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CEMAS P P r r e e s s e e r r v v a a n n d d o o a a n n i i m m a a i i s s d d a a c c a a a a t t i i n n g g a a Além da ema, o Centro de Multiplicação de Animais Silvestres da Ufersa realiza pesquisas com catetos, cutias e preás, espécies nativas do semiárido ameaçadas de extinção. Pág. 05. E Mais:

Folha da Ufersa - Edição 06

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Page 1: Folha da Ufersa - Edição 06

AV. FRANCISCO MOTA, 572BAIRRO COSTA E SILVA

MOSSORÓ-RN | CEP: 59.625-900

FOLHA DA UFERSA

CEMAS

JANEIRO E FEVEREIRO DE 2014ED. Nº06 - MOSSORÓ/RN

INFORMATIVO INTERNO DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

PRODUZIDO PELA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UFERSA

www.ufersa.edu.br

PPrreesseerrvvaannddooaanniimmaaiiss ddaaccaaaattiinnggaa

AAlléémm ddaa eemmaa,, oo CCeennttrroo ddee MMuullttiipplliiccaaççããoo ddee AAnniimmaaiissSSiillvveessttrreess ddaa UUffeerrssaa rreeaalliizzaa ppeessqquuiissaass ccoomm ccaatteettooss,,ccuuttiiaass ee pprreeááss,, eessppéécciieess nnaattiivvaass ddoo sseemmiiáárriiddooaammeeaaççaaddaass ddee eexxttiinnççããoo.. PPáágg.. 0055..

EXERCÍCIOGinástica laboral melhorarendimento no trabalho.Pág. 07

CACTUS BAJAEquipe se prepara paranovas competições, destavez, em Piracicaba/SP.Pág. 05

- QUEM FAZ A UFERSA: PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO, PROFESSOR AUGUSTO CARLOS PAVÃO; PÁG. 02- HORTA DIDÁTICA APRIMORA APRENDIZAGEM DE ALUNOS DA ESCOLA FRANCISCA MARTINS DE SOUZA; PÁG. 08- AGRÔNOMO DA UFERSA ENTRE OS MAIORES PESQUISADORES DO CNPQ; PÁG. 06- NOSSOS VALORES: ADMINISTRADOR MARDEM JOSÉ, DEDICAÇÃO E TRABALHO. PÁG. 07

E Mais:

AGRICULTURAEstudantes vivenciamreal idade do campo comproposta sustentável paraprodução famil iar. Pág. 04

Page 2: Folha da Ufersa - Edição 06

EXPEDIENTE

Augusto Carlos Pavão

Sou professor do ensino superior des-de 1999, onde comecei a lecionar na EscolaMauá de Engenharia em São Caetano doSul. Desde 2008 estou na Ufersa como pro-fessor adjunto do curso de Engenharia deEnergia. De 2010 a 2012 fui chefe doDepartamento de Ciências Ambientais eTecnológicas e desde agosto de 2012 assu-mi a função de Pró-Reitor de Graduação.Além da condução e/ou supervisão de di-versos processos como a ocupação de vagaspelo SiSU, oferta de turmas, espaço físico,implantação, avaliação e regulação dos cur-sos presenciais e à distância, revisão de PPCsde cursos, programas de Monitoria, PIBID,PET entre outros, a gestão da PROGRAD temsido norteada por três eixos principais:revisão e ampliação da regulamentaçãointerna referente à Graduação; ampliação dainformatização dos processos acadêmicos;ações pedagógicas e de inclusão social.

Quanto à regulamentação, váriasresoluções já foram aprovadas pelos Conse-lhos Superiores e outras estão em processode aprovação ou elaboração. A partir doconjunto dessas resoluções e das jáexistentes pretende-se elaborar o Manualdos Cursos de Graduação. Nesse aspecto jáforam publicados o Manual do Aluno e o

Guia do Coordenador. A informatização dosprocessos acadêmicos, trabalho que temsido realizado em conjunto com a SUTIC,está sendo feita através da ativação denovos módulos do SIGAA, como o deEspaço Físico e de Monitoria.

O Setor Pedagógico da PROGRADtem promovido diversas ações relativas aosprocessos de ensino e de aprendizagem noEnsino Superior, dentre elas, o mapeamentopara cada curso, o quadro de evasão e dereprovação, implantação do sistema detutoria, publicação do primeiro edital deensino e discussões sobre temas comoavaliação, inclusão e flexibil idade curricular.Essas ações se concretizam na realização deestudos, oficinas, seminários e encontros.

A Graduação da Ufersa, da mesmaforma que de outras IFES, apresenta umgrande número de desafios que demandama participação ativa de toda a comunidadeacadêmica, buscando o contínuo aprimora-mento da qualidade do ensino.

Despedida...

A nossa vida está envolta emconstantes despedidas. É a despedida de umano que termina e outro que se inicia. Nahora do parto temos a nossa primeiradespedida, a do ventre materno. Estávamosem um meio líquido, sem esforço, tempera-tura controlada, alimentação controlada. Masaí tivemos que nascer, afinal, temos quecrescer.

Começamos a nos alimentar de leitematerno e aí fizemos a nossa primeira zonade conforto pós-parto. Bom, alguns mesesdepois, tivemos que nos alimentar de comidasólida e, assim, nossa segunda despedida,agora do peito e/ou mamadeira, afinal,temos que crescer.

Completamos 2 anos e está na hora deir pra escola. São os primeiros passos de umsistema criado pelos humanos para “formar”seus pares no modelo cognitivo, social,moral, político e econômico estabelecidopela própria espécie para que todos ajamconforme os paradigmas dominantes. É aterceira despedida, agora, dos braços dospais para os braços de um professor ouprofessora, afinal, temos de crescer.

Após 16 anos de “formação” escolar,temos que dar mais uma despedida e entrarna universidade. Para alguns, essa despedidavem com um kit completo, com saída doensino médio para o aprendizado superior,às vezes em outra cidade, uma despedidamaior, afinal temos de crescer.

Alguns anos depois de “formado” nosdespedimos da graduação e entramos numapós-graduação. Outros vão direto para omercado de trabalho, deixando a pós paraoutra ocasião; outros terão que conviver comas duas opções, afinal temos de crescer.

Finalmente, chegamos à aposentadoriae nos despedimos da vida laboral. Agora éhora de colhermos os frutos que plantamos.Se cultivamos uma vida física com exercíciose alimentação saudável, teremos umaterceira idade com energia para atravessar abarreira dos 100 anos. Se cultivamos umavida psicoemocional com amor, seja ele, oEros de Platão, Filia de Aristóteles ou,principalmente, o Ágape de Jesus entãoteremos uma história e um legado para oprogresso das futuras gerações, afinal temosde crescer.

Até a próxima edição! Está vendo?!Outra despedida...

PRESERVAÇÃO

RRaaddaammééssDDaannttaass

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UFERSA - EDIÇÃO: PASSOS JÚNIOR. TEXTOS: PASSOS JÚNIOR, HIGO LIMA E VANESSA D'OLIVIÊR. PROJETO GRÁFICO: AMANDA FREITAS.DIAGRAMAÇÃO: AMANDA FREITAS. FOTOS: EDUARDO MENDONÇA, PASSOS JÚNIOR E VANESSA D'OLIVIÊR. REVISÃO: DIEGO FARIAS E AMANDA FREITAS.

ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA UFERSA - REITOR: JOSÉ DE ARIMATEA DE MATOS. VICE-REITOR: FRANCISCO ODOLBERTO DE ARAÚJO. CHEFE DE GABINETE: MARIA MIRAMAR

DIÓGENES VERAS. PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO: PROFº. AUGUSTO CARLOS PAVÃO. PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO: GEORGE BEZERRA RIBEIRO. PRÓ-REITORA DE ADMINISTRAÇÃO:ANAKLÉA MÉLO SILVEIRA DA CRUZ COSTA. PRÓ-REITORA DE GESTÃO DE PESSOAS: KELIANE DE OLIVEIRA CAVALCANTE. PRÓ-REITOR DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO: PROFº. RUI SALES

JÚNIOR. PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO E CULTURA: PROFº. LUIZ AUGUSTO VIEIRA CORDEIRO. PRÓ-REITOR DE ASSUNTOS COMUNITÁRIOS: PROFº. RODRIGO SÉRGIO FERREIRA DE MOURA.

EDIT

ORIA

L A Folha da Ufersa chega à sexta edição. Agora bimestral, trazemos os desta-ques de janeiro e fevereiro, com ênfase nas áreas da pesquisa e da extensãouniversitária. Começamos o ano com boas perspectivas para a consolidaçãoda nossa Universidade. Parabéns aos professores que estão em constanteprodução acadêmica. Parabéns aos alunos que se esforçam para cumpriremas suas metas e parabéns, também, aos servidores técnico-administrativosque, conscientes dos seus direitos, vão a luta em busca de melhores condi-ções de trabalho. É isso, uma boa leitura e, para não esquecer, lembramosque a Folha da Ufersa é nossa. Contribua com críticas e sugestões.

Passos [email protected]

AAggeennddaa ddee EEvveennttooss

Pró-Reitor de Graduação

Solenidade de Colação de GrauUfersa MossoróData: 27 de MarçoLocal : Garbos Recepções e EventosHora: 19h30min

Solenidade de Colação de GrauUfersa AngicosData: 28 de MarçoLocal : Auditório do CâmpusHora: 19h30min

Solenidade de Colação de GrauUfersa CaraúbasData: 29 de MarçoLocal : Auditório do CâmpusHora: 19h30min

QUEM FAZ A UFERSA

2 FOLHA DA UFERSA | JANEIRO E FEVEREIRO DE 2014

Page 3: Folha da Ufersa - Edição 06

Além de Moacir,outro professor divi-de a coordenação doCemas e quatro ser-vidores técnico-administrativos dãosuporte. A quantida-de de discentes en-volvidos com pes-quisas chega até 40,

em todos os níveis, movimentandoatualmente cerca de meio milhão de reaiscom estudos que passam pelas depen-dências do setor. A quase totalidadedesse recurso é oriundo de projetosaprovados junto ao CNPq.

Nos últimos três anos, essa estrutu-ra vem segurando a média de cincopublicações internacionais e somando 20publicações por ano. “Embora não sejaum setor com produção para fins comer-

ciais, o Centro de Pesquisa é um setorque contribui de forma significativa paraa melhoria dos índices de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade”, defende oprofessor Moacir Franco.

Cemas é referência na multiplicação de animaisPRESERVAÇÃO

FOLHA DA UFERSA | JANEIRO E FEVEREIRO DE 2014 3

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UFERSA - EDIÇÃO: PASSOS JÚNIOR. TEXTOS: PASSOS JÚNIOR, HIGO LIMA E VANESSA D'OLIVIÊR. PROJETO GRÁFICO: AMANDA FREITAS.DIAGRAMAÇÃO: AMANDA FREITAS. FOTOS: EDUARDO MENDONÇA, PASSOS JÚNIOR E VANESSA D'OLIVIÊR. REVISÃO: DIEGO FARIAS E AMANDA FREITAS.

ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA UFERSA - REITOR: JOSÉ DE ARIMATEA DE MATOS. VICE-REITOR: FRANCISCO ODOLBERTO DE ARAÚJO. CHEFE DE GABINETE: MARIA MIRAMAR

DIÓGENES VERAS. PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO: PROFº. AUGUSTO CARLOS PAVÃO. PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO: GEORGE BEZERRA RIBEIRO. PRÓ-REITORA DE ADMINISTRAÇÃO:ANAKLÉA MÉLO SILVEIRA DA CRUZ COSTA. PRÓ-REITORA DE GESTÃO DE PESSOAS: KELIANE DE OLIVEIRA CAVALCANTE. PRÓ-REITOR DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO: PROFº. RUI SALES

JÚNIOR. PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO E CULTURA: PROFº. LUIZ AUGUSTO VIEIRA CORDEIRO. PRÓ-REITOR DE ASSUNTOS COMUNITÁRIOS: PROFº. RODRIGO SÉRGIO FERREIRA DE MOURA.

Com estudos em reprodução animal, Ufersa detem um dos dois únicos cativeiros de Emas no RN

PesquisaO esforço para assegurar a pre-

sença de espécies silvestres da nossaregião é uma luta garantida por meiodas pesquisas com a Morfofisiologia,que basicamente norteia toda aprodução científica desenvolvida peloCemas. Através dessa linha de atuaçãosurgiram estudos na área de anatomia,reprodução, anestesiologia, comporta-

mento, manejo alimentar e culturacelular.

Para dimensionar a abrangênciados estudos do Cemas, somente daárea de Placentação e ReproduçãoAnimal saíram pesquisas que permitema avaliação do Modelo de Macho e doModelo de Fêmea; a preservação desêmen e até mesmo a criação de umBanco de Germoplasma, responsável

pela preservação de óvulos e esperma-tozóides no Laboratório de Conserva-ção de Germoplasma Animal.

Esse material coletado pela Ufersajá foi doado para diversas instituiçõesde pesquisa da Região. Esse trâmite, noentanto, só acontece de acordo com anormatização e autorização do Ibama,que só permite doação para finscientíficos.

O brasão destinado ao Rio Grandedo Norte em meados do século 17,quando o Estado ainda detinha o statusde capitania, era ilustrado por uma Ema.A explicação para a simbologia se susten-tava na presença de grande quantidadedo animal na nossa região. Hoje, o símbo-lo da bandeira é outro, bem como mu-dou a realidade de concentração daqueleanimal em terras potiguares.

Em apenas dois recantos do Estadoainda pode ser encontrada pequena po-pulação de Emas: na Estação Ecológica doSeridó, mantida pelo Instituto Brasileirodo Meio Ambiente e dos Recursos Natu-rais Renováveis – Ibama; e no Centro deMultiplicação de Animais Silvestres –Cemas, dentro do organograma da Uni-versidade Federal Rural do Semi-Árido -Ufersa. Esse último cativeiro é responsávelpor boa parte dos estudos científicos quelutam pela preservação da espécie, que,infelizmente, já ocupa lugar na lista dosanimais ameaçados de extinção.

Criado em 1989, o órgão é umaunidade vinculada à Reitoria da Ufersa eresponde hoje por uma das maiores fatiasde produção científica da instituição,atendendo pesquisas de Iniciação Cientí-fica dos alunos nos cursos de graduação,e ainda pesquisas em nível de Mestrado eDoutorado com a atuação nos cursos deZootecnia, Agronomia, Veterinária, Ecolo-gia e Biotecnia.

O trabalho com animais silvestres seconcentra majoritariamente em quatroespécies: Catetos (120 animais), Cutia(120), Preás (100) e as Emas (60). Essaúltima, embora em menor quantidade, éa que exige maior atenção devido à suavulnerabilidade a patologias, conformeexplica o professor Moacir Franco deOliveira, coordenador do Cemas. “Cadaespécie tem suas características e exigên-cias necessárias, e isso é devidamente re-gulamentado para que a Instituição possamanter o cativeiro”, ressalta o professor,que há 15 anos está à frente do Centro.

Moacir Franco, biólogo com doutorado emanatomia de animal doméstico e silvestre

Curiosidade: 37 espécies de animais com habitat natural no Estado do Rio Grandedo Norte aparecem na Lista Nacional de Espécies da Fauna Silvestre Ameaçada deExtinção, mantida pelo Ibama.

Antigo brasão do RN

As Emas exigem maior cuidado no Cemas da Ufersa

Page 4: Folha da Ufersa - Edição 06

AGRICULTURA ORGÂNICA CACTUS BAJA

4 FOLHA DA UFERSA | JANEIRO E FEVEREIRO DE 2014

Universitários e agricultores trocam experiência num aprendizado voltado para agricultura sustentável,valorizando a produção familiar com os estudantes vivenciando a realidade do homem do campo

Quatro comunidades rurais do Rio Grande do Norte queproduzem sem a util ização de agrotóxicos estão sendoacompanhadas por estudantes da Ufersa, integrantes doPrograma de Extensão “Vivenciar e Construir Saberes”. OPrograma, coordenado pelo professor Joaquim Pinheiro, temcomo proposta o incentivo da agroecologia na agriculturafamiliar. São universitários dos cursos de Agronomia, Zootecnia,Medicina Veterinária e Ecologia. Os estudantes se deslocam atéos Assentamentos Soledade e Sítio de Góes, em Apodi; BomSucesso, no município de Pedra Grande e, Canto da Ilha de Cima,em São Miguel do Gostoso, para construir, conjuntamente, comos agricultores, um Plano de Ação para ser colocado em práticano decorrer do ano.

Ao chegar às comunidades os estudantes da Ufersa sãomuito bem recebidos pelos agricultores. O maior diferencial é ocaráter coletivo da proposta de trabalho. “Estamos a dialogarcom os agricultores para a construção de um projeto mais sólidode enlace da sustentabilidade”, afirmou Kaliane Aguiar,estudante de medicina veterinária. O plano tem como base ostrês princípios da agroecologia: a produção orgânica, asoberania alimentar e a comercialização solidária. “A produçãoorgânica é um mercado crescente”, afirmou o professor JoaquimPinheiro, observando que atualmente se faz necessário pensar

Estudantes são sempre bem recebidos pelos agricultores e suas famíl ias

Durante a vivência, o trabalho no campo fascina os universitários da Ufersa

Aprendizado com a troca de experiências entre agricultores e alunos

Proposta é contruída de forma coletiva com as comunidades rurais

Produção familiar sem uso de agrotóxicos

em novos espaços para a comercialização dos produtosorgânicos.

“Aprendemos demais. Estaremos sempre abertos parareceber os estudantes”, afirmou Francisco Antônio de Souza,criador de cabras no assentamento Sítio de Góes. Com 38animais, Toínho de Cícero, como é mais conhecido, é um dosmaiores produtores de leite de cabra do assentamento. LucasSombra, acadêmico de Agronomia, reconhece a importância doPrograma. “Cada experiência é transformadora devido àrealidade de cada ambiente. A vivência proporciona sair doambiente tecnicista da Universidade para conhecer a realidadedos agricultores familiares na sua lida diária e, isso, é muitoimportante para nós estudante”, avaliou.

O Programa Vivenciar e Construir Saberes acontece desdeo ano passado e foi renovado para mais um ano. A proposta éconstruir alternativas para melhorar a atividade agroecologia.“Trabalhamos com reflexões que fazem parte da realidade dopequeno agricultor que tem a terra como o seu único patri-mônio”, afirmou o estudante de Agronomia André Victor SalesPassos, ressaltando a importância da agroecologia; o controle doagricultor no que se refere ao plantio e ao consumo dealimentos e a diversificação de culturas. O Programa de Extensãoda Ufersa conta com a parceria da Terra Viva/Rede Pardal.

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CACTUS BAJA

FOLHA DA UFERSA | JANEIRO E FEVEREIRO DE 2014 5

Tudo pronto para a disputa nacionalEquipe da Ufersa participará de disputa nacional, que acontece em março, em São Paulo

A equipe Cactus Baja da Ufersacomeçou 2014 com todo pique nasatividades. No começo de fevereiro, osmembros do projeto retomaram a mara-tona de palestras nas unidades educa-cionais de Mossoró a fim de expor eapresentar a iniciativa. A terceira areceber a visita foi o Instituto Federal deEducação, Ciência e Tecnologia do RioGrande do Norte (IFRN). E as próximasserão as escolas Abel Coelho, El iseuViana e José de Freitas Nobre.

A expectativa é que até o finaldeste ano os integrantes do Cactus Bajapercorram aproximadamente 10 unida-des. Em cada visita, ficam os contatos emcaso de interesse da unidade em desen-volver projetos similares com a Univer-sidade. De acordo com a estudanteSâmia Senna Diógenes, do 7º período deEngenharia Mecânica da Ufersa, as visitasintegram a proposta de participação emexposições, feiras, seminários e nas com-petições do gênero.

“Os alunos ficam bastante deslum-brados com o trabalho, sobretudo por

mostramos a eles que a maiorparte das peças é desenvolvidaaqui mesmo na Ufersa pela nossaequipe”, descreve a estudante. Ofoco das atividades do Projeto évoltado para competições dogênero, de modo que as visitas visamatrair os estudantes e divulgar amodalidade.

Em 2013, a Equipe Cactus Baja daUfersa participou pela segunda vez daCompetição BAJA SAE - Etapa Nordeste,real izada na cidade de Camaçari/BA, aequipe retornou para casa com o prêmiode 2º lugar geral na competição e comdestaque nas modalidades Manutençãoe Custos (1º lugar), Espírito de Equipe(1º), Arrancada (2º), e ApresentaçãoGeral do Projeto (3º).

O foco agora é partir para a dispu-ta nacional , prevista para a primeiraquinzena de março, na cidade de Piraci-caba, em São Paulo, na vigésima ediçãoda Competição Baja Nacional . “Acompetição nacional tem uma dimensãomuito maior, mas nos sentimos prepara-

dos porque a experiência regional foiimportante para observarmos o queprecisávamos melhorar”, repassa Sâmia.

Já no final de fevereiro, o protótipodo carro deve estar pronto para teste. Aequipe Cactus Baja da Ufersa é formadapor 27 estudantes de graduação doscursos de Engenharia Mecânica, deEnergia e do Bacharelado em Ciência eTecnologia (BCT). Sob o comando docapitão, o estudante Yuri Mendonça, 8ºperíodo de Mecânica, a equipe é dividi-da por l ideres que comandam os subsis-temas que fazem o carro funcionar.

Juntos, eles têm como objetivodesenvolver um veículo atrativo ao mer-cado consumidor. Para tanto, devem seatentar a critérios como o apelo visualda máquina; um bom desempenho;confiabil idade e ainda a facil idade deoperação e manutenção.

Integrantes do Projeto Cactus Baja apresetam protótipo de carro nas escolas de Mossoró

Carros são submetidos a diferentes obstáculos

Page 6: Folha da Ufersa - Edição 06

Aos 52 anos, o pesquisador da Uni-versidade Federal Rural do Semi-Árido, oengenheiro agrônomo José Francismar deMedeiros, passou a integrar nesse início deano, a lista dos maiores pesquisadores doConselho Nacional de DesenvolvimentoCientífico e Tecnológico – CNPq. O pesqui-sador é servidor técnico administrativo daUfersa, sendo também docente dos Pro-gramas de Pós-Graduação em Fitotecnia,Irrigação e Drenagem e, Manejo de Solo eÁgua da Universidade. Ele passou do nível1D para 1A, que é a última posição emtermos de pesquisa adotada pelo CNPq.

Para o pesquisador, a mudança denível é consequência de muitos anos dedi-cados ao estudo e a pesquisa. “Representauma vida dedicada a pesquisa e orienta-ções acadêmicas com o propósito de cadavez mais obter e desenvolver novos

conhecimentos”, opinou. Remanescenteda Esam, Francismar Medeiros acumula 29anos de trabalho dedicados à instituição.Graduado em Agronomia, Mestre emEngenharia Agrícola e Doutor em Agrono-mia, o professor tem atuação na área dasciências agrárias, com pesquisas voltadasas subáreas de Irrigação e Drenagem e,Manejo do Solo e Água. Atualmente eleintegra o Comitê de Engenharia Agrícolado Comitê Nacional de DesenvolvimentoCientífico e Tecnológico.

Pesquisador do CNPq há mais de 12anos, o professor traz no seu currículo acoordenação de 04 projetos de pesquisas;executor de mais de 10 pesquisas; mais de50 orientações de trabalhos científicos(graduação), mais de 30 orientações dedissertações de mestrado e teses de dou-torado; mais de 100 trabalhos científicos

publicados; mais de 10 artigos ou capítu-los de livros e, mais de 200 apresentaçõesde trabalhos em eventos científicos.

Além do vasto conhecimento na suaárea de atuação, a humildade é outracaracterística reconhecida por todos quetêm a oportunidade de trabalhar com oprofessor Francismar. “Nunca devemosachar que sabemos de tudo”, frisou. Paraele, a formação teórica é fundamental parase acompanhar a evolução da ciência. Paraos novos pesquisadores, o professor orien-ta o engajamento nas bases e grupos depesquisa, dedicação e muito estudo.

O Instituto Metrópole Digital com pólo na Ufersa, noscâmpus de Mossoró e Angicos, proporciona a 80 estudantes, apossibil idade de formação no curso técnico em Tecnologia daInformação (TI). O curso que iniciou no ano passado entra nafase final com atividades práticas em forma de estágios,atividades de ensino, pesquisa, extensão, cursos, projetos, expe-riência profissional, palestras e eventos na área de TI.

Rafaela Rodrigues, concluinte e já estagiando na área,afirma que o curso oferece oportunidade para o mercado detrabalho. “Gosto bastante do estágio e acredito que não faltarãoportas abertas para me receber no mercado”, ressalta a aluna.Dos 400 ingressantes na primeira turma, apenas 80 conseguiramchegar ao último módulo.

O curso relativamente rápido e o ritmo de aulas intensocom muitos exercícios. O Instituto Metrópole Digital oferece aosjovens a oportunidade

José Francismar passou do nível 1D para 1A, última posição em pesquisa adotada pelo CNPq

NOSSOS VALORES

6 FOLHA DA UFERSA | JANEIRO E FEVEREIRO DE 2014

Pesquisador de ponta A boa notícia é que, além do professor FrancismarMedeiros, outros oito tiveram a Bolsa renovada

SAÚDE

Metrópole Digital: Trabalho à vista

Maior parte das vagas (70%) é destinada a alunos da rede públ ica

CNPq

Bolsa Produtividade

Além de Francismar Medeiros,mais oito professores da Ufersaforam contemplados com a Bolsa deProdutividade em Pesquisa doCNPq. São os docentes: ClodomiroAlves Junior, José Francismar deMedeiros, Edna Aroucha, MichaelHrncir, Glaur Henrique de SousaNunes, Vander Mendonça, CelsemyEleuterio Maia, Salvador BarrosTorres e o professor FranciscoClaudio Lopes de Freitas.

A Bolsa Produtividade em Pes-quisa (PQ) é concedida após avalia-ção do mérito científico, onde sãoconsiderados os projetos de pesqui-sa, a contribuição científica, tecnoló-gica e de inovação sobre divulgaçãocientífica, além da formação do pes-quisador em nível de Pós-Gradua-ção; coordenação ou participaçãoem projetos e redes de pesquisa quecontemplem divulgação científica.

INFORMÁTICA

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NOSSOS VALORES

FOLHA DA UFERSA | JANEIRO E FEVEREIRO DE 2014 7

Márdem José: Dedicação e trabalho

Os servidores da Ufersa já encaram com mais disposição ajornada de trabalho. Pelos menos os que optaram pela ginásticalaboral oferecida pela instituição por meio da Pró-Reitoria deGestão de Pessoas. A proposta é incentivar os servidores àprática de atividades físicas. A aula de ginástica é mais uma açãodo Projeto Movendo a Ufersa, voltado para a diminuição dedoenças, minimizando os impactos negativos consequentes darotina de trabalho. Idealizado pela assistente social Lúcia deSouza e pelo Plano de Saúde Geap, o projeto tem comoinstrutor o educador físico Armando Melo.

Com mais de 60 inscritos, a atividade começou comapenas 15 participantes e já chegou em diversos setores daUniversidade, como na biblioteca e registro escolar. São muitosos benefícios proporcionados pela ginástica laboral como, porexemplo, a redução do nível de estresse, a prevenção dedoenças como LER (Lesões por Esforço Repetitivo) e DORT(Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), entreoutras.

Quem participa da ginástica, recomenda. Esse é o caso doAlan Carlos, que diz comprovar os efeitos da atividade. “Acreditoque a ginástica laboral pode contribuir muito para nossa saúde ebem-estar, tanto no sentido da prevenção de doenças decorren-tes de nossas atividades, como o próprio relaxamento e descon-tração que a ginástica nos proporciona”, afirma o servidor.

SAÚDE

Mardem José Matos Herculano, 52 anos, ingressou no quadro funcional daInstituição em fevereiro de 1978, nos primórdios da Escola Superior de Mossoró –ESAM para a função de Datilógrafo, ascendendo, logo em seguida, para a função deAssistente em Administração. A primeira lotação foi no secretariado do Departamentode Zootecnia, por onde passou quatro anos.

Deixou o setor porque ingressou no curso de Agronomia, embora nunca tenhaconcluído. O diploma de graduação veio em 2010, com a titulação em Administração,pela UFRN. Daquele Departamento, passou para a Coordenação de Extensão eAssuntos Estudantis, acumulando a função com a colaboração para a Revista Caatinga.Posteriormente assumiu funções na Coordenação de Pesquisa e Pós-graduação, Reitoria(Diretoria) e, atualmente, é Pró-Reitor Adjunto da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas(Progepe).

Por todos os setores que laborou, Márdem era reconhecido – e por issosempre solicitado – pelo seu exímio desempenho em datilografia, juntamente comcolegas como Erisberto e Alvanete. “Sempre éramos solicitados para datilografaralgum documento da Esam que exigisse rapidez na entrega, e isso rendeu boashistórias”, relembra ele.

Um desses causos aconteceu num domingo, quando Márdem descansavanuma sala do antigo Cine Cid – onde hoje é o Teatro Lauro Monte – e foisurpreendido pelo funcionário do cinema, portando uma lanterna, lheprocurando em meio à sessão. “Estava acontecendo um Congresso Nacionalde Zoologia na Esam e precisavam que alguém datilografasse algunstrabalhos que seriam apresentados no dia seguinte, já os deixando no pontode publicar. Foi um susto!”, comenta.

Em 36 anos de casa, Márdem viu 10 administradores estarem à frenteda Esam-Ufersa e, com isso, muitos momentos importantes. Ele destacatrês: o período da gestão de Vingt-un Rosado, a substituição das máquinasde datilografia por computadores, e a transformação da Escola Superiorem Universidade.

Tem que exercitar!

Exercícios físicos melhoram o desempenho dos servidores da Ufersa

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8 FOLHA DA UFERSA | JANEIRO E FEVEREIRO DE 2014

HORTA DIDÁTICA

Gestão para crescer em AngicosPequenos empreendedores da região do sertão central

estão buscando a Ineagro Cabugi – Incubadora Tecnológica eMultissetorial do Sertão do Cabugi, da Ufersa Angicos, paraaprimorar suas atividades. Atualmente, sete pequenosempresários estão em processo de incubação e um pré-incubado. “A proposta da incubadora é incentivar boas ideiasincentivando o empreendedorismo a partir das potencialidadeslocal”, explica o gerente da Ineagro Cabugi, André Luiz.

Um exemplo de resil iência para mostrar a sua arte vem doartesão, José Marcos Rodrigues, da A&M Artesanato, quetrabalha com escultura em madeira. Há dois anos ele sobreviveda confecção de peças, com temas voltados para a fauna e aflora da caatinga. São animais, objetos e pessoas esculpidas namadeira umburana encontrada na própria região. Marcosgarante que só util iza madeira morta, ou seja, troncos catadosno meio do mato. “Ainda criança comecei a fazer alguns animaispara brincar. Assim, fui tomando gosto”, confessa. Autodidata,antes de ser incubado não havia feito nenhum curso. Ele sófrequentou a escola até o sexto ano .

O trabalho é feito na frente ou na sala da casa dele que éde taipa, construída com barro e pau-a-pique, e chão batido, nobairro Alto da Alegria. O artesão buscou a Ineagro Cabugi paraaprimorar o ofício. Há doze meses, Marcos é um dos seteincubados onde busca aprimorar a técnica e divulgar a arte.Depois de incubado, ele já participou de seis cursos promovidospelo Sebrae, tendo participado também de feiras e exposições.

BONSAI – Outro exemplo vem da Nativa Bonsai e Paisagismo,do universitário Francisco Gomes Barreto Neto. O trabalho temcomo diferencial o cultivo de bonsai, arte de reproduzir empequeno vaso uma árvore em miniatura. A produção de bonsaisé pioneira na região do sertão central e tem como maiordiferencial a util ização de espécies nativas da caatinga como ajurema, pereiro, juazeiro, buganvílias, umbuzeiro, entre outras.

Paralelo a produção de bonsais, Barreto Neto também fazmanutenção de jardins, comercializa mudas e jarros e alugaplantas ornamentais. A Inegro Cabugi conta com sete empreen-dimentos incubados: Sertão Gelado, Pizzaria José Ítalo, DjalmaPescado, Inova TIC’s, Ideal Carimbos, AC2 Envelopados e A & MArtezanato.

José Marcos supera muitas dificuldades para produzir peças em madeira

INCUBADORA

Quem planta, colhe... O resultado do projeto vai mais além deverduras e legumes fresquinhos

Estudantes do ensino fundamentalestão vivenciando uma experiência exitosacom o projeto de Extensão Horta Didáticana Escola, desenvolvido pela UniversidadeFederal Rural do Semi-Árido, na EscolaEstadual Francisca Martins de Souza, quefunciona nas dependências do CâmpusOeste da Ufersa Mossoró. Além deacompanhar o processo de preparação,plantio e colheita de uma horta, os ensina-mentos são muito mais abrangentes. Oprojeto envolve estudantes universitários,professores e servidores da escola, bemcomo os alunos e seus familiares.

“Trata-se de um projeto multidisci-plinar, aberto a parcerias, que englobatanto a teoria como a prática”, resume ocoordenador do Projeto Horta Didática,Giorgio Ribeiro, doutorando do Programade Pós-Graduação em Fito-tecnia. Os ensinamentos vãodesde a forma correta deplantar e colher as hortaliças,passando pela importância deuma alimentação saudável àbase de frutas e verduras, cui-dados com o meio ambiente,higienização dos alimentos,valorização do trabalho dohomem do campo, cidadaniae compromisso social.

Os pais das crianças também seenvolvem assistindo palestras educativasvoltadas principalmente para uma alimen-tação mais nutritiva, sendo incentivados acultivar uma horta no quintal de casa. “Éum recurso pedagógico de grandeimportância”, avalia a professora ZoraideFernandes, do primeiro ano. A horta, diz aprofessora, complementa os conteúdosrepassados em sala de aula.

A Horta Didática faz tanto sucessoque já tem até um mascote, o Seu Noura.“Onde ele chega, desperta aatenção e o interesse dascrianças”, diz GiorgioMendes. A aceitação aoprojeto foi tão significa-tiva que outras ideiasestão constantemente

sendo incorporadas. Coentro, cenoura,rúcula, alface e beterraba foram àshortaliças produzidas na primeira colheita.“O bom é que a produção é consumidapelos alunos da escola”, pontua GiorgioMendes. O Projeto Horta Didática contacom 12 parceiros.

Colheita é usada na merenda escolar

Regar a horta é atividade extra classe

Alunos acompanham desenvolvimento da horta