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D Doar sangue é uma ação simples, mas que se torna grande porque salva vidas. É um ato de solidariedade que vai assegurar um estoque suficiente para atender a demanda de hospitais e centros de saúde. In- felizmente, segundo a Organização Mundial da Saúde, apenas 1,9% da população brasileira doa sangue regularmente. Muitos só doam quando são “convocados”, me- diante a solicitação da família ou de amigos. Este número fica mui- to aquém das necessi- Leia nesta edição: Pág. 3 - Direito Internacional Humanitário e os de- safios do Conflito Armado Contemporâneo - História do Rotary Club Pág. 4 - Entrevista com Berlindo Francisco de Melo, presidente do COMSEA-VR (Comitê de Segurança Alimentar) Pág. 5 - Biblioteca motiva leitura para cegos Pág. 9 - Oportunismo ou oportunidade? - Financiamento habitacional - Cursos da Filial de Volta Redonda Pág. 11 - Mitos e dúvidas sobre doação de sangue Distribuição dirigida: Volta Redonda, Resende, Piraí, Pinheiral e Mendes - Setembro 2011 - Ano I - Nº 05 Informativo da Cruz Vermelha Brasileira de Volta Redonda-RJ Doação de sangue Quando vermelho é a cor da esperança dades dos hospitais, por conta das ocorrências de acidentes graves, compli- cações durante o parto, ou dos tratamentos de doenças como câncer. Ao longo dos anos, a prática hemoterápica no Brasil passou por várias normatizações, visando garantir a qualidade do material coletado. No entanto, hoje a maior dificuldade é garantir que mais pessoas se tornem doadoras espontâneas e regulares. Segundo a enfermeira coordenadora do Núcleo de Hemotera- pia de VR, Cristina Gui- marães do Nascimento, normalmente as pessoas são motivadas a doarem sangue pela “dor”, quan- do um familiar ou amigo está precisando. “Nosso desafio é que este doador retorne, para isso bus- camos realizar um aten- dimento de excelência, para que ele seja bem orientado e acolhido”, explicou Cristina. Desde a década de 1980, a coleta de sangue se tornou mais criteriosa, passando por um proces- so rigoroso de triagem. O candidato a doador, segundo explicou Cristi- na, é primeiramente ca- dastrado através de uma ficha com um código de barras, responde a um questionário e o segundo passo é uma entrevista. São realizados vários exames, tais como afe- rição da pressão arterial, verificação dos batimen- tos cardíacos, respiração, temperatura, entre ou- tros. Se a pessoa estiver apta, serão coletados cerca de 400 a 450 ml de sangue. Em seguida o doador recebe um lanche para repor as calorias e é hidratado. Em um prazo de 48 horas, este material vai passar por exames soro- lógicos para atestar a sua qualidade. Dependendo do resultado, o doador poderá ser chamado para os encaminhamentos ne- cessários. Em uma única doação são retirados 3 compo- Para Cristina Guimarães, coordenadora do Núcleo de Hemoterapia de VR, o maior desafio é garantir doadores espontâneos e regulares Fotos: Divulgação nentes: hemácias (para os casos de anemia e aci- dentados); plasma (para pacientes internados no CTI) e plaquetas (para os casos de Dengue He- morrágica e leucemias). Ou seja, um doador pode ajudar até três pessoas. Existem várias dúvi- das e mitos em torno da doação de sangue, que podem afastar futuros doadores. Nesse caso, a informação é a melhor ferramenta. Procure o núcleo de hemoterapia e informe-se. Leia mais sobre o assunto na pá- gina11.

Folha Humanitária - Setembro 2011

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Impresso da Cruz Vermelha de Volta Redonda - RJ

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Page 1: Folha Humanitária - Setembro 2011

DDoar sangue é uma

ação simples, mas que se torna grande porque salva vidas. É um ato de solidariedade que vai assegurar um estoque suficiente para atender a demanda de hospitais e centros de saúde. In-felizmente, segundo a Organização Mundial da Saúde, apenas 1,9% da população brasileira doa sangue regularmente. Muitos só doam quando são “convocados”, me-diante a solicitação da família ou de amigos.

Este número fica mui-to aquém das necessi-

Leia nesta edição:Pág. 3 - Direito Internacional Humanitário e os de-

safios do Conflito Armado Contemporâneo - História do Rotary ClubPág. 4 - Entrevista com Berlindo Francisco de

Melo, presidente do COMSEA-VR (Comitê de Segurança Alimentar)

Pág. 5 - Biblioteca motiva leitura para cegosPág. 9 - Oportunismo ou oportunidade? - Financiamento habitacional - Cursos da Filial de Volta RedondaPág. 11 - Mitos e dúvidas sobre doação de sangue

Distribuição dirigida: Volta Redonda, Resende, Piraí, Pinheiral e Mendes - Setembro 2011 - Ano I - Nº 05Informativo da Cruz Vermelha Brasileira de Volta Redonda-RJ

Doação de sangueQuando vermelho é a cor da esperança

dades dos hospitais, por conta das ocorrências de acidentes graves, compli-cações durante o parto, ou dos tratamentos de doenças como câncer.

Ao longo dos anos, a prática hemoterápica no Brasil passou por várias normatizações, visando garantir a qualidade do material coletado. No entanto, hoje a maior dificuldade é garantir que mais pessoas se tornem doadoras espontâneas e regulares. Segundo a enfermeira coordenadora do Núcleo de Hemotera-pia de VR, Cristina Gui-marães do Nascimento, normalmente as pessoas são motivadas a doarem sangue pela “dor”, quan-do um familiar ou amigo está precisando. “Nosso desafio é que este doador retorne, para isso bus-camos realizar um aten-dimento de excelência, para que ele seja bem orientado e acolhido”, explicou Cristina.

Desde a década de 1980, a coleta de sangue

se tornou mais criteriosa, passando por um proces-so rigoroso de triagem. O candidato a doador, segundo explicou Cristi-na, é primeiramente ca-dastrado através de uma ficha com um código de barras, responde a um questionário e o segundo passo é uma entrevista. São realizados vários exames, tais como afe-rição da pressão arterial, verificação dos batimen-tos cardíacos, respiração, temperatura, entre ou-tros. Se a pessoa estiver apta, serão coletados cerca de 400 a 450 ml de sangue. Em seguida o doador recebe um lanche para repor as calorias e é hidratado.

Em um prazo de 48 horas, este material vai passar por exames soro-lógicos para atestar a sua qualidade. Dependendo do resultado, o doador poderá ser chamado para os encaminhamentos ne-cessários.

Em uma única doação são retirados 3 compo-

Para Cristina Guimarães, coordenadora do Núcleo de Hemoterapia de VR, o maior desafio é garantir doadores espontâneos e regulares

Fotos: Divulgação

nentes: hemácias (para os casos de anemia e aci-dentados); plasma (para pacientes internados no CTI) e plaquetas (para os casos de Dengue He-morrágica e leucemias). Ou seja, um doador pode ajudar até três pessoas.

Existem várias dúvi-

das e mitos em torno da doação de sangue, que podem afastar futuros doadores. Nesse caso, a informação é a melhor ferramenta. Procure o núcleo de hemoterapia e informe-se. Leia mais sobre o assunto na pá-gina11.

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Palavra do Presidente Socorrismo e civismo

Onde estão os mais vulneráveis?Há um mês a Cruz Verme-

lha de Volta Redonda iniciou a elaboração de um projeto que visa mapear a pobreza extrema no município. Sabemos que não será fácil, mas à medida que o projeto vem tomando forma, vimos a necessidade de agregar mais parceiros para identificar onde está a população mais vulnerável e excluída de nossa sociedade.

Por isso, neste primeiro mo-mento já realizamos um contato com a Secretaria de Ação Comuni-tária, e fomos muito bem recebidos pelo secretário Munir Francisco, que prontamente colocou sua

Luís Henrique Veloso MaltaPresidente da Cruz Vermelha

de Volta Redonda

EXPEDIENTE

Presidente: Luís Henrique Veloso Malta Vice-Presidente: Angela Maria Moura Brasil Tolomelli Diretor Tesoureiro: Paulo Pereira TiburcioDiretor Tesoureiro Adjunto: Francisco SeverinoContato para sugestão de matérias:Jornalista Responsável: Carla Beatriz de Souza Tiburcio MTB/DRT 17923/88 Assessoria de Comunicação SocialTel: 3076-2500 – ramal: 206 - E-mail: [email protected].: Rua 40, nº 13 - Vila Santa Cecília - Volta Redonda - RJO Jornal Folha Humanitária não se responsabiliza por conceitos e opiniões expressos nos artigos assinados

Agência Por Aqui - [email protected] Geral: Diego Campos RaffideDiretor de Arte: Eduardo AvilaWeb Developer: Thiago Okamoto

Anuncie no jornal Folha Humanitá[email protected]ão: Gráfica Diário do Vale Tiragem: 4 mil exemplaresColaboradores: Flávio Tolomelli / Diego Batista / Marony Gomes / Igor Menezes / Paulo Freitas

equipe a disposição. Estamos ainda fechando par-

cerias com universidades e outras instituições para garantirmos a qualidade desta pesquisa.

Esta receptividade encontrada tem fortalecido os ânimos de nossa equipe, que acredita no potencial da Cruz Vermelha de auxiliar o poder público, conforme consta em seu estatuto.

Nesta ação em especial, o desafio é, num segundo momento do projeto, implementar políticas que reduzam a pobreza sob os diversos aspectos, tais como desigualdade de gênero, geração de emprego,

segurança alimentar, agricultura familiar e programas de transfe-rência de renda. Para isso, temos primeiro que identificar quem são estas pessoas, que muitas das vezes estão invisíveis aos olhos do Estado e da sociedade. São pes-soas que também podem contribuir com o desenvolvimento do país se estiverem inseridas como cidadãs, com seus direitos e deveres. Incluí--las deve ser um compromisso de todos. Vamos à luta.

Mais uma vez nossos voluntá-rios deram demonstração de soli-dariedade e reafirmaram o princípio de Humanidade. Em pleno feriado, contamos com 26 voluntários socor-ristas para prestar atendimento de primeiros socorros, durante o desfile cívico-militar no dia sete de setembro.

Foram 17 atendimentos e alguns deles encaminhados para o hospital devido ao grau de complexidade.

A nossa satisfação é saber que ao longo dos anos a Cruz Vermelha de Volta Redonda vem se tornando referência no

que tange ações de emergência pré-hospitalar em nosso município e regiões vizinhas. Um trabalho realizado com prazer e dedicação. Até a próxima.

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Direito Internacional Humanitário e osdesafios do Conflito Armado Contemporâneo

“O direito humanitário é a última barreira ao aumentoda violência sem limite.” François Bugnion

A AçãO sOCIAl DAs InstItuIções

Humanitário e os Desafios do Conflito Armado Contemporâ-neo” e que buscou reafirmar os princípios básicos do DIH e a garantia de que suas normas sejam adequadas para lidar com as circunstâncias da guer-ra contemporânea. Esta con-clusão também está refletida no texto e nas recomendações que constam na Resolução 3 da Conferência sobre a Re-afirmação e Implementação do DIH “Preservando a Vida e a Dignidade Humanas no Conflito Armado”.

É quase comum hoje dizer que vivemos em um mundo cada vez mais complexo, no qual os riscos e fatores da violência armada são cada vez mais difíceis de prever e circunscrever. As realidades do conflito armado no início do novo milênio também muda-

ram, à medida que as guerras clássicas entre os Estados deram lugar a uma vasta gama de conflitos armados não internacionais altamente complexos, frequentemente com uma dimensão interna-cional, quase sempre com um impacto direto sobre os civis. Mesmo nos casos em que os combates são de baixa intensidade, as consequências humanitárias para a população civil são muito sérias.

O direito humanitário é a última barreira nessa corrida aos extremos. Em 1999, por ocasião dos 50 anos das Convenções de Genebra, CICV fez uma enquete junto a 20 mil pessoas, vítimas civis e prisioneiros de guerra. A imensa maioria respondeu que o direito humanitário era a sua única proteção.

Diego BatistaResponsável pelo Setor de

Voluntariado da Filial de Volta [email protected]

das vítimas de guerra são, em geral, suficientemente adequadas para responder aos desafios dos conflitos armados contemporâneos. O grande dilema a ser atendido é conseguir um cumprimento maior das normas por todas as partes em um conflito armado,

como também o respeito.Esta é uma das grandes

conclusões de um relatório apresentado pelo CICV na 30ª Conferência Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho ocorrida em Gene-bra, em novembro de 2007, chamada “Direito Internacional

Funcionária do CICV visita famílias deslocadas em decorrência do conflito em área extremamente pobre em Ciudad Bolívar, Colômbia

foto: ©CICV/C. Von ToggenburgA promoção e o fortaleci-

mento do Direito Internacional Humanitário são preocupa-ções centrais do Comitê In-ternacional da Cruz Vermelha (CICV), no âmbito da sua tare-fa e do mandato internacional para trabalhar em benefício da aplicação fiel do Direito Inter-nacional Humanitário (DIH). Este papel tem muitas facetas, incluindo a disseminação do DIH e a promoção da ratifica-ção dos tratados importantes, o monitoramento do respeito ao direito humanitário pelas partes em um conflito armado, como também a preparação de novos desdobramentos neste campo.

Para o CICV, instituição ativa em todos os teatros de conflito ao redor do mundo, as normas do Direito Internacional Humanitário para a proteção

Rotary InternacionalMais de 100 anos de Ações Humanitárias pelo mundoO primeiro Rotary Club foi

fundado em 23 de fevereiro de 1905 na cidade de Chicago, EUA e hoje está presente em mais de 200 países, em todos os continentes. Hoje conta com mais de 1,2 milhão de sócios com o pensamento e esforços voltados à compreensão mun-dial e ajuda humanitária.

Foi fundado por quatro pro-fissionais distintos que vislum-braram que com suas habilida-

des poderiam melhorar a vida de muitas pessoas. Norteados pelo seu lema principal DAR DE SI, ANTES DE PENSAR EM SI, os rotarianos executam seus projetos e parcerias com muita paixão e vontade.

Um dos muitos grandes projetos que demonstra a abrangência e a força desse movimento é a Campanha Pólio Plus, que através de parcerias com o UNICEF, OMS

e a CDC já vacinou mais de 2 bilhões de crianças contra a poliomielite, reduzindo a incidência global da doença em 99%.

Outro grande destaque dos trabalhos de Rotary são os programas para a juventude que se dividem em:

INTERCÂMBIODE JOVENS

Programa que já levou vá-rios jovens brasileiros a muitos

países e trouxe também para nosso país muitos jovens de várias culturas.

INTERACT CLUBGrupo com os mesmos

valores para jovens entre 14 e 18 anos.

ROTARACT CLUBPara jovens entre 18 e 30

anos.E ainda, mas de forma

mais modesta e inicial o progra-ma para crianças, denominado

ROTARY KIDS.Volta Redonda tem 5 clu-

bes de Rotary e 2 de Rotaract.Em uma sala na sede da

Cruz Vermelha de VR, o Ro-taract Volta Redonda Capital Sul se reúne todos os sábados, às 15h30. Informações: www.rotary.org

Igor Menezes Bastos da SilvaSócio Fundador

Rotaract Club Volta Redonda Capital Sul

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“Considero um passo importante a inserção do direito à alimentação na Constituição Federal”

Berlindo Francisco de Meloarrecadação de alimentos não perecíveis em eventos patrocinados pela Prefeitura; banco de alimentos; parceria com a Cruz Vermelha de Volta Redonda no envio de alimentos à população em ações emergenciais; parceria com o Governo Municipal.

É importante relatar que em 2010, arrecadamos em torno de 144 toneladas de alimentos não perecíveis.

FH - O que falta para o comitê se tornar conselho?

Estamos junto com o Prefeito Neto em processo para transformação do Co-mitê para Conselho, o que provavelmente deverá se consumar ainda esse ano.

FH - Avalie o combate a fome no Brasil?

O Brasil é um dos países que se dispôs a trabalhar para atender ao primeiro ob-jetivo das Metas do Milênio até 2015, que é erradicar a pobreza extrema e a fome. Considero um dos passos importantes nesta conquista, a recente inserção do direito

à alimentação no artigo 6º da Constituição Federal, que consagra a alimentação como um direito constitu-cional.

FH - O que falta para melhorar este trabalho?

Uma das metas para esse ano, discutida durante a III Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de VR, ocorrida em julho, é a elaboração em parceria com o Governo Mu-nicipal, de um Sistema e Pla-no de Segurança Alimentar e Nutricional, que irá reforçar o direito do ser humano à alimentação, por meio dos programas já existentes e da criação de novas políticas públicas voltadas para uma alimentação mais saudável.

Abaixo as condições de Insegurança Alimentar nas principais regiões do País, segundo dados do IBGE:

Nesta edição, o pre-sidente do Comitê Municipal de Se-gurança Alimentar

e Nutricional de Volta Redon-da (COMSEA-VR), Berlindo Francisco de Melo, fala sobre este órgão criado em 2003 por um decreto do prefeito Neto. Atualmente, cerca de 50 entidades são beneficiadas por ações de arrecadação de alimentos. Confira:

Folha Humanitária - Há quanto tempo existe o COMSEA-VR e qual é a sua importância hoje no combate a fome em Volta Redonda?

O COMSEA de Volta Redonda foi instituído pelo decreto Nº 9.776 de 21 de outubro de 2003. É um órgão deliberativo vinculado ao ga-binete do prefeito, com a fina-lidade de deliberar e propor políticas, programas e ações

que configuram o direito hu-mano à alimentação, como parte integrante do direito de cada cidadão, visando a erradicação da miséria e da fome no âmbito do município de Volta Redonda.

FH- Como o comitê está estruturado e qual é seu trabalho?

É composto por 20 re-presentantes da sociedade civil e 10 representantes governamentais, todos com seus respectivos suplentes. O mandato é de dois anos. Tem duas comissões perma-nentes: política emergencial, responsável pelo desenvol-vimento de propostas de caráter emergencial e suple-mentar, visando atender à demanda imediata e de risco da população. E de política estrutural, responsável pelo desenvolvimento de propos-tas voltadas para as causas

Foto: Divulgação

profundas da fome e da pobreza, como a geração de emprego, o acesso à saúde e à educação.

FH - Quantas pessoas são atendidas pelo traba-lho do comitê?

Hoje são mais de 118 ins-tituições inscritas no Fórum de Segurança Alimentar e Nutricional. Em torno de 50 entidades, que processam ou distribuem alimentos, são be-neficiadas por ações como:

Fonte: PNAD 2009, IBGE

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Biblioteca Municipal de Barra Mansadesenvolve projeto de leitura com cegos

nOtA De esClAReCIMentO

A Biblioteca Municipal de Barra Mansa vem desenvol-vendo um projeto de leitura interessante. Trata-se de leitura para cegos.

Em parceria com o CEAT, é feita uma leitura semanal com o grupo de cegos e pessoas com baixa visão. A obra a ser lida em capítulos é escolhida pelo grupo, por votação.

Um dos objetivos do pro-

jeto é despertar o indi-víduo para o prazer da leitura, já que a Biblio-teca Municipal dispõe de um importante acervo direcionado para cegos.

O projeto, elaborado pela professora Sadda de Figueiredo Raffide,

com a supervisão da coorde-nadora da Biblioteca, Mari-célia Magalhães Cardoso, é voltado também aos alunos da rede municipal regular de ensino, que oportunamente serão convidados a participar.

O CEAT (Centro Municipal de Atendimento Educacional Especializado) atende a alu-nos especiais em geral.

Além de fazer atendi-

mento aos cegos no Centro Educacional Vereador Carlos Campbell situado na Rua Cris-tóvão Leal, 104, a instituição dispõe entre outras da Escola Profissionalizante Professora Didi Coutinho que atende a in-divíduos especiais a partir de 16 anos. Lá são ministrados cursos de jardinagem, culiná-ria, artes, artesanatos etc.

O serviço de culinária in-clusive atende à comunidade aceitando encomendas de doces, balas, bolos e salga-dos, pelo telefone (24) 3322-7609, tudo isso feito pelos alunos com supervisão dos professores.

Fonte: Revista Por AquiEdição nº 30 - Setembro 2011

A Cruz Vermelha Brasileira- Filial de Volta Redonda – RJ, gostaria de esclarecer a seus leitores e à população em geral que, durante a CAMPANHA SOS CHUVAS, que neste ano de 2011, teve como alvo de ajuda a Região Serrana do Estado do Rio, recebeu, triou e levou cerca de 300 toneladas para aquela Região, apoiando, não apenas uma, mas nove cidades atingidas pelas enchentes e des-moronamentos (Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Três Rios, Areal, São José do Rio Preto, Bom Jardim, Itamonte e Sapucaia).

A mídia tem veiculado notícias sombrias sobre des-vios, descaso, e até venda dessas doações na cidade de Teresópolis.

Lamentamos esses fatos e informamos que, até onde ia nosso compromisso e nossas possibilidades, cum-primos a nossa missão de apoio aos poderes públicos daqueles municípios.

A Diretoria.

Campanha do BrinquedoBrincadeira é coisa sériaDoe brinquedos em perfeito estado na sede da Cruz Vermelha de Volta Redonda

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Oportunismo ou oportunidade?

Financiamento habitacionalO sonho da casa própria

Estive em Juiz de Fora, onde acontecia naquele fim de semana a “Parada da Ci-dadania e do Orgulho Gay”, e onde acontece anualmente o concurso “Miss Brasil Gay”.

No anedotário popular, algumas cidades do Brasil ostentam o título de “cidade de gays”, onde a água é responsável pelo número de gays lá existentes. Brincadei-ras à parte, o certo é que Juiz de Fora, não incluída no rol

de cidade de gays, enxergou a possibilidade de incremen-tar o turismo na cidade, e abraçou a causa. Resultado: os hotéis lotados, o comércio feliz da vida, faturando “hor-rores”, a cidade reconhecida como acolhedora, enfim, todo mundo feliz e alegre, inclusive os participantes da Parada.

O apoio é tão grande por parte do Poder Público (para-béns!) a ponto de se isolar a

área da Parada com o total apoio da Polícia Militar e da Guarda Municipal, e, diga-se de passagem, com o maior respeito à iniciativa. Isto é Democracia: respeito às mi-norias, sem idiossincrasias, muito menos hipocrisia.

Por outro lado, leio na coluna do Ancelmo Gois (O Globo) que o governador Sérgio Cabral foi à Espanha reivindicar para o Rio de Janeiro a edição 2013 da Jor-nada Mundial da Juventude, o que, segundo Gois, o Papa Bento XVI já confirmou.

Oportunismo ou Opor-

tunidade? Sou obrigado a reconhecer que o Governa-dor tem visão de oportuni-dade, buscando para o Rio de Janeiro (cidade ainda maravilhosa), apesar dos pesares, turismo alternativo, a exemplo de outras cidades no Brasil e no mundo, que perceberam a importância do turismo na formação do Produto Interno Bruto (PIB) do País, dos Estados e dos Municípios.

Porque não municipa-lizar o turismo, destinando aos municípios, dentro do orçamento da União, verbas

A•R•G•U•M•E•N•T•O•S

Flávio TolomelliSecretário Geral da Cruz

Vermelha de Volta [email protected]

Outro dia, assisti na TV, uma reportagem sobre fi-nanciamento habitacional, onde 48% dos entrevistados apontaram a burocracia do processo como um entrave para buscar o crédito nas ins-tituições financeiras. O resulta-do da enquete demonstra que, quase metade das pessoas interessadas em adquirir ou construir um imóvel, ainda tem a percepção de algo complexo e inacessível.

Durante quase 30 anos como funcionária da Caixa, tive a possibilidade de assinar milhares de contratos habi-tacionais, fazendo a minha parte, para cumprir a missão da Caixa, em melhorar a quali-dade de vida da população. Ao aposentar-me da Caixa recebi

o convite para administrar o Correspondente Caixa Aqui Negocial na Cruz Vermelha de Volta Redonda, parceira em alguns serviços prestados por aquela instituição bancária, tendo assim a oportunidade de continuar atuando em aber-tura de contas, empréstimo consignado e também no cré-dito imobiliário. Posso garantir que um financiamento não é complicado, e se esbarramos ainda em alguma burocracia, há de se compreender que estamos tratando da aquisi-ção de um imóvel, e todas as partes devem ter o resguardo de que o negócio está correto, que as determinações legais foram cumpridas, e que, ao final do processo, o imóvel estará registrado em nome

do comprador, que o valor será repassado ao vendedor, trazendo assim satisfação e segurança para as partes envolvidas.

A Caixa desburocratizou muito, ao longo do tempo, o crédito imobiliário; atualmente não pede certidões pessoais, solicitando apenas uma cer-tidão do imóvel, necessária para a engenharia em sua avaliação.

Outras certidões são pe-didas sim, pelo cartório, para proceder ao registro, finali-zando então a transferência da propriedade do imóvel negociado.

Marony GomesRepresentante do Corres-

pondente Caixa Aqui Negocial na Cruz Vermelha de VR

Atenção! Novos Cursos

ESTãO INCLUíDOS NOS VALORES:INSCRIçãO, APOSTILA E CERTIFICADO AOS APROVADOS.

Berçarista/Babá/Baby SisterCurso básico de cuidado e assistência ao bebê e à criança de zero a 6 anos. Carga horária: 32 horas (cinco sábados com aulas teóricas e práticas). Horário: 12h às 17h.Investimento: R$150,00 + 1Kg de alimentoPré-requisitos: maior de 18 anos, Ensino Médio completo.Para inscrição: Cópias do RG, CPF e do certificado de conclusão do Ensino Médio.

Primeiros SocorrosCarga horária: 40 horas. Horário: sábado de 8h30 às 17hInvestimento: R$80,00 + 1Kg de alimento

Cuidador de IdososCarga horária: 60 horas - Horário: sábado de 8h30h às 17hInvestimento: R$120,00 + 1Kg de alimento

ResgateCarga horária: 60 horas - Horário: sábado de 8h30 às 17hInvestimento: R$160,00 + 1Kg de alimentoPré-requisito: ter o certificado do curso primeiros socorros.

Feridas com técnicas de curativosCarga horária: 12 horas - Horário: sábado de 8h30 às 17hInvestimento: R$70,00 + 1Kg de alimento

Aplicação de InjetáveisCarga horária: 16 horasHorário: sábado de 8h30 às 17hInvestimento: R$100,00 + 1Kg de alimento Público alvo: profissionais da área de saúde.

fixas de acordo com a popu-lação, através do Fundo de Participação dos Municípios, sem interferência do Poder Central? Dessa forma, os municípios terão liberdade de optar pelo turismo que a sua vocação natural, e de acordo com a população, aprovar, via Câmara Municipal.

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no Brasil os procedimentos hemoterápicosrecebem constante regulamentação

Mitos e dúvidas mais comuns

Clube 25Motivar os jovens para uma

vida saudável e solidária

No s ú l t i m o s 2 5 anos, no Brasil, o processo de cole-ta e armazenagem

do sangue e seus derivados passou por vários avanços cientí f icos, tecnológicos e, consequentemente, por mudanças legais, a fim de aprimorar e garantir a qua-lidade deste materiais. A Lei nº 7.649, de 25 de janeiro de 1988, foi um passo impor-tante nesse sentido, quando estabeleceu a obr igato-riedade do cadastramento dos doadores de sangue, bem como a realização de exames laborator iais no sangue coletado, visando prevenir a propagação de doenças. Outro marco des-ta história foi a criação da

chamada Lei do Sangue (Lei 10.205), sancionada no dia 21 de março de 2001, que instituiu a Política Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados, regula-mentando o parágrafo 4° do Artigo 199 da Constituição Federal, relativo à coleta, processamento, estocagem, distribuição e aplicação do sangue, seus componentes e derivados e a cr iação do Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados (Sinasan).

Recentemente, a Por-t a r i a M S n º 1 . 3 5 3 , d e 13.06.2011, aprovou o Re-gulamento Técnico de Pro-cedimentos Hemoterápicos, com o objetivo de regular a atividade no país.

- Existe algum risco na doação?Não. Utiliza-se apenas material descartável.

- Engorda ou emagrece?Não engorda, nem emagrece. Não vicia e faz bem para a consciência.

- Engrossa ou afina o sangue?Não engrossa, nem afina.

- A mulher pode doar durante o período menstrual?Sim.

- Tomei vacina para Hepatite B, posso doar sangue?Só pode doar 48 horas após ter recebido a vacina.

- O uso de medicamentos pode ser impedimento para doar sangue?Deve se analisado caso a caso, informe-se no serviço de hemoterapia.

- Quanto tempo o organismo leva para repor o sangue doado?O organismo repõe o volume doado nas primeiras 24 horas.

- É necessário estar em jejum?Não. O doador deve estar alimentado e descansado. Evite alimentos gordurosos.

- Quem estiver gripado pode doar?Deve aguardar 14 dias após a cura.

- Qual é o tempo entre uma doação e outra?Homens: no máximo quatro vezes por ano, sendo uma vez a cada dois meses.Mulheres: no máximo três vezes por ano, sendo uma vez a cada três meses.

- Qual é a idade?Ter entre 16 e 67 anos. Os menores de 18 devem ter uma autorização dos pais ou responsável.

- Quanto devo pesar para ser doador?Pesar mais do que 50 Kg.

Informações:Núcleo de Hemoterapia de Volta Redonda (ao lado do Hospital São João Batista),

de 2ª a 6ª feira, até 16 horas.A coleta é realizada de 07 horas às 13 horas.

A Cruz Vermelha Brasi-leira também dá sua contri-buição neste contexto, visto que sua marca também está associada à doação de sangue. Várias fil iais no Brasil desenvolvem um projeto chamado Clube 25 que tem o objetivo de motivar os jovens de 18 a 25 anos para que doem sangue regularmente.

O projeto do Movimen-to Internacional da Cruz Vermelha que surgiu em

1989, no Zimbábue, África, tem como estratégia dimi-nuir o índice de infectados pelo vírus HIV, através da promoção de hábitos sau-dáveis, e fidelizar os jovens para doação de sangue. Em outros países, o pro-jeto também é realizado visando ampliar o número de doadores voluntários no mundo (cerca de 93 milhões, segundo a OMS), mas ainda insuficiente para atender a demanda.

Fontes: http://blog.fundacaotelefonica.org.br/?p=1694

http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/area.cfm?id_area=1296http://pegasus.fmrp.usp.br/projeto/legislacao/port_min_1353.pdf

http://www.cvbsp.org.br/franca/clube25.html

Page 12: Folha Humanitária - Setembro 2011