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Quarta-feira C M Y K R$ 1,00 jornaldehoje.com.br Ano XVI NATAL-RN, 24 DE ABRIL DE 2013 Nº 4.621 TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO SIGA-NOS NO TWITTER: ACESSE O SITE: 20 @jornaldehoje www.jornaldehoje.com.br E-MAIL REDAÇÃO: [email protected] Dólar comercial R$ 2,02 Dólar turismo R$ 2,08 Dólar/Real R$ 2,02 Euro x real R$ 2,62 Poupança 0,50%/0,41% Taxa Selic 7,50% INDICADORES: ESCREVEM ARTIGOS OPINIÃO - Página 2 Juarez Chagas Elísio Augusto de M. e Silva Nicholas A. Morais de Carvalho Rogério Tadeu Romano Cid Montenegro João da Mata Costa Marcos A. de Sá Página 7 Balanço da Potigás preocupa e governo coloca Carlos Augus- to no comando do conselho. Daniela Freire Página 12 Lula não terá coluna no famoso diário de Nova York, como vomita a patuléia. Alex Medeiros Página 11 Vinda de ministros para encontro com prefeitos é uma mudança no azimute político. Vicente Serejo Página 13 Sudene aprova pleitos de incentivos e benefícios fiscais para 5 empresas do RN. Bellini, aos 82 anos, despreza entrevistas, escolheu o crepús- culo sossegado em sua casa. Rubens Lemos F. Página 16 > PROJETO PARA DEPOIS DA SECA Estados do NE se unem para recompor o rebanho bovino SECRETÁRIO DE AGRICULTURA DO RN, J ÚNIOR TEIXEIRA ANUNCIA QUE SERÃO REIVINDICADOS INVESTIMENTOS FEDERAIS DE R$ 1 BILHÃO NO SEMIÁRIDO > DIA DO JORNALISTA Joaquim Pinheiro recebe homenagem e relembra 4 décadas de imprensa POLÍTICA 5 Heracles Dantas ECONOMIA 7 Contrato para a Copa do Brasil e Série B deverá ser assinado esta semana. Jogador se contundiu ano passado e fez apenas cinco partidas na Segundona. > REFORÇO ABC acerta renovação com Elionar Bombinha ESPORTE 15 > NA ASSEMBLEIA Nélter Queiroz critica omissão de Dilma em relação ao Nordeste POLÍTICA 3 Quatro bandidos invadiram imóvel no bairro do Planalto e espancaram a mu- lher quando descobriram que se trata- va da residência de um policial. > OUTRO ATAQUE Esposa de PM é espancada em casa por assaltantes CIDADE 10 João Gilberto/AL José Aldenir Em sessão solene da AL, o repórter de política d'O Jornal de Hoje é saudado por deputados > EM BRASÍLIA Nova “classe média” gera discussão sobre o Sistema Único de Saúde CIDADE 9

FLIP 24/04/2013

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Cidade, economia, cultura e esporte

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Quarta-feira

C M Y K

R$ 1,00 w jornaldehoje.com.brAno XVI w NATAL-RN, 24 DE ABRIL DE 2013 w Nº 4.621

TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO

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Dólar comercial R$ 2,02Dólar turismo R$ 2,08Dólar/Real R$ 2,02

Euro x real R$ 2,62Poupança 0,50%/0,41%Taxa Selic 7,50%

INDICADORES:

ESCREVEM ARTIGOS

OPINIÃO - Página 2

Juarez ChagasElísio Augusto de M. e Silva

Nicholas A. Morais de CarvalhoRogério Tadeu Romano

Cid MontenegroJoão da Mata Costa

Marcos A. de Sá

Página 7

w Balanço da Potigás preocupae governo coloca Carlos Augus-to no comando do conselho.

DanielaFreire

Página 12

w Lula não terá coluna nofamoso diário de Nova York,como vomita a patuléia.

AlexMedeiros

Página 11

w Vinda de ministros paraencontro com prefeitos é umamudança no azimute político.

VicenteSerejo

Página 13

w Sudene aprova pleitos deincentivos e benefícios fiscaispara 5 empresas do RN.

w Bellini, aos 82 anos, desprezaentrevistas, escolheu o crepús-culo sossegado em sua casa.

RubensLemos F.

Página 16

> PROJETO PARA DEPOIS DA SECA

Estados do NE se unem pararecompor o rebanho bovinoSECRETÁRIO DE AGRICULTURA DO RN, JÚNIOR TEIXEIRA ANUNCIA QUE SERÃO

REIVINDICADOS INVESTIMENTOS FEDERAIS DE R$ 1 BILHÃO NO SEMIÁRIDO

> DIA DO JORNALISTA

Joaquim Pinheiro recebehomenagem e relembra4 décadas de imprensa

POLÍTICA 5

Heracles Dantas

ECONOMIA 7

Contrato para a Copa do Brasil e SérieB deverá ser assinado esta semana.Jogador se contundiu ano passado e fezapenas cinco partidas na Segundona.

> REFORÇO

ABC acerta renovação com Elionar Bombinha

ESPORTE 15

> NA ASSEMBLEIA

Nélter Queiroz criticaomissão de Dilma emrelação ao Nordeste

POLÍTICA 3

Quatro bandidos invadiram imóvel nobairro do Planalto e espancaram a mu-lher quando descobriram que se trata-va da residência de um policial.

> OUTRO ATAQUE

Esposa de PMé espancada em casa por assaltantes

CIDADE 10

João Gilberto/AL

José Aldenir

Em sessão solene da AL, o repórter de política d'O Jornal de Hoje é saudado por deputados

> EM BRASÍLIA

Nova “classe média”gera discussão sobre oSistema Único de Saúde

CIDADE 9

Carta

Sr. Editor:A Fifa quer retirar o nome do estádio

de Brasília daquele que no mundo do fu-tebol só ficou atrás do Rei Pelé. O brasi-leiro, carioca do munícipio de Pau Gran-de, Manoel Francisco dos Santos ou sim-plesmente Mané Garrincha. Ele que noChile em 1962 colocou o Brasil nas cos-tas e lhe disse: "Vamos ali brincar de sercampeão do mundo". Isso é um despauté-rio, um desrespeito ao país e ao seu povo,um estupro à história do esporte mais po-pular do planeta. Na casa de Júnior ex-cra-que e hoje comentarista da TV Globo eudisse a Galvão Bueno que ele tem que co-mandar e todos da emissora, inclusive ato-

res e atrizes, devem iniciar uma campa-nha nacional e internacional contra essainsanidade dos suíços. Os brasileiros e prin-cipalmente a memória de Garrincha não sãoculpados se futebol lá na Suíça equivale àprodução de petróleo no Japão tambémcomo o sol sorri para nossas belas praiase mulheres e foge deles meses e meses doano causando depressão à sua população.Viva Mané, o Brasil não pode permitir esseatentado seguido de assassinato.

Ps. Só tive dois ídolos na minha vida:Zico e Alberi. Entretanto parte da impren-sa crucificou Lionel Andrés Messi pelapéssima atuação de ontem na partida Ba-yern x Barcelona. Esqueceram ou quise-

ram esquecer as cinquenta mil apresenta-ções geniais do genial argentino/catalão.Quatrocentos Cristiano Ronaldo e trezen-tos Thomas Muller não chegam sequer àperna esquerda do camisa dez da seleçãoargentina. Aliás uma canhota que se fosseuma jóia seria de ouro recheada de dia-mantes. Por fim Messi só tem dois defei-tos: Primeiro não jogar no Mengão e se-gundo não ter nascido um pouquinho maispra cá, nem que fosse a cem metros dafronteira. Afinal temos que fazer justiçae dar a César o que é Messi.

CID MONTENEGROEMPRESÁRIO E DESPORTISTA ([email protected])

MANÉ GARRINCHA

Quarta-feira2 O Jornal de HOJE Natal, 24 de abril de 2013 Opinião

Amancio [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com Artigo

Vinte e tresde abril -Dia Mundialdo Livro

JOÃO DA MATA COSTA, Prof. Depto deFísica - UFRN ([email protected])

Por amor tudo pode e adverte.Por amor Dom Quixote luta e temmotivação para viver. Pelo amorluto contra gigantes e moinhos devento. Tudo por ela: a minha amada.Fico louco e dou cambalhotas narazão. Cavalgo o Rocinante e lutoconta as injustiças. Morro com Ba-sílio pelo amor Quitéria. Canto comCrisóstomo o amor de Marcela. Nanovela imortal Dom Quixote escri-ta por Miguel de Cervantes, paraalém da dupla genial de protago-nistas masculinos, Dom Quixote eSancho Pança e outros grandes per-sonagens como o barbeiro Nicolau(Maese Nicolás) e o amigo do Qui-xote - Bacharel Sansão Carrasco -existe um grande naipe de perso-nagens femininas na obra prima deCervantes que são pouco comenta-das na análise da obra.

Personagens chaves nas tramasdas múltiplas ações na saga do nobrecavalheiro. Numa época em que oscasamentos eram arranjados pelospais - Lucinda e Quitéria -, foramobrigadas a casar respectivamentecom Dom Fernando e o rico Cama-cho, para desgosto dos seus prefe-ridos Cardênio e Basílio. Outrasfogem de seus pais para casar como amado, como aconteceu comLeandra que fora enganada por umsoldado e, Zoraida, que acompa-nhou o capitão Rui Peres em Fuga.Na 2ª parte do Dom Quixote (1615),o cavaleiro e seu escudeiro são trans-formados em "Homens de Prazer"na trama armada pelos Duques,onde a donzela Altisidora tenta cor-tejar o fiel cavaleiro O fidalgo DomQuixote passava dias e noites lendoaté que teve seus miolos amoleci-dos. Era um homem casto ("o maiscasto enamorado e o mais valentecavaleiro que de muitos anos a essaparte se viu naqueles arredores." -Prólogo ) que tinha com relação àmulher pouca confiança e o senti-mento da sua impenetrabilidade:Entre o sim e o não de uma mulher,disse Sancho, não me atreveria apor a ponta de um alfinete, porquecertamente não caberia (I, 27). Essaé a condição natural das mulheres,disse Dom Quixote: desdenhar dequem as quer e amar quem as abor-rece (I, 34). A Mulher tem natural-mente perspicácia mais rápida doque o homem para o bem e para omal (II, 34). Quem há neste mundoque se possa gabar de ter penetra-do e compreendido o pensamentoconfuso e a condição mutável deuma mulher? Ninguém, por certo(I, 27). Mesmo assim e por ela, Dul-cinéia del Toboso - a Soberana ealta Senhora- são todas as ações doCavaleiro da Triste Figura. "nela euvivo e respiro." Aldonza Lorenzo(Dulcinea del Toboso) era uma cam-ponesa, transformada pela paixãoquixotesca em uma grande dama. Oque fez de uma a outra? O amor deDon Quixote. Logicamente, elenunca a havia visto, e nunca a vê du-rante toda sua vida. Mas ele a ama.Ela representa aquele ideal de pu-reza e grandeza a que todos aspiram:ela era a musa inspiradora que a féde Dom Quixote alimentava. Emuma carta enviada a ela, ele diz:

"Se a tua formosura me despre-za, se o teu valor me não vale, se osteus desdéns se apuram com a minhafirmeza, não obstante ser eu muitosofrido, mal poderei com estes pe-sares, que, além de muito graves, jávão durando em demasia. O meubom escudeiro Sancho te dará intei-ra relação, ó minha bela ingrata,amada inimiga minha, do modocomo eu fico por teu respeito. Se teparecer acudir-me, teu sou; e senãofaz o que mais te aprouver, pois emacabar a minha vida terei satisfeitoá tua crueldade e o meu desejo. Teuate à morte." Dom Quixote.

Na casa do Quixote vivia suasobrinha e uma ama, uma espéciede governanta. As duas cuidavamdele, e tinham grandes apreensõespelos livros que lhe causavam tan-tos danos. Quando o Quixote aindadormia quando o Padre pediu à so-brinha as chaves do aposento ondese encontravam mais de cem livrosencadernados, e outros pequenos.Benzeram o aposento com águabenta, e fizeram o escrutínio ondea maior parte dos livros foram con-denados á fogueira. A sobrinha e aama eram as mais entusiasmadascom o "auto da fé" dos livros deDon Quixote e, por vontade delas,não escapava nenhum. (I, 6).

Psicoterapia brevee suas vertentes

Artigo JUAREZ CHAGAS, professor do Centro de Biociências da UFRN([email protected])

Li mais uma vez, numa completa re-visão, o "Manual de Psicoterapias Bre-ves", de Edmond Gilliéron (ClimepsiEditores, 2ª edição 2004), edição portu-guesa da original francesa Manuel dePsychotérapies breves (Paris 1997) e,cada vez mais percebo as discussõespersistentes entre este método inovadore desafiante e os métodos tradicionaisde psicoterapia, como o psicanalítico, porexemplo. As discussões não são atuaise nem tão pouco apontam para conclu-sões e final recentes.

O autor, antes de abordar as técnicasde Psicoterapias Breves, como era de seesperar, faz importantes incursões nosprimórdios da psicoterapia e principaispsicoterapeutas, seus métodos, estudose legados, começando pela construçãodo enquadramento psicanalítico, Freud ea Questão Técnica, Precursores e dissi-dentes (aonde foca das psicoterapias bre-ves ao ecletismo terapêutico), Algunsmodelos de Psicoterapias Breves, Dinâ-mica das Psicoterapias e por aí vai...

Presentemente, a busca por terapias decurto prazo tem aumentando considera-velmente, em virtude da dinâmica do tipode vida, globalização conteúdos psíquicose subjetivos mais emergentes, exatamen-te em decorrência da modernidade e suasdiversas patologias, portanto tendo a po-pulação necessidade por este tipo de aten-dimento. Há de se considerar também quea limitação econômica, a falta de tempo eoutros fatores associados são fatores levamas pessoas a procurar por tratamentos psi-quiátricos e psicoterápicos que não de-mandem muito tempo, grandes gastos esejam eficientes. Por outro lado, especial-mente para psicoterapias mais tradicio-nais, surgem discursões, por vezes até acir-radas, em torno dos métodos, eficácia e cre-dibilidade (sendo que esta última só podeser avaliada através de longa prática, que,como os métodos precursores e tradicio-nais demanda tempo e experiência).

Historicamente, há importantes re-gistros que antes ninguém se interrogavasobre a duração dos tratamentos psicoló-gicos. Isso leva a crer que a principal einicial preocupação era o tratamento emsi e o alívio dos sintomas e, consequen-temente sua cura. Foi, o próprio Freud

quem introduziu a noção de intempora-lidade dos processos inconscientes, o quejustificava de certa forma o fato de nãose fixar um limite para a duração da psi-canálise. Isso apontava, de certo modo,para um fenômeno de ressonância entreo enquadramento temporal da cura e osprocessos primários que facilitariam aemergência do inconsciente.

A respeito disso, é importante ob-servar que talvez Freud tenha "incons-cientemente" resolvido não fixar umtermo ao tratamento, pois ele poderiaestar apenas preocupado com as tenta-tivas iniciais da prática psicanalítica enão com o tempo, em si.

É importante abordar aqui que, aspsicoterapias breves, além do seu aspec-to puramente terapêutico, constituem ummomento importante para refletir sobreo funcionamento psíquico e que, esteconteúdo não está e nem pode ser, sobqualquer hipótese, esquecido.

Na Psicoterapia Breve o tratamentopossui um tempo delimitado para encer-rar, a importância da avaliação e da sele-ção adequada de profissionais que devemser indicados para este tipo de tratamen-to. Portanto, o conhecimento dos corposfísico, mental e psíquico é imprescindível.

No seu contexto, existem alguns as-pectos que são fundamentais para o en-tendimento e funcionamento da Psicotera-pia Breve, como por exemplo, o foco dotratamento, no qual um determinado pontoespecífico (ou determinados pontos) davida do paciente serão trabalhadas as ques-tões de maneira objetiva, pontual e eficaz.

Neste livro Edmond Gilliéron abordapsicoterapias breves de orientação dinâ-mica, caracterizadas pela técnica face aface, pela limitação temporal e pela foca-lização do tratamento numa problemáticaespecífica. Apartir daí, ele desenvolve umaaproximação profundamente original, cen-trada nos motivos da(s) queixa(s) e con-flitos que levam o paciente à consulta ouatendimento. Eu diria que, tanto psicote-rapeutas que seguem e aplicam métodostradicionais, quanto modernos encontra-rão neste livro as modernas vertentes daspsicoterapias breves, sobre a qual o mundomoderno dirigirá um olhar específico(http://juarez-chagas.blogspot.com/).

Um turismo seguroArtigo ELÍSIO AUGUSTO DE MEDEIROS E SILVA, empresário, escritor e

membro da AEILIJ ([email protected])

A onda de furtos e assaltos contraturistas tomou conta do Brasil e naque-la bela cidade, com forte opção turísti-ca, não poderia ser diferente.

Nas portas dos hotéis, restaurantes,lojas de artesanato, shoppings, havia se-guranças com armas, rádios comunica-dores, alarmes e sempre nas imediaçõesuma viatura da polícia, tudo para ga-rantir a segurança dos visitantes.

Presume-se que os turistas estãobem guardados, até que um dia uma no-tícia desagradável ocupe as primeiraspáginas dos jornais.

As agências e operadoras de turis-mo se esforçam lá fora para atrair turis-tas e manter o fluxo turístico dentro dosparâmetros esperados. Mas, não é fácil!Atualmente, os turistas se preocupammais com a segurança oferecida do quemesmo com o próprio conforto ofere-cido pelos hotéis cinco estrelas.

Certamente, dentro de pouco tempo,os hotéis vão disponibilizar vans blin-dadas para o city tour dos hóspedes, quedeverão circular sob a escolta de umaviatura armada, ou várias, dependendoda importância do hóspede.

No dia que o nosso casal, em ques-tão, desembarcou no aeroporto foi condu-zido rapidamente por dois homens deterno escuro para um carro preto, com pe-lículas, que aguardava na saída principal.

No trajeto até o hotel outra viaturade apoio tático juntou-se a eles e, nasimediações de um viaduto, um terceirocarro descaracterizado os aguardava, edali seguiram até o hotel, formando umpequeno comboio. Tudo em nome dasegurança dos hóspedes.

O casal se entreolhava, admiradocom tanta eficiência. Ao chegarem aohotel, em vez de desembarcarem na re-cepção, foram levados até a parte dosfundos do prédio, onde foram descarac-terizados de suas condições de hóspedese vestidos como camareiro. Só entãoforam levados discretamente à recepção.

- Desculpem... É um procedimen-to de segurança, disse o atendente.

Na porta do quarto, alarmes codi-ficados, e dois seguranças brutamontesrevezavam-se a cada oito horas.

Finalmente, trocaram de roupa edesceram até uma magnífica piscina,onde, fora eles, apenas mais uns quatrocasais de hóspedes estavam bem guar-dados por mais de 38 vigilantes, dis-postos estrategicamente.

Notaram, então, que, de várias par-tes do hotel, guaritas blindadas eramocupadas por seguranças que vasculha-vam minuciosamente os arredores dohotel. Nada escapava de seus binóculospotentes. Cães enormes, de aspectoameaçador, circulavam na orla marítima,de acesso restrito aos hóspedes do hotel.

Mas, mesmo com toda aquela segu-rança, não estavam muito a vontade...todo cuidado é pouco! "Os ladrões estãopor toda parte!", diziam várias placasdispostas pelas áreas comuns do hotel.

Em cima da mesinha próxima à pis-cina, uma placa discreta avisava quenão se preocupassem, pois estavamconstantemente monitorados pela segu-rança do estabelecimento. Outro cartãosobre a mesa dizia: "Relaxem!". Na vi-draça do barzinho uma placa exibia:"Sorriam, vocês estão sendo filmados(...) e vigiados! Não há nada a temer!".

A mulher reclamou da falta de pri-vacidade. É para nossa própria segu-rança, retrucou o marido.

Depois do almoço demonstravamquerer dar um passeio pela cidade. Co-nhecerem outras praias, talvez uma idaao shopping para compras...

Antes de saírem do hotel são levadosa um quarto na ala de segurança, onde re-cebem as instruções e um manual decomo procederem em casos de emergên-cia: assalto, tentativa de sequestro...

Por precaução, seus cartões de crédi-to ficariam retidos no cofre do hotel, eapenas R$ 200,00 seriam fornecidos a eles.

- O melhor é sair do hotel disfarça-do, com roupas velhas, diz um dos se-guranças careca, que parecia o Kojak eestava incumbido de acompanhá-los nasua incursão pela cidade. Nada de joias,celular, câmeras digitais, complementa.

- E como vamos tirar fotos? Pergun-ta a senhora.

- Todas as fotos de pontos agradáveisda cidade vocês encontrarão na lojinha dohotel, disse a simpática atendente.

Desistem de sair aquela tarde e pas-sam o restante do dia trancados no quar-to, guardados por dois seguranças naporta e outros dois postados na varandaque dava vista para o mar.

À noite a coisa complicou. Nem pen-sem em sair do hotel depois das 8 danoite, disse um dos seguranças.

- Mas, queríamos ir até um shoppingfazer umas pequenas compras. Diz o ci-dadão.

- O que vocês gostariam de com-prar? Deixe que providenciaremos tudo.

Meio desconfiados, agradecem e de-sistem do passeio. Mais ou menos às 9 danoite são surpreendidos por um telefone-ma e um gentil convite da direção do hotel.

- Querem conhecer os pontos turís-ticos da cidade? Pergunta alguém da ge-rência do hotel.

- Sim, disseram ao mesmo tempo.- Pois estejam prontos em cinco mi-

nutos, que uma segurança irá buscar-lhes no quarto.

Quase não conseguem sair do quar-to, pois esqueceram a senha. Também,pudera, no meio de tantas. Chegando arecepção são encaminhados a uma salaclimatizada, onde exibem os pontos tu-rísticos da cidade. Todos, sem faltar ne-nhum.

- E quais são os locais permitidosaos turistas? Arriscam timidamente apergunta.

- São os locais em que ninguémsuspeite de suas condições de turista,disse o simpático segurança.

A condenação dos réus nocrime de Carandiru será cumprida?

Artigo ROGÉRIO TADEU ROMANO, procurador regional da República aposentado([email protected])

Após mais de vinte anos, o Tribunaldo Júri, em São Paulo, aplicou pena de 156anos a cada um dos 23 envolvidos na exe-cução de diversos presos, naquilo queficou conhecido como o massacre do Ca-randiru, fato que ganhou notoriedade in-ternacional, e tem importância emblemá-tica na luta pelos direitos humanos.

Discute-se a efetividade das citadaspenas, consideradas, por muitos, justas eproporcionais à gravidade dos fatos aliocorridos.

Da leitura do artigo 75 do CódigoPenal, tem-se que o cumprimento depenas privativas de liberdade não podeser superior a trinta anos e quando oagente for condenado a penas privativasde liberdade, superiores a tal limite má-ximo, a posição predominante, na juris-prudência, é no sentido de que o tempode cumprimento das citadas penas não

pode ser superior a tal montante. Quanto aos benefícios de livramen-

to condicional, progressão, remição, etc,serão todos calculados sobre o total dacondenação. Nessa linha temos o enten-dimento do Supremo Tribunal Federal,do que se lê da Súmula 715. Ainda, nessesentido, tem-se a posição do Egrégio Pre-tório, no julgamento do HC 75.341 - SP,10.6.97, e ainda pelo STJ, no HC 9.880-SP, Relator Ministro Félix Fischer, DJ de13.09.99.

A favor dessa tese estão diversos dou-trinadores que elenco: Heleno CláudioFragoso, Paulo José da Costa, MiguelReale Júnior, Damásio de Jesus. Contra-riamente, estão Júlio Mirabete, Silva Fran-co, dentre outros, entendendo que, assimhavendo a unificação da pena, se váriasdelas foram transformadas em uma única,seria decorrência natural a aplicação de be-

nefícios sobre o montante unificado, eassim eles seriam calculados sobre ostrinta anos.

O Tribunal do Júri mostrou coragem aocondenar os réus, quando, em casos seme-lhantes, já houve absolvição de policiaisenvolvidos. Foi uma verdadeira respostada sociedade àquilo que é considerado umadas maiores chacinas já ocorridas em es-tabelecimento presidiário no Brasil.

Diante do sistema recursal brasilei-ro, a sentença está sujeita a recurso deapelação, onde, certamente será pedidapelos réus a sua anulação e, possivelmen-te, poderão ser ajuizados recursos aos Tri-bunais Superiores, por fim, antes de sefalar em execução de sentença, lembran-do-se que os réus estão soltos.

Fica a pergunta: Diante de tudo isso,cumprirão, afinal, os réus as penas co-minadas?

O MP e o ativismo da PEC 37Artigo NICHOLAS ALEXANDRE MORAIS DE CARVALHO, advogado, consultor em RH, docente e assessor

junto ao CAD - SME ([email protected])

Estamos vivenciando um momentohistórico de disputas ativistas das chama-das minorias raciais, sexuais, religiosasetc. Eis que está por surgir mais um grupode ativistas em nosso país: a dos ímpro-bos públicos.

Em síntese a proposta de emendaconstitucional 37 tem por escopo retirardo MP sua função investigativa deixandoapenas as polícias Federal e Civil comoas únicas instituições que poderiam rea-lizar as investigações em procedimentoscriminais.

Nos incisos do art. 129 da CF/88 sãoapresentadas as funções exercidas peloParquet, dentre outras, está a de requisi-tar diligências investigatórias; sendoesta de fundamental importância para man-tença do Estado Democrático de Direitoe para a devida responsabilização daque-les que cometem crimes na sociedade.

As necessidades sociais da moderni-dade não permitem mais que as políciasajam isoladamente no combate à crimina-lidade. O princípio da universalização dainvestigação criminal defende o aumen-to das instituições legitimadas a dirigiremos trabalhos investigativos. A universali-zação tem relação direta com a democra-cia participativa e maior transparência dosatos administrativos, tudo em consonân-cia com o princípio da eficiência expres-sado no caput do artigo 37 da CF/88. Am-pliando-se os órgãos investigativos certa-mente haverá o aprimoramento da instru-ção criminal para o devido acesso ao Ju-diciário.

Desde o seu surgimento o Parquetsempre visou defender a coisa pública.Nesse mister sabemos que o improbus ad-ministrator se incomoda com sua presen-ça porque, não raro, está envolvido emnegócios espúrios e fraudulentos envolven-do a Administração Pública.

Na nossa capital somos reconhece-dores do esforço do MP no combate à cri-minalidade junto à res pública. A gran-de força tarefa realizada com a defla-

gração das operações Pecado Capital,Sinal Fechado, Judas e Assepsia, evi-dencia sua atividade relevante investiga-tiva no combate à corrupção e em defe-sa da Moralidade Pública. Pela primei-ra vez um gestor público, chefe do exe-cutivo de nossa cidade, foi afastado deseu mandato antes de seu encerramen-to. Isso não é pouca coisa quando se en-frenta o poder político.

Grandes são os interesses dos grupospolíticos e econômicos por trás da apro-vação da PEC 37. É Fácil constatarmosque retirar o poder de investigação do MPnada mais é que uma artimanha corpora-tivista daqueles maus gestores que sem-pre fizeram farras com a coisa pública. Aluta é contra a impunidade que há temposreina na Administração Pública. É umaquestão lógica: quanto mais instituições in-vestigarem os atos ilícitos, maiores chan-ces haverá de se prender os envolvidos noscrimes. Se retirarem o poder investigati-vo ministerial será um verdadeiro retro-cesso na persecução penal dos crimes deimprobidade administrativa e para o país.

A nossa polícia civil está com déficitde pessoal realizando suas atividades empéssimas condições de trabalho. Ao invésde realizar sua principal função investiga-tiva, está custodiando presos. Isso, por sisó, fundamenta a atuação do Parquet cadavez maior na fase de investigação.

Os favoráveis a PEC 37 defendemfalaciosamente que o MP sempre age emsuas investigações de forma excessiva co-metendo abusos contra a dignidade dos in-vestigados. Como isso poderá acontecerse a instituição está sujeita ao controle deseus atos tanto pelo Conselho Nacional doMinistério Público, como também peloPoder Judiciário? Todas as providênciassolicitadas ministerialmente dependerão daanuência do juiz que conduzirá o proces-so. Não ocorrerá quebra de sigilo fiscal,telefônico, prisão sem que passe pelo crivojudicial. Portanto, não há que se falar emqualquer tipo de ilegalidade por parte do

titular da ação penal em realizar as inves-tigações que servirão de base para elemesmo fundamentar a sua opinio delicti.

O que a PEC 37 está a almejar é aca-bar com a atuação independente do MPretirando seu direito investigativo asse-gurado constitucionalmente após anos delutas árduas no combate a corrupção denosso país. Com tal aprovação a lei deimprobidade administrativa passará a ser,em meio a tantas outras, mais uma letramorta no ordenamento jurídico. Chance-lar-se-á definitivamente a impunidade emdetrimento da moralidade; o abuso depoder frente à legalidade; a ditadura dainescrupulosidade de poucos derrubandoos pilares da democracia ansiada por mui-tos, entre outros absurdos.

Interessante! Outras instituições rea-lizam procedimentos investigatórios. Maso principal alvo da emenda é o MP. Porque todo esse ativismo controlador nefas-to contra essa instituição?

Encerro minhas breves palavras lem-brando parte do hino nacional: "(...) Masse ergues da justiça a clava forte, verás queum filho teu não foge à luta..."! Ouçamcidadãos de bem! Lutemos com as armasque temos contra a aprovação da PEC 37participando dos debates, acompanhandoos noticiários, blogs, redes sociais, noscanais de comunicação da Câmara dosDeputados e Senado, enfim, não fique-mos calados em meio à guerra de argu-mentações falsas sobre o poder investiga-tivo do órgão ministerial.

Apesar de todo ativismo ímprobo daPEC 37, ela não será aprovada! Não po-demos aceitar a instauração da ditadura damordaça em nosso país. O MP é uma ins-tituição permanente não só no espaço e notempo de nossa história. Será sempre per-manente na defesa da res pública e detodos os cidadãos de nosso país. Assimcomo na sua origem, ele continuará sendoo "assoalho" que firmará nossos pés no ca-minho da ética, da moral, da honestidadee da justiça.

w w w . j o r n a l d e h o j e . c o m . b rDIRETOR-EDITOR

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Quarta-feira O Jornal de HOJE 3Natal, 24 de abril de 2013Política

Túlio [email protected]

SAÚDEAs exonerações de servidores

da Saúde Pública, que constataramsuperfaturamento no contrato daMarca para gerenciar o Hospital daMulher, em Mossoró, são mais gra-ves do que possamos imaginar. Si-naliza para ato de perseguição e cen-sura funcional, inadmissíveis emdias atuais.

INVESTIGAÇÃOO Ministério Público deverá in-

vestigar as exonerações feitas naSaúde do RN. Afinal, não há qual-quer justificativa para exonerar in-tegrantes de uma comissão que ape-nas fizeram seu trabalho. A secreta-ria de Saúde do Estado disse o óbvio,que foi decisão do secretário.

LERO LEROO secretário de Saúde, Luiz Ro-

berto Fonseca, concedeu entrevistaao Jornal das Seis, da 96 FM. Sher-loquinho afirma que, se dependerde lero lero, o substituto de Isaú Ge-rino será um grande secretário.

MUDANÇAA ex-prefeita de Mossoró, Fafá

Rosado, não tem sido valorizadapor seu grupo político como espe-

rava. Após deixar a Prefeitura, amulher de Leonardo não tem sidolembrada para praticamente nada;em relação a seu futuro político,tenta entrar na pauta como candi-data a vice-governadora de não sabequem e espera ser candidata a de-putada federal. Para ser vista, Fafáespelha que pode mudar de parti-do. Tudo encenação. Quando Car-los Augusto abrir a boca, o casalobedece silenciosamente.

FESTASSherloquinho afirma que as fes-

tas realizadas em Caicó e Mosso-ró, terminariam em situação seme-lhante a Macau e Guamaré, casofossem investigadas pelo Ministé-rio Público.

SECAAajuda Divina, através das chu-

vas, salvou parte do rebanho no in-terior. A depender da ação do poderpúblico, tudo estaria perdido. Afinal,o que há é transferência de respon-sabilidade entre gestões e espera in-justificada.

POÇOSO Governo do Estado, por

exemplo, após meses de inoperân-

cia diante da seca anunciada, avisaque vai liberar recursos para per-furação de poços. O Governo Fe-deral, mesmo com estudos indi-cando seca violenta, nada fez paraprevenir a situação e também queratuar apenas no emergencial. Du-plicidade de incompetência e faltade sensibilidade.

CONFUSÃOA situação da sucessão pre-

sidencial está deixando parte denossa classe política confusa.Rosalba Ciarlini, do DEM, dizque vai votar em Dilma, do PT,para presidente. Nélter Queiroz,do PMDB, que indicou o vicede Dilma, diz que o melhor parapresidente é Eduardo Campos,do PSB.

SERVIDORESA coluna recebeu e-mail de

um servidor que pede preserva-ção da identidade: "Tulio Lemos,o governo, através da procurado-ria barra os planos de carreirasalegando a falta de recursos, o li-mite prudencial, a LRF, mas nadadisso impede o aumento dos pro-curadores e vem aí aumento doscargos comissionados, isso não é

despesa de pessoal? Cadê os im-pedimentos legais, a falta deverba? A PM e o TCE que tiveramimplantados os PCCS, só pra elespode? Então não é questão legale sim de vontade. Os servidores doexecutivo passaram 18 meses semgratificação e por isso muitosainda não se recuperaram financei-ramente".

SERVIDORES IISegue o e-mail do servidor:

"Até as empregadas doméstica sãovalorizadas, menos os servidores doexecutivo. Nos últimos 10 anos nojudiciário e Legislativo houve odevido reajuste salarial e valoriza-ção dos servidores, enquanto noexecutivo NADA! Por lá eles con-tam com auxílio saúde e alimenta-ção, anuênio e no executivoNADA! É lamentável a formacomo são destratados, deixados aodescaso, desvalorizados, com ex-tremo desrespeito, levados a des-motivação. Na justiça do Pai nãotem manipulação, não existe fazde conta e será cobrada a conta portirarem a comida da mesa do tra-balhador, da boca de nossos filhos,impondo enormes limitações asnossas famílias".

Deputado do PMDB critica omissão do Governo Dilma em relação ao NordesteNÉLTER QUEIROZ AFIRMA QUE O MELHOR PARA A REGIÃO É A CANDIDATURA DE EDUARDO CAMPOS A PRESIDENTE

CIRO MARQUES

REPÓRTER DE POLÍTICA

Acandidatura do governador dePernambuco, Eduardo Campos, doPSB, parece não ser uma boa ape-nas para os pessebistas. Nesta terça-feira, o deputado estadual NélterQueiroz, correligionário do atualvice-presidente da República, Mi-chel Temer, do PMDB, afirmou quea candidatura dele seria o melhorpara o Nordeste. Isso, porque parao parlamentar, a "concorrência" pres-sionaria o Governo Federal a olharmais para a região.

"O melhor para o Nordeste seriaque Eduardo Campos fosse candi-dato, porque isso faria o Governo Fe-deral fazer mais pela região Nor-deste", afirmou Nélter Queiroz, res-saltando que a gestão federal temoptado por diversas medidas quepodem até ser populares para a po-pulação, mas que prejudicam con-sideravelmente os municípios. "Aredução do IPI (Imposto Produtos In-dustrializados), por exemplo, é fazercortesia com o dinheiro dos outros",analisou.

Com medidas como essa, se-gundo o deputado estadual, ficamuito difícil a União repassar os va-lores prometidos do Fundo de Par-ticipação dos Municípios (FPM)."Em um ano, o repasse é duas vezespositivo e 10 vezes abaixo do espe-rado. Dessa forma, não tem nem

como haver planejamento", afirmouNélter, que é pai do prefeito de Ju-curutu, George Queiroz.

Nélter lembrou ainda que não éapenas uma questão referente a seca- apesar da crise ter sido agravadapor ela. Segundo ele, há um proble-ma constante de desatenção. "Quan-do não chove, fica essa situação deseca causando prejuízos, quandochove aparecem outros problemas,como a dengue. Por isso, Dilma pre-cisa na verdade é olhar mais pelosmunicípios", analisou o deputadodo PMDB, partido que integra abase aliada da gestão PT no Gover-no Federal.

Entre essas ações que a Uniãopoderia implementar em benefíciodos municípios seria o perdão de,pelo menos, 50% da PrevidênciaSocial. "Já faz isso para algumasempresas, porque não fazer para osmunicípios? Isso já amenizaria emuito a situação", comentou, res-saltando que isso "não tem nada aver com Garibaldi (Alves Filho)",atual ministro da Previdência So-cial e que é colega dele de PMDB."Não, não, isso é uma coisa do Go-verno Federal", esclareceu.

Além de reclamar das ações doGoverno Federal, Nélter tambémcomentou o trabalho da CompanhiaNacional de Abastecimento (Conab-RN) e a realidade do envio de milhopara a comercialização com os agri-cultores, para a alimentação do gado.

"Nós fomos informados, que aConab nacional determina que oagricultor que tem acesso ao milhoem um mês, no outro não tem. Eesse é o único benefício, no mo-mento, do governo federal, paraamenizar o sofrimento do sertane-jo. É bom lembrar que esse milhonão é de graça. O agricultor pagaC$ 18,00 por uma saca de 60 qui-los. E se esse milho não vem todosos meses ele tem que pagar mais deR$ 40,00 para comprar o milho nocomércio local. Faço aqui um apelopara que a Conab libere o milho

todos os meses", afirmou.O deputado lamentou que não ti-

vesse ocorrido a reunião dos depu-tados estaduais, o presidente da Câ-mara Federal, deputado HenriqueAlves, e a direção do Banco do Nor-deste, que estava marcada para For-taleza, mas foi adiada porque o pre-sidente do BNB tinha viajado. "Areunião era para discutir mecanismosque possibilitem mais rapidez na li-beração de empréstimos para ohomem do campo Também iam serdiscutidos os casos de hipotecas depropriedades, porque os proprietá-

rios não tiveram como pagar as suasdívidas, em consequência dos doisanos de seca", afirmou.

PSBO discurso de Nélter Queiroz de

crítica a um Governo Federal quetem altos índices de aprovação so-cial não foi o único com esse teorna sessão plenária desta terça-feira.O colega dele de Assemblea, o pes-sebista Tomba Farias utilizou otempo de discurso também para co-mentar as gestões petistas da presi-denta Dilma Rousseff e do ex-pre-

sidente Lula.De acordo com o parlamentar,

o Governo Federal abandonou a re-gião Nordeste com relação ao apoioàs populações atingidas pela seca.Tomba criticou a política interna-cional petista de ajuda a países comoBolívia e Cuba. "Se tem dinheiropara ajudas internacionais, como asque são dadas para a Bolívia e paraCuba, por que não tem para o Nor-deste? Dilma e o ex-presidente Lulaesqueceram nossa região", denun-ciou o parlamentar.

Segundo Tomba Farias, tambémas políticas econômicas de cortesem impostos para alavancar a eco-nomia. Segundo ele, as exoneraçõesfazem com que estados e municípiospercam arrecadação e com que aUnião praticamente não sinta os re-flexos desses cortes. "É inadmissí-vel que um município em 2013 de-pende exclusivamente de carros pipae que a população passe por difi-culdades. Estamos com problemassérios que precisam ser enfrentadoscom estratégia. Chega de lenga-lenga, de conversas sem futuro", dis-parou.

Os últimos discursos de políticosdo PSB contra as administrações pe-tistas reforçam a pré-candidatura deEduardo Campos, presidente nacio-nal da legenda e governador de Per-nambuco, que também é amigo davice-prefeita Wilma de Faria, presi-dente estadual do partido.

ALEX VIANA

REPÓRTER DE POLÍTICA

O ex-secretário de Recursos Hí-dricos do Estado do Rio Grande doNorte Gilberto Jales, indicado pelagovernadora Rosalba Ciarlini(DEM) para ocupar a vaga de con-selheiro do Tribunal de Contas doEstado (TCE) aberta com a apo-sentadoria de Alcimar Torquato,ainda em 2011, passou esta manhãpor uma sabatina na AssembleiaLegislativa e teve o nome aprova-do pela Comissão de Fiscalizaçãoe Finanças. O parecer da Comis-são, aprovado à unanimidade, de-verá ser apreciado nesta quinta-feira pelo plenário da Casa.

Ouvido na Comissão de Fisca-lização e Finanças da Assembleia,o geólogo foi abordado pelos sobreos requisitos técnicos para o exer-

cício do cargo. "Gilberto Jales foiuma excelente escolha da gover-nadora Rosalba Ciarlini, é umhomem preparado e tem experiên-cia não só como administrador esecretário estadual, mas tambémcomo secretário da Prefeitura deMossoró. E eu acho que ele só tema enaltecer o Tribunal de Contasdo Estado", afirmou o presidenteda Assembleia, deputado RicardoMotta (PMN).

O presidente da Comissão deFiscalização e Finanças, deputadoTomba Farias (PSB), ressaltou aresponsabilidade do novo conse-lheiro, destacando que os municí-pios, especialmente, passam porum momento difícil, em que os pre-feitos são constantemente respon-sabilizados por atos inerentes à ges-tão e que o TCE deve ter sensibi-lidade no trato com os gestores.

"As pessoas precisam entenderque os municípios atravessam es-tágio difícil e todo mundo hoje querculpar o gestor público. Vai chegarum tempo que ninguém mais vai

querer ser prefeito, porque não estáfácil governar", destacou Tomba."Tudo é improbidade administra-tiva. Às vezes, atos meramente for-mais são considerados improbida-

de. Tem que haver uma regra, temque haver uma mudança em rela-ção a isso aí", completou o parla-mentar.

CONTASAo falar ao Jornal de Hoje, Gil-

berto Jales destacou não haver qual-quer dificuldade, da sua parte, dejulgar, nos próximos meses, as con-tas do governo Rosalba Ciarlini(DEM), ao qual serviu até recente-mente. Ele afirmou que pretendefazer jus à autonomia do órgão e aopapel da Corte de Contas que é afiscalização da correta aplicaçãodos recursos públicos.

"Na realidade, o TCE tem a suaautonomia e essa autonomia é dei-xar os conselheiros à vontade econscientes em relação a isso. Orelatório de contas é remetido nosprimeiros 60 dias do ano ao TCE,

o conselheiro-relator dá o parecer.Não encontro nenhum problema ouimpedimento de analisar. Bemcomo acontece com todos os con-selheiros que estão no TCE, e que,noutros momentos, passaram poroutros governos, por outras parti-cipações no serviço público esta-dual, e não se tem relato de queisso tenha influenciado nas deci-sões do TCE", afirmou.

Ainda de acordo com o novoconselheiro, além de uma posturade fiscalização da correta aplica-ção dos recursos públicos, a socie-dade espera que o TCE dê aos ges-tores a devida orientação para aaplicação desses recursos. "E é esseo papel, sempre com a visão de quea eficiência dos serviços públicostem que se traduzir na correta apli-cação dos recursos, que procurareidesempenhar", afirmou.

Nélter Queiroz critica medidas do Governo Federal: “Redução do IPI, por exemplo, é fazer cortesia com o dinheiro dos outros”

> SABATINA NA ASSEMBLEIA

Comissão de Fiscalização aprova, por unanimidade,indicação de Gilberto Jales para conselheiro do TCE

Indicado pelo Governo, Gilberto Jales enfrenta sabatida na Comissão de Finanças

Wellington Rocha

José Aldenir

Quarta-feira4 O Jornal de HOJE Natal, 24 de abril de 2013 Política

DE BRASÍLIA - [email protected]

Walter Gomes Deputados reivindicam ações do Governo Rosalba Ciarlini

JOAQUIM PINHEIRO

REPÓRTER DE POLÍTICA

Preocupado com a criminali-dade no município de Parnamirim,que atingiram índices preocupantes,o deputado Agnelo Alves, do PDT,está solicitando da governadora Ro-salba Ciarlini e do secretário de Se-gurança Pública e Defesa Social,Aldair da Rocha, várias informa-ções sobre as atividades da PolíciaCivil naquele vizinho municípioque faz parte da Grande Natal. Entreas solicitações, o parlamentar quersaber o efetivo da Polícia Civil quepresta serviço em Parnamirim, onúmero de delegacias e informa-ções referentes às ocorrências regis-tradas em cada uma delas.

O parlamentar deseja tambémsaber sobre estatísticas relativas aoshomicídios ocorridos na cidade, fa-zendo menção a aqueles em que foipossível apontar a autoria do deli-to por meio de investigação da Po-lícia Civil. "Cumpre averiguar se oGoverno do Estado tem sido dili-gente na gestão da segurança públi-ca no que se refere ao destacamen-to de policiais civis para atuarem nacidade e na investigação dos deli-tos ocorridos", ressalta o parlamen-tar.

Outra preocupação externadapela deputada Márcia Maia refere-se a atual situação em que se encon-tra a Ponte de Igapó localizada naZona Norte de Natal. Ela destacaque com mais de 20 anos de sua du-plicação a ponte sobre o Rio Poten-

gi apresenta deficiências estrutu-rais com os pilares de sustentaçãotendo sua estrutura de ferro expos-ta e enferrujada por causa da açãodo tempo.

"O fluxo de veículos é intensonaquela ponte onde diariamentepassam milhares de carros, cami-nhões e ônibus. Por vezes o trânsi-to fica congestionado em virtudedo excesso de pessoas indo namesma direção nos horários degrande movimento. A situação daponte parece oferecer riscos para

quem trafega por ali", alerta Már-cia Maia.

O deputado José Adécio, doDEM, objetivando oferecer melho-res condições para as pessoas quetrafegam na rodovia RN-160 reque-reu ao diretor-geral do DER, De-métrio Torres, providências neces-sárias para que seja executada a obrade recapeamento asfáltico do trechoque liga Ceará-Mirim à localidadeMuriú, bem como o asfaltamentodo trecho que liga as comunidadesde Coqueiros e Caiana.

OITICICANélter Queiroz, deputado do

PMDB, está solicitando do Gover-no do Estado o início imediato dasobras para construção da Barragemde Oiticica, segundo ele, importan-te obra hídrica para as regiões doSeridó e Vale do Assu. "No Seridóa Barragem de Oiticica resolveráo problema da falta d´água no pe-ríodo da seca e no Vale do Assudurante o período chuvoso resol-verá o problema das enchentes",disse o deputado.

A ex-prefeita de Natal, Micarlade Sousa, parece que está deixandomesmo a vida pública. Pelo menospartido político ela não tem mais.Nesta terça-feira, oficializou o pedi-do de desfiliação do Partido Verde.Contudo, as consequências do últi-mo mandato continuam. Afinal, nomesmo dia que deixou o PV, Mi-carla viu a continuidade de uma açãocivil pública movida contra ela porimprobidade administrativa.

A decisão de continuar o pro-cesso foi na 1ª Câmara Cível doTribunal de Justiça do Rio Grandedo Norte (TJRN). Ao julgar o Agra-vo de Instrumento com suspensivi-dade nº 2012.008743-2, mantevedecisão de primeiro grau que aca-tou ação, movida pelo MinistérioPúblico contra o Município. Basi-camente, o TJ decidiu que a açãopor manipulação de procedimentolicitatório pudesse seguir normal-mente, sendo recebida pela Justiçaem primeira instância.

A 2ª Vara da Fazenda Públicada Comarca de Natal recebeu a açãoapós investigações feitas pelo Mi-nistério Público, que concluiu terhavido a prática de improbidadeadministrativa. Os autos do proces-so trazem a informação de que oMP ajuizou a ação em face de ir-regularidades nos procedimentoslicitatórios e nos contratos para lo-

cação do imóvel Novotel Ladeirado Sol, firmados entre a SecretariaMunicipal de Educação e Secreta-ria Municipal de Saúde de Natalcom a empresa A. Azevedo Hotéise Turismo.

O MPafirma que foram apresen-tadas propostas viciadas pelas imo-biliárias Bezerra Imóveis e NatalProperty Consultoria Imobiliária, asquais seriam genéricas, já que foramexpedidas a pedido do representan-te dos interessados da A. AzevedoHotéis e Turismo, o que foi confir-mado pelos subscritores das propos-tas. O Município alegou que os fatosnarrados pelo Órgão Ministerial nãocaracterizam ato de improbidade,

mas contratação direta por dispen-sa de licitação, realizada nos exatoslimites estabelecidos na Lei nº8.666/93.

Observando os autos, contudo,o relator do processo no TJ, o desem-bargador Expedito Ferreira, não deurazão à pretensão recursal. "Depreen-de-se que as argumentações expen-didas não merecem acolhimento, so-bretudo quando se percebe que anarrativa precisa ser corroboradamediante prova idônea, a ser produ-zida e examinada em instrução pro-cessual", define o relator.

O desembargador acrescentouque tal prova não foi demonstrada,mas, ao contrário, o juízo originário

obedeceu, estritamente, ao procedi-mento instituído pela Lei de Impro-bidade Administrativa, emitindo po-sicionamento fundamentado, o qualnão merece, de logo, qualquer mo-dificação.

É importante lembrar que oscontratos firmados pela Prefeiturade Natal durante a gestão Micarlade Sousa foram alvos de uma Co-missão Especial de Inquérito, co-nhecida como CEI dos Aluguéis,na Câmara Municipal de Natal.Tudo que foi apurado pelos verea-dores na época foi enviado paraque o MP tomasse as providênciascabíveis. Contudo, nenhum contra-to, mesmo com indício de irregu-laridade, foi suspenso. E mais: boaparte deles foi renovada pela ges-tão Carlos Eduardo Alves, do PDT,no início deste ano.

VIDA POLÍTICAAfastada nos últimos meses de

sua gestão por ação do MinistérioPúblico, Micarla também é citadapor envolvimento em irregularida-des denunciadas na Operação As-sepsia, que investiga um esquema defraude em contratos com empresasde terceirização de mão de obra.Entre elas, a Associação Marca, quetambém teve contrato com o Go-verno do Estado para administrar oHospital da Mulher. (CM)

Agnelo Alves questiona número de policiais civis no Estado

> EX-PREFEITA

Micarla oficializa saída do PV, mas processo por improbidade segue na primeira instância

Micarla de Sousa teria favorecido processo licitatório na época em que era prefeita

Marcia: “Ponte parece oferecer riscos para quem trafega por ali”

AGNELO ALVES PEDE EXPLICAÇÕES SOBRE ESTRUTURA POLICIAL QUE ATENDE

PARNAMIRIM E MÁRCIA MAIA ALERTA SOBRE PERIGO DA PONTE DE IGAPÓWellington RochaWellington Rocha

José Aldenir

LEITURA DINÂMICA

O motivo de cada umNem a oposição nem o governo têm amparo no desmen-

tido. Anteciparam, sim, a campanha do pleito marcado para

outubro de 2014. Cada candidato, ao projetar-se no emba-

te, atuou de acordo com a sua especificidade.

n n n

Dilma Rousseff cuidou de assegurar a recandidatura,

ameaçada pelo movimento a favor da volta de Lula da Silva.

O antecessor negava, mas os bochichos confirmavam o in-

teresse do PT descontente. O grupo continua na espreita, mas

a chance esvaiu-se. A primeira sangria ocorreu por causa do

escândalo protagonizado pela então chefe do gabinete da Pre-

sidência da República em São Paulo. A segunda resultou do

novo depoimento do publicitário que operou a mutreta ape-

lidada Mensalão. Em ambas, Lula foi personagem inconse-

quente.

n n n

Filiado ao PSDB, maior partido oponente ao governo cen-

tral, Aécio Neves precisava consolidar a candidatura. O tu-

canato de São Paulo é um repositório de hostilidade à lide-

rança, agora fortalecida, do senador de Minas Gerais. Ele,

ajudado por Fernando Henrique Cardoso, ganhou a escor-

regadia cumplicidade do governador (recandidato) Geraldo

Alckmin. E, por isso, enfraqueceu e depois derrubou a arti-

culação de José Serra. O rival do mineiro é uma interroga-

ção, com referência ao futuro próximo.

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Eduardo Campos, governador (reeleito) de Pernambuco

e chefe nacional do PSB, alimentou a expectativa de subs-

tituir Michel Temer (PMDB-SP) na chapa da senhora Rous-

seff. A estratégia falhou. Apesar de os socialistas ocuparem

gabinetes na Esplanada dos Ministérios, Campos critica a ad-

ministração de Dilma, mas não escancarou o que se imagi-

na ele fará mais cedo ou mais tarde.

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A ex-senadora Marina Silva passa por mau momento.

Sem partido, desde que abandonou o PV, sufoca-se com as

dificuldades, naturais ou engendradas, para criar a Rede

Sustentabilidade, via de sua preferência para concorrer. Não

ficará na orfandade, porém, caso perca o prazo para regis-

trar a agremiação de seu sonho. Se não exigir demais, terá

legenda a seu dispor para preocupar a concorrência.

Prova dos nove“O Brasil deu certo. E agora?”É o título do documentário realizado por Maílson da

Nóbrega, ministro da Fazenda sob o governo Sarney,e dirigido pela jornalista Louise Sottomaior (ambos nafoto). Pré-estreia segunda-feira (29), em São Paulo.

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Três ex-presidentes da República – José Sarney, Fer-nando Collor e Fernando Henrique Cardoso – partici-pam do filme, assim como ex-ministros, ex-dirigentesdo Banco Central e analistas financeiros.

Estão de voltaRegistro sobre políticos que usam e abandonam as le-

gendas.Na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, de-

putados protagonizam, mais uma vez, a cerimonia da trocade camisa partidária.

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São os vira-casacas registrados na história política po-tiguar, a recente e a distante.

Entre eles, o próprio presidente do parlamento esta-dual, Ricardo Motta, colecionador de siglas.

t Marco Feliciano, ocontroverso deputadopelo PSC-SP, pode sercandidato a senador. Opartido dele negocia como PSDB, do governadorGeraldo Alckmin.t Dia 13 de maio, lança-mento do Ano da Alema-nha no Brasil. Para a ceri-mônia, vem o presidenteJoachim Gauck.t Na sequência da críti-ca do senador JorgeViana (PT-AC) à propos-ta que tolhe a criação departidos, o partido delefechou questão a favordo que o acriano chamoude “casuísmo”. Viana éamigo de Marina Silva.t Rico empresário daconstrução civil, Paulo Oc-távio despede-se do DEM.

Deve ingressar no PMDB.Foi senador e vice-gover-nador do Distrito Federal.t Lula da Silva e JoséDirceu estão condena-dos a conviver. Foramconfidentes e, juntos, co-meteram erros. Dirceu foiimportante para a primei-ra vitória de Lula em dis-puta majoritária. O ex-presidente, ao chegar aoPlanalto, deu alternativade voo a quem nomeouchefe da Casa Civil ecoordenador político deseu governo.t Para refletir: “Falta tudo,até carinho?/ Se ainda teresta um livro,/ sossega –não estás sozinho” (CineasSantos, poeta e escritorbrasileiro nascido em Ca-racol – Piauí).

Quarta-feira O Jornal de HOJE 5Natal, 24 de abril de 2013Política

Assembleia Legislativa homenageiajornalistas que fazem história no RNREPÓRTER D’O JORNAL DE HOJE, JOAQUIM PINHEIRO FOI UM DOS AGRACIADOS COM A HOMENAGEM FEITA PELOS DEPUTADOS

CONRADO CARLOS

[email protected]

O adolescente Joaquim Pinheiromorava em Santa Cruz e gostava dorádio. Filho de um sargento da Polí-cia Militar, ele passava horas com oouvido atento em um programa ap-resentado pelo futuro governadordo Estado, Aluízio Alves. Uma dé-cada depois, em 1968, o menino dointerior chegou à capital potiguar elogo se encantou com a ideia de es-tudar comunicação. O que foi feitoem dois tempos: o primeiro na Fun-dação José Augusto; o segundo, naprópria Universidade Federal. Atéque um convite para integrar aequipe do extinto e pioneiro jornalA República transformou sua vida,a ponto de hoje, Pinheiro ter sidoum dos jornalistas homenageadospela Assembleia Legislativa do RioGrande do Norte, dentro de um atoalusivo a data oficial da categoria –comemorado no último dia 07.

Cerimônia prestigiada por dep-utados estaduais, vereadores, em-presários e curiosos que entendempolítica e jornalismo como uma re-lação carnal, simbiótica (e prob-lemática). Parceria fundamental noprocesso democrático, ambas ativi-dades convivem com a notoriedade,o marketing e a prestação de serviço.E, com freqüência, são vistos comressalva por parte significativa dapopulação. “Nunca tive uma de-

cepção em minha profissão. Acred-ito que tive uma carreira que só medeu prazer. Foi através do jornalis-mo que construí minha vida”, dizPinheiro, repórter de política d’OJornal de Hoje desde a fundação dovespertino, em 1997. O acúmulo deexperiência na rádio e TV Tropicale no também extinto jornal DoisPontos o credenciou como um dosprincipais conhecedores da cenapolítica local.

Das mãos dos deputados Fer-nando Mineiro (PT) e Nelter Queiroz(PMDB), Joaquim Pinheiro recebeua homenagem. Aos 67 anos, ele viuuma parcela da história potiguar sercontada por homens virtuosos e de-terminados em conduzir um dos Es-tados mais pobres e desiguais daFederação rumo ao sonhado desen-volvimento. “Tive momentos queme orgulharam, como as entrevistasque fiz com Tarcísio Maia, e com oslíderes nacionais Leonel Brizola ePaulo Maluf. Sou de Santa Cruz,mas adotei Natal como minha terrano momento que cheguei aqui. Ojornalismo é importante o tempotodo. Temos a missão de divulgar,denunciar e reconhecer acertos”.

O plenário cheio registrava oprestigio de uma classe profission-al que viu a fuga do título de Quar-to Poder. Com dificuldades em tem-pos de novas tecnologias, formatostradicionais repensam estratégiaspara garantir qualidade com estru-

turas mais enxutas. Mas, mesmonessa nova dinâmica, antigos dog-mas jornalísticos permanecerãocomo alicerce: “Eu sempre convivicom políticos e nunca tive proble-ma. Procuro fazer meu trabalho comhonestidade, com critério. Respeitoo lado pessoal de cada um e divul-

go apenas o que aconteceu. Não temmistério”.

Pinheiro, que é fã do ex-presi-dente Lula, “maior exemplo de mu-dança que o país já teve em suapolítica”, agradeceu a lembrança daAssembleia como um reconheci-mento do trabalho realizado.

Outro jornalista presente aoevento foi Rubens Lemos Filho. Nacondição de herdeiro natural dolegado de seu pai, o mítico RubensLemos, foi com certo lamento quesentiu a presença do progenitor du-rante a homenagem. “Me sinto emo-cionado por ele não poder receber

pessoalmente. Mas nunca é tardepara reconhecer o esforço de quemlutou pela democracia, a liberdadee igualdade social, pois eram essesos maiores sonhos dele. Foram 44dias preso, sendo torturado pela Di-tadura, o que deixou dor no corpoe na alma dele e na da família”. Ru-binho, como é chamado por todos,estreou no jornalismo em 1988, naTribuna do Norte e é colunista es-portivo d’O Jornal de Hoje desde2010. Com passagens significati-vas pelo poder público (secretárioestadual), ele vê a relação político-jornalistica como essencial para aformação de um jornalista inves-tigativo.

“Tem que conhecer os doislados. A experiência na assessorianão é tudo de ruim, como muitosacham. Quando se é digno, não temproblema algum. Depende apenasdo caráter e da capacidade de cadaum. Tenho 25 anos de profissão eaprendi que não posso dar lição demoral em ninguém”, conclui Ru-binho. A posição é compartilhadapelo presidente da Assembleia, odeputado Ricardo Motta (PMN).“Jornalismo é o espelho da democ-racia. Repórter isento comunica apopulação com comprometimentocom a informação. Apenas isso.Acatamos a critica construtiva e re-conhecemos os profissionais sérios,dedicados, cuidadosos com o queescrevem e falam”.

Jornalista Joaquim Pinheiro recebe a homenagem dos deputados Fernando Mineiro e de Nélter Queiroz na Assembleia

> “AGORA VAI!”

Lucena quer urgência para votação da Lei dos PostosUm sonho antigo do vereador

Fernando Lucena, do PT, a chama-da "Lei dos Postos", deverá ir no-vamente a votação nos próximosdias. Nesta tarde, o parlamentar vaiprotocolar um pedido de regime deurgência para a medida que trami-ta na Câmara Municipal de Nataldesde 2010. Segundo o petista, a le-gislação que já foi derrubada duasvezes em votação na Casa Legis-lativa "agora vai ser aprovada!"

Para quem não sabe, a Lei dosPostos autoriza a comercializaçãode combustíveis em supermerca-dos e reduz a distância de seguran-ça entre os postos de 300 metrospara 100. Dessa forma, pretende-seaumentar a concorrência e, conse-quentemente, diminuir o preço co-brado pelo combustível em Natal."Não defendo o capitalismo, massem a livre concorrência, os pre-ços dos combustíveis estão absur-dos. A Lei vai criar concorrênciaentre os postos e reduzir os preços

dos combustíveis", ressaltou o ve-reador.

Segundo Lucena, o pedido deurgência da Lei dos Postos é frutode certa "demagogia que o projetovem enfrentando na Câmara". "Oprojeto é conhecido por todomundo, por toda a sociedade nata-lense, está em tramitação desde2010, já foi votado duas vezes, jápassou pelas comissões de Justiçae Finanças e ficam arranjando for-mas de protelar a votação dele",afirmou Lucena.

Segundo o vereador, a tentati-va de protelá-lo é consequência dopedido para que a Lei passe tam-bém pela Comissão de Planejamen-to Urbano e que, além disso, aindafosse feita mais uma audiência pú-blica para discutir o tema. "Maisdo que ele já foi discutido? Já foidiscutido de todas as formas pos-síveis e já teve audiência públicasim para falar sobre ele", garantiuFernando Lucena.

Depois de ter sido rejeitadoduas vezes pelos vereadores, se-gundo Lucena, a nova Legislatu-ra, aparentemente, vai acatar o pro-jeto. "Agora vai sim, agora vai.Os vereadores novos estão todosa favor e sabem que esse projetonão é meu, é do povo de Natal",

afirmou Lucena.

DUPLA FUNÇÃO Enquanto Lucena é contrário a

realização de uma nova audiênciapública para discutir a Lei de Pos-tos, a Câmara Municipal de Natalrealizou nesta terça-feira uma au-

diência pública para discutir a situa-ção de dupla função exercida pelosmotoristas do Transporte Públicodo município de Natal. A iniciati-va foi proposta pelo vereador Fran-klin Capistrano (PSB).

Participaram dos debates repre-sentantes da secretaria de Mobili-dade Urbana (Semob), do Sindica-to dos Trabalhadores em Transpor-te Rodoviário de Passageiros doRio Grande do Norte (Sintro-RN)e do Ministério Público do Traba-lho, além de líderes comunitários,trabalhadores e sociedade civil.

"Estamos aqui para cumprir onosso dever constitucional de defen-der os direitos da população ao exi-gir o fim da dupla função impostaaos motoristas do transporte públi-co em nossa cidade", justificou overeador Franklin Capistrano. "Hámais de cinquenta anos acompa-nho a situação dos transportes co-letivos e vejo a situação caótica emque nos encontramos atualmente",

avaliou, lembrando os prejuízos àsaúde dos profissionais e riscos a se-gurança dos usuários gerados peladupla função. Capistrano tambémcobrou a licitação para os transpor-tes públicos. "Poderia abrir melho-res perspectivas, mas não sai dopapel", afirmou.

Para o presidente do Sintro,Nastagnan Batista, o debate develevar em consideração a dignidadedos trabalhadores do transporte co-letivo da cidade. "Queremos garan-tir emprego e qualidade de vidapara os profissionais da nossa ca-tegoria", enfatizou. "Temos quepensar na sobrevivência do nossosistema de transportes e na melho-ria do atendimento à população",explicou Nastagnan. Ele sugeriu acriação de uma comissão formadapor todos os envolvidos no assun-to para dialogar junto ao Poder Exe-cutivo municipal e estadual. "Sódiscutir aqui não vai resolver nada",concluiu. (CM)

Fernando Lucena: “Lei vai criar concorrência e reduzir os preços dos combustíveis"

ALEX VIANA

REPÓRTER DE POLÍTICA

O deputado estadual Raimun-do Fernandes (PMN) confirmou namanhã desta quinta-feira que de-verá fazer uma nova filiação parti-dária. Pertencente ao grupo políti-co liderado na Casa pelo presiden-te da Assembleia Legislativa, depu-tado Ricardo Motta (PMN), Fer-nandes disse que acompanharáMotta na decisão que vier a tomar.Segundo o deputado Raimundo Fer-nandes, Ricardo, ele e outros par-lamentares deverão fazer opção par-tidária pelo PP, legenda que hoje épresidida no Estado pelo vereadorde Natal Rafael Motta.

Em plena era da fidelidade par-tidária, a mudança de legenda estásendo permitido, no caso de Rai-mundo Fernandes e Ricardo Motta,por causa da fusão a que o partidodeles, o PMN, está sendo subme-tido. PMN está se fundindo com oPPS, legenda comandada nacional-mente pelo deputado federal Ro-berto Freire (SP), que passará a co-mandar o partido resultado da fusão,o Mobilização Democrática (MD).No Rio Grande do Norte, a nova le-

genda deverá ser presidida pelo ex-deputado Wober Júnior, amigo deFreire e que presidia o PPS no Es-tado. O deputado Antônio Jácome,que presidia o PMN, também esta-ria disputando a presidência do MD.Diferentemente de Fernandes eMotta, Jácome, até agora, não ma-nifestou a intenção de fazer novaopção partidária.

ESTADOSegundo Raimundo Fernandes,

acompanharão o grupo liderado pelopresidente da Assembleia Legislati-va, deputado Ricardo Motta, pelosmenos quinze prefeitos do estadoque hoje são filiados ao PMN. Essesprefeitos se juntarão aos cerca oitoprefeitos do PP, fazendo com que oPP cresça em número de prefeitos noRN. Entre os prefeitos que devemdeixar o PMN e seguir para o PP estáFernando Cunha, de Macaíba, naregião metropolitana de Natal.

O PP é hoje considerado umdos grandes partidos que compõema base de sustentação política dapresidente da República, DilmaRousseff, na Câmara dos Deputa-dos, com 40 deputados federais, etambém desponta na Esplanada dos

Ministérios com um importante es-paço, que é o Ministério das Cida-des. O partido deverá compor o pa-lanque de Dilma na campanha dereeleição da petista no próximo ano.

BANCADANa avaliação de Fernandes, pelo

menos outros três deputados esta-duais deverão ser fazer parte da fu-tura bancada do PP na AssembleiaLegislativa. Vivaldo Costa (PR),Kelps Lima (PR) e Gilson Moura(PV) já ingressaram, ou estão paraingressar, com ações de desfiliaçãopor justa causa de seus respectivos

partidos junto à Justiça Eleitoral. "Estamos trabalhando com Vi-

valdo, Kelps e Gilson para fazer amaior bancada desta casa. Há maisque razão para que Vivaldo saia doPR. Eles não estão se entendendono PR. Há divergências e rompi-mentos. Kelps também não, tira-

ram Kelps da presidência do PRaqui de Natal. Consequentemente,como ele pode permanecer no par-tido?", questiona Fernandes.

No caso de Gilson Moura, se-gundo Fernandes, o pevista sequersaberia quem é o presidente do PV."Gilson seria a falta de convivência,ele não sabe nem quem é o presi-dente do partido". Já registrado noTribunal Superior Eleitoral, o novopartido, o MD, ainda está sendocriado no Rio Grande do Norte.

POSIÇÃOCauteloso, o presidente da As-

sembleia, Ricardo Motta, disse vaiaguardar decisões ainda de Brasí-lia, para anunciar sua posição emrelação à criação da nova legenda."Estamos aguardando decisões deBrasília, ainda falta o TSE concre-tizar. Depois de concretizar, vamoster uma posição que haverá de serconsensual". Sobre deixar o MD efazer uma nova opção partidáriaMotta disse que irá aguardar a de-finição da filosofia programáticada sigla. "Vamos ver qual a filoso-fia do nosso partido e, em cimadisso, tomaremos uma posição",afirmou.

Segundo Raimundo Fernandes, Ricardo Motta e outros parlamentares deverão fazer opção partidária pelo PP, de Rafael Motta

> NOVO RUMO

Raimundo Fernandes: “Estamos trabalhando para o PP ter a maior bancada da Assembleia”

José Aldenir

José Aldenir

José Aldenir

A Secretaria Extraordinária deCultura reuniu a imprensa, na manhãdesta quarta-feira (24), para anunciarintegrantes e objetivos da comissãocriada para coordenar a restauraçãoe gestão da Fortaleza dos ReisMagos. O marco inicial da cidadeteve a confirmação da ministra MartaSuplicy de que receberá R$ 8 mi-lhões para as obras, incluídas noPrograma de Aceleração do Cresci-mento (PAC) das Cidades Históri-cas e programadas para serem con-cluídas até a Copa do Mundo de2014. A verba está fora da emendaparlamentar que destina R$ 19,7 mi-lhões do orçamento federal para mu-seus potiguares.

Conduzida pela secretariade cultura do Estado, Isaura Rosa-do, a coletiva teve a mesa comple-mentada pelo presidente da Acade-mia Norte-Riograndense de Letras,Diógenes da Cunha Lima; presiden-te do Conselho Estadual de Cultu-ra, Iaperi Araújo; e pelo representan-te do Instituto Histórico e Geográ-fico do Rio Grande do Norte(IHGRN), Osmundo Barbalho. Naocasião, foram revelados empresase profissionais que atuaram em cadaárea da recuperação de um dos prin-cipais patrimônios histórico-arquite-tônicos do Brasil.

"Nosso interesse, depoisde concluída a restauração, é de en-tregarmos a Fortaleza para uma or-ganização social, como acontececom todos os grandes museus e ins-titutos culturais do país. A burocra-cia e a legislação impedem traba-lho de governos estaduais e muni-cipais. Para pintar uma parede seexige toda uma documentação. E aFortaleza não será a única. A Cida-de da Criança será o próximo apa-relho público que entrará nessa novae moderna compreensão de comose administra espaços culturais",afirma a secretaria Isaura Araújo.

A ideia é que Governo doEstado e o Instituto do PatrimônioHistórico e Artístico Nacional(Iphan) dividam a administração. Oprojeto de restauração ficará a cargodo arquiteto Haroldo Maranhão, oprojeto terá a parte de museografiasob a responsabilidade da empresaPaluana, que tem presença no Esta-do através do Lajedo de Soledade,em Apodi, e parcerias com a Fede-ração Internacional de Futebol (Fifa)e a Petrobras. A Fundação Getúlio

Vargas desenvolverá um estudo demodelo gestão, previamente apre-sentado à Fundação José Augusto.

Entusiasta da cultura po-tiguar, o também escritor e advoga-do Diógenes da Cunha Lima desta-ca a importância da Fortaleza. "Pri-meiro, deveríamos parar de chamá-lo de forte, que é uma coisa menorque Fortaleza. Mas ainda bem quenão chamam de fortim. Falo semmedo de errar: temos o maior mo-numento da história desse país. Nãodigo um dos maiores. Digo o maior,que deveria ser reconhecido comoPatrimônio Histórico da Humani-dade, pela Unesco. Por isso, é pre-ciso sempre olhar para ela com ca-rinho. O povo mesmo pode ajudar,cuidando da área e avisando qual-quer ato de vandalismo".

A comissão será compos-ta por representantes da FundaçãoJosé Augusto, Procuradoria do Es-tado, Ministério Publico, AcademiaNorte-Riograndense de Letras, Con-selho Estadual de Cultura, FundaçãoCapitania das Artes e o Patrimônioda União. "É fundamental que o tra-balho seja feito de forma unificadaentre as três esferas de poder. Comisso ajustado, esperamos concluí-laaté junho de 2014", conclui a secre-taria Isaura Araújo.

Quarta-feira6 O Jornal de HOJE Natal, 24 de abril de 2013 Cidade

GÉSSICA RIBEIRO

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A população natalense agrade-ceu as chuvas que começaram a cairnos últimos dias, que aliviaram ocalor intenso. No entanto, poucosmais de 24 horas de chuva, foramsuficientes para que os transtornoscomeçassem a aparecer. Na manhãdesta quarta-feira (24), mesmo comchuvas rápidas, o congestionamen-to estava intenso em diversos pon-tos da cidade onde as ruas ficaramalagadas.

No principal corredor da cida-de, a avenida Senador SalgadoFilho, no trecho que dá acesso aoviaduto IV Centenário, motoristas

se arriscavam na travessia por umaverdadeira lagoa que se formou. Oclima era de tensão e estresse entreos condutores, pois devido ao ala-gamento e a lentidão dos carros, ocongestionamento começava emfrente ao Shopping Via Direta e se-guia até o cruzamento com a ave-nida Alexandrino de Alencar, ondeo movimento estava ainda mais in-tenso.

Outro ponto crítico e tambémbastante movimentado foi o cruza-mento da avenida das Alagoas comavenida Ayrton Senna, em frente àLagoa do Jiqui, na altura do bairrode Pirangi. No local, em poucos mi-nutos, a água encheu a pista, difi-cultando a passagem de carros e,

principalmente, dos pedestres, queficaram sem ter como esperar o ôni-bus nas paradas, como afirma o au-tônomo Carlos André Trigueiro.

"Basta uma chuvinha e a pistafica alagada rapidamente. Os carrosaté conseguem passar, mas quemestá a pé e precisa chegar às para-das para esperar o ônibus, quasesempre leva um banho quando osveículos passam. Às vezes, para seproteger, as pessoas se afastam umpouco mais da parada e, por isso,acabam perdendo o ônibus", disse.

Nos locais onde não há calça-mento ou saneamento básico, os mo-radores precisam fazer 'manobras'ao saírem de casa quando chove.No bairro de Capim Macio, zona

Sul de Natal, o problema é crônicoe, segundo a moradora Priscila Pra-xedes, o período das chuvas causamuito transtorno para quem precisasair ou chegar em casa.

"Sempre foi assim, e eu não en-tendo porque esse problema dasruas de Capim Macio ainda não foiresolvido. As ruas são de barro efica horrível passar por elas, prin-cipalmente, quando se está a pé. Decarro então, todos ficamos commedo, pois quando está alagadonunca se sabe a profundidade, enem se o carro consegue passar. Éhorrível para quem mora e paraquem precisa passar por aqui", afir-mou Priscila.

Com as chuvas da última terça-

feira (23) e de hoje (24), a DefesaCivil informou que foram detectados122 pontos de alagamento em Natal,em todas as zonas. Desse total, 23pontos estão sendo monitorados maisintensamente pelo órgão, por apre-sentarem situação mais crítica.

Apesar dos transtornos causadoscom a chuva, o diretor da DefesaCivil de Natal, Cabo Jeoás, afirmaque os alagamentos são considera-dos normais e que não há motivospara grandes preocupações. "Aschuvas que tivemos nesses últimosdias não tiveram uma proporçãopreocupante para a Defesa Civil.Foram alagamentos normais, em lo-cais de fácil escoamento, e não ti-vemos nenhuma ocorrência grave",

explicou.O diretor também explica que

a Defesa Civil já está trabalhandopara evitar maiores problemasquando as chuvas aumentarem."Estamos realizando um trabalhopreventivo, monitorando todos ospontos de alagamento já identifica-dos, e verificando a existência deoutros. Estamos monitorando aslagoas de capitação e informandoàs Secretarias competentes sobreas obras de manutenção que devemser feitas com urgência. Nosso tra-balho vai continuar durante todo operíodo das chuvas, e estamosprontos a atender qualquer ocor-rência, 24 horas por dia", afirmouo Cabo Jeoás.

Ruas alagadas e trânsito intenso em poucas horas de chuva em Natal

DE ACORDO COM A DEFESA CIVIL MUNICIPAL, 122 PONTOS DE ALAGAMENTOS FORAM REGISTRADOS NA CAPITAL

Na rua Walter Fernandes, em CapimMacio, a ‘lagoa’ causa transtornos a

quem trafega pelo local

Em trecho próximo ao estádio Arenadas Dunas, na avenida Salgado Filho, a

chuva causou intenso congestimento

Perto de terminar o tempo devigência, o Plano Municipal de Edu-cação para a capital potiguar não foidevidamente cumprido na últimadécada. Em vigor desde 2005, asmetas e demandas planejadas paraaté o ano de 2014 não foram con-templadas em sua totalidade, sendonecessário reajuste para a criaçãode um novo plano. O tema foi dis-cutido na manhã desta quarta-feirana Câmara Municipal de Natal(CMN), sem a presença da titularou representante da Secretaria Mu-nicipal de Educação. A proposiçãodo debate partiu da vereadora Elei-ka Bezerra, presidente da Comissãode Educação da Casa Legislativa.

Durante audiência pública, quecontou com a participação de mem-bros do Sindicato dos Trabalhado-res em Educação (Sinte/RN) e pro-fissionais da área, foi apresentadoum documento contendo os índicesda educação no município, além deplanos e metas para melhorias darede pública municipal de ensino.Segundo o documento, em 2012, oatendimento das crianças de 0 a 3anos foi de 12,53%, enquanto a metaa ser atingida até 2014 é de 50%.Com relação às crianças de 4 a 5anos, esse mesmo índice foi de65,21%, cuja meta até o próximoano seria de 80%.

De acordo com Ionaldo Tomáz,um dos dirigentes do Sinte, os pro-blemas na área da Educação são pro-venientes de muitos anos sem in-vestimento. "Os prejuízos que anossa Educação acumula não foramadquiridos apenas nos últimos qua-tro anos. São demandas reprimidasantes mesmo da existência do PlanoMunicipal de Educação. O planodocumenta necessidades e exigên-cias que a educação sempre preci-

sou, mas não foram devidamenteatendidos", disse.

O Plano de Educação, baseadoem um modelo nacional, contémsete blocos com objetivos e metaspara aplicação na Educação Infan-til; Ensino Fundamental; Educaçãode Jovens e Adultos; Educação Es-pecial; Formação de Profissionais;Financiamento da Educação e Ges-tão Democrática.

"Para uma avaliação mais pre-cisa da aplicação do Plano, precisa-ríamos da colaboração do PoderExecutivo, da Secretaria de Educa-ção, pois não temos como mensu-rar o cumprimento das metas quenão são tão visíveis para a socieda-de. Entretanto, podemos destacarque houve uma ampliação da redefísica de Educação Infantil, masainda há fragilidade no atendimen-to às crianças de 0 a 3 anos", apon-tou Cláudia Santa Rosa, diretora doInstituto de Desenvolvimento daEducação (IDE) e assessora da Co-missão de Educação da Câmara.

Durante o evento, a vereadoraEleika lamentou a ausência de repre-sentantes da Secretaria Municipalda Educação (SMS) e disse que iráencaminhar as demandas e questio-namentos apresentados para a Pre-feitura. "O que vemos é um baixoíndice no cumprimento das metaselaboradas pelo Plano Municipal deEducação. Estamos aqui para fisca-lizar estas ações e exigir que essasmetas sejam cumpridas", disse a ve-readora.

Além dos indicadores educa-cionais, a audiência também de-bateu o Plano Plurianual da Edu-cação e suas diretrizes orçamentá-rias que, segundo os participan-tes, deve andar em consonânciacom o Plano Municipal.

Comissão coordenará restauraçãoda Fortaleza dos Reis Magos

> PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Integrantes e objetivos da comissão criada foram apresentados, na manhã desta quarta-feira, durante coletiva de imprensa

> SEM PLANEJAMENTO

Governo Federal irá destinar R$ 8 mi para obras a serem concluídas até a Copa Audiência pública discutiu descumprimento das demandas planejadas até 2014

Educadores apontamque Plano Municipalvem sendo descumprido

José Aldenir

José Aldenir

José Aldenir

Heracles DantasHeracles Dantas

Quarta-feira O Jornal de HOJE 7Natal, 24 de abril de 2013Economia

MARCOS AURÉLIO DE SÁ [email protected]

HOJE na EconomiaNatal sediará em maio reunião nacional das cooperativas da construção civiln Será em Natal, pela primeira vez, a reuniãonacional das COOPERCONs (cooperativas deconstrução civil), entidades com jurisdição emdiversos Estados do país através das quais mui-tas empresas construtoras se associam para rea-lizar diretamente às indústrias suas compras con-juntas de produtos e insumos para as obras, li-vrando-se assim da figura do atravessador.n O evento acontecerá dia 17 de maio, no edi-fício-sede da Federação das Indústrias do Esta-do do Rio Grande do Norte, com a presença jáconfirmada dos presidentes das 12 COOPER-CONs em funcionamento no país.nAs cooperativas de construção civil têm des-pontado como instrumentos importantes na lutadas empresas da área de engenharia na luta pelaredução de custos e pelo estabelecimento de ummodelo saudável de competitividade, o que acabafavorecendo o mercado como um todo.nNo Rio Grande do Norte, onde funciona umaCOOPERCON há 10 anos, integrada pela maio-ria das construtoras filiadas ao Sindicato da In-dústria da Construção Civil (Sinduscon/RN), osresultados são altamente positivos, segundo ga-rante o seu presidente, o empresário e engenhei-ro Marcus Antonio Aguiar Filho.

Comércio do RN abriu 1.054 vagas deemprego formal durante março passadonO setor que mais gera empregos no Rio Gran-de do Norte continua sendo o que engloba as ati-vidades de comércio e serviços, conforme ates-tam os dados do Caged (Cadastro Geral de Em-pregados e Desempregados), divulgados mensal-mente pelo Ministério do Trabalho e Empregoem todas as unidades da federação.n Em março último, por exemplo, enquanto aindústria e o setor agrícola/pecuário do Estadoapresentaram saldos negativos no aproveitamen-to da mão de obra, as empresas do comércio eprestadoras de serviços geraram mais 1.054novos empregos.n Os dados do Caged demonstram que comér-cio e serviços foram decisivos para que o RN fe-

chasse o primeiro trimestre de 2012 com o saldopositivo de 409 admissões de empregados a maisdo que o número de trabalhadores demitidos.n Para o presidente da Federação do Comérciodo RN, empresário Marcelo Queiroz, a retoma-da dos números de novos empregos em março(melhor mês do ano até agora) já era naturalmen-te esperada pelo setor, já que é a partir do ter-ceiro mês do calendário que as empresas dosetor começam a se planejar a ampliação dos seusquadros de colaboradores, após a dispensa do pes-soal temporário que foi contratado para dar su-porte ao movimento de vendas do ciclo natali-no.

Sudene aprova pleitos de incentivos e benefícios fiscais para empresas do RNnA Diretoria Colegiada da Sudene (Superinten-dência de Desenvolvimento do Nordeste) apro-vou no início deste mês 18 novos pedidos de be-nefícios e de incentivos fiscais que lhes foramencaminhados por empresas dos Estados da re-gião interessadas em implantar projetos de ex-pansão, modernização e diversificação de ativi-dades.nDesse total, cinco desses pleitos aprovados fa-vorecem grupos econômicos do Rio Grande doNorte ou que aqui estão investindo. São eles: NewEnergy Options Geração de Energia S/A(que estáimplantando um grande parque gerador de ener-gia eólica no município de Guamaré); AgrícolaBom Jesus Ltda., com projeto de fruticultura ir-rigada no município de Baraúna; Fruta Vida - Pro-dução, Importação e Exportação Ltda., que se de-dica à agricultura irrigada no município de Mos-soró; Rifóles Praia Hotel Ltda., empreendimen-to hoteleiro em fase de ampliação, localizadoem Natal; e Capricórnio S/A, indústria têxtil queestá se transferindo para o município de SãoGonçalo do Amarante.nOs empreendimentos serão beneficiados comreduções de 75 por cento do Imposto de Renda,autorizações de deduções para reinvestimentode até 30 por cento do IRPJ e/ou isenção das taxasdo Adicional ao Frete para Renovação da Ma-rinha Mercante.

Conselho Deliberativo doSebrae/RN convocadoreunião no fim deste mêsn O presidente do ConselhoDeliberativo Estadual do Ser-viço de Apoio às Micro e Pe-quenas Empresas do RioGrande do Norte (Se-brae/RN), empresário SílvioBezerra, assinou edital con-vocando os conselheiros parauma Reunião Ordinária nopróximo dia 30, às 11:00horas, a ser realizada na sedeprovisória da Federação doComércio, na Avenida Ale-xandrino de Alencar, 688,bairro do Alecrim.nNa oportunidade será apre-ciada a seguinte pauta: 1)apresentação dos resultadosdo Projeto Semiárido; 2) apre-sentação da Pesquisa de Per-fil e Satisfação do Cliente Se-brae; 3) evolução das obrasde reforma da sede do Sebraeem Natal; 5) proposta de cria-ção do Escritório Regional doAgreste; e 6) outros assuntos.

Governo se rende à necessidade de reduzirentraves à aquiculturan Em carta circular que estáremetendo, via internet, aoscriadores de camarão do RN,o empresário Werner Jost, pio-neiro da atividade e dirigentede um dos maiores e mais bemsucedidos projetos de carcini-cultura do país (a empresa Ca-manor), anuncia o seguinte:n "Gostaria de informar aoscarcinicultores do Rio Gran-de do Norte que a governado-ra Rosalba Ciarlini assinou,numa solenidade com a pre-sença do ministro MarceloCrivella, Decreto que modifi-ca as exigências para o licen-ciamento ambiental de peque-nas propriedades do setor daaquacultura.n "O Decreto foi elaboradopelos técnicos da Subsecreta-ria de Pesca e Aquicultura. Osprojetos com até 3 hectares deespelho d'água ficam libera-dos da licença do Idema; osprojetos até 10 hectares só pre-

cisam de uma licença simpli-ficada. Assim, para uma gran-de parte dos micro e peque-nos produtores, será mais fácillegalizar seus empreendimen-tos e garantir os investimentos.n "Foi facilitado também ouso de pequenos açudes, atéum espelho d'água de 40 hec-tares, o que deve resultar numgrande impulso para a aqui-cultura do Estado.n "Como foi usado como baseum Decreto do Estado de SãoPaulo, os carcinicultores dosdemais Estados podem pleitearpor inovação legislativa seme-lhante ao que foi feito aqui.n "Vamos ficar vigilantesquanto à correta aplicação donovo Decreto no dia-a-dia daaquicultura, observando o in-terpretar do Idema. Nós, da Ca-manor, sentimos muitas difi-culdades em formalizar uma'dispensa' de licença ambientalpara projeto piloto abaixo deum hectare, que estava isentode licença já pela legislaçãoanterior. Apesar da normativaanterior prever a tal 'dispensa'de licença, o procedimento foimais complexo que o próprioprocedimento de licenciamen-to regular nos seus trâmitesnormais. Com certeza, isto sedeveu a uma interpretaçãoequivocada que, além disto, foicontra a vontade política doGoverno do Estado preocupa-do com o incremento da pro-dução aquícola. Um abraço,Werner Jost."

Recuperar o rebanho é hoje amaior preocupação, diz TeixeiraSECRETÁRIO FALA ATÉ MESMO EM REPRODUÇÃO 'IN VITRO'

MARCELO HOLLANDA

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O secretário de Agricultura ePecuária do Rio Grande do Norte,Júnior Teixeira, disse nesta quarta-feira (24), durante o lançamento ofi-cial da 10ª edição da Fenacam (FeiraNacional do Camarão), que aconte-ce entre 10 e 13 de junho em Natal,que a grande preocupação do mo-mento é recuperar o rebanho bovi-no do estado dizimado pela estia-gem. Ele não estimou as perdas,mas já há quem diga que elas pas-saram dos 50% - algo em torno de500 mil cabeças.

O assunto foi tratado na últimasegunda-feira, em Petrolina (PE),durante um encontro de secretáriosde Agricultura do semiárido comtécnicos do Ministério da Agricul-tura e Pecuária (MAPA) e o secre-tário geral de política agrícola dopróprio MAPA, Neri Geller.

Jr Teixeira informou que as con-clusões do que foi discutido estarãonuma carta enviada até a próximaquarta-feira pelos secretários deAgricultura do Nordeste ao minis-tro Antônio Andrade (PMDB-MG),que assumiu recentemente a pastaantes ocupada por Mendes Ribeiro.

Segundo Jr. Teixeira, que tam-bém é filiado ao PMDB e já ocu-pou a superintendência do MAPAno RN, a idéia dos secretários deAgricultura do Nordeste é proporao Governo Federal que destine R$1 bilhão para manter vivo o reba-nho do semiárido nordestino ou oque sobrou dele.

"Partimos do pressuposto de quese o gado conseguiu sobreviver auma das mais rigorosas estiagensde que se tem conhecimento, eledeve ser protegido com ração e cui-dados necessários até para servir debase para a reprodução 'in vitro' denovos exemplares geneticamentepreparados para enfrentar os perío-dos cíclicos de seca que atingem

secularmente o semiárido", afirmou.Para Teixeira, essa solução apa-

rentemente onerosa seria muito maisvantajosa do que trazer matrizes defora a um custo médio de R$ 3 mila unidade, cuja produção fosse acei-tável, mas a resistência não com-provada representasse uma ameaçaao investimento.

Outra prioridade do secretárionesse momento é fortalecer o Ins-tituto de Defesa Agropecuária (-Idiarn), cuja existência é fundamen-tal para a mudança de status da af-tosa para livre com vacinação e ocontrole da mosca branca, cujosefeitos econômicos podem ser de-vastadores.

Depois de ser desarticulado nocomeço do governo Rosalba Ciar-lini por questões mais políticas doque técnicas, já que o Idiarn foi cria-do durante a gestão Wilma de Faria

e tinha quadros que não agradavamà nova administração, o órgão foi re-provado por uma auditoria do Mi-nistério da Agricultura, depois deflagradas deficiências básica de fun-cionamento como falta de um cadas-tro atualizado de criadores e comu-nicação interna deficiente.

Depois de corrigidas essas de-ficiências, que geraram como re-presália o surgimento de barreirassanitárias com estados como Per-nambuco e Ceará aos produtos deorigem animal do RN, os últimosmeses foram de novo retrocesso aoIdiarn, cujo telefone da sede estáhá quase dois meses cortado porfalta de pagamento.

Nesta quarta-feira, Jr. Teixeirareconheceu o problema e disse queé "ponto de honra" restabelecer aordem no Idiarn, o que implicarátambém em resolver as deficiências

Júnior Teixeira, secretário estadual de Agricultura: carta será enviada ao Ministério

> FENACAM 2013

Feira Nacional do Camarãoquer atrair mais importadores

A Fenacam, maior evento dacarcinicultura brasileira que com-pleta sua 10ª edição entre 10 a 13de junho em Natal, no Centro deExposições, além dos painéistécnicos que atraem especialis-tas do país e do mundo, prome-te este ano um esforço de orga-nização para atrair o maior nú-mero possível de importadoresestrangeiros de camarão.

Segundo o presidente da As-sociação Brasileira de Produto-res de Camarão, Itamar Rocha,que coordenou na manhã destaquarta-feira (24) o lançamentooficial da Fenacam, razão paraisso não faltam. Com a possibi-lidade de uma quebra de 400 miltoneladas na produção asiática,os preços do crustáceo dispara-ram no mercado internacional,ultrapassando a casa dos 6,20dólares o quilo do camarão de 11gramas a unidade. É o dobro dacotação da Feira de Bruxelas, naBélgica, iniciada no último dia17. A expectativa dos produtoresbrasileiros que esse preço alcan-ce rapidamente a casa dos 7 dó-lares.

"Com os principais compra-dores do camarão potiguar loca-

lizados hoje dentro do país, noRio, Salvador, Brasília e SãoPaulo, há pouquíssimo tempoatrás seria impensável dizer quevoltar a exportar seria um exce-lente negócio", afirmou ItamarRocha.

Para ele, o principal desafiodo evento este ano será mantera tradição da Feira de produzira atualização dos produtoresacerca da últimas técnicas deprodução e reunir o maior nú-mero possível de "atores" envol-vidos com a cadeia produtiva docamarão.

"Em 2013 o nosso objetivoé ampliar nossa programação téc-nica com foiço na intensificaçãotecnológica para aumentar a pro-dução e a produtividades dos car-cinicultores", lembrou ItamarRocha.

Já falando sobre as princi-pais inquietações do segmento,Rocha disse que continua vivacomo nunca a possibilidade doBrasil importar 5 mil toneladasde camarão da Argentina, umpaís que não é um tradicionalprodutor, mas que compra muitocamarão de outros países e rea-liza uma triangulação perigosa

do produto com o objetivo degerar lucro na intermediação.

Segundo Itamar Rocha, issoseria um perigo para o país nomomento que a Síndrome daMorte Súbita, responsável poruma grande quebra na produçãoasiática, colocaria o país desne-cessariamente na rota de entra-da de doenças, já que sabida-mente a Argentina importa ca-marão da Ásia.

Com linhas de crédito ofi-ciais de R$ 1 bilhão para estimu-lar o setor e um grande poten-cial de crescimento da atividadea partir da mobilização de pe-quenos produtores, Itamar só vêum grande e recorrente obstácu-lo: a dificuldade dos menos es-truturados em obter licenças am-bientais para tocar a atividade.

"Em qualquer estado produ-tor, o que vemos é a dificuldadedos carcinicultores em obter li-cenças, o que é um contra-sensopara uma atividade que empre-ga extensivamente mão-de-obrasem qualquer qualificação e podeajudar muito a equalizar as de-sigualdades no meio rural sem aajuda das bolsas de ajuda gover-namental", lembrou Rocha.

Décima edição da Fenacam será no mês de junho. Evento foi apresentado na manhã de hoje à imprensa do RN

Herácles Dantas

Herácles Dantas

Quarta-feira8 O Jornal de HOJE Natal, 24 de abril de 2013 Cidade

C M Y K

Para alcançar seu espaço dentroda vasta e complexa rotina bancária,a figura do correspondente imobi-liário – um segmento de negóciohoje em plena expansão no Brasil –precisou mostrar que o modelo veiopara ficar. Como o alimento que co-memos ou a água que bebemos,pouco mais de dois anos depois desua entrada no mercado local, é im-possível viver sem ele.

Desde que os primeiros corres-pondentes imobiliários foram auto-rizados por instituições bancárias depeso, interessadas em imprimir maiorrapidez à análise e aprovação dospedidos, não só o mercado passouefetivamente a contar com o servi-ço como os próprios Bancos conta-bilizam um número muito superiorde financiamentos concedidos.

Hoje, para citar um número im-pressionante, 1/3 dos financiamentos

de unidades habitacionais da CaixaEconômica no Rio Grande do Nortejá são feitos com a intermediação deum correspondente imobiliário. Elesrepresentam hoje 25% dos negóciostotais da instituição, com tendência sóa crescer. Estamos falando aqui em R$1,7 bilhão movimentados pela Caixano RN no ano passado.

No Banco do Brasil, uma insti-tuição menos voltada ao crédito imo-biliário do que a Caixa, mas que vemcrescendo muito nesse setor nos úl-timos anos, das 700 operações imo-biliárias em andamento neste mo-mento, 20% desse valor foram pros-pectados pelos correspondentes, queno caso do BB só a partir do ano co-meçaram a atuar fortemente dentroda instituição. Em cifras, isso repre-senta R$ 12 milhões.

A necessidade dos bancos ematender a demanda crescente por cré-dito imobiliário, especialmente a par-tir do surgimento do programa“Minha Casa, Minha Vida”, em2009, e as facilidades de taxa tam-bém para imóveis de maior valor,produziu a necessidade de um aper-feiçoamento rápido desse intermediá-rio, que encontra o seu ambiente na-tural dentro das imobiliárias, masatuando como equipes próprias, in-dependentes do trabalho comercialdesenvolvido pelos corretores.

A evolução foi tão rápida e efi-ciente que à medida que o desempe-nho dos novos correspondentes ia

aumentando, cresciam também onível de exigência dos bancos emrelação ao parceiro recém chegado.Foi talvez isso o principal fator deevolução de serviço que acabou con-quistando o consumidor.

Para os Bancos, que já haviamtransferido parte dos serviços pres-tados internamente em suas agên-cias para lotéricas, supermercadose lojas de conveniência, entre ou-tros, estender a tarefa ao segmen-to imobiliário não deixou de serum achado.

Até então os bancos já tinhamcomo serviços externos a recepçãoe o encaminhamento de propostasde abertura de contas; pedidos deempréstimos e de financiamentos eencaminhamento de propostas deemissão de cartões de crédito, alémdo recebimentos e pagamentos decontas e a realização de depósitos.

Já com o correspondente imo-biliário propriamente dito, o proces-so foi bem diferente. Com o surgi-mento do programa “Minha Casa,Minha Vida”, os bancos, que já ope-ravam centenas de carteiras, come-çaram a se aproximar do limite ope-racional, o que pressionou sua “ca-pacidade de originação”.

Para evitar possíveis colapsosfoi que surgiu o modelo do corres-pondente imobiliário. Nesse caso, obanco criou um padrão de atendi-mento próximo ao usado no finan-ciamento de veículos. A idéia esta-

va carregada de simplicidade: o com-prador vá até o ponto de venda,preenche uma ficha, que é enviadaao banco, que por sua vez o recebe,submetendo o pedido de crédito àaprovação no menor espaço detempo possível.

Segundo o superintendente daCaixa Econômica no Rio Grande doNorte, Roberto Sérgio Linhares, oaprimoramento na relação entre obanco e seus correspondentes foi tãointeressante que até mudou a formada instituição captar seus parceiros.

“Além de idoneidade e tradiçãono mercado onde atuam, os corres-pondentes precisa ter uma qualida-de que prezamos muito por aqui: oempreendedorismo. Talvez esse sejao quesito básico que procuramos nahora de credenciar um novo parcei-ro”, diz Roberto Sérgio.

Já para o gerente de negócios depessoa física da Superintendência doBanco do Brasil no RN, Paulo CésarTrigueiro, atualmente os correspon-dentes vivenciam uma nova fase deatuação, com a automação das roti-nas de acolhimento das operações, oque elimina a necessidade de levaros documentos até o banco para cum-primento de outras etapas do pro-cesso. Segundo ele, isso conferemaior autonomia de atuação, umavez que foi reduzida sensivelmentea necessidade de ingerência diretado funcionário da agência no acolhi-mento das operações.

Roberto Sérgio Linhares, daCaixa, por sua vez, diz que a quali-dade dos serviços dos corresponden-tes que operam com a instituiçãovem melhorando a olhos vistos, apartir de um processo de constantereavaliação. “Processo bem feitos,completos de fio a pavio evitam re-trabalho e perda de tempo e deixamos clientes satisfeitos”, lembra.

Em média, a atuação dos cor-respondentes bancários fizeram comque os processos fossem agilizadosem alguma coisa ao redor de 30% ou35% do tempo que era necessárioanteriormente para ser concluído.Para manter esse padrão, a Caixa,por exemplo, reavalia anualmentetodos os seus correspondentes, ba-seando-se muito em auditorias deopinião realizadas junto aos clientesde seus serviços. E, é claro, da pró-pria qualidade dos serviços apresen-tados ao longo do ano.

Paulo César Trigueiro, do Bancodo Brasil, concorda com esse pontode vista e acrescenta que, sem dúvi-da, os correspondentes são muito ca-pazes de oferecer um serviço verda-deiramente especializado para aclientela. “Com a necessidade im-posta pelos novos tempos de inclu-são social, onde a solução do défi-cit habitacional se impõe como metado Governo Federal, a figura do cor-respondente ganhou seu espaço eisso só aperfeiçoou os mecanismosde crédito no país”, afirma.

FICOU DIFÍCIL VIVER SEM UMCORRESPONDENTE IMOBILIÁRIO

COM O AQUECIMENTO DO

MERCADO IMOBILIÁRIO POTIGUAR,QUE MOVIMENTA MAIS DE R$ 2

BILHÕES POR ANO, CONTAR COM

UM PARCEIRO NA HORA DE

APROVAR OS FINANCIAMENTOS

VIROU NECESSIDADE

LUCIANA FLORCom uma grande experiência

administrativa do ramo comercial desua família – os postos de combus-tível da rede São Luiz , a empresá-ria Luciana Flor talvez seja a maisrecente aquisição no segmento doscorrespondentes imobiliários emNatal – a Cia do Crédito. Depois deabrir escritório no bairro de LagoaNova, Luciana já começa adminis-trando uma carteira de R$ 600 mi-lhões fruto de captações que ela foidesenvolvendo ao longo de todo oano passado, com a paciência chi-nesa de quem planta um jardim comtodo o cuidado.

Nessa entrevista, Luciana Florfala como resolveu investir no ne-gócio de correspondente imobiliá-rio e como ela pretende expandirseu negócio.

O Jornal de Hoje - Como a se-nhora decidiu ingressar nesse no-víssimo campo do corresponden-te imobiliário?

Luciana Flor - Eu simplesmen-

te parei para observar o com-portamento de grandes institui-ções bancárias em relação aoboom que se seguiu à crise imo-biliária americana de 2008.Quando tudo parecia ruir, o Go-verno Federal lança a primeiraversão do programa “MinhaCasa, Minha Vida”, em 2009,com a ambiciosa meta de cons-truir um milhão de moradias noBrasil. Hoje, a segunda versãodo programa revisou essa metapara dois milhões. Foi baseadona reação não só do governocomo do próprio mercado na-quela ocasião que ficou eviden-te para mim que a estrutura ban-cária teria de se expandir parafora do ambiente das agências,visto que as adequações de taxase facilidades para financiamen-to imobiliário fez com que setornasse atrativo a compra tam-bém para os imóveis de maisalto valor que não estão no pro-grama MCMV, lembrando que

o cliente comprador não tem ne-nhum tipo de custo adicionalpara ter essa facilidade extra.

O Jornal de Hoje - Como a se-nhora chegou a seu primeiro con-trato?

Luciana Flor -É claro que a opor-tunidade só apareceu depois quegrandes instituições resolveramaliviar a pressão da demandacriando os correspondentes imo-biliários e abrindo o mercadopara algo novo, que necessitariade um foco diferente, uma vezque não se poderia horizontalizara estrutura das imobiliárias paratocar o trabalho. Ou seja, as imo-biliárias teriam que criar divisõesnovas, com pessoal novo e trei-nado pelos próprios bancos quan-do todo o processo finalmentecomeçasse. Para muitos, ele co-meçou em 2009 e para nós, daCia do Crédito, começou oficial-mente apenas em fins do ano pas-sado. Tanto que já estamos fina-

lizando o nosso segundo escritó-rio que funcionara como matrizpara receber uma equipe de até20 funcionários que se somaraaos 8 já existentes, e aumentaraa área de atendimento a clientesinteressados em financiamentosou negócios correlatos.

O Jornal de Hoje - Mas a senho-ra informou que começará comuma carteira respeitável, comoisso foi possível?

Luciana Flor -Foi possível gra-ças a um projeto que aos pou-cos foi convencendo interlocu-tores importantes. Tivemos queviajar, falar com muitas empre-sas de fora e do mercado local,expor os planos, até receber osinal verde deles para arregaçaras mangas e abrir o negócio.Porque eu só acredito que bonsnegócios, antes mesmo de nas-cerem, já tem clientes e condi-ção financeira para abrir as por-tas. É uma concepção de pru-

dência que aprendi com a minhafamília durante anos na admi-nistração de um comércio ondeé preciso controlar custos e sermuito racional.

O Jornal de Hoje - Quais seus pla-nos daqui para frente?

Luciana Flor -Trabalhar muito.Não tem mistério. Nesse novoramo surgido com a inclusão so-cial e a abertura de oportunida-des para uma parte da socieda-de que tinha como invisível atéentão esse formato de compra,o aquecimento do mercado imo-biliário teria mesmo de produ-zir um aumento na demandaque justificasse um negócionovo nessa área. Hoje, o corres-pondente é um grande parceirodos bancos, construtoras e imo-biliárias. Eu fico feliz por parti-cipar desse processo, pois acre-dito que servir o cliente é maisdo que um ofício, é praticamen-te uma devoção.

ENTREVISTA COMEmpresária

“Hoje, o correspondente

é um grande parceiro dos

bancos, construtoras

e imobiliárias”

Divulgação

Quarta-feira O Jornal de HOJE 9Natal, 24 de abril de 2013

Cidade

ROBERTO CAMPELLO

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Nas duas últimas décadas, oBrasil assiste à ascensão de uma novaclasse média que, cada vez mais,demonstra novos interesses e anseioscom impactos significativos deter-minando, sobretudo, nova realidadesocioeconômica do País. Diante dessarealidade e com o entendimento deque é preciso conhecer melhor essemovimento e suas implicações noSistema de Saúde, tanto público quan-to privado, o Conselho Nacional dosSecretários de Saúde (Conass) real-iza, durante toda esta quarta-feira(24), o seminário 'Saúde: para ondevai a nova classe média', o primeirode uma série que visa aprofundar asdiscussões sobre o tema dentro doprojeto 'Conass Debate'. O seminárioestá sendo realizado no auditório doHotel Nacional, em Brasília, e O Jor-nal de Hoje foi convidado para par-ticipar das discussões.

O evento tem por objetivo en-tender que tipos de impactos essemovimento de mobilidade socialpode causar ao Sistema Único deSaúde (SUS), tendo em vista que amigração desse novo estrato da so-ciedade para os planos de saúde, éfundamental para o fortalecimentodo SUS. Criado para ser um sistemauniversal que atendesse a todos osbrasileiros, o SUS padece com osubfinanciamento e, cada vez mais,tem sido desacreditado pela so-ciedade, que busca, nos planos pri-vados, a segurança de poder contarcom o atendimento adequado emum momento de necessidade dess-es serviços, muito embora a quali-dade do serviço oferecido pela saúdesuplementar esteja aquém das ne-cessidades dos usuários.

O presidente do Conselho, Wil-son Alecrim, disse que o 'Conass

Debate' nasce de uma necessidadede procurar entender as implicaçõesque a expansão dessa faixa da pop-ulação terá na saúde pública do país."O Conass inicia hoje uma novafrente de atuação, motivado pelomomento de extrema relevância peloqual o SUS está passando. Vamospromover o debate de temas im-portantes para a saúde, pública e pri-vada, ouvindo as mais diversasopiniões, de pensadores e estudiosos,sejam eles atuantes ou não no setorde saúde. É necessária uma releitu-ra e uma nova interpretação do SUS,bem como uma nova frente de tra-balho motivada pelo surgimentodessa nova classe média. A sus-tentabilidade do SUS, no formatoatual, será o mote principal do de-bate. Esperamos, com isso, encon-trar caminhos sustentáveis para osistema de saúde brasileiro", desta-cou o presidente do Conass.

O representante da OrganizaçãoPan-Americana da Saúde no Brasil(OPAS/OMS), Félix Rígoli, desta-cou que o aumento e a ascensão danova classe média, obriga os gov-ernantes a continuar melhorando aprestação dos serviços, não apenasna área da saúde. Segundo ele, énecessário pensar no panoramaamplo de modo que consiga dar umaresposta para todos, principalmenteem relação à qualidade e facilidadeno acesso, tempo de espera e, so-bretudo, custos.

"Uma década de crescimentocria maior bem estar, mais equidadee mais demandas da sociedade. OConass fez muito bem em dar esseenfoque a essa questão da novaclasse média e as suas expectativasem relação aos serviços de saúde. Es-tamos muito interessados sobre oque podemos aprender com a análisedesse fenômeno, para adequar ossistemas de saúde a essas novas de-

mandas. É um excelente momentopara começar uma etapa com novoolhar para essa realidade", destacouFelix Rígoli, representante da OPASdurante a abertura do evento.

O secretário de Ações Estratég-icas da Secretaria de Assuntos Es-tratégicos da Presidência da Repúbli-ca, Luiz Odorico Monteiro, disseque é necessário construir uma in-terlocução com essa nova classemédia, que é mais exigente e vaicontinuar usando o SUS. "Esse de-bate está na agenda do Brasil e émuito importante que juntos, ness-es 25 anos do SUS, façamos essa re-flexão sobre o momento que estamosvivendo no país. São 25 anos que,na nossa dimensão histórica, repre-sentam um choque na moralbrasileira, pois a partir do momen-to que colocamos na ConstituiçãoFederal, conceitos da universalidadee um conjunto de políticas públicas,ela se contrapõe à ideia de que a de-

sigualdade é normal", ressaltou LuizOdorico Monteiro.

Um dos maiores especialistasem políticas públicas do Brasil, osubsecretário de Ações Estratégicasda Secretaria de Assuntos Es-tratégicos da Presidência da Repúbli-ca, Ricardo Paes Barros, ressaltouque a nova classe média trouxe um"gigantesco" ativo ao Brasil. Paraele, a expansão traz uma vantagem,que é poder proporcionar um maiorvolume de arrecadação, mas tem odesafio de manter a sustentabilidadee uma continuada ascensão dessafaixa populacional. Paes Barros com-parou o crescimento da populaçãopobre do Brasil em relação aos ricos,ao crescimento da China em relaçãoà Suécia.

"Os pobres estão chegando maispróximos dos ricos à mesma medi-da que os chineses dos suecos, masa diferença é que a distância dos po-bres e dos ricos do Brasil é dez vezes

maior que a China e a Suécia. Issomostra que se queremos reduzir a de-sigualdade, em termos de saúde,temos que investir mais em saúdedos pobres que dos ricos. Em algumtempo, vamos ter mais ricos que po-bres no Brasil", destacou.

Ricardo Paes Barros apresentouum estudo, intitulado Vozes daClasse Média, que avalia o olhar dopobre e do rico em relação à saúdepública do Brasil. Para os pobres, otempo de espera para atendimentoe internação e o tempo médio de re-alização de exame é o que mais pre-ocupa, uma vez que há uma grandedisparidade se comparado este que-sito na saúde pública com a saúdeprivada. Em relação à avaliação dosprofissionais de saúde em hospitaispúblicos, o principal questionamentofoi em relação à falta de médicos ea irregularidade na frequência. "Apopulação está dizendo que quermédico nos hospitais, e com fre-

quência. Mais que estrutura, a pop-ulação quer médico".

O diretor executivo da Feder-ação Nacional de Saúde Suplemen-tar (FenaSaúde), José Cechin acred-ita que o plano de saúde representaum símbolo de status. "Procedentede classe com menores poderesaquisitivos, a passagem para a classemédia, advinda dos expressivos au-mentos nas rendas e acoplada àmaior segurança de emprego, per-mite aumento de consumo como umtodo e, inegavelmente, o plano desaúde tem alta cotação na cesta deaquisições dessa nova classe média.A sociedade brasileira ainda mostraum enorme desejo de ter planos desaúde", ressaltou.

José Cechin assegura que, emrelação às expectativas dessa novaclasse média concernente ao SUS,à medida que as pessoas melhorama renda, desejam mais saúde e comisso, procuram os serviços de as-sistência com maior frequência e in-tensidade. "Uma das formas paraequacionar esse desejo por maisserviços de saúde é buscar os planosprivados, porém essa demanda aindaé do SUS. Não existe outra razãopara o grande afluxo de pessoas nosprontos socorros públicos e priva-dos", destacou.

Cechin acredita, ainda, que oSUS precisa preparar-se para o en-velhecimento rápido da populaçãoque aumentará a incidência dedoenças crônicas e das despesasmédico-hospitalares. "Quero acen-tuar que essa tendência pode ter seuritmo reduzido, desde que se adotemhábitos de vida adequados. Por isso,entendo que cabe ao setor públicouma ampla campanha de promoçãode hábitos saudáveis, o que certa-mente seria acompanhado pelo sis-tema de saúde suplementar",ressaltou.

O registro de operações nocomércio varejista poderá ficar maisprático para empresários e con-sumidores. A partir de hoje, o es-tado do Rio Grande do Nortecomeça a testar um novo sistema deEmissão de Nota Fiscal Eletrônicapara o Consumidor Final (NFC-e),um arquivo digital que poderá sub-stituir a necessidade de impressãodo cupom fiscal. A medida estásendo testada em outros estados dopaís, como no Amazonas, Acre,Sergipe, Mato Grosso e Rio Grandedo Sul.

Na manhã desta quarta-feira(24), o secretário de Estado de Trib-utação (SET/RN), José Airton, par-ticipou da emissão da primeira notaeletrônica, em inauguração real-izada na Miranda Computação, umadas três empresas voluntárias nesseprocesso de mudança. "Ainda nãose trata de uma lei. É um projeto ex-perimental que está acontecendoem três empresas. Após o projetopiloto, divulgaremos como será aaplicação do sistema para outrasempresas", afirmou o secretário.Além da Miranda, a Petrobras Es-cola e as lojas Riachuelo estão par-ticipando do teste.

"Para nós, enquanto Secretariade Tributação, o maior ganho seráter a informação instantânea de cadacompra em nosso banco de dados.Para o futuro, estamos projetandosituações ainda mais interessantes,uma vez que as obrigações das em-presas deixarão de ser enviadas àsecretaria, pois já teremos tudo",afirmou.

Diferente da Nota FiscalEletrônica, a NFC-e é uma soluçãoespecífica para o consumidor final,opção aos modelos já existentes decupom fiscal e nota fiscal em papel.

O objetivo é fortalecer a segurançada operação de emissão de nota fis-cal, uma vez que acontecerá emmeio digital e em tempo real. Coma virtualização do processo, nãohaverá mais a necessidade de uti-lização de impressoras fiscais, quetem custo de implantação em cercade R$ 3,5 mil por máquina, alémde evitar a necessidade de o con-sumidor acumular papel.

Para o empresário Afrânio Mi-randa, a efetivação desse novo sis-tema será um ganho para todos ossegmentos. "É um benefício dire-to para o consumidor, fisco estad-ual e empresários, diminuindocusto e burocracia", disse. Segun-do Afrânio, para abrir uma em-presa, é necessária a autorização deuma máquina fiscal. "Isso deman-da pelo menos uns 15 dias. Alémdisso, um custo que antes variava

de R$ 3 mil a R$ 3,5 mil cairá parauma taxa de no máximo R$ 1 mil,pois a empresa só precisará de-senvolver o software necessário",explicou.

O consumidor poderá solicitarque a NFC-e seja enviada por e-mail ou, caso disponha de smart-phone com câmera, poderá escanearo QR Code - código de barras bidi-mensional - acessando todas as in-formações contidas no documen-to. Além disso, caso prefira a con-firmação da compra e garantia nopapel, o consumidor poderá rece-ber um Documento Auxiliar daNota Fiscal Eletrônica (Danfe), doc-umento legal que substituirá ocupom e a Nota Fiscal comum.

"No Danfe constará todas as in-formações necessárias para que oconsumidor leve sua compra paracasa com garantia. O mesmo doc-

umento será enviado para o e-mail,caso haja eventual necessidade dereimpressão, e o consumidor tam-bém poderá retirá-lo no Fisco Es-tadual ou na própria empresa. Assimque a compra é efetivada no sis-tema, as informações irão diretopara a Secretaria de Tributação",afirmou o empresário.

QR CODEO QR Code trata-se de uma im-

agem bidimensional que possuivárias informações do produtoadquirido. Da mesma forma que oscódigos de barras dos produtos pos-suem informações de preço, umQR Code pode não só conter opreço, mas uma diferente série deinformações como garantia, dadosdo produto e referência, com lig-ação ao banco de dados da Secre-taria de Tributação do RN.

Conselho Nacional de Secretários de Saúde discute rumos da saúde pública no Brasil

Seminário realizado em Brasília com a presença de secretários de saúde de todo o País discute impactos no SUS

EVENTO TEM OBJETIVO DE DISCUTIR AS IMPLICAÇÕES DO CRESCIMENTO DA NOVA CLASSE MÉDIA NO SISTEMA DE SAÚDE

> PARA CONSUMIDOR FINAL

RN inicia implantação da Nota Fiscal Eletrônica

Secretário estadual de Tributação, José Airton, participou da emissão da primeira nota eletrônia em inauguração na Miranda

Wellington Rocha

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Quarta-feira10 O Jornal de HOJE Natal, 24 de abril de 2013 Cidade

Um assalto consumado e umatentativa frustrada em apenas qua-tro dias. A rotina de ataques crimi-nosos a uma casa lotérica no bair-ro das Rocas, na zona Leste deNatal, motivou um pedido de de-missão coletiva entre os funcioná-rios do estabelecimento, na manhãde hoje. Até o proprietário já pensaem fechar a unidade, localizada naPraça Lions Clube, onde outros co-merciantes também sofrem com afalta de segurança e os constantesassaltos.

Conforme uma funcionária dalotérica, que pediu para não seridentificada por medo de represá-lias, foram quatro ataques somen-te neste ano, todos cometidos porjovens aparentando serem meno-res de idade que, armados com re-vólveres ou pistolas, agem deforma extremamente violenta con-tra as vítimas. Ela disse que ne-

nhum dos colegas de trabalho temmais coragem de continuar na ati-vidade e ontem, todos pediram de-missão.

"Não sabemos mais o que fazer,já não temos mais coragem paracontinuar nos nossos empregos edepois do assalto de sábado, quan-do um dos ladrões me ameaçou demorte o tempo inteiro comum re-vólver engatilhado, decidi, infeliz-mente, sair daqui. Preciso traba-lhar, mas não posso mais continuare meus colegas também tomarama mesma decisão. O clima de ter-ror e insegurança é tão grande queaté o dono da lotérica já falou emfechar a unidade em breve", desa-bafou a mulher.

Nervosa, ela disse que ontem,um homem armado, aparentandoser menor de idade, ficou rondan-do o local e por volta das 14h, quan-do não tinha nenhum cliente, entrou

e tentou assaltá-la. Ainda abaladapelo ataque de sábado passado, eladisse que assim que o viu puxan-

do o revólver, correu para acionaro alarme, o que assustou o ladrão,que fugiu correndo.

No entanto, para ela e seus co-legas, o assalto de sábado foi pior."Já tínhamos fechado a lotérica equando estávamos saindo, dois noscercaram com as armas nas mãose anunciaram o assalto. Eles rouba-ram R$ 9 mil e, durante todo otempo em que permaneceram aquidentro, estavam com as armas apon-tadas para mim e meu colega, quetambém foi rendido", afirmou.

Do lado de fora, outros ladrõesaguardavam a dupla enquanto elesroubavam todo o dinheiro que es-tava no cofre. "Infelizmente, é ro-tina. E não é só conosco não, mascom os comerciantes vizinhos tam-bém. Ontem mesmo, assaltaramuma farmácia aqui perto, basta vocêsair por aí perguntando, que iráouvir os casos. E não tem policia-mento não", disse outro funcioná-rio, que também não quis se iden-tificar por medo.

No final da manhã de hoje, umaequipe policial foi ao estabeleci-mento para analisar as imagens docircuito interno de vigilância e,assim, tentar identificar e prenderos assaltantes que agiram no sába-do e ontem. "Quatro pessoas forampresas e devem ser interrogadas embreve", disse um policial, sem acres-centar mais informações.

Para os moradores, sobra omedo de serem a próxima vítima eo desejo por policiamento ostensi-vo. "Estamos abandonados, porquenão temos policiamento, não temosnada. Os bandidinhos agem livre-mente e não adianta nem prender,porque são menores de idade, daquia pouco estão soltos novamente,fazendo tudo de novo. Muita gentesabe quem é que faz esses assaltos,mas tem medo de morrer, porqueeles matam mesmo", desabafou ocomerciante José Filho.

> ONDA DE CRIMES

Rotina de assaltos assusta e afasta comerciantes nas Rocas

ALESSANDRA BERNARDO

REPÓRTER

A Polícia Militar está à procu-ra dos quatro bandidos que invadi-ram a residência de um soldado nobairro do Planalto, na zona Oeste deNatal. O grupo teria espancado aesposa do militar e roubado eletroe-letrônicos e objetos pessoais das ví-timas, ontem à noite. No momentodo crime, o soldado, que é lotado no9º Batalhão da PM, estava traba-lhando e apenas sua esposa e seufilho de um ano e meio estavam emcasa. Ele foi avisado por um vizi-nho sobre o assalto e comunicou ofato à equipe policial do bairro.

Segundo o comandante geralda Polícia Militar, coronel Francis-co Canindé de Araújo Silva, os ban-didos só descobriram que o imóvelinvadido pertencia a um policialmilitar após encontrarem um uni-forme da corporação no guarda-roupa das vítimas. A partir daí, elespassaram a ameaçar e agredir fisi-camente a mulher, que ainda foitorturada psicologicamente peloscriminosos, que se diziam matado-res de policiais, durante cerca deuma hora.

Ele explicou que, conforme osrelatos da vítima, os ladrões disse-ram que iriam agredir e assassinaro policial militar assim que ele re-tornasse para casa e ainda corta-ram o uniforme dele a golpes defaca-peixeira, para intimidar as ví-timas. Também picharam o núme-ro 157 - referente ao artigo do Có-digo Penal que prevê as penalida-des para o crime de assalto - emuma das paredes. Depois de quaseuma hora dentro da residência, elesdesistiram e foram embora levan-do os pertences da família.

"Eles não sabiam que o imóvelpertencia a um policial militar atéo momento em que encontraram afarda do soldado. Depois disso, pas-saram a ter um comportamento vio-lento e a agredir a esposa do mili-tar, fazendo inúmeras ameaças detortura e morte. Por estes motivos,não acreditamos que tenha sido umataque à Polícia Militar, mas à so-ciedade em geral, porque invadi-ram a casa de um cidadão de bem,que poderia ser qualquer pessoa,independente da profissão", afir-

mou o comandante Araújo.Logo após ter comunicado o

fato ao 9º BPM, várias guarniçõesforam enviadas ao local do crimepara tentar prender os quatro crimi-nosos, mas eles já tinham ido em-bora. Ainda assim, os militares efe-tuaram diligências em toda a re-gião, que fica próxima a um gran-de matagal, para tentar localizaralgo que identificasse os bandidos,sem sucesso.

Segundo o comandante Araújo,a atitude dos ladrões após teremdescoberto que a residência invadi-da era de um militar demonstra aousadia dos criminosos que estãoagindo no Estado. Ele disse aindaque a PM está empenhada em des-cobrir a identificação dos quatro la-drões e que a prisão deles é umaquestão de tempo.

EM QUATRO MESES, 11 PO-LICIAIS MILITARES FORAMATACADOS NO ESTADO

Cinco policiais militares assas-sinados e seis feridos a tiros e gol-pes de faca-peixeira, nos quatro pri-meiros meses de 2013. Os dadosfazem parte de um levantamentofeito pela Associação de Cabos eSoldados da PM do Rio Grande doNorte (ACS-PM/RN) e divulgadono último dia 18, após o soldadoJoão Maria da Silva, de 40 anos, ter

sido morto com vários disparos dearma de fogo no bairro do Planal-to, na zona Oeste.

No dia mesmo dia, o soldado daRondas Ostensivas com o Apoiode Motocicletas (Rocam), MoisésGonçalo do Nascimento, tambémfoi atacado a tiros por desconheci-dos no bairro do Golandim, em SãoGonçalo do Amarante. Ele foi atin-gido por estilhaços de um disparode espingarda calibre 12 nas cos-tas e socorrido para o Hospital Wal-fredo Gurgel por pessoas que ou-viram os disparos e correram paraver o que tinha acontecido. Apesardo susto, ele não corre risco demorte.

Já no último domingo, o sar-gento Aristelo da Silva, lotado no1º Batalhão da PM, foi esfaqueadopor um desconhecido quando con-versava com um amigo no bairro deMãe Luíza. O agressor, identifica-do como Luiz Antônio Firmino, foipreso horas depois e encaminhadopara a Delegacia da Polícia Civil,onde disse que a agressão teria co-meçado após uma discussão com avítima. O sargento foi socorridopara o hospital e não corre risco demorte.

Segundo o presidente da ACS-PM/RN, Roberto Campos, já sãocinco policiais militares assassina-dos nos últimos quatro meses deste

ano, o que representa um aumentoconsiderável, já que no mesmo pe-ríodo de 2012, foi registrada umamorte de PM. Para ele, os núme-ros mostram que a violência estácrescendo em todos os segmentosda sociedade, atingindo também osmilitares.

"Não são apenas os cidadãoscomuns que estão sofrendo com ainsegurança. Até mesmo os poli-ciais, que antes colocavam medonos criminosos, agora estão sendoalvo dos bandidos, com casos de as-sassinatos e atentados. Infelizmen-te, se nada for feito em prol da Se-gurança Pública do Rio Grande doNorte, vamos nos tornar reféns dosmarginais", afirmou.

PM ESTÁ PARTICIPANDO DEINVESTIGAÇÕES SOBREATAQUES A MILITARES

Os ataques já registrados esteano contra a categoria estão causan-do preocupação e mobilização entreos policiais militares do Rio Gran-de do Norte, que também está em-penhada nas investigações sobre oscrimes. Segundo o comandantegeral da corporação, coronel Fran-cisco Canindé de Araújo Silva, oscrimes aconteceram durante os diasde folgas das vítimas.

"Todos os militares assassina-dos estavam de folga, mas ainda

assim, nosso setor de inteligênciaestá participando das investigações,para descobrirmos quem são os res-ponsáveis por estes atentados e co-locá-los atrás das grades, além,

claro, de sabermos os reais motivosdestes ataques. Esses crimes sãouma afronta à corporação e tam-bém à população, que fica ame-drontada com isso tudo", afirmou.

Quadrilha espanca mulher de policial e fazarrastão na residência do casal no PlanaltoBANDIDOS INVADIRAM A CASA SEM SABER QUE SE TRATAVA DO IMÓVEL DE UM POLICIAL MILITAR. NINGUÉM FOI PRESO

Comandante da Polícia Militar, Coronel Franciso Araújo acredita que a ação dos criminosos não foi em retaliação à PM: “Foi um ataque à sociedade em geral, invadiram a casa de um cidadão de bem”

Portal BO

ACS-PM divulga lista de PMsmortos e feridos em 2013

Policiais feridos:12 de Janeiro 2013: soldado

Sérgio Ricardo, baleado no lotea-mento Jardim Progresso, na ZonaNorte de Natal, quando estava deserviço;

15 de Janeiro 2013: sargentoAdelino Soares de Sousa, baleadoem perseguição e tiroteio, entre Par-namirim e São José de Mipibu;

08 de fevereiro de 2013: tenen-te Flávio Peixoto, baleado no bair-ro das Rocas;

17 de abril de 2013: soldadoFernandes, vítima de atentado nobairro Santo Antônio, em São Gon-çalo do Amarante;

18 de abril 2013: soldado Moi-sés Gonçalo do Nascimento, ba-leado no bairro de Golandim, emSão Gonçalo do Amarante;

21 de abril 2013 - sargento Aris-telo da Silva, esfaqueado no bair-

ro de Mãe Luíza, em Natal.

Policiais assassinados:06 de janeiro de 2013: Cláu-

dio Sena da Silva, de 43 anos, as-sassinado no loteamento BrasilNovo, no bairro de Pajuçara, naZona Norte;

21 de janeiro 2013: MarcosMatias da Silva, assassinado na ci-dade de Macaíba;

05 de março de 2013: SebastiãoÂngelo de Paiva, de 54 anos, poli-cial da reserva foi arrastado de casa,em Rio do Fogo, e assassinado;

09 de março de 2013: Damiãodas Chagas Imperial, de 55 anos,Policial da reserva foi assassinadono bairro Dix-Sept Rosado, zonaOeste de Natal;

18 de abril de 2013: João Mariada Silva, de 40 anos, assassinado atiros no bairro do Planalto.

Casa lotérica do bairro das Rocas foi alvo de bandidos por várias oportunidades

Wellington Rocha

Wellington Rocha

Quarta-feira O Jornal de HOJE 11O Jornal de HOJE11Natal, 24 de abril de 2013CidadeCidade

LULA FICHA SUJAEspalhou-se pelos cinco continentes as notícias da

investigação que a Polícia Federal faz sobre Luiz Iná-cio, principalmente depois que o próprio presidente daCosta Rica anulou os negócios da OAS no país, reali-zados com o lobby do capo petralha.

A AMIGUINHAReportagem especial da revista Veja revela que

Rose Noronha tratava como "quarto vermelho" os apo-sentos luxuosos em que Lula dormia na Europa e queela, muitas vezes, gozava da confiança do então pre-sidente do Brasil, até mais que a primeira dama.

DONA FLORNo texto da Veja, fica claro que antes de contar com

a simpatia presidencial de Molusconi, Rose Noronhaera muito chegada no capataz da revolução petralha,José Dirceu. Como se vê, Lula e Dirça tem muita coisaem comum, até nas acompanhantes.

NEW YORKParte da mídia brasileira precisa ler direito sobre a

colaboração de Lula ao conglomerado New York Times.Ele não vai assinar uma coluna no famoso jornal, masapenas terá um texto mensal distribuído pela agênciado jornal da Big Apple.

NEW YORK IIO espaço mensal que Lula terá no material desti-

nado à América Latina e Caribe é o mesmo que a agên-cia do The New York Times já disponibiliza para ou-tros políticos da região, como o mexicano Jorge Cas-tañeda e o brasileiro Fernando Henrique Cardoso.

GHOST WRITERO noveleiro Aguinaldo Silva postou no Twitter:

"Lula terá coluna mensal no New York Times, ótimo!Mas quem vai escrever?" Um gaiato natalense imedia-tamente mandou a resposta no retuíte: "Nou pobrema!Contrata o Dinarte Assunção".

O TÍTULOColuna mensal não pode ter outro nome, senão

MENSALÃO, né mesmo?

QUE LEGADO?Para os equivocados de um lado e os pachecos do

outro, que repetem as mentiras oficiais sobre um su-posto legado da Copa 14, convém pesquisar farta lite-ratura sobre o fiasco das copas de 1970 e 1986 (Mé-xico), 1978 (Argentina) e 2010 (África do Sul).

AEROPORTOSA Inframerica definiu os nomes que comporão o

grupo que gerenciará o "Programa de Transferência eProntidão Operacional" para encerrar os serviços no Au-gusto Severo e iniciar em São Gonçalo, com início em31 de março e conclusão em 1 de abril de 2014.

O GTPOO Grupo de Transferência e Prontidão Operacio-

nal será coordenado por Carlos Diaz, Fernando Si-queira e Ibernon Martins. A Inframerica trabalhou umcronograma com 4 fases, iniciadas em 1/4/2013 comsequência em 1/10/2013, 1 /4/2014 e 1º de abril de2014.

FIM DE CICLOOs jornais espanhóis amanheceram falando em fim

de ciclo do Barcelona. Escrevi sobre isso aqui no anopassado quando o time catalão perdeu para o Chelsea.O Bayern aguardou 4 anos para devolver a humilha-ção, já que tomou de 4 x 0 do Barça na CL de 2009.

Por Elio Gaspari, na Folha

Juntos, os quatro comissários mensaleirosdo PT foram condenados pelo Supremo Tri-bunal Federal a 36 anos de prisão. O partidosolidarizou-se com todos e denuncia o que con-sidera uma essência política do julgamento.

A chefe do escritório da Presidência da Re-pública em São Paulo, companheira Rose No-ronha, está indiciada num inquérito da PolíciaFederal por tráfico de influência e o repórterRobson Bonin acaba de revelar que em 2010ela hospedou-se no palácio Doria Pamphili,um dos mais belos de Roma e sede da embai-xada brasileira.

Nas últimas semanas, a Polícia Federal e oMinistério Público revelaram articulações de umatravessador paulista, Gilberto Silva (pode mechamar de Zé Formiga), usando os nomes detrês comissários em suas traficâncias.

Entraram na roda os deputados CândidoVaccarezza, que ocupou a liderança da banca-da de apoio à doutora Dilma até 2012, Arlin-do Chinaglia, ex-presidente da Câmara, e JoséMentor, cujo irmão é deputado estadual emSão Paulo.

O julgamento do STF ainda não acabou,Rose Noronha é apenas uma cidadã indiciadanum inquérito e as relações dos comissárioscom Zé Formiga estão longe de serem prova-das.

São três lotes qualitativamente diferentes,mas para a plateia ressoa a frase do deputadoAndré Vargas, vice-presidente da Câmara, re-batendo uma observação do ex-governador gaú-cho Olívio Dutra que defendeu a renúncia deJosé Genoino ao mandato: "Quando [ele] pas-sou pelos problemas da CPI do Jogo do Bicho,teve a compreensão de todo mundo".

O problema do PT é a "compreensão".

Tome-se o caso de um assessora de Vaccarez-za, a companheira Denise Cavalcanti. Em julhode 2010 ela ligou para o empreiteiro OlívioScamatti pedindo-lhe emprestado um aviãopara atender ao deputado. O doutor está preso.

Quando a polícia foi buscá-lo, seu filhomandou a seguinte mensagem a um funcioná-rio de sua empresa: "Luis, apaga tudo, peloamor de Deus, a Polícia Federal está aqui". De-pois o próprio Scamatti cobrou o apagão damemória de pendrives, um HD externo e umtablet. Vaccarezza informa que demitiu sua as-sessora. Cadê ela? Até o último dia 19, ocupouum cargo no Serviço Funerário da Prefeitura deSão Paulo.

O deputado Arlindo Chinaglia pediu o apro-fundamento das investigações e assegura quenão conhece Zé Formiga. Seu ex-chefe de ga-binete é citado organizando uma reunião paraalavancar um pedido da empreiteira Leão Leãojunto ao BNDES. (A Leão Leão adquiriu no-toriedade nacional durante a administração deAntonio Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto.)O deputado informa que seu chefe de gabine-te não está mais no cargo. Cadê? Está no ga-binete de outro companheiro.

O presidente da partido, Rui Falcão, reco-nheceu, há alguns meses que o principal errodo partido "foi em alguns momentos termosenveredado por práticas comuns a outros par-tidos, mas que o PT não deveria ter se envere-dado por elas". Falcão conjugou o verbo notempo errado.

O PT não enveredou, está funerariamenteenveredado e a transferência da companheiraDenise sinaliza isso. Quem quiser, acredite quea doutora Dilma, na sua condição de gerento-na, nada tem a ver com a compreensão doscompanheiros. Nem ela, nem Lula. (EG, Folhade S. Paulo)

Alex [email protected]

A plataforma petistaA plataforma petistapara a oposiçãopara a oposição

A era GötzeO técnico do Bayern, Jupp Heynckes,

não está nada satisfeito com oscomentários de que recebe dicas dePep Guardiola na condução do timebávaro. No aguardo para assumir, o

técnico espanhol foi quem mandou oclube de Munique contratar o jovem

craque Mario Gôtze, do Borussia,considerado o melhor do mundo na

faixa dos 20 aos 22 anos. A mídiaalemã já fala no garoto ser no

Bayern de Guardiola o que Messi éno Barcelona.

Danilo Sá[email protected] / [email protected]

VICE É VICE??? IRealmente o prefeito Carlos

Eduardo Alves (PDT) está bastantemudado. E não é somente em refe-rência a seu relacionamento com osvereadores. A vice-prefeita Wilmade Faria (PSB), está longe de serapenas vice. Nesta terça-feira (22),a ex-governadora se reuniu com ostitulares da Urbana, Jonny Costa, eda Secretaria de Defesa Social, OsairVasconcelos. Em pauta, projetos paraa cidade. Pelo visto, vice não é ape-nas mais vice.

VICE É VICE??? IIPara quem não lembra, quando

Micarla de Sousa era vice-prefeita deNatal, no segundo mandato de Car-los Eduardo como chefe do execu-tivo, o então prefeito não escondeuseu desentendimento com a ex-com-panheira de chapa. Ao ser questio-nado pela imprensa sobre o que es-tava acontecendo. Carlos respondeuque “vice é vice”, ou seja, não teriafunções na administração pública.

MELHOR DA CABEÇAE já que o assunto é Carlos

Eduardo, houve uma influência de-cisiva de alguns personagens para amelhoria da imagem do prefeito juntoa Câmara Municipal. A escolha deJúlio Protásio como líder e a eleiçãode Albert Dickson para presidentedo legislativo, além da nomeação deSávio Hackradt para chefe da CasaCivil, formaram o cenário perfeitopara Carlos em relação aos edis.

ATUAÇÃOO presidente da Câmara, Albert

Dickson (PP), continua o trabalhoem busca de uma sede própria parao legislativo, o que vai gerar cercade R$ 70 mil de economia para a ci-dade, hoje pagos pelo aluguel do Pa-lácio Frei Miguelinho. Ontem, em vi-sita a diretoria da Justiça Federal doRN, o vereador pediu apenas cele-ridade na liberação dos documentospara oficializar a doação do terrenoda Prefeitura para ser a futura sededa Câmara, na Redinha.

CULTURAA cantora Cristal foi indicada

em quatro categorias na edição2013 do Troféu Cultura. A artistaconcorre nos prêmios de melhordisco, show, cantora e música. Oevento foi criado por Toinho Sil-veira e, anualmente, entrega a pre-miação aos artistas potiguares quemais se destacaram no período. OTroféu Cultura é sempre entreguedurante a Assembleia Cultural, queacontece na noite desta quarta-feira(24), na Assembleia Legislativa doestado. Entre os artistas do ano, afranca favorita é a atriz global Ti-tina Medeiros.

NÃO TÁ FÁCILÉ complicada a situação dos

servidores do Ministério do Traba-lho e Emprego. Desde a última se-gunda-feira (22) o prédio onde fun-ciona o órgão em Natal, localiza-do na Ribeira, além de totalmentesucateado, não possui água nas tor-neiras. Na semana passada, o gessode parte do local desabou. Hoje,nem mesmo os banheiros utilizadospelos funcionários estavam funcio-nando. É, não tá fácil para ninguém.

DE OLHO NO LEGADOO presidente da Associação Bra-

sileira da Indústria de Hotéis(ABIH), Habib Chalita, visitou asobras da Arena das Dunas integran-do comitiva do Conselho Estadualde Turismo (Conetur). A iniciativado Conetur foi para saber como estáo andamento das obras e, alémdisso, ter informações do que a con-cessionária que administra a Arenaprojeta para depois da Copa doMundo em Natal.

NOVO CONSELHEIROJá foi no final da manhã que a

Comissão de Finanças e de Fisca-lização da Assembleia Legislativaaprovou, por unanimidade, a no-meação do geólogo Gilberto Jalespara ocupar vaga de conselheirodo Tribunal de Contas do Estado,vaga aberta há meses e que espe-rava a indicação da governadoraRosalba Ciarlini (DEM). Agora, onome do ex-secretário estadual deRecursos Hídricos será apreciadono plenário da Casa. Jales tem 50anos, e quase duas décadas dedi-cadas ao serviço público no RioGrande do Norte.

Apenas nosquatro primeirosmeses desse ano,que ainda nem aca-baram, o Rio Gran-de do Norte viveuuma série de arrom-bamentos e de ex-plosões de caixaseletrônicos. Já fo-ram assaltados osequipamentos loca-lizados no Idema,IFRN, UFRN e aténa Secretaria Esta-dual de Educação, dentro do Centro Administrativo. Isso para não falarnas várias cidades do interior que já sofreram com o mesmo tipo deação.

Além disso, já foram vários os casos de assaltos frustrados segui-dos de reféns, a maioria na capital e na Grande Natal. Em 2013, a im-prensa também já enjoou de noticiar rebeliões e fugas de presos, de pra-ticamente todas as principais unidades carcerárias do estado, que, porsinal, possui 14 interdições na Justiça. A quantidade de assassinatos então,já deve ter passado dos 300 este ano.

Hoje, o cidadão de bem tem medo de sair na rua, de abrir a portade casa e ser surpreendido por quadrilhas especializadas em arrastões.Crimes como esse já ocorreram dezenas nestes quatro meses deste ano.E, até agora, quase nenhum deles foi solucionado, poucos foram pre-sos. Resultado praticamente igual a todas as outras situações relatadasacima.

É exatamente pela ineficácia das investigações policiais que os cri-minosos repetem suas ações. Se uma quadrilha arromba um caixa ele-trônico no Idema e não é identificada, ela vai se dedica a um novo as-salto deste tipo e, certamente conseguirá. Não é preciso ser um gêniopara chegar a esta conclusão. E, pior, a expectativa é que novas açõescomo estas sejam realizadas por bandidos muito em breve, já que estesnão tem medo nenhum de ir à rua buscar suas vítimas.

Diante de um quadro caótico como este, o que mais falta para ogoverno do Estado reforçar a segurança pública? Porque ainda nãocolocaram os policiais do Bope, militares de elite da corporação, paravigiar as ruas e atuar nas diligências que se multiplicam todos osdias?

A insegurança a que os potiguares estão submetidos não será per-doada a classe política, tão preocupada com o pleito eleitoral de 2014.O povo não aceita mais ser feito refém de um sistema que não ofere-ce o básico para o cidadão. Já passou da hora do Estado ter um planode combate à criminalidade. O RN precisa reagir urgentemente, antesque seja tarde demais.

"Ou o RN acorda para a necessidade de reversuas políticas para o setor de turismo ou

estaremos fadados a ver este grande filão definhar à míngua"

MARCELO QUEIROZ, PRESIDENTE DA FECOMÉRCIO-RN

ENTRE AS PIORESUma pesquisa divulgada

nesta terça-feira (23) pelo Ca-reerCast.com, site norte-ame-ricano especializado em em-pregos, listou as melhores epiores profissões nos Esta-dos Unidos este ano. A notí-cia repercutiu em praticamen-te todos os grandes veículosdo Brasil. No topo do ranking aparece como melhores as profissões deatuário, engenheiro biomédico, engenheiro de software, otorrinolaringo-logista e consultor financeiro. Já entre as piores profissões estão traba-lhador de poço de petróleo, ator, soldado, lenhador e repórter de jornal,este na última posição. Alista tem no total 200 profissões. O levantamen-to teve base em cinco critérios: demandas físicas, ambiente de trabalho,renda, estresse e perspectivas de contratação. Para compilar sua lista, aempresa usou principalmente dados do Centro de Estatísticas do Traba-lho e de outras agências do governo norte-americano. Num é por nadanão, mas ainda prefiro ser repórter de jornal a atuário.

Divulgação

Arquivo

É PRECISO REAGIRWellington Rocha

Quarta-feira12 O Jornal de HOJE Natal, 24 de abril de 2013 Cidade

Daniela Freire II

I

POLÍTICA E SOCIAL - [email protected]

w DESCENDO...Nas hostes governamentais...

>>>...uma fonte de 'quatro costados'garante: o balanço da Potigás para2012 foi considerado "trágico".

>>>A companhia, em pouco mais deum ano, teria se transformado nopatinho feio das distribuidoras doSistema Petrobras.

w CARLOS AUGUSTO NO COMANDOA fonte bem postada explica que,além de uma multa astronômicapaga pela Potigás por erro técnico,o lucro líquido - que gera dividen-dos para o Estado e a Petrobras -caiu abruptamente.

>>>Inclusive, o volume de gás naturalvendido estaria em queda de milha-res de metros cúbicos por dia.

>>>A preocupação do Governo Rosa-do é tanta que o próprio Carlos Au-gusto Rosado, o chefe da CasaCivil, assumiu a presidência doConselho de Administração da Po-tigás, cargo sempre ocupado pelossecretários da Secretaria de Desen-volvimento Econômico (Sedec).

w EM TEMPOEm 2011, sob a batuta de SauloCarvalho, a Potigás foi 'case' nacio-nal.

>>>O que é que houve?

w RESTA UM INDEPENDENTEPor incrível que pareça, constaentre o secretariado Rosado aomenos um auxiliar independente.

>>>Isso mesmo!

>>>Luiz Eduardo Carneiro, o peeme-debista que comanda a Secretariade Trabalho e Ação Social (Sethas),jamais precisou pedir permissãoao marido da governadora Rosal-ba Ciarlini, o chefe da Casa CivilCarlos Augusto Rosado, para fazerou deixar de fazer o que fosse."Nunca tive uma única reunião comCarlos Augusto", conta o própriosecretário.

>>>Que, aliás, garante que se um diaperder essa autonomia entregaráde pronto o cargo que ocupa a go-vernadora Rosa.

w SÓ RAÇÃONenhum discurso sobre a seca, nomomento, deve ser levado a sériose não tratar exclusivamente da im-portação de ração do sul/sudestepara o que resta do rebanho bovi-no do RN.

>>>Qualquer outro enfoque é pura em-bromação, que deve ser, de pron-to, repelida.

>>>É o que têm dito a esta colunistamuitos pecuaristas.

w DETALHEE mais: nenhum animal no Estado,um único que seja, morreu de sede.Todos, sem exceção, caíram defome, segundo esses criadores.

Márlio Forte Bobflash

O deputado Felipe Maia no maior papo com a noiva chique do deputado Henrique Alves, Laurita Arruda, na comemoração beneficente do niver de Anita Maia

DeSaboya.com

Verdi Dantas e Ana Eleonorana posse do médico Luiz Eduardo

Barbalho na Academia deMedicina do Rio Grande do Norte

Mulheresnofds

O belo desfile Jogêpara noivas

Na inauguração de sua novaClínica, Akira Yano recebeu entre

os convidados João BatistaMorais e Sérgio Leocádio

Luzi Bezerra, Zélia Pinheiro, Genalda França e Ana Zélia Maia prestigiando lançamento

de coleção na Le Femme

DeSaboya.com

w CISTERNAS QUE NÃO VALEM...A propósito, as cisternas construídas eanunciadas em publicidade pelo GovernoRosado nada mais são do que simples cai-xas d'água pequenas, menores do que asque existem nas residências da classemédia nas cidades.

>>>É o que afirmam os agricultores em con-tato com a coluna.

>>>"Construí-las nas residências das pessoashumildes do interior merece aplausos. Sónão se queira dizer que elas ajudam nocombate aos efeitos da estiagem. A cadaseca, elas voltam", garantem.

w A CALAMIDADE NÃO MUDOUAliás...

>>>...as chuvas que caíram no último final desemana no RN deixaram em verdadeiro es-tado de êxtase parte da mídia local.

>>>

Todos os problemas parecem ter sido re-solvidos. Tudo agora mudou.

>>>Não é assim. Se as precipitações não serepetirem, de pouca serventia terão sidoas que caíram, pois basta uma semana desol para que o solo esteja novamente seco.

w DEU CERTOAconteceu hoje cedo, na Comissão de Fis-calização da Assembleia Legislativa, a sa-batina com o indicado pela governadoraRosalba Ciarlini para a vaga de conse-lheiro do TCE, Gilberto Jales.

>>>Conforme a coluna havia adiantado, todosos deputados presentes, inclusive os deoposição, avaliaram a escolha de forma po-sitiva e deram o "ok" para Jales assumiro cargo vitalício.

>>>A sabatina durou cerca de 20 minutos ape-nas e aconteceu a portas fechadas, semacesso à imprensa.

>>>O futuro conselheiro da Corte de Contaschegou bem cedo, antes das 9h, e teveque aguardar a chegada dos deputados às10h.

w CORREÇÃO A coluna publicou ontem email enviadopelo ex-deputado Ney Lopes (sobre a pos-sível filiação no novo MD) e não pelo seufilho e ex-vereador Ney Júnior.

w CHARADASe um homem forte do Governo Rosadodescobrir que 'certa' dama está arrastan-do asa para um secretário, o auxiliar perdeo cargo.

>>>O amor não tolera traições...

w GIRO PELO TWITTER......do deputado estadual Fernando Minei-ro: "Projeto do #GovRosaDem sobre con-tratação temporária de professores não será

aprovado pela ALRN sem modificações";

...da advogada Tatiana Mendes Cunha:

"Na Assembleia Legislativa, a Comissão

de Finanças e Fiscalização aprovou, à

unanimidade, a indicação de Gilberto

Jales para o TCE";

...do blogueiro Marcos Dantas: "Apesar de(a Assembleia) ter aprovado indicação (deGilberto Jales), o relator Raimundo Fer-nandes alfinetou a demora de uma de umano do Governo".

w NOVIDADES A Constel recebeu a imprensa potiguardurante almoço na churrascaria Fogo &Chama, nesta última terça-feira (23).

>>>Na ocasião, a empresa apresentou novosempreendimentos, incluindo o Green LifeMor Gouveia, cuja festa de lançamentocorrerá nesta quinta, dia 25, com produ-ção de Simone Silva.

Quarta-feira O Jornal de HOJE 13Natal, 24 de abril de 2013

Cena UrbanaVICENTE SEREJO - [email protected]

Cidade

PrefácioCONRADO CARLOS - [email protected]

Acerta o deputado Henrique Eduardo Alves como presi-dente da Câmara Federal quando rompe o cerco doapenas comum e assume a articulação nacional para tra-

zer ao Estado alguns ministros. E se há riscos, quaisquer quesejam, serão muito menores do que os méritos de uma ideia quenão só abre novos caminhos para o Rio Grande do Norte comoé uma mudança no azimute político. Um lance que fixará o ta-manho real de um governo estadual que não vence os limitesde um municipalismo crônico.

Olhando bem, esem açodar para ser-vir a quem quer queseja, se a cena aconte-cer com todas asnuances - ministros deestado despachandocom prefeitos as prio-ridades de cada comu-nidade - não há comonegar a perda de im-portância política dogoverno, principal-mente no Nordeste,onde sempre foi o elonatural com a capitalfederal, no Rio e de-pois em Brasília. Umarelevância que nin-guém tomou da go-vernadora. Ela é quenão soube assumir opapel que lhe foi am-plamente conferidopelas urnas.

Claro que os po-líticos sabem chamar esse tipo de lance de união de todosem favor do povo e, assim, diluem o caldo grosso da no-vidade. Mas, no frigir dos ovos, como diziam os velhos cro-nistas, é o município que vai viver a sensação real de des-pachar direto com os ministros, sem os intermediários e seusinteresses inevitáveis, o privilégio de ter um norte-rio-gran-dense na presidência da Câmara para, ao seu lado e comseu apoio, governar de fato sem a humilhação de pedir ese tornar cativo do gesto.

Alguém há de argumentar que a presidência da Câmara Fe-deral é também uma forma expressa de poder. E é. Mas é di-ferente na configuração da formação de parcerias. O governo,e tem sido assim nos últimos dois anos, vive sempre encaste-lado e é a ele, governo, que se vai, posto que é a montanha aespera de Maomé. No modelo do deputado Henrique Alves, não.A montanha virá para permitir que os prefeitos subam ao altode sua culminância ministerial e, lá de cima, apontem o mapado seu povo.

Temos sido muitomais do que imprevi-dentes no trato dacoisa e da função pú-blicas. Não basta a umgoverno ter zelo pelalisura dos negócios doEstado. É essencial ocompromisso inalie-nável com o bem estarda sociedade à qualserve. A coisa e a fun-ção públicas são inse-paráveis, a menosquando a autoridade,destradamente, sedeixa substituir pelomando. O espírito pú-blico é a musculaturados freios e contrapre-sos do modelo demo-crático. Não tê-lo, écorrer o risco da aven-tura imprevisível.

Ora, se nossascrianças nascem no

chão dos hospitais; se os doentes morrem sem assistência;se homens e bichos padecem de fome e sede na seca; se aviolência espalha o terror e o medo nas ruas; se o presi-dente do Supremo atesta o caos no nosso sistema carcerá-rio e estamos ameaçados de julgamento pela Corte Inter-nacional de Justiça por crime contra os direitos humanos;e se acabamos de sofrer o confisco da Fortaleza dos ReisMagos, o símbolo da nossa identidade, o que nos restacomo orgulho?

w MÁGOA - IQuem chega de Nova Iorque, de umaviagem pessoal e de descanso, é o secre-tário Oberi Rodrigues, do Planejamento.Ele na verdade foi o preterido para assu-mir a vaga de conselheiro do Tribunal deContas.

w CRÉDITO - IITambém qualificado para o TCE, o geó-logo Gilberto Jales não pediu, mas ganhouo posto ao abrir mão da Secretaria de Re-cursos Hídricos, sem nada pedir em troca,para a nomeação de Leonardo Rego.

w FAPERNO professor José Lacerda Felipe, dou-tor em geografia, assume a presidênciada Fundação de Pesquisa do RN e aprofessora Maria Bernadete Cordeirovolta à UFRN. Considera seu compro-misso cumprido.

w APLAUSOPara a governadora Rosalba Ciarliniao exigir diligência do Idema na expe-dição do certificado para as obras de du-plicação da Reta Tabajara. E muitoantes que o ambientalismo ameaçasseo mato virgem.

w JÁA engorda da orla de Ponta Negra podegerar problemas. O longo enrocamen-to da linha de corrente na embocadurado Potengi acumula lixo plástico trazi-do pelo mar e se é um criadouro natu-ral de maruim.

w GRANA - IO governo espera para fins de maio, nomáximo, a liberação da primeira par-cela do empréstimo de 580 milhões dedólares do Banco Mundial. Ao todo,algo superior a R$ 1 bilhão na mão dogoverno.

w MODELO - IIObedientes ao poder, tecnocratas en-gendraram modelo centralizador emnome do controle e eficiência total.Pantim. É só para manter as obras doProjeto RN Solidário sob controle ab-soluto da Casa Civil.

w AVISOCresce o prestígio da secretária de edu-cação, professora Betânia Ramalho. Oque comprova o fato é a não interferên-cia política nas suas decisões técnicas enos recursos que tem garantido para asua pasta.

w VIDAS - IOs jornalistas contam a vida intelectualde quatro ícones: Newton Navarro(Sheyla Azevedo), Jesiel Figueiredo(Luana Figueiredo), Carlos Alexandre(Rafael Duarte) e Homero Homes (Ale-xis Peixoto).

w IDEIA - IIO projeto já foi aprovado pela Lei Djal-ma Maranhão de incentivo cultural e aideia é escrever ensaios biográficos sobreo papel intelectual deles nas artes lite-rárias, plásticas, no teatro e na músicapopular.

w LUTAReunidos, entre tristes e contritos, ostécnicos da Prefeitura anunciam umasala de cirurgia na sede da Secretariade Meio Ambiente e Urbanismo para acastração de gatos e gatas. Felinos, bementendidos.

w BURACOSA operação tapa-buraco que parecia ca-minhar bem em Morro Branco - lenta,mas sem paradas - desapareceu das ruas.Enquanto os buracos vão aumentandoa cada dia. No asfalto e no calçamento.

w BELO'Ex-Libris - pequeno objeto do desejo',de Stella de Figueiredo Bertinazzo, dapesquisadora sênior da Universidade deBrasília, o álbum erudito e bem ilustra-do dessa arte de marcar a propriedadedo livro.

w VALORMesmo sendo obra póstuma - ela fale-ceu em 2001 - a edição da Universida-de Nacional de Brasília mostra que épossível fazer um livro impresso empapel reciclado numa edição de luxo.Nas livrarias.

Novo azimute

Origem dohomemsupérfluoPrimeiro romance de

Ivan Turguêniev ganha

tradução direta do russo;

“Rúdin” conta a história de jovem

intelectual que agita a aristocracia

de uma pequena cidade

Primeiro autor russo a se consa-grar no Ocidente, Turguêniev é o tí-pico artista romântico surgido naaristocracia e moldado em um paísmais desenvolvido (no caso, a Ale-manha dos anos 1840). Fruto deuma época em que estouravam mo-vimentos sociais a cada década, eleviveu a maior parte de sua vida longeda terra natal, o que possibilitou umolhar panorâmico para uma nação gi-gantesca e problemática. Em plenotsarismo, e às vésperas dos primei-ros levantes comunistas, a pobrezae o atraso do superfeudo de Nico-lau I via o surgimento de uma ge-ração que esbanjou seus poetas, masdona de um legado literário monu-mental. E muito desse patrimônio éinédito para leitores em idiomas pe-riféricos, como o português.

Mas, de uns tempos para cá, aEditora 34 tem feito um ‘trabalhoarqueológico’ ao resgatar obrasrussas inéditas ou fora de catálo-go no Brasil. É o caso do livro deestreia de Ivan Turguêniev,“Rúdin”. Publicado em duas edi-

ções da revista O Contemporâneo,fundada por Alexandre Pushkin,o sucesso veio de imediato, comambos os lados da crítica russa,dividia entre eslavófilos e pró-Oci-dente, festejando o então autor decontos, poemas e peças teatrais.As transformações sociais por quepassava a Europa exigiam ideias elíderes arrebatadores para conven-cer as massas contra o despotismoque grassava o Velho Continente.Jovens libertários e apaixonadospor arte eram adotados como mo-delo e Rúdin representou o inícioda contribuição da literatura russapara chamar a atenção das elitesquanto a inércia política.

Ambientado em uma cidade pe-quena do interior (talvez entre Mos-cou e São Petersburgo), “Rúdin” éum homem de 35 anos que agita aalta sociedade local com um dis-curso empolgante e revolucionário.Ele seduz a todos (ou quase todos)que frequentam o salão da ricaçaDária Mikháilovna. São aristocra-tas e parasitas que falam francês

para exalar sofisticação e revelamgostar de artes sem ter o menor ca-coete na prática. Rúdin é culto, char-moso, eloquente e firme em seusideais. Logo Dária o convida parapassar uma temporada em sua casa– para, assim, desfrutar de compa-nhia tão enobrecedora. A madametem uma filha, Natália, e habitués,como os irmãos Aleksandra Pávlov-na e Serguêi Volíntsev, que sentirãoprofundamente a chegada do foras-teiro encantador.

Com “Rúdin”, Turguêniev inau-gurou a sequência de personagens daliteratura russa que representou ohomem superfulo, ser com vasto co-nhecimento, retórica virulenta e utó-pica, mas de pouco ou nenhumpoder de ação (o típico romântico).Preâmbulo do Homem-Novo (estecom a mão na massa) preconizadopor Lênin, Trotski, Tolstói e o Ma-nifesto Comunista, o Superfulo gos-tava de ir a Paris, onde Turguênievmorreu, e bancar o ativista social dearraque, pois corria do fuzil como odiabo da cruz. A história de Rúdin

(trágica, mágica e inútil) é um curta-metragem do terror que viria a se-guir, com a chegada dos bolchevi-ques ao poder – e se assemelha aocotidiano de um ser pensante resi-dente em qualquer lugar dominadopor meia dúzia de fariseus.

RÚDINAutor: Ivan TurguênievEditora: 34Preço médio: R$ 42,00

Quarta-feira14 O Jornal de HOJE Natal, 24 de abril de 2013

Quarta-feira O Jornal de HOJE 15Natal, 24 de abril de 2013Esporte

PisandonaBolaAMÂNCIO [email protected] / www.chargistaamancio.blogspot.com

Bruno AraújoBRUNO ARAÚJO - TWITTER: @brunoaraujo7 EMAIL: [email protected]

GLORIOSAACOMODAÇÃOUm exército vermelho que se

provou mais eficiente do que a no-breza azul-grená. Enquanto o se-gundo joga com a bola nos pés, ditao ritmo e determina quando e comoa jogada se define, o primeiro fazde cada lance o último. Um placarpor 4 a 0 inesperado, é verdade, masnão cruel, sequer uma afronta a re-alidade.

Afilosofia do Barcelona de jogarcom um domínio de bola, o comandodo jogo, a frieza e a crueldade detrocar passes sem titubear, até que oadversário ceda à tortura não fun-cionou. O espaço, normalmente,nascido do nervosismo adversárionão apareceu contra o Bayern deMunique. O time alemão se mostrouainda mais frio. Vítima de tortura,não cedeu. Assistiu a provocação depasses inexpressivos do até entãoterrorista catalão se mostrar brin-cadeira de criança. O Bayernmostrou do que é feita a verdadeirafrieza alemã. Provou que para jogarbem é preciso não apenas ter a bolaem seu domínio, mas principalmenteter o equilíbrio quando ela forma aarma do adversário.

Avelocidade com a qual os con-tra-ataques do campeão alemão eramdisparados, mais pareciam estampi-dos de fuzil disparados em meio auma guerra pela hegemonia do fute-

bol europeu. O azul-grená manchoua grama verde da Allianz Arena, emMunique, sem qualquer cerimônia,graças à devoção, a entrega de umaequipe que fez do jogo diante damelhor equipe do mundo sua razãode ser em campo. Jogou melhor, sub-meteu sua força, dominou, domou afera espanhola que apenas de ter62% de posse bola, não soube uti-lizá-la. Apenas assistiu a um Bayernavassalador, conquistador, com umfutebol arrebatador e que prometecaminhar, independente da conquistado título europeu, tomar o lugar maisalto entre aqueles que servem de ex-emplo para o futebol. Sem toquesde lado, sem horizontalizar o jogo,os Bávaros foram cirúrgicos, foramgigantes. Ao Barça restou o saboramargo de uma goleada inesperada,impossível até então para quem é omelhor do mundo e para quem temo melhor do mundo ao seu lado.Ainda não é possível decretar o fimda Era azul-grená, mas o fim desteatual elenco é apenas questão detempo. O Barcelona tem um grandetime de futebol, os melhores emquase todas as posições em campo,mas o principal combustível paratornar alguém vencedor parece estarnas últimas: a sede por vitórias.

Não é nada surpreendente. Umgrupo que praticamente tudo quedisputou por quase três temporadas

em um nível avassalador um diaperderia o tesão por saciar a volúpiapelo sucesso, a luxúria por ver seuadversário caído em solo, atordoa-do por golpes sucessivos, previsíveis,mas indefensáveis. Nada impede queno próximo duelo, uma recuperaçãomilagrosa possa ocorrer e Messipossa ser o regente de um novo im-pério a ser construído para a tem-porada seguinte, mas o fato é que ocastelo catalão definhou e ruiu naareia gloriosa da acomodação.

REFORÇO?O centroavante Elionar

Bombinha teve anunciado o acertoe a previsão é de que o contrato derenovação com o ABC seja anun-ciado nas próximas horas. No elen-co, o Alvinegro ainda procura umparceiro para o atacante RodrigoSilva que é o artilheiro da equipe natemporada com 12 gols. Mas quemgarante que o "eterno candidato aídolo" vai fazer valer a confiançaalvinegra depositada a cada novoacerto? Em 2010, veio para o clube,jogou 10 partidas e foi embora paraa China. Ano passado, retornou aotime potiguar, fez apenas cincojogos, se lesionou e perdeu o restanteda temporada. A renovação de con-trato será um reforço ou um novotiro incerto com o atacante? Esper-ar para ver.

ADIAMENTOA vistoria da Confederação

Brasileira de Futebol (CBF) na ArenaBarrettão, inicialmente prevista paraacontecer na sexta-feira deverá seradiada para a próxima segunda. Ain-tenção do adiamento, segundo fontesligadas à entidade, é para que o di-retor de competições da CBF,Virgílio Elísio, venha a Ceará-Mirimapenas quando o estádio esteja comas obras completas. A vistoria dev-erá liberar a praça esportiva parajogos da Série B do Brasileiro. Antesdisso, o Corpo de Bombeiros deveir ao Barretão para vistoria final paraliberação dos laudos para uso docampo. O América pretende fazer aprimeira partida no local no dia 01de maio, contra o Alecrim, na últi-ma rodada do 2º turno do Estadual.

TROCA OPORTUNAA falha do goleiro Rafael no

clássico não foi perdoada pelo elen-co, nem pelo técnico Paulo Porto. Nasaída do jogo, o arqueiro foi chama-do à atenção pelos companheirossem qualquer cerimônia. O treinadorfoi um pouco mais discreto eaproveitou a recuperação de Lopes,lesionado, para devolvê-lo ao timetitular no lugar do jovem defensor.No cenário atual, só uma necessi-dade extrema para Rafael voltar aotime titular.

ABC acerta com reforço do DMNOVO CONTRATO COM O ABC DEVE SER ASSINADO ATÉ AMANHÃ PARA COPA DO BRASIL E SÉRIE B DO BRASILEIRO.JOGADOR SE CONTUNDIU AINDA NO ANO PASSADO E FEZ APENAS CINCO PARTIDAS PELO CLUBE NA SEGUNDONA

Ainda na briga por uma vaga nafinal do segundo turno do Campe-onato Potiguar, o ABC já começaa se preparar para a Série B doCampeonato Brasileiro deste ano.A novidade no clube alvinegro é oacerto verbal com o atacante ElionarBombinha, recuperado de umacirurgia no joelho esquerdo real-izada no mês de outubro do anopassado. O jogador sofreu umagrave lesão nos ligamentos cruza-do anterior e no colateral medialem setembro do ano passado, con-tra o Ceará, ainda pela Série B.

O acordo deve ser oficializado,segundo o vice-presidente de fute-bol do ABC, Bira Marques, atéquinta-feira em uma nova reuniãoentre o presidente do clube, RubensGuilherme e o atleta. Será o se-gundo encontro, já que o dirigentee o jogador haviam participado deuma reunião anterior para definir ostermos do acordo, que segundoapurou a reportagem do JORNALDE HOJE, contou com uma re-dução salarial do atleta em relaçãoao valor pelo qual foi contratado.

"A gente estava esperando ape-nas ser liberado pelo departamen-to médico para poder conversamoscom a presidência. Não demorou.Chegamos logo a um acordo, prin-cipalmente porque eu não queriasair, Sempre quis permanecer noABC e fiquei feliz quando o pres-idente disse que queria contar comi-go para o restante da temporada eagora depende apenas de mim pararesponder em campo", afirmou ojogador que já treina junto aos de-mais companheiros de elenco.

Os preparadores físicos aindanão confirmaram uma data exata

para o retorno do jogador aos gra-mados, mas a expectativa é de queele possa reforçar a equipe nos du-elos contra o Sport-PE, pela se-gunda fase da Copa do Brasil. AConfederação Brasileira de Fute-bol (CBF) ainda não confirmou asdatas das partidas da segunda fase,mas devem ocorrer entre 1º e 22de maio, segundo calendário di-vulgado pela própria entidade.

"Temos objetivos grandes,temos experiência nas duas com-petições. Quero retribuir o carinhodo torcedor, a confiança do ABCcom essa renovação e poder de-volver para ele, todo esse respeitoe o que fizeram por mim fazendogols. Quero ajudar o ABC a chegara objetivos fortes que é a Série A doBrasileiro. Mas sabemos que a SérieB é uma competição difícil, tem aoscilação, equipes começam forte,mas dão uma relaxada. Os últimosanos não foram muito alegres paranós, mas esperamos colocar emprática tudo que pudermos paracomeçar bem e terminar bem essacompetição", afirmou o jogador.

Bombinha volta ao time comuma incógnita não resumida aorendimento, mas também sobre suacontinuidade na equipe. Em 2011,quando desembarcou no time doABC, o atleta veio sob a desconfi-ança de um atleta desconhecidopela torcida, fez bons jogos, enga-tou uma sequência de gols - seisem 10 jogos -, mas uma propostado Incheon, da Coreia do Sul, abre-viou sua passagem pelo ABC.

No retorno ao clube, ano pas-sado, o atacante de 30 anos entrouem campo em 11 oportunidades,marcou quatro gols, mas em setem-

bro, contra o Ceará, acabou comuma lesão grave no joelho e foiobrigado a ser submetido a umacirurgia que o mantém longe departidas oficiais por quase setemeses. "Quando existe um ob-stáculo é porque lá na frente temuma vitória esperando por nós. Oque tinha para passar já passou eagora minha esperança, a minhaconfiança para permanecer no clubepara a sequência da temporada que,se Deus quiser, será de vitórias parao ABC e para mim", concluiu o at-acante abecedista.

SÉRIE BA estreia do ABC na Série B do

Campeonato Brasileiro está pre-vista para o próximo dia 25 de maio,contra o Paraná. Infelizmente parao torcedor Alvinegro, a primeirapartida da sua equipe na competiçãoserá longe do Estádio Frasqueirão.O lugar mais provável é a cidadede João Pessoa, capital paraibana.

O clube recebeu, no dia 13 demarço deste ano, uma punição doSuperior Tribunal de Justiça De-sportiva com a perda de um mandode campo, devido aos incidentesocorridos na partida contra o Améri-ca, na última rodada da Série B doano passado, em que além do tu-multo entre os jogadores registra-do, ainda houve a invasão do campopor um segurança do clube queagrediu um atleta adversário. Paracumprir a determinação de atuar a100 quilômetros de distância de seumando de campo original, o clubeestuda a possibilidade de atuar noEstádio Almeidão. A confirmaçãodo local de estreia abecedista devesair nos próximos dias.

Natal receberá neste fim de se-mana o Nordeste Open de Jiu-Jitsu.O evento vai acontecer no Giná-sio do SESI durante todo o sába-do e domingo. Cerca de 1.700 atle-tas de sete estados da região estãoinscritos na competição. Serão R$20 mil reais em prêmios e disputasem todas as categorias.

Os combates terão início às 9horas do sábado com as catego-rias mirins e infantis (4 a 15 anos)e na sequência os juvenis, masterse sênior e todas as categorias fem-ininas. No domingo lutam todosos adultos masculinos. Atletas de

nível nacional e internacional par-ticiparão do evento, entre eles Thi-ago Barreto, atual campeão mundi-al de Abu Dabhi. Ao todo, serão 06áreas de combate com placareletrônico.

Os kits dos atletas serão en-tregues nos dias da competição.Todos receberão a camiseta alusi-va ao evento, que poderá ser reti-rada na tenda da organização, mon-tada na entrada do ginásio. No diado evento, diversas atividades -além das lutas - serão oferecidaspara os atletas e público em geral.A entrada é franca, através de do-

nativos: 01 lata de leite em pó ou2Kg de alimentos (feijão ou arroz)ou quimono usado. O material ar-recadado será destinado a projetossociais mantidos pelas academiasdo estado.

A disputa seguirá todas as nor-mas técnicas e de segurança, es-tabelecidas no Livro de Regras daConfederação Brasileira de Jiu-Jitsu (CBJJ). A arbitragem será co-mandada por Álvaro Fontes, árbi-tro de nível internacional. Otorneio terá assistência médica emperíodo integral com quatro so-corristas e um médico de plantão.

Os atletas terão à disposição umaambulância equipada com desfib-rilador e atendimento emergencial.

Segundo Nivaldo Pereira, daHC Sports - empresa que organi-za o evento - será um marco nahistória do jiu-jitsu potiguar e umdivisor de águas nas competiçõesem toda a região. "O evento prom-ete trazer para Natal os melhorescombates e dar visibilidade aosnossos melhores atletas, já que oRio Grande do Norte é um estadocom um jiu-jitsu riquíssimo e com-petitivo, e umas das cinco maioresforças do Brasil".

Afastado dos gramados desde setembro do ano passado após lesão no joelho, atacante Elionar Bombinha sonha em voltar a jogar pelo ABC

“Quero retribuir o

carinho do torcedor, a

confiança do ABC

com essa renovação

e poder devolver para

ele todo esse respeito

e o que fizeram por

mim (...) Quero aju-

dar o ABC a chegar a

objetivos fortes que é

a Série A do

Brasileiro”

ELIONAR BOMBINHA, ATACANTE DO

ABC, SOBRE NOVA CHANCE NO

ALVINEGRO

> ARTES MARCIAIS

Nordeste Open de Jiu-Jitsu acontece neste fim de semana

Organizador do evento, Nivaldo Pereira confirma participação de aproximadamente 1700 atletas em dois dias de competição

Divulgação

Wellington Rocha

Esporte Quarta-feira16 O Jornal de HOJE Natal, 24 de abril de 2013

Passe LivreRUBENS LEMOS FILHO - [email protected]

Brasil encara o Chile em estádiooficial da Copa do Mundo 2014SELEÇÃO BRASILEIRA FAZ ÚLTIMO TESTE ANTES DA CONVOCAÇÃO PARA

COPA DAS CONFEDERAÇÕES NO PRÓXIMO DIA 14 DE MAIO, NO RIOO primeiro encontro da seleção

brasileira com um estádio da Copado Mundo de 2014 terá por si só,um caráter decisivo. O duelo delogo mais será justamente o últi-mo teste antes da lista final para aCopa das Confederações. A parti-da desta quarta-feira, às 22h, con-tra o Chile, no Mineirão, em BeloHorizonte. Sem dar pistas da equi-pe em campo, o treinador confir-mou apenas três jogadores, entreeles Ronaldinho Gaúcho, que serámais uma vez capitão.

"Estar na seleção é semprebom, para poder dar continuidadeao trabalho. É bom ser convoca-do às vésperas de uma lista im-portante, como a da Copa das Con-federações", declarou RonaldinhoGaúcho, nome praticamente certopara o torneio. A divulgação do

grupo será feita no próximo dia14 de maio, no Rio de Janeiro, ea competição será de 15 a 30 dejunho, no Brasil.

Nessa caminhada rumo àCopa das Confederações, Ronal-dinho deixou para trás um velhoconhecido: Kaká. Reserva noReal Madrid, o meia participou dedois jogos com Felipão (empa-tes com Itália e Rússia). Mas nãofoi bem. O armador do Atlético-MG, por sua vez, jogou contraInglaterra (derrota) e Bolívia (vi-tória). Mas diferentemente do seu"rival" recebeu elogios do chefe."O Ronaldinho é importante e foiescolhido novamente para ser ocapitão. Espero que ele ajude osoutros jogadores com liderança",afirmou o comandante, demons-trando toda sua confiança na ca-

pacidade do jogador do Atlético-MG.

Além do meia-atacante, Feli-pão também divulgou com antece-dência a preferência por Diego Ca-valieri para assumir o gol nestaquarta-feira, deixando Jeffersoncomo opção no banco. O volanteJean é mais um confirmado, masimprovisado na lateral direita, en-quanto Marcos Rocha, que é deofício da posição, fica no banco."Quero observar o Jean na lateraldireita, e o Diego deve iniciar ojogo", declarou o treinador. Já asdemais posições não foram reve-ladas por Felipão, que se esqui-vou ao ser questionado sobre a dis-puta entre Leandro Damião e Ale-xandre Pato. "Respondo à pergun-ta uma hora antes do jogo", des-pistou.

O atacante Neymar, que carre-ga o status de uma das principaisesperanças da Seleção Brasileirapara a Copa do Mundo de 2014,avisa que não estar intimidado coma aproximação do torneio e se dizpronto também para a próximaCopa das Confederações, apesardos apenas 21 anos. "Isso não pesa.Nossa profissão é jogar futebol,ou seja, fazemos o que mais gos-tamos e amamos. Sei que tem maisresponsabilidade, mas é gostoso enão tem motivo para pesar", afir-mou o atleta.

Com o mistério do treinador, oBrasil deve ter a seguinte base:Diego Cavalieri; Jean, Dedé, Révere André Santos; Ralf (Fernando),Paulinho, Jadson e RonaldinhoGaúcho; Neymar e Leandro Da-mião (Alexandre Pato).

Com tempo para se prepararpara o Campeonato Brasileiro, oFlamengo estuda a melhor maneirade reforçar seu elenco. A necessi-dade de trazer jogadores de pesopara alguns setores é visível, e umadas maneiras que os dirigentes estãoencontrando para obter sucessonesta empreitada é a troca de atle-tas. Alguns nomes que fazem partedo plantel e não estão nos planosda comissão técnica serão coloca-dos à disposição de clubes que ten-ham nomes que interessem aoRubro-Negro.

Neste cenário, um dos primeiros"negociáveis" é o meia Ibson. Ojogador tem contrato com o Fla-mengo até 2015, mas seu salário éconsiderado alto para a realidadedo clube - ainda mais porque o jo-gador parece não fazer parte dosplanos do técnico Jorginho. Ovolante, que está com seis meses dedireitos de imagem atrasados, nãovem sendo relacionado para osjogos.

O Internacional está interessa-do em Ibson, mas não pretendefazer loucuras em seu orçamentopara contratar o jogador. Portanto,poderia disponibilizar algum jo-gador em uma troca. O nome queo Flamengo deseja é o do apoiadorargentino Jesús Dátolo, considera-do reserva no Colorado. A transaçãopode evoluir nos próximos dias,faltando aida o aval do técnicoDunga.

Outro jogador que não está nosplanos da comissão técnica é ozagueiro Alex Silva. O jogador, in-clusive, vinha treinando em sepa-rado por pedido próprio, a fim deaprimorar a forma física. O prob-lema neste caso é encontrar mer-cado. O defensor teve atuaçõesabaixo da crítica no CampeonatoCarioca e não há propostas declubes da elite do futebol nacional,o que dificulta até mesmo o en-volvimento em uma troca.

O Flamengo procura reforçosem várias posições. As prioridades

são um zagueiro, um lateral es-querdo e um atacante. Nesses trêscasos, a ideia é contratar jogadoresde nome. Além disso, o clubeprocura um lateral direito, um meiae um atacante apenas para comporo elenco. Os nomes estão sendomantidos em sigilo pela diretoria.O diretor de futebol Paulo Pelaipe,inclusive, tem recebido diariamenteligações de empresários oferecen-do jogadores, e muitos deles sãode outros países da América do Sul.

Um nome que chegou a ser es-peculado é o do atacante Adriano,

que vem tentando entrar em forma,mas ainda está longe do que é con-siderado ideal. O Imperador, in-clusive, já teria procurado Jorgin-ho, mas o assunto ainda está bemno início, já que seu nome encon-tra forte resistência por parte de al-guns aliados do presidente Eduar-do Bandeira de Mello. A con-tratação do jogador em 2012 foiconsidera um dos principais errosda gestão da ex-presidente PatriciaAmorim, o que deixa os dirigentesatuais assustados com um possív-el aproveitamento do Imperador.

Por motivos de saúde, NicolasLeoz convocou entrevista coletivapara anunciar sua saída do ComitêExecutivo da Fifa e do Comitê Or-ganizador Local (COL) da Copado Mundo de 2014. Após fazerreferências nominais a José MariaMarin, presidente da CBF, e MarcoPolo Del Nero, presidente da Fed-eração Paulista de Futebol (FPF),o dirigente paraguaio de 84 anosrevelou também que deixará o cargode presidente da Conmebol nopróximo dia 30 de abril.

"Neste dia colocarei meu cargode presidente da Conmebol à dis-posição dos presidentes das asso-ciações nacionais", revelou Leoz. Àfrente da entidade máxima do fute-bol sul-americano desde 1986, oparaguaio se submeteu a uma cirur-gia de desobstrução de artéria emSão Paulo, em novembro do anopassado. Os problemas cardíacosimpedem sua continuidade nos car-gos. Ao abrir mão dos cargos naFifa e no COL, Nicolas Leozagradeceu o apoio ao seu trabalho,

desempenhado desde 1998 noprimeiro e 2007 no segundo.

Em maio de 2012, Leoz haviaanunciado que seu cargo de presi-dente da Conmebol era vitalício porconta de um acordo estabelecido em1997, envolvendo os presidentes detodas as federações sul-americanas.Como concorreu sozinho a todas aseleições desde 1986, o modo de es-colha do novo presidente da enti-dade ainda é desconhecido, mas umaeleição interna deve ser costuradapara o início de junho.

Antes de assumir a presidên-cia da Conmebol, o dirigenteparaguaio foi presidente do Lib-ertad durante 10 anos, alçando aocargo de presidente da LigaParaguaia de Futebol (LPF) nosperíodos de 1971-1973 e 1979-1985. Com a gestão reconhecida edepois de desempenhar até afunção de presidente do primeirotribunal de justiça da Confeder-ação Paraguaia de Basquete, foieleito para a Conmebol exatamenteno dia 1º de maio de 1986.

Ronaldinho e Neymar são a esperança de Felipão para uma boa apresentação ofensiva da Seleção Brasileira

> MERCADO

Ibson vai virar moeda de troca no Fla

Internacional tem interesse no meia Ibson, mas clube ainda tem dúvidas sobre investimento

> DE SAÍDA

Presidente da Conmebol deixa entidade e cargos na Fifa

Mito de verdadeHideraldo Luiz Bellini, aos

82 anos, despreza entrevistas, es-colheu o crepúsculo sossegadoem sua casa em São Paulo. Temrazões de sobra. Bellini disputoutrês Copas do Mundo. Duas, eleganhou. Foi o primeiro brasileiroa erguer a Taça Jules Rimet. Em1958. Capitão e campeão na Sué-cia.

Seu gesto de comandante detropa é comparável ao discurso deGetúlio Vargas na Consolidaçãodas Leis do Trabalho(CLT), à in-auguração de Brasília por Jusceli-no Kubitscheck de Oliveira, à vitória de Tancredo Neves na rede-mocratização e ao brado libertário de Ulysses Guimarães ao pro-mulgar a Constituição de 1988.

O gesto de Bellini no Estádio Rasunda em Estocolmo, após car-navalescos 5x2 sobre os donos da casa, simbolizou a afirmação dasupremacia brasileira, nunca confirmada em mundiais e a exor-cização do Complexo de Vira-Latas.

Complexo e batismo perfeitos de Nelson Rodrigues para a faltade vergonha na cara e de colhões de nossos jogadores quando erahora de decidir, dor inexorável no fracasso de 1950, contra o Uruguai,no Ex-Maracanã entupido de gente e escoando decepção.

Bellini, diziam minhas tias e suas contemporâneas, sempre foium "pão", homem bonito e requisitado por vedetes do cinema dechanchada, rainhas de novelas de rádio, atrizes de teatro e candi-datas a miss.

Em campo, xerife. Do Vasco. Campeão carioca em 1952 e1956, foi convocado para a Copa do Mundo e formou dupla comOrlando, seu companheiro de clube. Raça e classe. Bellini batia, Or-lando suavizava.

Bellini foi um da responsáveis, com o lateral-esquerdo NiltonSantos e o meia-armador Didi, pela conquista do título de 1958 forade campo também. O Brasil venceu, sem jogar tão bem, a Áustriapor 3x0 na estreia e empatou com a Inglaterra por 0x0.

Se perdesse o terceiro jogo, contra a União Soviética, voltariapara casa com a humilhação entre as pernas. Mais uma Copa per-dida e a degradação pública. Bellini, Nilton e Didi procuraram obocejante e bonachão técnico Vicente Feola e o convenceram. Otime tinha que mudar para vencer o temível jogo "científico" dosvermelhos.

>>>Nilton Santos conta que Feola apenas ouvia as ponderações.- Bota o Torto seu Feola, ele vai botar esses gringos na roda...,

dizia Nilton Santos.- Zito tem mais condições de jogar comigo, Dino joga mais pare-

cido comigo. A não ser que o senhor queira me trocar pelo Dino,pode ficar à vontade... ameaçava Didi.

- Põe o Garoto do Santos. É craque .Tem essa conversa de queé novo, não. Tem que ir pra porrada logo. E ninguém segura. E temmais seu Feola. Acada três pancadas que ele levar lá, eu revido comcinco do lado de cá... suavizava Bellini.

Depois do papo, Zito entrou no lugar de Dino Sani, de volante,um rapaz de pernas tortas, desacreditado, chamado Garrincha, sub-stituiu Joel e o consagrado Dida deu lugar a um moleque de 17 anos,fã de revista em quadrinhos do Mandrake.

Jogava no Santos, serviria ao Exército no ano seguinte e o pai,Dondinho, tinha sido bom de bola. O nome? Pelé. O resto da históriaé bobagem repetir. Está nos livros, lendas e filmes.

Bellini, em 1958, ainda foi supersupercampeão pelo Vasco, der-rotando, em dois triangulares, o Botafogo de Garrincha, Didi e Nil-ton Santos, e o Flamengo de Dequinha, Moacir, Dida e Joel.

Quatro anos depois, Aimoré Moreira, técnico substituto deFeola, tomou-lhe a faixa de capitão entregue a Mauro Ramos deOliveira. Bellini foi bicampeão. Na reserva, chorando mas foi. Em1966, veteraníssimo, estava no fracasso da Copa da Inglaterra,Brasil eliminado na primeira fase, flme cujo remake é cada vez maisprovável em 2014.

Bellini, o Hideraldo, conquistou oito títulos pela seleção brasileiraentre 1957 e 1962. Pelo Vasco, ergueu 10 taças, uma delas a famosaTeresa-Herrera da Espanha, batendo a constelação do Real Madridde Di Stéfano, Puskas, Gento e Canário.

Bellini é o grande zaguero do Vasco desde que o Vasco é Vasco.Nunca contou gordos maços de dinheiro. Nem recebeu adjetivosmirabolantes. Sua história é muito mais bela que a de Dedé.

Dedé é padrão Madureira, Bonsucesso ou São Cristóvão nos bonstempos, festejado nas eras superlotadas de pernas-de-pau e suces-so na mediocridade absoluta. Vendido( o negócio ainda depende deautorização da Fazenda Nacional) por 14 milhões de reais aoCruzeiro, grana que Bellini só conhece de ler ou de ouvir falar, Dedéé Mito de Mídia. Bellini é de verdade.

TUDO BEM, MAS SERIA MUITO

O América está agindocerto ao pregar respeito contrao Ji-Paraná, jogo em casa, quin-ta-feira pela Copa do Brasil. Oadversário perdeu cincoseguidas no Campeonato deRondônia e é o lanterna. OAmérica vai estar completo. Éexagero demais tanto cuidado.

BOMBINHADado como reforço, Elionar

Bombinha já faz tempo que estáencostado no ABC e, mesmo àmeia-boca, estaria colaboran-do com o clube neste sufocofinal de Estadual. Mas não deupara inscrevê-lo. Bombinhadeve ficar para a Série B.

XUXAO Paysandu quer contratar

Júnior Xuxa do ABC. Xuxaquer sair do ABC. Que una-seo útil ao agradável. Do atualelenco, Hamilton, somente ele,é indispensável. Thiaguinho,Lino, Renato sem estar machu-cado e Alexandre compõembem o elenco. Uns oito reforços,bons. Reavaliar o técnico, tam-bém.

FUTEBOL E MASSACRENada de desculpas. O

Barcelona tomou um vareio de

bola do Bayern de Munique.De Robben, Thomas Muller eSchweinsteiger. Tinha caixapara uma goleada maior. Muitoboa partida do zagueirobrasileiro cabeludo, o tal doDante.

DESCULPINHAS, NÃOA derrota não arranca um

milímetro do prestígio de Li-onel Messi. Nada de conversade que estava machucado. Sejogou, foi porque podia. Jorna-da de coadjuvante comum.

HÁ 50 ANOSBrasil tomava sua primeira

goleada na Europa, vergonha queprovocou manchetes garrafais.Pelé escapou. Não jogou e foi5x1 para a Bélgica no EstádioHeysel em Antuérpia com 46.909pagantes. O ponta Stockam feztrês gols e foi o melhor emcampo. Vanh Himst e Altair(con-tra) fizeram os outros dos belgase Quarentinha descontou.,

TIMEO Brasil de Aimoré Mor-

eira não era nenhum timeco:Gilmar; Djalma Santos, Mauro,Cláurdio e Altair; Zito eMengálvio; Dirval, Quareninha,Amarildo e Zagallo; NiltonSantos, Didi, Garrincha e Pelé,desfalques insubstituíveis.

Fotos: Divulgação

DANIELA PACHECO

EDITORA DE CULTURA

O jornalista e colunista socialToinho Silveira comemora de umasó vez seus 37 anos de atividadesrelacionadas ao mundo das infor-mações e nova idade, com umafesta marcada para o próximo dia26, a partir das 22h no VersaillesRecepções (Cidade Jardim).

Mas, a comemoração começanesta quarta-feira (24) com a 10°edição do Troféu Cultura queacontece na Assembleia Legislati-va, às 19h30. “O meu intuito éaplaudir o talento do artista poti-guar e proporcionar uma noite emque eles poderão pisar no tapetevermelho. Porque eu acho que acultura potiguar tem que ter ummelhor tratamento”, disse Toinhoem entrevista para O JORNALDE HOJE.

E, para fechar com chave deouro a semana, neste sábado (27)e domingo (28) na Praça das Flo-res o jornalista promove a Feira deArte e Antiguidades de Petrópolis.Ele destaca que, “o público poti-guar pode esperar desses eventoso que sempre fiz em todas as mi-nhas produções onde sempre pri-mei pela alegria, requinte e char-me. Aliás, como em tudo que façona minha vida”.

Com currículo repleto de pro-duções das mais diversas formas,

mas, sempre primando pelo ladoalegre dos momentos festivos,Toinho Silveira escolheu comotema de sua festa deste ano relem-brar o movimento em torno dosgrandes espaços noturnos da cida-de, que divertiram e encantaramjovens e adultos, em meados dosanos 80 e 90, intitulando a produ-ção de "Natal by Night".

O agito potiguar no períodoescolhido por Toinho Silveira, gi-rava em torno das boates FlashClub, Apple, Royal Salute, Cha-plin, Pool, Liberté, Club Sett e Li-verpool. E, aproveita a ocasiãopara homenagear alguns protago-nistas destes espaços, tais comoJosé Raimundo, Franklin Delano,Washington Dantas, Ricardo Be-zerra, os irmãos Carlos Alberto eCarlos Augusto Medeiros, LuizCouto, Solon Silvestre, Bruno

Giovanni, Paulo César Gallindo,Luciane Benfica, Vanessa Gurgel,Sérgio Coxinha, Alexandre Maia,Dickson Medeiros, José Ivan, Ân-gelo Varela, Ronaldo Lopes, Taw-fic e Flávio Leandro, entre outros.

Uma das atrações da noiteserá o blogueiro e DJ Bruno Gio-vanni que também será um doshomenageados da noite por tersido promoter da Pool, Royal Sa-lute, Hooters e Liverpool. “Quan-do fui promoter no Hooters cria-mos a cultura de festas nas quin-tas-feiras com o Hooters in Reg-gae. Ainda fui arrendatário doPortal das Dunas durante 2 anos esócio da Boate Pool”.

Bruno conta ainda que notadiferenças na noite natalense dosanos 80 e 90 para os dias de hoje.“São muitas, hoje a noite é marca-da pela aceleração, muita bebida,

batidas eletrônicas em ritmos ace-leradíssimos com pouca voz euma maior produção de som, luz edecoração. Nos Anos 80 e 90 asmúsicas eletrônicas tinha vocaisem quase toda extensão. Paramim, as músicas eram mais char-mosas e as noites mais boêmias”.

Já outra promoter que se des-tacou naquela época, hoje empre-sária do ramo do turismo, VanessaGurgel que também será homena-geada na festa do colunista e quede forma saudosista conta que, “asfestas daquele tempo eram bemmelhores. Era um ponto de encon-tro com a cidade inteira. Hoje emdia não tem mais aquelas festasinesquecíveis, como por exemplo,a Festa do Sinal”.

A jornalista e colunista socialHilneth Correia explica que essamudança na noite natalense, “co-

meça pelo envelhecimento preco-ce de muitos dos personagens dacena natalense. A cidade cresceu ocenário passou por mudançascomo os grandes shows das ban-das baianas, os espaços noturnosforam minguando, perdendo ocharme... A violência e a intran-quilidade! Os tempos de bons por-res foram substituídos pelas dro-gas em grande parte das raves. E,olha que eu passei por todas asfases: os "assustados", as matinêsdos clubes ABC e América...Acompanhei as primeiras boates,fui a 1ª Públic Relation da Night ,na inauguração do Club Sete. Vivie promovi muitas festas em todaselas”.

“Para mim é uma honra rece-ber esta homenagem de ToinhoSilveira, jornalista respeitado emtoda a nossa sociedade e ao

mesmo tempo um reconhecimentopelo trabalho que venho desenvol-vendo desde os anos 80 até osdias de hoje. Parabéns a ToinhoSilveira pela iniciativa, pelo seuaniversário e pelos 37 anos de jor-nalismo”, declarou outro homena-geado da noite o DJ Luis Coutoque começou sua carreira na boateApple.

Luis Couto relembra que,“Trabalhei na Apple que era umadas boates que faziam a diferençana noite dessa cidade. Hoje prati-camente não existem boates emNatal. Mas, lembro que era muitogratificante tocar num lugar ondetoda a cidade se reunia para se di-vertir ao som do rock brasileiro daLegião Urbana, Paralamas, Titãs,RPM, Barão/Cazuza, Engenheirosdo Hawaí, e o Rock Internacionaldo R.E.M., A-Ha, The Cure, U2,Queen, Pet Shop Boys e aindaMichael Jackson, Madonna entretantos outros que marcaram eainda marcam até hoje, pois comoDJ ainda toco esse som nos even-tos que faço”.

A festa Natal by Night vai seranimada pelos DJs Solon Silves-tre, Luís Couto e Bruno Giovanni,com os passaportes sendo vendi-dos na loja Guilhermina, bancaCidade do Sol, Douce France,Ótica Diniz Prime e AntiquárioÉpoca. O traje é esporte fino e aordem é ser feliz.

Quarta-feira O Jornal de HOJE 17Natal, 24 de abril de 2013Cultura

DANIELA PACHECO - [email protected]

Cultura HOJEcom Dani Pacheco

FORTEQuando se tem dinheiro, isto é, muito dinheiro ouvindo a conversa a

história muda... E, o Governo do Estado decidiu não abrir mão do entãoabandonado Forte dos Reis Magos. Hoje convocou a imprensa local paradizer que em reunião com a ministra da cultura Marta Suplicy, a gover-nadora disse que estranhou o noticiário sobre a transferência da gestãoexclusivamente para o IPHAN, destacando que não houve comunicaçãoprévia ao Governo. Diante de tal saia justa a ministra e a presidenta doIPHAN admitiram que o noticiário foi ‘mal conduzido’ pela imprensa,gerando polêmica desnecessária. Segundo a governadora Rosalba Ciar-lini, "o Ministério e o IPHAN deixaram claro que o processo não é deexclusão, mas, sim, de cooperação e de gestão compartilhada".

R$ 8 MILHÕES é a quantia que se escuta nesta história... Segundoa assessoria de imprensa do Governo do Estado, a ministra Marta Suplicyconfirmou a liberação, em 30 dias, de R$ 8 milhões do PAC das CidadesHistóricas para obras de reforma na Fortaleza dos Reis Magos. Os recur-sos sairão antes mesmo da emenda parlamentar que destina R$ 19,7 mi-lhões Orçamento Federal aos museus do Rio Grande do Norte.

JUSTIFICATIVASegundo o Governo do Estado, essa antecipação já garante a restau-

ração do Forte para a Copa do Mundo de 2014. E, no que diz respeito àpolítica cultural?

COMISSÃOSegundo foi informado é que uma comissão vai ser criada e coorde-

nada pela Secretaria Estadual de Cultura, com a participação de váriasinstituições culturais e do Ministério Público, e que vai coordenar o pro-jeto de restauração e modernização da Fortaleza dos Reis Magos. Se-gundo a secretária de Cultura, Isaura Rosado, "caberá à comissão propor,encaminhar e acompanhar todas as ações referentes à execução do pro-jeto, de forma democrática e transparente, com a participação do poderpúblico e da sociedade".

A comissão terá representantes da Fundação José Augusto, Ministé-rio Público (promotor João Batista Machado Barbosa), Academia Norte-Riograndense de Letras (Diógenes da Cunha Lima) e Conselho Estadualde Cultura (Iaperi Araújo). Também foram convidados a participar oIPHAN/RN, a Fundação Capitania das Artes (Prefeitura do Natal) e o Pa-trimônio da União.

UMA PERGUNTA...Também foram convidados a participar? Bem, como até agora não

tinha acontecido nenhuma polêmica em relação a esse assunto. Pelomenos na imprensa local. E, diante da polêmica que foi levantado agorapelo Governo do RN, não custa nada perguntar... Como será essa gestãocompartilhada? Porque segundo declarações no começo do mês de Oné-simo Santos, superintendente do escritório local do Iphan, o Governo doRN não teria mais nenhuma participação na administração do Forte.

SÓ PARA LEMBRAR...Em setembro do ano passado, documentos encontrados duran-

te uma inspeção de rotina na Fortaleza revelaram que os documen-tos de cessão entre Patrimônio da União e Governo do Estado es-tavam vencidos desde 1975, ou há 37 anos.

RESTAURAÇÃONa realidade, o que se quer é menos conversa e publicidade de

ações que ainda não foram feitas como virou mania dos gestores pú-blicos por aqui. E, sim que seja realizada uma restauração de formalícita e séria. O Forte do Reis Magos é uma ferramenta cultural im-portante da cidade. E, principalmente, você leitor contribuinte fis-calize, participe e acompanhe todo esse processo.

A ARTE DE ESCUTAREste assunto não termina por aqui... O que mais se comentou

no dia de hoje sobre essa história de gestão compartilhada em rela-ção a tal reforma do Forte é como será que a Governadora RosalbaCiarline vai convencer ou estimular a sua cunhada a então Secretá-ria Extraordinária de Cultura Isaura Rosado a arte de escutar?

E, POR FALAR...Em reforma... Além do Forte dos Rei Magos, quando começa a

restauração dos Museus? Vai sair a tão sonhada revitalização doCentro Histórico de Natal? Vai ter dinheiro antecipado também?Como anda a tão demorada reforma da Cidade da Criança que jádura quase quatro anos? O investimento nesta reforma vai ser mesmode R$ 10 milhões?

NATAL BY NIGHTJORNALISTA TOINHO SILVEIRA COMEMORA SEU ANIVERSÁRIO COM

FESTA, PRÊMIO CULTURAL E FEIRA DE ARTES E ANTIGUIDADES

Quarta-feira18 O Jornal de HOJE Natal, 24 de abril de 2013

Cultura

Canal 1 BATE-REBATE

POR FLÁVIO RICCO - Colaboração: José Carlos Nery

Leão 22/07 a 22/08Nada de mesmice hoje!Aposte firme em uma mudan-

ça de ares, colocando um pouco maisde arte e bom gosto em seu dia. Vocêpoderá ter boas horas ao lado de filhos,ou de pessoas próximas deles.

Virgem 23/08 a 22/09O bom contato é que lhe garan-tirá a segurança necessária

para acertar todos os alvos na profissãohoje. Mostre sua capacidade técnica epericia ao lidar com linguagens diversas.Investimentos positivos, pois você estávendo claramente para onde tem de ir.

Libra 23/09 a 22/10Hoje a Lua transita por seusigno, sinalizando sensibilidade

a mais. Um ótimo contato com Júpiter,pela manhã, configura paz, confiança emsi mesma e fé no futuro. Aproveite oembalo para buscar a beleza, a arte etraze-la até sua intimidade.

Escorpião 23/10 a 21/11Recolhimento é dica espertapra você se sentir bem hoje!

Um toque de generosidade pra quemprecisa, um pouco de meditação ecomo sempre o respeito a suas intui-ções são essenciais. Algo vem depresente, por méritos passados, fiqueligado e agradeça.

Áries 21/03 a 20/04Um ótimo dia pra escutar seusqueridos e levar super a sério o

que eles estão querendo dizer há tempos!Mais sensível a suas reivindicações, tam-bém você estará pronto a apostar todas asfichas na paz geral.

Touro 21/04 a 20/05Dia de equilibrar as finan-ças contando com um tra-

balho inesperado. Astral perfeito prainvestir um pouco também em equi-pamentos ou utensílios que expan-dam seus talentos e dons.Multiplicação de interesses.

Gêmeos 21/05 a 20/06Hoje você conseguirá dissemi-nar um pouco de sua fé para

seus filhos, dando aquele toque de espe-rança também ao seu amor. Exercite acaridade com quem depende de sua boavontade. Bons ventos levam adiante seusprojetos pessoais. Criatividade.

Câncer 21/06 a 21/07Ligações fortes com a famí-lia, canceriano! Que tal ajeitar

um cantinho bonito e gostoso em casae reunir o pessoal para um momentode união? Senso estético pronunciadotambém ajuda a tornar mais bonitassuas relações intimas. Inspiração eintuição maiores.

Sagitário 21/11 a 21/12O lado divertido e positivo do diafica por conta do contato com

amigos queridos, da troca energética como pessoal do clube, do grupo a que per-tence etc. A arte pode ser um passaportepara um contentamento maior.

Capricórnio 22/12 a 21/01Mesmo sendo um férreo com-batente, dono de uma disciplina

pra ninguém botar defeito, hoje é dia de sor-rir, de compartilhar e de somar esforçoscom outras pessoas. Um trabalho tomarumos maiores do que imaginava.Empolgação vem dai.

Aquário 21/01 a 19/02Conexões fortes com mes-tres espirituais, inspiração,

sonhos claros, fé; você tem rumo edeve segui-lo. Viagens e relaçõescom estrangeiros ou publicações sãotemas que animam e o levam maislonge.

Peixes 20/02 a 20/03Assuntos ligados a heran-ças, bens imóveis, patrimô-

nio de pais e familiares são os temasque ganham destaque hoje e bempositivo! Noticias boas levantam seuastral e representam melhorias queestão chegando em seu estilo devida. Persista.

HORÓSCOPO

UM PORTO SEGURO - (12Anos)MOVIECOM 2 – Hora:14:50 /17:10 / 19:30

MAMA - (14 Anos)MOVIECOM 2 – Hora:21:50

O ACORDO - (14 Anos)MOVIECOM 4 – Hora:14:10 /16:30 / 18:50 / 21:10

VAI QUE DÁ CERTO - (12 Anos)MOVIECOM 5 – Hora:14:50 /

19:20

INVASÃO A CASA BRANCA -(16 Anos)MOVIECOM 5 – Hora:16:50 /21:20

OS CROODS - (Livre)MOVIECOM 6 – Hora:14:40 /19:25MOVIECOM 7 – Hora:14:20GI JOE-RETALIAÇÃO - (12Anos)

MOVIECOM 6 – Hora:17:00 /

21:40

OBLIVION - (12 Anos)

MOVIECOM 7 - Hora:16:30 /

19:00 / 21:30

OBS: A aprogramação pode ser

alterada sem prévio aviso. Favor

consultar o cinema para confir-

mar o filme do adia.

CINEMA

TV - TUDO>>

Tiririca temuma situaçãoinsustentável

na RecordO manifestado desejo da maioria, hoje,na Record, é ver o Tiririca pelas costas.Poucos, conforme se relata, aindasuportam a sua presença.A situação é bem desagradável e, deacordo com as mesmas fontes, se tor-nou insustentável a partir do momentoem que foi decidida a sua participaçãono “Programa da Tarde”, como convi-dado especial, às segundas-feiras.Todos, lá dentro, já se pegaram com elee grande parte do pessoal se mostradeclaradamente contrária a sua perma-nência. Foi, segundo dizem, indelicadocom Ana Hickmann, Ticiane Pinheiro,Roberto Justus e até mesmo integran-tes da produção. Apenas o Britto Junior,no jogo de cintura, consegue escapar demomentos mais embaraçosos.Há o entendimento que, fazendo usodo seu personagem, Tiririca fala o quequer e acaba atingindo, propositada-mente, as pessoas com brincadeirasde mau gosto. O caso já está nas mãosda alta direção da Record.

ESPECIAL DE ANIVERSÁRIOGugu Liberato é o convidado especial de Marcos Mion, sábado, dia 27, na edição de terceiro aniversário do “Legendários”. Gugu encara todas

no programa, inclusive o Lek Lek.

Cré

dito

Ed

u M

ora

es

w CHAMADO ASE MANIFESTAR - 1Tiririca, por sua vez, nega qual-quer atrito com o pessoal do pro-grama. Diz que nunca se estres-sou com ninguém e que da partedele está tudo na mais perfeitaordem.Obedece e faz tudo que é solici-tado.

w CHAMADO ASE MANIFESTAR - 2Diz ainda o Tiririca que temprocurado manter a disciplinae nunca fugir das suas obriga-ções. Apenas irá faltar ao pro-grama da próxima segunda-feira, porque terá atividade naCâmara Federal.E completa, dizendo que já ini-ciou entendimentos com o dire-tor Mafran Dutra, para renovar oseu contrato na metade do ano.

w Neto recebeu o título de cida-dão paulistano, na segunda, e co-memorou: “agora sou um legíti-mo caipira da cidade grande”.w Supla será o entrevistado do“De Frente com Gabi”, nestaquarta, no SBT.w A partir desta quarta, o “Hoje”,da Globo, apresenta uma série de3 reportagens sobre o contraban-do no sul do país.w O repórter Wilson Kirsche, daafiliada RPC, acompanhou du-rante 10 dias a operação da Re-

ceita Federal na fronteira do país.w Com imagens noturna, aérease o acompanhamento do traba-lho, as matérias mostram como oscontrabandistas agem nas rotasclandestinas.w A reportagem também acom-panha os desafios da Receita Fe-deral para prender os contraban-distas.w O “Top Five”, do “CQC”, quesempre foi requentado e editadode véspera, depois de alguns dis-sabores, acabou se corrigindo.

C´EST FINISempre alvo de preocupação na Bandeirantes, devido aos índices de

audiência, o “Primeiro Jornal” começa a apresentar reação, após al-

gumas mexidas, e poderá ter em abril um de seus melhores meses.

Pelo menos já não fica tão no traço.

Tem colaborado para esse “sinal de vida” a participação de correspon-

dentes e comentaristas esportivos da casa, links e a redução nos co-

mentários.

De qualquer forma, o informativo aguarda apenas a chegada do novo

cenário para oficializar as demais mudanças.

Ficamos assim. Mas amanhã tem mais. Tchau!

w NÃO ESTÁ ERRADO?Na volta de uma matéria da Gra-ziela Azevedo, que encerrou o“Jornal Nacional” da segunda-feira, Patrícia Poeta disse que aexposição do chinês Cai Guo-Qiang “depois de São Paulo iriapara o Rio”. Mas, como assim? O“JN” não é transmitido do Rio?

w CUIDADO COM ISSOA Globo, neste seu descobrimen-to de São Paulo e no que diz res-peito às externas de “SangueBom” e “Amor à Vida”, próximasdas 7 e 9, mandou redobrar aten-ção especialmente nos stock shotsda cidade.A ordem é fazer tudo diferenteuma da outra.

w SE NÃO BASTASSE...E não fosse apenas “Sangue Bom”e “Amor à Vida”, a Record tam-bém tem “Dona Xepa” ambien-tada em São Paulo.Por maior que seja a cidade, vaiser um pouco complicado, paratodas elas, fugir de algumas refe-rências.

w IVETE EM TEMPO INTEGRALA participação de Ivete Sangalono filme “Super Crô”, será peque-na, como a mãe do protagonistaMarcelo Serrado. Mas o autorAguinaldo Silva, convencido dopeso da artista, decidiu inventaruma situação que permitirá a sua“presença” quase o tempo todo.Isto, através de uma estatua daIvete no cenário da casa do Crô.

w PLANO BEstá difícil apostar em algumabreve solução no caso Adriane Ga-listeu – Band. O que se informaagora é que o “Quem quer casarcom meu filho?”, o seu novo pro-grama, foi reduzido para 11 episó-dios. E que ela só irá gravar as “ca-beças”, em duas datas, em maio,antes de terminar o seu contrato.

w NÃO SAIU DO ARMÁRIOEm “Amor à Vida”, substituta de“Salve Jorge”, Mateus Solano édono de um dos principais papéis,Felix, um gay, que vive casamentode fachada com Edite, Bárbara Paz.

Há uma preocupação na equipe por-que, transcorridas algumas grava-ções, ele ainda não incorporou opersonagem. Está meio travado.

w SAÍDA DA MÔNICAMônica Pimentel, de algum tempo,vinha amadurecendo o desejo dedeixar a Superintendência Artísti-ca da Rede TV!. Depois de con-versar com os dois donos na se-mana passada, ela comunicou asua decisão na manhã de ontemaos demais companheiros. Aindanão há um substituto. Pelos pró-ximos 90 dias, Mônica ainda es-tará disponível para acompanharo processo de transição.

w TAMMY DE SALTO BAIXOTammy Miranda, depois do baru-lho da transformação em “SalveJorge”, entre outras coisas, pas-sou a receber muitos convites paraeventos. Sábado, em Araraquara-SP, foi um deles.O preço cobrado é até discreto, secomparado a outros nomes daGlobo e da mesma novela. Nadaalém de R$ 15 mil.

Pais potiguares que renegaramfilhos, mas que desejam rever a si-tuação, têm um novo caminho jurí-dico para solicitar a reabertura doprocesso. Coordenado pela Correge-doria Nacional de Justiça, em par-ceria com o Foro da Comarca deNatal, o programa Pai Presente serálançado no dia 09 de maio, no Shop-ping Estação, na zona norte da ca-pital, para atender uma demandacrescente pelo cumprimento do di-reito à paternidade, garantido no ar-tigo 226 da Constituição Federal.Casos espontâneos ganharão um au-xílio, no dia do lançamento, atravésde outro programa, este estadual,chamado Pai Responsável, que ar-cará com os custos de exame deDNA. Será instalado um laborató-rio no local.

Para a juíza da 1ª Vara da Famí-lia do Fórum da Zona Sul, FátimaMaria Costa Soares de Lima, a opor-tunidade dos pais reativarem laçoscom os filhos deve ser estimuladapor toda a sociedade. “Ele precisa tero interesse em comparecer de formaespontânea. Caso exista o contradi-tório, haverá um encaminhamentodo Ministério Público e da Defen-

soria Pública para uma posterior in-vestigação. Mas não queremos isso.Se o pai não tem certeza da pater-nidade, ele pode procurar a Justiça

e solicitar o exame, que tem um altocusto e uma demanda grande, masque será custeado pelo Estado”. Aotodo, 50 exames serão feitos no dia

do lançamento do Pai Presente. O exame é feito após a autori-

zação do pai. "Temos um informa-tivo que confirma 19 mil casos de

pais que não assumem seus filhos.Em Natal, o número chega a cincomil. Basta ele querer reconhecer oherdeiro para entrar no Programa.Lembrando que o reconhecimentotambém garante diretos aos filhos,como toda relação de criação", con-firma a juíza Fátima Soares. A assi-natura de um termo de compromis-so, cujo conteúdo ratifica a aceita-ção da paternidade, se for confir-mada após o exame de DNA, é obri-gatória para o complemento do pro-cesso.

"Pode parecer simples, mas nãoé. Tem muita gente que desconfia

da paternidade. E isso impede o en-tendimento. A maioria das mulhe-res procura a Justiça para obrigar oshomens a assumirem os filhos. Nãoé essa a ideia do Pai Presente. Que-remos que crianças e adolescentesrecebam o amor e a atenção dospais verdadeiros de forma espontâ-nea, livre, aberta e sincera. Permi-tir esse reconhecimento tardio é omínimo que pode ser feito para re-cuperar o tempo perdido". A juízaFátima Soares confirma que o pro-grama será efetivado em todo oBrasil através de Tribunais de Jus-tiça e cartórios.

Quarta-feira O Jornal de HOJE 19Natal, 24 de abril de 2013Cidade

O Senac encerrou na última se-gunda-feira (22) as inscrições parao Programa Senac de Gratuidade(PSG), oferecendo um total de 860bolsas de estudos para cursos nosmunicípios de Natal, Mossoró, Par-namirim, Macaíba, Caicó e Assú.

O objetivo do Programa é pro-mover a inclusão social por meio daoferta de vagas gratuitas em cursosde Formação Inicial e Nível Técni-co, para a população mais carentedesses municípios. Os processos se-letivos acontecem mensalmente ea próxima turma iniciará os cursosno mês de maio.

Ao todo, são mais de 40 moda-lidades de cursos nas áreas de co-mércio, turismo e hospitalidade, in-formática, gestão e negócios, saúde,segurança, meio ambiente e ima-gem pessoal. Entre as opções estãoos cursos Técnico em Recursos Hu-manos, Auxiliar Administrativo,Massagista, Promotor de Vendas,Web Designer, Agente de Viagens,Operador de Computador, Manicu-re e Pedicure, dentre outros.

De acordo com o Diretor Regio-nal do Senac/RN, Helder Cavalcan-ti, através do Programa Senac deGratuidade (PSG), a instituição quercapacitar o maior número de pessoasno Estado e com esse propósito,mais vagas serão ofertadas ao longodo ano.

"O Senac lançará mensalmen-te processos seletivos para bolsasde estudo em diversos cursos nosmunicípios onde atua. Aqueles can-didatos que não forem contempla-dos na fase em que se candidatarampoderão se inscrever novamente,pois as vagas serão distribuídas poretapas. Com esta metodologia detrabalho, os interessados não preci-sam esperar vários meses pelo iní-cio da capacitação. Além disso, am-pliamos as oportunidades para queestejam disponíveis em vários pe-ríodos do ano, atendendo às neces-sidades de capacitação da popula-ção norte-rio-grandense", explicaHelder Cavalcanti.

Como o PSG ocorre por etapas,com o término das inscrições, a ins-tituição agora está selecionandoaqueles que se enquadram nos cri-térios definidos pela Política do pro-grama. Segundo os critérios, o can-didato deve possuir renda familiarmensal per capita de até dois salá-rios mínimos, e atender aos requi-sitos exigidos pelo curso escolhi-do, que variam de acordo com cadamodalidade.

O resultado dos candidatos se-lecionados será divulgado no sitewww.rn.senac.br, mas para garan-tir a matrícula, terão que apresen-tar à instituição os comprovantesde renda e dos requisitos do cursoescolhido.

O Programa Senac de Gratuida-de (PSG) foi criado 2009, e desdeentão, cerca de 14.500 pessoas no

Rio Grande do Norte foram capa-citadas por meio da iniciativa. Em2013, entre os meses de março e

abril, cerca de 1.400 novos alunostiveram a oportunidade de iniciarum curso na instituição. Até dezem-

bro, o Programa ofertará um total de7.100 mil bolsas de estudos inte-grais no Rio Grande do Norte.

Para o Diretor Regional doSenac/RN, Helder Cavalcanti, oPSG está contribuindo diretamen-te para o desenvolvimento na eco-nomia, educação e perspectivas dapopulação do Rio Grande do Norte.

"Temos certeza de que, com oPSG, o Sistema Fecomércio RNestá contribuindo diretamente parao desenvolvimento econômico esocial do nosso estado. O Senacentende que investir em capacita-ção significa oferecer novas pers-pectivas de futuro. É ofertar edu-cação profissional de qualidadepara que milhares de pessoas pos-sam planejar seus estudos e ter maischances de se inserir no mercadode trabalho. São oportunidades deeducação que contribuem para arealização de sonhos e que trans-formam vidas", afirma.

Programa Senac de Gratuidade selecionacandidatos para cursos em várias cidades

> CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL

Helder Cavalcanti, do Senac: instituição quer capacitar o maior número de pessoas

Juíza Fátima Maria Costa de Lima diz que esta é uma oportunidade para os pais reativarem laços com os seus filhos

Programa Pai Presente tem objetivo deestimular reconhecimento de paternidadePROJETO DA JUSTIÇA SERÁ LANÇADO NO PRÓXIMO DIA 9 DE MAIO, NO SHOPPING ESTAÇÃO, NA ZONA NORTE DE NATAL

Wellington Rocha

Wellington Rocha

Navio Bandeira Agência Chegada Destino Carga DescargaLagoa Paranaense Brasil W. Sons No Porto - - Em Operação - - Scorpius Brasil W. Sons No Porto - - Em operação - - Marfret Guyane França W. Sons 27/04 Algeciras/ESP Contêineres - -CMA-CGM Aristote U. Kingdom CMA-CGM 04/05 Algeciras/ESP Contêineres - - Marfret Marajó França W. Sons 11/05 Algecira/ESP Contêineres - -CMA-CGM Herodote United King CMA-CGM 18/05 Algeciras/ESP Contêineres - - CMA-CGM Platon United King CMA-CGM 25/05 Algeciras/ESP Contêineres - - Louis Aura Malta BCR 05/12 F. de Noronha(PE) Turismo - -

Lobato Brasil Petrobras No Porto Fortaleza (CE) Água - -

NATAL

TÁBUA DE MARÉS

TERMINAL OCEÂNICO DE UBARANA - GUAMARÉ - RN

TERMINAL SALINEIRO DE AREIA BRANCA - RN

A PROGRAMAÇÃO ÉCHECADA DIARIAMENTE,

PODENDO HAVERANTECIPAÇÃO OU ATRASO

DE ALGUM NAVIO

Movimento dos [email protected] CÉSAR

Dia Hora Altura (M)24 15:39 2.4

21:24 0.125 03:56 2.4

09:45 2.1

FASES DA LUAMinguante (03/04 - 01:36h)

Nova (10/04 - 06:35h)

Crescente (18/04 - 09:31h)

Cheia (25/04 - 16:57h)

TBN Brasil A. Marítima 26/04 Santos(SP) Sal

Divulgado o nome do navio de cruzeiros que virá à Natal em dezembropara fazer Fernando de Noronha, Cabedelo, Recife e Fortaleza

O homenageado hoje é PEDRO SIMÕESNETO, ícone em dignidade, caráter, humildade eagregação familiar. Nasceu em 14 de abril de 1944,no Rio de Janeiro/RJ. Filho de Percílio Alves deOliveira e Esmeralda Lima Simões de Oliveira,sergipanos. Recebeu, entre outros, título de cida-dania de cearamirinense e de natalense. Gradua-do em Direito pela UFRN em 1967. Exerceu a ad-vocacia e o magistério, como professor da UFRN,UnP e Escola de Magistratura. Também ocupouvários cargos públicos.

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PATRIARCA INSUBSTITUÍVELDurante anos, por rebeldia e uma ignorância maior

que a atual, "incompreendida" o meu pai, Pedro Si-mões Neto e, desde sua internação no hospital, até hoje,com ele já "pirilampizado" venho buscando descobrirquem ele foi, não apenas com olhos de amigo e hu-mano, como também, de crítico e o segundo de seunome.

Em toda a sua vida, ele guardou dentro de si a suainfância, o menino de Ceará-Mirim, o "Pedin de dou-tor Percílio". Essa criança era o refúgio para a reali-dade dura que enfrentou diversas vezes, e se revela-va, mesmo nas pequenas alegrias do dia-a-dia, fossenuma música, num dia bonito, nas simples demons-trações de arte, sendo esta arte tudo aquilo feito comsentimento, com ênfase ao amor. Logo, mesmo dis-tante fisicamente da sua cidade amada, Ceará-Mirim,estava sempre em seu coração e em seus pensamen-tos, pela existência desse menino.

Uma das primeiras características, perceptíveis aquem o conhecia, era o seu amor à família. Por muitotempo pesquisou as suas origens, fez a árvore genea-lógica até onde as informações puderam ir, para criaruma identidade cultural. Colocava a família antes dequalquer coisa e um de seus desejos era uma famíliagrande, queria ter dez filhos (teve sete filhos biológi-cos, dois adotados sentimentalmente, e onze netos) eagregar a família, já que ela é dispersa, a maioria noNordeste, porém em outros estados. Acreditava naunião como sinônimo de força.

Ouso dizer que ele não simplesmente lia um texto,ou interpretava uma pintura, ele incorporava os escri-tos e as pinceladas na tela a si e as sentia dentro deseu corpo e espírito, englobando desde o real senti-do da obra ao sentido que o autor quis dar a ela e osentimento em cada verbo ou cor, com isso ele alémde se emocionar, compreendia de uma forma maisampla essas artes e terminava por retirar o melhor decada uma para adicionar ao seu próprio estilo de arte.

Era humilde e caridoso, como deve ser todo es-pírita-cristão. Respeitava e tentava aprender comtodos, em especial com os mais velhos, pela experiên-cia que a maioria detém. Patriota, sempre disposto adiscutir à altura com quem falava mal do Brasil e prin-cipalmente do Nordeste brasileiro, do qual tinha um or-gulho e apego sem igual, tanto às coisas da terra comoas de seu povo. Extremamente estudioso, passava boaparte de seus dias a pesquisar sobre os mais diversos as-suntos para saciar a sua curiosidade. Era uma pessoa deespírito evoluído. Sempre o indagava sobre diversos"amigos" que o trairam de alguma forma sobre o quefazer, mas o que ele fazia, era perdoá-los, de coração.Virtude que nunca tive e creio que muitos não têm.

Sempre teve seu lado místico, às vezes brincava edizia ser um bruxo. Seu contato com a doutrina espíri-ta começou cedo. Tinha um imenso apego a Dr. Bezer-ra de Menezes e como guia espiritual, mas tinha doisoutros guias: o irmão José (nome sugerido pela intui-ção dele) que era um ser "culto, refinado, e fundamen-talista", que o ensinava a parte teórica; e um preto velho,chamado Pai Joaquim, com a "sabedoria retirada daprópria vivência, simples e prático com aparente su-perficialidade, mas tão profundo como as zonas abis-sais oceânicas" que o ensinava a parte prática. Comesses dois guias alinhados na humildade e bondade queapenas os seres evoluídos têm, ele passou a sentir omundo invisível e ver a mágica da vida, por assim dizer,onde tudo está entrelaçado à energia e a Deus.

Em um ano e meio aprendi mais do que durante todaa minha vida.

Deixamos de ter um anjo conosco, para ganhar umsanto perto de Deus.

Foi um patriarca insubstituível. E com certeza, o me-lhor amigo que poderia alguém um dia ter.

PEDRO SIMÕES NETO SEGUNDOFILHO

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RIQUEZA DA ALMAA herança deixada por meu pai foi riqueza da alma:

força de caráter; união familiar e respeito às tradiçõesdos nossos antepassados. - MARCOS FREDERICOCARRERAS SIMÕES - PRIMOGÊNITO

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HOMEM DE FÉ E DE LUTAMeu amado pai, como descrevê-lo? Alegre, brinca-

lhão, às vezes, silencioso e pensativo. Homem de fé ede grande luta; generoso, um enorme coração. Foi ogrande amigo de todos os momentos. Foram 40 anosvivenciando tudo isso, é difícil esquecer, ficará guarda-do em meu coração, para o resto da vida. Agradeço oamor, o carinho e toda a dedicação, que recebi dele du-rante toda a minha vida. Procuro, mas não encontro pa-lavras para expressar todos os sentimentos sobre o meupai - não há espaço. Simplesmente TE AMO! -

MILENA CARRERAS SIMÕES - FILHA

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FORÇA E VIRTUDEPedro Simões, homem que para mim representava

a realização. Se ele achasse que uma coisa tinha funda-mento ou possibilidade, ele não desistia, até encontrarum modo de ver a coisa funcionaria. Para muitos, umsonhador, para a maioria, a representação da força e davirtude. Homem de muito conhecimento cultural e aca-dêmico. Para mim, o melhor amigo que uma pessoa

poderia desejar. Fiel defensor de virtudes e com uma almade um tamanho difícil de dimensionar. Esse é o meu pai- Pedro Simões. Tenho muito orgulho de ser sua filha.BIANCA CARRERAS SIMÕES - FILHA

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“UM HOMEM TAMBÉM CHORA”Lembro-me do meu pai às vezes, reprimindo um

choro; talvez por um certo machismo (que negava), tal-vez pela vergonha de ser julgado frágil. Mas ele elegeucomo sua música favorita "Um homem também chora"de Gonzaguinha. Ou seja, no gosto musical, ele assu-me a condição de ser humano frágil e carente, mas nashoras difíceis, assume a posição de guerreiro, lutador edefensor dos fracos e oprimidos. Ele falava que eu diziacoisas que não se QUER mas que se PRECISA ouvir,às vezes até com indignação. Assim o que você PRE-CISA ouvir de mim é isso: Só tenho a agradecer otempo em que vivi com ele. Obrigada, meu amor maior,obrigada por tudo. Esteja onde estiver, sinta-se parabe-nizado pelos ensinamentos, pelo carinho e pelas pala-vras de consolo. Te amo cada vez mais.

LUCIANA CARRERAS SIMÕES - FILHA

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AMOR POR TODA A ETERNIDADEPedro Simões Neto, meu pai! Homem íntegro, de

uma inteligência extraordinária, honesto, que amavasua família acima de tudo, sempre usando uma veste de"homem durão, sério", mas possuía o mais puro e docecoração. Para mim foi o melhor pai que poderia ter tidona vida. Levarei comigo todos os seus ensinamentos eo seu amor, por toda a minha eternidade.

AMANDA CARRERAS SIMÕES - FILHA

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GUERREIRO MENINOHá poucos adjetivos, para se falar sobre o meu pai.

Companheiro, amigo leal, forte, exemplo, herói (no diaa dia), bandido (nas broncas). O meu guerreiro meni-no. Foi só felicidade a nossa vivência. Hoje é só sau-dade. Te amo muito, meu eterno amigo.

MARIA LOPES RICARDO SIMÕES - FILHA

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PRESENTE DE DEUSAgradeço por ter feito parte da sua vida. Pedro foi

o meu amor, meu amigo, meu companheiro. Ele foi umpresente de Deus. Mostrou-me o que é o amor, a feli-cidade, a amizade, o companheirismo, a lealdade, entreoutras coisas. Obrigada, meu Deus, pelo presente espe-cial, de ter vivido e convivido com esta criatura ilumi-nada, durante os últimos vinte e dois anos da minha vida.Hoje a lembrança e a saudade vão conduzindo a minhavida, com muita conformação.

JAILZA LOPES RICARDO SIMÕES - ESPOSA

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IRMÃO MÚLTIPLOPara mim, meu irmão era múltiplo: irmão, por con-

tingência biológica; amigo, por afinidade pessoal; pai,quando eu precisava de apoio; filho, nos raros momen-tos de fragilidade; mestre, na vivência profissional; mo-

delo e exemplo durante toda a minha vida profissional.Era um sonhador. Sonhou sonhos lindos-possíveis eimpossíveis. Mas, nem diante da impossibilidade, eledeixava de lutar pela sua concretização. Sua mente viviabuscando o novo. Aescrita era a sua arte maior, mas pin-tava, quando triste, cantava, quando alegre e dançava,ao ouvir uma bela música... Deixou, para a família, umariqueza de caráter, de dignidade, de abnegação e demuito amor. Ensinou a todos o culto aos valores pes-soais frente aos valores materiais. Este era o meuirmão...!

JOVENTINA SIMÕES OLIVEIRA - IRMÃ

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AMOR PELA FAMÍLIAPedro Simões era uma pessoa maravilhosa: inteli-

gente, honesto, integro, justo e tinha grande amor pelafamília. Ficamos órfãos daquele que sempre ensinavaa não entregar os pontos e a ter forças para lutar e em-prestar a sua ajuda a quem dela precisasse, e a não su-cumbir diante de dificuldades ou sofrimento. Tenhomuito orgulho em dizer que sou sobrinha de Pedro Si-mões.

ADRIANA CLÁUDIA SIMÕES DE OLIVEIRAP. QUEIROZ - SOBRINHA

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LIÇÕES GENEROSAS DE SABEDORIAEm passado recentíssimo, PEDRO SIMÕES

NETO, PEDRINHO ou PEDRINHO DE DOUTORPERCÍLIO concedeu-me a honra de prefaciar um dosseus livros. Na oportunidade, afirmei: "Mil novecen-tos e sessenta. Na Faculdade de Direito da Ribeira, em1966, deparei-me com a vida acadêmica. Naquelaépoca, formava-se uma geração especialmente talen-tosa e comprometida com a liberdade e a democracia.Lembro-me bem do papel desempenhado por PEDROSIMÕES NETO naqueles dias cinzentos, de crepús-culos incertos e de madrugadas inquietantes, tudo emface dos estertores do estado democrático de direito.PEDRO destacava-se pela inteligência e criatividade,não aceitando declamar aforismas encanecidos, nemcantar loas às velhas máximas, algumas impregnadasde verdades imemorialmente inquestionadas. Ele, ojovem do Ceará Mirim, o menino do DOUTOR PER-CÍLIO, era o novo. Não propriamente um rebelde semcausa. Nunca o arauto sozinho da mudança pela mu-dança. Mas, induvidosamente, alguém em litisconsór-cio com a modernidade, um já contemporâneo dostempos que viriam com a liberdade antevista na esqui-na da história do País. O tempo levou a juventude...Dois mil e dez. Hoje, o jurista anunciado ainda quan-do jovem usa óculos, dialoga com um coração teimo-so, embala os netos e prodigaliza-se em afetos para coma sua numerosa família, aceitando os HOLANDAScomo se SIMÕES fossem." Hoje, PEDRINHO morto,penitencio-me por ter sido tão econômico nos elogiosque registrei em face do intelectual e jurista que elefoi, é e será. Talvez, quem sabe, a grandeza de PEDROseria exibida quando da sua despedida durante um anode sobrevida no leito do hospital. Nesses meses, a dorfísica não lhe retirou a capacidade de ensinar os se-gredos de uma fé sem limites. PEDRO não sucumbiudiante do sofrimento indescritível. Pelo contrário, uni-ficou a família junto ao leito. Doutrinou-a para o fu-turo. Apontou horizontes. Perfilou princípios. Distri-

buiu lições generosas de sabedoria e resignação.Pessoalmente, nas múltiplas visitas que lhe fiz, prin-cipalmente na última, quando já não existiram pa-lavras ditas e ouvidas, dele recebi, no olhar anun-ciador da morte próxima, a certeza de que ele fica-ria para sempre junto aos seus familiares e amigos,renascendo todos os dias na esposa amada, nos setefilhos e tantos netos.

ARMANDO ROBERTO HOLANDA LEITE -AMIGO - IRMÃO

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SONHADOR POR NATUREZAPrimo, padrinho, amigo, conselheiro, solidário,

humanista e também confidente. Esse era o Pedro, so-nhador por natureza, visionário que via virtudes ecompetência em todos que ele amava, chegou até a,me sugerir rabiscar memórias, já atribuindo um títu-lo: "Aventuras e Desventuras de um certo Latin LoverPotiguar". Eu o guardo bem guardado num cantinhoespecial do meu coração.

JOSÉ ALFREDO R. DE AGUIAR FILHO -PRIMO.

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ETERNO PELA RIQUEZA DE CARÁTERHá um pensamento popular que indica a eterni-

dade daqueles de quem não se esquece. Pessoas de-tentoras de fortuna material nem sempre ficam nodomínio público, senão até se acabar o que deixou.Mas os ricos de conhecimento, de bondade, de com-panheirismo, esses dificilmente passarão, pois os des-cendentes passam os seus traços marcantes para aposteridade. Assim foi Pedro Simões Neto. Enquan-to vida tiver e também os meus filhos, ou ainda os in-contáveis alunos que por ele passaram, Pedro Simõesserá apontado como excelente professor, criador deprojetos, fomentador de ideias geniais, executor de pro-gramas arrojados, dirigente eficiente, político amenoe criativo, amigo, divertido, amante da poesia, da mú-sica, das artes.

CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES- AMIGO

>>>RARO TALENTOPedro era um escritor completo, na prosa e na

poesia. Sempre reclamei dele a modéstia de esconderseus versos. Sua desculpa de que a prosa era sua pai-xão não me convencia. Minha reação era no sentidode mostrar-lhe que seus textos corridos, sem métricae rimas ricas, eram tão bonitos como os belos poe-mas dos bons poetas. Seu livro Quando Tudo era Azulé um mergulho proustiano de raro talento. Pena queos deuses que lhe deram tanto, tenham interrompidosua existência no exato momento em que, de dentro

de si, emergiam planos e ideias voltados para engran-decer a cultura do Rio Grande do Norte e nisso ser umdos atores ajudando, como na ode de Horácio, a erguerum monumento mais duradouro do que o bronze. Essarazão, aliada à sua lealdade, personalidade forte e cará-ter exemplar, fez-me eleger Pedro na figura de Heitor,o grande herói troiano e assim entender, ainda que nãoseja mítico, que Pedro não morreu totalmente, como es-creveu o poeta latino.

CIRO JOSÉ TAVARES - AMIGO

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PERSONALIDADE ILUMINADAFalar de Pedro Simões Neto é uma tarefa fácil e tam-

bém difícil. Fácil, devido aos seus múltiplos atributosintelectuais e humanísticos. Uma personalidade evoluí-da e iluminada: sabia ser pai e amigo, seduzia pela in-teligência e pelo fino trato. Suas prosas e poesias refle-tem a pureza de seu pensamento, bem articulado. Suacapacidade de expor oralmente qualquer assunto, deimproviso, nos encantava e encanta. Intencionalmente,uso verbos no passado e no presente. Sua personalida-de afetiva, tolerante e conciliadora, paira em torno dosque tiveram o privilégio de conviver e sorver de sua eru-dição, de se alimentar de sabedoria e humanidade. Pedrovive!

LÉCIO ARRUDA - AMIGO

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PRIVILÉGIO DE SERDestaco com carinho o "Conhecer" Pedro Simões.

Não o Poeta de sensibilidade simples como tudo que ébom; não o Jurista, reconhecido no âmbito de suas atua-ções, tão menos o Homem Público de sua época. O"Conhecer" Pedro Simões esta exatamente linkado no"VER" o ser humano lá na sua essência maior, exerci-tando de forma natural a Fé interior, sentida na humil-dade da resignação, na intimidade da família, na aten-ção do carinho a todos que o tratavam, na fantástica ne-cessidade de ser produtivo ao elaborar seus escritos, naelegância de suportar a dor física sem emitir nenhumaqueixa. Sim, eu conheci Pedro Simões, o conheci no seumomento mais sublime. Sim, eu conheço Pedro Si-mões, porque "Conhecer" Pedro Simões em resumo, éter o privilégio de ser.

ANANIAS RODRIGUES CHAVES FILHO -AMIGO.

>>>REENCONTROPensava, em cada amanhecer, desde a partida de

Pedrinho, que estaria tudo acabado. Ledo engano, reen-contrei-o hoje, robusto, forte, cheio do sol de poesiasexuberantes, ao ler o texto do seu filho Pedrito. Alireencontrei o meu amigo: de palavra leve e bela, desensibilidade franciscana, de sabedoria pronta para qual-quer sabatina. Criei asas e voei até o vale verde. Ali, ondeo sonho ancestral é a fonte de toda a musicalidade per-mitida ao homem, e onde evoquei os nossos passos decrianças, vendo e revendo a nossa imagem espelhadana fonte sagrada do rio Ceará-Mirim. Agora eu sei,Pedro Simões não poderia morrer, seu filho Pedrito estáaqui, ao nosso lado, é o próprio Pedro na dimensãomaior - a vida rediviva!

Agradeço a DEUS. - LÚCIA HELENA PEREIRA- AMIGA DE INFÂNCIA

Érika [email protected]

Cidade Quarta-feira20 O Jornal de HOJE Natal, 24 de abril de 2013

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