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PROGRAMA POVO ABR . 2015 PARA LER AQUI

PROGRAMA ABRIL 2015 . POVO

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PROGRAMA ABRIL 2015 . POVO Toda a programação para o mês de Março no Povo.

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PROGRAMA

POVOABR . 2015

PARA LER AQUI

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ÍNDICE

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POETAS DO POVO

DJS DO POVO

FADISTA RESIDENTE

EVENTOS

GASTRONOMIA

AGENDA

06 . POESIA E FOTOGRAFIA

08 . POESIA E BOSSA NOVA

09 . POESIA DAS REVOLUÇÕES

10 . POESIA DA AMÉRICA DO SUL

12 . POEMA HERBERTO HÉLDER

14 . POETAS DO POVO EM MARÇO

19 . AGENDA DO MÊS

20 . JOANA SIMÕES: EM PERGUNTAS

22 . OS MÚSICOS DO POVO: ANTÓNIO

CARDOSO EM PERGUNTAS

25 . JOANA SIMÕES CONVIDA JOÃO

NOGUEIRA

26 . OS MÚSICOS DO POVO: JOÃO SILVA

EM PERGUNTAS

29 . JOANA SIMÕES CONVIDA DIOGO

DIAS

31 . JOANA SIMÕES CONVIDA GONÇALO

PRAZERES

35 . NOITE TEMÁTICA: FADOS DE ABRIL

40 . LISBON POETRY ORCHESTRA

44 . O CHEF RECOMENDA COM FÁBIO

PAIXÃO DA SILVA

49 . RECEITA: CRUMBLE DE PÊRA E

AMÊNDOA COM GELADO DE BAUNILHA

50 . RECEITA: PORTO TÓNICO

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POETAS DO POVO

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POETAS DO POVO

A Lisboa de sempre, que reúne na mesma equação os poetas de antigamente e uma nova geração, novas culturas, novas linguagens, num espaço inesperado. É este o espírito que marca as noites de segunda no Povo, num reencontro entre a cidade, os seus habitantes e as suas palvras. Poesia do dia-a-dia. Poesia de proximidade. Um encontro informal entre escritores, músicos, actores, cineastas e outros artistas, porque o poema é uma porta escancarada.Façam o favor de entrar.

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POESIA E FOTOGRAFIASEG 6 ABR

Com Daniel Blaufucks, Isabel Zuzarte, Manuel Costa Cabral, Bernardo Pinto de

Almeida, e Gonçalo Prazeres (música)

A Minha Filha(Vendo-a dormir)

Que alma intacta e delicada!Que argila pura e mimosa!

É a estrela d’alvoradaDentro dum botão de rosa!

E, enquanto dormes tranquila,Vejo o divino esplendorDa alma a sair da argila,Da estrela a sair da flor!

Anjos, no azul inocente,Sobre o teu hálito leve

Desdobram candidamente,Em pálio, as asas de neve...

E eu, urze má das encostas,Eu sinto o dever sagrado

De te beijar— de mãos postas!De te abençoar — ajoelhado!

Guerra Junqueiro, in ‘Poesias Dispersas’

A poesia começa sempre no olhar. Tantas vezes a fotografia regista ou nasce desse olhar poético. Nesta noite cruzamos poetas com imagens, numa perpétua captura de emoções.

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POESIA E BOSSA NOVASEG 13 ABR

Convidados a anunciar brevementeEsse teu olhar

Quando encontra o meuFala de umas coisas que eu não posso

acreditar...Doce é sonhar, é pensar que você,Gosta de mim, como eu de você...

Mas a ilusão,Quando se desfaz,

Dói no coração de quem sonhou,Sonhou demais...

Ah, se eu pudesse entender,O que dizem os seus olhos.

Tom Jobim

A Bossa Nova constituiu uma serena revolução que juntou modernidade e tradição musical. Para isso contou com a ajuda de alguns dos melhores letristas-poetas do Brasil. Noite de todos os trópicos.

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POESIA DAS REVOLUÇÕES

SEG 20 ABRConvidados a anunciar brevemente

Em vésperas de assinalar mais um 25 de Abril os Poetas do Povo trazem as palavras inflamadas de quem acreditou poder mudar o seu destino.

El Abuelo

Esta mujer angélica de ojos septentrionales,que vive atenta al ritmo de su sangre europea,

ignora que en lo hondo de ese ritmo golpeaun negro el parche duro de roncos atabales.

Bajo la línea escueta de su nariz aguda,la boca, en fino trazo, traza una raya breve;

y no hay cuervo que manche la geografía de nieve

de su carne, que fulge temblorosa y desnuda.

¡Ah, mi señora! Mírate las venas misteriosas;boga en el agua viva que allí dentro te fluye;y ve pasando lirios, nelumbos, lotos, rosas;

que ya verás, inquieto, junto a la fresca orilla,la dulce sombra oscura del abuelo que huye:

el que rizó por siempre tu cabeza amarilla.Nicolás Guillén

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Uma noite em que viajaremos pela geografia poética do sul do grande continente americano. Olhares e palavras que nem o mar separa.

O Teu Riso (Excerto)

Tira-me o pão, se quiseres,tira-me o ar, mas

não me tires o teu riso.

Não me tires a rosa,a flor de espiga que desfias,

a água que de súbitojorra na tua alegria,

a repentina ondade prata que em ti nasce.

A minha luta é dura e regressopor vezes com os olhos

cansados de terem vistoa terra que não muda,

mas quando o teu riso entrasobe ao céu à minha procura

e abre-me todasas portas da vida.

Pablo Neruda

A POESIA DA AMÉRICA DO SUL

SEG 27 ABRCom Lauren Mendinueta, Ozias Filho, Maria

Xavier, Daniel da Rocha Leite e Luís Bastos (música)

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HERBERTOHÉLDER

Um poema cresce inseguramentena confusão da carne,

sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,talvez como sangue

ou sombra de sangue pelos canais do ser.

Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violênciaou os bagos de uva de onde nascem

as raízes minúsculas do sol.Fora, os corpos genuínos e inalteráveis

do nosso amor,os rios, a grande paz exterior das coisas,

as folhas dormindo o silêncio,as sementes à beira do vento,

- a hora teatral da posse.E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.

E já nenhum poder destrói o poema.Insustentável, único,

invade as órbitas, a face amorfa das paredes,a miséria dos minutos,

a força sustida das coisas,a redonda e livre harmonia do mundo.

- Em baixo o instrumento perplexo ignoraa espinha do mistério.

- E o poema faz-se contra o tempo e a carne.

Sobre um Poema

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HERBERTOHÉLDER

Um poema cresce inseguramentena confusão da carne,

sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto,talvez como sangue

ou sombra de sangue pelos canais do ser.

Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violênciaou os bagos de uva de onde nascem

as raízes minúsculas do sol.Fora, os corpos genuínos e inalteráveis

do nosso amor,os rios, a grande paz exterior das coisas,

as folhas dormindo o silêncio,as sementes à beira do vento,

- a hora teatral da posse.E o poema cresce tomando tudo em seu regaço.

E já nenhum poder destrói o poema.Insustentável, único,

invade as órbitas, a face amorfa das paredes,a miséria dos minutos,

a força sustida das coisas,a redonda e livre harmonia do mundo.

- Em baixo o instrumento perplexo ignoraa espinha do mistério.

- E o poema faz-se contra o tempo e a carne.

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A obra de Al Berto, os combates e as ideologias, o humor ou falta dele, foram os temas que marcaram mais um mês de poesia e encontros no povo. Pedro d’Orey, Alexandre Sarrazola, Diogo Dória, Teresa Coutinho, Pedro Bidarra, Joaquim Paulo Nogueira, Luis Carvalho, Joana Amaral Dias, Francisco Rosa, Manuel Cintra, Luis Serra Santos, Maria Rueff, Filipe Homem Fonseca, Víton Araújo, Marina Albuquerque e Fernando Alvim foram as vozes que deram corpo à ementa de poemas de cada serão de segunda. Na música, Nuno Grácio, Edgar Caramelo, Luís Bastos e Mario Amandio. As noites foram dirigidas, como sempre, pelos anfitriões Nuno Miguel Guedes e Alexandre Cortez.

Veja os vídeos das sessões no canal You Tube dos Poetas do Povo:https://www.youtube.com/channel/UCh0G0Kv8ogfcnxjBDX_UNwQ

Fotos: gaça Ezequiel e Isabel Zuzarte

POETAS DO POVO MAR 2015

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DJSDO POVO

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SEMANA 2

SEMANA 3

SEMANA 4

AGENDA

11 . SÁB . 00H00 . EMYLIS

10 . SEX . 00H00 . DJ DE REFERÊNCIA

25 . SEX . 00H00 . CUCURUCHO

18 . SÁB . 00H00 . EMYLIS

17 . SEX . 00H00 . DJ DE REFERÊNCIA

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JOANA SIMÕES DOS REIS:FADISTA RESIDENTEFEV A MAI 2015

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JOANA SIMÕES DOS REISQual o teu fado favorito?

Fado dos Sonhos - Aqui chego. Porque foi um grande amigo que escreveu. E porque tem um poema com o qual me identifico profundamente.

Como foi o teu primeiro contacto com o fado?

Com CD’s que tinha lá por casa. Lembro-me que dos primeiros fados que ouvi foi o “Havemos de ir a Viana” e que me marcou pela alegria enorme que transmitia. Algo que para mim era totalmente desconhecido até ao momento. Por oposição a fados mais melancólicos com os quais me tinha cruzado até ao momento.

Que outras referências musicais tens?

Jazz / Soul / Bossa Nova

Qual a tua cantor(a) / banda favorita?

Nouvelle Vague / Lumineers

Qual o vosso poema de fado favorito?

Aqui chego. Por ser mais “meu”. Por ser algo personalizado que foi escrito por um amigo muito próximo.

Se eu fosse um fado seria...

Marcha de S.Vicente.

Qual o teu petisco favorito do Povo?

Bochechas de Porto preto

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OS MÚSICOS DO POVO

GUITARRA PORTUGUESAResidência Artística

Qual o teu fado favorito?

Não consigo responder a esta questão. Além de guitarrista, amante de poesia e, apaixonado pelo fado, quem serei eu para falar dele!? Embora não falando, já diga muito.

Como foi o teu primeiro contacto com o fado?

Sentado numa gasta poltrona, a minha infância foi mudada pela dolente melodia da “Moda das tranças pretas” de Vicente da Câmara. Daí até à guitarra Portuguesa passaram-se 6 anos.

Que outras referências musicais tens?

Essencialmente toda a música erudita, especificando o período Barroco e Romântico, na proeminência de J.S.Bach, Mozart, Beethoven, Chopin etc. De resto, sou consumidor assíduo, de MPB, Blues, Jazz (avant gard), inclusive alguma música ligeira.

Qual a tua cantor(a) / banda favorita?

Novamente, uma questão de árdua resposta. A História da Música nem sempre privilegiou a qualidade e a diversidade, e o poder da mente humana, não se resume a um nome ou, conjunto reduzido deles.

Qual o vosso poema de fado favorito?

Aquele que está por escrever. No fado nada há, mais belo, do que a história que se conta, e quantas histórias estão por contar!?

Se eu fosse um fado seria...

Uma só nota.

Qual o teu petisco favorito do Povo?

A união, o convívio e o Prego de Atum.

António Cardoso

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Joana Simões convida João Nogueira

QUA . 29 MAR . 21H30Residência Artística

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OS MÚSICOS DO POVO

VIOLA FADOResidência Artística

João Silva

Qual o teu fado favorito?

Não posso dizer que tenho um fado favorito. Apesar de esta ideia parecer um cliché a verdade é que um fado que cujo poema me agrade, que seja bem tocado e bem interpretado passa automaticamente a ser dos meus favoritos.

Como foi o teu primeiro contacto com o fado?

É difícil (ou talvez muito fácil) descrever o meu primeiro contacto com o Fado visto que o ouço desde que nasci. O meu Pai era guitarrista (guitarra Portuguesa) e o fado “invadia” diariamente a nossa casa.

Que outras referências musicais tens?

Rock Português Música Erudita e Bossa Nova.

Qual a tua cantor(a) / banda favorita?

Mais uma pergunta de resposta vasta. Pink Floyd. Queen. Roberto Carlos. Jorge Palma. Fausto. Amália. Carlos do Carmo. Camané. Entre outros.

Qual o vosso poema de fado favorito?

Não tenho um específico. A poesia no Fado é tão rica e tão vasta que acaba por ser difícil enumerar um poema em especial.

Se eu fosse um fado seria...

Mais um fado no fado

Qual o teu petisco favorito do Povo?

Prego de atum sem dúvida

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Canal YouTube do Povo:

https://www.youtube.com/channel/UCkoNjki7uotfHF0ydFkxKng

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QUA . 15 ABRIL . 21H30Residência Artística

Joana Simões convida Gonçalo Prazeres

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EVENTOS

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EVENTOS

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Dai-me uma jovem mulher com sua harpa de sombrae seu arbusto de sangue. Com ela

encantarei a noite.

Herberto Hélder

Foto: Daniel Antunes

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FADOS DE ABRIL

Recordar o 25 de Abril será sempre celebrar o maior valor de todos: a liberdade. A liberdade de pensar, de dizer, de opinar, de discordar. A liberdade de se ser humano, na íntegra.

Também os poetas do fado celebraram essa liberdade, muitas vezes quando o não poderiam. Através das entrelinhas, denunciaram prisões, grilhetas, arbitrariedades. Reunindo-se sobretudo à volta de um nome que os cantava e protegia – Amália – poetas como Alexandre O’Neill ou David Mourão-Ferreira foram exprimindo o seu “livre pensamento”. Outros resistentes escolheram também o fado para as suas denúncias, na sua variante coimbrã: José Afonso, Adriano Correia de Oliveira.

Esta noite, mais do que nunca, o fado é liberdade.

NOITE TEMÁTICA

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Autor: Filipe Homem Fonseca

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LISBON POETRY ORCHESTRA

Há uma cidade feita de mil aldeias à beira-Tejo, que por suave milagre se unem, formando uma das mais belas ficções possíveis de viver: Lisboa.

Quantas palavras a disseram, quantas não conseguiram dizê-la? Muitas e mais aquelas que ainda estão por vir. Lisboa, desde o seu nascimento, teve o mágico privilégio de ser uma cidade-espelho, onde os olhares se reflectiam

e devolviam. E a poesia, que no limite não é mais do que um olhar depurado e quieto, registou esse encanto de uma cidade-porto, segura e insegura,

amante ou megera, paraíso ou inferno.

Não há poetas de Lisboa: há seres apaixonados, há estrangeiros deslumbrados, há partidas e regressos que se parecem muito com as

paixões. Lisboetas convictos, que se debatem com declarações confusas de amor-ódio, como só é permitido aos verdadeiros apaixonados.

Mas sabemos isto: a cidade sempre foi inspiração para a palavra poética, escrita pelos que estão, pelos que chegam, pelos que partem. Lisboa nunca

deixou de receber o mundo a olhar para o mundo. São esses olhares, tão diversos e tão únicos, tão quotidianos e tão intemporais que a Lisbon Poetry

Orchestra quer partilhar. Algumas vezes seduzindo pela memória; outras, revelando o que é feito hoje, pelos que vivem e sentem outra vez estas ruas,

esta gente, este mistério.O encontro da palavra e da poesia musical que a Lisbon Poetry Orchestra

pratica é uma das mil probabilidades de banda sonora que esta cidade permite. E é exactamente por isso que não pode deixar de ser feito: porque

a Lisboa poética sempre será feita de descobertas e reencontros.

NUNO MIGUEL GUEDES

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GAS TRO NO MIA

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GAS TRO NO MIA

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Passaram 3 anos desde que nos iniciámos nesta aventura do Povo. Há 3 anos o degradado e feio Cais do Sodré era um subúrbio dentro do centro da cidade, escuro e sem vida.

Ao mesmo tempo que se criavam sinergias para se dar a mudança para aquilo que é hoje um dos grandes ex-libris turísticos e culturais da cidade de Lisboa, o Povo abria as portas e mostrava ao mundo as jovens vozes do fado. Na cozinha, o petisco e os sabores tradicionais eram o mote de uma culinária simples, tradicional e de bons produtos.Três anos volvidos, o mundo mudou. Em pleno resgate financeiro, as casas de petiscos desmultiplicaram-se, banalizaram-se e sentimos necessidade de mudar.

Mantemos o mesmo cariz do início, uma cozinha de sabor, de bons produtos, de memória

ancestral, pratos para partilhar e sobretudo, uma enorme paixão e carinho por aquilo que fazemos. A isso juntou-se um sentido estético mais apurado, algumas técnicas de cozinha mais avançadas, mas onde o pretensiosismo não tem entrada.

Deixámos alguns dos nossos clássicos, como pica-pau, o bacalhau à Brás ou camarão ao alhinho e a estes juntámos novas e arrojadas versões de outros pratos, como a salada de polvo com algas, as favinhas com barriga de porco curada ou os peixinhos da horta e do pomar…

Por tudo isto, que melhor conselho lhe posso dar, que não seja visitar o Povo por estes dias e provar o melhor que temos para lhe oferecer?

Coma e seja feliz!

Fábio Paixão da SIlva

E ao Terceiro ano… a Renovação!!

COM FÁBIO PAIXÃO DA SILVA

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COM O CALOR APETECE ...

Salada de Polvo, Algas e Puré de Pimento Assado

Salada fria de polvo, algas wakamé e molho de pimentos assados

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CRUMBLE DE AMÊNDOA E PÊRA COM GELADO DE

BAUNILHA

RECEITA

Petisco para 4 pessoas:

Para o crumble:

1 copo de farinha1 copo de açúcar1 copo de manteiga derretida1 copo de amêndoa esmigalhada

Para a calda de pêra:

50gr de açúcar200ml de agua1 pau de canela100 gr de pera rocha em cubos1 anis estrela10 ml de natas

Preparação:

Crumble:- Amasse bem todos os ingredientes do crumble numa tigela, coloque num tabuleiro e leve ao forno a 150C durante cerca de 30 minutos, mexendo de tempos a tempos. Quando estiver dourado retire do forno e desfaça tudo com a ajuda de um garfo.

Calda de Pera:- Coloque todos os ingredientes, exceto as natas, num tacho e leve ao lume.- Quando a pera estiver bem cozida, retire o pau de canela e o anis e adicione as natas. Deixe ferver e reserve.

Montagem:- Coloque o crumble num recipiente de ir ao forno e disponha a calda com pedaços de pera por cima, leve ao forno 5min a 180C.- Sirva com generosas colheradas de gelado de baunilha ou outro a seu gosto.

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PORTO TÓNICO

BEBIDA

Porto White and DryÁgua Tónica

Limão

Comece por colocar algumas pedras de gelo num copo alto.

Junte ½ dose de Porto White and Dry e ½ dose de Água

Tónica.

Aromatize a gosto com limão.

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«Terra de grandes barrigasonde só há gente gorda.

Às sopas chamam açordaà açorda chamam-lhe migas. »

Palhas e Moínhas», Vasconcelos e Sá

Para os alentejanos, o termo migas designa um alimento à base de pão migado, embebido num caldo

e a seguir esmigalhado e amassado. Esta confecção é aquilo que, em Lisboa e noutras regiões do país, se

chama açorda.

A açorda alentejana tem origem na tharid dos invasores árabes, uma confecção de pedaços de

pão mergulhados num caldo quente, aromatizado e enriquecido com azeite, muito elogiado, diz-se, por

Maomé, ensinou-nos Alfredo Saramago em “Para uma História da Alimentação no Alentejo” (1997), fazendo

notar que tharid alude ao acto de cortar ou arrancar pedaços de pão.

Diz ainda este mestre da gastronomia que, durante o período de ocupação romana, se comia no Alentejo uma sopa feita de ervas aromáticas, alho, azeite, pão e água quente. Esta confecção atravessou, assim, as

culturas dos povos invasores que se seguiram, tendo sido os árabes que a fixaram e lhe deram a importância

que teve entre eles e ainda tem entre nós.

em: http://sopasdepedra.blogspot.pt

Na foto: Bacalhau brazeado, migas de couve portuguesa e azeitona

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POVO LISBOA . ABR . 2015AGENDA

SEMANA 1

01 . QUA . 21H30 JOANA SIMÕES . FADO

SEMANA 2

05 . DOM . 21H30 . 22H30 . 23H30 JOANA SIMÕES . FADO

06 . SEG . 22H00 POETAS DO POVO: POESIA E FOTOGRAFIA . POESIA

10 . SEX . 00H00 DJ DE REFERÊNCIA . DJ SET

07 . TER. 21H30 . 22H30 JOANA SIMÕES . FADO

08 . QUA . 21H30 . 22H30 JOANA SIMÕES . FADO

12 . DOM . 21H30 . 22H30 . 23H30 JOANA SIMÕES . FADO

09 . QUI . 21H30 . 22H30 JOANA SIMÕES CONVIDA DIOGO DIAS . FADO

02 . QUI . 00H00 DJ SET

03 . SEX . 00H00 DJ SET

04 . SÁB . 00H00 DJ SET

11 . SÁB . 00H00 EMYLIS . DJ SET

SEMANA 3

13 . SEG . 22H00 POETAS DO POVO: POESIA & BOSSA NOVA . POESIA

14 . TER. 21H30 . 22H30 JOANA SIMÕES . FADO

15 . QUA . 21H30 . 22H30 JOANA SIMÕES CONVIDA GONÇALO PRAZERES . FADO

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SEMANA 3

16 . QUI . 21H30 . 22H30 JOANA SIMÕES . FADO

17 . SEX . 00H00 DJ DE REFERÊNCIA . DJ SET

19 . DOM . 21H30 . 22H30 . 23H30 JOANA SIMÕES . FADO

SEMANA 4

O POVO ACEITA RESERVAS ATRAVÉS DO E-MAIL:

[email protected]

20 . SEG . 22H00 POETAS DO POVO: A POESIA DAS REVOLUÇÕES . POESIA

30 . QUI . 21H30 . 22H30 JOANA SIMÕES . FADO

21 . TER. 21H30 . 22H30 JOANA SIMÕES . FADO

27 . SEG . 22H00 POETAS DO POVO: A POESIA DO SUL DA AMÉRICA . POESIA

18 . SÁB . 00H00 EMYLIS . DJ SET

22 . QUAR . 21H30 . 22H30 JOANA SIMÕES . FADO

23 . QUI . 21H30 . 22H30 JNOITE TEMÁTICA: FADOS DE ABRIL . FADO

24 . SEX . 00H00 DJ SET

25 . SÁB . 00H00 CUCUCRUCHO . DJ SET

26 . DOM . 21H30 . 22H30 . 23H30 JOANA SIMÕES . FADO

28 . TER. 21H30 . 22H30 JOANA SIMÕES . FADO

29 . QUAR . 21H30 . 22H30 JOANA SIMÕES CONVIDA JOÃO NOGUEIRA . FADO