tri-bunal também foi desconsiderado,visto que ele previa que toda vota-ção para o Quinto fosse aberta, no-minal e fundamentada.

O assunto está descrito nas dis-posições sobre o Tribunal Pleno.No artigo 13, letra "c" do artigo "VI- elaborar": "a lista tríplice do quin-to constitucional reservado para osmembros do Ministério Público e daAdvocacia, em sessão pública, pormeio de votação aberta, nominal efundamentada". Entretanto, mesmocom essa situação prevista, a vota-ção dos desembargadores foi secre-ta e, consequentemente, sem qual-quer justificativa pública por partedos magistrados.

Na noite desta terça-feira, oPleno do Conselho Nacional de Jus-tiça (CNJ) confirmou, por unani-midade, a decisão liminar anterior,de suspender o processo de escolhada lista tríplice, justamente, por essasirregularidades na votação. A de-núncia de que o TJ/RN teria come-tido essas falhas na escolha foi feitapela advogada Germanna GabrielaAmorim Ferreira, que atua em Mos-soró e não participou de nenhumafase do processo de escolha do novodesembargador.

Além da votação unânime, noPleno do CNJ, o processo de esco-lha do Quinto ainda foi alvo de crí-ticas do presidente do Conselho - edo Supremo Tribunal Federal - Joa-quim Barbosa. Isso porque há umarecomendação do CNJ para norteara votação e ela também foi descum-prida pelo TJRN ao optar pelo votosecreto.

No dia anterior, o Conselho jáhavia decidido suspender o proces-so de escolha do novo desembarga-dor do Tribunal de Justiça do RNpor meio de decisão monocráticado conselheiro JeffersonKravhychyn. Ele havia acatado adenúncia de Germanna Gabriella,suspendendo o processo liminar-mente até que o mérito fosse julga-do.

Com a nova decisão, inclusive,a escolha do novo desembargadorcontinuará suspensa até que o mé-

rito seja julgado. Afinal, o Tribunalde Justiça já afirmou que não pre-tende recorrer da decisão liminar,tampouco, o candidato GlauberRêgo, que foi o escolhido pela go-vernadora Rosalba Ciarlini para sero novo desembargador, após ser umdos nomes constantes na lista trípli-ce do TJ.

Na tarde desta terça-feira, antesdo julgamento no Pleno do CNJ, oTribunal de Justiça se manifestouoficialmente sobre a suspensão. Pormeio de nota oficial, afirmou que a"escolha da Lista Tríplice por votoreservado, em sessão aberta, é ava-

lizada por entendimentos das duasprincipais Cortes brasileiras, o Su-premo Tribunal Federal e o Supe-rior Tribunal de Justiça. O artigo26 do regimento interno do STJ de-fine que a sessão para votação delista do Quinto Constitucional deveser pública, mas, no parágrafo 7º,ressalva que o escrutínio será se-creto. O STF, ao decidir o Manda-do de Segurança nº 28.870, de 08de junho de 2012, da relatoria do mi-nistro Ricardo Lewandowski, man-teve esse entendimento".

Ressaltou que o posicionamen-to do Conselho Nacional de Justi-

ça, trata-se de medida liminar, de ca-ráter temporário, sobre a qual o Tri-bunal prestará as informações neces-sárias, sustentando as razões jurí-dicas do seu entendimento. "Ade-mais, o Artigo 61, parágrafo 2º, doRegimento Interno do Tribunal deJustiça do Rio Grande do Norte afir-ma que as sessões de escolha delista do Quinto Constitucionaldevem ser abertas com escrutínioreservado".

Com relação ao questionamen-to sobre o quórum da sessão, des-taque-se que o Tribunal de Justiçaconta atualmente, em sua corte, com

apenas 12 desembargadores aptos aovoto e, portanto, "o número de setevotos constitui a maioria absoluta noresultado da votação".

Para o candidato a desembar-gador Glauber Rêgo, que na segun-da-feira já visitou até a AssembleiaLegislativa, onde passaria por umasabatina dos deputados estaduaispor ter sido o escolhido da gover-nadora Rosalba Ciarlini, essa sus-pensão foi vista com naturalidade.Sobre o voto secreto, porém, eleafirmou que foi tudo discutido eaceito antes pelos candidatos presen-tes em reunião no próprio TJ.

Desembargadores descumpriram próprioregimento ao optar por voto secreto

Aintenção da Prefeitura de Natalera evitar bloqueios de verbas públi-cas, ao menos, nesse início de ges-tão do novo prefeito Carlos Eduar-do Alves, do PDT. Contudo, comrelação aos desbloqueios de verbas,a situação não está tão simples. Nestaterça-feira, a 1ª Câmara Cível doTribunal de Justiça do Rio Grandedo Norte não aceitou o pedido doMunicípio de Natal, para que fossereformada a sentença inicial, dadapela 5ª Vara da Fazenda Pública deNatal, que determinou o bloqueiode verbas que assegurassem a con-tinuidade dos serviços de saúde.

A sentença inicial, mantida noTJ após julgamento do recurso(Agravo de Instrumento com Sus-pensividade n° 2012.016488-2),bloqueou o valor de R$1.461.681,33, bem como revogoua determinação de transferência dovalor de R$ 500 mil para a contado Município, já depositados naconta da Associação Marca, hojesob intervenção.

Os serviços focados na senten-ça são relacionados aos Ambulató-

rios Médicos Especializados (AMEs)e às Unidades de Pronto Atendimen-to (UPAs), mais especificamente aUPA Pajuçara e nos AMEs de Bra-sília Teimosa, Planalto e Nova Natal.

No entanto, os desembargado-res ressaltaram que a cautela doprocedimento adotado pelo julga-dor originário demonstra que deveprevalecer o direito à saúde, à vidae à dignidade da pessoa humanasobre os interesses financeiros doente público. O bloqueio neste ob-jetivo já vem sendo admitido peloSuperior Tribunal de Justiça emcasos semelhantes.

MARCAAAssociação Marca Para Pro-

moção de Serviços, que firmou umcontrato com a prefeitura de Natalpara a gestão de uma Unidade dePronto Atendimento e cinco Ambu-latórios Médicos Especializados(AMEs), sofreu intervenção apósdirigentes serem presos na Opera-ção Assepsia, que apontou um es-quema de corrupção dentro da Pre-feitura de Natal durante a gestão

Micarla de Sousa.Esse esquema, segundo denún-

cia do Ministério Público, estariaimplantado na Secretaria de Saúdemunicipal, onde seriam feitas esco-lhas prévias sem licitação para con-tratação de empresas que adminis-trariam unidades da rede pública. Aintervenção veio por meio do juizCícero Macedo Filho, 5ª Vara daFazenda Pública, que concedeu li-minar requerida pelo Ministério Pú-blico Estadual e decretou a interven-ção judicial na Associação Marca.O interventor foi nomeado emjunho de 2012.

PEDIDONo início do ano, Carlos

Eduardo chegou a solicitar dos ór-gãos de Justiça que houvesse mais"compreensão" para evitar blo-queios de contas que prejudica-riam a administração pública, so-bretudo, com relação de proces-sos da gestão anterior.

Votação para a lista tríplice do Tribunal de Justiça foi feita na última sexta-feira, no Pleno da Instituição, de forma secreta, sem nenhum tipo de comentário por parte dos votantes

Advogada Germanna Gabriella foi a autora da denúncia contra votação do Tribunal Presidente do CNJ, Joaquim Barbosa, criticou forma de votação escolhida pelo TJ

Juiz Cícero Macedo não aceitou pedido da prefeitura de reforma da sentença inicial

Essa não foi a primeiravez que o Quinto Constitu-cional foi alvo de questiona-mento judicial. Basicamen-te, o processo já nasceu comesse questionamento. Quan-do o desembargador CaioAlencar decidiu se aposen-tar, Ministério Público doRio Grande do Norte e aOrdem dos Advogados doBrasil (OAB) decidiram dis-putar judicialmente quemseria o responsável pela in-dicação a vaga aberta no TJ.

O Tribunal de Justiçaavaliou a questão e deuganho de causa para a OAB,que iniciou o processo e abriuespaço para os advogadosque quisessem se candida-tar. Foi aí que começou outradiscussão jurídica, visto quealguns candidatos tinham im-pedimentos por serem mem-bros de comissões ou con-selhos da OAB/RN.

A maioria dos candida-tos com impedimento con-seguiram a liberação da pró-pria OAB para concorrer avaga do Quinto. Alguns,derrotados, ainda decidiramjudicializar o processo paratentar a inscrição na dispu-ta. Depois desse trâmite, oprocesso de escolha conti-nuou. A lista sêxtupla foiformada no início de no-vembro e os seis mais vota-dos - Magna Letícia, Artê-mio Azevedo, Marisa Ro-drigues, Verlano Queiroz,Glauber Rêgo e PriscilaFonseca - foram para vota-ção do Tribunal de Justiçado RN, gerando esta tercei-ra discussão.

É importante lembrarque antes da suspensão doCNJ, a lista dos três nomesjá havia chegado ao PoderExecutivo e a governadoraRosalba Ciarlini já havia es-colhido o nome de GlauberRêgo para ser seu novo de-sembargador. A escolhaocorreu poucas horas após avotação no TJ e, praticamen-te, no mesmo instante emque a governadora recebeua relação dos nomes do pre-sidente do Tribunal

JUDICIALIZAÇÃO DO QUINTO

REGIMENTO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇADETERMINA QUE LISTA TRÍPLICE SEJA VOTADA DE FORMA ABERTA E FUNDAMENTADA

>JUDICIALIZAÇÃO

Prefeitura sofrederrota na Justiça e verbas da Saúdeestão bloqueadas

Divulgação/TJ

DivulgaçãoDivulgação

Heracles Dantas

Page 6: FLIP  20.02.2013

Quarta-feira6 O Jornal de HOJE Natal, 20 de fevereiro de 2013 Cidade

Os secretários de saúde dos mu-nicípios do Rio Grande do Norteforam recepcionados oficialmentepelo Conselho de Secretarias Muni-cipais de Saúde do Estado do RioGrande do Norte (Cosems/RN) emum evento realizado na manhã dehoje no Hotel Rifólis, em PontaNegra. Cerca de 180 pessoas parti-ciparam do evento, entre secretários,secretários adjuntos e técnicos dasaúde dos municípios, além da dire-toria do Cosems/RN.

O acolhimento aos novos gesto-res foi aberto com um café da manhã,em um momento de descontração,onde os secretários puderam se co-nhecer, conversar e discutir idéias eprojetos. Em seguida, foi realizada asolenidade de abertura do evento, naqual também foi apresentada oficial-mente a nova gestão do Cosems/RN,que deixou de ter Solane Costa comopresidente, após cinco anos de man-dato. A partir deste ano o Conselhopassa a ser presidido por SaleteCunha.

Para a ex-presidente e atual se-cretária executiva do Cosems/RN,Solane Costa, a entidade tem avan-

çado em suas iniciativas e colabora-do para a melhoria da saúde públicano Estado. "Fazendo um balanço daúltima gestão, percebemos váriosavanços na entidade, desde a con-quista de uma sede própria e umcorpo de assessores técnicos, até aoauxílio no saúde nos municípios. Tra-balhamos muito junto à qualificaçãodos gestores municipais, a atualiza-ção do sistema de saúde e consegui-mos cada vez mais o respeito e cre-dibilidade dos municípios. O Cosemstem tentado de fato cumprir o seupapel diante da sociedade, dos traba-lhadores da saúde e diante do SUS",afirmou Solane Costa.

No evento, além da recepção e in-tegração dos secretários municipaisde saúde, houve palestras de capaci-tação dos gestores, abordando temascomo o funcionamento do Co-sems/RN, a importância do órgão eos objetivos para o ano de 2013. Apauta também abriu um debate sobreo atual quadro da saúde no Rio Gran-de do Norte, apontando os principaispontos a serem trabalhados e os de-safios na gestão atual.

Para a atual presidente do Co-

sems/RN, Salete Cunha, a atividadecontínua do Conselho, que é a capa-citação, está sendo iniciada. "Nossameta é avançar cada vez mais noSUS, apesar da deficiência de recur-sos e de pessoal. Mas acredito que aunião dos 167 municípios em prolda melhoria do serviço ajude a resol-ver essas questões. O sistema deredes, a própria atenção básica, sãoumas de nossas prioridades, poisquanto mais a saúde estiver fortale-cida nos municípios, menor será asuperlotação dos grandes hospitaisdo Estado", disse Salete.

O presidente do Conselho Nacio-nal de Secretarias Municipais de Saúde(Conasems), Antônio Nardi partici-pou do evento que, segundo ele, é degrande importância para a melhoria daqualidade da saúde pública nos mu-nicípios. "O SUS é gerido pela portrês esferas: a União, os estados e osmunicípios, mas é nos municípios queela de fato acontece, pois é onde osusuários vivem. É a secretaria muni-cipal que faz o SUS acontecer no Bra-sil, e é importante os municípios es-tarem aderidos, unidos e fortalecidoscada vez mais, capacitando seu corpo

técnico para que juntos, consigamosêxito maior na resolutividade dos pro-blemas de saúde da nossa população",afirmou Antônio Nardi.

Grande parte dos problemas exis-tentes na saúde pública de Natal sãovividos por outros municípios, eforam apresentados e debatidos entreos secretários e técnicos, que juntos,estudavam possíveis soluções.

De acordo com o titular da Saúdeem Natal, Cipriano Maia, "o SUStem desafios que são comuns emtodo o Brasil, como a limitação doorçamento, os problemas ligados àfalta de pessoal, e problemas de máadministração, que afeta a maioriados municípios e que reflete e com-promete o funcionamento integraldo serviço. Os municípios e o Esta-do devem estar ligados, organizan-do a gestão de redes e a regionaliza-ção de saúde, de forma nos municí-pios os serviços de saúde estejamfuncionando plenamente, evitandoassim que muitos pacientes migrempara os hospitais de Natal, sobrecar-regando o serviço que não tem comoatender a essa demanda", disse Ci-priano Maia.

Diante da insustentável práti-ca dos serviços prestados em anes-tesiologia à população usuária doSistema Único de Saúde (SUS), aCoopanest/RN (Cooperativa dosMédicos Anestesiologistas do RioGrande do Norte) ameaça suspen-der os serviços em todo o Estado.O motivo para a suspensão é oatraso no pagamento dos salários,que estão em débito desde setem-bro do ano passado por parte dasgestões municipal e estadual.

Através de ofício enviado noinício de fevereiro às autoridadese diversas entidades do Estado, o

diretor financeiro da Cooperativa,Joélio de Oliveira, informou que,se os problemas recorrentes persis-tirem, "não restará alternativa quenão seja a rescisão contratual". Nadescrição do ofício, a entidade in-formou que realiza mais de trêsmil procedimentos com assistên-cia anestésica por mês, em deze-nas de instituições de Saúde queatendem a população de todo oEstado.

"São crianças com patologiascomplexas, idosos com comorbi-

dades diversas, transplantes de ór-gãos, tratamento de câncer, assis-tência a gestante e a saúde da mu-lher, atendimentos de urgência eemergência, enfim, uma infinida-de de serviços de excelência pres-tados a população 24h por dia, in-clusive aos sábados, domingos eferiados", apontou.

Lamentando a constatação dodescaso pelas autoridades e órgãoscompetentes à saúde pública, Joé-lio afirma que os atrasos recorren-tes de pagamentos estabelecidosem contrato vêm se tornando umaprática que fere a dignidade dos

profissionais anestesiologistas, in-viabilizando uma relação saudá-vel e de confiança entre a catego-ria de médicos e gestores.

"Temos contratos firmadoscom as secretarias Municipal e Es-tadual de Saúde, ambos com paga-mentos atrasados desde setembrode 2012. Portanto, solicitamos pro-vidências para a quitação dos va-lores pendentes. Do contrário, per-manecendo essa situação calami-tosa e vergonhosa, não restará al-ternativa que não seja a rescisão

contratual", disse Joelio de Oli-veira.

Passado quase um mês deenvio do ofício, o presidente daCoopanest, Frederick MarcksAbreu de Goes, disse que estevereunido com o secretário Munici-pal de Saúde, Cripriano Maia, quepor sua vez garantiu a busca inces-sante de recursos para pagar os sa-

lários atrasados. "O repasse dos profissionais

terceirizados é garantido por trêsfontes: ordem municipal, estaduale federal. A Prefeitura nos repas-sou uma pequena quantia advindado Governo Federal e do Municí-pio de Natal, para garantir os mesesde outubro e novembro, mas o di-nheiro não foi suficiente nem para

pagar um mês de trabalho dessesprofissionais", disse Frederick. ACooperativa dispõe de 180 aneste-siologistas, dos quais aproximada-mente 70% trabalham para o SUS.

"O secretário nos pediu umpouco de paciência, uma vez queestamos no início de uma novagestão. Mas a situação é difícil.Reconhecemos que eles estão ten-

tando pagar os atrasados, porémalguma providência tem que sertomada. Vamos aguardar a abertu-ra do Orçamento Geral do Estadopara ver o que será feito", afirmouo presidente da Cooperativa. A re-portagem tentou contato os secre-tários das pastas de Saúde, masambos estavam com os celularesdesligados.

Nem mesmo o estado de cala-midade pública na saúde públicamunicipal, decretado pelo ex-pre-feito Paulo Freire, no ano passado,foi suficiente para solucionar os pro-blemas na área da Saúde Munici-pal. Diante da situação, o prefeito deNatal, Carlos Eduardo publicou namanhã desta quarta-feira (20) umdecreto prorrogando por 90 dias oestado de calamidade que está emcurso desde novembro do ano pas-sado. Com isso, contratos firmadosdurante o período também poderãoser prorrogados. A Prefeitura deNatal decretou o estado de calami-dade, ainda na gestão passada, no dia20 de novembro de 2012, por nãoconseguir contratar uma Organiza-ção Social em tempo hábil para as-sumir a gestão da Unidade de Pron-to Atendimento (UPA) de Pajuçara.À época, a gestão da Unidade pas-sou a fazer parte da AdministraçãoMunicipal, situação que permane-ce até hoje.

De acordo com o decreto publi-cado nesta quarta-feira (20), a pror-

rogação do estado de calamidadevisa, principalmente, manter a es-trutura de pessoal necessária para aexecução dos serviços de saúde àpopulação. No texto, ficou autoriza-da a prorrogação dos contratos fir-mados e, caso seja necessário, tam-bém está autorizada a contrataçãode novos profissionais em caráteremergencial.

O decreto municipal ainda prevêa possibilidade de ocorrer a dispen-sa de licitações de contratos de aqui-sição de bens, de prestação de ser-viços e de execução de obras rela-cionadas com a manutenção dos ser-viços públicos de saúde, "desde quepossam ser concluídos no prazo im-prorrogável 90 dias consecutivos eininterruptos".

Verbas bloqueadasA 1ª Câmara Cível do Tribunal

de Justiça do Rio Grande do Nortenão aceitou o pedido do Municípiode Natal, para que fosse reformadaa sentença inicial, dada pela 5ª Varada Fazenda Pública de Natal, quedeterminou o bloqueio de verbas

que assegurassem a continuidadedos serviços de saúde. Asentença ini-cial, mantida no TJRN após julga-mento do recurso, bloqueou o valorde R$ 1.461.681,33, bem como re-vogou a determinação de transfe-rência do valor de R$ 500 mil paraa conta do Município, já deposita-dos na conta da Associação Marca.

Os serviços focados na senten-ça são relacionados aos Ambulató-rios Médicos Especializados(AMEs) e às Unidades de ProntoAtendimento (UPAs), mais especi-ficamente a UPA Pajuçara e nosAMEs de Brasília Teimosa, Planal-to e Nova Natal. No entanto, os de-sembargadores ressaltaram que acautela do procedimento adotadopelo julgador originário demonstraque deve prevalecer o direito à saúde,à vida e à dignidade da pessoa hu-mana sobre os interesses financeirosdo ente público. O bloqueio neste ob-jetivo já vem sendo admitido peloSuperior Tribunal de Justiça emcasos semelhantes. (Leia mais napágina 5).

> NOVOS DESAFIOS

Conselho acolhe novos secretários municipais de Saúde

Durante evento realizado hoje, gestores discutiram objetivos e metas para 2013

Estado de calamidade foi decretado em novembro, por Paulinho Freire, por não conseguir contratar OS para assumir UPA

Por meio da Coopanest, mais de 3 mil procedimentos são realizados por mês em dezenas de instituições de Saúde, como o Hospital Walfredo Gurgel

> MAIS 90 DIAS

Prefeitura prorroga estado de calamidade na saúde

Anestesiologistas ameaçam suspender serviçosem unidades de saúde do Estado e MunicípioCOOPERATIVA ESTÁ SEM RECEBER PAGAMENTO POR PARTE DAS GESTÕES ESTADUAL E MUNICIPAL DESDE SETEMBRO DE 2012

‘ ’"Temos contratos firmados com as secretarias Municipal e

Estadual de Saúde, ambos com pagamentos atrasadosdesde setembro de 2012. Portanto, solicitamos providên-cias para a quitação dos valores pendentes. Do contrário,

permanecendo essa situação calamitosa e vergonhosa, nãorestará alternativa que não seja a rescisão contratual"

Herácles Dantas

Wellington Rocha

José Aldenir

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 7Natal, 20 de fevereiro de 2013Economia

MARCOS AURÉLIO DE SÁ [email protected]

HOJE na Economia Construtora entrega maiscinco empreendimentos

Estados do Nordeste debatemestratégias para energia eólica

MOURA DUBEUX ANUNCIA 100% DE UNIDADES VENDIDAS

MARCELO HOLLANDA

[email protected]

Num começo de ano em quea oferta de imóveis novos e usa-dos está aquecida como resulta-do de várias entregas simultâneasde empreendimentos, a constru-tora pernambucana Moura Du-beux apresentou oficialmente hojeao mercado uma situação bastan-te confortável.

A incorporadora, que comple-tou em 2012 cinco anos em Natal,anunciou a entrega de cinco em-preendimentos, quase todos embairros nobres da cidade e, maisimportante, totalmente vendidos.Nesta quarta-feira, a empresa fun-dada em Recife há 30 anos come-ça a divulgar esse resultado comouma vitória da estratégia de mer-cado.

Segundo o diretor regional daMD para o Rio Grande do Norte eCeará, Fernando Amorim, cada em-preendimento a ser entregue esteano não têm mais de 60 unidadespor projeto, um, dois e três apar-tamentos por andar e os valorescomercializados variam de R$ 240mil a R$ 1,8 milhão.

O primeiro a ser entregue é oJosé de Almeida, no Tirol; depoiso edifício Jardins de Lagoa Nova(em Lagoa Nova) e o GeraldoPinho, em Petrópolis. No segundosemestre, virão os edifícios Ala-meda Lagoa Nova no bairro ho-mônimo e o Bossa Nova, emCapim Macio.

“Ao assinar o contrato de com-pra dos imóveis, os clientes paga-ram 30% do valor de cada unida-de durante a construção dos edifí-cios. Os 70% restantes serão qui-tados na entrega dos apartamentosou financiados junto a uma insti-tuição bancária”, explica Fernan-do Amorim.

Não há nenhum mistério nafórmula. Apartamentos de alto pa-drão, localizados em áreas nobres,com uma oferta pequena para umpúblico selecionado. “Sem enca-lhes, sem mistério e com prazosde entrega cumpridos à risca”, dizAmorim.

Observadores afirmam que ofe-recer grande quantidade de unida-des em áreas afastadas e a preçosmais altos foi uma aposta arrisca-da do mercado e que explicaria o

estoque elevado na prateleira nestecomeço de ano. A MD fez o ca-minho inverso e conseguiu limpara prateleira num ano de oferta prálá de aquecida.

Fernando Amorim, há mais de20 anos na MD, não comenta omovimento da concorrência, mas

dá uma pista do que a empresa per-nambucana vislumbra para o futu-ro imediato no mercado local. Aomesmo tempo em que consolida-rá sua atuação no alto padrão, vaicolocar mais esforço no programa“Minha Casa, Minha Vida” em2013. Ou seja, reforçará sua já an-tiga parceria com a construtora mi-neira MRV.

Perguntado ontem pelo JH se

seria interessante manter o víncu-lo com uma empresa denunciadapor envolvimento em trabalho es-cravo, Amorim atribuiu esse pro-blema a erros cometidos por par-ceiros e que surpreenderam a cons-trutora mineira. “Tenho certeza queisso será superado com o auxíliodos bons parceiros”, observou. Edisse mais: “A Moura Dubeux temmais de 1.100 pessoas na opera-ção em Natal e a MRV é uma dasmaiores construtoras do país”. Ecompletou sem modéstia: “Nóstemos estrutura para tocar qual-quer obra em qualquer prazo”.

Com 17% de seu faturamentoconsolidado na praça de Natal, aMoura Dubeux já freqüentou em2008 a seleta lista das construtorasbrasileiras a figurar na lista das 100Melhores Empresas para se Tra-balhar da Revista Exame.

Até julho do ano passado, aocompletar quatro anos de sua che-gada a Natal, a MD já havia lan-çado aqui 23 empreendimentoscom Valor Global de Vendas deR$ 550 milhões e R$ 200 milhõesa realizar. Com as entregas desteano, a meta será cumprida.

Fernando Amorim, diretor regional da MD para o RN e Ceará: vitória da estratégia

Secretário Rogério Marinho recebeu representantes de vários estados nordestinos para discutir ações conjuntas

> DESENVOLVIMENTO

Uma reunião à portas fechadasnesta quarta-feira pela manhã naSecretaria de DesenvolvimentoEconômico (Sedec) debateu a ques-tão de linhas de transmissão e a in-fraestrutura necessária para a im-plantação do parque eólico.

O encontro conseguiu juntar otitular da Sedec, Rogério Marinho,seu secretário adjunto e coordena-dores da Secretaria, o vice-presi-dente da Associação Brasileira deEnergia Eólica (Abeólica), PedroCavalcanti; o coordenador de Ener-gia do governo do Ceará, RenatoRolim; o gerente de Recursos Mi-nerais do Piauí, Paulo Lages e osecretário de Minas e Energia do

Maranhão, Ricardo Guterrez. A novidade é que, desta vez, a

pauta passa pela discussão de estra-tégias conjuntas entre os estadosinteressados na exploração da ma-triz eólica, especialmente no quediz respeito à instalação de linhõesque levem a energia às áreas con-sumidoras.

Segundo o secretário RogérioMarinho, a idéia do encontro, queantecede ao seminário promovidopela Sedec e a Federação da Indús-tria do RN nesta sexta-feira no pré-dio da Escola do Governo, no Cen-tro Administrativo, é pontuar umaagenda comum dos estados nordes-tinos, o que faria os pleitos da re-

gião ganharem mais força no quediz respeito ao desenvolvimentodos parques eólicos e a exploraçãode energias alternativas.

“Hoje o modelo é licitar os par-ques, realizar os leilões, mas deixara questão da infraestrutura em úl-timo lugar quando isso deveria li-derar a lista", lembrou Marinho. Oresultado do encontro será divul-gado até o final do dia.

No último leilão de eólica parao qual foram cadastrados um totalde 525 projetos, com oferta de14.181 MW, o RN não teve sequerum projeto contratado. O valor ofer-tado foi considerado muito baixo,apenas 87,94 R$/MWh.

‘“A Moura Dubeux tem

1.100 pessoas na operaçãoem Natal e encara qualquer

obra em qualquer prazo”

FERNANDO AMORIM

DIRETOR REGIONAL DA MD

José Aldenir

Herácles Dantas

Natal CVB agrega 3 novos mantenedoresnA fundação Natal Conven-tion & Visitors Bureau (NatalCVB) amplia sua carteira demantenedores com a inclusãode três novos sócios: a Tela-viva Multimídia (empresa es-pecializada na locação deequipamentos), o VersaillesRecepções e o Spaço Guinza(duas das mais conceituadasempresas natalenses atuantesna área de apoio à promoçãode eventos).n Essas organizações passama compor o grupo empresa-rial que age proativamente emfavor do desenvolvimento edo fortalecimento do turismo

de negócios na capital poti-guar, garantindo sustentaçãoao Natal CVB, entidade quecongrega atualmente mante-nedores de 21 diferentes seg-mentos econômicos e que atuapermanentemente para atrairgrandes eventos para a capi-tal potiguar.

Emparn começa a entrega de sementes n A Empresa de PesquisaAgropecuária do Rio Grandedo Norte (Emparn) já inicioua colheita de sementes emseus campos experimentais eaestá preparada para atender,neste início da estação chu-vosa, aos pequenos produto-

res rurais com a entrega desementes de alta qualidade.nO processo de distribuição,a cargo da Emater-RN (Insti-tuto de Assistência Técnica eExtensão Rural) foi iniciadoterça-feira última, nos muni-cípios da região Alto Oeste, jáfavorecidos com boas chuvasno período do carnaval.n Foram encaminhadas aosescritórios regionais da Ema-ter, até agora, um total 85 to-neladas da variedade de milho"Potiguar", produzido pelaprópria Emparn em suas esta-ções experimentais no Valedo Assu. E já estão sendo co-lhidas cerca de 80 toneladasde milho da variedade "Cru-zeta", que começarão a serdistribuídas nos próximosdias, juntamente com mais 50toneladas do milho "Potiguar".n Esse trabalho faz parte deum programa estadual parabeneficiar 42 mil micro e pe-quenos produtores rurais emtodas as regiões do RN. Aotodo, o Governo do Estadoestá investindo R$ 3,8 milhõesna compra de 450 toneladasde sementes de milho, feijãoe sorgo.

New Holland, marca mundial de máquinasde construção da Fiat Industrial, chega ao RNnA fabricante de equipamentos para infraestru-tura e construção New Holland está investindo nomercado do Rio Grande do Norte, confiando nasboas perspectivas de expansão da procura por suasmáquinas no Estado.nNesse sentido, o grupo mundial designa, a par-tir de agora, a empresa alagoana Cycosa sua con-cessionária em nosso território, a qual está inau-gurando suas instalações na região metropolitanade Natal.n Segundo o empresário Marco Borba, diretorcomercial da New Holland para a América Lati-na, o grupo vivencia um crescimento contínuo domercado de máquinas no Brasil, especialmente naregião Nordeste.n Entre as principais oportunidades do mercadoregional destacadas por Borba estão as obras doPAC (Programa de Aceleração do Crescimento),principalmente nos setores de pavimentação e in-fraestrutura. Existem ainda as obras de transposi-ção do Rio São Francisco e os empreendimentosvoltados para a Copa de 2014, estas inclusive be-neficiando Natal, que será uma das cidades-sedesda competição.n Com a abertura da Cycosa, às margens da ro-dovia BR-101, quilômetro 10, no bairro de Emaús(Parnamirim), os equipamentos New Holland pas-sam a ficar mais acessíveis às empresas do RN,com a garantia de completa assistência técnica epeças de reposição.nA inauguração da concessionária ocorrerá ama-nhã, no final da tarde (às 17:00 horas), com a pre-sença de empresários da construção pesada e dosetor de locação de equipamentos, além de váriasautoridades da região especialmente convidadas.nNa ocasião, a New Holland apresentará ao mer-cado local seus mais novos lançamentos, entremáquinas motoniveladoras, tratores de esteira, re-troescavadeiras e miniescavadeiras.nO gerente geral da Cycosa, Cyro Patury, infor-ma que a empresa atua no mercado nordestino demáquinas e veículos pesados há algumas décadas,sendo desde 1997 a concessionária New Hollandpara o Estado de Alagoas.n Para que as demandas do mercado de constru-ções do Rio Grande do Norte possam ser atendi-das com eficiência, a Cycosa fez investimentosexpressivos em infraestrutura, peças e serviços,com o objetivo de construir um relacionamento só-lido e de confiança com a clientela potiguar.

CHB financia Empreendimento Frade, emAngra dos Reis, no valor de R$ 60 milhõesn Conforme está publicado nas edições de hojenos jornais "O Estado de S. Paulo" e "Valor Eco-nômico", a empresa potiguar CHB - CompanhiaHipotecária Brasileira responde pelo financiamen-to de recursos da ordem de R$ 60 milhões para queseja implantado na cidade de Angra dos Reis, li-toral do Rio de Janeiro, o condomínio habitacio-nal designado Empreendimento Frade.nA operação será totalmente garantida por Cer-tificados de Recebíveis Imobiliários.

12a edição do Salão Imobiliário do RNatingirá público de todas as faixas de rendan Com a participação assegurada de cerca de200 empresas, entre construtoras, incorporado-ras, agentes financeiros e corretoras de imó-veis, está agendada para o período de 13 a 17de março próximo, no Centro de Convençõesde Natal, a 12ª. edição do Salão Imobiliário doRio Grande do Norte.nSegundo o promotor do evento, empresário Oci-mar Damásio, serão colocados à disposição domercado desde empreendimentos de alto luxo atélançamentos habitacionais populares com finan-ciamentos assegurados através programa "MinhaCasa, Minha Vida", da Caixa Econômica Federal.n A temática da feira imobiliária deste ano será"Promoção, Preço e Prazo''. Com entrada gratui-ta, o evento será realizado durante os cinco diasno horário das 14:00 às 22:00 horas, esperando re-ceber cerca de 40 mil visitantes.nOcimar Damásio explica que a intenção é pro-porcionar oportunidades de negócios para todas asfaixas sociais: "O visitante que for ao Salão embusca de empreendimentos de luxo terá inúmerasopções para fechar negócio. Estarão à venda apar-tamentos, casas, fazendas, casas na praia, condo-mínios clubes, além de lotes de terrenos urbanosnas melhores localizações".n Diante da expectativa dos milhares de negó-cios que deverão ser fechados durante o Salão,o evento contará, como em anos anteriores, coma parceria com a Caixa Econômica Federal. "Ovisitante já poderá sair do Centro de Conven-ções com a chave do seu imóvel na mão, poisbastará procurar a opção de negócio desejada eacertar o financiamento com a Caixa, apresen-tando documentos que possam facilitar a con-clusão da operação no local do evento", afirmaOcimar Damásio.

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Quarta-feira8 O Jornal de HOJE Natal, 20 de fevereiro de 2013 Cidade

C M Y K

ROBERTO CAMPELLO

[email protected]

O grande empecilho para quea Prefeitura de Natal iniciasse asobras de mobilidade urbana emNatal eram as desapropriações dosimóveis, principalmente as que sereferem à construção do Comple-xo Viário da Urbana. No entanto,os projetos para obras de mobili-dade urbana em Natal sofrerão mu-danças, uma vez que a Prefeiturade Natal desistiu de parte das de-sapropriações de imóveis onde se-riam executadas as obras visandoa melhoria do fluxo de veículos,com foco à Copa do Mundo 2014.Os imóveis que seriam desapro-priados estão no local correspon-dente ao lote 1 das obras, na áreado entorno do viaduto da Urbana.Em Natal, aproximadamente 400imóveis seriam removidos no com-plexo da Urbana e avenida Capi-tão Mor Gouveia. Com a reade-quação dos projetos, o número seráinferior, mas apesar de ainda nãoestar definido, deve ficar em tornode 10 a 15% do número inicial.

Desde o início do ano, as secre-tarias de Mobilidade Urbana(Semob), Obras Públicas e Infraes-trutura (Semopi), Secopa e Procura-doria Geral do Município (PGM)discutem as questões relacionadas àsdesapropriações visando as obras demobilidade. Os problemas de desa-propriações foram os principais em-pecilhos encontrados na execuçãodos projetos e, por isso, a readequa-ção era cogitada para que o Execu-tivo não perdesse as verbas que po-deriam ser destinadas pelo Gover-no Federal e Caixa Econômica.

No decreto publicado no DiárioOficial do Município (DOM) destaquarta-feira (20) ficou estabeleci-do que haverá a redução no núme-ro de desapropriações nas áreas onde

serão realizadas as obras de mobi-lidade. No entanto, a Prefeitura temo objetivo de elaborar novos proje-tos alternativos "que contemplemas diretrizes e os prazos estabeleci-dos nos convênios firmados com oMinistério das Cidades e a CaixaEconômica Federal". O objetivo,com isso, é que o Município aindapossa receber recursos para açõesvoltadas à mobilidade urbana,mesmo que não estejam diretamen-te ligadas à Copa do Mundo.

O procurador do Município,Thiago Tavares explicou que o de-creto é um ato normativo que dásegurança jurídica para os órgãosdo município a respeito dos proje-tos alternativos que estão sendo ela-borados e nas possíveis mudançasque venham a ser feitas no projetooriginal de mobilidade urbana. "As

equipes da Semopi, Semurb eSemob já vêm trabalhando há algumtempo nos projetos alternativos parareduzir o número de desapropria-ções. É uma recomendação do pre-feito em evitar o máximo o impac-to social que as desapropriaçõespossam causar e que as pessoas per-maneçam em seus imóveis. Comessa redução, o município terá umaeconomia considerável, já que nãotínhamos ideia de quanto seria gastocom as desapropriações", destacouo procurador.

Com a desistência de parte dasdesapropriações, o procurador doMunicípio, Thiago Tavares expli-cou que a Prefeitura de Natal tam-bém vai desistir dos embates judi-ciais com os proprietários que nãotinham acordo para as indenizaçõesapós a desocupação dos imóveis.

"O Município também vai desistirdas ações que estão tramitando naJustiça. Já temos emissão de possede alguns imóveis, mas por caute-la nada foi feito. Paramos o proces-so esperando uma nova diretriz e aatual administração modificou a po-lítica de desapropriação. Hoje játem mais de R$ 1 milhão deposita-do em juízo e que retornam aos co-fres do Município", explicou o pro-curador Thiago Tavares. Com isso,a Prefeitura do Natal está autoriza-da a utilizar na elaboração dos novosprojetos a verba que seria destina-da ao pagamento de indenizaçõesaos proprietários.

O secretário adjunto de Plane-jamento de Obras da Copa 2014,Alexandre Duarte, explicou que aSecretaria Municipal de Mobilida-de Urbana elaborou um novo traça-

do para o trânsito na região e quetécnicos da Secretaria Municipal deMeio Ambiente e Urbanismo (Se-murb) estão fazendo uma análise elevantamento em campo para veri-ficar o grau de interferência do pro-jeto nas áreas que necessitarão serdesapropriadas.

"Com o novo traçado pretende-mos desenvolver um trabalho navelocidade do tráfego, de modo quea população possa sentir a melho-ria no trânsito. Zerar as desapro-priações será difícil, pois o novotraçado continua nas três principaisvias (Felizardo Moura, IndustrialJoão Mota e Capitão Mor Gouveia),apenas enxugaremos o projeto, di-minuiremos a quantidade de faixase o projeto será executado num es-paço físico menor, mas ainda serãonecessárias desapropriações. Anossa

expectativa é que as desapropria-ções fiquem em torno de 10 a 15%das mais de 400 que estavam pre-vistas", destacou o secretário Ale-xandre Duarte.

Até o final desta semana, afir-mou o secretário adjunto de Plane-jamento de Obras da Copa 2014,os técnicos da Semurb concluirão olevantamento a respeito do núme-ro de desapropriações. AlexandreDuarte disse que a expectativa daPrefeitura de Natal é que até o iní-cio de junho, as obras referentes aolote 1 sejam iniciadas. Em relaçãoàs obras de mobilidade urbana dolote 2, que não necessitam de desa-propriação, o secretário disse queestá concluindo o edital de licitaçãoe até a Semopi e a PGM estão tra-balhando para que o edital seja di-vulgado até a próxima semana.

O desabamento de uma casa emMãe Luiza, no final de semana, dis-parou o alerta de moradores para operíodo de chuva. Posicionada naregião baixa da rua Guanabara, oendereço de nº 122 foi afetado comum volume de água e areia que in-vadiu a residência e fez com que afamília proprietária perdesse mó-veis e eletrodomésticos. Ainda nodomingo, a Defesa Civil do muni-cípio limpou bocas de lobo e tapouo buraco de dez metros aberto naárea onde fica o muro de arrimo (oucontenção) de forma emergencial.

Já na terça-feira (19), o reparoda mureta que caiu diante da residên-cia foi iniciado por uma equipe daSecretaria Municipal de Obras Pú-blicas e Infraestrutura (Semopi), coma promessa de estender a interven-ção por 50 metros - área referente aotrecho mais problemático da ruaGuanabara. Areportagem esteve nolocal, na manhã desta quarta-feira(20), e viu a movimentação de fun-cionários de uma empresa terceiri-zada pelo referido órgão público.

Encarregado de vias pavimenta-das da Semopi, José Batista da Costafiscalizava o serviço para proteger ascasas de novas chuvas. "Aqui o pro-blema é um velho conhecido: as pes-soas jogam lixo na rua, que entope asbocas de lobo, e depois reclamam

que está tudo alagado. O que aconte-ceu aqui [na rua Guanabara] foi quea água não tinha para onde escoar, anão ser por cima da mureta, e foi pararna casa dessa mulher".

Areclamação de José Batista en-volve ameaças que teria recebido demoradores favoráveis ao lixo expos-to na rua. "Agente pede para eles nãojogarem, mas eles continuam. Euestou aqui trabalhando, e eles dizemque não têm onde botar, até mesmode forma agressiva, ameaçando comtom violento". Na dependência daschuvas para concluir a obra, o planoda equipe da Semopi é ficar, no má-ximo, 15 dias para recuperar a mure-ta com 50 metros de extensão e 2,5metros de profundidade.

Na hora em que a reportagemesteve na rua Guanabara, a casa inun-dada estava fechada, mas Dona Ira-cema Andrade da Silva, mãe do pro-prietário, 84 anos, contou a realida-de da região mais baixa de MãeLuiza. Ela mora há mais de 50 anosno bairro e também enfrentou dificul-dades durante o final de semana."Aqui ficou cheio de lama porquetem esse buraco aí [aponta em dire-ção à rua, no alto], por onde passoua água. Eu sou velha, tenho proble-ma no olho, e fiquei desesperada,sem saber o que fazer. Ainda bemque meu outro filho, que mora comi-

go, estava aqui". A anciã vive de uma aposenta-

doria deixada pelo marido morto dé-cadas atrás e, sozinha, lava roupa, co-zinha e cuida de poucos pertences.Sua casa fica ao lado de uma esca-daria, o que contribui para o fluxode água amendrontá-la. "O pior éque foi o carro da Urbana que des-truiu o muro". Segundo o próprioJosé Batista, a retroescavadeira daempresa privada que recolhe o lixofica em uma situação difícil, dianteda falha dos moradores em jogar ossacos em locais inapropriados. "Éuma máquina grande que não temcomo ser tão cuidadosa na hora depegar um saco plástico".

Trecho de Natal em constantecobrança do poder público quanto acuidados com desabamentos em pe-ríodos de chuva, Mãe Luiza, de acor-do com a assessoria do Instituto deDesenvolvimento Sustentável e MeioAmbiente (Idema), está livre, desde2011, de construções em áreas pas-síveis de desabamentos dentro doParque das Dunas. O que transfere aatenção maior para o lado voltadopara a praia de Areia Preta. A repor-tagem tentou contato com o secretá-rio municipal de Segurança Públicae Defesa Social (Semdes), Osair Vas-concelos, que alegou estar em reuniãocom a equipe técnica.

> ÁREA DE ENCOSTA

Obras em muro de contençãoalertam moradores de Mãe Luiza

Residências localizadas na região baixa da rua Guanabara, em Mãe Luiza, são as mais afetadas com as chuvas

Aproximadamente 400 imóveis seriam removidos no complexo da Urbana e avenida Capitão Mor Gouveia, mas com readequações, número deve cair para 10% a 15% do previsto inicialmente

Prefeitura reduz desapropriações de imóveis paraagilizar obras de mobilidade para Copa em NatalEXPECTATIVA É QUE AINDA NO PRIMEIRO SEMESTRE, OBRAS NO ENTORNO DO VIADUTO DA URBANA SEJAM INICIADAS

Wellington Rocha

Fotos: José Aldenir

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 9Natal, 20 de fevereiro de 2013

Cidade

CAROLINA SOUZA

[email protected]

Algumas estruturas de concre-to que estão por cima de muitasvias da cidade - denominadas pas-sarelas de pedestres - chamam aatenção de muitas pessoas pela es-trutura desgastada e sem seguran-ça. As passarelas são uma espéciede ponte construída em vias de trá-fego intenso a fim de que os pedes-tres não corram o risco de serematropelados. Entretanto, com a es-trutura de concreto desgastada e asligas metálicas das grades de pro-teção enferrujadas, há quem prefi-ra nem chegar perto.

A passarela localizada sobre aavenida Salgado Filho, no bairro deLagoa Nova, apresenta avarias nasua estrutura. Em área de grandemovimentação, onde estão próxi-mos diversos comércios de rua, es-colas e centros religiosos, a estru-tura deveria servir de utilidade paracentenas de pessoas que trafegampela área diariamente. Entretanto,a má conservação física acaba le-vando homens, mulheres e crian-ças se arriscarem por entre as ve-locidades dos veículos.

Aparentemente, a obra está in-completa, já que a rampa que dáacesso à passarela não conta comblocos de concreto para a passagemda população. Ao subir as escadas,percebe-se a degradação do am-biente, com pichações e ferrugemdas grades de proteção - algumascompletamente quebradas, além deum forte mau cheiro de urina. O es-paço destinado a um elevador jáestá lacrado com tijolos e cimen-to. Na estrutura superior, um mo-rador de rua dormia, enquanto umapessoa que preferiu não se identi-ficar passou reclamando do perigoque era atravessar utilizando aque-la passarela.

Já ocorreram em Natal algunsacidentes em passarelas, que já de-veriam ter servido de alerta para asautoridades locais. O que se cons-tata atualmente ao longo das prin-cipais passarelas entre Natal eEmaús (Salgado Filho, Potilândia,Mirassol, Neópolis e Emáus), alémda passarela das Quintas, é a exis-tência de grades de proteção sempintura anticorrosiva, corrosão emsuas estruturas de aço com perdade seção, pilares de concreto ar-mado com corrosão em suas arma-duras, elevador sem funcionamen-to, espaçamento do concreto dasrampas de acesso e infiltrações deágua nas estruturas.

Com o agravante da mínimafiscalização existente por parte dosórgãos competentes e da inexistên-cia de manutenção nestas estrutu-ras, resta esperar o colapso estru-tural de uma passarela ou a mortede pessoas para se tomarem provi-dências. Procurado pela reporta-gem de O Jornal de Hoje, o secre-tário municipal de Serviços Urba-nos, Raniere Barbosa, informouque a responsabilidade de manuten-ção e limpeza das passarelas é doGoverno Estadual e/ou Federal.

"Tem algumas questões admi-nistrativas que a população não

costuma entender. Um canteiro derua e calçadão, por exemplo, a res-ponsabilidade é da Semsur. Porémoutras secretarias compartilham al-gumas atividades. A responsabili-dade das passarelas é do Governodo Estado, através do Departamen-to de Estradas de Rodagem (DER)ou do Governo Federal, pelo De-partamento Nacional de infraestru-tura de Transporte (Dnit)", disseRaniere.

"A população cobra pelo fatodas passarelas estarem dentro deuma área urbana, mas não temos acompetência de fazer nada que oGoverno Federal tenha jurisdição.Se fizermos algo, recebemos umprocesso", afirmou o secretário daSemsur, relembrando um caso desua última gestão. "Na primeiraadministração de Carlos Eduardo,onde eu também fui secretáriodessa pasta, nós recuperamos umburaco na Ponte Velha. Dias de-pois fomos notificados porque agi-mos sem autorização. Eles nãofazem nada, nem deixam a gentefazer".

Para Raniere Barbosa, isso éreflexo do sistema administrativoburocrático no Brasil. "Precisamosurgentemente de uma reforma po-lítica, tributária e administrativa.Mas enquanto isso não acontece, aPrefeitura não pode se responsa-bilizar pelo que não é de sua ordem.Não temos autorização nem paracolocar uma lâmpada nas passare-las. Nosso dever é apenas a limpe-za até a entrada das passarelas.Temos um projeto de iluminaçãoconsequente da administração pas-sadas, mas não podemos tocar parafrente", disse.

Apenas a passarela de SalgadoFilho, citada acima no início da re-portagem, é de ordem da Prefeitu-ra de Natal, sob apreciação da Se-cretaria de Mobilidade Urbana(Semob) e do STTU, segundo in-formou o secretário da Semsur. Areportagem entrou em contato comElequicina Santos, responsável pelaSemob, que informou já possuirprojeto de readequação, mas aindaprecisa discutir viabilidade dacausa.

A passarela de Mirassol, estru-tura que liga dois grandes centroscomerciais de Natal, está com aestrutura comprometida. A cons-tatação é fruto da observação daequipe de reportagem. Por dia, cen-tenas de pessoas utilizam a estru-tura para ir de Mirassol a Cande-lária, e o caminho inverso. Pelamanhã e no início da noite são re-gistrados os horários de pico, emque o tráfego no local estreito ficacomprometido. Foi notado ferru-gem nas grades de proteção, assimcomo nas estruturas aparentes emcolunas e ao longo da passarela.Foi percebido que por vezes, a es-trutura balança apenas com a inten-sificação do vento.

Localizada no bairro de Poti-lândia, outra passarela apresentaferrugens ao longo de toda a suagrade de proteção ao pedestre. Emalguns pontos, galhos de uma ár-vore próxima invadem a passa-gem e prejudicam o tráfego nor-mal das pessoas. A população re-clama da estrutura aparentemen-te deficiente.

DESGASTE DA ESTRUTURA, FALTA DE SEGURANÇA E DE MANUTENÇÃO AFASTAM PEDESTRES DOS EQUIPAMENTOS PÚBLICOS

Passarelas de riscopara os pedestres

Estrutura de concreto desgastada, grades de proteção enferrujadas e pichações demonstram abandono das passarelas

A funcionária pública Ângela Maria acha uma vergonha aforma em que os órgãos responsáveis pela manutenção das pas-sarelas tratam desses problemas. "Infelizmente as coisas no Brasilsó funcionam quando acontece algo grave e que chame atençãonacional. O Ministério Público poderia fazer seu papel junto àpopulação e exigir que as autoridades tomem as devidas providên-cias", afirmou.

Helena Pereira, 32, e Joana Darck (foto acima), 25, dizem queo mais impressiona é o odor de algumas passarelas, que pode seridentificado de longe. "Parece mais um banheiro público. Como osmoradores de rua não tem onde dormir nem fazer necessidades,eles acham por bem fazê-las nas passarelas. O cheiro forte chegaa dar náusea", disse Helena. Avaliando outros problemas, Joanareforça a questão da segurança.

"O que a gente mais vê por aí pessoas correndo nas ruas, evi-tando as passarelas. Em muitos desses casos é por pura pregui-ça do pedestre, mas se formos analisar, as passarelas não garan-tem nenhuma segurança. Talvez seja melhor esperar os carrospassarem e achar uma brecha entre eles, do que correr o risco dever a estrutura desabando com você junto", disse a estudante.

População reclamada disposiçãodas estruturas

Fotos: Wellington Rocha

Fotos: Wellington Rocha

Oswaldo da Silva (foto acima), comerciante de 62 anos,contraria o depoimento da estudante e afirma que "mais valeperder um minuto de vida do que a vida em um minuto", refe-rindo-se à travessia nas ruas. "Entretanto, isso aqui está umavergonha. Já imaginou um desastre que implique na queda deuma passarela? Morre quem está em cima e quem está embaixo da estrutura", disse.

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Quarta-feira10 O Jornal de HOJE Natal, 20 de fevereiro de 2013 Cidade

O Centro de Detenção Provisó-ria (CDP) do município de CurraisNovos, no Agreste potiguar, foi in-terditado ontem após decisão judi-cial do magistrado Marcus ViníciusPereira e não poderá mais recebernovos presos. Adeterminação acon-teceu depois de uma inspeção rea-lizada no estabelecimento prisional,onde o juiz constatou condições pre-cárias de infraestrutura. Atualmen-te, há 30 detentos na unidade, querecebe presos de outros cinco mu-nicípios.

Conforme Marcus Vinícius,entre as irregularidades encontra-das, estão a falta de uma seleção ini-cial ou triagem dos custodiados, queestão alojados em um espaço cole-tivo; instalações sanitárias precárias,infraestrutura inadequada para aco-modar pessoas e falta de assistênciapreventiva e curativa para a saúdedos internos.

"As celas também não dispõemde janelas amplas, dispostas de ma-

neira a possibilitar circulação de arfresco, para que o preso possa ler etrabalhar com luz natural. Da mesmaforma, o local não dispõe de luz ar-tificial suficiente, para que o presopossa ler e trabalhar sem prejuízo dasua visão", afirmou o juiz.

Diante das atuais condições doCDP de Currais Novos, Marcus Vi-nícius resolveu decretar a interdi-ção da unidade, que não poderá re-ceber novos presos até que o Gover-no do Estado faça as melhorias su-geridas e elimine os problemas en-contrados no estabelecimento, queconta com três celas.

Segundo o diretor do CDP, Ed-naldo Cândido, as observações fei-tas pelo magistrado durante a inspe-ção são difíceis de serem cumpridasdiante das atuais condições do sis-tema carcerário potiguar. "Ele disseque é preciso seis metros quadra-dos para cada preso, o que é impos-sível diante das condições que temoshoje no Estado", afirmou.

Ednaldo disse ainda que os 30presos estão divididos em três celas,sendo uma com 5,20; 6,2 e sete me-tros quadrados cada, de acordo coma capacidade de cada uma delas."Não receber mais presos será atémelhor para mantermos o pouco deconforto que podemos ofertar aospresos, que são vindos de mais cincocidades do entorno de CurraisNovos. Só não sei como será agora,para onde essas pessoas irão", falou.

Ele explicou ainda que a deter-minação judicial já foi comunicadaà Secretaria Estadual de Justiça e daCidadania (Sejuc) e que irá aguar-dar a decisão do órgão sobre o fato.Além da direção da unidade, a Co-marca de Currais Novos remeteu adecisão para a Corregedoria Geralde Justiça; à Presidência do Tribu-nal de Justiça do Estado; ao Procu-rador Geral de Justiça do RN; aopresidente da Assembleia Legislati-va, à governadora do Estado, bemcomo ao Ministério Público em exer-

cício na cidade de Currais Novos.Conforme o Tribunal de Justiça,

a interdição é parcial é baseada naLei de Execuções Penais, que per-mite, por meio do artigo 66, ao juizda execução interditar, no todo ou emparte, estabelecimento penal que es-tiver funcionando em condições ina-dequadas ou com infringência aosdispositivos da legislação.

"Para não ser mal interpretado,ressalto que sou favorável ao uso dodinheiro público em favor do povo.E, se para termos segurança públi-ca, necessário se faz construir Pre-sídios, pois lugar de pessoas quecometeram crimes é na cadeia.Ainda que estejam segregados e te-nham supostamente praticado in-frações graves, os presos provisó-rios e definitivos em nenhum mo-mento perderam o direito à digni-dade humana, o que pode ser veri-ficado pela leitura dos artigos 40 a43, da Lei 7210/1984", esclarece omagistrado.

ALESSANDRA BERNARDO

REPÓRTER

Após ser presa vagando pelasruas da zona Norte de Natal e tertido sua prisão preventiva decre-tada pelo Tribunal de Justiça doRio Grande do Norte (TJRN), Jo-senilde Lopes de Mendonça con-fessou que matou o próprio filho,um bebê de apenas oito meses. Ocrime ocorreu durante a noite desexta-feira para sábado de carna-val. Em depoimento, a mulherdisse que matou a criança duran-te um surto e que estava bêbada edrogada no momento em que ini-ciou o espancamento. O laudo doInstituto Técnico Científico de Po-lícia do Rio Grande do Norte(Itep/RN) revelou que a causa damorte foi traumatismo crânio-en-cefálico.

Ao delegado Sílvio Fernando,designado especialmente para ocaso, Josenilde disse que estava ar-rependida do que havia feito aofilho, que tinha apenas oito mesesde vida, e que espera que Deus aperdoe um dia. Antes disso, porém,ela negou o fato e chegou a dizer quehavia saído para beber e deixado acriança sozinha no apartamento emque morava, no bairro de Nova Des-

coberta, na zona Sul de Natal.Conforme o delegado Sílvio,

a mulher disse que, ao chegar àresidência, teria encontrado o filhojá sem vida e que ele deve ter mor-rido ao cair da cama em que esta-va. "Eu jamais mataria meu filho",chegou a dizer à imprensa ontem,depois de ter sido presa pela Po-lícia Militar vagando pela Aveni-

da João Medeiros Filho, próximoao Rio Doce, na zona Norte. Naocasião, Josenilde disse que esta-va caminhando em direção à PonteNewton Navarro e que planejavacometer suicídio, se jogando dovão central.

Ela estava sendo procuradadesde o último dia 9, quando ocorpo do bebê foi encontrado en-

rolado em um lençol, com hema-tomas da cabeça. O apartamentoestava trancado e, conforme os vi-zinhos de Josenilde, a mulher haviasaído de casa há, pelo menos, doisdias e não tinha sido mais vistadesde então. A criança foi sepul-tada no dia 10, sob forte como-ção.

O laudo cadavérico divulgado

pelo Itep/RN revelou que o bebêsofreu traumatismo crânio-ence-fálico e, conforme o delegado Síl-vio Fernando, a suspeita é que eletenha sido assassinado por espan-camento ou socos na cabeça. Eledisse ainda que, caso a morte tives-se sido provocada por uma queda,o bebê teria apresentado outros he-matomas pelo corpo, o que não

aconteceu.Na manhã de hoje, a juíza Vir-

gínia Rego decretou a prisão pre-ventiva de Josenilde Lopes deMendonça por homicídio doloso,que deve ser levada ainda hojepara o Centro de Detenção Provi-sória (CDP) de Parnamirim. Antes,ela passará por exame de corpo dedelito no Itep/RN.

> DECISÃO

Mãe confessa que estava bêbada e drogadaquando matou o próprio filho de oito mesesJOSENILDE LOPES DE MENDONÇA FOI PRESA ONTEM, VAGANDO DESORIENTADA PELA ZONA NORTE DA CAPITAL POTIGUAR

Justiça interdita Centro de Detenção Provisória deCurrais Novos por condições precárias de estrutura

Três homens foram presos du-rante abordagens policiais reali-zadas nas últimas 24 horas no RioGrande do Norte. Um deles é acu-sado de ter assassinado um rapazde 23 anos, morto a tiros na terça-feira de Carnaval no município deSanta Cruz, no Agreste. Ele jácumpre pena no regime semi-aber-to por assalto a mão armada eporte ilegal de armas e respondena Justiça por outros três homicí-dios.

De acordo com informaçõesda Delegacia Geral de PolíciaCivil, Anderson da Silva Ribeiroexecutou Gleydson Edson SoaresCassiano com vários disparos dearma de fogo em frente ao clubeJuvenal Pé de Copa. Depois docrime, ele fugiu do local para evi-tar o flagrante e se escondeu nacasa de amigos.

Ontem, policiais civis da 9ªDelegacia Regional de Santa Cruzconseguiram prendê-lo após dili-gências no município. Conhecidoainda pelo apelido de "Novinho",o acusado tem 23 anos e foi deti-do por força de um mandado de

prisão. No entanto, mesmo como mandado de busca e apreensãoexpedido, os policiais não conse-guiram localizar a arma usada nocrime.

Já no município de Assu, noOeste potiguar, Joab RodriguesBaracho foi preso acusado de vá-rios assaltos a estabelecimentos

comerciais na cidade de Itajá,ocorridos nos últimos meses. Umcomparsa dele, identificado comoLeandro Ricardo Varella SoutoSilva ou "Abu", já havia sido de-tido em 25 de janeiro passado. Eoutro, Nike Lauda Eduardo da Fé,foi morto após uma troca de tiroscom a polícia.

Conforme o delegado deAssu, Emerson Valente, Joab es-tava sendo investigado há cercade um mês, quando foi solicita-da a prisão preventiva dele, quejá responde a processo criminalpor envolvimento com o tráficode entorpecentes na cidade. Eleexplicou que durante as investi-

gações, os policiais descobriramque o acusado emprestou suamotocicleta aos dois comparsas,para que eles cometessem os cri-mes.

ACUSADO EM PARNAMIRIMOntem à noite, policiais mili-

tares da Ronda Ostensiva com

Apoio de Motocicletas (Rocam) edo 3º Batalhão conseguiram pren-der em flagrante Matheus Félixda Silva, de 19 anos. Ele é acusa-do de roubar motocicletas na ci-dade de Parnamirim e no momen-to da prisão, estava chegando aum imóvel no bairro de Pirangide Dentro, onde foram encontra-dos três veículos, sendo dois comqueixa de roubo.

Conforme o oficial de opera-ções do 3º BPM, o acusado negouas acusações e disse que tinha idoao local apenas buscar sua moto-cicleta, que ele havia emprestadoa um homem que morava ali. Noentanto, ele não soube informar onome da pessoa. Joab foi levadopara a Delegacia de Plantão dazona Sul, onde foi autuado em fla-grante por crime de receptação.

A terceira moto encontrada empoder de Joab possuía um apare-lho GPS e pertencia a uma em-presa de segurança privada. Apóster sido tomada durante um assal-to, ela passou a ser monitoradapela Polícia Militar e, ontem, foilocalizada com o acusado.

> AÇÃO

Polícia Civil consegue prender três acusados deassaltos e homicídio cometidos em cidades do RN

Decisão do juiz Marcus Vinícius Pereira surge após inspeção realizada no local

Anderson da Silva Ribeiro é acusado de assassinar Gleydson Soares em Santa Cruz

Wellington Rocha

Wellington Rocha

Joab Rodrigues Baracho foi preso sob acusação de ter participado de vários assaltos

Cedida: Degepol

Josenilde Lopes de Mendonça confessou ter matado o próprio filho, que tinha apenas oito meses de idade. Delegado designado para o caso, Sílvio Fernando revelou que a mulher se disse “arrependida”

PortalBo

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VIVA FERNANDO!Hoje é aniversário de um cara que

muito fez pelo RN quando esteve noPoder, quer seja como senador oucomo ministro de Estado. Sou, alémde amigo, um admirador e testemu-nha ocular da história de grandeza doempresário Fernando Bezerra.

CÉREBROSImpressiona a enorme diferença

de personalidade entre os neurocien-tistas Sidarta Ribeiro e Miguel Nico-lelis. O segundo pode ser caracteri-zado de duas maneiras: é um poçoprofundo de vaidade ou um poço semfundo de vaidade profunda.

QUALIFICAÇÃODepois que se incorporou à

UFRN com a instalação do Institutodo Cérebro, Sidarta Ribeiro não res-tringiu as relações humanas ao setortecnológico da universidade. Profes-sores da área de humanas dão depoi-mentos sobre sua inteligência e sim-plicidade.

RENÚNCIANão procede o noticiário sobre o

tempo de 600 anos desde que umoutro papa renunciou como BentoXVI. Na verdade, faz poucos anosque o RN assistiu a renúncia de umpapa, quando Vivaldo Costa desistiude compor o PSD ao lado de Robin-son Faria.

ENCONTROO vice-governador Robinson

Faria retornou segunda-feira de SãoPaulo, onde aproveitou, entre com-promissos pessoais, para reforçarcom Gilberto Kassab o início porNatal dos encontros regionais do PSDpara deliberar entrada na base deDilma.

DESEJOUma liderança do PT confiden-

ciou ontem a dois amigos que a de-putada Fátima Bezerra não arrisca-rá perder o mandato de deputada fe-deral numa aventura ao Senado. Mas,que ela sonha na composição com

Garibaldi Filho, que considera umaaposta correta.

ZÉ DIRÇAPara não constranger Dilma

Rousseff, presente no ato festivopelos 10 anos do PT no governo fe-deral, o capataz do mensalão, JoséDirceu, ficará calado no meio da pla-téia. Sequer vai dirigir a palavra aochefe Luiz Inácio, também presenteno Holiday Inn.

CAMPOS & TAISAlém de não comparecer ontem

ao lançamento do "Brasil sem Misé-ria", nova versão publicitária do"Bolsa Família", o governador de Per-nambuco, Eduardo Campos, não de-monstrou interesse em participar hojedo ato pelos 10 anos do PT no poder.

FOGO AMIGOO PT está mais por satisfeito com

as escaramuças que os irmãos Gomes

(Ciro e Cid) disparam do Ceará con-tra uma provável candidatura deEduardo Campos ao Planalto. Apesarde correligionários do pernambucano,os cearenses são doidos por Dilma.

O EX DELEGADOPelo Twitter, o deputado Protó-

genes Queiroz, que trocou a PolíciaFederal pela militância no PCdoB,jactou-se de já ter efetuado a prisãode Paulo Maluf. Mas, quando pôde,não prendeu Lulinha, apesar das pro-vas, como mostrou a revista IstoÉ nº2020.

LITERATURADo poeta dissidente Anjo Au-

gusto, por mensagem restrita no Fa-cebook: "Acho que o escritor Anto-nio Prata demora ainda um bocadi-nho a se tornar Ouro, já alguns re-datores da aldeia de Cascudo per-manecerão muito tempo como lite-ratos de Bronze".

Quarta-feira O Jornal de HOJE 11O Jornal de HOJE11Natal, 20 de fevereiro de 2013CidadeCidade

Alex [email protected]

Por Elio GaspariFolha de S. Paulo

O PT tem dois ex-presidentes e um ex-te-soureiro condenados a penas em regime fecha-do e quer mudar o sistema eleitoral brasileiropara pior. A saber: José Dirceu deve dez anose dez meses, José Genoino, seis anos e onzemeses e Delúbio Soares, oito anos e onze meses.

Todos condenados por corrupção pelo Su-premo Tribunal Federal. Todos continuam nopartido e Genoino, protegido pelo manto dasprerrogativas do Legislativo, ocupa uma ca-deira de deputado federal.

Quando o ex-governador Olívio Dutra tevea coragem de dizer que Genoino deveria renun-ciar, o deputado André Vargas (PT-PR) lembrouque quando ele "passou pelos problemas daCPI do Jogo do Bicho, teve a compreensão detodo mundo". Pela vontade de seu partido e acompreensão de seus pares, Vargas é o primei-ro vice-presidente da Câmara.

Os comissários blindaram-se na defesa deseus companheiros, todos condenados por prá-ticas confessas. É direito deles. Quem espera-va um sopro de interesse pela moralidade, per-deu seu tempo. Deu-se o contrário. Na melhorprática petista, decidiram "partir para cima". Emvez de discutir a conduta de seus dirigentes, que-rem mudar de assunto.

A proposta vem do governador do RioGrande do Sul, Tarso Genro, Ele sugere um "re-vide". Levanta de novo a bandeira de uma re-forma política que crie o financiamento publi-co para as campanhas eleitorais e estabeleça ovoto de lista para a escolha dos deputados e ve-readores.

Pelo voto de lista os eleitores perdem o di-reito de escolher o candidato em quem votam.Pelo sistema atual, um cidadão de São Paulovotou em Delfim Netto e elegeu Michel Temer.É um sistema meio girafa, mas o eleitor sem-pre poderá lembrar que votou em Delfim.

Pelo voto de lista, os partidos organizam aslistas, o cidadão vota na sigla e serão eleitosos primeiros nomes da preferência das caci-quias. Se os companheiros do PMDB coloca-rem Temer em primeiro lugar e Delfim em 20º,

não haverá força humana capaz de levá-lo à Câ-mara.

A escolha deixa de ser do eleitor, que a vêtransferida para partidos, por cujas direçõespassaram Genoino, Dirceu, Delúbio. Ou aindaValdemar Costa Neto, então presidente do PL,condenado a sete anos e dez meses de prisãoe Roberto Jefferson, do PTB, com sete anos ecatorze dias.

O segundo pilar do "revide" é o financia-mento público de campanha. Acaba-se comum sistema no qual os diretores de empresasusam dinheiro dos acionistas para investir empolíticos e transfere-se a conta para a patuleia.Nesse sistema, por baixo, a Viúva gastaria R$1 bilhão para financiar candidatos.

Todas as maracutaias interpartidárias domensalão deram-se ludibriando-se leis vigen-tes. Ganha uma passagem de ida a Cuba quemacredita que esse tipo de financiamento acaba-rá com o caixa dois. Se o PT quer falar sério,pode defender uma drástica limitação das doa-ções de pessoas jurídicas, deixando a Viúvaem paz.

A proposta do "revide" é a síntese ideoló-gica e fisiológica da mensalagem. Você pagae eles decidem quem irá para a Câmara. Eles,quem? José Dirceu, José Genoino, DelúbioSoares, Valdemar Costa Neto e Roberto Jeffer-son, com um patrimônio de 41 anos e seismeses de cadeia, ou seus dignos sucessores.(EG, Folha de hoje)

O comissariadoO comissariadonão toma jeitonão toma jeito

A VOLTA DE RUBÃOEis o selo oficial

para os eventos quemarcarão os 40

anos do retorno dojornalista Rubens

Lemos do seu exíliono Chile, em

setembro de 1973.A iniciativa da

programação é dos3 filhos e da viúva

Isolda Melo, que sãoo legado moral e

amoroso do saudosoRubão. Vários dosseus amigos já seincorporaram ao

projeto dehomenagem à sua

trajetória no jornalismo e na política.

Diversos servidores ligados àadministração municipal de Natalestiveram reunidos na manhã destaquarta-feira (20) durante assembleiageral sobre a Data-Base, a primeirado ano realizada pelo Sindicato dosServidores Públicos Municipais deNatal (Sinsenat) para dar início àcampanha salarial da categoria. AData-Base é um mecanismo de atua-lização anual da matriz salarial, paraevitar o congelamento do saláriobase. A reunião ocorreu em frente asede do Sindicato.

"A Data-Base é em março edesde janeiro que nós oficializamosjunto ao prefeito a instalação Mesade Negociação, com as reivindica-ções específicas da categoria. Hojefoi a primeira assembleia e queremosesse passo inicial em luta do cum-primento desse direito, que nos é ga-rantido por lei", afirmou a presiden-te do Sindicato, Soraya Godeiro.

De acordo com Soraya, o titu-lar da Secretaria Municipal de Ad-ministração e Gestão Estratégica(Segelm), Dionísio Gomes, infor-

mou que a reunião sobre a Data-Base será realizada no próximo dia7 de março no Gabinete Civil. "Jáno dia 8 realizaremos uma nova as-sembleia para expor o resultadodessa reunião. A Data-Base é lei ea prefeitura tem que cumprir, inde-pendente da posição deles. Dare-mos os encaminhamentos necessá-rios para o cumprimento. O que nãopodemos aceitar é o congelamentosalarial", afirmou.

Desde a formação do governo detransição municipal que a direçãodo Sindicato entregou uma pautapara que seja instituída uma MesaPermanente de Negociação com aPrefeitura. Além disso, a categoriaquer prosseguir com às questões de-mandadas pelos servidores, as quaisvêm sendo proteladas pela prefei-tura nas últimas gestões.

A pauta das demandas apresen-tadas refere-se ao cumprimento deleis e de respostas às questões vitaispara o bom funcionamento da cida-de de Natal, no que se refere aosserviços essenciais ao cidadão como

saúde, educação, segurança pública,prevenção do meio ambiente e de-senvolvimento.

"Os servidores estão mobilizadose dispostos a ir para a luta em defe-sa de seus direitos e conquistas. Abusca pela valorização e reconheci-mento profissional dos servidorescom condições de trabalho é fatordeterminante para o processo de re-construção de Natal", afirmou a lídersindical durante a assembleia.

MESA DE NEGOCIAÇÃOO Sinsenat reivindica a criação

de uma Mesa Permanente de Nego-ciação para encontrar no diálogo oatendimento às demandas, com oobjetivo claro da valorização do ser-vidor e a implementação de serviçopúblico de qualidade no município.A expectativa da categoria é quepossa evitar o acirramento entre ser-vidores e administração, situaçãomuito recorrente nos seis anos demandato da primeira gestão de Car-los Eduardo, segundo informou So-raya Godeiro.

Sinsenat quer iniciar negociação com Prefeiturae diz que “não aceitará congelamento salarial”SERVIDORES MUNICIPAIS SE REUNIRAM NA MANHÃ DE HOJE EM FRENTE A SEDE DO SINDICATO PARA DISCUTIR AÇÕES

Presidente do Sinsenat, Sônia Godeiro (com o microfone), reivindica a criação de uma mesa permanente de negociação

Heracles Dantas

Page 12: FLIP  20.02.2013

Quarta-feira12 O Jornal de HOJE Natal, 20 de fevereiro de 2013 Cidade

Daniela Freire II

I

POLÍTICA E SOCIAL - [email protected]

w SEGUNDA CHANCEAlegando compromisso de últimahora - uma viagem - o presidentedo STF, ministro Joaquim Barbosa,cancelou o encontro que teria napróxima sexta-feira com o presiden-te do Tribunal de Justiça do RN,Aderson Silvino.

>>>O gabinete do ministro propôs mar-car nova data.

>>>Mas como Aderson participará deevento jurídico em Brasília, na se-gunda-feira (25) que vem, com apresença de Barbosa, o encontro de-verá ocorrer de forma mais infor-mal mesmo.

>>>O Encontro dos Presidentes dos Tri-bunais de Justiça com o presidentedo STF está marcado para as 15h,no salão da presidência do SupremoTribunal Federal.

w LONGE DISSOA informação do Tribunal é de queo cancelamento da audiência abso-lutamente nada tem a ver com aquestão envolvendo a decisão doCNJ sobre a votação do QuintoConstitucional.

w OPINIÃOEm tempo: ontem à noite o CNJmanteve, por decisão unânime, a li-minar que suspende a decisão doTJRN sobre a lista tríplice.

>>>E um dos principais críticos ao"modus operandi" do tribunal na vo-tação foi Joaquim Barbosa...

w À ESPERA...Aliás...

>>>...no meio dessa nuvem de fumaçaestabelecida entre os dois órgãos dojudiciário, está o candidato vence-dor para ocupar a vaga de desembar-gador, Glauber Rêgo.

>>>O advogado já garantiu ao TJRNque não recorrerá da decisão doCNJ, pois irá aguardar o julgamen-to do mérito da questão pelo pró-prio Conselho.

w INDÍCIOSobre a influência de um conceitua-do advogado junto ao CNJ para agirem relação à votação da lista trípli-ce no TJRN...

>>>...hoje a coluna ouviu de fonte jurí-dica, do próprio tribunal, que o co-lega do advogado, participante dopleito, passou o dia de ontem em li-gações para a imprensa local paracontar detalhes da decisão do CNJ.

w E A CENA SE REPETE...Absolutamente previsível a mensa-gem lida pelo prefeito Carlos Eduar-do Alves, ontem, na Câmara Muni-cipal de Natal.

>>>Como já era esperado - houve atéquem apostasse que seria assim -, odiscurso do chefe da capital poti-guar lançou mão do velho - e bas-tante usado pelos gestores da Terri-nha - retrovisor.

>>>Carlos apostou no estilo "batendoem cachorro morto", criticando agestão anterior e citando os proble-mas da cidade, o que não é novida-de para ninguém. E pouco falousobre os projetos que tem para a ci-dade. Isso ficou em segundo plano,pareceu.

>>>Detalhe para o pedido de "apoio" ede "convivência harmônica" feitopor Carlos Eduardo aos vereadoresda CMN.

...da jornalista Cristiana

Lôbo: "Dilma vai mais cedo

para festa do PT em São

Paulo. A tempo de conver-

sar a sós com Lula. Na pauta

reforma ministerial, STF e

força de aliados";

...da jornalista Rosalie Ar-

ruda: "'Não é justo o poder

público pagar o camareiro

do governante'. Deputado

kelps Lima apresentando

projeto que acaba a resi-

dência oficial";

GIRO PELO TWITTER

w A CÓPIA DE SEMPREO retrovisor usado por Carlos Eduardo foi criticado por alguns edisnatalenses...

>>>Luiz Almir foi direto: "Quem pegar o discurso de Micarla há qua-tro anos atrás, vai ver que foi idêntico ao feito ontem por CarlosEduardo. Ela disse as mesmas coisas, só mudava o ano e o sexo".

w INTENSIVÃOFalando nisso...

>>>...a falta de informações na mensagem do prefeito a respeito do quevem sendo feito e do que será realizado em sua gestão não signifi-ca que os seus secretários não estejam trabalhando como loucos parapôr as coisas em ordem na casa.

>>>Com uma agenda super ocupada, a secretária de Educação JustinaIva, por exemplo, não consegue espaço nem para atender a vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria.

Prefeito e vice 'resenhando' minutos antes da leitura daMensagem Anual na Câmara Municipal de Natal. Carlos e Wilma

mostrando entrosamento entre cochichos e sorrisos...

Márlio Forte

Muita reza do vereador Flanklin Capistrano na missa em homenagem ao niver da vice-prefeita Wilma de Faria

Márlio Forte

Márlio Forte

w SEM DESCANSOOntem, na saída da Câmara Municipal, após a sessão que deu inícioaos trabalhos legislativos na Casa, a pessebista tentou agendar umaaudiência e não conseguiu.

>>>A secretária lhe pediu, então, que ela aguardasse o início do ano leti-vo municipal para procurá-la novamente.

>>>Para reforçar a justificativa do "não" dado a Wilma, Justina Iva res-saltou: está trabalhando 20 horas por dia!

w RESULTADO POLÍTICO DA VOTAÇÃO...Opinião do deputado Fernando Mineiro sobre a relação entre PMDBe Governo Rosado após votação dos vetos às emendas dos parlamen-tares ao OGE: "Pela fidelidade do PMDB-RN à #GovRosaDEM noepisódio dos vetos ao orçamento está firme a aliança PMDB-DEM.Uma DR resolve*. A conferir".

w PONTO PARA ELACom a rejeição a dois vetos do governo do Estado, pela AssembleiaLegislativa do Rio Grande do Norte, neste início de semana, duas leisda deputada estadual Gesane Marinho (PSD) passarão a valer.

>>>Uma das legislações, voltadas para a inclusão social, concede às pes-soas com visão monocular (por apenas um dos olhos) os mesmos di-reitos dos deficientes visuais. Já a lei "Selo Amigo do Esporte" prevêa criação de um selo para ser conferido às empresas privadas do Es-tado que investirem em projetos no âmbito desportivo.

w EVENTO JURÍDICOA Escola Superior de Advocacia da Ordem dos Advogados do Brasilno Rio Grande do Norte realiza hoje, às 19h, no auditório do Minis-tério Público, Aula Magna de abertura do ano da ESA.

>>>Na oportunidade, presença do novo diretor-geral da Escola Nacio-nal de Advocacia, Henri Clay Santos Andrade, e palestra do pro-fessor Misael Montenegro Filho, com o tema "Responsabilidade Civildo Advogado".

Vereadores Júlia Arruda e Bertone Marinho atentos a primeira sessão do ano

Aécio com a sua Benedita Diniz comemorando na confraternização das Óticas Diniz

Bobflash Mulheresnofds

Inverno 2013Lucas Magalhães noMinas Trend Preview

Page 13: FLIP  20.02.2013

Tirei o Carnaval para ler osquatro livrinhos da coleção Cla-roenigma, da Companhia das Le-tras. São compilações de algunsautores que se debruçaram sobrea história e a formação do Bra-sil com olhar antropológico, so-ciológico e filosófico. Com apane da JET, que me deixou seminternet durante o período (a gra-vação dizia que"nossos engenhei-ros estão traba-lhando para resta-belecer o servi-ço"; isso duroutoda a folia deMomo), tive maistempo para con-cluir meu'projeto'. Hojeabordo os doisprimeiros - quar-ta-feira que vem,completo a tetra-logia.

"Índios doBrasil - História,Direitos e Cida-dania", de Ma-nuela Carneiroda Cunha, e "Nem preto nembranco, muito pelo contrário -Cor e raça na sociabilidadebrasileira" , de Lilia MoritzSchwarcz, formam um conjun-to de 14 ensaios sobre o'processo civilizatório' inicia-do desde a chegada de Cabral.Para muitos, mais do mesmo -ou dirão que é ladainha socia-l is ta sobre exploração dos

povos oprimidos, ou fecharãoos olhos para o lado sombrioda colonização brasileira.

Nem uma coisa, nem outra.Dos portugueses, que batizaramtudo que encontraram por aquicom nomes de santo; dos tupis,guaranis, aimorés e botocudos,que seriam integrantes de umadas Dez Tribos de Israel; do en-

tendimento humanístico euro-peu sobre dessemelhança, nasci-do com a política das Navega-ções; do canibalismo vingativoou alimentar; da balela de quevivemos em uma democracia ra-cial; e da criação de mitos nacio-nais, como a 'dádiva' da mesti-çagem observada na feijoada, nosamba e no futebol; uma naçãofoi forjada à base de genocídios,

apartheid e corrupção.Daí surgiu a apologia da ma-

landragem, do jeitinho, do ca-boclo, mameluco ou cafuzo quesuplantou espadas e canhõespara montar o maior laboratórioracial do mundo (o conceito deraça é aprofundado por LilianMoritz). Passada a SegundaGuerra, misturar pessoas era o

que tinha de maismoderno - entãonada melhor queacreditar no Deusnatural de algumaselva do Patropi.As duas antropólo-gas (Manuela foiuma das principaisdiscípulas de Clau-de Lévi-Strauss)tratam das leis epolíticas adotadasao longo dos cincoséculos.

Diante da ver-gonha de verRenan Calheiros devolta à presidênciado Senado; do pro-testo sem eira nem

beira da turma do PT e da CUTcontra uma blogueira cubana; demorar em um lugar com índicede violência de causar inveja emPol Pot; e de saber que mamãeDilma dará mais mesadas para oslascados, "Índios do Brasil" e"Nem preto nem branco..." acen-dem uma luz forte na escuridãoque perdura da Serra do Navioaos pampas gaúchos.

PrefácioCONRADO CARLOS - [email protected]

Quarta-feira O Jornal de HOJE 13Natal, 20 de fevereiro de 2013

Cena UrbanaVICENTE SEREJO - [email protected]

Cidade

Nem falo do sol negro, Senhor Redator, que cobre desombras a pobre alma dos melancólicos nas manhãssempre luminosas para os felizes. Falo da melanco-

lia a tisnar a alma dos colecionadores, tenham o ouro da gló-ria ou o pobre arminho da fantasia. Colecionar ou juntar,creia, impõe o mesmo e duro destino: o prazer de encontraros objetos do desejo sabendo que um dia cada um deles to-mará seu caminho e será, de novo, num estranho maniqueís-mo – o bem e o mal de outros colecionadores.

Daí desconfiar ser o espírito do colecionador o territó-rio ideal de um tipo de melancolia que pode não nascer dabile negra quando se derrama na carne e inunda a alma dagrande tristeza, como pensavam os velhos alquimistas. Mas,há de ser quase assim. Não foi à toa que o poeta Gerard deNerval, num soneto tristíssimo, nascido do seu mais profun-do penumbrismo, espantou o velho mundo com o sol negroe tenebroso da melancolia, tão miseravelmente nascido dasolidão humana.

Talvez tenha sido esse sentimento de perda e desconso-lo o que amargou na boca quando li a crônica de Ruy Cas-tro com a pequena história de duas coleções de discos fei-tas por um homem rico e outro pobre. O rico, capaz de podercomprar um apartamento de luxo por semana com o lucrode sua indústria cerâmica. E o pobre, quase miserável, vi-vendo sozinho numa pequena casa de subúrbio cheia de go-teiras, sem dinheiro, vítima de acidente vascular cerebral, sempoder comprar remédios.

Entre eles, uma diferença: o rico morava no Jardim Eu-ropa, um dos lugares mais caros de São Paulo. Era o indus-trial Victor Simonsen. Quando faleceu, deixou nas salas dasua mansão uma coleção com 100 mil discos, entre Lps e78 rotações, vindos do mundo inteiro que consumiu toda suaalegria de viver: 'clássicos, óperas, jazz, big bands, Broad-way, Hollywood, cantores americanos, franceses e brasilei-ros, valsas, tangos, boleros, bossa nova', como detalha comesmero Ruy Castro.

O pobre colocou sua coleção à venda em 2005. Era bemmenor, tinha apenas 8 mil discos, ou seja, menos de dez porcento da coleção do industrial milionário. Mas, como o pró-prio Ruy Castro registra, uma coleção de raros discos impor-tados, todos de jazz. Levou décadas para fazer a coleção comseus poucos recursos, 'sacrifícios enormes' – acentua Ruy.Muitas vezes deixou de comprar um sapato e remédios 'paraadquirir um disco, morando numa casinha da Rua do Orató-rio, na Mooca'.

Duas histórias iguais, Senhor Redator, mas com o mesmoe triste fim, unindo um milionário e um grande artista empo-brecido. A coleção do rico, por ser muito grande e cara, aca-bou vendida em lotes, quebrando sua unidade rara e valiosa.A outra, com os discos já úmidos, respingados da chuva comas goteiras da casinha pobre, eram da coleção do grande pia-nista e compositor Johnny Alf que depois da carreira de su-cesso, acabou pobre, esquecido, vítima de um AVC, sozinhonum asilo...

w MAIORIA - IPara algumas fontes do governo o episó-dio do orçamento serviu para mostrar queé larga a margem de superioridade da ban-cada governista na Assembleia. E há osque festejam como sendo positivo.

w É... - IISem dúvida. Mas também demonstra quenão são político-partidários os problemasdo governo como vem sendo demonstra-do. O governo não acerta é nas relaçõescom a sociedade livre e independente.

w ELEIÇÃOExemplar, como equilíbrio, a nota oficialdo Poder Judiciário sobre os critérios paraa eleição da lista tríplice. Sem se ames-quinhar nem desrespeitar a decisão limi-nar do Conselho Nacional de Justiça.

w PAPAQualquer que seja o próximo Papa a Igre-ja não apoiará o casamento homossexuale o aborto. São questões de princípios.Previsão é de John L. Allen Júnior, o bió-grafo de Bento de XVI. São pontos ine-gociáveis.

w ELEIÇÃOEsta coluna errou. A eleição do professorMarcelo Navarro para a Academia Norte-Rio-Grandense de Letras não foi ontem.A agenda está marcada para a terça-feirapróxima na sede da ANL às 17 horas.

w MOSSORÓFez bem o secretário de turismo, RenatoFernandes, ouvir ontem e hoje o trade deMossoró. Talvez encontre uma boa justi-ficativa para a duplicação da estrada deTibau e que já engoliu R$ 34 milhões.

w TATIBela sacada do Sesc exibindo de 25 a 27próximos os filmes de Jacques Tati nasunidades de Natal, Mossoró, Caicó, S.Paulo do Potengi, Nova Cruz e Macaíba.Abre dia 25, 18h, Sesc da Cidade Alta.

w FOTOSSão quatro os destinos da Expedição Fo-tográfica que parte de Natal, dia 10 demarço, seis da manhã: Pedra da Boca, Ba-naneiras, Areia e Paraíba. E as inscriçõespodem ser feitas através do 3211.5436.

w TEMAO Capibaribe – 'O rio que inventou oRecife' – tantas vezes cantado em prosa everso pelos poetas pernambucanos é a ma-téria de capa da revista Continente, ediçãode fevereiro. Com belas imagens.

w HAMLETDe hoje até domingo os Clowns de Sha-kespeare encenam no barracão de NovaDescoberta a última temporada do semes-tre de Hamlet. Em seguida o grupo segui-rá para o festival de teatro de Curitiba.

w TERAPIA - ISaiu no New York Times e foi transcritano caderno Equilíbrio, da Folha: médicosda Inglaterra estão prescrevendo leitura delivros como ajuda terapêutica aos seus pa-cientes com ansiedade e depressão.

w AQUI - IINo Brasil alguns especialistas já adotam olivro como coadjuvante do remédio e in-dicam entre outros nomes alguns roman-ces de José Saramago e o Manuscrito deFelipe, livro de poesia de Adélia Prado.

w ARTEDia 12 de março, Livraria Saraiva, iniciao Curso de História da Arte - do Renasci-mento ao realismo, com aulas do profes-sor Everardo Ramos, às terças-feiras, das19 às 21h, com duração de trinta horas.

w HISTÓRIANuma pequena e bem cuidada edição decem páginas, ilustrações com predominân-cia do azul, já nas livrarias 'A Descobertado Novo Mundo', uma narrativa coloquialda historiadora Mary Del Priore.

Por dentro do BrasilReferências na antropologia nacional, Lilian Moritz

Schwarcz e Manuela Carneiro da Cunha contam

parte da história do país através da participação do

negro e do índio em nosso 'processo civilizatório'

Exercício de melancolia

<<<"ÍNDIOS DO BRASIL -HISTÓRIA, DIREITOS ECIDADANIA"Autora: Manuela Carneiroda CunhaEditora: Cia das letrasPreço: R$ 29,50

>>>"NEM PRETO NEM

BRANCO, MUITO PELO CONTRÁRIO"Autora: Lilia Moritz

SchwarczEditora: Cia das

LetrasPreço: R$ 29,50

Page 14: FLIP  20.02.2013

Quarta-feira14 O Jornal de HOJE Natal, 20 de fevereiro de 2013 Cidade

Fone: 3211-3126

[email protected]

Maria Regina Camarano, voluntária do INTERCAMPI em Recife

No mercado de trabalho, saberse comunicar visualmente, verbal-mente e por escrito é essencial paraa ascensão profissional. Na prática,porém, ser um bom comunicadornão é tarefa tão fácil para alguns,que precisam desenvolver certas ha-bilidades e abolir comportamentosque prejudicam sua imagem diantedos colegas e clientes. Práticas sim-ples como atender ao telefone comentusiasmo e educação, escrever e-mails de maneira adequada, sorrir ecumprimentar todos, ser claro e ob-jetivo, falar na hora certa e com apessoa certa, muitas vezes são des-valorizadas pelos profissionais ouapenas passam despercebidas na ro-tina repleta de compromissos.

Além dos profissionais, os em-presários também devem ficar aten-tos à importância da comunicação in-terna e externa, o que já leva algu-mas organizações a adotar medidaspráticas de modo a melhorar a qua-lidade das relações dos funcioná-rios, entre eles mesmos e com osclientes. Na Rui Cadete Consultores,por exemplo, desde novembro é rea-lizada uma Campanha de Comuni-cação que visa, por meio de estra-tégias e temas definidos, a extinguiros problemas e falhas comunicacio-nais encontrados na empresa e, dessaforma, atingir um clima favorável,sinergia e confiança, facilidade paraadequações a novas mudanças, au-mento da produtividade e da satis-fação do cliente.

A ideia da iniciativa é reforçardicas práticas de como ser um bomcomunicador. Para tanto, a equiperesponsável realiza palestras e pro-duz pequenas mensagens todos osdias, publicadas em meios distintoscomo intranet, mural, mídias sociais,e-mail, áreas de convivência, e narádio interna da empresa. Os temasabordados envolvem comunicaçãoassertiva e eficaz, novas práticas decomunicação, atendimento telefô-nico, como conversar com qualquerpessoa, e “netiqueta” – a chamadaetiqueta para internet. De acordocom Ana Lídia Reis, assessora exe-cutiva, uma das responsáveis pelacampanha, “tudo é comunicaçãodentro de uma empresa. Por isso de-cidimos abordar de maneira práticae fácil os comportamentos mais ade-quados quando se fala em comuni-cação, seja ela visual, verbal ou es-

crita. O colaborador precisa enten-der que se vestir, falar e escreverbem são fatores importantes nãoapenas para a empresa, mas tam-bém podem levá-lo ao crescimentoprofissional”.

Jaeny Oliveira, gestora da RuiCadete Consultores, está sempreatenta à forma como se comunicacom todas as pessoas, desde osmembros da sua equipe até os clien-tes. Ela compartilha que ano passa-do, após ministrar treinamentos paraempresários, constatou maior recep-tividade por parte deles, que passa-ram a atender às suas solicitaçõescom mais rapidez. Segundo ela, tudodepende da forma como o receptoré abordado. Duas pessoas podememitir a mesma mensagem para omesmo público, mas uma delas con-segue resultados melhores em con-sequência da sua credibilidade e daempatia conquistada pela maneiracomo se comunica.

Agestora adiciona que, para che-gar a esse nível de comunicação, épreciso saber ouvir, argumentar erespeitar o outro, além de usar as

palavras certas no momento ade-quado. “As dicas divulgadas pelaCampanha de Comunicação promo-vida pela empresa são básicas, masno dia a dia acabamos passando porcima dos hábitos corretos. Devemosmudar esse comportamento, ter dis-ciplina, porém essa reflexão é muitopessoal. Cabe ao próprio indivíduoquerer mudar suas atitudes para me-lhorar a comunicação interpessoal”,alerta.

Quanto ao mau comunicador,Jaeny assegura que esse profissionalprejudica a si mesmo e os outrosque convivem com ele. Como o tra-balho é conjunto, o resultado malsucedido de um colaborador refletenos demais, seja no desempenho dotrabalho, na insatisfação de um clien-te ou até mesmo no clima da equi-pe. “Quando existe alguém que nãosabe se comunicar, a produtividadee o estímulo dos seus colegas dimi-nuem, e isso gera uma cadeia deproblemas. Portanto, todos devemacordar para a necessidade de desen-volver as boas práticas de comuni-cação”, completa.

Navio Bandeira Agência Chegada Destino Carga DescargaJetstream Malta JSF/NML No Porto Baia Blanca/ARG -- TrigoLagoa Paranaense Brasil W. Sons No Porto - - Em Operação - - Scorpius Brasil W. Sons No Porto - - Em operação - - Ocean Stalwart Vanuato Seamaster No Porto Guamaré(RN) Pesquisa - - CMA-CGM Herodote United King CMA-CGM 23/02 Algeciras/ESP Contêineres - - Flevo México W. Sons 24/02 Guamaré(RN) - - DragaBrielle A. Barbuda Superservice 25/02 Rio Grande(RS) - - PeçasKinsai Maru-58 Japão Atl. Tuna 28/02 Alto Mar Atum - -CMA-CGM Platon United King CMA-CGM 02/03 Algeciras/ESP Contêineres - - CMA-CGM Homere Inglaterra CMA-CGM 09/03 Algeciras/ESP Contêineres - -

Almi Star Libéria Petrobras 23/02 Salvador (BA) Óleo Cru - -

NATAL

TÁBUA DE MARÉS

TERMINAL OCEÂNICO DE UBARANA - GUAMARÉ - RN

TERMINAL SALINEIRO DE AREIA BRANCA - RN

A PROGRAMAÇÃO ÉCHECADA DIARIAMENTE,

PODENDO HAVERANTECIPAÇÃO OU ATRASO

DE ALGUM NAVIO

Movimento dos [email protected] CÉSAR

Dia Hora Altura (M)20 13:02 1.8

19:28 0.721 01:38 1.8

07:41 0.8

FASES DA LUAMinguante (03/02 - 10:56h)

Nova (10/02 - 04:20h)

Crescente (17/02 - 17:31h)

Cheia (25/02 - 17:26h)

Atacama Queen Panamá A. Marítima No Porto Exportação Sal - -Whistler Chipre Arrow 22/02 Santos(SP) Sal - -

Palácio do Planalto deverá mobilizar sua tropa de choqueno Congresso para impedir manifestações dos portuários

Com início marcado para o pró-ximo dia 27 de fevereiro, o ano le-tivo na rede municipal de ensinode Natal já começa a gerar certatensão entre os educadores, com adispensa dos professores auxilia-res da Educação Infantil no muni-cípio.

Com isso, os professores dosCentros Municipais de EducaçãoInfantil (CMEIs) não terão maisajuda durante as horas de aula, que,para muitos, é indispensável paramanter a ordem, a qualidade e aatenção dada às crianças.

A medida não agradou aos pro-fessores da rede, que se reuniramem assembleia, junto a direção doSindicato dos Trabalhadores emEducação Pública do RN(Sinte/RN) na última segunda-feira(18), quando foi apresentada a pro-posta de paralisação das atividades.

No entanto, a entidade sindicaldecidiu esperar o ano letivo come-çar, para saber de fato como será arealidade diária dos professores deEducação Infantil em sala de aula,como afirmou a diretora geral doSinte-RN. "Na assembleia, decidi-mos primeiramente ver como fica-rá essa situação, se os professoresestarão sobrecarregados. Alémdessa questão, faremos um levan-tamento para ver quais as condi-ções de trabalho da categoria, emtodos os aspectos. só então, toma-remos as medidas necessárias paraque a Secretaria de Educação possaresolver o problema", afirmou

O levantamento das condiçõesde trabalho dos educadores serárealizado nos primeiros dias de aula,e a entidade pretende apresentaruma pauta de reivindicações à Se-cretaria Municipal de Educação(SME) no próximo dia 4 de março,e tentar uma audiência com as au-toridades competentes.

De acordo com a diretora geraldo Sinte-RN, Fátima Cardoso, asatitudes da entidade apoiará a ca-tegoria em suas reivindicações."Caso a categoria se sinta prejudi-cada de alguma forma em sua ro-tina ou ambiente de trabalho, nóstentaremos uma solução junto à Se-cretaria, mas esperamos que nãohaja transtornos para os professo-res no ano letivo que se inicia",disse Fátima Cardoso.

Segundo informações da asses-soria de comunicação da Secreta-ria Municipal de Educação, os pro-fessores foram dispensados pois aatividade deles era irregular, e aSecretaria irá averiguar a necessi-dade de regularizar essa função,

para que os educadores não se sin-tam sobrecarregados. "Não existeno quadro da Secretaria Municipalde Educação de Natal, oficialmen-te, a função do auxiliar de sala.Dessa forma, para solucionar demaneira legal a questão, a SMEestá firmando convênio de estágiocom a Universidade Federal do RioGrande do Norte, destinado aos alu-nos do curso de Pedagogia, paraatuarem como auxiliares de sala,destacando a oportunidade de vi-venciarem na prática os ensinamen-tos da academia. A SME vai insta-lar uma comissão para estudar anecessidade da criação da função deauxiliar de sala na estrutura da redemunicipal de ensino".

Empresa promove campanha sobreboas práticas de comunicação

Jaeny Oliveira diz que entendimento depende da forma como o receptor é abordado

Fátima Cardoso:“Decidimos ver como ficará a situação após o início do ano letivo”

> REDE MUNICIPAL

Professores pedem volta dosauxiliares de sala de aula

PROPOSTA É APERFEIÇOAR O RELACIONAMENTO PROFISSIONALDivulgação

Herácles Dantas

Traços pessoais evolutivosTraços pessoais são caracte-

rísticas da personalidade adquiri-das ao longo das várias existências,fazendo parte da holobiografia ouhistória multiexistencial e multi-dimensional de cada pessoa.Podem representar as qualidadesou virtudes (traços evolutivos) oudefeitos (traços antievolutivos),denominados mais apropriada-mente traços-força (trafores) e tra-ços-fardos (trafares). São as ca-racterísticas pessoais considera-das inatas. Há ainda os traços nãodesenvolvidos pela pessoa, o traçofaltante ou trafal, lacuna da perso-nalidade, o traço-força necessáriopara complementar os talentospessoais.

Conforme a Conscienciolo-gia, cujo objeto de estudo é a cons-ciência, os traços evolutivospodem ser classificados em tra-ços comuns, também denomina-dos minitrafores, próprios dos ho-mens e mulheres, em geral, e tra-ços escassos, próprios de homense mulheres mais lúcidos e lúcidasquanto ao significado e às priori-dades da própria existência.

Como trafores comuns ou mi-nitrafores destacam-se: altruísmo,autodecisão, auto-organização, co-ragem, educação, erudição, gene-rosidade, honestidade, pacifismo,racionalidade, sinceridade, soli-dariedade, dentre outros. Emboracomuns, não são facilmente iden-tificados na maioria das pessoas.

Quanto aos trafores escassos,destacam-se: abnegação, autodis-cernimento, cosmoética (ética detodas as dimensões), despertici-dade (pessoa que atingiu o pata-mar evolutivo de não sofrer maisa interferência de energias entró-picas de consciências desequili-bradas), tridotalidade (intelectua-lidade, parapsiquismo e comuni-cabilidade), dentre outros.

O desenvolvimento e qualifi-cação desses traços refletem o de-sempenho evolutivo das pessoase o nível de maturidade conscien-cial alcançada.

A Conscienciologia propõe,como desafio para cada pessoaacelerar a autoevolução, instru-mentos e técnicas que possibilitamaos interessados a aquisição e for-talecimento de traços-força e a au-tossuperação dos traços-fardos.Dentre os instrumentos, destaca-se o Conscienciograma, teste deavaliação da consciência, com2.000 (duas mil) perguntas queorientam a autoinvestigação e au-torreflexão. A depender da von-

tade firme, a pessoa é impulsiona-da ao autoenfrentamento neces-sário à mudança, como, por exem-plo, qualificar os traços-força jáconquistados para assumir respon-sabilidades em prol de outras cons-ciências, assim como a autossupe-ração dos traços-fardos, travõesda evolução pessoal.

Investir no desenvolvimen-to da tridotalidade, por exem-plo, significa grande passo parao aprimoramento das qualida-des que toda consciência temem potencial.

A tridotalidade ou tridotaçãointraconsciencial é a conjugaçãode três talentos úteis para a au-toevolução: a intelectualidade(emprego da racionalidade parao estudo e aquisição de culturaútil à autoevolução), o parapsi-quismo (capacidade de perceberalém da dimensão física e doscinco sentidos físicos) e a comu-nicabilidade evoluída (capacida-de de se comunicar ou de intera-gir com o outro de forma har-mônica, sem ruídos de comuni-cação e desentendimentos). Alia-dos a esses talentos, ou perpas-sando-os de forma transversal,está a cosmoética, a ética de todasas dimensões de atuação da cons-ciência. Assim, a pessoa precisainvestir, sobretudo, na compreen-são da cosmoética para pautar ospensamentos, sentimentos e atua-ção com base nesses princípios,o que implica estar, a todo mo-mento, autoavaliando a cosmoe-ticidade de suas ações e, em casode dúvida, abster-se.

O desenvolvimento ou apri-moramento da intelectualidade épossível a toda pessoa motivadaa complementar as lacunas daescolaridade formal, por meio doautodidatismo. O autodidatismoé um traço-força, cujo desenvol-vimento depende da vontade de-cidida de aprender por si mesmo,utilizando todos os recursos,abundantes atualmente em nossasociedade, em virtude do desen-volvimento tecnológico. A leitu-ra de obras úteis de assuntos di-versos, por exemplo, possibilitaa criação de novas sinapses ce-rebrais e, consequentemente, odesenvolvimento intelectual.

O parapsiquismo é um traçoque pode ser observado em váriaspessoas. Quem ainda não teveuma intuição ou premonição deum fato que acontece posterior-mente, ou se comunicou mental-mente com outra pessoa por meio

da telepatia? Porém, o parapsi-quismo útil à autoevolução pre-cisa estar conjugado com a inte-lectualidade, para que os fatosque ocorram possam ser analisa-dos de forma racional e com-preendidos quanto à importânciapara a autoevolução. O desenvol-vimento e a qualificação do pa-rapsiquismo podem ser feitos pormeio de técnicas e de exercícios,a partir da própria vontade.

A comunicabilidade evoluí-da abrange a comunicação daconsciência em todas as dimen-sões em que atue, conjuminada,no entanto, ao desenvolvimentoda intelectualidade e do parap-siquismo. Pressupõe a interaçãocom o outro de forma sadia,equilibrada, pautada, principal-mente, no entendimento da ne-cessidade do outro, tendo porbase a assistencialidade.

A qualificação dos talentospessoais evolutivos, como osacima citados, pode possibilitar aautoinvestigação e descoberta detraços antievolutivos ou trafares,uma vez que para aperfeiçoar otrafor é necessário descartar o queestá atrapalhando o aperfeiçoa-mento desse traço. Por exemplo,qualificar a intelectualidade exigesuperar a preguiça mental; quali-ficar o parapsiquismo exige a su-peração do medo da experiênciaem outras dimensões; qualificar acomunicabilidade exige a supera-ção do medo da autoexposição,do preconceito em relação aooutro, do falar apenas por falar.

A evolução pessoal pressu-põe, portanto, o movimento cícli-co em espiral de aquisição e for-talecimento de trafores, bemcomo o descarte de trafares, po-dendo ser conseguido pelo au-toenfrentamento ou a evitaçãode colocá-los em "baixo do tape-te". Esse movimento representa,em síntese, a partir da automoti-vação e do autoesforço, a atua-lização do ego ao momento evo-lutivo da consciência.

Assim, ao leitor e à leitora,fica o convite para ter suas pró-prias experiências em relação aoaperfeiçoamento dos talentos pes-soais e avaliar os resultados quan-to à autoevolução. A leitura e res-posta aos testes da obra "Cons-cienciograma", de autoria do pro-fessor e pesquisador Waldo Viei-ra, possibilitará ao leitor e à lei-tora o aprofundamento da autoin-vestigação, com vistas à qualifi-cação dos talentos pessoais.

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 15Natal, 20 de fevereiro de 2013Esporte

PisandonaBolaAMÂNCIO [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com

Bruno AraújoBRUNO ARAÚJO - TWITTER: @brunoaraujo7 EMAIL: [email protected]

Crise de várzeaO futebol profissional não permite mais rompantes de amado-

rismo. Seja em qual clube for, ele costuma ser punida de formadura, seja com suspensão, multas, rebaixamentos e perda de títu-los. Não apenas isso, essas "crises de várzea" são um choque naautoestima do torcedor que sonha, ao comprar seu ingresso paraver o jogo do seu time, assistir a uma partida onde o jogo é ganho- e bem - dentro de campo.

Ontem, o Superior Tribunal deJustiça Desportiva, puniu o ABCcom a perda de um mando decampo e multa de R$ 5 mil. O mo-tivo? Uma nova invasão de campopor um segurança do clube que,sabe-se lá qual o motivo, estaria àbeira do gramado que já contavacom algumas dúzias de policiaisde prontidão para assegurar o bem-estar dos protagonistas da partida:os jogadores.

O clube havia cometido o errona primeira vez que permitiu queuma pessoa, fora das ações diretasda partida, tivesse acesso ao campode jogo. Pior, permitiu que o fatoacontecesse em outras oportunida-

des, com outras pessoas, que cau-saram outros problemas. Enfim, oato "esperto" por sair mais caro doque a encomenda.

Com a confirmação de que de-verá cumprir a suspensão na se-gunda partida do duelo entre ABCe Parnahyba, pela Copa do Brasil,os dirigentes têm a consciência deque não poderão contar com o Es-tádio Frasqueirão. Talvez, umaperda que pareça simples, mas nummata-mata como a Copa do Brasil,pode ser fatal. Resta saber, contu-do, se de fato, uma atitude será to-mada, ou outros continuarão a rou-bar a cena e as chances de glóriado Mais Querido.

ARTICULADORSe em algum momento perdeu

a razão durante as negociações paraa escolha do estádio onde manda-rá seus jogos até que a Arena Amé-rica esteja pronta, o presidente doAmérica, Alex Padang, parece tê-la recuperado. Na coletiva de im-prensa concedida na manhã de hoje,o dirigente apareceu em tom con-ciliador e numa clima de "paz eamor" no Alvirrubro.

OPEN DE JIU-JITSUO Ginásio do SESI recebe nos

dias 27 e 28 de abril o NordesteOpen de Jiu-Jitsu, campeonato re-gional que reunirá cerca de doismil atletas de todo o Brasil emNatal. Serão R$ 20 mil em prê-mios e disputas em todas as cate-gorias. A apresentação oficial doevento com lançamento do site einício das inscrições será no próxi-mo dia 26 de fevereiro.

BOAS NOTÍCIAS - O clima de tranquilidade que começa a sobra noAmérica tem nome: dinheiro. Após uma maré difícil após a eliminaçãoda Copa do Brasil, o clube começa a acertar o pé com a perspectiva dopagamento da primeira parte dos valores que envolveram a negociaçãodo centroavante Isac com o futebol chinês. Além disso, o clube deveacertar hoje um novo patrocínio com uma construção e prevê, mais parafrente, a entrada em caixa de uma verba adicional com o acerto do novolar até que sua arena seja construída.

BARÃO TOP 10No último ranking oficial atualizado pelo UFC, o brasileiro Renan Barão

passou a integrar o top 10 na categoria peso por peso, aquela que reúnetodos os atletas da competição. A vitória sobre Michael McDonald, noúltimo sábado, em Londres, colocou o campeão interino dos galos na nonaposição e a primeira no ranking do peso-galo - o campeão, neste caso Do-minick Cruz, sempre aparece acima dos 10 lutadores ranqueados.

A tempestade que ameaçou seinstalar de vez na sede do Améri-ca parece começou a ser dispersana manhã desta quarta-feira, du-rante a coletiva de imprensa dopresidente do clube, Alex Padang.O dirigente minimizou as discor-dâncias entre os dirigentes devi-do a escolha da nova casa ameri-cana até a conclusão do estádiorubro e prometeu uma definiçãoem conjunto com a comissão for-mada para tal fim em até 20 dias.

Até o momento, apenas a OAScom a perspectiva de uma cessãoda Arena das Dunas e o EstádioBarretão, em Ceará-Mirim, tive-ram propostas oficialmente entre-gues à diretoria do clube. A expec-tativa, agora, é que a proposta doempresário Anthony Armstrong,responsável pelo Ninho do Peri-quito e que apresentou verbalmen-te ao presidente, seja entregue paraser avaliada pelos integrantes dacomissão formada por GustavoCarvalho, Hermano Morais,Eduardo Rocha, José Medeiros ePaulinho Freire para que a deci-são seja tomada.

“Na quinta-feira, teremos umareunião dessa comissão para darinício à avaliação dessas três pro-postas para, então, encaminhar-mos uma contraproposta. A defi-nição deve sair em 20 dias com aescolha pelo que for melhor parao clube, do ponto de vista finan-ceiro, e especialmente, aquela pro-posta que melhor favoreça a cons-trução da Arena América”, afir-mou o presidente americano quefez questão de destacar o momen-to de união pelo qual passa oclube. “A divisão no América,hoje, seria catastrófica. Temos oclube unido, com uma comissãolegítima, e que unida à direçãoexecutiva do clube fará o melhorpara o América”, garantiu o diri-gente americano.

Padang, contudo, adiantou quepretende manter os primeirosjogos do clube no CampeonatoEstadual para a cidade de Goiani-nha. Segundo ele, a escolha de-verá ser feita com calma e queestão sendo pesadas questõescomo localização do estádio (nocaso do Ninho do Periquito, emSão Gonçalo) e as condições decampo de jogo (no Estádio Barre-tão, em Ceará-Mirim. “A Arenadas Dunas é uma questão que de-verá ser pensada e avaliada, masnão para agora, já que o Estádionão estará à nossa disposição demaneira imediata”, justificou Alexque há mais de 14 meses vem ne-gociando com a construtora baia-na OAS a possibilidade de atuarno estádio da Copa do Mundo de2014.

A expectativa do clube, casoseja fechado o negócio pela Arenadas Dunas, o clube deverá rece-ber um valor próximo de R$ 1,5milhão relativo a um apoio re-troativo ao ano passado, quandoo clube iniciou a disputa na SérieB. Além disso, seriam garantidos126 camarotes e aproximadamen-te 200 cadeiras para que o cluberecebesse os torcedores que ha-viam adquirido os produtos paraserem utilizados na Arena Amé-rica. Como obrigatoriedade, oAmérica teria que 30% dos jogosdo Estadual no local, assim como50% das partidas da Copa doNordeste e Copa do Brasil, alémde 60% das partidas do Campeo-

O CONCILIADOR

nato Brasileiro.Em relação à Série B deste

ano, pela exigência da Confedera-ção Brasileira de Futebol (CBF) de10 mil lugares para jogos da com-petição, Padang descartou de ime-diato o Estádio Nazarenão, emGoianinha, devido ao custo de ins-talação de arquibancadas tubula-res fixas. O dirigente explicou que,a decisão, neste caso, vai pesaraquela que, além de não oferecercustos diretos ao clube, possa ga-rantir um retorno financeiro paraapoiar a construção da Arena.

“De início, começamos emGoianinha, mas depois, para SérieB, fica inviável. Na proposta ini-cial do Anthony, temos a dificul-dade da ampliação pelo custo, jácom relação ao Barretão, deixa-mos claro que nosso sócio-torce-

dor não vai pagar nada além damensalidade para o clube. Enfim,precisamos adequar as propostasàs nossas necessidades, aquela quefizer isso, será escolhida”, voltoua citar Padang. O questionamen-to em relação à proposta de Mar-cone Barreto, pelo Barretão, foipela cobrança de R$ 5 aos sóciosjá fidelizados ao clube. “Eu ja-mais permitiria algo assim”, des-tacou Padang.

REORGANIZAÇÃOAinda na coletiva, o presiden-

te anunciou o processo de reorga-nização do futebol do América.Hoje, foi confirmada de maneiraoficial a saída do goleiro Galatto,a sétima dispensa após a elimina-ção precoce da Copa do Nordes-te. O clube já havia dispensado os

laterais Ivonaldo e Fernandes, osatacantes Rico e Renan Marquese o atacante Tatu, além do em-préstimo do meia Jérson a Ferro-viária/SP para a disputa da SérieA-2 do Paulista.

O atacante Itamar, que pediupara deixar o clube, e o meia Ne-tinho, com um dos salários maisaltos do elenco, ainda negociamsuas situações e há uma possibi-lidade de permanecerem noAmérica. “As dispensas, de fato,acabaram. A situação do Neti-nho está indefinida devido aovalor do salário do jogador. Masconversaremos com ele para de-cidir a situação, até porque o jo-gador está contundido e preci-samos tratar a situação com cau-tela, para o clube e para o atle-ta”, justificou.

Com a perspectiva de resolu-ção dos problemas, o presidentechegou, inclusive, a anunciar quepretende promover até quatro con-tratações para a disputa do Cam-peonato Estadual e da Copa doBrasil, inicialmente. Com perdade uma série de atletas, as repo-sições imediatas – e de custo maisbaixo – deverão ocorrer princi-palmente no setor ofensivo doclube, o mais carente após a re-voada de jogadores. “Temos a ne-cessidade imediata de pelo menosmais quatro reforços, sendo trêsdeles para o ataque. Procuramosainda um zagueiro, de preferên-cia, que jogue de volante tambémporque ainda não sabemos quan-to tempo teremos que ficar sem oMárcio Passos”, explicou o pre-sidente americano.

PRESIDENTE ALEX PADANG CONCEDE COLETIVA DE IMPRENSA EM TOM SERENO, GARANTE UNIÃO DENTRO DO CONSELHO

AMERICANO E APONTA ESTÁDIO NAZARENÃO, EM GOIANINHA, COMO PALCO DA ESTREIA ALVIRRUBRA NO CAMPEONATO

Presidente Alex Padang conseguiu administrar o “racha” iminente dentro do conselho americano e promete dias melhores para o torcedor alvirrubro

BARRETÃO, EM CEARÁ MIRIM ARENA DAS DUNAS, EM NATAL

NINHO DO PERIQUITO, EM SÃO GONÇALO

Alan Oliveira/Divulgação

Gabriel Peres/AlecrimFC

José Aldenir

Welligton Rocha

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Esporte Quarta-feira16 O Jornal de HOJE Natal, 20 de fevereiro de 2013

Passe LivreRUBENS LEMOS FILHO - [email protected]

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LUCIDEZLúcida entrevista do promo-

tor público Fernando Vasconce-los, vice-presidente do ConselhoDeliberativo do ABC. No Espor-te Fino, da 96 FM.Fernando tocouem pontos agudos sem perder acompostura, mantendo a sereni-dade de sempre.

QUADROFernando Vasconcelos é dos

melhores quadros jurídicos doEstado. Foi procurador-geral deJustiça com gestão aclamada eabriu mão de ser reeleito. É umsujeito tranquilo, mas extrema-mente inteligente e vigilante.

ABC E AMÉRICAFase morna de observação

dos times. O ABC tem base for-mada e precisa arrumar o ataque.O América, ao contrário, vai per-dendo jogadores todo dia e, porvias tortas, suas categorias de basevão injetando jovens talentos notime profissional.

INTERNACIONALCom a chegada do primo de

Seedorf, o Alecrim cada vez maistorna-se internacional. Agora é opresidente inglês, o holandês Stefa-no e o nigeriano Kanu, Henry, nãoo Kanu das Olimpíadas de 1996.

CEARÁ X FORTALEZASeria consagradora uma deci-

são Ceará x Fortaleza pela Copa doNordeste. Batata o maior públicodo ano até agora pelo Brasil intei-ro. Estádio Castelão modernizadopara a Copa do Mundo e uma ri-validade irreconciliável. Mas oASAe o Campinense estão na luta.

FOI EMBORAO ASA mandou embora o

meio-campo Marcus Vinicius,campeão de vaias no ABC e lá emArapiraca.

EXAGEROUO técnico Pedrinho Albuquer-

que, responsável pela recuperaçãodo Alecrim no Estadual, soltouuma frase cômica: "Jogar bonitoficou para manequim."Errado.Jogar bonito é prerrogativa decraque. Espécie em extinção noBrasil mediocre de pernas de paue retranqueiros.

ACADEMIA BICAMPEÃNo dia 20 de fevereiro de 1974,

o Palmeiras empatava com o SãoPaulo e conquistava o bicampeona-to brasileiro 72/73. No Morumbicom 66.549 pagantes. Palmeiras;Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfre-do e Zeca; Dudu e Ademir da Guia;Ronaldo, Leivinha, César Malucoe Nei. São Paulo: Valdir Perez; For-lan(Nélson), Paranhos, Arlindo eGilberto; Chicão e Pedro Rocha;Terto, Zé Carlos(Ratinho), Miran-dinha e Piau.

McQueen, MarinSteve McQueen foi múl-

tiplo no cinema. Fazia o cow-boy, o gângster, o prisionei-ro de guerra, o bandido, opolicial. Um primor de inter-pretação baseado no sem-blante gelado e nas frasescurtas. Morreu aos 50 anos,quando já não era o astro decinema de maior cachê no mundo.

Na minha modesta condição de apaixonado por filmes, o brilhodele luziu mais no clássico Crown, o Magnífico, de 1968, prêmio demelhor canção para a arrepiante The Windmills Of Your Mind, de NoelHarrison. Música para apaixonados.

Vivendo Thomas Crown, MacQueen demonstra estar no esplen-dor da forma. Crown é um milionário com desvio de caráter. Inteli-gente, cria planos perfeitos para assaltos a bancos. Contrata os exe-cutores por meios secretos e não fornece sua identidade à gangue.

Sofisticado, malicioso, mas bandido. Uma agência de segurosmanda uma investigadora belíssima, Vickie Anderson(Faye Duna-may, radiosa). Ela tem direito a 10% do valor do dinheiro roubado,se for recuperado e, ao primeiro contato, pelo seu sentido de mulherexalando sexo, percebe que Crown é o mentor dos crimes.

O filme pode ser enquadrado em ação, suspense e em romantis-mo sem pieguice. Crown e Vickie se apaixonam e a melodia canden-te de Noel Harrison faz o assistente torcer pelo calhorda charmoso.

Até fizeram um remake razoável em 1999, com Pierce Brosnane Rene Russo contracenando nos papeis principais. É bonzinho, mascomparado ao primeiro, parece um ABC de Alberi e Danilo Mene-zes enfrentando o Ferroviário de Marreco e Francisquinho. Um pla-car de 11x0 seria justo, para Crown, o Magnífico.

Thomas Crown, o estrelado porMcQueen é de se rever 20 vezes detão belo e eletrizante. McQueen,sem espalhar sangue, demonstra oque uma cabeça voltada ao malpode fazer, driblando a lei com dis-simulação e genialidade.

Steve McQueen, ressuscita-do, poderia ser Presidente da Con-federação Brasileira de Futebolassinando como Thomas Crown.Chegaria em seu aviãozinho paraa abertura da Copa do Mundo de2014, roubaria o dinheiro todinhodespejado na farra de Fuleco(omascote) e ninguém notaria.

Thomas Crown se recusaria,pela cultura vasta, elegância e su-tileza, a conhecer o atual presiden-te da CBF, José Maria Marin, ca-nastrão de vida real e métodoscomediantes. Crown seria capazde repreender Marin por exage-ro e falta de imaginação.

Com autoridades mundiais

presentes, delegações de paísesde todos os continentes, pernasde pau sobrando para atacadistacomprar, a Copa 2014 terá Marincomo anfitrião oficial do futebolpentacampeão mundial, mas éacinte, afronta.

Um sujeito que tunga uma me-dalha de um menino campeão deuma competição de base teria di-reito, no noticiário policial anti-go, das manchetes cheirando atinta, chumbo e exalando desgra-ça, ao título de punguista. Maistarde, de lanceiro, o cara que tiracarteira do bolso do distraído,rouba a bolsa da mulher indefesa.

Ele é o chanceler, a autorida-de, já governou(por 10 meses, fe-lizmente), São Paulo, maior esta-do do país, defendeu a DitaduraMilitar, da qual foi lambaio, subs-tituiu outro lamentável, RicardoTeixeira, um manual ambulantede escândalos.

O jornalista Juca Kfouri noti-cia em seu blog no portal Uol.José Maria Marin está sendo acu-sado por um vizinho de fazer um“gato de energia elétrica” fazendouma ligação clandestina e transfe-rindo o gasto do seu consumo paraa conta do homem incrédulo.

O caso do “Gato de Marin” foiinvestigado pela companhia deenergia elétrica de São Paulo queconfirmou o cambalacho. Casoparecido é divulgado somentequando termina em facada ou tiroem subúrbio. Em ambiente derico, fica por baixo do tapete.

O consumidor enganado haviatentado uma conciliação com o pre-sidente da CBF que fingiu espan-to e prometeu resolver a pendên-cia “civilizadamente”. Ver Marinconstrangido jamais convenceriaThomas Crown, o da primeira ver-são, com Steve McQueen.

José Maria Marin ainda pode,falando sério, continuar mandan-do no futebol brasileiro, nas suascontas, representando-o de formainstitucional com comportamen-to tão chuleta? Apresidente DilmaRousseff deveria intervir, desti-tuindo-o, já que não o recebe, porvergonha da história e da postu-ra dele.

Imaginem uma tribuna dehonra com Marin fazendo com-panhia a Edson Arantes do Nas-cimento(Pelé é divindade), Plati-ni, presidente da UEFA, Becken-bauer. Seria sucupirano.

Marin é Odorico Paraguaçude o Bem-Amado sem o gênioPaulo Gracindo fazendo o papel.Para enquadrá-lo, quem sabe odetetive durão Bullit, SteveMcQuenn bem diferente, trucu-lento, brutamontes sem diálogoalgum com vigaristas.

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Logo após perder a vaga na se-mifinal da Copa do Nordeste parao ASA-AL, o ABC teve mais umanotícia ruim, mas no campo jurídi-co. Por conta de uma invasão deum funcionário em jogo da Série Bdo Campeonato Brasileiro do anopassado, o clube foi julgado peloSuperior Tribunal de Justiça Des-portiva (STJD) na noite de onteme o resultado não foi dos melhores.Em sessão realizada pelos audito-res da Segunda Comissão Discipli-nar, o clube foi multado em R$ 5mil e ainda foi punido com a perdade um mando de campo.

O ABC teria que cumprir apena na Copa do Nordeste, que éorganizada pela CBF e, assim, éconsiderada uma competição na-cional. No entanto, como foi eli-minado no último fim de semana,a probabilidade é que a pena sejacumprida na disputa da Copa doBrasil, na partida de volta, contrao Parnahyba, caso o time alvine-gro não sai vencedor da primeirapartida por um placar de dois oumais gols de diferença. Se acon-tecer, o clube deve cumprir a sus-pensão no jogo seguinte com seumando de campo.

“Ainda não sei qual seria a novaopção, pois cheguei no clube re-centemente, mas vamos procurar opresidente para conversar sobre oassunto e, caso eu seja chamadopara opinar sobre a questão técni-ca, vou fazê-lo”, afirmou o superin-tendente de futebol, Gustavo Men-des, que aproveitou para alfinetaro STJD ao questionar sobre o fatode o assunto ter voltado à pauta doTribunal depois de ter sido julga-do. “Acho inacreditável que algoque tivesse sido resolvido volte a serdiscutido. Isso surpreendeu todomundo, não faz sentido, mas bolapara frente”, disse o cartola.

Quanto à invasão,não a primeira ocorri-da no estádio Frasquei-rão, o dirigente refor-çou que o clube preci-sa cumprir seu papelem evitar qualquer tipode punição e foi enfá-tico ao se posicionarsobre o assunto. “Sem-pre tem que evitar pu-nição, invadir campode jogo é errado.”

O presidente Ru-bens Guilherme, poroutro lado, foi maisdireto e afirmou quepretende apurar ocaso e se constatadaa reincidência na in-vasão, promete tomar uma atitudemais forte para por fim ao proble-ma. “Não tem muito que dizer. Serealmente houve esse problema econstatarmos, vamos afastar por-que esta pessoa não está sendo boapara o clube”, afirmou o cartola-mor que deve ter uma reunião aindahoje com o departamento jurídicodo clube para tomar ciência da pu-nição e começar a avaliar as possi-bilidades de mando de campo paracumprir a suspensão.

No caso da Copa do Brasil, oNinho do Periquito (São Gonçalo),Barretão (Ceará-Mirim) e o Naza-renão, em Goianinha. Dos três, ape-nas o segundo terá capacidade parareceber jogos com público igual a10 mil pessoas. Os outros dois, jun-tos, não chegam a oito mil, apesardisso, todos três estão aptos parareceber jogos das primeiras fasesda competição. Se por algum mo-tivo, o ABC tiver que cumprir a pu-nição na Série B, ou teria que ade-quar os estádios em Goianinha eSão Gonçalo, ou optar pelo EstádioBarretão.

ENTENDA OCASO

Pela últimarodada da Série Bde 2012, ABC eAmérica fizeramo clássico potiguare ficaram no em-pate por 2 a 2, noFrasqueirão. Apóso jogo, o Alvirru-bro apresentou ainformação de in-fração à Procura-doria do STJD,dando conta deuma invasão docampo por umfuncionário doclube, que passou

despercebido pelo árbitro da partida.O América apresentou prova de

vídeo, onde mostra, a partir dos 35minutos do segundo tempo, um se-gurança particular, de boné azul,adentrando ao campo de jogo eagredindo de forma deliberada ogoleiro da equipe americana.

Após analisar as imagens, a Pro-curadoria entendeu que o ABC,mandante do jogo, “deixou de tomarprovidências capazes de prevenir ereprimir a invasão do campo”, con-forme consta no artigo 213, incisoII, do Código Brasileiro de JustiçaDesportiva (CBJD). Assim, o clubecorria risco de ser punido com multaentre R$ 100 e R$ 100 mil.

"A procuradoria embarcou emuma canoa furada pelo América. Arivalidade entre América e ABC écomo se fosse um Flamengo e Vascono Rio de Janeiro. Houve o julga-mento de todos os indiciados no anopassado e agora ele ofereceu essanotícia de infração. Esse funcionárioestava autorizado para estar lá, sim.A procuradoria deveria ter denun-ciado o árbitro, já que ele não iden-

tificou a pessoa que entrou emcampo, mesmo o vendo. Neste sen-tido, o clube ABC pugna por sua ab-solvição", declarou o advogado PauloRubens, em defesa do Alvinegro.

Após a defesa, os auditores de-bateram sobre a identificação dodenunciado. Para o presidente JonasLopes, era o indivíduo que deveriaestar sendo julgado, e não o clube.O relator Nicolao Constantino Filhovotou por aplicar multa de R$ 5mil e a perda de um mando decampo ao ABC, que acabou por sera decisão final, por maioria dosvotos. O advogado do clube infor-mou que irá recorrer da sentença.

MULTAS E SUSPENSÕESA dupla de rivais já havia ido

a julgamento no final do ano pas-sado pelo clássico. Entre os ame-ricanos, os já ex-jogadores doclube, como o volante MichelSchmoller, expulso por xingar oárbitro, foi suspenso por quatrojogos, assim como o zagueiro Cle-ber. O ex-treinador Roberto Fer-nandes também foi suspenso naoportunidade, mas com dois jogosapenas. Pelo ABC, o zagueiro Vi-nícius foi suspenso por uma par-tida, enquanto o volante Bileupegou quatro jogos de suspensão,todos, já cumpridos.

O ABC foi multado em R$ 8,5mil, enquanto o América foi mul-tado em R$ 7,5 mil por infraçõesao Código Brasileiro de Justiça Des-portiva. Além disso, apesar da ati-tude do atacante americano Lúcio,que já deixou o clube, em provo-car a expulsão para forçar o fim dapartida, o Tribunal entendeu queresultado em campo (2 a 2) deve-ria ser mantido. Desta forma, cadaclube continuou com 1 ponto natabela de classificação da Série Bdo Brasileiro do ano passado.

Quem for assistir aos jogos daCopa das Confederações este ano ouda Copa do Mundo, em 2014, vaientrar nos estádios com ingressos depapel. Mesmo na era da tecnologia,na qual é possível viajar de aviãosem nenhum papel impresso e naqual cartões e chips já são adotadoscomo forma de acesso a eventos in-ternacionais, a Federação Internacio-nal de Futebol (Fifa), optou por re-petir a fórmula que vem dando certonas últimas copas do Mundo.

De acordo com o diretor deMarketing da Fifa, Thierry Weil, osingressos de papel são um pedidodos fãs de futebol que querem guar-dar as entradas como recordação.“Nós sabemos que o mundo estámudando, que existem aplicativos

que substituem os bilhetes de papel,mas optamos por esta versão há pelomenos cinco copas do Mundo por-que sabemos que os fãs queremguardar a entrada como lembrançapara mostrar à família. É uma formade mostrar que fizeram parte daCopa do Mundo”, disse.

Mas ainda vai demorar umpouco para os torcedores que com-praram as entradas para os jogosda Copa das Confederações pelainternet ter o bilhete nas mãos. Sóem maio será possível retirar o in-gresso nas lojas que serão instala-das nas cidades-sede. A segundafase de venda dos ingressos, quecomeçou na última sexta-feira (15),vai até 7 de abril. Depois disso,uma nova etapa de vendas online

está prevista a partir de 15 de abrilaté o fim dos jogos, em 30 de junho.

Na fase atual, o que vale é aordem de compra. Mas, na primei-ra fase, quase 400 mil pessoas con-correram à chance de comprar 210mil ingressos. A Fifa adota o siste-ma de sorteio dos bilhetes há pelomenos quatro copas do Mundo. Eleacredita que os jogos sediados peloBrasil vão ser os melhores da his-tória por causa da paixão de todoo país pelo futebol. De acordo comThierry Weil, o grande volume deinteressados pelos ingressos no siteda Fifa é um reflexo disso.

As entradas para o jogo de aber-tura entre Brasil e Japão no dia 15de junho, em Brasília, e para a par-tida entre a Itália e o Brasil, em

Salvador, se esgotaram na primei-ra fase de vendas. Também não hámais bilhetes para a semifinal, queserá disputada em Belo Horizonteno dia 26, e para a final, no Rio deJaneiro, no dia 30. Para estas par-tidas ainda restam entradas reserva-das para portadores de necessida-des especiais e obesos. Caso nãosejam vendidas, elas serão destina-das ao público em geral.

A Fifa disponibiliza quatro cate-gorias de ingressos, que variam de R$57 a R$ 418. Brasileiros podem com-prar os ingressos mais baratos, quevão de R$ 57 a R$ 95. Estudantes,idosos e cadastrados no ProgramaBolsa Família têm desconto nessa ca-tegoria e também prioridade na com-pra das primeiras 50 mil entradas.

COPA 2014

Fifa vai manter ingressos depapel para torneios mundiais

INVASÃO NO CLÁSSICOPROVOCA PERDA DE MANDO

CAMPO E MULTA NO ABCCLUBE DEVE CUMPRIR PERDA DE MANDO DE CAMPO IMPOSTA PELO STJD, APÓS INVASÃO DE

SEGURANÇA DO CLUBE, NA COPA DO BRASIL. ALVINEGRO AINDA FOI MULTADO EM R$ 5 MIL

PELA INFRAÇÃO. NINHO DO PERIQUITO, BARRETÃO E NAZARENÃO SÃO AS OPÇÕES PARA TIME

Clássico entre ABC e América, pela Série B do ano passado, marcado por várias confusões em campo, voltou à pauta de julgamentos do STJD: pior para o ABC

‘Não tem muito que

dizer. Se realmente

houve esse

problema e

constatarmos,

vamos afastar

porque esta pessoa

não está sendo boa

para o clube”

RUBENS GUILHERME

PRESIDENTE DO ABC.

Welligton Rocha

Divulgação

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 17Natal, 20 de fevereiro de 2013Cultura

DANIELA PACHECO - [email protected]

Cultura HOJEcom Dani Pacheco

DANIELA PACHECO

EDITORA DE CULTURA

Zé Lezin e Cinderela for-mam um casal ‘-enxaqueca’que vive eter-namente entre tapas ebeijos. De um lado, o

marido só pensa na posição maiscômoda para tirar um cochilo; dooutro, uma mulher mandona quefala alto e diz muitas besteiras. Nopalco, situações hilárias e espaçoaberto para improvisação e intera-tividade com a plateia.

A dupla de humoristas NaironBarreto e Jeison Wallace, respec-tivamente Zé Lezin (da Paraíba) eCinderela (de Pernambuco), vol-tam à Natal para estrear a novatemporada nordestina do espetá-culo “Em briga de marido e muléninguém mete ...”, em cartaz dia 23,às 19h, com sessão extra às 21h30,no Teatro Riachuelo,

“A peça começa na cama e ter-mina na cama onde o principal detudo é provocar o riso. É uma briga,uma DR divertidíssima. Pode espe-rar gargalhadas do começo aofim”, disse em entrevista para OJORNAL DE HOJE o humoristaJeison Wallace que dá vida ao per-sonagem Cinderela.

Os dois personagens já estive-rem na capital potiguar em produ-ções solo: Cinderela, criada em1991, estrelou “Ô mulé dá umapena!”. Já Zé Lezin, um matutoque de bobo não tem nada, circu-lou pela Escolinha do ProfessorRaimundo (de Chico Anysio), pro-tagonizou inúmeros shows em maisde 25 anos de carreira e também éfigura conhecida dos natalenses.

"Todo personagem vem de umtrabalho cuidadoso, principalmen-te porque nosso interesse é intera-gir com o público sem apresentara ele detalhes que não sejam conhe-cidos, de alguma forma", explicaNairon que durante vários anosparticipou de grupos folclóricos,entre eles o do Liceu, onde estu-dou.

Conheça um pouco mais sobreo ator pernambucano Jeison Wal-lace. Vale à Pena!

JORNAL DE HOJE - Fale umpouco sobre a sua carreira artística?

Jeison Wallace - Bom, acreditoque a minha carreira começa nainfância, quando já era percep-tível a minha vontade de atuar,cantar, enfim, o gosto pelas artes.Costumo dizer que o meu pri-meiro público foi minha famí-lia, principalmente minhas irmãspara quem eu amava fazer mi-nhas imitações, músicas e paró-dias. E já na adolescência entreinum curso de teatro em Olindae passei a fazer espetáculos in-fantis e adultos, na época come-cei a atuar nas casas de showsem Recife fazendo personagensde humor. Outro momento quemarcou e acredito que foi umgrande impulso nesse início decarreira foi o fato de eu ter sidopremiado num festival como atorrevelação.

O JORNAL DE HOJE - Comovocê descobriu que queria se dedi-car ao humor?

Jeison Wallace - Descobri nosprimeiros trabalhos tendo a res-posta imediata do público tra-duzida em gargalhadas. Tive emmim a certeza de que era o meucaminho – apesar de que inicial-mente o meu primeiro sonho eraser cantor. Mas o público foiquem me direcionou pra essecaminho e me presenteou comum enorme sucesso.

O JORNAL DE HOJE - Um dospersonagens mais conhecidos é aCinderela. O texto-base é de sua au-toria?

Jeison Wallace - A Cinderelanasceu de um espetáculo escri-to pelo autor Henrique Celibbichamada: “Cinderela a estóriaque sua mãe não contou” ondepassamos 9 anos ininterruptoscom enorme sucesso de públi-co em Recife e no Nordeste.Inclusive Natal foi uma das ci-dades que contribuiu para o su-cesso daquele espetáculo. Aliás,acredito que parte do meu su-

cesso devo a esta cidade. Já es-treei alguns espetáculos meusaqui, antes de Pernambuco econsidero Natal ‘super’ péquente ! O povo daqui é arre-tado!

O JORNALDE HOJE - O impro-viso é uma marca registrada nosseus espetáculos?

Jeison Wallace - Sempre. Um es-petáculo nunca é igual ao outro.Muitas vezes público é surpreen-dido com coisas inesperadas, quesurgem na hora, e se transfor-mam numa piada. É uma das mi-nhas marcas, o improviso. E essebate-bola meu com Nairon (ZéLezin) é incrível e vem dandocerto esses anos todos.

O JORNAL DE HOJE - Você dáa impressão de que tudo é motivode piada e de risos. Como é o seudia-dia?

Jeison Wallace - Tenho um pro-grama diário (seg. a sex.) naTV JORNAL/SBT chamado“Papeiro da Cinderela”. Acor-do bem cedinho para gravar osquadros em estúdio – geral-

mente 1 hora de maquiagem –após as gravações temos o pro-grama ao vivo que começa ás11 da manhã. Geralmente temosgravações nas ruas a tarde eainda tenho tempo para ensaiare montar os meus espetáculos.Como vocês podem ver, não énada fácil... Mas, só tenho aagradecer a Deus por tudo oque está acontecendo de bom naminha vida. E minha convivên-cia com meus amigos e colegasé muito divertida no trabalho.Trabalhamos com prazer e ale-gria e isso as pessoas sentem.Os bastidores e camarins sãotão divertidos quanto o que vaiao ar na TV ou no teatro.

O JORNAL DE HOJE - Qual é aprincipal característica de Jaisonquando sai do personagem Cinde-rela?

Jeison Wallace – Hum... Tal-vez a generosidade com meuscolegas. Somos o único progra-ma de TV que abre espaço paradezenas de atores, humoristas ecomediantes. E meus espetácu-los e shows também. E o meu

lado amigo, que busco ser. Achoque as amizades valem muitomais que dinheiro ou qualqueroutra coisa.

O JORNAL DE HOJE - Comosurgiu essa parceria com Nairon?

Jeison Wallace - Surgiu nastransmissões do Galo da Ma-drugada pela Rede Globo Nor-deste em 1995. Criamos umahistorinha de um caso de amorentre Cinderela e Zé Lezin ondeos dois procuravam um pelooutro dentro daquele mar degente. Foi um sucesso incrívele a partir daí tivemos essa gran-de ideia de levarmos para opalco. Nosso primeiro espetá-culo chamava-se “Um casalquase imperfeito”.

O JORNALDE HOJE - Já teve es-petáculo que você percebeu quenão agradou?

Jeison Wallace - Olha... Graçasà Deus, nunca aconteceu. Aspessoas saem literalmente emestado de graça. Afinal, a nossaprincipal proposta é fazer rir. Etodo mundo vai se identificarcom as situações hilárias quereproduzimos no palco. É verpra crer... aliás, pra rir!!!

O JORNAL DE HOJE - Você co-nhece algum humorista potiguar?

Jaison Wallace - Conheço vá-

rios atores humoristas, inclusi-ve já contei com a participaçãode alguns nos meus espetácu-los em Natal Tenho profundaadmiração por dois que desta-co: o contador de causos PauloVarela lá de Assú e o nosso sau-doso, admirável e inesquecívelDavid Cunha, o Espanta.

O JORNAL DE HOJE - Quaissão as suas principais influências?

Jaison Wallace - O Chico Any-sio, sem dúvida. Um grandemestre que tive a honra de di-vidir o palco em algumas desuas apresentações. O Chicodeu um ‘Up’ na minha carrei-ra. Foi de muita importância,uma glória. As pessoas passa-ram a acreditar mais na Cinde-rela. E foram nessas apresenta-ções que surgiu o convite delepara que a cinderela fosse anova contratada da escolinhado Professor Raimundo. Infeliz-mente, o programa deixou deser realizado posteriormente.Aprendi muito com ele. E umadas coisas que mais me marca-ram foi quando ele me disse :Jeison, você é ATOR. Além demuitas dicas que só um mestrefeito ele saberia. Trouxe comi-go muitas das coisas que eleme falou – por exemplo: vocêé ou não é engraçado. Não exis-te meio termo no humor.

O JORNALDE HOJE - O que lheinspira?

Jeison Wallace - Minha per-sonagem tem inspiração noque vejo pelas ruas e é porisso que as pessoas gostamtanto da Cinderela, pois nãoé apenas uma invenção.Todos se identificam com elae acabam se sentindo à von-tade, como se ela fosse umavelha amiga, ou comadre.Além dos inúmeros tipos epersonagens que passampelas nossas vidas. A minhainfância no subúrbio, as estó-rias vividas e principalmen-te o público – é pra eles quepenso diariamente em coisasnovas e criativas dentro desseestilo de humor

O JORNALDE HOJE - Quais sãoseus próximos projetos?

Jeison Wallace - Continuo como meu programa diário na TVJornal/SBT de Recife – ao vivo- mantendo o sucesso e estan-do muitas vezes em primeirolugar em audiência. Estou pro-duzindo e dirigindo dois espe-táculos inéditos e continuo emcartaz com uma peça criada edirigida por mim chamada“Preta de neve e 1 anão” quebrevemente chegará a Natal.E essa missão de levar alegriapara as pessoas. Mais uma vezqueremos ver todo mundo láno Teatro Riachuelo. Tivemosa grata notícia que terá umasessão Extra ás 21 horas. Seaprocheeguem !!!! Ó pra aí !Tu num sabe....ô mulé,dá umapena!!!!

ZÉ LEZIN E CINDERELA VOLTAM À NATAL

PARA ESTREAR A NOVA TEMPORADA NORDESTINA

DO ESPETÁCULO NESTE SÁBADO

“EM BRIGA DE MARIDO E MULÉ NINGUÉM METE ...”

ESPAÇO DO LEITORUm giro pelas redes sociais... Um registro do

desabafo do produtor cultural Willian Collier.“Depois do desastre na cidade de Santa Maria,

o Corpo de Bombeiros resolveu fechar mais de 70estabelecimentos em todo Brasil. Não tivesse acon-tecido esta tragédia estes estabelecimentos continua-riam trabalhando normalmente. Não existe visto-ria prévia nem muito menos é dado o habite-se.

Neste carnaval vários eventos foram canceladospois não foi entregue a documentação exigida doCorpo de Bombeiros. Um desses documentos e aart-anotação de responsabilidade técnica. A Urba-na tem um palco há anos, montado todo dia e nuncaos Bombeiros pediram este documento.

Já vi de tudo nestes 15 anos fazendo festa:evento sendo liberado sem art-extintor de incên-dio, escada sem corrimão, cobertura perto de fiode alta tensão e muito mais. A maioria das pes-soas que faz vistorias são soldados sem nenhu-ma qualificação técnica. Precisava ser engenhei-ro e não chegar na hora de começar o evento jápronto para embargar sem nenhuma vistoria pre-via.

Produtores de shows e eventos sabem do queestou falando, pois estão marcando para quarta-feirauma reunião na Casa da Ribeira em função do pro-blema instaurado após o desastre de Santa Maria.

Ninguém é contra o CB – uma instituiçãoséria. Somos contra a forma de agir, pois se tra-balhasse de forma correta evitaria desastres etranstornos a quem passou vários meses traba-lhando para ter sua festa cancelada dependendodo humor do soldado de plantão, que chegou nahora de começar a festa e verificou que na plan-ta baixa nao foi colocado onde ficariam os bares”.

Um total de 17 grupos irão se apresentar noprojeto Concertos do Nordeste e levar a música eru-dita aos municípios de Juazeiro do Norte, Crato eFortaleza, no Ceará; e Cajazeiras e Sousa, na Pa-raíba. O Rio Grande do Norte será representadopela Orquestra Sinfônica da UFRN e pelo grupoCanto DeLL’Arte. A programação começa na pró-xima sexta-feira, dia 22, onde além dos shows oevento oferece uma série de oficinas abertas ao pú-blico e gratuitas, que estão com inscrições aber-tas até o dia 22 de fevereiro.

CONCERTO ANUNCIO

O prefeito Carlos Eduardo natarde desta terça-feira, durante lei-tura da mensagem anual do Execu-tivo na Câmara Municipal, anun-ciou a criação da Secretaria Muni-cipal de Cultura.

E, MAIS...Na ocasião, o prefeito ainda

afirmou que retornará com o Fes-tival de Cinema, o Encontro deEscritores, o Auto de Natal, oFestival da Música Popular Bra-sileira, o Festival de Dança, oConcurso de Prosa e Poesia, asedições de livros, a revitalizaçãodo corredor histórico de Natal ea volta do Memorial no Parque daCidade.

MOSTRADE FILMES DE JAC-QUES TATI

Até o dia 2 de março, o proje-to Cine Sesc promove a mostra"Tati por Inteiro", no Sesc Centro.Serão exibidos vários filmes quemarcaram a carreira do ator e dire-tor francês Jacques Tati. Entre eles,"Carrossel da Esperança" (1949),"As Férias do Sr. Hulot" (1953),"Meu Tio" (1956), "As Aventurasdo Sr. Hulot no Trânsito Louco"(1971), "Tempo de Diversão"(1967) e "Parada" (1974). A progra-mação começa sempre às 19h, comentrada gratuita.

AParóquia de Santa Rita deCássia dos Impossíveis, pormeio da integração dos gruposde oração, pastorais e paroquia-nos e sob a coordenação doGrupo de Oração, Cristo Res-suscitado, realiza mais uma veza peça “A Paixão de Cristo”,no dia 31 de março de 2013. Oevento foi lançado oficialmen-te no último domingo. A noitecontou com apresentação tea-tral. Segundo o coordenadorgeral Samuel Pereira, “o lan-çamento é o pontapé inicialpara a arrecadação de apoios epatrocínios para viabilizaçãoda peça, além de ser um anún-cio para a comunidade de queas equipes já estão trabalhando

e um convite para aqueles quequerem acompanhar os bastido-res e participar”.

A apresentação teatral daparóquia de Ponta Negra acon-tece desde 1995 e tem sido

aprimorada e reformulada aopassar dos anos. São cerca de60 atores da própria comunida-de, além de 40 pessoas nos bas-tidores. A Paixão de CristoPonta Negra será apresentadano dia 31 de março, na PraçaTancredo Neves, em PontaNegra, por trás da Associaçãode Moradores, com entradagratuita, após a missa das 18h,(por volta das 19h30). A ex-pectativa de público é de trêsmil pessoas.

Mais informações podemser obtidas no blog: http://pai-xaodecristopn.blogs-pot.com.br/, pelo e-mail [email protected] oupelo celular (84) 9962-8056.

“A Paixão de Cristo”

Fotos:Divulgação

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Quarta-feira18 O Jornal de HOJE Natal, 20 de fevereiro de 2013

Cultura

Canal 1 BATE-REBATE

POR FLÁVIO RICCO - Colaboração: José Carlos Nery

Leão 22/07 a 22/08Há vida e intel igêncianas pessoas que funcio-nam na base do senti-

mento e da emoção. Aprendacom elas hoje a salvaguardarsua vida privada, por exemplo.Perdas, transformações, mudan-ças em destaque.

Virgem 23/08 a 22/09Astral magico pra quemest iver namorando ou

em vias de. Cenário astral pro-tege aqueles que sentem amorde verdade e passam longe deabordagens uti l i taristas e inte-resseiras. Saboreie e felicite avida.

Libra 23/09 a 22/10De olho na sua per for-mance profissional, você

deve cuidar bem da sua reputaçãoe dar atenção ao que seu chefeespera de seu potencial.Opor tunidade de exibir seu talentoatravés de um novo trabalho outarefa hoje.

Escorpião 23/10 a 21/11Sol, Lua e Netuno em ângu-lo perfeito pra você desen-volver sua conexão espiri-

tual, meditar e entender melhor omundo e o que você veio fazer nele.Viagens, relações com exterior, publi-cações, em destaque.

Áries 21/03 a 20/04O tema é conf iar emalguém int imo que sabea direção a seguir, e

levará você até o perdão. É diade cuidar e de proteger, doan-do-se mais. Heranças e assun-tos imobi l iár ios em destaqueposit ivo.

Touro 21/04 a 20/05Um cenário astral positivopra você hoje! Contatoscer tos com as pessoas

cer tas, um projeto de futuro flui,um convite pra fazer par te dealgum empreendimento coletivoinspira você. Expresse-se mais,compar tilhe.

Gêmeos 21/05 a 20/06Foco na vida profissionale nos assuntos de traba-

lho e finanças. Se você tem umrumo e sabe onde quer chegar,tudo transcorrerá per feitamente,como mágica. Confie em seuvalor e resolverá um problemafamiliar.

Câncer 21/06 a 21/07Lua em seu signo hoje eamanhã configura aqueleperíodo mensal que pede

recolhimento e distanciamento dascoisas mundanas pra se concentrarnos seus assuntos par ticulares.Intuição poderosa.

Sagitário 21/11 a 21/12Astros em ação conjuntae harmoniosa abremcaminho pra decisão

per fei ta que você esperavasobre um assunto de ordemfamil iar, que pode envolverheranças, testamentos etc.Mergulhos profundos.

Capricórnio 22/12 a 21/01Estudar um tema que ocomove e inspira pode ser

um caminho de luz pra você hoje.O astral também favorece ospapos honestos que instigam operdão e a compreensão. Conviteótimo para uma viagem ou pas-seio.

Aquário 21/01 a 19/02Clima astral per feito pravocê afinar sua sensibili-

dade com o espirito do tempo.Foco nos seus talentos e comoeles podem render mais prospe-ridade - em todos os níveis.Convite pra fazer um trabalhoinspirador.

Peixes 20/02 a 20/03Deve partir de você, nestemomento de luz pessoal

vibrante, a irradiação da arte e dabeleza. Criativo, pode aceitar umdesafio que vise uma causa humani-tária, um ideal artístico. Filhos emdestaque.

HORÓSCOPO

MEU NAMORADO É UM ZUMBI- (14 Anos)MOVIECOM 1 – Hora:15:00 /19:25

CAÇA AOS GÂNGSTERES - (16Anos)MOVIECOM 1 – Hora:17:05 /21:35

INATIVIDADE PARANORMAL -(16 Anos)MOVIECOM 2 – Hora:14:20 / 19:15

JOÃO E MARIA - CAÇADORESDE BRUXAS - (14 Anos)MOVIECOM 3 - Hora:14:45 /

16:45 / 19:00 / 21:00MOVIECOM 6 – Hora:20:00 /22:00

LINCOLN - (12 Anos)MOVIECOM 2 - Hora:16:15 /21:10

A HORA MAIS ESCURA - (14Anos)MOVIECOM 4 - Hora:14:15 /17:25 / 20:35

TAINÁ 3 - (Livre)MOVIECOM 5 – Hora:15:05 /16:55; Hora: 13:15 / 15:05 / 16:55(Sáb e Dom)

O VÔO - (14 Anos)MOVIECOM 5 – Hora:18:45 /21:30

AS AVENTURAS DE TADEO -(10 Anos)MOVIECOM 6 - Hora:13:45 /15:50 / 17:55

OS MISERÁVEIS - (14 Anos)MOVIECOM 7 - Hora:14:25 /17:35 / 20:45

OBS: A aprogramação pode seralterada sem prévio aviso. Favorconsultar o cinema para confir-mar o filme do dia.

CINEMA

TV - TUDO>>

Cópia da cópiaA Língua Portuguesa é maravilhosa, uma das mais bonitas e apreciadas domundo, complicada às vezes, mas ainda mal explorada por alguns dos nossosprincipais veículos de comunicação.Alguém pode explicar por que “Rede TV! News” como título do principal telejornalda Rede TV!? Ou por que Globo News, Band News, Record News e companhiabela? Ou Record Kids, Band Kids, Big Brother – que na Argentina tem outro nomeou Got Talent que vem aí? Será que a maioria sabe o significado?Será que os responsáveis por isso, com suas cabeças pensantes, não consegui-ram encontrar no nosso vasto dicionário nada que se ajustasse mais à nossa rea-lidade? Não seria até mais simpático?Não se tem notícias de uma televisão de fora com nome aportuguesado, nemmesmo como título de programa. Por que nós não somos suficientemente capa-zes de fazer o mesmo? É tudo, no mínimo, muito esquisito.

É O SEGUINTE:Danilo Gentili ainda nem falou com a Bandeirantes

sobre isso, mas o seu desejo é se afastar totalmenteda televisão no fim deste 2013. Está sem vontade decontinuar. Depois de viajar no fim do ano e ver comoas coisas funcionam fora daqui, cresceu este seu de-

sejo de parar. O “Agora é Tarde”, se isto realmente viera se confirmar, ficará no ar só por mais esta tempora-

da. Ele tem pensado muito sobre isso.

Ban

d

w QUESTÃO DO SELODiscretamente, a Globo mudou oseu selo “ao vivo/exclusivo”. Ficoumais compacto. No início dos anos2000, praticamente todas as emis-soras usavam apenas "vivo". Tro-caram pelo "ao vivo" por causa daempresa de telefonia. Das grandes,apenas a Rede TV! continua fa-zendo a propaganda gratuita.

w DEIXOU NO ARRachel Sheherazade, âncora do"SBT Brasil", ironizou no ar en-quanto opinava sobre a queda dafachada de um hospital no Ceará,aquele mesmo que a Ivete Sanga-lo cantou na inauguração e cobrouum cachê de 650 mil reais. Sobre o desabafo da apresentado-ra, ficou no ar a pergunta: era prarir ou chorar?

w A PROPÓSITO...Apenas para separar bem as coisase sem a pretensão de defender aIvete – até porque ela possui exce-lentes advogados para isso, é pre-ciso ficar esclarecido que a canto-ra não tem a menor responsabilida-de neste caso do hospital. Foi sim-plesmente contratada para se apre-sentar e cumpriu o seu compromis-so da melhor maneira possível. Aliás,como faz quase que diariamente eminúmeros outros lugares.

w PRÓXIMA DAS 9 – 1Aconteceu segunda-feira no Projac,

a primeira reunião de elenco danova das 9, da Globo, substitutade “Salve Jorge”, escrita por WalcyrCarrasco com direção de WolfMaya.Estiveram presentes 71 atores, masfaltaram alguns, que estão em acer-tos finais.

w PRÓXIMA DAS 9 – 2Susana Vieira, como Pilar Khalil,promete ser o nome dos primeirosmomentos da história.Uma mãe cruel, de caráter duvido-so, que irá desprezar a filha, Palo-ma Khalil, Paola Oliveira, e assimdesencadear várias ações.

w PRÓXIMA DAS NOVE – 3Antônio Fagundes fará uma longaparticipação especial na trama,aproximadamente 80 capítulos. Seupersonagem morre em circunstân-cias misteriosas e tudo indica quese dará aí um “quem matou”. Já emse tratando de título, o autor gos-taria de algo que remetesse à famí-lia, mas, como sempre, a palavrafinal será da Globo.

w GRAVANDO A VOLTATony Ramos vai reaparecer em“Guerra dos Sexos” no capítulo136, com exibição, na Globo, nodia 7 de março. Resta saber o queestá reservado a ele pelo Silvio deAbreu. Se será o Otávio mesmoou virá com outro personagem, Do-minguinhos, um português.

w Walcyr Carrasco confirma queMarcelo Antony – Eron - e Thia-go Fragoso - Niko – farão umcasal gay que quer ter um filho.w O cantor Djavan é o entrevis-tado de Sarah Oliveira no “VivaVoz”, nesta quarta, às 22h30, noGNT.w De sexta a domingo, no ItaúCultural, em São Paulo, haveráuma programação dedicada aJorge Andrade (1922 – 1984), umdos principais nomes da drama-turgia e teledramaturgia nacional.w O público terá a oportunidade

de conferir exibições de registrosde duas de suas principais peças.w E participar de debates com osdiretores teatrais Eduardo Toleti-no, Sérgio de Carvalho e MauroAlencar, doutor em novelas.w “Libertadores” dividida, nestaquarta, na TV fechada. A Fox fazSan José e Corinthians, enquan-to o SporTV irá transmitir Flumi-nense e Grêmio.w Antes, 19h30, em jogo atrasa-do do campeonato paulista, oSporTV vai mostrar São Caetanoe São Paulo.

C´EST FINIOntem, aqui foi anunciado que a Globo está buscando novos atores

para “Malhação”. E está mesmo, só que está coluna não tem rigoro-

samente nada com isso. Não conhece e nem faz questão de conhe-

cer o encarregado por este trabalho.

Foram numerosos os pedidos de apresentação. Aqui não é e nunca

será este caminho. Como não foi a primeira vez e se tornou impossí-

vel responder a todos, aqui vai o esclarecimento.

Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

w MR-3Na Bandeirantes, a informaçãoé que a terceira temporada doreality “Mulheres Ricas” já estáconfirmada, para exibição nasférias do “CQC” no ano quevem. Trata-se de um programaque sempre provoca um barulhointeressante.Mas espera-se que o elenco, anoque vem, possa surpreender umpouquinho mais.

w ACERTOS FINAISAKonami, produtora do futebolvirtual, está finalizando entendi-mentos com a dupla Silvio Luiz– Mauro Beting para gravar nova

temporada do jogo, com lança-mentos em 2014.O último trabalho dos dois foirecordista de vendas, superandoo da Fifa.

w JORNADA DUPLACatarina Migliorini, a catarinen-se que se envolveu no polêmicoleilão de virgindade, a modeloNicole Bahls, e Rosanne Mu-lholland, a professora Helena de“Carrossel”, serão entrevistadaspara várias edições do “De Fren-te com Gabi”, nesta quinta-feira.Mas, hoje, antes de tudo, Marí-lia Gabriela passa o dia gravan-do no GNT.

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 19Natal, 20 de fevereiro de 2013Cidade

Com um dia de antecedência,Natal foi a primeira cidade a entre-gar a planilha com os projetos doPrograma de Aceleração do Cres-cimento (PAC) das Cidades Histó-ricas. Em reunião com a presiden-te do Instituto do Patrimônio His-tórico e Artístico Nacional (Iphan),em Brasília, o secretário municipaldo Meio Ambiente e Urbanismo(Semurb), Marcelo Toscano, dei-xou o material referente aos 16projetos para o eixo Ribeira-Cida-de Alta.

Uma equipe do Iphan fará aanálise inicial até a liberação dacontinuidade da elaboração dosprojetos executivos, com a segun-da etapa marcada para dia 13 demarço. "Não significa que tudo quefoi enviado será contemplado", dizAndrea Georgia, assessora técnicada Semurb. Com destaque parabecos e travessas, a cereja do boloé o Corredor de Requalificação doEspaço Público, que propõe enter-rar a fiação elétrica no trajeto quevai do Canto do Mangue ao Tea-tro Alberto Maranhão, e padroni-zar calçadas.

Dos 44 municípios (18 do Nor-deste), de 20 Estados, que dividi-rão o R$1,3 bilhão para o triênio2013-2015, Natal correu contra otempo para selecionar as áreas deinteresse histórico-cultural. "En-viamos com antecedência para elesverem se os projetos são pertinen-tes", diz Andrea - a lista de prédiose logradouros a serem encaixadosno PAC das Cidades Históricas in-

clui ainda intervenções nas ruasChile, Esplanada e XV de Novem-bro; nas travessas Argentina, Mé-xico, Venezuela Alexandre Garcia;nos Becos da Lama e da Quaren-tena.

Obras que envolvem a segu-rança dos freqüentadores tambémforam incluídas. "Em muitos pon-tos, a iluminação é precária. Que-remos devolver um ambiente sau-dável e seguro à população. Senti-mos que a recepção do pessoal doIphan foi muito positiva. Não sópor termos sido a primeira cidade,

mas por termos enviado o secretá-rio para entregar a proposta em mãoe conhecer a presidente".

Duas semanas atrás, o prefei-to Carlos Eduardo Alves teve umencontro com representantes dainiciativa privada e produtores cul-turais, para apresentar o PAC dasCidades Históricas. Com apoio daAssociação Comercial e Empresa-rial do Rio Grande do Norte(ACRN), o chefe do executivo mu-nicipal assegurou empenho de suaequipe para trazer a maior quanti-dade de recursos possíveis para o

Centro Histórico. O PAC Cidades Históricas é

uma ação intergovernamental arti-culada com a sociedade para pre-servar o patrimônio brasileiro, va-lorizar a cultura e promover o de-senvolvimento econômico e social.O investimento para todos os Mu-nicípios contemplados será de R$1 bilhão e 300 milhões, sendo R$300 milhões para este ano e R$ 1bilhão para os próximos três anos,financiados pela Caixa Econômi-ca, por um período de 25 anos,com cinco de carência.

Os cruzeiros marítimos, há al-guns anos eram uma opção de lazerdestinada à classe A, mas com opassar do tempo, os cruzeiros têmatraído os mais diversos públicos,pelos diversos destinos, próximos edistantes e devido à facilidade depagamento oferecidas pelas agên-cias de viagens. Com isso, os cru-zeiros estão mais populares, e o mer-cado está em evidente crescimento.

Nos últimos 10 anos, as viagensem cruzeiros cresceram mais de600%, segundo dados da Associa-ção Brasileira de Cruzeiros Maríti-mos (Abremar), e graças a esse au-mento, houve uma expansão no mer-cado de trabalho para brasileiros emalto mar, com a oferta de cada vezmais oportunidades para os que que-rem desenvolver sua carreira pro-fissional e ganhar bem.

Existem diversas empresas emtodo o Brasil que recrutam profissio-nais de todas as regiões para atua-rem em diversas áreas nos cruzeirosnacionais e internacionais. Para atemporada 2013, a empresa Rosa dosVentos Brasil, credenciada para recru-tar e capacitar tripulantes para traba-lhar a bordo dos navios de cruzeiros,está oferecendo 500 vagas para pro-fissionais do Rio Grande do Norte.

As vagas são oferecidas para osdiversos departamentos que com-põem um cruzeiro, como os Res-taurantes, com vagas para garçom

dos Oficiais, garçom dos Staffs eatendimento buffet dos tripulantes.Para o setor de Governança, tam-bém há ofertas para Limpeza deáreas comuns dos passageiros, cama-reira geral e camareira dos Oficiais,no Bar as vagas são para bartendere garçom de Bar, para a cozinhaserão selecionados primeiro e se-

gundo cozinheiros e pessoal de lim-peza e organização da cozinha, alémde outras. Para o Guest Service asvagas são para recepcionista, men-sageiro, e agente de viagem e parao departamento de Beleza, serão se-lecionados massagistas, cabeleirei-ros, Personal Trainers, dentre outrosprofissionais da área. Os salários va-riam de U$ 657 até U$ 2 mil dóla-res (cerca de R$ 1.300 a R$ 4 milreais) dependendo da função, alémdas gorjetas que podem ser dadaspelos passageiros.

De acordo com um dos respon-sáveis pelo setor de treinamentos da

empresa Rosa dos Ventos Brasil,Leonardo Lima, as oportunidadesde trabalhar a bordo de um naviosão bastante atrativas, e são diver-sos os motivos que levam as pessoasa candidatar-se. "Amaioria dos can-didatos procuram esse mercado como sonho de conhecer outros lugarese pessoas de diversas partes do

mundo. Além disso, elas tambémveem nessa oportunidade uma formade melhorar o idioma, ganhar umamelhor fluência, devido a convivên-cia diária com pessoas falando in-glês. Outro fator bastante significa-tivo para eles, é também a facilida-de de juntar dinheiro, já que elesnão têm gastos, pois todos os cus-tos são coberto pela empresa nosmeses que estão em alto mar", disseLeonardo.

Alguns critérios são necessáriospara preenchimento das vagas, quesão direcionadas à candidatos comidade entre 18 a 35 anos, mas além

dessas, outras características são fun-damentais para a aprovação do can-didato, como afirma um dos respon-sáveis pelo setor de Treinamentosda empresa Rosa dos Ventos Brasil,Leonardo Lima. "Procuramos pes-soas dispostas a trabalhar, pois osdias são corridos, e a carga horáriapode ser considerada exaustiva. otrabalho é bastante dinâmico, porisso é fundamental que o candidatopossua essa mesma característica etenha facilidade de lidar com públi-cos diversificados. Não é necessá-rio ter experiência, pois após sele-cionados, a própria empresa ofere-ce o treinamento específico para afunção que será realizada por cadaum. O único requisito indispensávelé o idioma, pois o candidato deve co-nhecer principalmente o inglês, queé o idioma oficial do navio", disseLeonardo Lima.

A seleção e recrutamento dosinteressados em preencher as vagasoferecidas pela empresa Rosa dosVentos Brasil, acontece na primei-ra quinzena de março e os selecio-nados iniciarão embarque em maio.Os interessados em participar do re-crutamento devem efetuar, até o dia28 de fevereiro, o cadastro de pri-meiro embarque no site www.rosa-dosventosbrasil.com.br, disponibi-lizando nome completo, númerosde telefones atualizados e endereçode e-mail.

Com aumento do mercado, cresceoferta de empregos em cruzeirosDIVERSAS EMPRESAS DE TODO O BRASIL RECRUTAM NOVOS PROFISSIONAIS

Nos últimos dez anos, as viagens em cruzeiros cresceram mais de 600%, o que significou uma maior quantidade de vagas de trabalho disponíveis neste setor

Natal apresentou 16 projetos para serem incluídos no PAC das Cidades Históricas, entre eles está o Beco da Quarentena (foto)

> INVESTIMENTOS

Natal entrega planilhas do PAC dasCidades Históricas com antecedência

‘ ’“A maioria dos candidatos procuram esse

mercado com o sonho de conhecer outros

lugares e pessoas de diversas partes do mundo”LEONARDO LIRA

RESPONSÁVEL PELO SETOR DE TREINAMENTOS DA EMPRESA ROSA DOS VENTOS BRASIL

Wellington Rocha[

Herácles Dantas

Page 20: FLIP  20.02.2013

Érika [email protected]

Cidade Quarta-feira20 O Jornal de HOJE Natal, 20 de fevereiro de 2013

“Na pequena cidade de Parnaíba, no estado doPiauí, nasceu no dia 5 de agosto de 1936, José Cláu-dio de Moraes Melo. Filho do casal Antônio Henriquesde Melo e Guiomar de Moraes Melo, José Cláudio foio primogênito de uma família de 9 irmãos. Na suaterra natal, teve início suas atividades escolares, indodepois estudar em Fortaleza/CE. Buscando novos ca-minhos, aos 18 anos de idade saiu do nordeste e commuita coragem e garra, vencendo as preocupações dosseus pais, aventurou-se rumo aos Estados Unidos. Pre-tendia estudar e trabalhar, tendo como única referên-cia um tio que morava em Nova Iorque. Porém, algoinesperado o impediu de realizar este sonho, tendoque retornar ao Brasil diante do risco de ser convoca-do pelo exército americano quando naquela ocasião,estourou a Guerra do Canal de Suez. Refeito do cho-que, viajou para o Rio de Janeiro, indo trabalhar no es-critório da Casa Inglesa. Após ser aprovado no con-curso do Banco do Brasil em São Paulo, veio transfe-rido para Natal no ano de 1959.Logo que aqui chegou,enamorou-se pela terra potiguar e por uma natalenseque ele chamava carinhosamente de Mazé. Em Natal,criou laços, fincou raízes, casou-se, construiu umalinda família de três filhas, um filho, seis netas e doisnetos. Ingressou na UFRN como aluno do curso de Eco-nomia e posteriormente, como professor, participan-do em outros cursos a nível de pós-graduação no Bra-sil e no exterior. Ao longo da sua existência, deixougravada a marca de uma pessoa verdadeira, muito es-pecial e de grande coração. Como esposo amoroso efiel companheiro, pai enérgico e afetuoso, sogro eamigo verdadeiro, avô carinhoso, brincalhão e criati-vo, na invenção de muitas estórias que deliciavam ouniverso infantil das netas. José Cláudio percorreu aestrada da vida semeando ideias e ideais, buscandosonhos, deixando lições de vida como um grande le-gado para todos que tiveram o privilégio da sua com-panhia. Sua sede de voar, ir além, sempre era constan-te e inquietante, podendo ser visualizado e sentido notrecho do poema El condor que escreveu em 90: “Nascipara voar, para crescer/Para lançar-me à aventura doser e percorrer asas ao vento o espaço todo ainda queo infinito”.

Maria José Barreto de Figueiredo de Melo - esposa

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APAIXONADO PELA VIDA“Sobre o meu pai posso dizer que foi um homem

que não passou pela vida em vão: fez amigos, cons-truiu uma família, teve filho e filhas, netas e netos,escreveu livros, poesias e plantou muitas flores eárvores... Não passar pela vida em vão, faz umaenorme diferença. Meu pai foi um homem traba-lhador, nobre, inteligente, irreverente, mas, sobre-tudo, simples. Certa vez quando criança, uma deminhas irmãs comentou empolgada: -Sou filha doPró-reitor! Lembro até hoje de suas palavras, numtom carinhoso: - Filha, você vai ficar órfã muitocedo porque o cargo passa. Quanta sabedoria no en-sinamento de que a vida é tudo isso, mas é muitomais. Meu pai era assim, uma pessoa intensa queamava a vida. Era apaixonado por sua Mazé, comocostumava chamar minha mãe a quem presentea-va com caixinhas de músicas e bilhetinhos. Gas-tava tempo com as pessoas. Era aquele sujeito quefazia o bem, mas não alardeava e assim, ia seguin-do. Não foi sempre fácil ser filha primogênita deum pai tão forte e regulador, mas com o tempopode ir assimilando que não dava para controlar osrumos dos filhos, das filhas principalmente (risos).E a despeito de todos os conflitos geracionais, pre-valeceu entre nós, muito afeto, respeito, encanto eadmiração.Foi assim que em meio às muitas con-versas, ainda bem humoradas e profundas antes desua partida, em que falávamos sobre a vida, sobreo medo da morte, sobre viagens, músicas e espiri-tualidade que ele pode se despedir dizendo:”-Filha,seja muito feliz”!!E o que demais precioso um paipode desejar para uma filha que não a felicida-de?Esse era o meu pai.”

Sylvana Cláudia – filha

ENSINAMENTOS “Meu pai, nos ensinou que a vida é um grande ta-

pete estendido por Deus que vai sendo tecido dia a diade acordo com nossas escolhas. Você, pai, nos ensinoua importância da ética, da justiça, da perseverança, daesperança e da busca incessante pelo novo, pelo não cria-do e, acima de tudo, ensinou, especialmente, no mo-mento em que se despedia de nós, que devemos ter co-ragem de lançar-nos a cada instante e sem medo, nasmãos do nosso Pai Celestial.Obrigado meu pai. Sem-pre o amarei!”.

Lygia- filha

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SEMPRE PRESENTE“Escrever sobre o meu pai é torná-lo ainda mais

presente, mais viva a memória e as lembranças queguardo em meu coração. Sou a terceira filha de umaprole de quatro filhos. Quando criança era muito le-vada e pude desde cedo experimentar o amor e o cui-dado do meu pai por mim, expressados através dos li-mites e das orientações regado de tantos ensinamen-tos e sabedoria vindos quase sempre por meio de ana-logias, próprio de homens sensíveis e inteligentes. Naépoca eu não tinha a dimensão da importância para ocrescimento, formação e estruturação de uma criançae mais tarde de uma adolescente. Hoje sei o quanto estasaprendizagens estão impregnadas e como se tornaramsignificativas e hoje repasso na educação das minhasfilhas. Tenho muito orgulho de ser filha de José Cláu-dio. Gostaria muito de poder revê-lo, abraça-lo e comum desejo enorme de saber a sua opinião em diversassituações, partilhando a minha vida. Onde quer que es-teja tenho certeza que ele intercede junto a Deus pornossa família, que muito se orgulha da sua existênciaentre nós.”

Adrianna Flávia– filha

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LIÇÕES“Erre ou Acerte haja sempre pela sua cabeça.”.

Ladainha escutada inúmeras vezes quase sempre apóshaver feito alguma besteira. Hoje pai eu mesmo, medou conta que, das muitas lições que recebi de meu pai,essa está na base de toda a felicidade do ser humano:dar-se conta do dom livre arbítrio. O ensinamento deque podemos construir nosso destino sempre veioacompanhado de uma integrade sem igual, onde o pen-sar, falar e agir eram simplesmente um só coisa.”

Claudio Henrique – filho

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MAIS DO QUE SOGRO, UM GRANDE AMIGO“Conheci Zé Cláudio numa tarde de verão na Praia

de Genipabu. Mais precisamente no dia 06 de janeirode 1981. Ele estava no alpendre de sua casa de vera-neio reunido alegremente com sua família e amigos.E eu era um jovem turista carioca que naquele momen-to estava precisando de algumas informações sobre asfamosas dunas de Genipabu. Ao me aproximar de suacasa com tantas perguntas, peculiares de um forastei-ro admirado pela beleza natural do lugar, ele calma-mente convidou-me a entrar e ofereceu-me uma cadei-ra naquela aconchegante roda de conversas, compar-tilhando imediatamente tanto as prosas como os deli-ciosos tira-gostos típicos da região. Resultado: fiqueipor lá até anoitecer, me diverti muito e saí feliz davida.A forma como Zé Cláudio me acolheu e os mo-mentos de alegria que vivenciei naquele dia com suafamília e amigos certamente mudou a minha vida.Aquele jovem carioca e sonhador teve a oportunida-de de perceber que o mundo não era só o Rio de Ja-neiro e que as pessoas também podiam ser muito fe-lizes em outros lugares.Passados dois anos, mais pre-cisamente no dia 05 de fevereiro de 1983, casei comsua filha Adrianna Flávia e ele tornou-se meu sogro.A partir daí convivemos intensamente por 15 anos. Éclaro que diferenças de ideias e posicionamentos aflo-raram ao longo desse tempo, mas por tão insignifi-cantes hoje nem lembro mais delas. No entanto, entretantas outras coisas boas na nossa relação que guardovivas em minha memória, duas eu considero espe-ciais. Uma delas foi ele ter dito para mim que eu es-tava ensinando a ele a desempenhar o papel de sogroe a outra, que eu não tive a sensibilidade de dizer a ele,foi que eu o considerava muito mais do que sogro,para mim ele era um grande amigo, porque com eleeu tinha a certeza absoluta que podia contar.”

Cláudio Loureiro – genro

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ILUSTRE MESTRE DO ENSINO“Sobre José Cláudio de Moraes Melo, posso dizer que

fui testemunha do seu trabalho em favor do ensino da eco-nomia no Rio Grande do Norte. Como seu companhei-ro na faculdade de ciências econômicas e contábeis, ven-cemos juntos de outros companheiros e também dignosdo reconhecimento no registro da história. Presenciei seuempenho e esclarecido proceder para consolidação dasinstituições existentes.Como diretor da Faculdade deCiências Econômicas e Contábeis por oito anos e bata-lhador pela respectiva federalização sempre contei comsua notável colaboração.Depois, os trabalhos sob sua di-reção conquistaram os objetivos desejados, sobretudo noaperfeiçoamento dos currículos.Acompanhei, também,suaatividade como diretor do Centro de Ciências Sociais

Aplicadas, um dos setores principais da UniversidadeFederal do Rio Grande do Norte.Seu nome, pois, está pordireito assegurado entre os mestres mais ilustres do en-sino superior em nossa terra.”

Professor João Wilson Mendes de Melo

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COMPETÊNCIA PROFISSIONAL“Ao assumir o cargo de Reitor da UFRN, na ges-

tão 1987/1991, usei o critério de competência na esco-lha das pessoas para comporem a equipe de trabalhoda Reitoria. Para o bem da Universidade, apliquei o prin-cípio da pessoa certa no lugar certo. Seguindo esseprincípio, convidei o Professor José Cláudio de MoraesMelo para assumir a Pró-Reitoria de Planejamento, etive mesmo uma surpresa quando ele disse sim ao con-vite. Sabia das suas qualidades acadêmicas e adminis-trativas, da sua inteligência, mas não tínhamos maio-res vínculos de amizade, porém, depois tornamo-nosdiletos e sinceros amigos.No exercício do cargo de Pró-Reitor de Planejamento, José Cláudio mostrou o quan-to foi correta a sua indicação, por meio da total demons-tração de competência profissional, da ética no traba-lho, da integração com a equipe, da lealdade e do amorà UFRN. A gestão se caracterizou pelo planejamento,e coube a ele a coordenação do 1º Plano de Ação1987/1988, o qual ficou pronto antes mesmo de iniciara nova gestão. Continuou seu eficiente e profícuo tra-balho por mais dois anos, quando, por motivo pessoal,pediu para se ausentar da Pró-reitoria.Ele sabia aliar aprática com os ensinamentos teóricos, haja vista suasconstantes citações, nos encontros da equipe, dos con-ceitos administrativos de Peter Drucker, tido como opai da administração moderna.Para todos os que for-maram a equipe do Reitorado do qual fui o titular, JoséCláudio consolidou, em pouco tempo, imagem dehomem digno, correto e competente, além de cordialalegre e bem-humorado, bem assim de amigo verda-deiro, franco, leal e solidário.Grande e inesquecível fi-gura humana.”

Prof. Daladier Pessoa Cunha Lima

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BRINDE À AMIZADE“Talvez o tempo seja a mais cruel das criações da

condição humana, mas é através dele que o ser huma-no, demonstra sua capacidade de evoluir e criar, suagenerosidade e capacidade de amar. José Cláudio, ousimplesmente José, como sempre o chamo, dividiucomigo, por décadas, essa verdade sobre o tempo, sejaem momentos de tensões vividos na Academia, sejadentro da cumplicidade familiar ou simplesmente con-templando um Pôr-do-Sol no canto-do-mangue ou du-rante uma caminhada pelas Dunas-Brancas-de-Jeni-pabu. Nestes momentos, houvesse um aperitivo ounão, nossas conversas terminavam sempre por…‘Vamos então fazer um brinde à Amizade, a mais beladas criações humanas!’ Não me lembro quantas vezeso tempo nos permitiu brindar a Amizade e a Vida.Mas, a cada brinde eu descobria em José um Homemcheio de Generosidade, que aceitava a evolução daSociedade e da Família, da sua própria Família, semse apegar a interrogações, medos ou rancores. A cadaalvorecer, após cada novo acontecimento ou nova des-coberta, após o casamento de filhas e filho ou o nas-cimento de netas, José se mostrava mais cheio de ale-gria, de confiança no presente e no futuro. José era opróprio sentido da evolução humana: Acima da evo-lução da matéria, o que contava era a evolução dos sen-

tidos, mas sobretudo da capacidade de amar. José eraum Homem movido a emoções, mas sem nunca per-der a razão. As lágrimas não o assustavam; pelo con-trário, pareciam ser a essência que nutria a evoluçãoda Vida, sua própria evolução. Muitas vezes me per-guntava… ‘Professor (como carinhosamente me cha-mava, embora para mim Ele era o Mestre e eu próprioo Aprendiz!), onde está o sentido da Vida? No sorri-so ou nas lágrimas? José (lhe respondia sempre), osentido da Vida está na Amizade, mas ela própria é cons-tituída de lágrimas e sorrisos!’E José, abrindo um sor-riso do tamanho do cosmo, repetia sempre… ‘Entãovamos brindar outra vez esse monumento humano queé a Amizade!’. Assim era José (e tenho certeza que todosaqueles que com Ele conviveram comungam assim),um Homem cuja felicidade brotava da Amizade, fossedentro da Família ou não. Uma noite, já não lembroquando, me pediu para ir em sua casa. Lá chegando,ouço dele… ‘Professor, tome conta do meu Galego(como chamava carinhosamente seu Filho CláudioHenrique), estou indo. Parece que o tempo me venceu’.Apenas consegui balançar a cabeça, dizendo sim, efui para casa com uma dor imensa, a dor da perda, poissentia que não nos veríamos mais. Tanto tampo pas-sado, mesmo a dor da perda estando ainda viva, olhohoje para seu Galego, Cláudio Henrique de Figueire-do Melo, Cientísta-Astrônomo do European SouthernObservatory, e vejo que faltou dizer algo a José…‘Não José, o tempo não te venceu.

O tempo apenas fez de Você um símbolo da ver-dadeira Amizade, que hoje tantos de nós desfrutam nodia-a-dia com tua Família e, sobretudo, com esse Ga-lego maravilhoso, Cláudio Henrique, mais um senti-do da tua evolução’. Então, José, vamos, mais uma vez,brindar a Amizade, a mais doce das criações humanas!”

Professor José Renan De Medeirost t t

GRANDE PROTAGONISTA“Conheci José Cláudio no ano de 1970, quando o

mesmo era professor e diretor da Faculdade de Ciên-cias Econômicas da UFRN. Na condição de aluno doCurso de Economia, tive a oportunidade de ser seualuno e de receber os seus conhecimentos sobre Teo-ria Econômica e das Dinâmicas e Metodologias deFuncionamento dos Modelos Econômicos, associando-os à realidade e estudos de caso. O professor José Cláu-dio dirigiu a Faculdade de Ciências Econômicas, Con-tábeis, cuja habilidade e competência na gestão acadê-mica o credenciou a participar da equipe de planejamen-to da reforma universitária e da implantação dos centrosacadêmicos da UFRN. O professor José Cláudio foi o1º diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, ondeimplantou a cultura da gestão harmônica e do equilíbriodas posições e comportamentos plurais e diversificadosdos cursos e conhecimentos das ciências sociais aplica-das: economia, administração,contabilidade, direito, edu-cação e serviço social. Deve-se ressaltar ainda a presen-ça do professor José Cláudio na Pró-reitoria de planeja-mento da UFRN, cuja competência técnica foi impor-tante para a formulação de propostas orçamentárias queviabilizassem ações acadêmicas de ensino, pesquisa e ex-tensão da nossa instituição federal de ensino superior. Ahistória do nosso curso de economia e do CCSA tem oprofessor José Cláudio como um dos seus protagonis-tas, cuja participação na docência e gestão universitáriao credencia como uma referência histórica para a evo-lução e consolidação da UFRN como a melhor univer-sidade do Nordeste e uma das melhores do Brasil.

Professor Aluísio Dantas

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PERSONALIDADE MARCANTE“No caminhar da nossa vida tivemos o grato ense-

jo de conhecer pessoas de marcantes personalidades.José Cláudio de Moraes Melo foi uma delas. Passadosanos da sua ausência material, vez por outra, em en-contros com ex-colegas de docência universitária, oseu nome é lembrado. E a recordação trás a presençade um homem resoluto à frente de seus múltiplos afa-zeres funcionais da então Pró-reitoria de Assuntos Aca-dêmicos. E a ocasião revive aqueles saudosos instan-tes de exaltação estudantil e a serenidade professoral,momentos esses embora distantes, existem-se bem ní-tidos em nossa memória, quando foi dada a arrancadavitoriosa do programa da Pós–Graduação, encetadapela profícua gestão do então reitor Domingos Gomesde Lima, estando na vanguarda desse projeto, os Pro–reitores Marco Antônio Rocha e José Cláudio de Mo-raes Melo. A voz, sempre audível a distância e o cons-tante sorriso nos lábios transmitiam bem estar aos cir-cunstantes, assim como o espírito aberto a todos, con-fiante e alegre na comunicação contagiante. A convi-vência acadêmica do final dos anos setenta, do séculopassado, proporcionou uma amizade duradoura. Outroscontatos com José Cláudio tivemos nas reuniões doentão e saudoso Cursilhos de Cristandade, curso demeditação religiosa, que juntos fizemos em Ponta Negra,com outros companheiros de fé cristã, curso este sobcriteriosa orientação do então Bispo Auxiliar, dom An-tônio Soares Costa, de saudosa memória. Tais encon-tros proporcionaram dias e noites alegres. Ocorriamem reuniões com casais, em residências, sob a luz do“Guia do Peregrino”. Recorde-se que nesse “guia” pá-gina inicial, lia-se: “Peregrinos é caminhar para o Pai,seguindo a Cristo sob o impulso do Espírito Santo,com a ajuda de Maria e dos Santos de mãos dadas comseus irmãos”. E José Cláudio fazia parte dessa irman-dade, juntamente com a esposa, Maria José. Os anosde uma mocidade inobstante já amadurecida, gravamna retentivas indeléveis recordações. Após esse perío-do, ocupações outras isolaram o nosso relacionamen-to, atendendo a caprichos da existência humana, novai-e-vem da evolução social. José Cláudio, antes dese tornar mestre escola de Universidade, foi funcioná-rio do Banco do Brasil, exercendo no seu ministério la-boral, vários cargos de destaque. A sua morte prema-tura entristeceu o mundo acadêmico, familiares e ami-gos. O seu nome, porém, firmou-se na comunidadeque viveu, como cidadão honrado.”

Professor Jurandir Navarro

Ícone FashionJosé Cláudio Moraes Melo