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EXEMPLAR GRATUITO Edição: 418 Jornal da UNIBAN Brasil O senador Eduardo Su- plicy (PT/SP), na última sexta-feira, promoveu à comunidade acadêmica da universidade uma pa- lestra intitulada: A Mis- são da Educação no Con- texto Cultural, Político e Econômico. (pág. 12) UNIVERSITÁRIA FOLHA Na mostra Vertigem, os artistas plásticos Gustavo e Otávio Pandolfo, mais conhe- cidos como OSGEMEOS, transcende o conceito do que é gratti. Nessa exposi- ção, a dupla apresenta uma coleção de telas e painéis, instalações interativas, esculturas e objetos sonoros. (pág. 17) José Welmowicki fala da queda do Muro de Berlim.”Tudo começa com o nal da Se- gunda Guerra Mundial e a derrota do nazis- mo. Os aliados que derrotaram os nazistas tinham de um lado os Estados Unidos, Ingla- terra e França, países capitalistas, e do outro a União Soviética, que se auto-intitulava um regime socialista.” (págs. 8 e 9) Ano 12 . 16 de Novembro de 2009 A Cor do A Cor do Brasil Brasil Cultura UNIBAN Brasil O Brasil possui a maior nação negra do mundo fora do conti- nente africano. Algo em torno de 90 milhões de afrodescendentes, o que corresponde a 51% da população, de acordo com o IBGE. Na semana em que se comemora o Dia da Consciência Negra (20/11), decidi- mos observar como o mercado de trabalho tem agido frente aos problemas que afetam as relações humana e prossional. Para nossa alegria, setores voltados à moda e beleza, serviços especializados e comunicação têm tido elevado crescimento de mão de obra. Segundo o pesquisador do Dieese, a diminuição da desigualdade no mercado de trabalho está diretamente rela- cionada ao acesso da população negra à educação. (págs. 10 e 11)

Folha Universitária: 16 de novembro de 2009

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Folha Universitária UNIBAN - BRASIL

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Page 1: Folha Universitária: 16 de novembro de 2009

EXEMPLAR GRATUITO

Edição:

418Jornal da UNIBAN Brasil

O senador Eduardo Su-plicy (PT/SP), na última sexta-feira, promoveu à comunidade acadêmica da universidade uma pa-lestra intitulada: A Mis-são da Educação no Con-texto Cultural, Político e Econômico. (pág. 12)

UNIVERSITÁRIAFOLH

A

Na mostra Vertigem, os artistas plásticos Gustavo e Otávio Pandolfo, mais conhe-cidos como OSGEMEOS, transcende o conceito do que é grafi tti. Nessa exposi-ção, a dupla apresenta uma coleção de telas e painéis, instalações interativas, esculturas e objetos sonoros. (pág. 17)

José Welmowicki fala da queda do Muro de Berlim.”Tudo começa com o fi nal da Se-gunda Guerra Mundial e a derrota do nazis-mo. Os aliados que derrotaram os nazistas tinham de um lado os Estados Unidos, Ingla-terra e França, países capitalistas, e do outro a União Soviética, que se auto-intitulava um regime socialista.” (págs. 8 e 9)

Ano 12 . 16 de Novembro de 2009

A Cor doA Cor doBrasilBrasil

Cultura

UNIBAN BrasilO Brasil possui a maior nação negra do mundo fora do conti-nente africano. Algo em torno de 90 milhões de afrodescendentes, o que corresponde a 51% da população, de acordo com o IBGE. Na semana em que se comemora o Dia da Consciência Negra (20/11), decidi-mos observar como o mercado de trabalho tem agido frente aos problemas que afetam as relações humana e profi ssional. Para nossa alegria, setores voltados à moda e beleza, serviços especializados e comunicação têm tido elevado crescimento de mão de obra. Segundo o pesquisador do Dieese, a diminuição da desigualdade no mercado de trabalho está diretamente rela-cionada ao acesso da população negra à educação. (págs. 10 e 11)

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02 Editorial

Há quatro décadas longe das salas de aula, a Filosofia volta a ser disciplina obrigatória no Ensino Médio

Redes sociais como Orkut, Facebook e Twitter, entre outros, podem ajudar na procura de emprego

Programas da Pós-Graduação da UNIBAN lançam revistas científicas com artigos de renomados pesquisadores

Os reflexos da queda do Muro de Berlim 20 anos depois sob a visão do prof. de Jornalismo da UNIBAN, José Welmowicki

Como o avanço de direitos do negro no mercado de trabalho tem contribuído para a igualdade

Projeto do curso de Enfermagem leva às comunidades carentes informações sobre uma dieta equilibrada

Exposição Vertigem leva ao público paulista a arte dos OSGEMEOS

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17

Índice Editorial

Esta edição apresenta alguns temas que resumem de maneira categórica como são necessários ideais, percepção e vontade de luta. Lembro-me de um provérbio que diz: “As porcelanas mais resistentes são as que vão ao forno mais vezes.” A fi losofi a é um exemplo, sempre foi vista como importante no desenvolvimento intelectual das pessoas, porém nunca como uma verdadeira ciência. E o fi lósofo, segundo a mitologia, um sá-bio conhecedor de todas as coisas, olhava o mundo de maneira curiosa e insaciável. Essa “porcelana”, que o dicionário descreve como “estudo que visa ampliar incessante-mente a compreensão da realidade, no sen-tido de aprendê-lo na sua inteireza. Razão, sabedoria”, sofreu ao longo da história, mas continua viva e de olhos bem abertos como seu símbolo, a coruja. Na editoria Educa-ção, destaque para a volta da Filosofi a no Ensino Médio e seu valor para a formação de um indivíduo.

Outro ponto que a cada ano remonta uma nova realidade e que carrega um estig-ma difícil de superar, e que me faz lembrar o provérbio, é a desigualdade de raças ain-da presente. Esta semana comemoramos o Dia da Consciência Negra, e temos núme-ros e histórias reais de mudanças signifi ca-tivas. O campo profi ssional foi o foco da nossa Reportagem da Semana, entretanto tivemos por obrigação entender essa real transformação em outros setores, como be-leza, comunicação e serviços. Em todos eles há sinais de luta e persistência, mas o des-taque é a conquista que continua a crescer, infelizmente de forma um pouco apática, mas a crescer!!! Parabéns ao Brasil, um país ‘genuinamente’ Negro!

Boa leitura!

Cleber EufrasioEditor

EXPEDIENTE: Reitor: Prof. dr. Heitor Pinto Filho ([email protected]). Vice-Presidente da Fundação UNIBAN: Américo Calandriello Júnior. Assessora-chefe de Comunicação: Mariana de Alencar. Editor e Jornalista responsável: Cleber Eufrasio (Mtb 46.219). Direção de Arte: Ronaldo Paes. Designers: Bruno Martins e Ricardo Neves. Editor: Renato Góes. Repórteres: Francielli Abreu, Isabelle de Siqueira, Karen Rodrigues e Manuel Marques. Fotos: Amana Salles. Diário Oficial UNIBAN - Edição e Coordenação: Francielli Abreu. Colaboradores: Analú Sinopoli e Marcio Fontes. Estagiária: Luciana Almeida. Impressão: Folha Gráfica. Cartas para a redação: Rua Cancioneiro Popular, 28 - 5º andar, Morumbi, São Paulo, CEP 04710-000. Tel. (11) 5180-9881. E-mail: [email protected] - Home page: www.uniban.br/folha - Tiragem: 30.000.

FALE COMO

REITOR

Opine, critique e dê sugestões sobre as matérias publicadas na Folha Universitária. Mande suas cartas [email protected]

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Educação 03

Por Isabelle de Siqueira

Provavelmente você já leu ou ou-viu alguém dizer “sei que nada sei”. Mas o que essa expressão um tanto curiosa pode signifi car? Começo ex-plicando sua autoria. Escritos gregos antigos fundamentam que a expres-são citada acima foi elaborada por Sócrates, considerado o pioneiro da Filosofi a. Mas como uma pessoa pode ser um sábio se afi rma que nada sabe? Esse princípio da humildade “nada sei” faz com que o ser huma-no busque novas formas de conheci-mento.

Depois dessa breve explanação, caro leitor, eu coloco outra pauta em discussão: é possível ensinar fi losofi a? O também fi lósofo Kant costumava dizer que “Não se ensina fi losofi a. Se ensina a fi losofar”. E é justamente essa a principal função da fi losofi a, ensinar a pensar crítica, sistemática e fi losofi camente.

No entanto, desde a década de 80 a inclusão da Filosofi a como disci-plina do currículo do ensino médio é discutida. Naqueles anos, debates acalorados entre os defensores de sua inclusão e aqueles que se colocavam contrários, afi rmando que não ha-viam professores bem formados em número sufi ciente para dar conta da tarefa, misturavam-se com a discus-são mais ampla em torno do retorno do país à democracia.

Naquele contexto, dois argu-mentos dos defensores da volta da Filosofi a aos currículos chamavam a atenção: o primeiro afi rmava que essa disciplina seria importante na formação da consciência crítica dos estudantes; o segundo, que a Filosofi a possui um caráter interdisciplinar e poderia contribuir para o diálogo en-tre as várias disciplinas do currículo.

Em dezembro de 1996, foi apro-vada a Lei nº 9394/96, Lei de Dire-trizes e Bases da Educação Nacional, que determinava que os estudantes

Sabedoria que nunca se cala

Após 40 anos distante das salas de aula, a Filosofia voltou a ser uma disciplina obrigatória no Ensino Médio

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do ensino médio deveriam ter acesso aos “conhecimentos de Filosofi a ne-cessários ao exercício da cidadania”. Mas a lei não afi rmava que esses co-nhecimentos devessem estar disci-plinarmente inseridos no currículo. De algum modo, o dispositivo legal responde aos debates da década de 1980: afi rmar a importância da Filo-sofi a na formação cidadã é responder à demanda por uma formação crítica; e não afi rmá-la como disciplina sig-nifi ca ressaltar seu caráter interdisci-plinar.

Porém, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou em 2006 uma Resolução que determinou que no prazo de um ano as escolas que operavam com currículos disciplina-res deveriam introduzir disciplinas de Filosofi a e Sociologia. No caso da Filosofi a, isso já é realidade nas redes públicas da maioria dos estados do país, e a decisão do CNE veio refe-rendar o fato.

Uma vitória para os educadores, do ponto de vista de Francisco Gre-ter, docente da UNIBAN e integrante da Comissão Estadual de Professores de Filosofi a, Psicologia e Sociologia. “Resgatar a Filosofi a no ensino mé-

dio é propiciar uma ação educacional re-fl exiva, que permite aos adolescentes uma postura críti-ca diante da reali-dade, colocando à disposição deles um leque de op-ções sobre a postu-ra perante a realidade apresentada”, afi rma.

Admirador de fi ló-sofos como Jean-Paul Sar-tre, Karl Marx e Nietzsche, o professor ressalta que a Filosofi a dá condições de fazer refl exões so-bre o mundo de hoje, segundo ele, um mundo fragmentado. “É possível utilizar a Filosofi a para debater temas relacionados à literatura, arte e até tecnologia”, explica.

Greter aproveita o bate papo com a Folha Universitária para indicar leitu-ras de Filosofi a. “Qualquer um pode estudar fi losofi a. Temos ótimos auto-res sobre o tema. Eu indico Convite à Filosofi a, de Marilena Chauí, e Temas de Filosofi a, das autoras Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins”, fi naliza.

Francisco Greter, docente da UNIBAN e integrante da Comissão Estadual de Professores de Filosofia, Psicologia e Sociologia.

Convite à Filosofia

Autora: Marilena

Chauí

Temas de Filosofia

Autoras: Maria Lúcia

de Arruda Aranha e

Maria Helena Pires Martins

Page 4: Folha Universitária: 16 de novembro de 2009

Por Luciana Almeida

Os sites de relacionamentos deixaram de ser um simples meio para as pessoas se comunicarem, trocarem idéias ou mesmo formar casais. Hoje são ferramentas importantes na busca de um emprego. As velhas formas de procurar vagas por meio de jornais ou batendo de porta em porta em agências ainda são válidas, mas em tempos modernos, com a agilidade da Internet e a capacidade de conectar pessoas de todos os lugares, surgem novas manei-ras de conseguir uma vaga. Ao navegar em alguns desses sites, percebe-se a diversidade de oportuni-dades disponíveis. Há vagas para estágio, trainee, concurso público, vagas em empresas de todo o Brasil e até fora do país.

Mas o que leva as empresas a contratarem can-didatos depois de pesquisas online? Dados de uma pesquisa apresentada na revista americana Fast Com-pany que revela houve aumento nos números de em-presas que consultam redes sociais para conhecer seus candidatos. 18% dos empregadores disseram ter encontrado conteúdo em sites de rede social que os levou a contratar o candidato. Cerca de 50% dos perfi s proporcionaram uma boa sensação da personalidade do can-didato. 39% dos perfi s eram coerentes com a qualifi cação profi ssional do can-didato. 38% dos candidatos foram con-siderados criativos e 35% mostraram só-lidas habilidades de comunicação.

Hoje, muitas empresas procuram esse tipo de serviço pela facilidade, por muitos dos sites não terem burocracia quanto à busca por currículos, pela agi-lidade das informações e também pelo custo zero no cadastro de pessoa jurí-dica. Além do Orkut, a rede social mais usada em todo o país, o Twitter, a mais nova mania entre os internau-tas, existe também o Facebook, o Mys-pace, o Sonico e os dois ainda pouco populares no Brasil, Plaxo e Linkedin, essa última mui-to usada por profi ssionais. Nessas redes há muitas comunidades com dicas de sites para cadastro de emprego e também vagas disponibilizadas por al-gumas empresas.

Existem diversas comunidades específi cas de acordo com o cargo procurado como: Trabalho para Jornalistas, Estágio e Emprego em Direi-to, outras em geral como Vagas de Em-pregos e Currículos, Procurando Emprego, Vagas Diárias de Emprego, Vagas e Ta-lentos e Emprego

04 Carreira & Mercado

Fotos: divulgação

Redes sociais geram

emprego

Algumas comunidades em sites de relacionamentos são formas eficientes de tentar

uma vaga no concorrido mercado de trabalho

Fácil. Há também os chamados grupos informais, como Yahoo e Hotmail.

Carmen Alonso, gerente de trei-namento da empresa NUBE

conta que conseguiu seu em-prego através de uma dessas redes sociais informais, “faço parte de um deles que é o do João Honório, no Yahoo, que é bem focado em oportunida-

des de Recursos Humanos da área de treinamento, soube da

vaga nesse grupo, entrei em con-tato e estou aqui há três anos”.

Empresas como a Crossing – Con-sultoria em Recursos Humanos dão preferência

ao Linkedin ao selecionar seus candidatos, “como o Linkedin é voltado para um público mais executivo e tem vagas divulgadas de vários países, é um site que te dá uma abrangência muito grande, você tem a facilidade de identifi car pessoas com perfi s muito bons”, relata Regina Scaciotti, Gestora da Divisão de Outplacement. E acrescenta: “Lá existem vários executivos que tem acesso a essas oportunidades e se candidatam a elas. Isso é um fácil acesso aos executivos, até porque esse site é todo em inglês, a pessoa tem que ter uma fl uência legal no idioma para poder se comunicar e poder travar esse rela-cionamento, encontrar as pessoas e empresas que lhe interessam”. A primeira avaliação feita pela em-presa é a “análise de currículos, a compatibilidade do perfi l do profi ssional com o perfi l da vaga”, ex-plica Regina.

É preciso alguns cuidados

Estes sites são utilizados pelas em-presas também para saber tanto sobre a vida profi ssio-nal do candidato quanto a pessoal e são analisados por

elas o perfi l, sua per-sonalidade e as comu-nidades em que costu-mam participar. Com

tantos meios disponí-veis, é preciso certo cuidado,

“o candidato deve ter muita cautela quanto ao desenvolvimento de seu perfi l pessoal, procurar ser o mais objetivo possível, pois ele pode demonstrar algo que não é para as organizações”, orienta Mi-chele Carvalho Gelinski – consultora de carreira da

empresa Chess Human Resources. Ser cuida-doso sempre, não colocando fotos que

denigram a sua imagem perante a contratante é uma das re-

comendações dadas por ela.

Page 5: Folha Universitária: 16 de novembro de 2009

05

O CIEE dispõe de 6.700 vagas, que podem ser conferidas no site

Site: www.ciee.org.br ou telefone: (11) 3046-8211.

Até o dia 22 de novembro a distribuidora de combustíveis ALE recebe inscrições para o programa de trainee. A empresa irá selecionar dez novos talentos para atuar nas unidades admi-nistrativas ou fi liais da companhia em Natal (RN), Belo Horizonte (MG) e São Paulo (SP). Para quem quiser se candidatar a uma das vagas é necessário ter concluído a graduação entre junho de 2006 e dezembro de 2009 nos cursos de administração de empresas, marketing, economia, en-genharia, direito, tecnologia da informação (e correlatos) ou ciências contábeis. Pré-requisitos: domínio do pacote Offi ce e disponibilidade para trabalhar em horário integral. Pós-graduação e conhecimentos de inglês são qualifi cações desejáveis. Além da remuneração compatível com o mercado, a ALE irá oferecer programa de participação nos lucros e resultados, previdência privada, assistência médica e odontológica, alimentação e seguro de vida. Os interessados devem se inscrever no site: www.focotalentos.com.br/ale2010, empresa responsável pela seleção.

TRAI

NEE

Cursos Vagas Menor Valor Maior ValorAdminsitração de Empresas 31 R$ 400,00 R$ 1.100,00Adminsitração Mercadológica 1 R$ 600,00 R$ 1.000,00Administrativa/Marketing 1 R$ 600,00 R$ 1.000,00Arquitetura e Urbanismo 3 R$ 600,00 R$ 900,00 Banco de Dados/Informática 1 R$ 800,00 R$ 900,00 Call Center/Comunicação 1 R$ 600,00 R$ 800,00 Ciência da Computação 5 R$ 500,00 R$ 900,00 Ciência da Computação 7 R$ 500,00 R$ 1.101,00 Jornalismo 2 R$ 600,00 R$ 800,00 Propaganda e Marketing 1 R$ 800,00 R$ 900,00 Publicidade e Propaganda 7 R$ 600,00 R$ 800,00 Criação/Merketing 3 R$ 600,00 R$ 900,00 Desenvolvimento Sistemas/Infor 2 R$ 600,00 R$ 1.000,00Design Gráfi co 1 R$ 700,00 R$ 800,00 Direito 19 R$ 500,00 R$ 900,00 Educação Física 5 R$ 320,00 R$ 692,59 Eletrotécnica/Eletr.-Tec 3 R$ 500,00 R$ 600,00 Engenharia Civil 5 R$ 700,00 R$ 1.341,00Engenharia de Computação 1 R$ 900,00 R$ 1.000,00Engenharia Elétrica 2 R$ 900,00 R$ 1.200,00Engenharia Mecânica 1 R$ 700,00 R$ 800,00 Estilismo e Moda 1 R$ 800,00 R$ 900,00 Fisioterapia 4 R$ 300,00 R$ 500,00 Letras 4 R$ 600,00 R$ 900,00 Marketing/Comunicação 1 R$ 800,00 R$ 1.000,00Nutrição 1 R$ 692,59 R$ 800,00 Odontologia/Saúde-Tec 1 R$ 400,00 R$ 800,00 Pedagogia 8 R$ 400,00 R$ 800,00 Proj.Produtos/Design-Tec 1 R$ 500,00 R$ 800,00 Psicologia 1 R$ 648,00 R$ 800,00 Turismo 3 R$ 550,00 R$ 800,00

TRAI

NEE

Para quem é formado entre dezembro de 2004 e dezembro de 2008 no curso superior de Engenharia, estão abertas as inscrições para o Programa Trainee 2010 da Coca-Cola, multinacional que atua em segmentos do setor de bebidas não-alcoólicas. Alguns dos pré-requisitos que a empresa exige é que o candidato saiba inglês fl uente, tenha disponi-bilidade para trabalhar em todo o território nacional, tenha bons conhecimentos de informática, e tenha experiência profi ssional de pelo menos dois anos - incluindo o período do estágio. A empresa oferecerá ao trainee contratado, além do salário, os benefícios que são geralmente oferecidos no mercado de empregos. Os interessados nas vagas devem cadastrar o currículo (CV) na empresa de recursos humanos responsável pela seleção: www.ciadetalentos.com.br/cocacolabrasil, até o dia 22 de novembro de 2009.

EXPO

SIÇ

ÃO

Até o dia 13 de novembro acontece a Exposição “A História da Bicicleta - Um Passeio por 10 Modelos Clássicos”, evento que faz parte do Encontro Paulistano de Filatelia que reúne colecionadores de selos no último sábado do mês e está em sua terceira edição. Além dos selos, modelos raros de bicicletas que o público poderá conhecer podem ser vistos no prédio dos Correios no centro de São Paulo, gratuitamente entre terça e sexta-feira das 9h às 17h. Exemplos das bicicletas é o modelo de 1870, criado pelo inglês James Starley, e outro datado de 1790 e concebido pelo Conde Sivrac, da França. Os selos da coleção do fi latelista Ney Jorge - também reservam algumas novidades. Um deles, lançado pelo correio cubano em 1993, reproduz o desenho de uma bicicleta projetada por ninguém menos do que Leonardo da Vinci, no século 15. Local: Prédio dos Correios - Av. São João, s/n, piso mezanino, região central, São Paulo, SP. Até 13/11. Ter. a sex.: 9h às 17h. Grátis. Classifi cação etária: livre.

2.849 oportunidades de estágio para jovens talentos

Site: www.nube.com.br ou telefone: (11) 4082-9360.

Curso Semestre Bolsa-auxílio OEAdministração de Empresas 3º ao 6º sem. R$ 550,00 68206Administração de Empresas 4º ao 5º sem. R$ 900,00 68209Administração de Empresas Conclusão do 2º sem. de 2010 R$ 700,00 68222Administração de Empresas 2º ao 7º sem. R$ 1200,00 65395Administração de Empresas 4º ao 6º sem. R$ 650,00 66907Administração de Empresas 3º ao 7º sem. R$ 500,00 64979Biblioteconomia 1º ao 7º sem. R$ 500,00 67758Ciências Contábeis 1º ao 5º sem. R$ 650,00 68230Ciências Contábeis 3º ao 5º sem. R$ 6,61 / hora 68213Ciências Contábeis 3º ao 7º sem. R$ 1000,00 68226Comércio Exterior 1º ao 2º sem. R$ 600,00 25923Direito 1º ao 8º sem. R$ 700,00 68205Economia 1º ao 4º sem. R$ 550,00 66312Engenharia Civil 4º ao 8º sem. R$ 800,00 67554Engenharia Elétrica 3º ao 9º sem. R$ 800,00 44641Engenharia de Produção Conclusão do 1º sem. de 2011 R$ 985,00 54088Engenharia de Produção 6º ao 9º sem. R$ 600,00 65224Farmácia - Bioquímica Conclusão do 2º sem. de 2010 R$ 500,00 48579Marketing 1º ao 6º sem. R$ 700,00 23830Publicidade e Propaganda 1º ao 7º sem. R$ 650,00 68228Publicidade e Propaganda 1º ao 6º sem. R$ 550,00 59454Publicidade e Propaganda 1º ao 6º sem. R$ 4,92 / hora 39284Publicidade e Propaganda 1º ao 7º sem. R$ 500,00 63732Serviço Social 5º ao 7º sem. R$ 750,00 68164Técnico em Administração 1º ao 4º sem. R$ 450,00 68216Técnico em Administração 1º ao 4º sem. R$ 450,00 68219Técnico em Contabilidade 3º ao 5º sem. R$ 460,00 68191Técnico em Contabilidade Conclusão do 2º sem. de 2010 R$ 500,00 68229Técnico em Informática 3º ao 5º sem. R$ 450,00 68210Técnico em Logística 1º ao 5º sem. R$ 400,00 66203Técnico em Segurança do Trabalho 2º ao 4º sem. R$ 700,00 68223

Page 6: Folha Universitária: 16 de novembro de 2009

Por Karen Rodrigues

Encontrar artigos científi cos confi áveis é uma das muitas difi culdades que os pesqui-sadores e cientistas têm ao buscar embasamento para seus estudos. Uma fonte para isso são as revistas científi cas, que se caracterizam pela produção de artigos publicados, após a avaliação de renomados pesquisadores, que analisam a qualidade do trabalho, o tipo de conhecimento produzido e se ele agrega conhecimento à área já existente.

Para suprir a falta de periódicos científi cos, dois programas de pós-graduação da UNI-BAN lançaram suas Revistas Científi cas, em formato eletrônico. Um deles é o Mestrado Profi ssional Adolescente em Confl ito com a Lei, que deu origem a “Revista Brasileira Ado-lescência e Confl itualidade”. De acordo com a coordenadora do curso, Maria de Lourdes Trassi Teixeira, esta é a primeira revista com essa temática no Brasil. “Nossa fi nalidade é que a revista possa repercutir dentro da Instituição, considerando o número enorme de alunos que a UNIBAN possui, para pôr em debate o tema do adolescente que é polêmico. E a gente espera ter uma repercussão fora da Universidade junto a outras instituições”.

Segundo a editora da revista, Maria Fernanda Tourinho Peres, o periódico conta com artigos de pesquisadores da PUC de São Paulo e do Rio, da Universidade Fe-deral do Rio Grande do Sul, da Universidade Estadual de Londrina e de um pesquisador francês, entre outros. Além disso, conta com pareceristas de diversas institui-ções do País e de um Instituto de Pesquisa do Canadá, que atestam a qualidade dos artigos.

Dividida em duas sessões: “Artigos” e “Espaço Aber-to”, a revista é interdisciplinar, ou seja, disponibiliza artigos de diferentes áreas como Direito, Psicologia, Sociologia e Pedagogia, que sejam de interesse para o campo de traba-lho com o adolescente. “A revista está aberta para receber artigos na área de qualquer pessoa, desde que estejam adequados com relação aos requi-sitos formais. Num primeiro momento: tamanho, citação bibliográfi ca e que responda aos requisitos formais. Vai para a avaliação de conteúdo, que é um segundo processo”, explica Maria Fernanda.

Na opinião da editora, a revista é importante para o mundo acadêmico por permitir a entrada no cenário de produção acadêmico-nacional, dialogando com pesquisadores de outras instituições.

Educação Matemática

O Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática lançou o “Jornal Interna-cional de Estudos em Educação Matemática (JIEEM)”. A ideia deste periódico é estimu-lar a refl exão em Educação Matemática nos seus diferentes níveis e em diferentes países; gerar discussões para a área; encorajar a investigação e a pesquisa e promover a crítica e avaliação de ideias e os procedimentos mais utilizados.

De acordo com a docente do curso e editora, Janete Bolite Frant, a revista tem como público-alvo o educador matemático consciente de que o ensino e a aprendiza-gem matemática são tópicos complexos sobre os quais muito precisa ser revelado e compreendido. “O Jornal busca refl etir tanto a variedade de pesquisa, quanto a variedade metodológica usada nestas investigações. Para tal são aceitos artigos em português, inglês, francês e espanhol. Enfatizando o alto nível dos artigos, que vão além de interesses nacionais ou locais”, comenta Janete.

Nesta primeira edição, a revista conta com artigos de Portugal, EUA, França, Itália e dois do Brasil. A busca é para que ela atenda todos os padrões, para poder ser uma revista de expressão.

Pelo fato da equipe do Programa ter vários contatos com pesquisa-dores internacionais, os avaliadores do jornal são bastante diversifi ca-dos. “Nesse primeiro número, a gente buscou ter artigos variados tan-to no tema, quanto no país de onde ele está vindo”, relata a editora.

Os artigos são de pesquisadores renomados em Educação Mate-mática. Espera-se que o jornal ganhe o reconhecimento internacio-nal dos estudiosos da área.

06 Pós-Graduação

Revistas contam com produção nacional e internacional de pesquisas avançadas

Dois Programas da Pós-Graduação UNIBAN lançam na Internet duas revistas com artigos científicos de renomados pesquisadores

Saiba mais:

Para conhecer as duas Revistas Científi cas acesse:http://periodicos.uniban.br

Conselho editorial da Revista Brasileira Adolescência e Conflitualidade

Janete Bolite Frant e Alessandro Ribeiro, editora e co-editor do Jornal Internacional de Estudos em Educação Matemática (JIEEM)

Page 7: Folha Universitária: 16 de novembro de 2009

07

“Em tempos de vitória do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos, este livro é um ótimo meio de conhecer os bastidores das candidaturas olímpicas, os interesses co-merciais envolvidos, a trajetória do Marketing nos Jogos Olímpicos, e como o Movimento Olímpico transformou-se no maior evento televisivo do mundo. Através de uma linguagem clara, a jornalista Débora Ribeiro e o ex-Atle-ta Marcus Vinicius Freire, apresentam um trabalho de pesquisa minucioso, com dados transparentes e objeti-vos. Este livro é uma excelente ferramenta de estudo e também de enriquecimento cultural para todos os in-teressados em Marketing, Mídia e Jogos olímpicos”.

Biblioteca

Impressos e História da Educação: Uso e Destinos é composto por arti-gos sobre impressos educacionais, cuidadosamente organizados por Ana Maria Bandeira de Mello Magaldi e Libânia Nacif Xavier. A co-letânea se apóia em uma visão abrangente da função pedagógica do impresso, de sua função educativa e da própria relação entre impren-sa e educação. A obra encontra-se disponível para empréstimo nas bibliotecas da universidade.

Impressos e História da Educação: Usos e Destinos

Organizadoras: Ana Maria Bandeira de Mello Magaldi e Libânia Nacif Xavier

Prof. Giorgios Stylianos Hatzidakis – Mestre em Educação Física com Especialização em Administração Esportiva e, Presidente do Instituto de

Educação Desportiva da UNIBAN.

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Foto: Cleber Eufrasio

O mestre indica...

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Por Renato Góes

O dia 9 de novembro de 1989 fi cou marcado por ter sido a data em que o Muro de Berlim caiu. A representatividade deste ato não se resume à derru-bada das paredes que dividiam a antiga capital alemã. Na verdade, aquele muro representava uma divisão de proporções globais, que se sucedeu ao fi m da 2ª Guerra Mundial. A partir de então, os países do resto do mundo tinham duas opções: seguir a doutrina ca-pitalista, apoiada pelos EUA, ou a comunista, propa-gada pela antiga União das Repúblicas Socialistas So-viéticas (URSS). Neste caso, a divisão da Alemanha se tornou um tipo de “braço de ferro” entre as duas potências, que além de dividir o país, dividiu também a cidade de Berlim que, curiosamente, estava loca-lizada no lado oriental e sob infl uência russa. Para contextualizar e discutir os refl exos deste aconteci-mento, a reportagem da Folha Universitária conversou com o professor do curso de Jornalismo da UNI-BAN e editor da revista Marxismo Vivo, José Wel-mowicki. No bate-papo, ele comenta sobre as razões que levaram à criação do Muro de Berlim, como era a vida nas duas Alemanhas e de que modo a queda infl uenciou na derrocada do regime socialista.

Folha Universitária – O senhor poderia contex-tualizar como era o mundo quando o Muro de Berlim foi erguido? Como funcionava na prática a divisão entre Alemanha Oriental e Ocidental?

José Welmowicki – Tudo começa com o fi nal da Segunda Guerra Mundial e a derrota do nazismo. Os aliados que derrotaram os nazistas tinham de um lado os Estados Unidos, Inglaterra e França, países capitalistas, e do outro a União Soviética, que se auto-intitulava um regime socialista. Por causa da guerra, essas duas formas de pensamento se uniram contra a Alemanha. Inclusive, a divisão da Alemanha pós-guerra favoreceu a Rússia por ela ter entrado primeiro em território alemão. A Rússia teve um maior peso na derrota da Alemanha, enquanto as tropas americanas vinham do oeste, da França e de toda costa da Normandia. Pelos acordos entre Joseph Stalin (URSS), Franklin Roosevelt (EUA) e Winston Churchill (Inglaterra), eles deveriam fazer um pacto de divisão do mundo, para que ele tivesse alguma ordem a ser seguida no pós-guerra.

F.U. – A França não fez parte desse acordo?J.W. – Veja bem, a França estava se recuperando da invasão nazista. Então, quem mandava realmente nessa cúpula eram Estados Unidos, União Soviética e Inglaterra. Essa aliança dividiu

08 Entrevista

o mundo e explica muito que aconteceu depois, como a Guerra Fria e a Perestróica. Com a derrota da Alemanha nazista, a Itália fascista e o Japão, o primeiro acordo foi de que a Europa oriental deveria sofrer infl uência soviética. Já a Europa ocidental seguiria a infl uência norte-americana. Neste caso, a esfera mais avançada e desenvolvida fi cava do lado dos EUA. Já os países europeus menos desenvolvidos fi caram sob infl uência soviética. Dois anos depois do fi m da Segunda Guerra, em 1947, a Alemanha era dividida em quatro partes. Três partes fi cavam sob supervisão americana, inglesa e francesa. A outra parte fi cava com os soviéticos. E a cidade de Berlim, que era a capital, foi dividida também em duas partes. Mesmo ela sendo localizada em território da “futura” Alemanha Oriental, que na época era apenas uma zona de ocupação soviética. Quando os aliados começam a brigar para ver qual projeto irá prevalecer, quando inclusive se utiliza o poder da bomba atômica, que apesar de ter sido jogada contra o Japão, se tornou um fantasma dos EUA sobre a URSS, começa haver uma disputa.

F.U. – Ocorre uma corrida armamentista?J.W. – Sim, mas também uma corrida de exercício de infl uência. Houve revoluções socialistas em outros países, como a Grécia, que sofreu uma grande repressão e não teve respaldo da própria URSS. Dessa forma, os EUA queriam garantir um controle cada vez maior e muda de opinião em relação à Alemanha. A Europa estava muito debilitada e os norte-americanos temiam que a União Soviética tivesse uma infl uência ainda maior. Então, eles resolvem introduzir uma força econômica capitalista maior. Teve o Plano Marshall, que ajuda a reconstruir a Europa, inclusive a Alemanha e a própria Inglaterra. Essa preocupação de que a Alemanha fi casse órfã e seguisse a infl uência russa motivou a divisão. Cada um fi cava com seu lado. Os ocidentais fi cavam com a Alemanha Ocidental, cuja capital era a cidade de Bohn, enquanto os russos fi cavam com a Alemanha Oriental, cuja capital era Berlim. Era uma divisão artifi cial do país que leva inclusive à divisão da cidade. Por ter sido uma divisão criada pela ocupação das tropas de cada país, a maior parte fi cou com a URSS, que primeiro chegou a Berlim. Mas como os aliados querem a parte deles na antiga capital, a cidade é dividida. O incrível é isso. A parte ocidental não tem acesso à Alemanha Ocidental, já que ela fi cava dentro da Alemanha Oriental. Só tinha um acesso.

O muro que

dividiu o mundo

O professor de Jornalismo da UNIBAN, José Welmowicki, comenta os 20 anos da queda do Muro de Berlim

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09

F.U. – Quando isso ocorre?J.W. – Em 1949. Desta data até 1989, são 40 anos de divisão da Alemanha. Em Berlim é a mesma coisa. Neste período, as duas Alemanhas foram reconstruídas, cada uma a sua forma. Do lado Ocidental, com a ajuda dos EUA e com o Plano Marshall, os alemães perceberam que seu país voltava a ser uma potência na Europa, mesmo com algumas imposições como, por exemplo, a impossibilidade de formar um exército. Já a Alemanha Oriental era um satélite da União Soviética. Mas com um detalhe. O regime político na Alemanha Oriental era ditatorial. Existiam algumas vantagens em relação à educação e saúde, mas era uma ditadura ligada à URSS e que impedia o livre trânsito. No começo não existia o muro. A partir de determinado momento, principalmente na década de 50, muitos começaram a fugir de um lado para o outro. Nesse momento, a Alemanha Oriental decidiu levantar o muro. E esse muro era uma coisa maluca. Se tem uma cidade que de repente se vê ruas muradas, famílias separadas. Foi uma divisão típica de um mundo dividido de forma artifi cial e antiga.

fi m d o s

anos 70 e começo dos

80. Mas na verdade foi uma ação conjunta de vários países do leste europeu que começaram a se revoltar com a infl uência soviética. Tchecoslováquia e Polônia são alguns exemplos.

F.U. – Esse muro causou a morte de dezenas de pessoas que tenta-vam atravessá-lo. A vida do outro lado era tão ruim assim?

J.W. – Com a proximidade do fi m do regime soviético, havia uma diferença do desenvolvimento econômico infl uenciado pelo ocidente e uma maior liberdade política. Já no lado oriental, embora eles tivessem educação pública, habitação e saúde, existia um marasmo econômico infl uenciado pela burocracia da economia soviética e brecava o desenvolvimento. Além do mais, a

Alemanha Oriental nada mais era que um satélite da URSS. Junto com isso existia um regime muito opressivo. Os cidadãos eram vigiados, alguns intelectuais eram perseguidos. Esse sufocamento levou os alemães a olharem para o outro lado do muro. Com a

Rússia debilitada política e economicamente na década de 80 e com outros países do Leste Europeu se revoltando, os alemães decidiram derrubar o muro.

F.U. – Muitos especialis-tas apontam a queda do Muro de Berlim como o ponto máximo da queda da

União Soviética. Como você enxerga essa questão?

J.W. – Acho que é o contrário. Muita gente pensa que por causa do Muro de Berlim o regime socialista caiu. É lógico que é um processo conjunto, mas a ascensão capitalista, que apontava o fi m do regime soviético, acontece em 85 ou 86. Tem haver com a Perestróica. Já havia uma crise tão profunda que as próprias estruturas políticas estavam debilitadas.

F.U. – No caso dos aliados capita-listas, eles fi zeram questão de que Berlim fosse dividida, já que a ca-pital estava em território ocupado pela URSS?

J.W. – Sim e é bom destacar que no início os EUA não tiveram muito que mostrar aos alemães. Mas com o passar do tempo, Plano Marshall etc e tal, os alemães ocidentais começaram a ter apoio na construção de indústrias e começaram a crescer. Já a parte oriental fi cou mais pobre. Começou haver uma comparação inevitável, que culminou na crise soviética no

F.U. – A Queda do Muro de Ber-lim aconteceu em 1989, mas a uni-fi cação da Alemanha só ocorreu um ano depois. Por quê?

J.W. – O próprio Helmut Kohn (chanceler alemão na época) era contrário a unifi cação. Ele queria negociar com o lado oriental uma unifi cação gradual, mais para o ocidente. Mas quando o povo derruba o muro, esse problema é atropelado. Fica uma situação esdrúxula. O povo pensa: “se somos todos alemães, por qual razão ainda estamos divididos?”. Neste caso, Kohn só aceita a reunifi cação quando o fato já está consumado. Quem uniu a Alemanha foi o povo, depois o governo.

“No começo não existia o

muro. A partir de determinado

momento, principalmente

na década de 50, muitos começaram

a fugir de um lado para o outro. Nesse momento, a Alemanha Oriental

decidiu levantar o muro. E esse muro era uma

coisa maluca. Se tem uma cidade

que de repente se vê ruas muradas,

famílias separadas. Foi uma divisão

típica de um mundo dividido

de forma artificial e antiga”

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10 Reportagem da Semana

Por Isabelle de Siqueira

Todo mês de novembro – dia 20 é comemorado o Dia da Consciência Negra, que marca o aniversá-rio da morte de Zumbi dos Palmares - convida ao debate sobre a situação do negro no Brasil. Poucos sabem, mas somos a maior nação negra do mun-do fora do continente africano. Só a Nigéria tem uma população negra maior, hoje com quase 120 milhões de habitantes. Por aqui são 90 milhões de afro descendentes, o que corresponde a 51% da po-pulação, de acordo com o IBGE.

Pela primeira vez o país conta com um juiz do Supremo Tribunal Federal negro, possui uma se-cretaria especial dedicada à promoção da igualdade racial e, vencendo um preconceito que perpetua a história da mídia nacional, uma atriz negra assumiu o papel de protagonista em uma novela no horário nobre da Rede Globo – saindo do estereótipo de personagens históricos inseridos no contexto da escravidão.

Há também uma mudança quando se fala em orgulho da raça. A cor da pele hoje acanha menos. O percentual de pessoas que se consideram ne-gras ou pardas passou de 46% para 51% da população, segundo pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo, em parceria, com o Instituto alemão Roda Luxemburg Stufting. Nesse gigantesco universo, não faltam indícios que mudanças impor-tantes estão acontecendo.

Em entrevista à Folha Uni-versitária, o autor do Estatuto da Igualdade Racial, senador Paulo Paim, comenta que o preconceito racial existe. Se-gundo ele, a realidade do ne-gro no Brasil ainda é distante em relação àqueles que não são negros, mas houve um avan-ço. “Hoje temos um minis-tério da igualdade racial, o reconhecimento de terras de quilombolas, mais de 80 instituições que adotam a política de cotas nas univer-sidades e os debates sobre o preconceito está mais trans-parente na sociedade”.

O Mercado de Trabalho

A participação dos negros no mercado de trabalho brasileiro evoluiu desde a se-gunda metade da década de 90. De acordo com o Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil 2007-2008, elaborado pelo Instituto de Economia da Universidade Fe-deral do Rio de Janeiro (UFRJ), 20,6 milhões de pessoas ingressaram no mercado de tra-balho de 1995 a 2006. Desse número, apenas 7,7 milhões eram brancos. O restante, 12,6 milhões de pessoas, eram pardas e negras.

Para o pesquisador do Departamen-to Intersindical de Estatística e de Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz

Lúcio, a diminuição da desigualdade no mercado de trabalho depende de vários fatores, mas especial-mente do acesso da população negra à educação de qualidade.

Na opinião dele, o aumento da participação da população negra nos últimos anos no Brasil na po-pulação economicamente ativa já pode ser refl exo da adoção do sistema de cotas nas universidades a partir de 2003.

“As cotas, em certa medida, geram a oportu-nidade para a população negra ocupar um espaço cujo acesso exclusivamente meritório, ou seja, pela capacidade, acabava excluindo esses alunos. O que a experiência tem mostrado é que essas pessoas estão tendo um desempenho equivalente ao dos demais estudantes e, portanto, um investimento continuado poderia propiciar essa mudança. As co-tas são um remédio doído para a sociedade porque signifi cam reconhecer uma discriminação, mas po-dem fazer diferença lá na frente. É evidente que, no futuro, se essa situação for superada, a própria política de cotas desaparece”, avaliou.

Ainda segundo Clemente, é importante destacar o reconhecimento da existência da desigualdade

e sua redução ao longo dos últimos anos, um avanço a ser comemorado. “O que

nós temos que observar é o fato de que temos uma redução da desi-

gualdade. Ainda é grande, mas até pouco tempo não era nem reconhecida. À medida que se reconhece que a desigualdade é um problema estrutural, ou seja, ele não é momentâneo, faz parte da nossa história e da constituição da organi-zação econômica e social do

país, observamos a mudança no sentido de que a desigual-

dade é um resultado a ser come-morado”, destacou.

“Deve ser comemorado no sentido de que caminhamos rumo a redução dessa desi-

gualdade. Deve nos preocupar, deve ser um alerta, deve ser um indicativo de que a gente deve estar o tempo todo combatendo,

mas também identifi cando se as ações que estão sendo implemen-

tadas estão contribuindo para que ocorra uma diminuição dessa desi-

gualdade”, acrescentou.

A classe média negra

Indicadores da ascensão social do negro no Brasil revelam que há dez anos, os negros eram

apenas 10% dos patrões, hoje são 22%.O cirurgião plástico mineiro Odo Adão tem 73

anos, é bem-sucedido e negro. Quando compara os desafi os que enfrentou para chegar aonde chegou e ao que está acontecendo hoje em dia, Adão iden-tifi ca um avanço notável: “Não dá para dizer que

o negro viva um momento espetacular atualmente, porque o preconceito exis-te e a sociedade terá de avançar muito até corrigir isso. O que percebo, no

Consciência

O país possui a maior população negra do mundo

fora da África. Apesar dos avanços nos campos: educacional, trabalho e

direito ainda persiste a luta pela igualdade

negra

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11

imagens de negras como garotas-propaganda de seus produtos. Defi nitivamente, a indústria de cos-méticos descobriu que existe um público consumi-

dor considerável. “Não existiam produtos espe-cífi cos. Hoje é possível en-

contrar, nas perfumarias, prateleiras direcionadas

ao meu tipo de ca-belo e maquiagem

em grande varie-dade”, observa a gerente peda-gógica Cristiane Cavalcante.

“ A n t i g a -mente havia um problema grande

com maquiagens para pele negra.

Quando se usava base e pó, a pele fi -

cava cinzenta, ou até muito preta. Hoje em dia

há uma série de tons para se maquiar uma mulher negra”, conta

o maquiador Dario Marinho.Uma das marcas a perceber as lacunas do mer-

cado foi a Embelleze. Hoje, além de comerciali-zar uma linha extensa de produtos nas categorias de coloração, transformação e tratamento capilar, oferece cursos aos profi ssionais que buscam aper-feiçoamento em cabelos afro étnicos, por meio do Instituto Embelleze. Segundo o gerente comercial do Instituto, Antonio Carlos de Siqueira, as lacu-nas deste mercado estão sendo preenchidas com o conhecimento que a indústria cos-mética vem adquirindo com o passar dos anos e com a cada vez maior exigência de produtos específi cos pelas consumidoras. “Identifi camos as necessidades das con-sumidoras de cabelos crespos e cacheados e de profi ssionais para cuidar desta beleza”, explica.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higie-ne Pessoal, Perfumaria e Beleza (Abihpec), as estatísticas com-

provam a expansão de produtos afro étnicos. Segun-do dados colhidos por eles, sozinho o segmento de cabelos deve faturar 1,5 bilhão neste ano.

O negro na mídia

Bonitos, sensuais e charmosos, os negros ven-dem o que todo mundo compra, de produtos de beleza a roupas, celulares e muito mais.

Mas por que de uns tempos para cá cada vez mais negros ganham espaço na mídia, estrelando comerciais de TV, capas de revistas e editoriais de moda? “As pessoas que trabalham com comunica-ção fi nalmente se deram conta de que se o consu-midor não se preocupa com as diferenças raciais, eles também não têm que se preocupar, já que a propaganda deve refl etir a realidade”, afi rma Hel-der Dias de Araújo, presidente da HDA Models, a primeira agência brasileira especializada em beleza negra.

Pioneira no mercado, a agência não permite que suas beldades utilizem química nos cabelos, com a intenção de valorizar a beleza negra. Hoje, cole-ciona uma cartela de clientes variada, a exemplo de C&A, Vivo, Banco do Brasil, dentre outras tantas empresas. Segundo Helder, o seu casting é formado por 250 profi ssionais que atuam dentro e fora do Brasil.

Quando questionado sobre o interesse do mer-cado por modelos negros ele é enfático. “Já tive difi culdades em conseguir algumas contas. Eu sem-pre dizia que tinha um material diferenciado. Sentia que os clientes tratavam com um certo desdenho. Só que quando recebiam o material fi cavam surpre-sos, viam que a minha agência tinha os melhores modelos negros do mercado e aí sim solicitavam o nosso trabalho para campanhas”, conta.

Para ele, o Brasil deve apostar cada vez mais na diversidade. “A população afro descendente no país chega a 51%. As pessoas se tornaram mais exigen-tes, seletivas e pensam: eu estou aqui, faço parte dessa sociedade e quero ser representado na mídia. As empresas devem utilizar mais negros em suas campanhas para terem essa identifi cação com o

povo”, diz.

Fotos: Divulgação

entanto, é que algo de novo está acontecen-do. As portas come-çam a se abrir com menor resistência para aqueles que são competentes. E isso é uma vitó-ria”, afi rma.

Diretor do Hos-pital do Câncer de Uberaba, da Socieda-de Brasileira de Cirur-gia Plástica e amigo de Ivo Pitanguy, Adão foi o primeiro aluno negro na his-tória da escola onde se formou, a Faculdade de Medicina do Triângu-lo Mineiro. Também foi um dos primeiros negros brasileiros a fazer especialização em can-cerologia no exterior (Houston, Estados Unidos). O fato de ser uma exceção em cada etapa de sua vida é motivo de orgulho pessoal. Seu pai trabalha-va como operário na construção de ferrovias pelo interior do país e sua mãe era dona de casa. Em sua trajetória, Adão enfrentou toda forma de precon-ceito. “Hoje em dia, sinto que isso diminuiu sen-sivelmente. Afi nal, houve um aumento do número de profi ssionais negros bem-sucedidos em várias áreas”, comenta.

Mercado da beleza em alta

Não é à toa que de uns tempos para cá diversos setores passaram a investir neste público. Produtos de todas as linhas, tipos e marcas disputam espaço nas gôndolas e brigam para chamar a atenção das consumidoras negras. Uma infi nidade de xampus, condicionadores, cremes para pentear, desodoran-tes e sabonetes exibem lindas e bem produzidas

“Não existiam produtos específicos. Hoje é possível encontrar, nas perfumarias, prateleiras direcionadas ao meu tipo de cabelo e maquiagem em grande variedade”, observa a gerente pedagógica Cristiane Cavalcante

“As pessoas que trabalham com comunicação finalmente se deram conta de que se o consumidor não se

preocupa com as diferenças raciais, eles também não têm que se preocupar, já que a propaganda deve refletir a realidade”, afirma Helder Dias de Araújo, presidente da HDA Models, a primeira agência brasileira

especializada em beleza negra.

Indicadores:

- O percentual de pessoas que se consideram negras ou pardas passou de 46% para 51% da população

- Há dez anos, os negros eram apenas 10% dos patrões, hoje já são 22%;- Os negros correspondem a um terço da classe média do país;- Movimentam 50 bilhões de reais por ano;- A diferença de renda entre negros e brancos vem caindo nos últimos anos e,

se o ritmo for mantido, deve ser zerada em 2029.- O segmento de produtos para cabelos afro étnicos deve faturar 1,5 bilhão

neste ano

Fonte: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE)

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Por Karen Rodrigues

Uma das formas de combater a obesidade e a hipertensão é por meio de hábitos alimentares adequados. E no intuito de orientar quanto à prevenção e controle das doenças, de modo a conscientizar e estimular aquisição de hábitos saudáveis, o Programa em Saúde Comunitária (PSC) promoveu no último dia 30, a campanha “Dietoterapia: o alimento como aliado no comba-te às doenças”, para idosos carentes de duas comunidades, situadas próximas ao campus ABC.

O evento que contou com a participação de 60 alunos do 1º e 2º ano de Enfermagem, sob orientação da coordenadora do PSC, Patrícia Bover Draganov, atendeu 80 idosos das comunidades Colméia Recreativa e Balneário Ipiranga. Dividido em dois períodos de atendimento, a equipe realizou uma atividade interativa denominada “Semáforo da dieta”. Para tanto, foram dis-tribuídas embalagens de diversos alimentos e após orientações, os idosos tinham que colocá-las em uma das três caixas: a Verde (pode comer a von-tade/ajuda na prevenção ou controle das doenças); a Amarela (pode comer, mas com moderação) e a Vermelha (não pode comer/agrava a doença).

A coordenadora explica que para fazer a campanha eles usam a pedagogia, técnicas de educação de adulto e jogos interativos, ao invés de fi car apenas falando. “O idoso pode participar e assim aprender. Ele precisa vivenciar e ver o quanto que o controle é importante para a vida dele. Se ele não perceber que aquilo é importante, ele não vai mudar o hábito”, diz Patrícia. Ela afi rma ainda que os resultados destes eventos são ótimos. “Os idosos verbalizam suas mudanças de hábitos e seus ganhos com qualidade de vida”.

O PSC optou pela realização da “Dietoterapia” com os idosos destas co-munidades a partir do alarmante resultado obtido pelo perfi l da saúde, no qual é feito uma série de exames como peso, altura, índice de massa corpórea, perí-metro abdominal, glicemia e perguntas sobre doenças que já tiveram. A partir daí, obtém-se indicadores que apontam o que está bom e o que não está. “Nessas comunidades a gente levantou que eles estavam obesos e também que é uma comunidade hipertensa. Conversando com eles e também com esse perfi l da saúde, a gente percebeu que eles tinham muitas difi culdades para defi nir o que era bom pra saúde. Eles têm hábitos alimentares ruins”.

Patrícia relembra que durante a campanha os idosos fi cavam surpresos quando era mencionado algo que eles utilizam, porém, são considerados inadequados, como o caldo de carne. “Este tempero pronto tem muito só-dio. É equivalente ao que a gente precisa para consumir num dia inteiro. E sódio tem na água, na fruta e só num tablete tem o que a gente precisa”, comenta. Os participantes portadores de diabetes e hipertensão também foram alertados quanto aos alimentos que se tornavam impróprios devido às doenças. “Essa foi uma das melhores campanhas que eu já fi z. A intervenção foi muito feliz”.

Para verifi car se o resultado do trabalho foi bem compreendido pelos idosos, a equipe retorna à comunidade no ano seguinte e aplica novamente o perfi l da saúde. “Na comunidade Colméia Recreativa deu tudo ruim, porque é o primeiro ano que estou lá. Já no Balneário Ipiranga é o segundo ano, eles já estão mais saudáveis. Claro que não é só a minha intervenção, tem a in-tervenção da saúde pública também. Quando a gente percebe que a comu-nidade está legal, a gente vai embora para pegar outra comunidade”, fi naliza Patrícia.

12 UNIBAN Brasil

Pelo bem da saúde comunitária

O Programa em Saúde Comunitária (PSC), organizado pelo curso de Enfermagem da UNIBAN, leva orientação

sobre Dietoterapia à comunidades carentes do ABC

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Por Renato Góes

Em sua segunda edição, o Projeto InTerValo reu-niu alunos do 3º semestre de Rádio e TV do campus ABC em torno de um objetivo comum: realizar a gravação de um programa televisivo em pleno Cen-terban com a presença de alunos, professores e fun-cionários da UNIBAN. Intitulado de M1nutoshow, o programa teve o formato de show de talentos, onde alunos puderam se apresentar em variadas modalida-des como malabarismo, quadro humorístico e inter-pretação musical, tudo dentro do período máximo

Aula práticaAlunos do

curso de Rádio e TV

apresentam programa

de talentos no Centerban do campus ABC

Opinião parecida teve a aluna Mariana Barrei-ros, que fez parte da equipe de produção do M1nu-toshow. “Foi uma correria, afi nal nossa equipe era pequena e tínhamos trabalhos para entregar, prova. Mas no fi nal tanto esforço foi compensado. A equi-pe foi tranquila, o apresentador participava de todo processo. Na hora de começar o programa foi aquela adrenalina, mas deu tudo certo”, comemora a aluna. O programa contou com a apresentação de Carlos Castello, aluno da UNIBAN e ex-BBB. A candidata vencedora foi a jovem Rafaela, que interpretou uma canção da dupla sertaneja Victor & Leo.

de um minuto. As apresentações eram avaliadas por três jurados, entre eles o repórter da TV UNIBAN, Fernando Bispo.

Na opinião da professora de Rádio e TV, Marcelle Carvalho, que colaborou na supervisão da produção do programa, “essa é a oportunidade de colocar em prática o que vínhamos aplicando em aula durante todo semestre. Como se faz e como se produz um programa de TV. Dentre da sala ou no estúdio, não tem quem os avalie. Essa é uma forma deles sentirem na pele quais são as difi culdades de se produzir um programa e apresentá-lo ao público”.

Por Renato Góes

Na última sexta-feira, dia 13/11, o campus ABC promoveu a primeira de uma série de palestras com o objetivo de discutir o papel de educadores e alunos quanto à questão da cidadania dentro do ambiente universitário. O convidado na ocasião foi o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), responsável pela apresen-tação intitulada “A Missão da Educação no Contexto Cultural, Político e Econômico”. Com uma presença maciça de estudantes dos mais variados cursos, o au-ditório esteve lotado durante todo evento.

O principal motivo do encontro foi recuperar a auto-estima dos alunos diante da repercussão nega-tiva do caso da aluna Geisy Arruda. Logo de cara, o senador paulista fez questão de amenizar o clima ao citar o caso em que usou uma sunga vermelha no Senado Federal a pedido da apresentadora Sabrina Sato, do programa Pânico na TV. Na ocasião, Su-

Cidadania em discussão

O senador Eduardo Suplicy discutiu o tema com alunos

do campus ABC

plicy teve o cargo ameaçado de cassação. “Às vezes cometemos atos além da conta. A falha faz parte do ser humano”, disse. Com um discurso conciliador, ele fez um apelo aos estudantes para que não ajam de forma agressiva contra a aluna assim que ela re-tornar às aulas. “Talvez seja o caso dos dois lados repensarem as atitudes. Tanto os alunos como a própria Geisy”, afi rmou.

Depois de seu discurso, ele fez questão de res-ponder os questionamentos dos estudantes presen-tes. O emocionado aluno Victor, do 4º ano de Psi-cologia, fez um apelo à mídia para que ”acabe com o sensacionalismo. A gente se esforça tanto para estudar e agora temos nossa imagem manchada, somos taxados de ignorantes. A maioria dos alunos não participou daquele episódio”, desabafou. Na sequência, a aluna Kate, do 4º ano de Logística, fez questão de demonstrar seu sentimento de indigna-ção pelas atitudes realizadas por um grupo de alu-nos que, segundo ela, “não representam todos os estudantes da UNIBAN. Mas nós temos que fazer uma refl exão sobre o nosso comportamento, assim como a própria Geisy deve estar fazendo agora”.

O professor André ressaltou o amor e dedicação que o corpo docente da UNIBAN tem para com as aulas e com seus alunos. “Aí vem a revista de maior circulação do País e diz que os professores daqui são medíocres. É uma falta de responsabilidade enorme”, comenta. O senador fez questão de men-cionar que o caso ocorrido poderia ter acontecido em qualquer instituição de ensino do Brasil. Dentro deste contexto, um dos convidados, o ex-deputado e advogado Vicente Cassione, fez duras críticas à abordagem da mídia na repercussão do caso.

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Vende-se Ford kA, 99, ar, dh, ve, te, alarm, marron. Valor: R$ 10.900,00. Aslan. Tel.: 9553-6315. E-mail: [email protected]

Vende-se Tempra – SX, 2.0, kit gás, 1997. Valor: R$ 9.000. Bruno. Tel.: 6300-4850. E-mail: [email protected] Vende-se Gol, 87, 1.8, álcool, motor AP, som, doc. ok. Valor: R$ 5.700,00. Bruno. Tels.: 6300-4850 / 81087680.

Vende-se Peugeout 206, Rally 2001, 1.6, 8v, vermelha, completo, doc. Ok. Valor: R$ 15.500,00. Claudemar. Tel.: 8558-2846. Vende-se Prisma Max, 1.4, 07/08, 30 mil km, vermelho, direção hidráulica, ar quen-te, desem. traseiro, insulfi lm, MP3 player. Valor: R$ 25.000,00. Nilton/Neuza. Tel.: 4479-7130. E-mail:[email protected]

Vende-se Uno 97, 2p, SX 8v, branco. Va-lor: R$ 6.500,00. Junior. Tel.: 8024-2027. E-mail: [email protected]

Vende-se Gol GIII, ano 2000, 02 p, pra-ta. Fábio Luiz. Tel.: 7598-6089. E-mail: [email protected]

Vende-se Gol-MI, 1.0, 98, 2p, gasolina. Valor: R$ 1.500,00 + 30 prestações de R$ 492,00. Eder. Tel.: 8393-7128. E-mail: [email protected]

Vende-se Gol, 08/09, Flex, dr, ar, vidro elétri-co, aro 16”. Valor: R$ 16.000,00. Fabiano. Tel.: 7807-3352. E-mail: [email protected]

Carona Solidária Uniban Morumbi II, traje-to:Avenida Santo Amaro, João Dias, estrada Campo Limpo e praça do Campo Limpo , Macedônia. Vivi. Tel.: 8838-1815. E-mail: [email protected]

Vende-se Bicicleta ergométrica, Esteira me-cânica, Pedalinho. Valor: R$ 500,00. Dou-glas. Tels.: 2971-3186/9630-5047. E-mail: [email protected]

Vende-se equipamento para exercício AB SWING. Valor: R$ 50,00. Camila. Tel.: 7850-8614. E-mail: [email protected]

Vende-se equipamento para exercício AB STRETCH abdominal. Valor: R$ 150,00. Camila. Tel.: 7850-8614. E-mail: [email protected]

Vende-se equipamento para exercício FREE TRAINING. Valor: R$ 200,00. Camila. Tel.: 7850-8614. E-mail.: [email protected]

Procura-se família que tenha quarto para alugar, aluna ou grupo, dispostos a dividir condomínio ou aluguel. E-mail: [email protected]

Faz-se trabalhos de revisão de textos e traduções de português/inglês/portu-guês e português/espanhol/português. André. Tel.: (45) 9109-4015. E-mail: [email protected]

Aluga-se vagas para moças de fi no trato que trabalhe o dia todo, Campo Belo. Ana Paula. Tel.: 7456-4481. E-mail: [email protected]

Vendo apartamento Praia de Mangaguá, dorm., sala americana, sacada, cozinha, lavanderia, móveis embutidos, 1 vaga gar. Valor: R$ 70.000,00. Douglas. Tels.: 2971-3186/9630-5047. E-mail: [email protected]

Vende-se apto em lançamento, terreno único na região sul, 2 dorms., sala de estar e jantar, área de serv. e varanda. Valor: parce-las mensais durante a obra R$ 399,00 com pequena entrada. Moreno. Tel.: 8593-4000. E-mail: [email protected]

Vende-se Yamaha, YBR, 125E, 05/05, azul, baú, partida elétrica e freio a dis-co, doc. ok. Valor: R$ 3.500,00. Erick.

15Classificados

Vende-se Parati GL, 1.8, ano 93, Gasoli-na, Baixa quilometragem, com trava mult-lock. Ótimo estado. Valor: R$ 10.500,00. Falar com Muzy. Tel: 75709421. E-mail: [email protected]

Vende-se Corsa Hatch Super,96, 4p, travas e vidros elétricos, doc Ok. Camila 8907-0747. E-mail: [email protected]

Vende-se Vectra GLS, 97/98, documen-tação ok. Valor: R$ 15.000,00. Vivi. Tel.: 8838-1815. E-mail: [email protected]

Vende-se Fiat Palio, 1.4 ELX, fl ex, 4p, vermelho, IPVA 2009 pago. Valor: R$ 26.100,00. Eurides. Tel.: 7477-4234. E-mail: [email protected]

Vende-se um Vectra Sed. Elegance, 07/07. Valor: R$ 42.000,00. Mariana. Tels: 7105-9511/99897704. E-mail: [email protected]

Vende-se Celta, prata, 2p, fl ex, 2006/2006. Valor: R$ 3.000,00 + transferência de dí-vida. Anselmo. Tel.: 6210-9706. E-mail: [email protected]

Vende-se Passat, 78, branco, rodas, alarme. Valor: R$ 4.000,00. Cristiane. Tels.: 3453-5081/8112-8703. E-mail: [email protected]

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17Cultura

Por Renato Góes

Dos muros das fábricas do bairro do Cambuci às paredes de museus e galerias de arte de todo mundo. O trabalho dos artis-tas plásticos Gustavo e Otávio Pandolfo, mais conhecidos como OSGEMEOS, transcende o conceito básico do que é grafi tti. Na mostra intitulada Vertigem, os personagens desenhados em tom amarelo em telas e grandes painéis, tão característicos na obra da dupla, têm que dividir espaço com instalações interativas, escul-turas e objetos sonoros. Uma coleção de obras que mexem com todos os sentidos do espectador.

Fazem-se presentes todas as infl uências, populares e contem-porâneas, que cercam o trabalho de OSGEMEOS. Elementos da cultura nordestina se mesclam com a realidade urbana dos grandes centros. Símbolos do folclore nacional dividem as aten-

Muito além dos muros

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A exposição Vertigem, de OSGEMEOS, comprova que o grafitti é uma forma de arte que não cabe apenas numa parede

ções com claras referências às periferias brasileiras. Essa mistura resulta num mosaico colorido em que todas as obras, sejam elas ilustrações ou instalações, parecem ter sido feitas com o objetivo de se tornarem uma só.

Nesse ambiente fantasioso, as instalações eletrônicas se des-tacam. A maioria delas faz muito mais bonito do que algumas obras expostas na última edição do FILE (Festival Internacional de Linguagem Eletrônica). Do lado oposto da entrada, uma pe-quena embarcação permite que o público veja toda a exposição por meio de um periscópio digital. Próximo ao barco, uma répli-ca de um barraco todo mobiliado apresenta um curta-metragem enquanto alguns objetos interagem com o público. Mais adiante, dois cubos amarelos escondem uma surpresa para quem arriscar entrar dentro deles.

VertigemAté 13 de dezembroLocal: Museu de Arte Brasileira da FAAP.Rua Alagoas, 903 - De terça a sexta, das 10h às 20h. Sába-dos, domingos e feriados, das 13h às 17h. Entrada gratuita

Essas instalações comprovam que o talento de OSGEME-OS não se limita às paredes e muros das grandes metrópoles e galerias de arte do mundo. Todas essas obras demonstram um cuidado técnico e artístico ímpar, que se torna mais relevante ao analisar as ricas infl uências da dupla de artistas. Dentro deste contexto, a exposição Vertigem não é só para ser apreciada, mas também sentida.

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19Entretenimento

CRUZADASTV UNIBAN

Destaque da Semana de 16/11 a 22/11

São Paulo – canal 11 (NET); São Paulo – canal 71 (TVA); Osasco – canal 20 (NET Osasco); ABC – canal 18 (Net ABC)

Salada MistaO Espaço Catavento é um espaço único que ensina e surpreende os visitantes. Voltado para a ciência, descobertas científi cas, astro-nomia, biologia e outros temas. CNU/SP: 3ª – 4h e 12h / 5ª – 8h / 6ª – 19h / Sáb. – 4h.

Revista UNIBANProfessor em concurso de poesia / Workshop de RH / Semana de Arquitetura e Design / Prêmio Tok Stok 2009 / Direto da Folha / Quadro “Saúde Bucal” com Professor Borelli / Quadro “Nossas Palavras” com Profº. Valdevino Soares. CNU/SP: 2ª – 12h / 3ª – 6h / 4ª – 19h / 5ª – 4h e 16h / 6ª – 12h / Sáb. 9h.

Referências Um dos ícones do samba paulista, de origem e tradição rural, Oswaldinho da Cuíca conta sua trajetória desde quando conheceu o batuque na caixa de engraxate. CNU/SP: 5ª – 22h / Sáb. – 21h / Dom. – 16h.

UNIBAN DiscuteO Presidente do Instituto de Ciências Agrárias Profº. Dr. José Al-berto Pereira fala sobre o Mercado PET. Sua evolução e o que se espera para o futuro. CNU/SP: 2ª – 21h / 5ª – 1h e 19h / Sáb. – 12h.

Concorra ao livro De Cuba com Carinho, de Yoani Sánchez. Acesse o hotsite da Folha Universitária (www.uniban.br) e clique no link “Promoção”. Preencha os dados corretamente junto com a resposta correta da seguinte pergunta:

A escritora cubana Yoani Sánchez escreve num dos blogs mais visitado do mundo. Como ele se chama?

a) Viva Cuba Libre!b) La Revolucionc) Generación Y

O nome do ganhador(a) sai na próxima edição.

PROMOÇÃO

Resultado da PromoçãoQuem ganhou o livro Ortografi a da Língua Portuguesa – história, discurso e representações foi a aluna Bruna Valente da Cunha, do curso de Serviço Social da Faculdade UNIBAN de São José (SC). O livro será enviado à ganhadora pelo correio.

Foto: Cleber Eufrasio

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