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8/18/2019 Traçando fronteiras: Florestan Fernandes e a Marginalização Do Folclore
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TRA ANDO FRNTEIRAS:Florestan Feandes
a Marginalização do Folclore
Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti
tudo aua de ocoog eoga qu m de agum com a tmátca do pua
rferem- eqUentmente ótc dofoco o rut do fto cuaa obevncia do pado. Aprup m contxt e com ndo ou função de um deemndofô o a l deag
Ane, mém ncpcdde de do em o
o cênc2 D um Om ou deoua a d de foco émente i um 1dde
Donto de i amco o eufococmo dpa époemác:coS cWcuo da fcude decicih e emp d ução ca mo e Ao foco em d ,
em o and no p fta de foco gupo e ntuem
Luf Rodoo da Paão Vilhena
focóco gun eado mnenhm com de foco e o óg dFdação Non de no u o o ne ntut No
do FocoeEe fto nhdo equemca
mene ndc noo eouçãohóc cu de um deendoc ntu O focoe é um dotm já em og no í udo nco pede ucozção no nouo d chmd c Add de 50 m cu ndo
como efeênca cção da ComsNo de Foco (1947) e d Cpnh de fdo Focoe Be (1958) exp o n de d ca e ezçO o momt de uageu. Focore,oog e oode en ne ío nuopómo; e o peo de con deeu eco I de ação e
umdo num go de uçO eudnçO.
fF71; • de (nBdvvdDOIu o F dCd: y jcBU ,Iur I"fV e Â� eF V.t o '
' 7 i.J,..p5
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Nst argo aenmos inicialmentealgumas cractrísticas do MovimenoFolclóco, ificam aqul qu
em a ui folclor no no no diogo, ve alorado,ido Flor Fd, exnt ela de iologi paus, e ss a d e studos Em sguidasumos, a d análi emprndiduma inteção para o be avo
A movimenção em to do folcloreno Brasil é liderada pela ComissãoNonal d Folclo (C) crada emfn d 7. A comis vinculava aonsto Brileio Educação, Ciência e Cut (BECC, do Minisério do Etrior, e gava à CO.
No cnexto do pósguea, a pcução com folcor enquadra: natção da CO m pol p mo
dil O folclor é um insmeno decomprno ene os vos compreeno s qu na vio brera m ao gosde Mário Anrde, aravés d uma
ênfase n o p articuar perm ndo aconsção de idntidades diferencasen os vos O Brl d eno orgu·hava· de r o prmeo ps a aendr à
ecomen UESCO no ntdo acrção d uma cmso p doassuno.
Tomano r eferênc a vso umadas verentes desses esudos sobr simesm hegemnica mei em quedra o processo aqu ndicado amovimnção enconva cemen umsoo fér O ineresse pos esudosfoclóricos ou ds tradções popularesremon ao l do cuo XIX, com osbahos de Slvio Romeo (185·1914)sor posa popular PoserormeneAmdu Am (185·929 e Máro deAnde (18931945 esioss do ema
já enfazvm a cesside de lgumafo ação organda nes
Traava· eno não s d esecrcriéros de squi do suo m uma
m qu dev a fal d citfc m d pomov uma licidl d um
oal" Cava 9.A Como sug éum dos xpoents do MovmenoFolclóco, tgori l qal os agts nvolvdos dsignav o conju s iniciatv m ol "salv u ui folclo iona SNaciona do Folclore, 950) A promove divers enconos cionais e inteacionis, em o o ís São ls
I Smn aco de Folclode22 a 28 de agosto 1948 -Rio de Jeiro;
1 Sema aciol d Folclo -de 6 a 22 de agosto de 99 SãoPaulo;
III Sem acionl de Focloe -
d 22 a 29 de agos de 1950 - PooAlee; Seman Nonl d Foclor
de 3 a 10 d i de 952 - Maceió; I Congs Briro de Folclo
- de 22 a 31 de agos d 195 Rio denero;
1 Congs Bsieiro de Folclo
22 a 29 agoso e953Cuii; I Cong Brieo Folco- de I a d agosto d 1959 - Svador;
IV Cong Brilero de Foco- de 19 a 26 d jlho de 1959 - oAe;
V Congs Brliro Folclo- de 2 a de unho d 3 Forte;
Cone Inecionl de Foco- de 16 a 22 d ags 195 SoPaulo.
Dese o ncio orgnzam, em város sdos a feração suomis esduài de focle vinculas à Eem 1958 atendendo a um ao feito no
Congrs de 195 ao enão prsideneGúo Varg no nti da criaçã de
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AN FERNES E A INAI ÇÃQD ORE
orgismo de caráer nional, -tido a defender o pa mônio foccodo Bil e a prger es pues",uelno Kubicheck cr a Campanha
Brasilea de f Folce (CBDF),no Mnstéio da Educação e Culua comvera própia e aunomia a as-snara de cnvêo.
A dé de r sil, p p-culmen ava do nto de vs daogaição de evenos e sugmeno deiniciativas. Datam dea ambém, osprimeros congssos de anologia e
siologa. A I Reunio Basieia deAntroogia é reaizada em 1953 noMu Nacio, no Rio de Janero (sob opaio do C, v nivesidde doBsl). A gund na qual se constui aAiação Basieia de Anopogia éde 1955 reida na Universidde dBahia em Savado O I CongressoBsieo de Siologia é de 954 na
Uiverside de Sã Paulo. Nessa dadamm sugem, ou esut cenrosde formço de squisdoes foa do en-sino ocia, como o Ceno Basier dePeui Educcionais e o Ceno noAmercano de Pesquisas em CiênciasSias en ous.
A organizaço do Movimenoolclórco gu algum çõs com os
c da logia e da iolog. Aação da USCO exemplo, estámm na ogem da ci do CBPEcom a pros, de 1952 de ralizaç deum sobe a sição educacionrasileira em po da reconstuço duciol do país.8
A déia ug�na de uma é exp nos dos cams Nos cges de
olclo ação, ontu, é em ceo ndo ca o em con o prooavassalado: no tanto onsuir massoretudo preservar.9 Emora asn de e �a d gudm dernç signiv cua náli s pitos do momen)
a idéa de ugêna mpl maida comum de a CnhAnsio Teixeira (Revsta d CBPE,19569) sugere ao eno minsro
Educção a ogição uma camnha exoára de educ, dnaa preder aos levens e nqusem cd esdo da feder. A CE(Campha de Inquéts e Levensno Ensino Médo e Eemenr) é cd m953
Um dos pjeos des< camph er aiço de um mapa cutu do Bras,
no ereo da antopooga a. op.i) No g� esudos que cnstuiem 955 Manue iégues únior,apesenado como especializado emoooga egona é encarregado dsqui Esdo básico a delimiçãds egis cutuais do Bril". DiéguJnio aivo picipn dos cons defolcloe é um rsonagem cenal na
icul pa a cração da CDFB.1O trânsito de nages e aunene e se atedo mpelas reunies de anropologia. acomiso orgizoa I Reun Anoogia iam pe Manue iégusúnior e Édison Caeiro O emáoprs I Reuni de Anloa do regulto� des o olclo
como iem esíco. Diégues paicipa da 1 1 ReunioBasieia de Anloga, menção ao nome de Édn Ce. Nacategoria dos que "no ndo cmparer enviam ele d apla�",desa "de paicul signfcaço ..)as mensagens de apoio reidas domhal Cânddo Ron prdn o
Conho de , e nisr Renao Almed, pesiden a Comss Nil d lclo. A Antologia Culural dorferdo con \indica da comç do m ntelectual de ento Nela apesenam
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ESS 1
ho: Hdegd Vana, da ComioBaaa de Folclore ("O breviáio dasapaderas e senderonas"); Thaes deAvedo (Aculuaç e ço");
u Peea de Queoz ("USP, omovme meiâco do CJdo e ofolcloe"); Oávio !ani e Fando Heni- qe Cdo A elaçõ iais ene preos e bra ncos no Brasl. Nacomunic de Cas Faa sob o cuode arfeiçoen anopooga -lua ido em 955 no Museu do
ndio com o aio da Cas os encgados auas de Inodução Ano-oga Baea o, aém de DayRiro, dois exnes do movmenofolclóico Diégues e Ceio.
O Con Baslero de Sioogiaunde 1954 no qual Cero es eneos pacins, em o mesmo paidordo Congso ncona de Focoe a
Comis
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ióogo genétco prupado com arcnstiição das ogens sis e da cl-tur de gu
As ês ua falas vêm d fcle.
Jaquim Rio afma r flce maciênci de euss ms amps do que egrfi Mai L p efevaçãode um andái focóc cm objetvo"cvic e ptrióic de peservar s'adiçes popls" Aceu Maynad 6
pr ma disnção en'e ds fas decole: dumenár e cienfic. Aútma que s e s relida -
soas cm nesái fomaçã ca émas leva Da pimera, esrava· que"o mtia rclhid siv a td s deindagaçõs." A cole dumen ái é viscom mais imnte paa atu fa dodenvvime ds tudos folclórics,pois pde ser feit p pessoas semfmção tórca e des modo um grandenúm de colaboadres peá ser envl-vid nea tvidade A comunicação deRsini Lim, na II Semna vem acresceO esa idéi a de que mas do quequalqer intereação u prepaçãoóca import no mme garantr apue da cleta de mteal Como mnatralista eclhe espécimes nicaspara pstei estudo ca ao squidrrcolher o focloe da fra mais intglpossível
Ne conjunto de fal rivindicaaunmi ao folcloe definese umcriério própri de "cientificiddealzado na purza da cole e indicaum fma de atção cul Ene ocaçad de bobole e astolo, inres-a no mome, o fcos voar oBrsi de dpos Rnato Ameida president C encerra signictivameOe mdonda cid a ando:
Nã se U'a apenas de cinci. Éprcis por igal der ieespara O Udici cuja rgressão é evi-dente Nesse sentido umo é
indisnve ..). A b q dAndde comu d -inuadres. i d di qegrv es perdid porqe n
hve verb par impes (.)Deram c imi a Po is pimos mosU nsida des fç, im? m menldde propíci (
A nessidde de cncei, en,permnece O Cngress Bile deFolclore de 1951 tm r bev
elementos esais d q ciífIpaa mit sua anái iepr compção"
O ngres prz Ca ocoBrasileio, que ele b� c-ceiis d fa folclórco e de u estde U'aç Plano Ncion! de esquiFolclóica que má aç d ánas décdas sbseqüente prendeeaiar um map flcóric d píeai mi sisncs n s dromia orgizar gus de sqi niversidade eas nrmis e cgi,inclur ançõs focós n eolars e nsibilir O goveo n-tido d cração de um órgão t ddef d fcr.
A ca c elaboação sus cidsdiuõs stalec:
O I Congres Biir d coreconhe esdo cm in-egrnte das ciências npógi eculas, conden pocei d cnsiderr folclórico f espil eacnlha o esd d vid p em su plenide qe no ma,quer n aso spiital.
2 Cnsiuem fao flcóric smera de n senti e agir de umpovo prervds l adiçã p epa imião, e que m dieninfuenciads s clos erudi einstiçõs qu s ddic u à vç
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e convação do paimôio cietíco eaísico humano ou à ixação de umaorentação lgia e ilosófca.
3 São ambém reconhecdas comodôneas observaçõs levadas a eetoobe a rlide olclórica sem o fundameno adiciona bando que jamesitada as caractríscas de fao deaceção coletiva, anÔnmo ou ão, e es-sencalmene puar
4 Em ace da atureza cutural dassqus foclórics, egido queos ftos
cuturais seam analsados medatemétodos própros acoselhase, deprefeência o emprego dos méodoshistcos e culurals no eame e aáldo Focore:
A sição da cara com relação aosms do estudo do olclore consagra aambgüdade Por um ado colase claramene o estudo do ocloe no cam daantropoogia culural Por outro, aaração de que a oaldade da vda dcamadas pules é obeo do folclore na uma becha paa reivindcaçõs deauonoma de uma cica do folcoe,mo de dscórdia ere olclos e cie-tia sias
O III Conesso Brseio de olcloeeizado na Bahia em 957 retoa àqueso Os folclosas dvergem quato aoobjeo de su dscpa e Thaes deAzvedo (957 membro da omissãoBahana de olclore apresenta comoaologsa, deseoso de esclecmeno, omunicação bre o ema Folclore eCiêcias Siais"_
A divegência tera uma base er-naconal, pos "equano que para osagloxs o focore é um dos camsde estudo da cula e se neg na e
nooga ou anologa cutura, como aecnooga a ingüística, ou O estudo daorgação al pa os euou e seussegudoe é uma dscpia ou mesmo uma
ciência autnoma com objeto e métoo
próprios" No prmeo coitos, sudios não eidi acaegoria à pa pa idad,nem isisem de modo expesso naexsênciadeum méto uiap a sadiscipla_ Os atos ocicos so,sobedo, ctas O on moseurus e latnoameos q o-gam o domnio da dispina p
t
acuua pul dexdo a enog,pas pulaç prmivs" (ev, "o folclore como dscpia a os que
ouros consdeam pórios da Aologia Cutua e da Siooga)No Basi, a diiplna a compn-
dda agus como "aquea p daetnologia que se ocupa de maneiaautquca com a suutu oque it gundo aes a vo velhas conus da eindcaç,
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RAN EN MRG Al�ÁOD Fo 81
Segundo a interpreção de MarizaPeiano 1980:71) a chamada ecolapaui iooga" deenvoveu nememo período uma concepção de
ciênci a que uu uma içãohegemic em pa duant mai de 25 an. Nee momeo, o trico daCNFL volveam uma ação de c cente n com o "ólogo paul".O cx é reprenado r atigo deÉdion Cero, no q Atn Fean·de Roger Bde e u dpuo o criticado por e m eu trabaho
demontarem um conne depezolo ar do folclota e a gurnça de que s a ocoogia pode enender ofenômeno focórico em ua peniude"(Co, 1959:I
No plao intual a fo a maipoderoa opoição que o projeo doMoviment Foclóco enconou na en·iva de legtimar a dpi. Porém,
como é comum ne e contexo deêmica o argumen de Caeo e adecrção que fornece da "guerra deule ds ólogo pau" endea um ceo exago Uma leura cuidadoda içõ de AOe5an Feande, mdúv O iólogo que ma puu
em dutr a ç do folclo no qado ciênc ai no vela qutõ em ogo ne deae.
Ma que em qualquer ouo repntte da oa paui, em Feandea contantmente a peu dede fonei da iooga emreação mai ciênci Exempa needo é O atgo ntiulado " undade d ciência ocia e a antropologia"1970202-22) apenado na V ReunãoBieia de noogia, qua r
expo cva a idéia, muo comum nomeio aoógco noe-ameicno de que e diipina eia er defnda como a ciência do homem"
Tamém a produção braleira no c da ogia fo ob de outo
ago de Ao Fed (1975119- 90). Nee rp a utição "iniucol", a qua F como demona a conhida cítica de
Wdeey G St 1978), ia -gaiado a htó daquio que útmopreferiu ch� de "imaginação ciabaeia". Como n dema igo Fnde comen r S etelimo "a acção de ctéo emente
contado ao enao ntlu comomedida uficiene de avaliação da qualidade de euação ial" . 23)
levao a quai de "préceníca" a fanerior à inttucionaização daatvidade ciencoia . 26) e conüentemen à "dcon dapução intelctl bieira do �do"p. 23) iguament da anoogi19 Sãopacament excluda de ua áli obanda inuente no ío que aa a dada de 1940 a 1950 como de
Gil Fyree Ramo, que vimoerem reerênca mportant paa oolcloi da CN, que valoizavam relação com a anooga
lém d, Aor Feande mou,no incio de ua i, o focloe comoobjeo de qu obandicada r Peio (198072) o etudo bre o tupinbá, o neg no
Ba e o Bl como e naco foam pdida r agun atigo eo ainda na gunda metade da déde 4 be o foco paui Bdna ui de Fed qudo comoaluno da cdei Sioogia do cu degadção, e ag fm emado eevito na década de 50, em penapoêmca com o folcori. mboauco conhido o pópro Fed a que o u abaho b "A do Bom Reto" epnu em cr"uma gem nc4 lica pa nc n/Ca"tindo, un m u ah o
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S S SÓOS- 1
tupinambá, um maco em s çãosioógica" (977 74)
O exto ciado acima e memo sua bi
blio o dividido em dua aein uma deinida omo iológicaonde o gupo lúdico infantisdenominado tinhas o analidosem unção do u pal no es desalzação; oua d análise folclóica, na
qua nalsam os vs oveniente daradição ora idos nas od, ogo eparens inans denvolvido eses
grus. Es divio epe em ouosartgos b o folclore aui scrto nomemo río. Ela penuncia s siçõsdo autor sob elaçõs ene dudisipina: a ociologia o focloe.Pormen, Fendes as dne co-mo prática eecífica, mas não
onradióas, ndo mui vees com·plm entare s Desa or ma, lexpicitamente não s declaava mlêmica com o olcloe ou o focoi-" ma com uma c concão quetomava a rática do folcloe como"cienífca
Entretanto a poição de Fenandesrevela ambigüidde que etendemo x-plor no deor dse igo e que d
s identicada na óa históa de Asinh do Bom Reo" Como o ttulda cadea à qual o abalho foi aesendo,oge Batde, estava viajando, a suaavaiação cou à assistente, Lavna daCO Vilela E contrando a grndeexpetivas que Feandes a1imenva quanto ao trabalho, ao qual havia sedeicado inenmente deulhe uma nOIa
nove e armou que ee o longe demaisno amento ológico do olclo(196) A intifação com ese resul do provou a primeia aroximação a de andes com Bsde Esteaioo, fez comenáio que o ev aampir o igo, encaminhandoo a EmioWem p pubiação. A relação sl
eno eid en Fde e B
tide, qu e nm sempre corepondeu aconvergências órca, evou o pópoCi a nundi u siçs aea
dos estudo defocore em cc Ao
conáio que ro jugou, e moFandes iia relic, Bastde rediva,segundo a radição rane, q o ocoreé uma ciênca ial acua" (Fede,1988) indo ao encono do óricos daCNFL. Em a Fende dide dessiÇãO, Btide iria armáa peácio qu escve às "Trinhs" anunciando
ironicament, o autor do atgo como umnovo repreentante promissor dessaciência
Po ou0 ado devemo obvar quenão eram aena os folcloitas quereduziam o que Fandes apreenvacomo um debae sobe conces ditindo cam d ciênci ias a um con-on ene a ioogia e o ocloe Numdeimeno cen, ao evr o incidenecom a poesso Lavnia Vilela, Feandeso abui fato de que ea esva masr óxima dos ocloritas que dossiólogo 1978 a:10)
A primera veo evis das "in-hs" oi apnda ccu Tembraieos" do Gmio da da UP,
ecendo, " dio do fer RogerBastide, o pêmio relativo à ão deCiências iai (Feade, 19618)Ao ubic o baho pimeir vez,em 1946 lvez ar não ondier Oprefáio de Bide, Feandes o ncluiuuma lon intuç b O oco", que oee o matera pa um quenoatgo publicado no órgão L em94 (m esi doi no n). Eúmo deu origem a a rie de xt quedenvolvem o gum i-nha" pubis no a E dSã Paul ao ong de 194 Em esses eis, enconamo um cricaeroz ao pruto ideoógco qeeriam dado ogem o udo ocor.
Emr e te nnc n ido
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RAN FRN' EA MRGlIAÇ D L 3
etmadas nem enconem s in os rtgos conn sendo pubos colene be otma do focloe qe o a edu a g.
Nesses tgos, o campo de estudosadicionalmente assiado ao folclore"abrg tudo o que ctmente exp como ago a psdo", ou ja "breviênci" Por da deniçãode Sant-Yves, segundo a qa o folcloisa estu a "cltua dcion dos meiospulres d pas ciilids esiam os "jzos de ao do evolucionismo dolo XX (Feandes \784 A conclso, Feandes citica esta cncepção conontandoa com avisão "diaética do desenovimentohisórico", represenda principalmene
lo marxsmo, pr o ql o vo ia não O uga do atr m sim do vedioprgeo (p. 42 e 52 Es defniçãodicional mbém ra de enconTO concusões da pesquisa que Fenandes
ei e o folcoe pau na qlconstatara qe os mesmos elementosfolcórcos orem indistnamente emams os meios o cias (p 4)
Assim, atribindo aos estudos defolcor a preupão com o a culta, Feandes (178) os associa àsfloso3 siis e eocionis deCom e Snce (cf. p. 8 e 5\) Ca
l qe á inpetaçs rentstêm enconado a pincipa inspiaçãoóf e ioógic do folcoismo nto ântc q, ao negarem a idéiade evoção uni linear, fundamentam absa de singlaridades nacionais (cf.Be, 18; rz, 185; Caalcn et ii,188) Ema Fendes ronheça que osator romântcos fo os que "mais
cogrm mata focco", ele ab omantsmo a "msma insuciência expicva", pois não representaria mapt om o evocionismo Ele defne movimento como "ma forma deideogia burge, incindo todos os
aores que onstituam a afção daioro", 178 p 5)
Pemos idenc ou malenendido crí de Feans à içãodos tud de focoe: vos de us epresentantes, incsive seus futurosdebatdores da CNFL, admitem qe ofolcore encona em difeentes gmentos ias. A diam ees q no
que ch de o, o olclore encona de foa mas auntca e puramsmo inflenciado la cultua meaM em úlima anli, a incompeenomais séra pente na leitu mxis que
Fendes f dos folcloiss é pada, jusamente pela issem ia da palarao. P este últimos ela identfca ocamns incuo, enqunto, pa eaindica o modeo proleaido indsTal póprio lófo alemão diesa vezes qeixou-se do crátr "conador" docamsinato
Dee lev e con que, ivel
mente, i jlgmentos o feis a pardos autores fraee, que em sido os únicos autores dos no cr deLaína Vilea própo Feandes a neidde que teve, como auno, decomplementar sozinho essas noçes(177161) Psivement, ee n ainda ono nem com os focos daEuropa Cena, rent e Men,
mas românc e niona, om os nOe- enos, de cuja efo dadiipina ele a deis poxim se.
As posiçes qe apresenmoscom a a- com e atgos icados, ca m dees, !aures eeios o póo eio omo
os mas repnt do sdo 'folcloe n fanor à
Svio Romero, áro de Andrade eAmade Amar Na ob de Rome,"noo pmeo focos ptatvo",Fed eement ovo ecentr bsca e ma "epess0naciona" (178178)
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8 ESS JUÓCS-1
Os agos bre Máio de Andde eA são mm ame eogiosEse conas com os prmeios atgos éexplicáve. Mário é aldo ao memotempo como um itrato inteessado nofolcore e como um focoris Fedesdesca também es segundo aspectomenos restado em gera nas análissobre este autor: "( .) sria bom per oque o pópo Máo de Andd nva:'eu não sou olclois n0 (.. ) Nesaquesão, todva, devemos mas es
ta que o pópo . Máio o ocosae meddo a bioa dos demais ocoiss um ande olcorsa (197816).
T avaiação não era, na éa, excusiva deFeandes e mesmo dos teórcosda C O pópo tide no já citadopeáco às Tocinhas afima que"nnguém fez mas pa tansorm oolcoe em cência do que Máio deAndrade" (Fernandes, 961153)Enean, aqu, Foen Feandes nãosegue o u pofes. Pa ee a ob deliato de Máro não s é mas imnteque a de focoris, como mm deeminou os pssuposts des Movdo apreupação de fundir ate popula eeudta em bua de um carr naional
mas xpresivo e verdadeio (98 53)Mário de Andade se apomaia dofolcore brileio mas r Con daqueeesado de simpata ( ..) que () chmava dequas amo (p 152) Pa Fendes, tsLa não coadunava muito com aslimiçõs da invstigação sismáca (p161) Qundo, r exempo Mário utavaem econhe a reqUncia com a qual
fomas erudis tansmitem pa a culta pu já que esava inteessadocomo asa no pes nve (cf p5) vea- gundo Feandes, que"se marmos o temo num sendo esode folcloista de fomação cntíca e eclusivamente interesdo nos pobemaseócs de focoe, Máo d Andade não
er focos" (p 16)
Da mesm foma no rtigo sobAmadeu Ama os elgios de d(1978) panos oade que na s o o arts e o ciharmonizam- e cmple- (o, na contemplação quanto na álse einrpre da 4) Ado vaor que eandes ronc emMáro e A ele cmo tnam "o cuido ilar o amadorstico de suas atividads defoclostas ( .) Ess idéas,
honeidade inteltual e mé oimdirm m e OUO de len os grande folclois ler (p113)
Dante a al, e -salta as crticas que Amadeu Amalendeeçou consntemente ao mo" e a dientsmo" imt estus de folclor no Bil gdoo artgo pece r sido o priilméo Poém edes d deamena q Amaral n paido duma direpâcia típi dos pione aoienção metoógic r ele aci edefndida é pica de for snomple em us tud folcorbseio (p 26) Iso é expli o
sióogo, mais a ve -tuconalição de c de dis a dos "amplos cnimque acumulou b o folclo cmo cipina cientíica, falou a Amral ·einento que qu avé dapendizagem ssmá (p
Ertos recivamen em 46 e 1948 os dos grands aigos soe
Andade e Aml m om uma e inicl de rfe os estudos de folclor Nel a utomada de ço exmamen tcpaa com esa adiç de esdos e -sustos que a cacerm lonFendes p rva- avé d lguns de seus mais destacados re
pesenntes no Bril m
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MÇ PLR
qoà vnl pret o nci f gue- um . m q afsr- do des pubi um novo go
l s folcloiss e ns d 956,intul wds folclóricos m SoPu" É usmen n intrvo qu oMovmn Folcório ng o auge, as flxs do aigo possivelmentet uma mad d ição a sito
Ns txo a poduÇ focorísticuls dividi e caegi: a
pmir ngob s obs que tomm ofolclor "como mifestaÇo esétc damtdde popul gund a qu tomam como disciplin científca
auônom"; , nmente, que cnsidm como "fer d cuta e cmofnômeno folclórco ob o nto de vsa desu discipln sficas N oposição n du pmei ctegoia cnfntm-s as brdagns estétca e"cientfic" d flcle. Ao long da discuss pormenoizada dos p ntats de cd tndênca, rcequ, do nto de vs epsmlógco, Fe nns vlza mas a pma vente conando- à tndênc dmnn dMvmento Fclóico.
N us pms gos, já hava condnado tnv de fe- ds e·
tuds de foco um dipn cienca uônma uma vez que ees o ssm"um cm de studosui gener, n
do os ftos folclócos r abcads ntpela sciologia cultu quant pe
anrogi 97846) Ptan, Fan des r fre de Snnoy, paa qem folcor é mns uma ciêa à pe quum méto d q p 45). Aém
dsso, ssa metdog sra basntelimitda, estudando o u objto b ono vis xcluivamente gnéco epocurndo estbelecr genralzaçes vés de csicaçOs Aqu, Fe nandes quixa- do pdgm natus
que promi nos sos fllor cCv e lü 988) maincpi méto m idtf
u dos qu inveg 978
5) Pe qu su udosobr in, m ncns lo próio ólog qmm e como f o oFends n d follor" do go nls gnétic cmpariva domaterial focóco
Aé ste momento, os gumnts deoesn Feds pacm dar
quex de Édsn Ceo Enento, as litu mas aten ds pmeirosfolcos bsilers, Foesn Fean
des pa a onher um t de r esco qu ca o folcori d natuza no-centífic mas simhumísca A pfunda idencção daquees autores com a nossa cultuaadcion tndeu afslos de um stua d sria obvade o que ém
não tou o vr de su ob Pra fun dam entr est avl ação, Fenandes aa· m Rick q á monstqu "o ctéo etéico te chc asctos d ridade que inessívesà indagaçã hsóric e à nvestigo ex menI N estud d foce es ctéro abe v dcrção de cneOs psicuturais s avidd
hmanas que só acessíveis vistas ravés de stçOs conce de exstência à esiçã ntuiv 978:77).
Am a sção de Feandes pduma hose inicil a adms o d esênca d fas pópa a folclois.Tas f d nat nãcinca nãosam mns doqu ds spaist n estudo d es, da ieatur e d
o p. 5). O abaho de coe clca, com etudar ogens desuas cçs é valoizado com afmaçã da mpotânca d escofclóca nd de Aae e Thompn, rapopada pos studos de foclor
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6 ESS lDSRlCO-1
ort-americanos, nos quas é eplícia adefção do cráer humanísico de supesqusas. Em última análse, os
fenômeos folcórcos deveriam r estudados por suas abordages disits,porém complemetares estética eumanisticamete plos folcloristaspopiamet ditos, e cienicamente lasciênc siais consttuíds (siologia, etnoogia e psicoogia)
Tas coclus iam dramte de ncoo aos pricípos da do FolcloreBraseiro e o artigo s estudosfolclórcos em São Pauo rá o pcip
•avo ctica de Edison eio. Porém,o que pod ter prcipido a polêmcapare ter sido os comeáios, pubicadosem atigo o ulo em 958
•
Fedes 978), acrc dos dbas doCogresso Iteracional de Folclore,
rados quao aos ans.Naqule congres, aComo Paus
de Foclore aprsenOu uma ps dedenição do faO focórico baada ndeições da c que as mrosdebates e negociaçõs acabou sndoreida pleário acau r dica aneessidade da orgaização, la S
C, d uma ruião itracioal dosespecialistas para uma solução doproblma As caus ds coniO eoas divergcias etre as diversasdefniçs naciois sore o cm de studo do folclore Em ogo não saa aadiordâca brasilea quntoà dciaorte-americaa de cosidr folcloreaas a cultura or, como mosra Thales
d Azvdo em su artgo á rfrido(957). Havia mbm o problma de aposição brasleira ão rcohcer oelmo adcol como dnidor dofolcore como qrim os urous Esção p esdrdiculdads deuso das coceituaçõs elaboradas aEuropa pra a cultur lato-amicna e
sua formação istórca uliar sincca
que tm omo onünca a t coto "foclo na c
Feandes crica e vo e
Comiso Paus t n seu gweno cotudo s no fat que e a dnde dos dos folclo não povém dntc mobjeto tica, m sim me cula a qa s tdos enf oobjeto de dfeent cê méto ui ssu dos mts: oda derção na qa m ob é a s sgdde; e o ntçoa qal ee é avaiado abstando "oselmenO do contexto psoa e qorem explcação focló assm, resvent, n p "midde histórca d prnção realdade quanto para o modeo' dexplicação stéc 197826). o caáter nesamnt umanstico
Uma ve pubiada a ríc de CeFeades defendese em atgos qermam sa gment. e patmm res as ondçs qe dntica nos !os estdemonsem n pupação e a mânca dos "fenmen s" esua de ceí" do folco c
tnuam limitandose à formação decolçs de matas folcóros oligdsde forma assistemátca" Fed 197:p 33. Concui assim, qe o "foclostcolecoador, estigmatado r uscoleg, tea wa nde conção adar a medda em que assimas stécncas centíficas moernas sempreteder caractei-se propriamentcomo centsta sta é a bse dacolarção terdipln que Fdes pro aos studos de folclo(p 3)
M qu ria a sgni idoógica desse debate pramenteepiseológco? Vmos que a ptns ocencaaO" sgnava p o
da CNFL legitim medaço n-
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R
TA A DS A MGIN lr�çà FLO .7
no pe de autoenhimeda com a revaoço e a bso tadiçõ Coclórc_ O crárstemtco do eu Coclóco ira
sua o no cuíulo uiversáro e umpo na ed báic Fende r sua vez em-
ra ronhecendo o valor do Coclorecomo dciplina humanítca dra emum go pubicdo originalmee doisanos as a poêmica sua opsiÇã àuiço do Colclore na educãO CormaO ago curt e sinco, um o
fina nesses debas Na verdad, eesume as conclus de um teX d maiorCôeo que inc um voume pubcdo mema é conndo a miori dos xS Ceos r Fnds sobreofolclor aéeno ( . nndo as conclussdaqu rlida n dc d 40 lrma a dia, já pn n "Trns,de q a ço silizdora do Colclore inCan dá em dos pln. O prmio é o
da açõs ss invesgdo n peioógica" dque eSudo ond scnç adquirm "pdrõ de compramen coleivo". No seundo sãosmtdos "comsçõs dicionis egesos convncions" conidos m cdogo e brnqudo, colndo s crnç emcon com um "mundo smlco e umclma mor que esee r vé
do Colclore" (978:62)Pr Floresn Fernnds, o vlor
dagógco dse dos sOs é dsulNo primero caso a inluênci dsatividde nvolv o Colco innlo "consuvs" is mdurcem "capacidade de auão s d crinç".Enn, o "conúdo d comçõColcóric" vncul undmnlm
um "ni ordm il" m "rápidoprso de dentrção" (p 63) Fn-ds reconhece que modrnzção 'dsidade reprsn um ro à "culLur d/k. ISO é paiculmente mas agudo em Pulo o qu o ev frmr qu "n
éa e que a qu Coi ra Colcore j se encontva em peaceleado de desnegaço" (1961 3) Acondçõs cuiae à C a e à
mzo bieira o lb enciad como Care menos Cavveis aes ê: r u ado o de mudaça a Coi mu pido· UO qudo ele e iniciou o ago elemns Colclócos da cuua ucohomogêneo (p 5). e is condiçõsvram os Colcorisas a desacar aurgêi ande eCa de pr
Fndes lmi a consta que imssível n no Cocoe o deão Pulo como um entidde ogânica einrd, como o os Colcors de a-um ciddes eurs fos" . 3.
POrnO emra iS tn ordo emOuros píses, o Colclore não uprsgundo Fande um p mneno Brs mo (cf 1961 :33). O os-n el da iolia. Por Cede
su ntegço nos cuículos eols privilégio que ee ra ao Colclore. sioloi dri demnhr "um palconsUvo na Comação da conscênciacvic dos cidos, conbundo pra craum éc d responsbildade e umatud Uônom crica em face Cun-conamo d insuiçõs líc ou dnunçõs rnalisSdos maáos do
pdr" (1977 77).Assim a eclusão do Coclore dos
curículos or re prov de umavlção objev" ds ansCormõsss oprnts no pís que gava-me Ornvm a culura Coclóricancrônc Porm Fnde lb d-corda da irodução d uma cdeiraspcc b o m no nno suror
legando o "ncrecmno" e "complicção no curculo" q ela ea. N d, mas do que avçõs obr o Colclor co bje esobre como eSulo dos folclorisas !a NF_ Emboa e
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i SS mSTÓCS-19
deimens mais rene Fendes ea chio de nosgia das su quino campo do folclore ( 1978:845) ouroseits a imprde que ee o viacomo um objet d menor rlevâncaQndo ele dla o "or que nurrar reacionao a su pa nafoação como udor e ao úlmoartgo de Folclo mnça ocial Nee(19614687) Fendes refere às s-sibiidads do apoveieno terário dofocore, dnido em eos amplos, pormcis modos como Jorge Amado,em "uma eie de bua da verdadeiraimage do 'omem do vo" p 471).Asim, quando ee vaoza o edo dofolclore sá nando nas esuçesétc e fosóficas que n he aadnas oba d Máo de Andrde a AmaduAmrl
Ar d, em um tigo intituldojustamente "Ciência e socidade naevolução social do Brasi", Fandeseconhe q, a do preo d mo dizaç que o Bril vem frndo, "amagia d ogem folclórica contina a existr e a praca, crenç reigios emágicoreigios, que alam pa vaoreexócos, eonm cam popício paradesenvolvimento grças às ingurças
subevas, den las inceezmois e ficçõs siais do mundo urboM, no fundo, a civiizaço que vincuaa es mundo é r neidads ntea civiição r excelência da enoogaracional da ciência e do pensamentoracional (197722).
Foresn Feds cone que a"nova odem" ma e compeiva é
ainda incipient em noso pas emergindoem "n disrs, aqui e ali, em imenoterio". Mesmo asim, a nfeordadené da cutura emergene n!o diminuia imânci de u estudo em relaço aoda "culrk" rque "o esses nosdiss que intem à anái, is éav dees que a iedade bilera
esá ndo rsuda cult e l-mente p. ).
O cnfn ene a "eol ps desociologia epesentada r oesFedes, e os folclos d revela um deba en is ml distnos d iênci, ml ess qu amparadifees pes d o .npaa o Bril D nt de is d de nimnto, heg 0ti lo pmeiro melo no ciênci ais no deo de o e s idenfc co da marinaizaço dos estuds defocore. O triunfodo melo iolónos fez, de cer foa herdeirs Istno nos imde de eXain cientsuas premissas, como fizmos cia-mnte, comparás a iglmentveis num do moen doolvimnto ciências iis do Brl
Mencio aoen he-ci imr q Fl dabui pes d para o dsevoliment ci ciais. folclors m lese peo A histi d defolclore apn r Éin e(962) é um lat nv d insttucioliz Ameu n
do ci a s Se moli;Máo de Andde crido S deEtgr e Folcloe; Ls Câ C-cudo, a Side Bi Fcr Oápice des ei o ment m-mo em q o é ei, q Cnero assume a dirã Ch dDesa do Folclo ie (fu Ituo ioal d Flcl.
enumerção, um difeç s lhses ititiçõs uc v omeo univeiário pilegdo r ras. Aio e ç -tica, quel itlis rdaivamte do CDFB liga dn dndo as als d " l
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FRAN F EAMGIN ÀÇO0FI 19
Bieiro". No queremos dizr qe a ni-versdade bsilea no esteja gad aoEso nem qe obvos cos esves-sem sentes ds preocupções de
Fedes M, compaado os folclos-, ele e inter maiores miç ço d is aS com suap ntetua
D n de vis lco, prosa deca
melo p meção do Bicl derentemene os plnos nconale tonl Dese a gnda fa domovmen ms esa qeso p-
va detrmnção dos prdcdosaces da naço baslera de mo vbii a incorção do pís nmedade (Moes 988:30). Énest sendo que devemos enender apesquisa empreendd po Máro deAnade e os focloriss a rso donoo aer nconal. A dee d noss
adiçs nunca mplico da pre do
Movmento olcórco ma posÇãOxenóob ão constntes as rmaçsd douns d UC, qe o acrço d CNFL de q o olcloe ra mmeo de promover O enendmeno ene osvos Porém uma d ss maores crsse d qndo, no Congeso Inteaciona,os ocorsas esrngeros reem deniço de fao ocóco ead t
nos anes de modo a aende às•
cul iaids da cl blea e de saormç025
Es concilço ene naconl e ne-naconal dá d oma m dfrn nob de Floresan Feandes mr eeenh consnemene dfenddo a ns-sida de pvegr o esdo d rddebrera ms e qe so ner
fer no plno dos mos o oruils sbodnd os pncípos duniversldde d cênca a cícvuen à sgesão de Gro Ramos deque a necessáio codn os modose pessos de pesqs nos pses d
Amér Ii com o nve ctu l
paç" 1977-71), nos ev magna o que eeah concede sqi ocóc deend rAeu
d. . 2
Mayn e queCItOIaM Peano dee ob o-n Fend como m pasge doesdo da cura para o siedade(198011), qe marca movmen d
cênc ais do o como u to,nclsive na anopologa (cf 120- 1).Vm qe, e os pmes aigos deFedesobreo foco osç ene
eses dois los corresnde osçoentre análise focórca e soógica,etivene
Rone· ommene qe, com aascenão de lguns novos pdgmasnopológcos no qdo ds ciêncissias bslei o concei de cluravolto upr m pal imrn dono de vs óco Um argo ene de
egato (1988) sugere qeo qede Oor o ma rdnço do pópocon-ceto de clua não ms ndo a pirdecompormens concrS, ms dossg-nfcados a ees abdos s mdançde pdgma tea mm conbídopara o dlno d tradçãO dos esdos doolcloe rvessda segundo ea depolêmcas tonômics em torno da
dfnção dos tços ormis do atofolclóco em si memo obeivo dedfnço e nas pav e Édion Carnero idnifca m am abndonado enclo (965) as demais cêncss pr mc ecidade aqees esds
ma das críic básic de Fans,a de qe o cam do foclore era r
brcado pOUlS
ciênc s, indase sa dno desse mmo hoone dedscso, hoe em dlno As osfs n dem n r revis-as e m le cíica dos udos deolcloe e anda r poveoa
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SS
1 . V, xmplo Quo 978;
, 1980 io 985. Bnd 982 tl a ç m sú do
2.V 985.!men como na e Fa o dvovim daooia da oia s dá meant xcluidra folclore caac- mo iêia mina
3 A comiss presdda r Rena A·
mida que participou do movimntoma Rio Je lgado pincpal-m a Ronald de vho Graça Ah equ manve com Máio d e Andradcoresndência a qual se cohem cart dejeio d 936 a mao de 94 (Melo e Souza,989)
4. O EC o crado em 946, quando eamnso do Extro oão Neves da Fonoua AN foi iada 7de novembo em eunão
d EC alad na sesão plenáa de 9 dedmbro tev sua prera ruã em g dejio de 948.
Ver a proposta de cração de uma oclóca de São auo AmadeuAmrl (Am 948:54) e a caç rMio de Andde, da Socedade de Enograa Folclo, igada ao Deeno Muncpld Cula de S Paulo (Soes, 983)
6 Pe signifcava desa dumnãonase na Bbiota Amadu Ara doInstu Naional do olcore sob a' ona deanais olens, corespondênca e mesmownens soltos ain sem calogçã Umouo congesso eion do ul o Basipatcp relzas em uenos As de 5 a 0de dezemo d 960
7. O Ceno Braslero d esquisasEducacionas CB E é do InstitutoNional de Esuos edagógicos d Mistéode Educção e Cura iado em 98 AnTeixeira tmou sse omo drtor m 95
8 Ra CE no I vo , m 9569 A oa "mertóa e paó da CNL é
r vezes vsa como a de "investg e consr·v een tos os elemnts ue est denossas velhs adiç pulr".
0 se gu pcpa Anso eiea
Feno de Azevdo Ameda úno Ces
Waly Lj o F o d Mo 5 o Fd Eonch ouo
1 . VSa e d
qui de ua vo 19882 dem mmos , Roqu
Pn Heloa Alr To u lvcy Riiro, Bs D Ávla Cos PtLuide Co Fia e José Bofáco RiueA m dra compha H Ba-dus aes Aeveo J ueo Fds,Diégues únio Ren Rio. Do cjo do
emáio onstava péhistóia, pnlogahumna e rquogia nologia sicaanoogia culturl socil ingsticaolcloe; probem ossionas d enin dologa
3. A aua ele a n petota mo uila (nos dimnts) a quesnôno de gu d refrênca, á que cad udees reea a um conun esí s-S08 inuêci de de aurou pquisadores, à tçqu o abgavaou àregião ond e foa rlizo ojesmencondos sã o da1NESCO, o d rlaõsacas o d idadsraóo e o do Vedo São rancis.
4 En ees: a orgnizaão de xsiõsde arte pula; o apoveitment folclor naeduaço a rvdcao de caão csde exnsão versitáa a dfa da ncluso
do follore cuículo s s de ciciscis, goa e históia fulde ilosa e le; a ognzação cmuncaçs e len bbográcos; aost deezação de um ér
5. A idéia de ua nologia cultal aelavene recene uz de Cso a emseu to Anologia no Brasil: deimenosem comomso : um mlte eo"eúne ndcaõs trsans a esse resit
6eu Maynd abalh, na dcada de950 com Donad Peron no oeto ale doSão nco. Publicou Ca Br (957)Popçõ riido Ba ãio(96 c Ecorço fo" de CO·dd (96. Ver a reso oêa (987).
. Essa dmensã íticoidelógca dMovmeno lcóco o ia stetente àtemáca do nonalsmo (cf. avacanti t al
op. c)
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E MGÇ oOE t
18 d f o crar j e o de muncípiosCat) dado C Wgley la Unvside de Col-b 1949 (Co op. ).
19; o go alv devdo sçõ sudas na V euno Baslea deg Fost Fd prefee o ologa" de olog
20 O go be Ameu Amal fo i pub de su obascop olhd e organ PauoD
2 A ia de "ollore nce elapaço qe vem deeSvo ome
que entaa identfcar o processo denonalaçã" da sia pul rtuguesaem no pas Romo 9) Por ouo lo éa sta sttes quexas dos r·s s dos focore Brasil a sito ns "be de noss ades (cfCvalct et ali 988)
22 A expessão utiliada lo pópo erns seu pmeio artgo be o ma(198:45.
A defa que Fedes faz da rençada ologia no cuculo sundáio é fe no CBrsileiro de Siologia
24 A causa dessa mgnalz ees ms n emss que inençsexplcadas r Feandes Na nota expva" que inu os saos da úlmaleea que rgza soe o m ee lmen melcólio que "a mia quidalosstus folclócos que riaseao n
passa
rente e que não, obstn nos eo aduia m do demai teraç ente aunveside e o grdepúblio" (9784 5 A mar pe dos rtgosque mos u am publcos em josdáios
ess momen, os olclost aenda ma revindicão de Máio de Andrade F peindível ma conceiaço nova dolcore pa os vos de civ e cultura
rnemene ima e hstóca como os danossa méca Ms essa nova nceituço emque cica' is se o nceo eurouleva a et de meia ricula e solmeneineco qe seja ene nós o fao folclóco rouo la a sua dessência tm levao a wconfsionsmo igualmene absurdo, fazendo
cs ores cee co ocquq m ' e q a'd au 1949298)
26. m goquea desnvovida em sua t M eo1980) msa na ca Fes o bo & eenu a eoa ma m esso nt de v líco". r u g e o c- m eJo clve nex q aju 1e& - a q pd qsõ
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GA 1 954 So Palo Unv-sidde de Sã Pao
RES Anônio Augusto 98 "Peo es-tudo dos folheos no contexto de suapç R� Sã Palo vo2 n 3 m.
_ 98. O q t ulapop Sã Paul ,
Brilien. Coleç meiros Passos.
AZEVE T 957 olclore e cisocias Comuncaç aesa mCongresso Brieio de ocore Bi
mo.BRANDÃO Ca 982 q fo/
Sã Paulo Brlise Col� PsPss
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CARNEIRO ison 959. "A ooga e biçs' do olcore". Comcaç fe CNFL. cumenos da CECC n429. mm
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Folle, vol. 2 n 3, p 462 maioago. evo2 n 4 p 392 /dz
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9 SS S-1H
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Luís Rodolfo d Pxão Vih é mse emologia sil a FR e ofeso deologa n UER!.