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folha povo do HISTÓRIAS HÁ 50 ANOS IMPRIMINDO CONCEITOS GUARATINGUETÁ, Maio 2013 - ANO 51 - Nº 1197 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - VENDA PROIBIDA BEM-ESTAR PÁG. 07 As consequências físicas e psicológicas causadas pela obesidade. Doença que atinge mais de 300 milhões de pessoas no mundo. Por Patrícia Palandi PÁG. 06 A origem e história dos Reis de São Benedito, presentes numa das festas religiosas mais famosas do Vale. Por Thereza Maia APROVEITE O DIA EDUCAÇÃO PÁG. 03 A importância da música no processo de ensino e aprendizagem nas escolas. Por Angelina Moreno PÁG. 06 A dica desta edição é o Pico dos Marins. Considerado o segundo ponto mais alto do Estado de São Paulo, conta com uma vista deslumbrante da região. Por Julio Maziero 383 ANOS DE FÉ GUARATINGUETÁ Foto: Danilo Rosas

Folha do Povo - Abril/Maio 2013

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HISTÓRIAS

HÁ 50 ANOS IMPRIMINDO CONCEITOS

GUARATINGUETÁ, Maio 2013 - ANO 51 - Nº 1197 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - VENDA PROIBIDA

BEM-ESTAR

PÁG. 07

As consequências físicas e psicológicas causadas pela obesidade. Doença que atinge mais de 300 milhões de pessoas no mundo. Por Patrícia PalandiPÁG. 06

A origem e história dos Reis de São Benedito, presentes numa das festas religiosas mais famosas do Vale. Por Thereza Maia

APROVEITE O DIA

EDUCAÇÃO

PÁG. 03

A importância da música no processo de ensino e aprendizagem nas escolas. Por Angelina Moreno

PÁG. 06

A dica desta edição é o Pico dos Marins. Considerado o segundo ponto mais alto do Estado de São Paulo, conta com uma vista deslumbrante da região. Por Julio Maziero

383 ANOS DE FÉGUARATINGUETÁ

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Danilo Rosas

02 | folha do povo

| EDITORIAL |

Editor: Danilo Rosas MTB/SP 37.619Administração: Renata RosasProjeto Gráfico: Studio DRCoordenadora Editorial: Lívia FernandesCoordenador de Arte: Walder GuimarãesRedação: Julio MazieroOperações Comerciais: Daniele Castro

Registrado em 12/04/1962 Reg. Livro B-1 nº 15 Fls 15 Mat. Jornais e RevistasFUNDADOR G. Dimas Carvalho Rosas - Reg. DRT/SP 7343 - SJPESP 2210Design Gráfico: Renan Mendonça.Colaboradores: Patrícia Palandi, Alberto Limongi, Angelina Moreno e Thereza Maia Fotografias: Luciana Mendes, Danilo Rosas e Acervo Museu Frei Galvão. Comercial: Bene Carvalho Publicação Mensal Abril - Maio/ 2013Para anunciar ligue (12) 3133-2449 ou pelo e-mail: [email protected]ão: Resolução Gráfica

EXPEDIENTE

folha povodo

Editora Expedições: Rua Monsenhor Filippo, 367Guaratinguetá/SP – CEP 12.501-410 email: [email protected]. site: www.editoraexpedicoes.com.brA Editora não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados.

“O NOVO, UM NASCIMENTO, NUNCA É UM PROCESSO INDOLOR OU FÁCIL.

COMO AS DORES DE UM PARTO, O SURGIMENTO DE ALGO DIFERENTE,

DE UM CICLO, DE UMA IDEIA OU CONDUTA, SE CONSTRÓI.”

FMV - http://fmarcondesvelloso.blogspot.com

No dia 10 de maio foi comemorado pelo Museu Frei Galvão, o aniversário de seis anos da canonização de Santo Antônio de Sant’Ana Galvão, o Frei Galvão. O evento contou com a inauguração de valiosa mostra de arte de autoria da artista plástica Daisy Rocha. Na qual são expostos cartões ilustrados em aquarela e colagem sobre Frei Galvão, com alto valor decorativo e religioso. A mostra passou a fazer parte da Galeria de Arte do Conjun-to Cultural e Religioso Frei Galvão, enriquecendo o seu acervo. Mais informações: Rua Frei Galvão, ao lado da Fonte de Frei Galvão e junto à Sala dos Milagres.

COMEMORAÇÃO DOS SEIS ANOS DE CANONIZAÇÃO DE FREI GALVÃO

CAI PARTICIPAÇÃO DO VALE NO PIB DO ESTADO

O JONGO DO TAMANDARÉ

Dados de um estudo da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) reve-lam que a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte teve reduzida a sua participação no PIB (Produto Interno Bruto) do Estado de São Paulo nos últimos dez anos (2000 – 2010). Neste período, o Valor Agregado da Indústria no Estado cresceu de R$ 113 bilhões para R$ 301 bilhões. A participação do Vale no VAF (Valor Agregado Fiscal) caiu de 13,7% para 9,1%. O VAF se refere à diferença entre o valor das saídas de mercadorias e dos serviços de transporte e de comunicação prestados e o valor de entrada dos mesmos a cada ano. Na região, os setores que registraram maior queda foram os de combustíveis, papel e celulose, produtos químicos e farmacêuticos e as montadoras de veículos. No setor de transportes, a diminuição de investimentos da GM, a falta de políti-cas de incentivos e o alto valor dos terrenos industriais foram apontados como possíveis fatores desta queda. Fonte: www.vnews.com.

As associações culturais Cachuera, Jongueira do Tamandaré e Quilombolas do Tamanda-ré se uniram para lançar o livro/CD/DVD “O Jongo do Tamandaré” e também o Centro de Memória do Jongo do Tamandaré. O Jongo é uma das mais importantes formas de ex-pressão cultural de comunidades afrodescendentes do sudeste do Brasil e é considerado, desde 2005, como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. A tradição inclui tambores, canto, dança e poesia e é uma herança deixada pelos africanos de origem Banto, do Con-go e de Angola, que foram trazidos como escravos para as lavouras de café da região. Em Guará, esta tradição fixou raízes no bairro do Tamandaré. Com finalidade educacional, o livro/CD/DVD será distribuído gratuitamente nas escolas públicas de Guaratinguetá. Mais informações na Associação Cultural Cachuera, telefone (11) 3872-8113, site www.cachuera.org.br ou e-mail [email protected]

Um dos princípios mais sagrados da constituição norte-ameri-cana é a liberdade de expressão. E ela é defendida por cidadãos e pela justiça como direito inalienável, salvo em casos de agressões, ou quando caracterizarem crime racial, etc.

Aqui no Brasil, onde nem todas as leis “pegam” e nossa pobre constituição anda desacreditada, temos observado uma crescente comoção a respeito dos direitos dos homossexuais. Mas, ao con-trário do que poderíamos esperar, o debate está longe de ser demo-crático. E isso por ambas as partes.

Setores da sociedade, por razões religiosas ou mesmo princípios pessoais são contrárias à aprovação da íntegra da PL 122, que trata da criminalização da homofobia por ela, em certa medida, cercear o direito à liberdade de expressão. Embora seja uma reivindicação justa destes setores, a maneira como isto está sendo feito fere o respeito ao próximo e a igualdade perante a lei. Igreja Católica, pastores, políticos e pastores políticos têm usado a mídia para falar muito mais do que deveriam, agredindo verbalmente as pessoas.

A comunidade homossexual, merecedora de seus direitos como cidadãos, também comete seus excessos, em alguns casos ridicu-larizando e ofendendo a crença religiosa das pessoas e, principal-mente, limitando de forma ditatorial o direito inalienável do ser humano ter uma opinião pessoal sobre qualquer assunto que seja.

As coisas não caminham bem. Está se criando um clima de guerra, de provocação e troca de ofensas que não deveria existir. E pior ainda, agressões físicas. Isto é inaceitável.

O amor ao próximo deve ser antes de tudo respeito. Respeito ao direito de escolher a nossa forma de amar e também ao de poder-mos expressar nossas opiniões.

É a justiça que deve ser cega, não a liberdade.

LIBERDADE É RESPEITO

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Quando se avista o Pico dos Marins, com seus majestosos 2.420 metros de alti-tude é possível entender porquê Piquete é conhecida como a “Cidade Paisagem”.

O pico, considerado como o segundo ponto mais alto do Estado de São Paulo, me-nor apenas que a Pedra da Mina, é um maciço rochoso localizado nos contrafortes da Serra da Mantiqueira, na divisa de estado com Minas Gerais. Em seu topo, o vi-sitante tem uma panorâmica de 360º, permitindo que sejam avistadas várias cidades ao seu redor. Ele foi escalado pela primeira vez em 1911.

A caminhada até o Pico dos Marins, considerada de nível médio, em comparação a outros picos brasileiros, é cercada de belezas naturais, locais onde a fauna e a flora são bastante preservadas. Nos chamados Campos de Altitude, pode-se observar a vegetação típica, resultado da adaptação das espécies ao clima frio e seco e também ao ar rarefeito.

Mas, que não se engane o aventureiro achando que vai encontrar facilidades para atingir o cume dos Marins. São sete longos e árduos quilômetros de caminhada, com um desnível de aproximadamente mil metros. Em determinado trecho do percurso, a caminhada se transforma em “escalaminhada”, uma vez que o uso das mãos será

Por Julio Maziero

| APROVEITE O DIA |

Foto: Luciana Mendes

imprescindível para seguir adiante na superfície rochosa. Uma vez no topo, o visitante nem se lembrará do esforço para alcançá-lo, pois se

sentirá, literalmente, acima das nuvens, com uma vista de tirar o fôlego. Observar o céu estrelado, o nascer ou o pôr do sol, do alto do Pico dos Marins é uma expe-riência única.

Chegar ao topo do Pico dos Marins requer bom preparo físico, por isso, como em toda atividade que exige esforço físico, o parecer de um médico ou especialista é essencial para um passeio seguro. A melhor época do ano para realizar a trilha é no inverno, entre os meses de abril a setembro, quando o clima está seco, mas leve agasalho, pois em épocas mais frias, a temperatura cai rapidamente. Evite o verão, pois as chuvas impossibilitam qualquer caminhada segura e nunca caminhe sozinho, pois o local tem pontos de difícil acesso e muitos visitantes se perderam em suas encostas. O acompanhamento de guias que conheçam bem o local é altamente recomendado.

O Pico dos Marins fica a cerca de 210 quilômetros da capital paulista. A partir de São Paulo o acesso é feito pela Rodovia Presidente Dutra (BR 116) até o município de Lorena e, de lá, pela Rodovia Lorena - Itajubá (BR 459). Dois quilômetros de-pois de Piquete segue-se por estrada de terra até o ponto onde se inicia a caminhada.

ACIMA DAS NUVENS

Nós transformamos a química que faz lares aconchegantes terem paixão por ventania.

Turbinas eólicas produzidas com soluções inovadoras da BASF são capazes de resistir a ventos de alta velocidade e condições climáticas severas. Nossos produtos auxiliam na fabricação e instalação de turbinas eólicas com maior efi ciência e durabilidade, desde sua base até a ponta das hélices. Assim, contribuímos para o desenvolvimento da energia eólica como uma fonte energética que respeita o clima. Quando os ventos fortes signifi cam energia limpa é porque, na BASF, nós transformamos a química.

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Guaratinguetá comemora 383 anos, marcados por uma rica história e pela fé de seu povo em Frei Galvão, Nossa Senhora Aparecida, São Benedito e Santo Antônio, o padroeiro do município. A mais antiga cidade do Vale do Paraíba é um retrato vivo da capacidade que a devoção religiosa tem de contribuir no desenvolvimento de uma comunidade.

A história da Terra das Garças Brancas começou a ser escrita no longínquo ano de 1628, quando um dos grandes homens do período, Jacques Félix, que, acompanhado de seus filhos, deu início ao povoamento da região após ter recebido as terras em doação. Mas, pouco tempo depois, a fé começaria a dar sua contribuição nesta trajetória.

O importante papel desempenhado pela Igreja Católica na formação da socie-dade colonial brasileira do século XVII pode ser observado na história de muitos povoados e vilas surgidas no período, principalmente nas datas de sua fundação ou mesmo nos nomes que receberam. Com Guaratinguetá não foi diferente, uma vez que sua fundação oficial aconteceu no dia 13 de junho de 1630, data em que Santo Antônio é homenageado pela igreja. O Santo Casamenteiro batizou a futura Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá e foi adotado como seu padroeiro. Desde então, o aniversário da cidade é comemorado em conjunto com as homenagens ao santo, em

Por Julio Maziero

| MATÉRIA DE CAPA | uma festa de devoção que já perdura mais de três séculos, marcada por novenas, missas, procissões, quermesses, shows e muita fé. A Festa de Santo Antônio de Guaratinguetá é uma das mais antigas do Vale do Paraíba.

Como era de costume na época, foi construída uma pequena capela em dedicação ao santo padroeiro, “erguida em palha e parede de mão”, como consta em relatos históricos do período. O primitivo templo cresceu em tamanho e beleza ao longo dos anos, se trans-formando em um dos mais importantes monumentos da cidade, a Catedral de Santo An-tônio, eleita por seus moradores como a principal entre suas sete maravilhas. O pequeno povoado cresceu vigorosamente ao redor da pequenina igreja e, no dia 13 de fevereiro de 1651, por intervenção do Capitão Domingos Luís Leme, foi elevado à condição de Vila, em decorrência da abertura da estrada principal.

A cidade celebra também a mais tradicional festa em homenagem a São Bendito no Vale do Paraíba.

Santo de casa - Guaratinguetá viveu profundamente três importantes fases da História do Brasil e se destacou em todas elas, os ciclos do Açúcar, do Ouro e do Café. Durante a febre da busca pelo Eldorado, no século XVIII, quando milhares de aventureiros se dirigiam a Minas Gerais, a vila foi importante local para pouso de viajantes e posto de Registro da circulação do preciso metal. Foi neste período que a trajetória do lugarejo se modificou para sempre, primeiro, em 1717, com o encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição por pescadores, que deu origem ao culto à Padroeira do Brasil e também à vizinha cidade de Aparecida, cujo território fazia parte de Guaratinguetá; e, vinte e dois anos depois, em 1739, com o nascimento do Frei Antônio de Sant’Anna Galvão, que viria a ser o primeiro santo brasileiro.

Canonizado em 11 de maio de 2007, pelo Papa Bento XVI, durante sua visita ao país, Frei Galvão se constituiu em um dos maiores símbolos de fé do país, levando o nome de sua terra natal a ser conhecido em praticamente todo o mundo. A de-voção ao santo ultrapassou todas as barreiras, inclusive as virtuais, com milagres realizados via Internet. As famosas pílulas de Frei Galvão, pequenos pedaços de papel contendo uma oração feita pelo religioso, produzidas por freiras e voluntá-rias, são distribuídas aos fiéis e enviadas a todos os lugares para a cura de enfermos ou bênçãos diversas. A festa em homenagem ao santo da terra acontece no dia 25 de outubro, data de sua beatificação, realizada, em 1998, pelo Papa João Paulo II. Diversos locais que de alguma forma fazem parte da vida de Frei Galvão podem ser visitados na cidade, como a casa onde ele nasceu, a sala com suas relíquias, o museu, o memorial, a igreja erguida em sua devoção e a Catedral de Santo Antônio, onde ele foi batizado e celebrou sua primeira missa como sacerdote.

A história da fé que formou e que move o município se completa com inúmeras outras homenagens e devoções que foram surgindo ao longo de seus 383 anos de existência. Feliz aniversário Guaratinguetá, terra abençoada por todos os santos.

383 ANOS DE FÉGUARATINGUETÁ

Foto: Danilo Rosas

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| EDUCAÇÃO | por Angelina Moreno

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* Patrícia N. P. PalandiNutricionista Esportiva (CRN: 30.298)Email: [email protected] / Telefone para contato: 3126-4692

* Angelina de Fátima Moreno Vaz dos Reis é professora de Educação Infantil , Ensino Superior e Psicopedagoga

I BEM-ESTAR Ipor Patrícia Palandi

Música na escola, música nas salas de aula, música! Não pretendo neste espaço discutir a lei que já está em vigor para o ensino do conteúdo música nas escolas. Também não é minha inten-ção discutir a quem cabe este papel: aos especialistas? Aos professores de cada classe?

O que trago para nossa reflexão é o quão prazeroso, gratificante e poético pode ser o trabalho de um professor que utilize a música como fonte motivadora e inspiradora dos afazeres diários junto dos alunos. São duas situações distintas:

1- Trabalhar o conteúdo música que como qualquer outra disciplina demanda planejamento, currículo adequado a cada ano.

2- Levar a música para sala de aula para diversão, sensibilização, brincadeiras, relaxamento e ampliação do conhecimento musical dos alunos.

A Educação Infantil e anos iniciais são espaços que possibilitam boas interações com este recurso.

Normalmente a música já é utilizada para ensinar algum conteúdo, contagem e textos de me-mória, por exemplo, bem como para desenvolver os hábitos de higiene, para as festas promovi-das pela escola.

Levar a música para sala de aula, no entanto, pode possibilitar ao professor ir além.Sempre trabalhei e trabalho com os alunos ouvindo músicas, enquanto desenham, desenvol-

vem atividades de colagem, desenvolvem a tentativa da escrita.A música acalma, emociona, aproxima ...Alguns cuidados são fundamentais: o que ouvir e quando ouvir.Tenho experiências marcantes com a apresentação de uma orquestra com Educação Infantil

na qual um aluno dublou Plácido Domingos. Quantas aprendizagens foram desenvolvidas: o trabalho coletivo, a disciplina, a postura, a atenção, o tempo da música, a roupa adequada para a apresentação, o sentimento de pertença no grupo. Só tendo presenciado para sentir o envolvi-mento das crianças, a emoção que estava contida naquele momento.

Com outra turma desenvolvemos a dublagem de Epitáfio do grupo Titãs onde o baterista toca-va mesmo e era do infantil, com 6 anos. Como se divertiram, aprenderam, respeitaram-se.

Para chegar a estas apresentações muitas músicas circularam no dia a dia da sala de aula. Eles manifestavam as preferências, descobriam outros ritmos os quais desconheciam, identificavam--se. Por duas vezes montamos um coral com as crianças. Mesmo não sendo especialista, brinca-mos com as vozes, com a dança, com os gestos e postura. Emociono-me só de lembrar.

Afirmo, por experiência, que a disciplina melhora, a interação do grupo é outra, o crescimento intelectual do aluno é nítido. A música é um grande recurso no processo de ensino e aprendiza-gem. Insisto que coerência e um olhar crítico do professor são essenciais neste trabalho. Nem tudo que é moda deve ser levado para sala de aula. E isso não quer dizer que o professor está alheio aos acontecimentos. Muito pelo contrário, por ter clareza do poder de influência da música é que cabe a escola, como espaço educativo, oferecer outras possibilidades ampliando assim o repertório dos alunos.

Meus melhores sentimentos a vocês.

Dó, Ré, Mi, Fa ... Vamos Cantar!

A obesidade é uma doença crônica de difícil tratamento e um importante problema de saúde pública, que afeta atualmente mais de 300 milhões de pessoas no mundo. É o resultado de diver-sas interações, nas quais chamam a atenção os aspectos genéticos, ambientais e comportamen-tais. Assim filhos que tem pais obesos, tem maior propensão a ter obesidade. Esse excesso de peso nas últimas décadas se tornou um problema global

Isso ocorre por vários fatores entre eles a nutrição ̀ `modernista´´, que consiste em um aumen-to do consumo de alimentos industrializados cheio de corantes, conservantes, aromatizantes, mais conhecidos como ``calorias vazias´´, alimentos com nível energético muito alto. E con-sequentemente a diminuição do consumo de alimentos saudáveis produzidos muitas vezes por nossa própria natureza, como frutas, verduras e legumes por exemplo.

A Obesidade gera consequências físicas e mentais como: hipertensão, colesterol, problemas na vesícula biliar, insuficiência renal, derrame cerebral, problemas cardíacos, arteriosclerose, diabetes, baixa auto-estima, dificuldade no convívio social, depressão, entre outros

Como saber se estou em um quadro de obesidade?De uma forma geral é bem simples, basta você calcular seu IMC:O índice de massa corporal (IMC) é uma medida internacional usada para calcular se uma

pessoa está no peso ideal, que avalia se seu peso está correto para sua estatura. Mas lembre-se, o IMC não avalia composição corporal, desta maneira não é indicado para atletas nem pratica-mente de atividade física, pois os mesmos possuem grandes quantidades de massa muscular.

Calculando o IMC: Peso/Altura(altura ao quadrado)

Exemplo:

(resultado do IMC: saudável)O resultado é comparado com uma tabela que indica o grau de obesidade do indivíduo

IMC

< 18,518,6 – 24,925 – 29,930,0 – 34,935,0 – 39,9≥ 40,0

Classificação

Abaixo do PesoSaudávelSobrepesoObesidade Grau IObesidade Grau II (severa)Obesidade Grau III (mórbida)

Para sair da obesidade é necessário tomar uma grande decisão de mudança de hábitos, tentar mudar o conceito dos alimentos que são bons, pensando somente nos benefícios que uma dieta adequada trará para sua vida. Segue abaixo mais um exemplo de pessoa que venceu a obesidade mudando totalmente seu estilo de vida e hoje se sente muito mais feliz consigo mesmo

Obesidade

David Drezza Neto

23 AnosIniciou seu programa de mudança de vida no final de 2011 com o objetivo de saúde e estéticaNo final de 2012 estava com 37kg a menosAlém de uma alimentação regrada e uso de produtos naturais, pratica musculação, corrida, futebol e vôlei.

Foto: sxc.com

Foto: Arquivo pessoal

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I PRATIQUE Ipor Alberto Nepomuceno Limongi

* Alberto Nepomuceno Limongi é Gestor Público de Esporte, Professor Universitá-rio, lecionando disciplinas relacionadas com administração e organização desportiva e treinamento esportivo, na ESEFIC (Escola Superior de Cruzeiro).

Preconizamos a prática dos esportes, das atividades físicas e dos exercícios como forma de conquistar a tão almejada “qualidade de vida”. Isso implica em higiene, conforto, vestimentas apropriadas, tempo de execução, locais adequados e, sobretudo segurança; tudo em busca de bem estar físico e emocional para um bem viver.

Várias são as formas de alcance de tais objetivos. Cada um dentro das suas possibilidades culturais, econômicas, disponibilidade e expectativas mais as variáveis de ordem fisiológicas – idade, sexo, favorecimento genético, etc. Receitamos tais atividades como antídoto às doenças, aos descaminhamos dos adolescentes e jovens, às possibilidades de inserção e ascensão social. Também os mais velhos recebem tais incentivos, pois serão mais saudáveis, ágeis e terão mais segurança na realização de suas tarefas. Enfatizamos o lado positivo dos esportes para prevenção de diversos males.

Há diversas possibilidades oferecidas em todos os quadrantes do planeta. Só em nossa cidade temos cerca de cinco provas já tradicionais, dentre as quais as mais conhecidas são a “Corrida 9 de Julho” e a “Meia Maratona Internacional de Frei Galvão” – essa, única do gênero na região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, além de um Circuito de corridas de rua, que dura quase o ano todo e de muito boa aceitação.

Muitos dos nossos conterrâneos ainda curtem o prazer de correr em outros lugares, no estado, no Brasil e no exterior. Através de um bom planejamento técnico e logístico programam seus treinamentos e suas viagens e vão viver novas experiências e superar novos desafios. Não preci-samos enumera-las, ficaremos nesse momento com a centenária Maratona de Boston (117 anos) com seus 23 000 participantes, realizada dias atrás e que foi palco de um atentado sem preceden-tes na história esportiva da humanidade. Três pessoas morreram e quase duzentas ficaram feridas, dentre as quais diversos amputados. Não fosse a tenebrosa e monstruosa forma de utilização da inteligência humana a serviço do mal, talvez o episódio ganhasse contornos mais políticos e ficassem do tamanho de tantos atendados que ocorrem no Oriente Médio. Mas não. Em Boston foi diferente. Diferente de tudo que se possa esperar do ser humano.

O atentado de Boston demonstra outra perversidade. Gente do mundo inteiro, inclusive brasi-leiros estava lá em busca daqueles objetivos já citados, outros foram prestigiar amigos e parentes e o gentio da comunidade local também estava na grande festa. Era um dia especial, um feriado. Muitos foram vitimados pela insanidade de dois rapazes. Sem comentários.

O corredor vence as distâncias utilizando-se das pernas, mas quem comanda tudo é a men-te. O cérebro é quem governa, entretanto dentre os mutilados muitos não as terão mais, porém conviverão pelo resto de suas vidas com o pavor dessa amarga lembrança, pois os explosivos foram construídos exatamente para cumprir essa finalidade: Não matar, apenas mutilar, extrair das pessoas suas possibilidades de ir e vir livremente. Todos inocentes, num momento de grande satisfação e alegria foram surpreendidos por essa tragédia (não dá nem para qualificar como obra do Demônio, pois este não seria inteligente para tanto).

“Suas últimas horas foram tudo o que um garoto de 8 Anos pode esperar: Com a família, tomando sorvete num evento esportivo”

(Barack Obama)

Assim manifestou-se o presidente dos Estados Unidos num culto ecumênico em homenagem a Martin Richard, 8 anos, morto no atendado e que estava com a família assistindo a corrida, na plenitude da paz, da harmonia e do convívio familiar. Valor que não é possível dimensionar, uma vez que como sabemos: família é o esteio de toda a sociedade e que quando tem boa estrutura gera um bem inestimável, uma fortuna jamais possível de quantificar.

Pois bem, estamos nos avizinhando do início de grandes eventos esportivos no Brasil: Em Junho próximo será a Copa das Confederações, em 2 014 a Copa do Mundo da FIFA, em 2 016 as Olimpíadas e Paraolimpíadas. Construções gigantescas, modernas, enquadradas nos mais exigentes e rigorosos protocolos de segurança. Quase tudo em fase de conclusão para as grandes festas do esporte. O planejamento prevê tudo para oferecer as melhores condições, aos que pra-ticam e aos que assistem. Segurança é a palavra de ordem. A inteligência policial brasileira está desenvolvendo projetos supervisionados por agências altamente qualificadas para a execução do serviço. Homens estão sendo treinados, em todos os setores, em todas as áreas, tudo está sendo preparado para que nosso hino nacional seja entoado nas celebrações das mais elevadas conquis-tas atléticas e da forma mais festiva e emocionante compartilhando esses momentos com outros cantos de vários cantos do mundo.

O Brasil será a grande vitrine do mundo e em decorrência dos seus efeitos nossas vidas pode-rão ser modificas para melhor, e é o que esperamos, pois os investimentos são altíssimos, estratos-féricos até; ou poderemos mais adiante ficar como a Grécia, endividada e inflacionada. Isso ficará por conta do futuro. O que importa é agora. Esperamos que toda a segurança de que precisaremos fique por conta da nossa condição de brasileiros: hospitaleiros, cordatos, receptivos, festeiros, ho-nestos e que formemos uma corrente de solidariedade de 200 milhões de pessoas e que possamos abraçar o mundo inteiro com o carinho a cada um dos gringos que aqui vierem para nossa festa.

Assim poderemos estar carimbando o passaporte para o ingresso num mundo civilizado e que nossa corrente de fé barre toda e qualquer intenção que maculem nossa festa. Vamos fazer o mundo chorar de alegria, com a nossa emoção.

Até a próxima edição. Boa sorte a todos.

SEGURANÇA O BERÇO DA PAZ

| HISTÓRIAS | por Thereza Maia

Pode-se dizer que o culto a São Benedito e Nossa Senhora do Rosário começou quando surgiram os primeiros atritos entre senhores e escravos, e a Igreja sentiu necessidade de criar um catolicismo para os cativos, como fator de sua integração.

Em “Estudos Afro-Brasileiros”, Roger Bastide, sociólogo, explica que esse fato, ou seja, das festas em louvor a São Benedito foi bem aceito pelos cativos, pois eles não podiam deixar de reconhecer a existência de uma força inegável na religião de seus senhores brancos.

Guaratinguetá, não fugiu à regra e as primeiras notícias das festas de São Be-nedito datam do século dezoito e estão presentes no Compromisso da Irmandade, elaborado em 1757. Atravessando os séculos, esta festa é uma das mais importantes da religiosidade popular brasileira, sendo citada e divulgada por todo o país, como patrimônio histórico de Guaratinguetá.

A existência do Rei e da Rainha - sempre negros - demonstra a existência do que se chama Congado, na festa em louvor a São Benedito em Guaratinguetá. Congado é a coroação dos Reis do Congo, uma denominação que abrange sudaneses e bantus. Da Abolição para cá, a festa que tinha caráter de integração entre pretos e brancos, se expandiu para outras paróquias, sempre mantendo a presença dos Reis e da Corte.

A tradição desta festa-mãe na igreja de São Benedito sempre foi a manutenção de Rei e Rainha negros, como o seu padroeiro São Benedito.

Certamente desconhecendo a história e os Compromissos anteriores, a Irmandade de São Benedito, recentemente aboliu a cláusula da permanência dos Reis Negros, o ponto alto da festa e sua tradição secular, patrimônio imaterial de Guaratinguetá.

Hoje aguarda-se a restauração dos Reis Negros, no Compromisso da festa de São Benedito, na Paróquia do Puríssimo Coração de Maria, para que Guaratinguetá não perca a preciosa tradição dos Reis Negros, que a cidade vem conservando desde o século dezoito. Não vamos roubar dos Reis Congo, a homenagem que vêm mere-cendo desde o século dezoito.

* Thereza Maia é professora e pesquisadora formada em Pedagogia e História. Fundadora e diretora do Museu Frei Galvão e Arquivo Memória de Guaratinguetá.

OS REIS DO SÃO BENEDITO

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RESOLUÇÃO GRÁFICA

A ASCENSÃO DO ENSINO SUPERIOR TECNOLÓGICOA educação é discutida como prioridade em todo o mundo. Há tempos existe um con-

senso de que para o desenvolvimento de uma nação é primordial o papel da educação. A educação é o instrumento de visões utópicas sobre o destino do ser humano e da sociedade.

As mudanças tecnológicas que incidem sobre a sociedade provocam um desconforto às formas tradicionais de ensino-aprendizagem das grandes instituições de ensino, já que é preciso agora proporcionar um ensino de qualidade, porém com uma formação mais profissional e ágil do que anteriormente e, porque não, com um significado mais latente.

Dessa forma, a partir do ano de 2002, foram efetivamente inclusos na Lei de Diretrizes e Bases do Ministério da Educação, os Cursos Superiores de Tecnologia, reconhecidos como cursos de graduação. Embora já criados desde a década de 60 por algumas instituições, os cursos ainda não possuíam uma identidade amplamente aceita e definida. Seu principal alicerce de identificação como curso de graduação é o atendimento às necessidades do mercado empresarial na demanda por funcionários qualificados especificamente em uma área, de maneira rápida e com competência.

O serviço de educação tecnológica no Brasil tem representado uma importante con-tribuição para o aumento do número de vagas oferecidas pelas graduações nos últimos anos. Este fato se deve principalmente ao apelo de sua identidade: cursos superiores com o foco para as especificidades do setor produtivo, do comércio e serviços, o que permite aos concluintes um bom índice de empregabilidade e as faculdades o reconhecimento de sua qualidade.

Dentro do contexto do desenvolvimento da força de trabalho no país, destaca-se no es-tado de São Paulo o papel do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza – CEETEPS.

O CEETEPS é uma autarquia do Governo do Estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. O Centro Paula Souza administra Escolas Técnicas (Etecs) e as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) nos municípios paulistas e especialmente em Guaratinguetá.Foto: photl.com