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Maio Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre 2014 Sementes de Esperança

Folha de Oração | Maio 2014

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Folha de Oração mensal em comunhão com a Igreja que sofre. Maio de 2014 www.fundacao-ais.pt

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Maio

Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

2014

Sementes��de Esperança

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2 Sementes de Esperança | Maio 14

Intenção GeralMeios de comunicação

Para que os meios de comunicação sejam instrumentos ao serviço da verdade e da paz.

> Os meios de comunicação social são algo de precioso e de enriquecedor, devendo ser instrumentos ao serviço da verdade e da paz, se aqueles que os orientam e dirigem e os que deles usamos soubermos fazê-lo com rectidão e justiça. Quanto bem podem fazer, quanta riqueza cultural e artística, etc. podem comunicar se estiverem ao serviço da verdade e da paz. Quanto podem ajudar a crescer na cultura, na comunhão dos povos, na união das Igrejas, etc. Sentimos que infelizmente e muitas vezes esses meios de comunicação social são usados de modo prejudicial, pois fomentam a mentira, a calúnia, o ódio, a destruição da fama e das próprias pessoas. Instrumentos da verdade e da paz podem ser preciosos meios para ajudar a humanidade a crescer no espírito fraterno, no bem, na justiça, na partilha.

Dário Pedroso, s.j.

Intenção MissionáriaMaria, guia para a missãoPara que Maria, Estrela da Evangelização, guie a missão da Igreja no anúncio de Cristo a todos os povos.

Intenção NacionalPara que neste tempo complexo em que vivemos, na escola�de�Maria aprendamos a sabedoria das coisas simples, porque simples é o Evangelho e só os simples, os puros de coração, são capazes de o entender.

A oração é um dos pilares fundamentais da nossa missão. Sem a força que nos vem de Deus, não seríamos capazes de ajudar os Cristãos que sofrem por causa da sua fé.

Para�ajudar�estes�Cristãos�perseguidos�e�necessitados�criámos�uma�grande�corrente�de�oração�e�distri-buímos�gratuitamente�esta�Folha�de�Oração,�precisamente�porque�queremos�que�este�movimento�de�oração�seja�cada�vez�maior.�Por favor, ajude-nos a divulgá-la na sua paróquia, nos grupos de oração, pelos amigos e vizinhos. Não�deite�fora�esta�Folha�de�Oração.�Depois�de�a�ler,�partilhe-a�com�alguém�ou�coloque-a�na�sua�paróquia.

Intenções de Oração do Santo Padre

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3Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

Num� filme� sobre� S.� Filipe� de� Néri,� um�

dos� seus� discípulos,� um� menino� da� rua�

que� ele� conseguiu� recuperar� e� formar,�

tendo�chegado�mesmo�a�fazer�o�doutora-

mento�em�teologia,�pergunta-lhe�um�dia:�

Padre� Filipe,� porque� é� tão� difícil� viver� o�

Evangelho?�Porque�é�simples,�respondeu�o�

Santo.�S.�Filipe�de�Néri�prefere o paraíso�a�

qualquer�outra�realidade�e�esta�preferên-

cia,� que�marca� toda� a� sua� vida,� leva-o� a�

uma� vida� tão� intensa� no� plano� da� expe-

riência�de Deus,�que�o�faz�exclamar�a�certa�

altura:� não posso mais, o meu coração

não aguenta tanta intensidade de amor.�

Ao�morrer,�os�seus�discípulos�e�filhos�espi-

rituais� notaram� que� o� seu� peito� se� tinha�

dilatado,�porque�o�coração aumentara de

volume,� tal� fora� a� intensidade� de� amor�

deste� tão� grande� santo,� que� praticou� a�

simplicidade�do�Evangelho,�que,�porque�é�

tão�simples,�por�isso�mesmo�é�tão�é�difícil�

de�viver.

Porque� estamos� em� Maio,� gostaria� de�

chamar�a�atenção�para�a�simplicidade da

mensagem de Fátima�e�para�a�dificuldade�

que�muitos�têm�em�aceitá-la�e�em�vivê-la.�

Pensemos�em�dois�pontos�da�mensagem,�

que� transmitem� dois� desejos� de� Nossa�

Senhora:� a� recitação� diária� do� terço� e� a�

consagração dos primeiros sábados,� em�

reparação� dos� pecados� e� como� forma�de�

consolar� o� Coração� Imaculado� de� Maria,�

que�nos�convida�a�consolar Deus�e�a�repa-

rar�os�pecados�cometidos�contra�o Coração

de Jesus.� E� prometeu� a� quem� rezasse� o�

terço� todos�os�dias�e� fizesse�os�primeiros�

sábados� (e� eu� acrescento:� as� primeiras�

sextas-feiras�de�cada�mês�em�espírito�de�

amor�e�de�reparação)�que�estaria�com�ele�

na� hora� de� maior� solidão� que� é,� segura-

mente,�a�hora�da�morte!�

O�Papa� João�Paulo� II�disse�que�a� terço,�

sendo�a�oração�dos�simples,�é�o�caminho�

mais�curto�para�chegar�a�Deus�e�só�o�con-

segue�rezar�quem�é�for�capaz�de�amar.�

Tudo�tão�simples,�que�até�custa�a�acre-

ditar�que�seja�verdade.�Mas�é�esta�simpli-

cidade�do�Evangelho,�que�a�Mãe�de�Deus�

nos�recordou�em�Fátima,�que�hoje�somos�

convidados�a�viver.��

�P.�José�Jacinto�Ferreira�de�Farias,�scjAssistente Espiritual da Fundação AIS

A simplicidade do Evangelho

Reflectir

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4 Sementes de Esperança | Maio 14

Índia

Ao mesmo tempo que a Índia se prepara para as eleições gerais, em Maio de 2014, a minoria cristã está dividida entre a esperança que a lista das promessas eleitorais pode suscitar e a inquietação face ao aumento dos ataques de que é vítima.

Fundada� pelo� apóstolo� Tomé,� a� Igreja� na�Índia� conta� já� com� 18� milhões� de� fiéis.�A� Beata� Madre� Teresa,� fundadora� das�Missionárias� da� Caridade,� é� a� sua� figura�emblemática.Missionária,�é�a�realidade�da�Igreja�na�Índia�de� hoje,� com� um� número� considerável� de�padres� e� religiosas� em� missão� no� estran-geiro,� de� tal� modo� que� sustentar� material�e� espiritualmente� esta� Igreja,� sobretudo� a�educação,� é� realmente� investir� na� missão�universal�da�Igreja.E,�todavia,�no�interior�do�país�várias�fontes�parecem� confirmar� que� aí� falta� à� Igreja�audácia� missionária.� Primeiro� obstáculo:�

muito�(demasiado?)�empenhada�no�serviço�social� (escolas� e� centros� de� saúde),� não�teria� tempo� nem� energia� necessários� para�a� evangelização.� Segundo� obstáculo:� uma�teologia�da�missão�nula,�em�que�a�salvação�seria�acessível�a�todos�sem�necessidade�de�passar�por�Cristo.Aconteça� o� que� acontecer� e� apesar� de�muito�modesta�em�dimensões�–�os�Cristãos�representam� 4.7%� da� população� indiana�e� os� Católicos� cerca� de� 1.8%� -� a� Igreja,� na�Índia,� tem� imensa� força� como� testemunho,�nomeadamente�pela� sua�acção�educativa�e�caritativa:�20�milhões�de�estudantes�em�25�mil�estabelecimentos�e�255�dos�hospitais�e�

ELEIÇÕES 2014: ENTRE A SEDUÇÃO E A INTOLERÂNCIA

Superfície3.287.263 Km2

População1.2 biliões de habitantes

Religiões

Hinduísmo: 73,1 %Islão: 13,7% Cristianismo: 4,7 %Animistas: 4,1 %Outros: 4,4%

Língua Oficial

Inglês e hindi

Dezoito línguas constitucionais

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5Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

centros�de�saúde.�Será�que�esta� força� inco-moda?� Confrontada� com� uma� perseguição�latente�em�todo�o�país�e�com�uma�persegui-ção�violenta�em�certas�regiões,�a�Igreja�pros-segue�a�sua�missão�com�alguma�apreensão.

ELEIÇÕES GERAISNa� Índia,� as� eleições� são,� em� geral,� um�

tempo�abençoado�para�duas� categorias�da�população:� os� pobres� e� as� minorias� reli-giosas� como� os� Cristãos.� Estas� são,� nessa�altura,� o� objecto� de� todas� as� atenções� de�cada� partido� político,� que� as� corteja� de�maneira� desavergonhada.� Os� pobres� são�particularmente�visados,�porque�constituem�mais�de�70%�do�eleitorado�na�Índia.�Mas�as�minorias� religiosas� também�se� tornaram�o�alvo�da�escolha�dos�políticos,�porque�o�seu�voto�representa�uma�reserva�de�apoio�a�não�negligenciar�e�que�pode�decidir�o�resultado�dos�escrutínios�em�certas�regiões.

É,� por� exemplo,� o� caso� de� Kerala,� esta-do� situado� no� sudoeste� da� Índia,� onde� os�Cristãos�representam�um�pouco�mais�de�20%�

da�população.�O�BJP,�partido�nacionalista�hin-du,�nunca�aí�obteve�um�lugar�no�Parlamento,�o�que�explica�a�intensificação�da�sua�campa-nha�de�sedução�dos�Cristãos�ao�longo�destas�últimas�semanas.�O�BJP,�como�todos�os�outros�partidos� políticos� na� Índia,� crê� firmemente�que�não�há,�em�política,�inimigos�irredutíveis.�Bem�gostaria�que�o�símbolo�do�seu�partido,�a�flor�de�lótus,�florescesse�também�no�Kerala.�Ficaria�mesmo�muito�contente�ao�ver�o�lótus�desabrochar�sobre�a�Cruz.�Irá�funcionar�esta�grande�sedução?

Ao�mesmo�tempo,�e�para�estas�eleições,�o�apoiante�da�linha�dura,�Narendra�Modi,�foi�designado�pelo�BJP,�a�nível�nacional,�como�candidato� ao� cargo� de� primeiro-ministro.�Narendra� Modi� é� um� antigo� militante� do�“Rashtriya� Sawayamsevak� Sangh”� (RSS),�uma�das�organizações�hindus�mais�activas,�radicais� e� violentas.� O� BJP,� conhecido� pelo�seu� apoio� a� grupos� como� o� RSS,� milita� a�favor�de�um�Estado� “100%�hindu”.�Nestas�condições� é� difícil� imaginar� que� benefício�poderiam�ter�os�Cristãos.

Índia

Procissão�por�ocasião�

de�uma�ordenação�

sacerdotal�em�

Sunamaha.�A�Igreja,�

ainda�que�minoritária,�

permanece�visível.

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6 Sementes de Esperança | Maio 14

Índia

OraçãoPara que os Cristãos não sejam apenas objecto de atenções durante o período de eleições, mas alvo de interesse genuíno e duradouro que se reflicta no aspecto social e religioso, nós Te pedimos Senhor!

NA FRENTENa�Índia�há�hoje�cerca�de�24�mil�padres,�na�

sua�maioria�relativamente�jovens,�6�mil�reli-giosos�no�ensino�e�100�mil�religiosas.�A�maior�parte�é�altamente�qualificada�(doutoramento�em�Teologia�e�em�Sagrada�Escritura).�A�Igreja�Católica�tem�aí�três�ritos:�latino,�siro-malabar�e�siro-malancar.�Os�18�milhões�de�Católicos�são-lhes�massivamente�fiéis,�através�de�uma�prática�regular.

Esta� fidelidade� é� tanto� mais� necessária�quanto� a� sua� situação� está� longe� de� ser�tranquila.�Ainda�que�os�ataques�mais�violen-tos�estejam�concentrados�no�norte�do�país,�no�que�se�chama�o�Hindi�Belt�(contam-se�às�centenas�por�ano�os�ataques�anti-cristãos),�tem-se� verificado� na� última� década� uma�

discriminação�galopante�contra�os�Cristãos,�mesmo�no� sul.� Esta�deterioração�é,�essen-cialmente,�o�resultado�do�activismo�político�do� BJP,� responsável� pelo� clima� de� impuni-dade� reinante� relativamente� às� violências�cometidas� em� nome� da� hindutva,� uma�ideologia� de� extrema-direita� hindu.� Para�além�dos�ataques,�é�forçoso�constatar�a�ten-tativa�de�legalizar�as�restrições�da�liberdade�religiosa�com�o�voto�de�leis�anti-conversão�(impossibilidade�de�se�tornar�cristão).

Sobeja�a�violência�quase�quotidiana�que�acaba,�com�razão,�por�exasperar�a�comuni-dade�cristã,�mesmo�que�o�perdão�esteja�no�cerne�da�nossa�fé.�Mas�perdão�não�significa�esquecimento.� A� Fundação� AIS� publicou�(Outubro�2013)�uma�compilação�dos�acon-tecimentos� dramáticos� que� ocorreram� no�Estado�de�Orissa,�em�2008,�redigida�por�um�jornalista�indiano,�Anto�Akkara,�e�com�o�títu-lo�“Mártires�de�Orissa�–�Novas�testemunhas�de�Cristo�na�Índia”.

Não� há� nenhuma� procura� de� sensacio-nalismo� ou� de� curiosidade� mórbida,� nesta�

As�Missionárias�

da�Caridade�

desempenham�o�seu�

papel�junto�dos�mais�

jovens,�sem�esmorecer.

Page 7: Folha de Oração | Maio 2014

7Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

Índia

longa� litania�de�sofrimentos;�é�um�memo-rial�em�honra�de�todos�estes�cristãos�cuja�fé�e� fidelidade� a� Cristo� serão� admiradas� pela�posteridade,�como�o�afirma,�no�prefácio,�o�Cardeal�Oswald�Gracias.

Face�a�este�encarniçamento,�está-se�no�direito� de� se� lhe� procurar� o� sentido.� Se�se�quer� tão�mal� à� Igreja�é,� sem�dúvida,�porque� ela� incomoda� mas,� neste� caso,�porque�incomoda�ela?�Em�primeiro�lugar,�a� sua� influência� na� sociedade� indiana� é�largamente� superior� à� sua� dimensão.�Depois,� há� conversões,� mesmo� que� se�trate� essencialmente� de� dalits� (intocá-veis)�e�de�populações�tribais.�Finalmente,�porque�constitui�uma�ameaça�real�ao�sis-tema�de�castas.

O� Cardeal� Telesphore� Placidus� Toppo,�Arcebispo�de�Ranchi,�vai�ao�ponto�de�dizer�que�os�Cristãos�são�“material�explosivo”�no�sistema�das�castas.�Com�os�seus�programas�de�formação�e�de�ajuda�social�e�sanitária�às�populações�fora�das�castas,�a�Igreja�favore-ceu�o�seu�desenvolvimento.�Se�todos�os�fora�

das�castas�e�os�grupos�tribais�se�tornassem�cristãos,� estes� poderiam� aumentar� para�200�milhões,�calcula�o�Cardeal,�ameaçando�deste�modo�a�hegemonia�do�sistema�tradi-cional�de�castas.

O�pogrom�contra�os�Cristãos�em�Orissa,�que� provocou� um� verdadeiro� “tsunami�humano”,� de� acordo� com� D.� Toppo,� está�centrado�na�religião,�mas�as�causas�pro-fundas� são,� na� realidade,� económicas� e�políticas.� Estão� ligadas� aos� empréstimos�usurários� que� os� organismos� nacionalis-tas� fazem� aos� mais� pobres,� nas� comu-nidades� tribais� e� sobre� os� intocáveis,� o�que� arruína� famílias� inteiras.� Parece� ser�um� sistema� de� exploração� largamente�espalhado�pela�Índia.

OraçãoPara que a comunidade cristã na Índia seja sempre abençoada com o dom da fortaleza e do amor de Deus, para poder enfrentar as contrariedades e a intolerância, nós Te pedimos Senhor!

O�Cardeal�Toppo�

reza�diante�de�uma�

imagem�decapitada�

em�Balliguda.

Page 8: Folha de Oração | Maio 2014

8 Sementes de Esperança | Maio 14

Índia

AS RAPARIGAS DESAPARECERAM!A�Igreja�também�incomoda�pela�sua�acção�

interventiva�a�favor�das�mulheres,�cuja�situa-ção�se�agravou�nestes�últimos�anos.�A�cada�sete�minutos�morre�uma�mulher�por�causas�ligadas�à�gravidez,�ao�mesmo�tempo�que�a�eliminação� voluntária� dos� fetos� femininos�atingiu� proporções� dramáticas.� De� acordo�com�um� relato� recente�da�UNICEF,� todos� os�dias� nascem� 71� mil� crianças� na� Índia,� das�quais�só�31�mil�são�raparigas.�Este�deficit�de�quase�5�mil�raparigas�por�dia�significa�quase�2�milhões�a�menos�de�raparigas�por�ano!

Segundo� um� relatório� do� programa� das�Nações�Unidas�para�o�desenvolvimento�de�2010,� faltam� 43� milhões� de� mulheres� na�Índia.�Se�se�tomar�em�conta�apenas�a�última�década,� o� número� estimado� de� “mulheres�que�faltam”�é�de�37�milhões.�Foi�o�núme-ro� escolhido� pela� campanha� a� favor� das�mulheres�lançada�no�dia�27�de�Janeiro,�pela�Arquidiocese�de�Bombaim.

Denominada� “37�milhões�Diyas� (luzes)”,�esta� campanha� consiste� em� acender� velas�e�lamparinas�em�todas�as�paróquias,�entre�

as�19h�e�as�20h,�e� rezar�em�memória�dos�37� milhões� de� vítimas� “sacrificadas”,� na�Índia,� “só� porque� eram� mulheres”.� “Estes�37�milhões�de�‘diyas’�que�ardem�na�noite,�simbolizam�todas�as�mulheres�vítimas�deste�verdadeiro�genocídio�feminino”.�

A� campanha� da� Igreja� de� Bombaim�visa,�pois,� informar�e�sensibilizar�um�vasto�público�acerca�da�dura� realidade�da� condi-ção� feminina� na� Índia:� aborto,� infanticídio,�homicídio�por�causa�do�dote,�assédio�sexual,�violação,� rapto� e� violência� doméstica.� Há�ainda�a�acrescentar�os�casamentos�forçados�e� a� prática� do� casamento� de� crianças,� a�prostituição�e�o�trabalho�infantil,�sem�contar�com� os� níveis� excepcionalmente� elevados�de� mortalidade� das� meninas� abaixo� dos�cinco�anos,�por�falta�de�cuidados.

OraçãoPara que Maria Santíssima vele por todas as meninas e jovens da nação indiana, para que elas possam dar, à sua semelhança, o seu contributo único e inestimável, nós Te pedimos Senhor!

A�política�de�limitação�

de�nascimentos�

acentua�a�selecção�

de�meninas.

Page 9: Folha de Oração | Maio 2014

9Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

Oração

Ó Maria, Mãe de Deus feito Homem e nossa Mãe,

Olha para o sofrimento dos teus filhos mortos, feridos, maltratados, injustamente condenados, desprezados e insultados por causa da sua fidelidade ao teu Filho e à Sua Igreja.

Nós te suplicamos, ó Mãe, que intercedas junto do teu Filho para que esta persegui-ção termine e para que se abram o coração e a mente daqueles que os martirizam.

Que eles deixem de ver nas suas vítimas um insulto àquilo que lhes é sagrado, ou um perigo para as suas próprias convicções, mas apenas irmãos e irmãs que se esforçam por dar a sua contribuição às nações e aos povos.

Nossa Mãe, nós te pedimos ainda que os nossos irmãos e irmãs cristãos que são vítimas do medo e do sofrimento por causa da sua fidelidade a Cristo, permaneçam firmes na fé.

Nós te pedimos que a chama da Esperança, de que os homens tanto precisam, não se apague na sua alma e que tenham a coragem de responder ao ódio com o amor.

Que o seu sofrimento se torne fonte de unidade para todos.

Ó Mãe misericordiosa, arrependidos prostramo-nos diante de ti, mas também cheios de confiança na tua misericórdia e no poder da tua intercessão.

Oração a Nossa Senhora pelos Cristãos perseguidos

Page 10: Folha de Oração | Maio 2014

10 Sementes de Esperança | Maio 14

Meditação

O mês de Maio anima-nos a pensar e falar de modo especial sobre Ela. Com efeito, este é o Seu mês. Assim, portanto, o período do ano litúrgico e ao mesmo tempo o mês corrente chamam e convidam os nossos corações a abrirem-se de maneira singular para Maria.

João�Paulo�II, Audiência geral, 2�de�Maio�de�1979

De�uma�maneira�espontânea,�natural,�surge�em�nós�o�desejo�de�conviver�com�a�Mãe�de�Deus,�que�é�também�nossa�mãe;�de�conviver�com�Ela�como�se�convive�com�uma�pessoa�viva,�porque�sobre�Ela�não�triunfou�a�morte;�está�em�corpo�e�alma�junto�a�Deus�Pai,�junto�a�seu�Filho,�junto�ao�Espírito�Santo.Para�compreendermos�o�papel�que�Maria�desempenha�na�vida�cristã,�para�nos�sentirmos�atraídos�por�Ela,�para�desejar�a�sua�amável�companhia�com�filial�afecto,�não�são�precisas�grandes�especulações,�embora�o�mistério�da�Maternidade�divina�tenha�uma�riqueza�de�conteúdo�sobre�a�qual�nunca�reflec-tiremos�bastante.A�fé�católica�soube�reconhecer�em�Maria�um�sinal�privilegiado�do�amor�de�Deus.�(…)�A�nossa�relação�com�Deus�não�é�a�de�um�cego�que�anseia�pela�luz�mas�que�geme�entre�as�angústias�da�obscuridade;�é�a�de�um�filho�que�se�sabe�amado�por�seu�Pai.Dessa� cordialidade,�dessa� confiança,� dessa� segurança,�nos� fala�Maria.� Por� isso�o� seu�nome�vai� tão�direito�aos�nossos�corações.�A�relação�de�cada�um�de�nós�com�a�nossa�própria�mãe�pode�servir-nos�de�modelo�e�de�pauta�para�a�nossa�intimidade�com�a�Senhora�do�Doce�Nome,�Maria.�Temos�de�amar�a�Deus�com�o�mesmo�coração�com�que�amamos�os�nossos�pais,�os�nossos�irmãos,�os�outros�membros�da�nossa�família,�os�nossos�amigos�ou�amigas.�Não�temos�outro�coração.�E�com�esse�mesmo�coração�havemos�de�querer�a�Maria.Como�se�comporta�um�filho�ou�uma�filha�normal�com�a�sua�Mãe?�De�mil�maneiras,�mas�sempre�com�carinho�e�confiança.�Com�um�carinho�que�se�manifestará�em�cada�caso�de�determinadas�formas,�nas-cidas�da�própria�vida,�e�que�nunca�são�algo�de�frio,�mas�costumes�muito�íntimos�de�família,�pequenos�pormenores�diários�que�o�filho�precisa�de�ter�com�a�sua�mãe�e�de�que�a�mãe�sente�falta,�se�o�filho�alguma�vez�os�esquece:�um�beijo�ou�uma�carícia�ao�sair�ou�ao�voltar�a�casa,�uma�pequena�delicadeza,�umas�palavras�expressivas...Nas�nossas�relações�com�a�nossa�Mãe�do�Céu,�existem�também�essas�normas�de�piedade�filial,�que�são�modelo�do�nosso�comportamento�habitual�com�Ela.�Muitos�cristãos�tornam�seu�o�antigo�costume�do�escapulário;�ou�adquirem�o�hábito�de�saudar�(não�são�precisas�palavras;�o�pensamento�basta)�as�imagens�de�Maria�que�há�em�qualquer�lar�cristão�ou�que�adornam�as�ruas�de�tantas�cidades;�ou�dão�vida�a�essa�oração�maravilhosa�que�é�o�Terço,�em�que�a�alma�não�se�cansa�de�dizer�sempre�as�mesmas�coisas,�como�não�se�cansam�os�enamorados,�e�em�que�se�aprende�a�reviver�os�momentos�centrais�da�vida�do�Senhor�(…).�

In Cristo que passa, nº�142,�S.�Josemaria�Escrivá

O Mês de Maria

Page 11: Folha de Oração | Maio 2014

11Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

Agenda

Festa da Família

No dia 25 de Maio, todas as famílias de Lisboa são convidadas a celebrar o dia do Senhor em conjunto com o seu bispo, na Festa da Família que se realiza em Mafra. A Fundação AIS também vai estar presente!

COMPAREÇA e divulgue esta

informação pelos seus amigos e

familiares!

Page 12: Folha de Oração | Maio 2014

Destaque

TRua Professor Orlando Ribeiro, 5 D, 1600-796 LISBOAel 21 754 40 00 • Fax 21 754 40 01 • NIF 505 152 304

[email protected] • www.fundacao-ais.pt

TERÇO DO PAPA FRANCISCO

Seria maravilhoso, no mês de Maio, rezar juntos em família o terço. A oração faz com que a vida familiar se torne ainda mais sólida.

Papa�Francisco,�3�Maio�de�2013

SEMENTES DE ESPERANÇA - Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

PROPRIEDADEDIRECTORA

REDACÇÃO E EDIÇÃO

FONTEFOTOS

CAPAPERIODICIDADE

IMPRESSÃOPAGINAÇÃO

DEPÓSITO LEGALISSN

Fundação AIS Catarina Martins de BettencourtP. José Jacinto Ferreira de Farias, scj, Maria de Fátima Silva, Alexandra Ferreira, Ana Vieira e Félix LunguL’Église dans le monde –�AIS�França© Fundação AIS, © Anto Akkara,© Marc Fromager

Nossa Senhora de Vailankanni, Índia11 Edições AnuaisGráfica ArtipolJSDesign352561/122182-3928

Isento de registo na ERC ao abrigo do Dec. Reg. 8/99 de 9/6 art.º 12 n.º 1 A

Cód. TE022

€ 6,00

Medalha com a fotografia do Papa Francisco na frente e com o brasão do seu pontificado no verso.

TERÇO BENZIDO PELO PAPA FRANCISCO.

Nota: O valor apresentado é um donativo sugerido para apoiar os inúmeros projectos da Fundação AIS.

A Mãe de Cristo e da Igreja está sempre connosco. Caminha sempre connosco, está connosco. Maria também, em certo sentido, compartilha esta dupla condição. Ela, é claro, entrou definitivamente na glória do Céu. Mas isso não significa que Ela esteja longe, que esteja separada de nós; na verdade, Maria acompanha-nos, luta connosco, sustenta os cristãos no combate contra as forças do mal. A oração com Maria, especialmente o Terço – atenção: o Terço! Rezais o Terço todos os dias? Mas, não sei não... [os fiéis gritam: sim!] Sério? Bem, a oração com Maria, especialmente o Terço, também tem essa dimensão “agonística”, ou seja, de luta, uma oração que dá apoio na luta contra o maligno e seus aliados. O Terço também nos sustenta nesta batalha.

Papa Francisco na Solenidade da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria, - 15 de Agosto de 2013