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FOLCLORE ATRAVÉS DAS REGIÕES BRASILEIRAS Profª. Dóris Rejane Fernandes

Folclore 2011 Doris Fernandes

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Folclore 2011 Doris Fernandes

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  • FOLCLOREATRAVS DAS REGIES BRASILEIRASProf. Dris Rejane Fernandes

  • Para Lus da Cmara Cascudo

  • FOLCLORE

  • a cultura do popular, tornada normativa pela tradio.

  • Compreende tcnicas e processos utilitrios, alm da funcionalidade.

  • No apenas conserva, depende e mantm os padres do entendimento e da ao, mas remodela, refaz ou abandona elementos que se esvaziaram de motivos ou finalidades indispensveis a determinadas sequncias ou presena grupal.

  • FOLCLORELendasCulinriaObjetosMsicasDanasCrenasVesturioArtes

  • FOLCLORE BRASILEIRODIVERSIFICADO: EXTENSO TERRITORIAL, VARIEDADE TNICA, ATIVIDADES ECONMICAS VARIADAS, NATUREZA EXUBERANTE...INTERDISCIPLINAR

  • FOLCLORE REGIONAL"Um, dois, feijo com arroz. Trs, quatro, feijo no prato. Cinco, seis, bolo ingls. Sete, oito, comer biscoito. Nove, dez, comer pastis" .

  • "Batatinha quando nascese esparrama pelo cho.Menininha quando dormepe a mo no corao".

  • "O cravo brigou com a rosadebaixo de uma sacadaO cravo saiu feridoe a rosa despetalada".

  • "Chuva e sol, casamento de espanhol.Sol e chuva, casamento de viva".

  • Hoje domingo P de cachimbo Cachimbo de barro Bate no jarro O jarro de ouro Bate no touro O touro valente Bate na gente A gente fraco Cai no buraco O buraco fundo Acabou-se o mundo.

  • O tempo perguntou ao tempoquanto tempo o tempo tem.O tempo respondeu ao tempoque o tempo no tem tempo,nem tempo o tempo tem.

  • O sbio soube que o sabi sabia assobiar.

  • CULINRIAA maioria das superties brasileiras mesa tem origem portuguesa. Algumas tribos indgenas evitavam apenas comer seus animais totem e os escravos tinham o costume de no deixar restos de comida no prato para que no pudessem ser utilizados por seus inimigos.

  • CULINRIAA base das restries envolve a mistura de comidas e a ingesto de bebidas aps certos alimentos. A salada de frutas, por exemplo, era mal vista devido a isso. Da mesma forma, a ingesto de cachaa aps certos alimentos como leite, mangas, melancias, bananas e farinha, ou o leite com pinhas, banana-an, jacas e principalmente, mangas.O leite, alis, por ser visto como um alimento completo no necessitaria de outros e por isso a mistura faria mal sade.

  • CULINRIA Outras restries envolvem o comer em excesso que causaria doenas, como o consumo da cana-de-acar e de melancias ao sol e ainda outros alimentos teriam efeitos medicinais, como a cachaa que cortava os efeitos da gripe e dos resfriados e as frutas ctricas.

  • CULINRIAAlgumas crenas envolviam o credo religioso catlico, quando evitavam falar "nomes feios" mesa, comer despido,ou de chapu por acreditar que fosse uma ofensa a Jesus, ao Anjo da Guarda ou a algum Santo que estivesse presente durante as refeies.

  • CULINRIA REGIONALOs hbitos alimentares variam de regio para regio de acordo com a histria, tanto que normal desconhecerem-se os quitutes de outras regies. Assim, no litoral do Nordeste h grande influncia africana na culinria, com destaque para o acaraj, vatap e molho de pimenta;

  • CULINRIA REGIONALNo Norte h uma maior influncia indgena, no uso da mandioca e de peixes; no Sudeste h pratos diversos como o feijo tropeiro e angu ligados aos bandeirantes , em Minas Gerais, e a pizza em So Paulo, influncia dos imigrantes;

  • CULINRIA REGIONALE no Sul do pas h forte influncia da culinria italiana, em pratos como a polenta e tambm da culinria alem com a presena da batata. O churrasco tpico do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso.

  • CULINRIA REGIONALNo Rio Grande do Sul j tradicional o churrasco, ou seja, carne bovina ou ovina, dispostas em espetos, temperadas basicamente com sal grosso e grelhadas em churrasqueiras, a base de carvo ou lenha.

  • CULINRIA REGIONALNo estado de Santa Catarina, o interior de forte influncia alem, e no litoral a presena portuguesa, onde grande a utilizao de peixes marinhos, camares, e ostras.

  • LENDAS BRASILEIRAS

  • LENDASBoitat Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito de origem indgena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitat em cartas do padre jesuta Jos de Anchieta, em 1560. Na regio nordeste, o boitat conhecido como "fogo que corre".

  • LENDASBoto Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na regio amaznica. Ele representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Aps a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes da madrugada chegar, ele mergulha nas guas do rio para transformar-se em um boto.

  • LENDASCurupira O curupira um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um ano de cabelos compridos e com os ps virados para trs. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando algum desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que obra do curupira.

  • LENDASLOBISOMEM Este mito aparece em vrias regies do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e no morreu, porm desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu corao seria capaz de mat-lo.

  • LENDASMe-D'gua Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a me-d'gua : a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e lev-los para o fundo das gua.

  • LENDASCorpo-seco uma espcie de assombrao que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e s pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a prpria me. Aps sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada.

  • LENDASPisadeira uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vo dormir de estmago muito cheio.

  • LENDASMula-sem-cabea Surgido na regio interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira transformada num animal quadrpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.

  • LENDASMe-de-ouro Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Tambm aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e aps atrair homens casados, os faz largar suas famlias.

  • LENDASSaci-PererO saci-perer representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe d poderes mgicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.

  • O UIRAPURU

    Certa vez um jovem guerreiro apaixonou-se pela esposa do grande cacique, mas no podia aproximar-se dela. Ento pediu a Tup que o transformasse num pssaro.

  • O UIRAPURU

    Tup fez dele um pssaro de cor vermelho-telha. Toda noite ia cantar para sua amada. Mas foi o cacique que notou seu canto. To lindo e fascinante era o seu canto, que o cacique perseguiu a ave para prend-la, s para ele.

  • http://kcastro.bloguedoido.com/12359/A-Lenda-do-Uirapuru/

    http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=341520

  • O UIRAPURUO Uirapuru voou para bem distante da floresta e o cacique que o perseguia, perdeu-se dentro das matas e igaraps e nunca mais voltou. O lindo pssaro volta sempre canta para a sua amada e vai embora, esperando que um dia ela descubra o seu canto e seu encanto.

  • VITRIA-RGIA

    Contam que certa vez uma linda ndia, apaixonada, quis transformar-se em estrela. Na esperana de ver seu sonho realizado, a linda jovem lanou-se s guas misteriosas do rio, desaparecendo em seguida.

  • VITRIA RGIA

    Iaci, a lua que presenciou tudo, num instante de reflexo, apiedou-se dela por ser to linda e encantadora. Deu-lhe como prmio a imortalizao aqui na terra. Por no ser possvel lev-la para o reino astral, transformou-a em vitria-rgia (estrela das guas), doou-lhe um adorvel perfume e espalmou-lhe as folhas para melhor refletir sua luz, nas noites de lua cheia.

  • BUMBA MEU BOI OU BOI BUMB

  • http://www.youtube.com/watch?v=k9W9Q23IQxYhttp://www.youtube.com/watch?v=NTacXGWqajU&NR=1http://www.youtube.com/watch?v=NTacXGWqajU&NR=1http://www.youtube.com/watch?v=NTacXGWqajU&NR=1

  • BUMBA MEU BOI O Bumba Meu Boi tido como uma das mais ricas representaes do folclore brasileiro. Segundo os historiadores, essa manifestao popular surgiu atravs da unio de elementos das culturas europia, africana e indgena, com maior ou menor influncia de cada uma dessas culturas, nas diversas variaes regionais do Bumba Meu Boi. Existem festas similares em Portugal (Boi de Canastra) e no Daom (Burrinha).

  • A festa do Bumba Meu Boi constitui uma espcie de pera popular. Basicamente, a histria se desenvolve em torno de um rico fazendeiro que tem um boi muito bonito. Esse boi, que inclusive sabe danar, roubado por Pai Chico, trabalhador da fazenda, para satisfazer a sua mulher Catarina, que est grvida e sente desejo de comer a lngua do boi.

  • O fazendeiro manda os vaqueiros e os ndios procurarem o boi. Quando o encontram, ele est doente, e os pajs so chamados para cur-lo. Depois de muitas tentativas, o boi finalmente curado, e o fazendeiro, ao saber do motivo do roubo, perdoa Pai Chico e Catarina, encerrando a representao com uma grande festa.

  • O boi a principal figura da representao. Ele feito de uma estrutura de madeira em forma de touro, coberta por um tecido bordado ou pintado. Nessa estrutura, prende-se uma saia colorida, para esconder a pessoa que fica dentro, que chamada de "miolo do boi". s vezes, h tambm as burrinhas, feitas de maneira semelhante ao boi, porm menores, e que ficam penduradas por tiras, como suspensrios, nos ombros dos brincantes.

  • http://letras.terra.com.br/fafa-de-belem/45894/

  • Todos os personagens so representados de maneira alegrica, com roupas muito coloridas e coreografias.

  • As brincadeiras de Bumba Meu Boi acontecem defronte casa de quem convidou o grupo, e que patrocinar a festa. Embora surjam variaes de uma regio para outra, normalmente as apresentaes seguem uma ordem.

  • Primeiro, canta-se uma toada inicial, que serve para juntar e organizar o grupo, antes de ir para a casa. Em seguida, entoa-se o L Vai, uma cano para avisar ao dono da casa e a todos que o boi deu a partida. Depois disso, vem a Licena, em que o boi e o grupo se apresentam, entoando louvores a santos, a personalidades e a vrios outros temas (natureza, personagens folclricos, etc).

  • Comea, ento, a histria propriamente dita, e ao final da apresentao, o grupo e a platia cantam juntos O Urro do Boi e a Toada de Despedida.

  • Em algumas regies do Norte, o boi morto simbolicamente . O vinho representa o seu sangue, e sua "carne" (o manto que envolve a armao de madeira) repartida entre os espectadores e participantes da festa. Para a prxima festa, outro manto ser feito.

  • A msica um elemento fundamental no Bumba Meu Boi. O canto normalmente coletivo, acompanhado de matracas, pandeiros, tambores e zabumbas, embora se encontrem, em raros casos, instrumentos mais sofisticados, como trombones, clarinetas, etc.

  • No Norte e no Nordeste do Brasil ainda se encontram grupos organizados de Bumba Meu Boi, muitos deles formados por famlias que se esmeram em manter a tradio. As representaes no tm poca fixa para acontecer, e podem ser feitas para comemorar qualquer acontecimento marcante do lugar.

  • DANAS

  • QUADRILHA uma dana tpica da poca de festa junina. H um animador que vai anunciando frases e marcando os momentos da dana. Os danarinos (casais), vestidos com roupas tpicas da cultura caipira (camisas e vestidos xadrezes, chapu de palha) vo fazendo uma coreografia especial. A dana bem animada com muitos movimentos e coreografias. As msicas de festa junina mais conhecidas so: Capelinha de Melo, Pula Fogueira e Cai,Cai balo.

  • FREVO

  • FREVO Este estilo pernambucano de carnaval uma espcie de marchinha muito acelerada, que, ao contrrio de outras msicas de carnaval, no possui letra, sendo simplesmente tocada por uma banda que segue os blocos carnavalescos enquanto os danarinos se divertem danando. Os danarinos de frevo usam, geralmente, um pequeno guarda-chuva colorido como elemento coreogrfico.

  • FREVO

  • Da juno da capoeira com o ritmo do frevo nasceu o passo, a dana do frevo.At as sombrinhas coloridas seriam uma estilizao das utilizadas inicialmente como armas de defesa dos passistas que remetem diretamente a luta, resistncia e camuflagem, herdada da capoeira e dos capoeiristas, que faziam uso de porretes ou cabos de velhos guarda-chuvas como arma contra grupos rivais. Foi da necessidade de imposio e do nacionalismo exacerbado no perodo das revolues Pernambucanas que foi dada a representao da vontade de independncia e da luta na dana do frevo.A dana do frevo pode ser de duas formas: quando a multido dana, ou quando passistas realizam os passos mais difceis, de forma acrobtica. O frevo possui mais de 120 passos catalogados.

  • FESTAS JUNINAS: SANTO ANTNIO, SO PEDRO, SO PAULO

  • RIO GRANDE DO SUL

  • JOO DE BARRO

  • Contam os ndios que foi assim que nasceu o pssaro joo-de-barro.

    H muito tempo, numa tribo do sul do Brasil, um jovem se apaixonou por uma moa de grande beleza. Jaeb, o moo, foi pedi-la em casamento.

  • O pai dela ento perguntou: - Que provas podes dar de sua fora para pretender a mo da moa mais formosa da tribo? - As provas do meu amor! - respondeu o jovem Jaeb.

  • O velho gostou da resposta, mas achou o jovem atrevido, ento disse: - O ltimo pretendente de minha fila falou que ficaria cinco dias em jejum e morreu no quarto dia. - Pois eu digo que ficarei nove dias em jejum e no morrerei.

  • Toda a tribo se admirou com a coragem do jovem apaixonado. O velho ordenou que se desse incio prova. Ento, enrolaram o rapaz num pesado couro de anta e ficaram dia e noite vigiando para que ele no sasse nem fosse alimentado.

  • A jovem apaixonada chorava e implorava deusa Lua que o mantivesse vivo. O tempo foi passando e certa manh, a filha pediu ao pai: - J se passaram cinco dias. No o deixe morrer. E o velho respondeu: - Ele arrogante, falou nas foras do amor. Vamos ver o que acontece.

  • Esperou ento at a ltima hora do novo dia, ento ordenou: - Vamos ver o que resta do arrogante Jaeb. Quando abriram o couro da anta, Jaeb saltou ligeiro. Seus olhos brilharam, seu sorriso tinha uma luz mgica. Sua pele estava limpa e tinha cheiro de perfume de amndoas.

  • Todos se admiraram e ficaram mais admirados ainda quando o jovem, ao ver sua amada, se ps a cantar como um pssaro enquanto seu corpo, aos poucos, se transformava num corpo de pssaro!

  • E foi naquele exato momento que os raios do luar tocaram a jovem apaixonada, que tambm se viu transformada em um pssaro. E, ento, ela saiu voando atrs de Jaeb, que a chamava para a floresta onde desapareceram para sempre.

  • Conta a lenda que um fazendeiro ou estancieiro mandou um menino negro pastorear uma tropa de cavalos recm-comprados. Durante a noite, o menino adormeceu e um dos cavalos fugiu. O estancieiro castigou o menino com uma violenta surra de chicote e mandou-o procura do cavalo perdido.

  • O menino chegou a encontr-lo, mas a corda com que o laou partiu-se e ele no conseguiu captur-lo. Dessa vez, o estancieiro alm de surrar o menino, amarrou-o num troco, ao p de um formigueiro, onde as formigas vieram se alimentar nas feridas do negrinho, devorando-o vivo.

  • No dia seguinte, porm, em vez de encontrar o cadver do escravo, o fazendeiro encontrou o Negrinho solto, ao lado da Virgem Maria. Assustado, o estancieiro ajoelhou-se e pediu perdo ao escravo. Este, porm, montou num cavalo a pelo e fugiu dali, levando consigo todos os cavalos da fazenda.

  • http://letras.terra.com.br/barbosa-lessa/212848/http://www.youtube.com/watch?v=7KDTDrF7a74http://www.youtube.com/watch?v=-YAVhcgLpH8

  • DANAShttp://www.youtube.com/watch?v=Jj_9jWqPvoAhttp://www.youtube.com/watch?v=5PKidAFI69ohttp://www.youtube.com/watch?v=gn1mI30tOBkhttp://www.youtube.com/watch?v=J-3F8rBYK78http://www.youtube.com/watch?v=QufRJs3ljJE&feature=relatedhttp://www.youtube.com/watch?v=riFkApt5L3c&feature=related

  • CERMICAS

  • Baiana

  • CARNAVAL