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FÔLEGO Se você quer aprender a pilotar um avião sem a necessidade de cur- sar uma escola especializada, então embarque nesse hobby e prepa- re-se para voar Érica Santos Dumont, Érika Neves e Geovana Rodrigues Quem passa e observa um grupo de pessoas contro- lando pequenas aeronaves pode pensar que é brinca- deira, mas, na verdade, é um hobby levado a sério pelos praticantes. Criado pelo francês Alphonse Penaud, em 1870, e praticado no Cea- rá desde a década de 1950, o aeromodelismo cruza os céus em vários bairros da capital cearense. Com tamanhos que variam de 15 cm (micro) a 10 m de en- vergadura – medidos de uma ponta a outra das asas – esses minimodelos de aviões podem alcançar até 1 mil metros de al- tura e desenvolver velocidades de até 300 km/h. A modalidade do voo cir- cular controlado, no qual o aeromodelo ca ligado ao praticante por meio de cabos, não é mais tão utilizado. Atual- mente, existem programas que simulam o voo, permitindo ao iniciante aprender a pilotar de forma prática e usando apenas o computador. “O simulador, para quem está começando, é superimportante, principal- mente quando não tem um ins- trutor à disposição, pois tentar voar um aeromodelo sem antes saber como funciona é prejuízo na certa com a queda do equi- pamento”, explica o analista de sistemas Eduardo Ellery, 38. O preço dos aeromodelos varia de R$ 600 a R$30 mil. Existe a opção de utilizar avi- ões artesanais que podem ser construídos por meio de pro- jetos, dicas e tutoriais dispo- níveis na Internet. A compra pode ser realizada em lojas vir- tuais, em grande parte do Bra- sil, no exterior, e também em Fortaleza. Aeromodelismo é diversão para todas as idades Serviço Fórum do Cineas: cineastv.com Confederação Brasileira de Aeromo- delismo (COBRA): cobra.org.br/ Emerson Bezerra, instrutor de voo: 8722-1719 Onde praticar Cerca de 20 aeromodelistas se reúnem aos sábados e do- mingos no Porto das Dunas, próximo à Usina Eólica, para a prática deste hobby. Lá, são utilizados dois tipos de aero- modelos: o planador, que de- pende do vento para locomo- ção e funciona com o uso de controle, mas não apresenta motor, e o elétrico que utiliza alta tecnologia e possibilita a construção de modelos com tamanho e peso reduzidos. Há, também, aeromodelos com motor a explosão, os quais necessitam da queima de um combustível para voar. Outro local bastante procu- rado nos nais de semana é o Carrapicho, localizado dentro do Centro Administrativo do Estado no Cambeba. Nesse lu- gar, uma média de 30 pessoas Saiba mais se reunem. Já o Centro Inte- grado de Modelismo (CIM), na Estrada do Fio, em Messejana, é indicado também para o uso de todas as modalidades, que não se restringe a aviões. O gerente técnico Cineas Neto, 43, já praticou helimo- delismo (ver “Saiba mais”) e pratica também nautimodelis- mo, minibarcos, além do aero- modelismo. Outras categorias que utilizam miniaturas de carros, motos e modelos feitos necessariamente com material plástico também podem ser encontradas no mercado. Aeromodelo com turbina pode chegar a 300 quilômetros por hora FOTOS: ÉRIKA NEVES Demétrio Hilvy pratica aeromodelismo no CIM FOTO: ÉRIKA NEVES JORNAL-LABORATÓRIO SOBPRESSÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIFOR MAR/ABR 2010 ANO 7 N° 21 Se você um avião se sar uma esco embarque r e-se par a Éri Érik Rodrig Quem passa grupo de pess lando pequena pode pensar qu deira, mas, na v um hobby levad pelos praticantes. Cri francês Alphonse em 1870, e praticado n desde a década de 1 aeromodelism em ba mais Demétrio Hilvy pratica eromodelismo o CIM O: ÉRIKA NEVES JORNAL AL AL L L L L AL L L L L L L L L L L L L L L L L L L L AL L L L L L AL L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L L AL A A AL L L L A AL L L L L AL L L L L L L L L L L L-L -L -L -LA -LA LA -LA -LA -LA -LA -LA LA -L -L LA LA LA -LA -LA -LA -LA -LA A -LA -LA A -LA -LA LA -L -LA -LA L LA -LA -LA -LA A A -LA -LA -LA -LA -LA A A LA LA -L -LA LA A -LA A -LA L LA LA -L -L LA A -LA -LA A A A -LA A A -LA -LA -LA L LA - -L LA A L LA A A - A A A LA A A A A A A A LA A A A A L LA A A L LA A A ABO BO B B B BO BOR B BO BO BO B BO O BO BO BO BO BO O BOR BOR BOR BOR BOR BOR OR R OR BOR BO B BOR B BOR O BO BO BO O BO BO BO BO OR BOR BOR BOR BOR BO O BOR BO BOR BOR R R R BO BO B BOR BOR R R R B B BO BOR O BO BOR R R BOR OR BO BO O OR R B B B BO BO BOR OR BOR BOR BOR O B BO BOR BOR R R BOR BO O BO OR R R B R R O BO O OR R BOR BO BOR R R O OR R R BO O OR R B BO OR O OR O O OR BO ATÓ ATÓ ATÓ ATÓ AT ATÓ AT ATÓ ATÓ ATÓ ATÓ ATÓ AT ATÓ ATÓ ATÓ ATÓ AT AT AT AT AT AT AT AT A A AT A ATÓ T ATÓ ATÓ A AT AT A A A AT A A ATÓ AT T T T T T T A AT A A AT A A A A AT T A A AT T A A A AT T A AT AT AT T RIO RIO RI RIO RIO RIO RIO RIO O O RIO O O O O O O O O R O O O RIO O RIO R O R O R O O O O O RIO O O O S S S SO SO SO S SO SO SO SO O O O SO O S S SO SO O S S SO SO S SO S SO O S S SO O O SO S S SO S SO O S BP BPR BPR R BPR B BPR BPR R R BPR PR RESS ESS ESS ESS ESS ESS ESS ESS ESS SSÃO ÃO ÃO ÃO Ã ÃO ÃO ÃO Ã ÃO Ã ÃO ÃO ÃO O Ã DO D DO DO DO O O O O D DO DO O D D CU CU CU CU CU CU CU U U UR C CU U U U U U U CU U UR U U U U U U UR CU U U U U U CU C CU CU U CU U U U U U U UR RSO DE JORNALISMO DA UNIFOR M Em outros voos Em frente ao Centro de Con- venções, na Avenida Washing- ton Soares, pessoas de todas as idades se reúnem aos sábados, domingos e feriados para pra- ticar o helimodelismo. Nascida há mais de 20 anos no Ceará, essa categoria do aeromodelis- mo utiliza réplicas de helicóp- tero em miniaturas. O instrutor de voo Emerson Bezerra, 38, tornou-se pionei- ro desta prática em Fortaleza. “Meu primeiro helimodelo foi importado e custou US$1,2 mil”. Após deixar o equipa- mento na estante durante seis meses, por não ter um instru- tor cearense e não conhecer quem zesse helimodelismo no Estado, ele e dois amigos contrataram um instrutor vin- do de São Paulo. As diferenças entre os mi- ni-helicópteros e aviões não estão apenas na hélice e nas asas, mas na forma de manu- sear o controle, que pode ser utilizado pelos dois modelos. Quem pratica as duas moda- lidades arma que aprender helimodelismo é mais difícil. “Achava que seria fácil pilotar um helimodelo, mas, quando tentei, vi que as técnicas dele eram muito diferentes das de um avião. O helicóptero pode parar no ar, o avião não”, ex- plica Emerson. Assim como os pequenos aviões, os helimodelos tam- bém variam de formatos, ta- manhos e categorias. Se antes era somente à combustão, hoje, com um simples trans- missor elétrico, os mini-heli- cópteros podem chegar à altu- ra máxima de 1 mil metros e atingir velocidades de até 120 km/h. Os preços variam de R$ 3 a 5 mil. Para um dos amantes do helimodelismo, o aposentado Alberto Studart, 63, o hobby não cou só na prática. Ele criou o blog “Diário de um velho helimodelista” (dia- riodeumvelhohelimodelista. blogspot.com) para registrar suas experiências aéreas, que já teve o acesso inclusive de praticantes de outros países. Para Alberto, além das van- tagens como a sociabilização entre todas as faixas etárias, a modalidade proporciona aos praticantes um exercício men- tal e a interação familiar.

Fôlego # 21

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Jornal laboratório de esportes da universidade de Fortaleza - UNIFOR

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Page 1: Fôlego # 21

FÔLEGO

Se você quer aprender a pilotar um avião sem a necessidade de cur-sar uma escola especializada, então

embarque nesse hobby e prepa-re-se para voar

Érica Santos Dumont,

Érika Neves e Geovana

Rodrigues

Quem passa e observa um grupo de pessoas contro-lando pequenas aeronaves pode pensar que é brinca-deira, mas, na verdade, é um hobby levado a sério

pelos praticantes. Criado pelo francês Alphonse Penaud, em 1870, e praticado no Cea-rá desde a década de 1950, o aeromodelismo cruza os céus em vários bairros da capital cearense.

Com tamanhos que variam de 15 cm (micro) a 10 m de en-vergadura – medidos de uma ponta a outra das asas – esses minimodelos de aviões podem alcançar até 1 mil metros de al-tura e desenvolver velocidades de até 300 km/h.

A modalidade do voo cir-cular controlado, no qual o aeromodelo fi ca ligado ao praticante por meio de cabos, não é mais tão utilizado. Atual-mente, existem programas que simulam o voo, permitindo ao iniciante aprender a pilotar de forma prática e usando apenas o computador. “O simulador, para quem está começando, é superimportante, principal-mente quando não tem um ins-trutor à disposição, pois tentar voar um aeromodelo sem antes saber como funciona é prejuízo na certa com a queda do equi-pamento”, explica o analista de sistemas Eduardo Ellery, 38.

O preço dos aeromodelos varia de R$ 600 a R$30 mil. Existe a opção de utilizar avi-ões artesanais que podem ser construídos por meio de pro-jetos, dicas e tutoriais dispo-níveis na Internet. A compra pode ser realizada em lojas vir-tuais, em grande parte do Bra-sil, no exterior, e também em Fortaleza.

Aeromodelismo é diversão para todas as idades

Serviço

Fórum do Cineas: cineastv.comConfederação Brasileira de Aeromo-delismo (COBRA): cobra.org.br/ Emerson Bezerra, instrutor de voo: 8722-1719

Onde praticarCerca de 20 aeromodelistas

se reúnem aos sábados e do-mingos no Porto das Dunas, próximo à Usina Eólica, para a prática deste hobby. Lá, são utilizados dois tipos de aero-modelos: o planador, que de-pende do vento para locomo-ção e funciona com o uso de controle, mas não apresenta motor, e o elétrico que utiliza alta tecnologia e possibilita a construção de modelos com tamanho e peso reduzidos. Há, também, aeromodelos com motor a explosão, os quais necessitam da queima de um combustível para voar.

Outro local bastante procu-rado nos fi nais de semana é o Carrapicho, localizado dentro do Centro Administrativo do Estado no Cambeba. Nesse lu-gar, uma média de 30 pessoas

Saiba mais

se reunem. Já o Centro Inte-grado de Modelismo (CIM), na Estrada do Fio, em Messejana, é indicado também para o uso de todas as modalidades, que não se restringe a aviões.

O gerente técnico Cineas Neto, 43, já praticou helimo-delismo (ver “Saiba mais”) e pratica também nautimodelis-mo, minibarcos, além do aero-modelismo. Outras categorias que utilizam miniaturas de carros, motos e modelos feitos necessariamente com material plástico também podem ser encontradas no mercado.

Aeromodelo com turbina pode chegar a 300 quilômetros por hora FOTOS: ÉRIKA NEVES

Demétrio Hilvy pratica aeromodelismo no CIM FOTO: ÉRIKA NEVES

JORNAL-LABORATÓRIO SOBPRESSÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIFOR MAR/ABR 2010 ANO 7 N° 21

Se vocêum avião sesar uma esco

embarque re-se para

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Quem passa grupo de pesslando pequenapode pensar qudeira, mas, na vum hobby levad

pelos praticantes. Crifrancês Alphonse em 1870, e praticado nrá desde a década de 1aeromodelismemba mais

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Em outros voosEm frente ao Centro de Con-venções, na Avenida Washing-ton Soares, pessoas de todas as idades se reúnem aos sábados, domingos e feriados para pra-ticar o helimodelismo. Nascida há mais de 20 anos no Ceará, essa categoria do aeromodelis-mo utiliza réplicas de helicóp-tero em miniaturas.

O instrutor de voo Emerson Bezerra, 38, tornou-se pionei-ro desta prática em Fortaleza. “Meu primeiro helimodelo foi importado e custou US$1,2 mil”. Após deixar o equipa-mento na estante durante seis meses, por não ter um instru-tor cearense e não conhecer quem fi zesse helimodelismo no Estado, ele e dois amigos contrataram um instrutor vin-do de São Paulo.

As diferenças entre os mi-ni-helicópteros e aviões não estão apenas na hélice e nas asas, mas na forma de manu-sear o controle, que pode ser utilizado pelos dois modelos. Quem pratica as duas moda-lidades afi rma que aprender helimodelismo é mais difícil. “Achava que seria fácil pilotar um helimodelo, mas, quando

tentei, vi que as técnicas dele eram muito diferentes das de um avião. O helicóptero pode parar no ar, o avião não”, ex-plica Emerson.

Assim como os pequenos aviões, os helimodelos tam-bém variam de formatos, ta-manhos e categorias. Se antes era somente à combustão, hoje, com um simples trans-missor elétrico, os mini-heli-cópteros podem chegar à altu-ra máxima de 1 mil metros e atingir velocidades de até 120 km/h. Os preços variam de R$ 3 a 5 mil.

Para um dos amantes do helimodelismo, o aposentado Alberto Studart, 63, o hobby não fi cou só na prática. Ele criou o blog “Diário de um velho helimodelista” (dia-riodeumvelhohelimodelista.blogspot.com) para registrar suas experiências aéreas, que já teve o acesso inclusive de praticantes de outros países. Para Alberto, além das van-tagens como a sociabilização entre todas as faixas etárias, a modalidade proporciona aos praticantes um exercício men-tal e a interação familiar.

Page 2: Fôlego # 21

SOBPRESSÃOMARÇO / ABRIL DE 20102 FÔLEGO

Caderno Fôlego - Fundação Edson Queiroz - Universidade de Fortaleza - Diretora do Centro de Ciências Humanas: Profa. Erotilde Honório - Coordenador do Curso de Jornalismo: Prof. Eduardo Freire - Professor Orientador: Alejandro Sepúlveda - Projeto Gráfi co: Prof. Eduardo Freire - Diagramação: Aldeci Tomaz - Estagiários de Produção Gráfi ca: Luiza Machado, Patrícia Lima, Bruno Barbosa e Tamires Fontenele - Supervisão gráfi ca: Francisco Roberto - Impressão: Gráfi ca Unifor - Tiragem: 500 exemplares - Edição: Gabriela Ribeiro - Redação: Érika Neves, Érica Santos Dumont, Geovana Rodrigues, Eduardo Buchholz, Lardyanne Pimentel, Jefferson Passos, João Bandeira Neto, João Paulo de Freitas , João Paulo Alves, Suiani Sales, Thamyres Heros Martins, Rafaela Lisboa e Wolney Batista.

Sugestões, comentários e críticas: [email protected]

“Cansei de pular o muro pra poder praticar”

Saiba mais...

100 metros com barreira10 obstáculos são colcocados

em cada pista ao longo do percurso. Tocá-la ou derrubá-la não gera nenhuma penalidade ou desclassifi cação.

200 metros rasosProva clássica do atletismo, essa é uma modalidade essencialmente de velocidade. No masculino, o jamaicano Usain bolt, detem o atual recorde mundial.

Salto em alturaO atleta tem que ultrapassar um

sarrafo elevado a uma certa altura, apenas com o impulso

do corpo. Cada participante tem direito a três chances. Caso ocorra empate na mesma marca, vencerá quem atingiu a altura na primeira tentativa.

800 metros rasosUma volta inteira de uma pista ofi cial mede 400 metros, sendo assim, os competidores dessa prova devem dar duas voltas completas no estádio. Nas Olimpíadas de 1984, o brasileiro Joaquim Cruz foi Ouro nesta modalidade.

Arremesso de pesoCriado na Escócia, esse esporte consiste em lançar uma bola de ferro que pesa quatro quilos para as mulheres. Apoiado pela mão e pescoço, o arremesso deve ser feito após a atleta girar em torno do próprio eixo. O lançamento deve ser feito pelos dedos e não com a palma da mão.

Lançamento de dardoO dardo é uma espécie de lança

que, para as mulheres, pesa 600 gramas e mede 2,7 metros. Para o lançamento ser válido, o chão

deve ser tocado primeiro por sua ponta.

Salto em distânciaA prova é divida em três espaços. O primeiro é uma pista com no mínimo 45 metros de comprimento. O segundo, uma tábua de madeira no fi nal da pista. E, por último, uma caixa de areia. A medição é feita da tábua até a marca mais próxima deixada pelo atleta. A brasileira Maurren Maggi ganhou medalha de ouro nas últimas Olimpíadas em Pequim.

Vice-campeã por duas vezes no Torneio Norte e Nordeste, Gilailce de Assis chega em primeiro lugar no Festival de Atletismo Unifor e prepa-ra-se para as Olimpíadas no Brasil

Wolney Batista

A primeira edição do Festival de Atletismo - Menor - Juve-nil e Adulto aconteceu no dia 13 de março, no estádio de atletismo da Unifor. Vários atletas, de equipes diferentes, apresentaram-se em modali-dades como: salto triplo, lan-çamento de peso e corrida dos 100m rasos. O Festival não tem premiação. O objetivo é melhorar o tempo dos atletas e, assim, garantir a vaga deles em grandes competições.

Promessa no esporte, Gi-lailce de Assis conseguiu o melhor tempo na modalidade dos 110m com barreiras. Com a marca de 16 segundos, a jo-vem de 21 anos, praticante do heptatlo (ver quadro ao lado) ultrapassou a linha de chega-da bem à frente de suas con-correntes. Antes de esboçar qualquer comemoração, a es-portista foi em direção ao seu treinador e apontou seus erros durante a prova. “Eu não tava levantando muito a perna na hora de saltar”, confessa.

A autocrítica e determina-ção são duas qualidades que a acompanham desde a época em que morava e treinava no Maciço de Baturité. Nascida

em Aratuba, Gilailce, até o ano de 2006, dividia sua ro-tina entre a família e a escola. Nesse ano, a Prefeitura da ci-dade resolveu investir em es-porte e contratou um profes-sor de atletismo para treinar jovens do município.

Convidada a fazer parte da equipe, a estudante admite que, de início, tudo era brin-cadeira: “Eu não queria saber de nada. Só queria saber de festa, de viagem, vir de Ara-tuba para cá (Fortaleza)”. Mas o aparente descaso não durou muito. A estudante percebeu no esporte a oportunidade de uma carreira promissora. De-terminada a empenhar-se no atletismo, ela não se desmo-tivou com as precárias condi-ções oferecidas. “O lugar onde a gente fazia o salto triplo não tinha areia, tinha pedrinhas, aí, tinha que saltar com calça e casaco para não se ferir. Além disso, o terreno onde a gente treinava era fechado pela ma-nhã. Cansei de pular o muro pra poder praticar”, lembra sorridente.

Em 2008, a equipe de Aratuba veio a um campeo-nato em Fortaleza. Meses de-pois, o patrocínio dado pela Prefeitura foi suspenso e o grupo deixou de existir. Por indicação do então treinador Jerry Welton ao professor do curso de Educação Física da Unifor, Marcos de Lazaris, a jovem veio treinar no estádio de atletismo da Unifor. Após dividir apartamento por dois

meses com outra atleta, mais uma barreira foi vencida: Gilailce foi aceita no CNTA (Centro Nacional de Treina-mento de Atletismo). O cen-tro é patrocinado por uma parceria da Unifor, Caixa e CBAt (Centro Brasileiro de Atletismo), e, hoje, após dois anos de sua criação, dá apoio a 10 esportistas. Além de mo-radia, os atletas ganham uni-forme e uma bolsa.

Família e sonhosO único motivo capaz de

tirar o sorriso constante do rosto da atleta é a distância da família.“Esse ano achei que fosse passar meu aniver-sário sem minha mãe, mas ela chegou de surpresa. Eu sou muito apegada aos meus pais e irmãos. É muito ruim ficar longe. Passo meses sem ir na minha cidade”, desabafa.

A saudade só é venci-da porque Gilailce tem dois objetivos bem definidos na vida. O primeiro é participar das Olimpíadas em 2016. “Eu não tô aqui à toa, tô treinan-do. Se eu conseguir baixar meu tempo até 12 segundos, eu vou [participar dos jogos]. Sei que é possível”. O segun-do não tem nada de indivi-dual. Ela sonha com o dia em que poderá ajudar atletas que não tiveram as mesmas opor-tunidades. “Sei o quanto é di-fícil. Quero muito montar um centro na minha cidade e dar chance de outras pessoas de lá se destacarem”.

Só para mulheresIncorporado aos esportes olímpicos desde 1984, o Hepta-tlo, como o nome já indica, é uma categoria que une sete outras modalidades do atletismo. Praticado exclusivamen-te por mulheres – a prova equivalente para o masculino é o decatlo -, o esporte exige das atletas extraordinário de-sempenho físico e mental, em dois dias de competição. As modalidades são:

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Unifor realiza Festival de Atletismo onde os atletas podem melhorar seus tempos para futuras competições FOTOS: WALESKA SANTIAGO

Page 3: Fôlego # 21

SOBPRESSÃO3MARÇO / ABRIL DE 2010 FÔLEGO

Um dos objetivos mais co-muns entre as pessoas que malham é a hipertrofia (cres-cimento do músculo). No mo-mento da malhação, há uma destruição das fibras mus-culares e só após 48 horas é que o músculo consegue se regenerar. Se há um exagero nos exercícios com o mesmo músculo, ele pode vir a sofrer uma queima e consequente-mente uma diminuição, po-dendo vir a lesionar. Para que haja a hipertrofia, o músculo precisa de descanso, por isso o programa é elaborado com exercícios alternados.

Temos que estar atentos, pois existem peculiaridades quando o assunto é atividade física. No caso de crianças, já ouvimos muitas vezes que elas não podem malhar e isso não é bem verdade. Elas pre-cisam de um acompanhamen-to diferenciado, já que estão

em processo de formação óssea. O programa precisa ser mais leve, assim como os halteres utilizados, e cuidado no uso das máquinas. Para os idosos, o cuidado é o mesmo das crianças. No caso de grá-vidas, muitas pessoas não sa-bem, mas é aconselhável que se exercitem e que pratiquem a musculação. “Não podem malhar nos 4 ou 5 primeiros meses, devido à formação do feto, mas, a partir do sexto mês, pode tranquilamente. Claro, com cuidados especiais nos equipamentos e no pro-grama. Não devem dar mui-ta preferência à carga, mas malhar mais com o peso do corpo. Facilita o trabalho de parto e também na perca de peso pós-parto, por causa do metabolismo que estará mais acelerado”, afirma Assis.

Os exercícios físicos não melhoram só o corpo de ges-

tantes e sim de todos que os exercem. Mas não basta fazer apenas exercícios, é preciso ter uma alimentação saudável, seguindo uma die-ta balanceada, orientada por um profissional de nutrição, já que essa função não se encaixa nos serviços de um personal.

É justamente pelo bom aproveitamento dos exercí-cios avaliados por personais, que essa profissão se tornou bem mais comerciável que outras na área de Educação Física. O treinamento dado por um personal vai além dos objetivos propostos pela prá-tica comum, pois causa bem-estar e é integrados à qua-lidade de vida e saúde. Uma das maiores vantagens desse ramo é o seu produto: a ativi-dade física, quando orientada por um profissional da área, corresponde a expectativas

dos clientes alterando por completo a forma de vida, de modo positivo.

Segundo Fausto Arantes Porto, autor do livro ‘Como montar um centro de treina-mento personalizado’, deve-

se fazer uma reflexão sobre sua vocação e desejo, não se deslumbrar apenas com os ganhos financeiros, essa es-colha vai levar uma vida de dedicação e envolvimento pessoal.

Treinamento personalizado Para realizar exercícios em

casa, ao ar livre ou em academias, muitas pessoas procuram orienta-ção de profi ssionais exclusivos de Educação Física

João Paulo de Freitas e Rafaela Lisboa

Mesmo com a correria do dia a dia e com pouco tempo para alimentação, muitas pessoas desejam estar sempre em for-ma, seja para se enquadrar em padrões estéticos ou apenas para ter uma vida saudável. A boa forma e a saúde provêm, principalmente, de dois aspec-tos: alimentação e exercícios físicos. No segundo caso, al-guns preferem ter ao seu lado um profi ssional habilitado, o personal trainner.

Condicionamento físico, saúde, emagrecimento e esté-tica são alguns dos objetivos traçados na vida do profi ssio-nal que promove bem-estar e qualidade de vida para muitas pessoas. É o que faz o perso-nal trainner, profi ssional de educação física, pós-graduado na área de personal trainning (treinamento personalizado), professor de condicionamento físico particular, especializado na elaboração, prescrição e acompanhamento de exercí-cios físicos.

A práticaAs atividades se iniciam

após uma análise de perime-tria (avaliação da condição física) do aluno. Só então o profissional elabora o pro-grama a ser seguido, sem desprezar a individualidade e direcionando os exercícios para os objetivos requeridos pelo cliente. Após o término

do programa passado pelo profissional, é feita uma re-avaliação física para se criar um novo programa, seguindo o desenvolvimento do corpo.

A duração das aulas é apro-ximadamente de 45 a 50 mi-nutos. Essa modalidade de prestação de serviço pode ser implementada na residência ou no local de trabalho do cliente, na qual o personal se desloca com o “Kit” de aparelhos ou

se adequa ao ambiente e seus recursos, em espaços públicos como parques, ruas de lazer, clubes, praças e praias; ou em ambientes privados, como academias e clínicas de treina-mento personalizado.

A importância de se ter um personal trainner é a atenção individual que o aluno tem. Diferente de uma academia, onde pode haver um professor para cada 60 alunos, o personal

acompanha o tempo de treino e de descanso do aluno, podendo elaborar o programa baseado no seu desenvolvimento com mais segurança, além de dar ao aluno um maior aproveitamento dos exercícios.

A divisão dos exercícios no programa é feita a partir dos ob-jetivos do aluno. “Geralmente as mulheres preferem malhar mais glúteo e coxa, então passamos para elas um programa mais

voltado para essa parte do cor-po. Em um dia se malha parte anterior da coxa e panturrilha e no outro parte superior e glúteo, para que se malhe braço ape-nas um dia. Já para o homens, o preferencial é a parte superior do corpo, então passamos uma série de exercícios para peito e tríceps, outra de costa e bíceps e a última de coxa e panturrilha ”, diz o personal trainner Francis-co de Assis Alves, 26 anos.

Valorização da profissão

Personal avalia condição física do aluno e acompanha de perto a execução de exercícios, o que otimiza os resultados para a saúde e estética corporal FOTO: SUIANI SALES

Profi ssional muda programa após reavaliação física do aluno FOTO: SUIANI SALES

Page 4: Fôlego # 21

SOBPRESSÃOMARÇO / ABRIL DE 20104 FÔLEGO

Suiani Sales

Chamada de “ciência dos oito membros”, pois ensina a seus praticantes usar as duas mãos, os dois pés, as duas pernas e os dois cotovelos para uma inten-sa troca de golpes contra seus oponentes, o Muay Thai envol-ve um treinamento intensivo para enrijecer as pernas, coto-velos, punhos e joelhos.

Muay Thai é um esporte complexo que tem tradição na Tailândia e até hoje é o mais praticado no país, sendo idolatrado por toda a popula-ção. O esporte que conhece-mos hoje, surgiu na década de 1930, quando foi criado o regulamento ofi cial do Muay Thai e as regras para sua prá-tica. O esporte é uma técnica de luta de contato muito efi -ciente, pois envolve joelhadas, caneladas, chutes, socos, coto-veladas e sua prática é a mais próxima possível de um com-bate real. Durante os treinos, o praticante não aprende só a dar golpes, mas, também, a recebê-los. A técnica é efi ciente por-

Saiba mais...

Técnicas de luta das oito armas

A guarda: As mãos do luta-dor fi cam fechadas ou semi-abertas, devendo, ainda, pro-teger o queixo.

Gancho: é um golpe que utiliza as mãos fechadas, sendo executado de baixo para cima tendo como alvo o queixo do oponente. É executado a média distância para a eficiência do golpe.

Luta tailandesa que pode ser praticada a partir dos 7 anos, o Muay Thai conquistou espaço em várias academias no Ceará e é uti-lizado em competições de MMA

que é dinâmica. Hoje, é muito utilizada nos campeonatos de artes marciais mistas (MMA - Mixed Martial Arts).

Antigamente, os lutadores treinavam apenas com cordas enroladas nas mãos, e estas eram mergulhadas em cola com vidro moído ou areia. Com o tempo, o uso de luvas passou a ser obrigatório e as lutas

passaram acontecer em um ringue de boxe – os partici-

pantes usavam proteção para a boca e a virilha.

Os chutes circulares são um dos pontos fortes da téc-

nica de ataque do muay thai. Para aplicar tal golpe, o lu-

tador precisa fazer um mo-vimento rotatório com o

corpo todo. Em função dos movimentos gira-tórios, os lutadores também fortalecem os seus músculos

abdominais. Ou-tra peculiaridade é o uso da canela

tanto para a defesa como para o ataque.

O antebraço também é bastante utilizado na de-fesa. O praticante do es-porte visa o nocaute e não marcar pontos . Os golpes são dados sequencialmen-te e não isolados. Muitas técnicas de Muay Thai usam todo o movimento do corpo, em que o praticante

gira os quadris em cada chu-te, soco ou bloqueio.

Título MundialNo Ceará, o esporte vem se

difundindo mais a cada dia. Re-centemente, o cearense Willa-my “Chiquerim”, 22, derrotou o japonês Kenishiro Togashi e se tornou campeão mundial da categoria Shooto. O cearense faz parte da elite brasileira de atletas no esporte e difunde a modalidade por todo o estado, por meio de apresentações e com uma academia particular para a prática do esporte.

O professor Marcelo Mar-ques Rodrigues, 34, possui gra-duação preta (o que lhe confe-

re a experiência de instrutor) pela Confederação Brasileira de Muay Thai e começou como aluno em 1999. Atualmen-te, faz seis anos que ensina o esporte. Somente ele e mais três professores em Fortaleza possuem certifi cado obtido na Confederação Brasileira.

Rodrigues afi rma que a prá-tica não possui contra-indica-ções, pois quem se propõe a esse intenso treino, só tem a ganhar. A perda calórica em cada aula vai de 800 a 1000 calorias. Os atletas ganham resistência, massa magra, co-

Muay thai é utilizado, também, como defesa pessoal, pois os lutadores têm como objetivo o nocaute FOTO: FABIANE DE PAULA

Fran começou a lutar para emagrecer e, hoje, sagrou-se campeã na modalidade FOTO: FABIANE DE PAULA

Page 5: Fôlego # 21

SOBPRESSÃO5MARÇO / ABRIL DE 2010 FÔLEGO

Artigo

Em toda a história do futebol, sempre houve a manifesta-ção de torcidas espontâneas. De acordo com Correia Sobri-nho, autor do artigo “Torcidas organizadas de futebol: meta-morfose de um fenômeno de massa”, primeiro elas aparece-ram como torcidas voluntá-rias que se uniam por simples afeição aos times e prazer de assistir aos jogos. Com o tem-po, diversas facções surgiram e modifi caram-se, agregando valores antes inexistentes. Hoje, são mais autônomas e na maioria das vezes agem de acordo com os princípios dos torcedores e não com as bandeiras levantadas pelos seus respectivos times.

Parece contraditório, mas certas atitudes das torcidas podem infl uenciar direta-mente nos jogos e nem sem-pre de forma positiva. Como no caso de violência contra o ex-jogador do Palmeiras, Vagner Love, que foi ame-açado e agredido por inte-grantes da torcida organi-zada ao sair de uma agência bancária, no fi nal de 2009. Isso gerou medo não só no atacante do time, que se pre-ocupava com sua segurança e de sua família, como tam-bém em outros jogadores que se sentiam ameaçados e cogitaram sair do time.

Uma torcida organizada ou uniformizada refere-se a torcedores profi ssionais de um clube esportivo. Essas associações geralmente to-mam pra si um mascote e, a partir dele, é feita divulgação e comercialização de uma série de produtos envolven-do a marca da torcida. Uma forte característica dessas torcidas é o uso de canções e hinos em que é frequente o uso de palavrões, especial-mente quando se refere aos rivais, os quais também são vítimas de provocações e chacotas. Às vezes, também são utilizados gritos políticos

ou de protesto e referentes aos técnicos e árbitros das partidas. Outra forma de ma-nifestação se dá por meio de símbolos e gestos corporais feitos com mãos e braços, a partir dos quais muita con-fusão é gerada.

O envolvimento das tor-cidas organizadas em atos de severa violência já é um estigma desse segmento torcedor. De acordo com a professora e psicóloga Rosi-ta Paraguaçu, isso se deve a uma má formação pessoal do indivíduo, que ocorre primei-ro na família, depois no âm-bito da escola e termina seu desenvolvimento já na ado-lescência, quando começam a se formar os grupos sociais. Nesse momento, o indivíduo carente de oportunidades e aprendizado escolhe um re-fúgio nos grupos que come-tem violência. Outra hipótese seria que eles cometem atos violentos para se sentirem aceitos e deterem um cer-to poder dentro do grupo e, dessa forma, protegerem-se. A violência seria uma forma de conseguir seus objetivos a qualquer custo.

Dentro desse contexto, o Estado age no sentido da re-pressão, colocando policiais para inibir os atos violentos, quando seria mais efi caz usar de medidas preventivas. Isso seria possível se existissem medidas mais efi cientes na formação pessoal e social das pessoas, dando-lhes direito a uma educação de qualidade e condições às famílias de formar melhor seus integran-tes, não apenas com auxílios fi nanceiros - que também são importantes -, mas, principal-mente, agindo na formação psicológica e familiar, que é onde tudo começa. Assim, proporcionaria a real forma-ção de cidadãos.

(Estudante do 5° semestre de

Jornalismo na Unifor)

Thamyres Heros

Breve refl exão sobre

as torcidas organizadas

Onde praticarAcademia Corpo em AçãoFone: 3243-6279

B2 AcademiaFone: 3273-4544

Academia AtléticaFone: 3262-2260

Serviço

Cruzado: é um golpe que cru-za a linha frontal da guarda do oponente. É executado a média distância.

A prática do esporte aumenta a fl exibilidade e ajuda na defi nição corporal FOTO: FABIANE DE PAULA

Golpes utilizam as atirculações, como os joelhos e cotovelos FOTO: FABIANE DE PAULA

Joelhadas: As joelhadas são potentes e podem ser aplicadas em clinche ou não, em diferen-tes partes do corpo.

Chute Circular: Esta é a téc-nica de chute mais usada. Uti-liza-se a canela para golpear o adversário com força.

Onde praticarAcademia Corpo em AçãoFone: 3243-6279

B2 AcademiaFone: 3273-4544

Academia AtléticaFone: 3262-2260

Serviçoçç

A prática do esporte aumenta a fl exibilidade e ajuda na defi nição corporal FOTO: FABIANE DE PAULA

Golpes utilizam as atirculações, como os joelhos e cotovelos FOTO: FABIANE DE PAULA

ordenação motora, há defi ni-ção muscular, entre outros be-nefícios. O professor ressalta que possui alunos entre sete e 60 anos de idade, ou seja, é um esporte que pode ser pra-ticado por qualquer pessoa. Ele diz que procura incentivar os alunos a não serem violen-tos quando estão na rua ou até mesmo no treino, mas já che-gou a expulsar um aluno por não estar portando-se de ma-neira adequada. Por ser uma luta diferenciada, muitas mu-lheres têm procurado o esporte como forma de exercício físico. “A melhora e defi nição no cor-po delas é muito rápida”, diz o professor.

O aluno Genilson Pinheiro, 17, é um dos destaques cearen-ses da atualidade. Ele acom-panhava um vizinho do bairro para os treinos, e, a partir dis-so, começou a interessar-se e praticar o esporte. Já faz cinco anos que treina. Participou de quatro lutas casadas (compe-tições organizadas pelos trei-nadores dos alunos), ganhan-do todas. Foram três de Muay Thai e uma de boxe. Pinheiro pretende seguir carreira de lutador e nunca se machucou

treinando ou até mesmo competindo.

Genilson se declara um apai-xonado pelo Muay Thai.

Adesão femininaA explosão do esporte é um

fenômeno percebido de perto pelos que frequentam acade-mias de ginástica e por quem é do universo das artes marciais. A aluna Francimary Silva Tava-res, 19, afi rma que sua mãe não gosta que ela pratique, mas há uma aceitação do restante das pessoas que convivem com ela. “Os meus amigos acham legal eu praticar Muay Thai”, diz ela.

Fran, como é chamada, en-trou no esporte porque queria perder peso e acabou gostan-do. Neste ano de 2010, a aluna

completa dois anos de treino e pretende seguir carreira de lu-tadora. Participou de três lutas e foi duas vezes vencedora do campeonato interno do Rino´s Top. “Uma vez fui abordada por um ladrão,

mas reagi à tentativa de assalto dando um susto nele. Fiquei na posição de ataque do Muay Thai e ele foi embora sem levar nenhum pertence meu”.

Page 6: Fôlego # 21

SOBPRESSÃOMARÇO / ABRIL DE 20106 FÔLEGO

Eduardo Buchholz , Lardyanne Pimentel

e João Bandeira Neto

O futebol americano é um jogo estratégico, onde um time, obrigatoriamente, ata-ca, enquanto o outro se de-fende. Em cada campanha (como é denominado o ata-que), o time que ataca tem quatro chances para avançar, no mínimo, dez jardas. Uma vez concluída a investida, o time mantém a posse da bola e ganha mais quatro oportu-nidades para avançar a mes-ma distância. Essa campanha acabará após o time concluir com um “touchdown”, quan-do não tiver êxito com o avanço das dez jardas ou for interceptado pelo time que defende. Assim que se con-clui uma campanha, outra se inicia, com a inversão dos times: quem atacou passa a defender e quem estava de-fendendo vai para o ataque.

O esporte chegou ao País nos anos 1960 por meio das transmissões da TV Tupi (atualmente, os jogos são transmitidos pela ESPN e BandSports) e passou a ser praticado nas praias do Rio de Janeiro na década de 1980. Hoje, os seguidores dessa modalidade esportiva estão espalhados por todo o País. No Ceará não é diferente.

Na terra da luz No Ceará, o futebol ame-

ricano é praticado há oito anos. A equipe pioneira no Estado e no Nordeste foi a FIC Cangaceiros, da Facul-dade Integrada do Ceará. Representados, desde 2008, pela Federação Cearense de Futebol Americano, existem hoje cinco times praticando o esporte no Ceará. Além dos Atleta do Dragões do Mar de Fortaleza, campeão cearense de 2009, em aquecimento FOTO: DIVULGAÇÃO

Você já deve ter assistido a ce-nas de futebol americano e fi cado curioso em saber como são as re-gras desse esporte que se pratica com uma bola oval

Futebol com bola oval

Campeões

Cangaceiros, jogam os Dra-gões do Mar, Jaguars, ASR Gladiadores, Artifi ces e Fê-nix Ceará.

Sem perspectivas de fi-nanciamento, exceto os Cangaceiros que são apoia-dos por uma faculdade, os outros times cearenses não contam com apoiadores ou patrocinadores. Cada joga-dor custeia suas próprias despesas, e, assim, a prática da atividade não consegue o destaque esperado. “Nossa situação é extremamente amadora, apelamos sempre para o bom patrocínio. Os campeonatos disputados no Estado chegaram a ter apoio, principalmente, do jornal O Povo, da FIC e da Prefeitura”, destaca o joga-dor Felipe Pinho, do Dra-gões do Mar.

Não é o que acontece nos Estados Unidos. Lá, a Liga Nacional de Futebol movimenta tanto dinheiro que, por exemplo, um dos principais times, o Dallas Cowlboys, foi avaliado em US$1,612 bilhões. E a liga re-cebe, de cinco canais de TV juntos, cerca de US$3,1 bi-lhões pela venda dos direitos de transmissão.

Em Fortaleza, boa par-te dos times usam a área do aterro da Praia de Iracema como local para treinamento, sempre realizado nas tardes de sábado. A maioria deles aceita novatos em qualquer época do ano. Os Dragões do Mar e os Cangaceiros fi zeram recentemente seus try-outs (teste de seleção).

Felipe Pinho ressalta que falta infraestrutura, mas, mesmo assim, incentiva a prática desse esporte. “Nos-sa área de treinamento ainda precisa de algumas melho-rias, como a instalação de chuveiros. Nossa alternativa para o pós-treino é o banho de mar, na ausência de uma fonte de água doce. Vale lem-brar que são todos bem-vin-dos para a prática do futebol americano”.

Time:Dragões do Mar de Fortaleza Título:Ceará Bowl 2009 e Taça Fortaleza 2009

Time:Ceará CangaceirosTítulo:Nordeste Bowl em 2008

Campeão BrasileiroTime:Rio de Janeiro Imperadores Título:Torneio Touchdown 2009

Campeões Cearenses

Nossos TimesCeará CangaceirosDragões do Mar de FortalezaJaguars FortalezaASR GladiadoresCeará Artifi cesFênix Ceará

Maiores Campeões da NFLTime:Pittsburgh SteelersTítulos: 6 títulos

Time:San Francisco 49ersTítulos: 5 títulos

Time:Dallas CowlboysTítulos: 5 títulos

Page 7: Fôlego # 21

SOBPRESSÃO7MARÇO / ABRIL DE 2010 FÔLEGO

Fórmula 1 dos Mares movimenta RJO Rio de Janeiro sediou a etapa brasileira do Mundial Classe 1, conhecida como a Fórmula 1 dos Mares. Na modalidade, os barcos esportivos atingem cerca de 270km/h. A competição foi realizada na Bahia de Guanabara, no fi nal do mês de março, e contou com sete barcos de cinco equipes internacionais disputando duas corridas, uma no sábado e outra no domingo. A vencedora foi a dupla dos Emirados Árabes, Arif Al Zafeen e Nadir Bin Hendi. Seus compa-triotas Abdullah Al Mehairbi e Mohammed Al Marri terminaram em segundo. O primeiro lugar era de quem completasse as 16 voltas do circuito ou de quem estivesse na liderança caso a prova tivesse chegado ao limite de 45 minutos. A etapa brasileira marca o início da temporada do circuito mundial, que ainda passará pela Noruega, Suécia, Romênia, Itália, Abu-Dhabi e Dubai.

Campeonato BrasileiroTerminado o Campeonato Cearense, chega o grande momento do futebol nacional. Estreia, dia 8 de maio, o Campeonato Bra-sileiro 2010, que conta com a participação de 20 clubes de 10 estados brasileiros. Entre eles, está o Ceará, que volta à elite do futebol nacional depois de 16 anos. O primeiro jogo do alvine-gro será contra o Fluminense no Castelão. De Juazeiro do Norte, vem o representante do estado na Série B, o Icasa. O “verdão do Cariri” joga na segunda divisão contra o Santo André. Já o Forta-leza, rebaixado em 2009, inicia a batalha pelo retorno a partir de 18 de julho. O tricolor está no grupo formado por representan-tes do Norte.

Falta de turistas preocupa FifaA Fifa (Federação Internacional de Futebol Associado) e o Comitê Organizador do Mundial da Copa reconheceram, na semana passada, que a venda de ingressos para torcedores estrangeiros estava abaixo das expectativas e apontaram a crise econômica internacional como a principal causa da desistência de muitos deles. Os preços abusivos em muitos hotéis da África do Sul e a falta de passagens aéreas desanimaram muitos torcedores. Algu-mas companhias aéreas já reduziram seus preços e a Fifa disse acreditar que outros setores da economia deveriam começar a fazer o mesmo. Ainda há vagas em muitos dos hotéis de três, quatro e cinco estrelas de todas as cidades-sede.

Nova dupla no vôlei de praiaO vice-campeão olím-pico em Pequim-2008, Márcio, se juntará ao medalhista de ouro em Atenas-2004, Ricardo, após a etapa de estreia do Circuito Mundial, em Brasília, na próxi-ma semana. A dupla começa uma nova fase de treinamento, buscando o entrosamento necessário para as conquistas. Ao lado de Márcio, dono de uma das melhores defe-sas do mundo, Ricardo espera que o time seja muito forte.

Copa Nordeste está de volta A CBF decidiu pelo retorno da Copa do Nordeste, que não era disputada desde 2003. A competição começará no dia 9 de junho e fi cará a cargo da Liga dos Clubes do Nordeste. Assim como em anos anterio-res, na primeira fase ocorrerá em sistema de pontos corri-dos, classifi cando os quatro primeiros para as semifi nais que serão disputadas em uma única partida. A previsão é que o campeonato termine no dia 1º de dezembro. Os participantes da Copa Nordeste 2010 serão: Bahia, Vitória, Fluminense, ABC, Améri-ca, Sport, Náutico, Santa Cruz, Ceará, Fortaleza, Sergipe, Confi ança, CRB, CSA Treze e Botafogo da Paraíba.

Sprint

FOTO: DIVULGAÇÃO

João Paulo de Freitas e Gabriela Ribeiro

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FOTO: DIVULGAÇÃO

FOTO: DIVULGAÇÃO

Na busca pela perfeição cor-poral, muitas pessoas acabam por ingerir substâncias para aumen-tar o volume e a força muscular que alteram o sistema fi siológico

Anabolizantes podem causar danos à saúde

Esteróides foram desenvolvidos para auxiliar a recuperação de doentes FOTO: DIVULGAÇÃO

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Diversos são os produtos que prometem defi nição corporal em pouco tempo. Acreditan-do nessa promessa, as pessoas procuram a saída mais fácil. Dentre os produtos, os suple-mentos alimentares e os ana-bolizantes são alguns dos mais procurados.

Os suplementos alimenta-res são complementos para a alimentação de atletas ou pra-ticantes de atividade física que, mesmo com uma alimentação balanceada, não conseguem suprir a necessidade de nu-trientes básicos, como prote-ínas, aminoácidos ou vitami-nas. Para a educadora física Mabel Dantas, 26, o uso deve ser discriminado. “Eu só aceito o uso de suplementos alimen-tares indicados por nutricio-nistas quando estes avaliam o paciente e acham necessário, por questões de carência na alimentação ou para um me-lhor desempenho na modalida-de que o atleta escolheu. Com uma alimentação balanceada, geralmente, não há necessida-de”, afi rma. Há problemas com o controle dos suplementos porque não se sabe a real efi cá-cia que eles têm.

Já os anabolizantes são também chamados de esterói-des anabólicos e constituem-se de testosterona e seus deriva-dos produzidos em laborató-rio. O hormônio favorece o aumento das fi bras mus-culares, aumentando o tamanho dos músculos e a força física. Foi desen-volvido para tratar crian-ças com atraso no desen-volvimento ou que fi caram muito tempo acamadas e perderam a musculatura. São mais efetivos que os su-plementos no crescimento muscular, mas podem trazer mais efeitos colaterais.

ObstáculosDe acordo com o médico

Osmar de Oliveira, em artigo publicado no site Brasil Medi-cina, a substância tem mais de 60 efeitos colaterais listados, que variam desde o nascimen-to de espinhas no rosto até a

morte. Também podem surgir lesões no fígado, câncer e in-versão das características sexu-ais: o homem fi ca feminilizado e a mulher, masculinizada. Oli-veira ressalta, também, que os efeitos variam de acordo com a sensibilidade individual. Há algumas pessoas que desen-volvem diversos sintomas com poucas doses de anabolizantes e outras não apresentam ne-nhum problema mesmo depois de muitas doses.

A ânsia pela perfeição cor-poral faz com que muitos não considerem os efeitos colate-rais provocados pelo uso de anabolizantes, ignorando os conselhos de médicos e educa-dores físicos.

Não há dados que revelem o número exato de usuários de anabolizantes e de suplemen-

tos no Brasil. No entan-to, o médico Osmar

Oliveira acredita que de 100 ampolas de esteróides produ-zidas no País, 1 é utilizada por atletas e 99 por frequentado-res comuns de academias. A professora de Educação Física Mabel Dantas não recomenda o uso de anabolizantes para nenhum aluno por causa dos possíveis efeitos colaterais. No entanto, alguns comerciantes do produto se preocupam ape-nas em vender e agem de for-ma irresponsável.

Apesar dos inúmeros escla-recimentos, muitas pessoas preferem ignorar as orienta-ções dos especialistas e voltam-se para os efeitos instantâneos que esses produtos trazem. A assessoria do Conselho Regio-nal de Educação Física (CREF) afi rma que “esses indivíduos tomam caminhos mais curtos e se esquecem da saúde. Todo atalho de velocidade no ganho muscular traz consequências a médio e longo prazo”.

Page 8: Fôlego # 21

SOBPRESSÃOMARÇO / ABRIL DE 20108 FÔLEGO

Jefferson Passos e João Paulo Alves

Fôlego - Você perdeu recentemente o seu trei-nador...Hedla Lopes - Sim. Eu tinha o professor Telmo Gomes, que perdi há pouco tempo, em um aci-dente de moto. Aí tive de pegar um treinador de Brasília, que é campeão mundial de Tria-tlo, Leandro Macedo. Estou com ele há sete meses. Tenho também nutricionista, profes-sor de musculação (na sua própria academia), psicólogo. Tudo que eu puder ter, eu procuro obter, aproveitando o meu momento. Hoje, estou com 51 anos e não sei como vai ser com 52 ou 53. Então, eu tenho o agora. O depois, a Deus pertence.

F - Qual a importância da família para um atleta do Iron Man? Na reta fi nal de uma com-petição isso pode infl uenciar?H - Infl uencia bastante. Tem que estar tudo em harmonia e nem sempre é possível. Tem co-branças. Eu já fui casada. Uma vez na natação, ele não gostava que eu nadasse, mas eu nadava. Aí separei. Imagina se fosse Triatlo? Natação já achava ruim, imagina pedalar, correr e nadar. Três em um pega mais tempo, mais dedicação. Então, é muito difícil, precisa do apoio da famí-lia e dedicação. Agora fi ca mais fácil porque a minha fi lha é nadadora. É ruim quando “bate” [choque de horários]. Eu tenho uma competição em um lugar, ela tem em outro. No ano passa-do, eu tava no Havaí e ela tava em Mococa, São Paulo. Às vezes “bate” as coisas e ela gosta que eu esteja presente. Mas, algumas vezes, isso não é possível.

F - Como você divide as tarefas e o seu tempo para administrar família, uma escola de na-tação, uma academia e ainda cuidar do seu preparo físico para as competições?H - Eu administro a academia, mas, hoje em dia, não dou muita aula. É muita coisa, pois administrar é pior do que dar aula [risos]. É muita responsabilidade.

F - O que você pensa do patrocínio do Gover-no e da iniciativa privada dada ao atleta?H - Da iniciativa privada, eu nunca consegui nada. Apoio, às vezes eu tenho do Governo. Na natação eu tive muito apoio do Governo do Estado. Para ir ao Havaí, em Kona, eles me deram as passagens. Até o ano passado, eu ti-nha a ‘bolsa-atleta’, mas é mais apoio. Na ver-dade, o Triatlo tem custo muito alto. Eu pre-ciso de um preparador lá de Brasília, eu tenho o psicólogo, o nutricionista, o preparador da musculação, os suplementos.

F - Como se faz um campeão de Iron Man?H - Primeiro tem que querer, né? Você tem que querer e fazer. Porque, às ve-zes, muito atleta quer ser campeão mas não faz por onde ser. Então, acho que tem muita dedicação, tem que ter espírito de sacrifício, ob-jetivo e disciplina. Você não pode sair do foco, tem que ser muito direcionado a isso. E, às vezes, você fi ca viciado em fazer exercício. E aí fi ca difícil. Nesse momento, algumas vezes, há desacordo, porque você fi ca viciado e acha que é só aquilo. Aí, tem que trabalhar a parte mental e espiritual. Para ir a um Iron Man desses, é necessário ter as três coisas. Um equilíbrio.

F - Você trabalha com futuros atletas na sua academia. Você já os prepara para as Olimpí-adas de 2016, no Rio de janeiro?H - Eu tô de olho, sim, nos meus alunos aqui da academia. Poder abrir a cabeça deles, porque no Ceará é muito difícil também para os atle-tas. Aqui tem muito forró e muita festa. Como nós temos que treinar todo dia, isso tira mui-to o atleta do foco. Se você não tiver um pai presente pra lhe tirar “dali”, colocar “aqui”, fi ca mais difícil. Em Brasília, tudo funciona para o atleta. O lago funciona pra natação, tem corrida de rua, competições com duas a cinco mil pes-soas participando.

F - Qual a última realização ou o sonho que a Hedla quer realizar?H - É aprimorar, cada vez mais, na minha vida, assim como na academia. Crescer mais no sentido de oferecer mais condições para os atletas, ganhar mais conhecimento. Ver mais o lado dos meus atletas. Como atleta, pessoalmente, gostaria de trazer melhores re-sultados, fazer uma prova melhor em Kona. Eu acho que eu provei, assim que eu fui pro Triatlo, que tenho condições. Coloquei na mi-nha cabeça: “eu vou ser a melhor triatleta do Ceará”. As pessoas, às vezes, riam quando eu dizia alguma coisa parecida por causa da mi-nha idade e aquilo me fortalecia. As meninas tinham uma média de 25, 26 anos. Quando eu entrei, ganhei da melhor triatleta do Ceará. Levei três anos. Mas eu ganhei.

Mulher gentil, sorriso fácil e simpático. A his-tória de Hedla Lopes, 53, sempre foi de supera-ção. Começou a praticar esportes aos 11 anos, por recomendação médica, pois sofria de escoliose. No alto de seus 1,61m, quebrou mais uma bar-reira ao tornar-se a primeira mulher do Norte-Nordeste a competir e vencer etapas nacionais e internacionais da modalidade mais desafiadora de triathlon, o Iron Man. A competição consiste em maratonas de natação (3.800 metros), de

ciclismo (180 quilômetros) e de corrida (42 qui-lômetros). Hedla só iniciou o treinamento para o Iron Man aos 45 anos. Em três anos, já ostenta-va em seu currículo o topo do ranking cearense. Dona de academias que levam seu nome, expõe nas paredes recortes de jornais, medalhas e tro-féus que transmitem a ousadia de uma mulher que superou preconceitos e sonha em preparar a nova geração para as olimpíadas. Abaixo, a conversa do Fôlego com a atleta.

Entrevista

Uma vencedora de garra

Academia Hedla LopesRua Vicente Lopes, 627, Cidade dos Funcioná-rios. Telefone: 3279-7428

Serviço

campeão de

querer, né? Você zer. Porque, às ve-uer ser campeão nde ser. Então, dedicação, tem

acrifício, ob-ocê não m que

ado a ê fi ca ercício.

e momento, esacordo, porque

cha que é só aquilo. Aí, a parte mental e espiritual. an desses, é necessário ter as íbrio.

com futuros atletas na sua os prepara para as Olimpí-o de janeiro?m, nos meus alunos aqui da rir a cabeça deles, porque fícil também para os atle-forró e muita festa. Como ar todo dia, isso tira mui-Se você não tiver um pai r “dali”, colocar “aqui”, fi ca sília, tudo funciona para o na pra natação, tem corrida

com duas a cinco mil pes-

ealização ou o sonho que a r?cada vez mais, na minha na academia. Crescer mais ecer mais condições para mais conhecimento. Ver

meus atletas. Como atleta, aria de trazer melhores re-a prova melhor em Kona. ovei, assim que eu fui pro condições. Coloquei na mi-u ser a melhor triatleta do às vezes, riam quando eu parecida por causa da mi-me fortalecia. As meninas de 25, 26 anos. Quando eu

melhor triatleta do Ceará. s eu ganhei.

metros) e de corrida (42 qui-niciou o treinamento para o

os. Em três anos, já ostenta-o topo do ranking cearense. que levam seu nome, expõe de jornais, medalhas e tro-

m a ousadia de uma mulher ceitos e sonha em preparar as olimpíadas. Abaixo, a

com a atleta.

es7, Cidade dos Funcioná-

428

Hedla Lopes já conquistou diversos prêmios na sua modalidade de triathlon, o Iron Man FOTO: JOÃO PAULO ALVES