FOCA NO RESUMO_LITISCONSORCIO.pdf

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    MARTINA CORREIA

    LITISCONSRCIO Fred. Didier (aula e livro)

    INTRODUO

    - Litisconsrcio a pluralidade de sujeitos em um dos polos do processo (CUMULAO SUBJETIVA

    DE AES).

    - Se os litisconsortes tiverem ADVOGADOS DISTINTOS, seus prazos sero contados EM DOBRO (art.

    191), regra especial que no se aplica ao prazo recursal, quando somente um dos litisconsortes

    houver sucumbido (smula 641 do STF).

    - Litisconsrcio ativo passivo misto.

    - Litisconsrcio inicial superveniente ou ulterior no inicial, o processo j nasce em litisconsrcio.

    O ulterior se forma ao longo do processo.

    - 3 fatos podem gerar litisconsrcio ULTERIOR INTERVENO DE TERCEIRO, CONEXO e

    SUCESSO.

    LITISCONSRCIO UNITRIO E SIMPLES

    - Trata-se de uma distino do litisconsrcio a partir da relao jurdica discutida. No unitrio, a

    deciso de mrito tem de ser a mesma para todos os litisconsortes. Os litisconsortes sero tratados

    de maneira uniforme. No simples, a deciso de mrito pode ser diferente, cada um dos

    litisconsortes tratado como parte autnoma. Basta poder ser diferente que j torna o litisconsrcio

    simples.

    - Como identificar se simples ou unitrio? Didier tem um mtodo, voc tem que se fazer 2

    perguntas, na ordem:

    1) Os litisconsortes esto discutindo quantas relaes jurdicas? Se a sua resposta for

    qualquer nmero maior que 1, o litisconsrcio simples. Se a resposta for 1 relao jurdica,

    pode ser unitrio ou simples (responder a prxima pergunta).

    2) Essa nica relao jurdica divisvel ou indivisvel? Se a resposta for indivisvel, o

    litisconsrcio unitrio. Se for divisvel, o litisconsrcio simples.

    - 6 situaes tpicas:

    1) Litisconsrcio formado por condminos que vo juzo defender o condomnio UNITRIO. O

    bem de todos, a soluo tem que ser a mesma pra todos.

    Dica 1: no litisconsrcio unitrio sempre h COLEGITIMAO. Se 2 pessoas esto discutindo a

    mesma relao, porque so colegitimados.

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    2) MP em litisconsrcio com uma criana em ao de alimentos UNITRIO. Uma relao jurdica

    sendo discutida. S tem um credor, no tem como dividir, indivisvel.

    - Dica 2: Legitimado ORDINRIO + EXTRAORDINRIO UNITRIO.

    3) MPE e MPF em litisconsrcio numa ACP para impedir uma poluio UNITRIO. impossvel

    dividir: empresa, pare de poluir para o MPE, pode continuar poluindo para o MPF.

    - Dica 3: 2 legitimados EXTRAORDINRIOS UNITRIO. Outro exemplo: 2 cidados propondo uma

    ACP.

    4) 5 pessoas que se afirmam titulares de conta de poupana vo a juzo pedir o reajuste de suas

    contas por conta dos planos econmicos SIMPLES. Quantas relaes jurdicas esto sendo

    discutidas? No mnimo 5, porque se um sujeito tiver 10 contas de poupana, cada conta uma

    relao jurdica (cada vnculo com o banco um vnculo jurdico diferente). Mas a deciso no tem

    que ser a mesma pra todas? No. Um deles pode entrar num acordo com o banco. Outro pode ter o

    crdito prescrito. Outro pode ter um crdito pra compensar. H tantas relaes jurdicas quantos

    sejam os litisconsortes.

    - Dica 4: todo litisconsrcio por AFINIDADE SIMPLES. Outros exemplos: servidores que querem o

    mesmo reajuste, contribuintes no querem pagar determinado tributo, consumidores no querem

    pagar taxa de assinatura de telefonia. So relaes parecidas, mas diversas.

    5) Um credor prope uma ao contra 2 devedores solidrios DEPENDE. Quantas relaes esto

    sendo discutidas? Uma. Esta nica relao jurdica divisvel ou indivisvel? Depende! a que t a

    pegadinha. Ex.: obrigao de entregar dinheiro uma obrigao divisvel, mas de entregar coisa

    diferente de dinheiro, indivisvel.

    - Dica 5: o litisconsrcio que se forma em razo da solidariedade pode ser unitrio ou simples,

    depende da divisibilidade da obrigao solidria.

    6) Um terceiro entra com uma ao contra duas pessoas contratantes para anular o contrato em

    razo da simulao UNITRIO. O juiz no pode anular o contrato s pra uma pessoa.

    - Dica 6: se a ao constitutiva e tem litisconsrcio, chute que unitrio. uma dica mstica.

    2 colegitimados Unitrio

    Legitimado ordinrio + extraordinrio Unitrio

    2 legitimados extraordinrios Unitrio

    Afinidade Simples

    Solidariedade depende da divisibilidade da obrigao

    REGIME DE TRATAMENTO DOS LITISCONSORTES

    - Condutas determinantes uma conduta determinante quando a parte que a pratica se coloca

    em uma situao desfavorvel. Ex: no recorrer, no contestar, confessar, renunciar, desistir.

    - Condutas alternativas a conduta que a parte toma para melhorar a sua situao. Ex: recorrer,

    contestar, fazer prova, alegar, impugnar.

    - Regra 1: CONDUTA DETERMINANTE DE UM LITISCONSORTE NO PREJUDICA O OUTRO, NEM NO

    UNITRIO, NEM NO SIMPLES. Se o litisconsrcio simples, a conduta determinante prejudica o

    litisconsorte que a praticou, mas no prejudica o outro. Se o litisconsrcio for unitrio, a conduta no

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    prejudica nem o litisconsorte que a praticou. Por que? Se unitrio, ou todos tomam aquela

    conduta, ou incuo que apenas um tome. De nada adianta um s confessar, aquilo no vale pros

    outros, no vale pra ningum porque a deciso tem que ser a mesma.

    - Regra 2: NO LITISCONSRCIO UNITRIO, A CONDUTA ALTERNATIVA DE UM BENEFICIA O OUTRO.

    Se um recorre, recorre pra todo mundo. Se contesta, contesta pra todo mundo. Ex: o art. 509 amplia

    a eficcia subjetiva do recurso interposto por um litisconsorte para beneficiar os outros.

    - Regra 3: NO LITISCONSRCIO SIMPLES, A CONDUTA ALTERNATIVA DE UM NO BENEFICIA O

    OUTRO. Art. 48: salvo disposio em contrrio, os litisconsortes sero considerados, em suas

    relaes com a parte adversa, como litigantes distintos; os atos e as omisses de um no

    prejudicaro nem beneficiaro os outros (o art. 48 perfeito para o litisconsrcio simples, para o

    unitrio nem tanto, porque o ato de um beneficia o outro).

    - Excees: PROVA (a prova produzida por um pode ser aproveitada pelo outro) e REVELIA (a

    contestao de um elide as consequncias da revelia do outro litisconsorte).

    LITISCONSRCIO NECESSRIO E FACULTATIVO

    - necessrio quando a sua formao for obrigatria (legitimao ad causam conjunta ou

    complexa). facultativo quando a sua formao for opcional. O problema no saber os conceitos,

    difcil saber quando necessrio.

    - Art. 47: o litisconsrcio NECESSRIO quando for UNITRIO ou por PREVISO LEGAL. Temos,

    ento, 2 espcies de litisconsrcio necessrio: unitrio (1) e o por expressa previso legal (2).

    - Se o legislador diz que basta ser unitrio para ser necessrio, e alm disso ser necessrio tambm

    quando previr expressamente, o necessrio por fora de lei unitrio ou simples? Simples, por uma

    operao lgica. Se ele for unitrio, o legislador no vai repetir a regra geral. Se unitrio, j

    necessrio. Dica importante: o litisconsrcio necessrio por fora de lei tende a ser um

    litisconsrcio simples. Todos os exemplos dados so de litisconsrcio simples. claro que o

    legislador pode prever um litisconsrcio necessrio expressamente sendo unitrio. Ele pode cometer

    esse exagero, essa atecnia, mas raro (a tal ponto que, neste momento, no convm pensar nessa

    possibilidade). preciso aprender que nem todo litisconsrcio necessrio unitrio, existe

    necessrio simples (necessrio por fora de lei).

    - Pelo CPC, todo unitrio necessrio, o problema que existe litisconsrcio unitrio facultativo. O

    unitrio no uma espcie do necessrio, porque existe o unitrio facultativo. MP e criana so

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    obrigados a ir a juzo juntos? No. O MP pode ir sozinho, a criana pode ir sozinha e os dois podem ir

    juntos. Os 2 MPs em litisconsrcio, facultativo tambm. Cada condmino pode demandar sozinho.

    - Como, ento, descobrir quando o litisconsrcio unitrio e facultativo? Premissa: no existe

    litisconsrcio necessrio ativo. No h por 2 razes: ningum pode estar condicionado a ir a juzo

    com outra pessoa e ningum pode ser obrigado a ir a juzo. Isso seria uma ofensa ao direito de ao.

    Se no existe necessrio ativo, todo litisconsrcio unitrio ativo vai ser facultativo. Se o

    litisconsrcio unitrio for passivo, ele necessrio? Essa regra. Da o exemplo 6 visto, um

    exemplo de litisconsrcio unitrio passivo necessrio. Pode ter, excepcionalmente, um passivo

    unitrio facultativo. to excepcional que no se deve levar em considerao Didier vai avisar

    quando aparecer um litisconsrcio unitrio passivo necessrio.

    - Trabalhar com as duas regras elementares: unitrio ativo facultativo, sem exceo; unitrio

    passivo necessrio, como regra. Todas as combinaes so possveis, s o necessrio ativo que no

    existe.

    - Assertiva do CESPE: uma ao de anulao de casamento proposta pelo MP um litisconsrcio

    necessrio unitrio, pois marido e mulher formam um litisconsrcio necessrio, e, se a sentena

    julgar procedente o pedido, o casamento ser nulo para ambos.

    - O litisconsrcio formado por titulares de DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGNEOS SIMPLES.

    - Assertiva correta de concurso: o MP ajuizou ao rescisria a fim de desconstituir sentena

    transitada em julgado, ao argumento de que teria havido coluso entre ambas as partes do processo

    originrio no intuito de fraudar a lei. Diante disso, requereu na petio inicial a citao tanto da parte

    autora quanto da parte r do processo originrio. H litisconsrcio passivo necessrio unitrio.

    - Exemplos de litisconsrcio necessrio simples: ao de usucapio, ao de demarcao de terras,

    ao entre os cnjuges.

    - Nelson Nery defende a existncia de litisconsrcio necessrio ativo nos casos de cotitulares de

    direito indivisvel. Ele defende que os titulares devem demandar necessariamente em litisconsrcio.

    A e B (cotitulares de um direito indivisvel) tem de demandar contra C, contudo, se B no quiser ir, A

    pode ir sozinho. Ambos tm que ser litisconsortes ativos, mas se um no quiser ir, o outro pode ir

    sozinho. A pode ir sozinho contra C e B (aquele que seria litisconsorte ativo necessrio porque no

    quis ir vira ru). A ter de demandar contra C e B. O sujeito que seria autor, vira ru. Didier discorda:

    no tem litisconsrcio necessrio ativo. No h como obrigar que 2 pessoas sejam autores do

    processo. Tanto no h que Nelson Nery chega a essa concluso (A entra contra B e C, logo, o

    litisconsrcio passivo, no ativo). certo que ns temos um problema: o direito dos 2 e s um foi

    a juzo. O que fazer? Dar cincia a B da existncia do processo para que B tome a postura que lhe

    convier. Prestar ateno nisso porque o pensamento de Nelson Nery disseminado.

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    COISA JULGADA E LITISCONSRCIO FACULTATIVO UNITRIO

    - No litisconsrcio unitrio (a deciso tem que ser a mesma para todos) facultativo (pode ser que

    nem todos estejam no processo), a coisa julgada vai atingir o possvel litisconsorte unitrio que no

    participou do processo? H 3 correntes:

    1) A coisa julgada atinge o possvel litisconsorte facultativo unitrio. por isso que se

    defende a intimao desse possvel litisconsorte, porque a coisa julgada vai atingi-lo

    (extenso ultra partes dos efeitos da coisa julgada). A lei no impe essa intimao, a

    doutrina que defende. Concepo majoritria (adotada por Barbosa Moreira e Didier).

    2) A coisa julgada no atinge o possvel litisconsorte, porque ele terceiro. a corrente de

    Eduardo Talamini. Corrente minoritria: se voc disser que no atinge, cada possvel

    litisconsorte que no participou do processo poder formular nova demanda e o ru ser

    demandado x vezes em juzo.

    3) A coisa julgada s atinge para beneficiar. Concepo de Leonardo Greco (minoritria).

    NATUREZA DA SENTENA PROFERIDA CONTRA LITISCONSORTE NECESSRIO NO CITADO

    Litisconsorte necessrio UNITRIO no citado Litisconsorte necessrio SIMPLES no citado

    Sentena INTEGRALMENTE NULA. Sentena VLIDA, PARA O CITADO, E INVLIDA, NA PARTE QUE DIGA RESPEITO AO NO CITADO.

    INTERVENO IUSSU IUDICIS

    - a interveno de um terceiro por determinao do juiz.

    CPC/39 CPC/73

    O juiz tinha o PODER GERAL de trazer ao processo o terceiro que ele reputasse que deveria fazer parte do

    processo.

    O legislador restringiu a interveno iussu iudicis. O juiz s poderia determinar a vinda ao processo de LITISCONSORTE NECESSRIO NO CITADO (OU

    HAVER EXTINO DO PROCESSO).

    - Art. 47, pargrafo nico: o juiz ordenar ao autor que promova a CITAO DE TODOS OS

    LITISCONSORTES NECESSRIOS, dentro do prazo que assinar, sob pena de DECLARAR EXTINTO O

    PROCESSO.

    - Lembrar que o litisconsorte necessrio pode ser unitrio ou simples.

    - Smula 631 do STF: extingue-se o processo de mandado de segurana se o impetrante no

    promove, no prazo assinado, a citao do litisconsorte passivo necessrio.

    - Nos ltimos 40 anos (tempo de vida do CPC), doutrina e jurisprudncia comearam a perceber a

    necessidade de ampliar a interveno iussu iudicis, no sentido de permitir que o juiz trouxesse ao

    processo outras pessoas, como uma forma de bem gerir o processo, evitando questionamentos

    futuros. Defende-se o ingresso de terceiro no s nos casos de litisconsrcio necessrio, mas

    tambm nos casos de litisconsrcio unitrio facultativo, eis que o terceiro ser atingido pela coisa

    julgada em virtude da unitariedade da relao material. Outra hiptese em que a interveno iussu

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    iudicis deveria ser cabvel diz respeito intimao do cnjuge/companheiro em demandas reais

    imobilirias, no polo ativo.

    - Incentivar essa interveno evita decises contraditrias (princpio da igualdade) e prestigia a

    segurana jurdica, a economia processual e o direito fundamental ao contraditrio. Evita que o ru

    se submeta a um processo cujo resultado poder ser impugnado por um terceiro.

    - No processo da CPI dos Bingos (2005), o Min. Celso de Mello valeu-se expressamente da

    interveno iussu iudicis para trazer ao processo os lderes dos partidos governistas.

    AS TRS FIGURAS DO LITISCONSRCIO

    - Essa designao surgiu ao tempo do CPC de 1939. As trs figuras so: litisconsrcio por

    COMUNHO, por CONEXO e por AFINIDADE (intensidade do vnculo). Os litisconsortes se

    litisconsorciam ou porque h uma comunho de interesses, ou porque eles tm interesses conexos

    (ligados entre si), ou interesses afins (no so ligados entre si, mas so parecidos). Ex.:

    litisconsrcio entre credores solidrios em razo da comunho; litisconsrcio entre o MP e o

    incapaz numa ao de alimentos em razo da conexo (interesses diversos, mas ligados de alguma

    maneira); litisconsrcio entre poupadores e o banco em razo da afinidade. O CPC organiza o

    litisconsrcio no art. 46: duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo processo, em conjunto, ativa

    ou passivamente, quando:

    I Entre elas houver comunho de direitos ou de obrigaes relativamente lide;

    II Os direitos ou as obrigaes derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito;

    III Entre as causas houver conexo pelo objeto ou pela causa de pedir;

    IV Ocorrer afinidade de questes por um ponto comum de fato ou de direito.

    - O litisconsrcio por AFINIDADE IMPRPRIO, FACULTATIVO, ATIVO e SIMPLES. No CPC de 39, o

    litisconsrcio por afinidade ativo era recusvel (o ru poderia simplesmente se negar a ser

    processado por pessoas em litisconsrcio por afinidade) e a recusa era imotivada. imprprio

    justamente porque basta o ru recusar para que no se forme. O CPC de 73 eliminou essa

    possibilidade.

    - Entre 73 e 94 houve uma exploso de acesso justia. Passou a existir o problema do litisconsrcio

    imprprio ativo de multido (litisconsrcio multitudinrio) e, por consequncia, a necessidade de

    resgatar o litisconsrcio recusvel e adapt-lo nova realidade.

    - Art. 46, pargrafo nico: o juiz poder LIMITAR O LITISCONSRCIO FACULTATIVO quanto ao

    nmero de litigantes quando este COMPROMETER A RPIDA SOLUO DO LITGIO ou DIFICULTAR

    A DEFESA. Primeiro, tem que ter motivao para desmembrar o litisconsrcio, a recusa no mais

    imotivada como era em 39. Imagine o sujeito ter 15 dias de prazo para se defender contra 500

    autores. Agora, o juiz pode fazer isso ex officio, coisa que no era possvel em 39. Notem que esse

    dispositivo s se aplica ao litisconsrcio por afinidade ativo, no ao litisconsrcio por comunho ou

    conexo.

    - Outra observao: o pedido de limitao INTERROMPE o prazo para resposta, que recomea da

    intimao da deciso. Cuidado com o concurso: eles colocam suspende o prazo de defesa, mas

    interrompe. O juiz decide sobre esse pedido e comea a contar o prazo de defesa de novo.

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    - Normalmente os juzes desmembram o litisconsrcio em grupo de 10, mas isso varivel, depende

    do volume de documentos. Essas aes autnomas voltam pro mesmo juzo, porque se no

    voltassem voc estaria burlando o juiz natural. Para que um juiz no d trabalho pros outros, deve

    voltar pra ele. Isso uma tcnica de gerenciamento do processo.

    AFINIDADE IMPRPRIO, FACULTATIVO, ATIVO e SIMPLES

    CPC de 39: era recusvel (recusa imotivada).

    CPC 73: s quando comprometer a rpida soluo do litgio ou

    dificultar a defesa (litisconsrcio multitudinrio).

    O pedido de limitao INTERROMPE o prazo para resposta.

    INTERVENO LITISCONSORCIAL VOLUNTRIA

    1) Sinnimo de ASSISTNCIA LITISCONSORCIAL. Ver mais a frente.

    2) o LITISCONSRCIO ULTERIOR FACULTATIVO ATIVO SIMPLES (LUFAS). Algum pede para intervir

    no processo para se tornar litisconsorte simples ativo do autor. Simples porque pede para intervir

    formulando um PEDIDO PRPRIO, semelhante ao pedido do autor. Esse fenmeno muito

    difundido na prtica: imagine que seu colega obteve uma liminar que lhe permita fazer o concurso

    para juiz mesmo com 1 ano de formado. Voc, que se formou com ele e tambm quer fazer o

    concurso, entra no processo dele com uma petio e alega que sua situao semelhante dele.

    Voc se torna um litisconsorte ativo ulterior simples. O juiz concede a liminar. Se voc pegar esse

    exemplo e aplicar para outros casos, como contribuintes, beneficirios da previdncia, pessoas que

    esto em situao semelhante (afinidade), voc v que uma prtica corriqueira. A dvida : lcita

    essa prtica? Muitos dizem que ilcita, que seria uma burla ao juiz natural na medida em que o

    sujeito est escolhendo o juiz da causa. No geral, entende-se que se trata de um comportamento

    ilcito. Alguns autores, no entanto, tm visto o LUFAS sob o prisma da igualdade e da durao

    razovel. Se as causas so semelhantes, convm que o mesmo juiz a julgue at como uma forma de

    proteger a igualdade. Se a m f no ficar caracterizada, passam a admitir.

    - A Lei do MANDADO DE SEGURANA (Lei 12.019/09) ADMITE A INTERVENO LITISCONSORCIAL

    VOLUNTRIA AT O DESPACHO DA PETIO INICIAL. H a consagrao, ainda que em parte, desse

    movimento que v com outros olhos a interveno litisconsorcial voluntria antes tida como ilcita.

    - Assertiva correta de concurso: ofende o direito fundamental ao juzo natural a formao de

    litisconsrcio facultativo ulterior ativo depois de concedida antecipao de tutela a favor da parte

    autora.