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EXEMPLAR GRATUITO Edição: 419 Jornal da UNIBAN Brasil Ano 12 . 23 de novembro de 2009 Lutgardes Freire, o lho do maior educador brasileiro (Paulo Freire). “O meu pai dizia: ‘olha, eu não quero ser venerado, não quero ser visto como uma espécie de deus, ou como uma espécie de pessoa que sabe tudo. Eu gostaria apenas de ser rein- ventado’ (...)”. (págs. 8 e 9) Foto: Amana Salles UNIVERSITÁRIA FOLHA Carreira & Mercado Preocupadas com a saúde física e mental de seus funcionários, empre- sas investem em programas de qualidade de vida. Números comprovam que atividades fí- sicas proporcionam melhora na satisfação, motivação e comprometi- mento do empregado. (pág. 4) Onde Ardi se encaixa? A recente descoberta de um esqueleto feminino que os estudiosos dataram de 4, 4 milhões de anos, chamado Ardiphthecus Ramidus, popularmente co- nhecido por Ardi, questiona um ponto importante da Teoria da Evolução, que categoricamente acreditava que evoluímos do chimpanzé. As escavações acon- teceram no deserto da Etiópia. Esse fato apresenta uma nova etapa da Evolução Humana. Pesquisadores que acreditam na Teoria da Criação contestam o acha- do, colocando em xeque o trabalho dos evolucionistas. (págs. 10 e 11) O II SIEMAT (Seminário Inter- nacional de Educação Matemática) reuniu pesquisadores renomados, com o propósito de favorecer o avanço das pesquisas e produção de conhecimento, além de promover o intercâmbio de grupos de pesquisa. (pág. 6)

Folha Universitária: 23 de novembro de 2009

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Folha Universitária: 23 de novembro de 2009 Uniban Brasil

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Page 1: Folha Universitária: 23 de novembro de 2009

EXEMPLAR GRATUITO

Edição:

419Jornal da UNIBAN Brasil Ano 12 . 23 de novembro de 2009

Lutgardes Freire, o fi lho do maior educador brasileiro (Paulo Freire). “O meu pai dizia: ‘olha, eu não quero ser venerado, não quero ser visto como uma espécie de deus, ou como uma espécie de pessoa que sabe tudo. Eu gostaria apenas de ser rein-ventado’ (...)”. (págs. 8 e 9)

Foto: Amana Salles

UNIVERSITÁRIAFOLH

A

Carreira & Mercado

Preocupadas com a saúde física e mental de seus funcionários, empre-

sas investem em programas de qualidade de vida. Números comprovam que atividades fí-

sicas proporcionam melhora na satisfação, motivação e comprometi-mento do empregado. (pág. 4)

Onde Ardi se encaixa?A recente descoberta de um esqueleto feminino que os estudiosos dataram

de 4, 4 milhões de anos, chamado Ardiphthecus Ramidus, popularmente co-nhecido por Ardi, questiona um ponto importante da Teoria da Evolução, que categoricamente acreditava que evoluímos do chimpanzé. As escavações acon-teceram no deserto da Etiópia. Esse fato apresenta uma nova etapa da Evolução Humana. Pesquisadores que acreditam na Teoria da Criação contestam o acha-do, colocando em xeque o trabalho dos evolucionistas. (págs. 10 e 11)

O II SIEMAT (Seminário Inter-nacional de Educação Matemática) reuniu pesquisadores renomados, com o propósito de favorecer o avanço das pesquisas e produção de conhecimento, além de promover o intercâmbio de grupos de pesquisa. (pág. 6)

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02 Editorial

Projeto do Ministério da Saúde pretende alertar os homens brasileiros da importância de exames preventivos

Empresas incentivam funcionários a realizarem atividades físicas

Pós-Graduação da UNIBAN promoveu o II SIEMAT - Seminário Internacional de Educação Matemática

Lutgardes Freire, filho de Paulo Freire, conta histórias de vida do mais importante educador brasileiro

Será que a descoberta do Ardipithecus Ramidus, o Ardi, irá mudar os rumos das investigações sobre a origem e evolução humana?

O Prof. Dr. Lorenzo Breschi, especialista em Odontologia pela Universidade de Trieste, esteve presente no campus Maria Cândida (MC)

Inspirada no clássico Alice no País das Maravilhas, a exposição Um Mundo Sem Medidas mexe com a imaginação do público

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Índice Editorial

Tenho conversado, com a intenção de observar, como as pessoas do meu conví-vio social e profi ssional têm feito para dri-blar o esgotamento que o dia a dia dessa grande cidade nos prega. Infelizmente, o que mais ouço é que o tempo é curto e não há quase alternativa para outras atividades. O cansaço tem afetado o humor das pes-soas. Problemas de saúde viraram rotina. Os dias de descanso acabaram virando dias de outros afazeres, ou seja, o trabalho é constante nesta “evoluída” cidade. E como mudar isso? Quais são as alternativas? Uma coisa é certa, o trabalho é a base da nos-sa sustentação. Então, conviver com ele está intrinsecamente relacionado à nossa existência. Agora, como conciliar serviço obrigatório e bem-estar pessoal?!! Alter-nativas existem, só que a força de vonta-de tem que superar todas as difi culdades, que não são poucas. Uma ajudinha acaba sendo bem-vinda. Com base nisso, na edi-toria Carreira&Mercado, fomos à procura de empresas que compreendem essa atual situação de vida das pessoas e, por meio de programas internos de atividades físicas, têm contribuído para a saúde de seus fun-cionários. E por incrível que pareça, quem mais ganha com isso são elas, pois a im-plantação de alguns programas e as mudan-ças comportamentais revelam melhoras na

produtividade, na relação humana, na mo-tivação e no bem-estar de todos.

E quando o assunto é evolução não há como esquecer a recente descoberta arque-ológica. Nossa Reportagem da Semana traz como destaque o tema que ganhou as man-chetes de revistas, sites e jornais do mundo inteiro. Foi a descoberta de fragmentos ós-seos de um suposto hominídeo de 4, 4 mi-lhões de anos. Segundo os pesquisadores, um ancestral humano, chamado Ardi. Com isso, uma nova era entra em cena, já que Ardi inverte o senso comum da evolução humana. Nosso repórter Manuel Marques, um pesquisador por natureza e amante do tema, teve a incumbência de levantar to-das as informações e revelar para nós seu conteúdo. E não é que a apuração evoluiu mais do que o esperado?! Por esse motivo, teremos a matéria publicada no jornal com um complemento na Internet (www.uni-ban.br/folha). Este assunto merece, pelo menos, ser compreendido e questionado, já que o nosso fi m é impossível prevermos. Agora, o início continuará sem respostas?

Boa leitura!

Cleber EufrasioEditor

EXPEDIENTE: Reitor: Prof. dr. Heitor Pinto Filho ([email protected]). Vice-Presidente da Fundação UNIBAN: Américo Calandriello Júnior. Assessora-chefe de Comunicação: Mariana de Alencar. Editor e Jornalista responsável: Cleber Eufrasio (Mtb 46.219). Direção de Arte: Ronaldo Paes. Designers: Bruno Martins e Ricardo Neves. Editor: Renato Góes. Repórteres: Francielli Abreu, Isabelle de Siqueira, Karen Rodrigues e Manuel Marques. Fotos: Amana Salles. Diário Oficial UNIBAN - Edição e Coordenação: Francielli Abreu. Colaboradores: Analú Sinopoli e Marcio Fontes. Estagiária: Luciana Almeida. Impressão: Folha Gráfica. Cartas para a redação: Rua Cancioneiro Popular, 28 - 5º andar, Morumbi, São Paulo, CEP 04710-000. Tel. (11) 5180-9881. E-mail: [email protected] - Home page: www.uniban.br/folha - Tiragem: 30.000.

FALE COMO

REITOR

Opine, critique e dê sugestões sobre as matérias publicadas na Folha Universitária. Mande suas cartas [email protected]

Page 3: Folha Universitária: 23 de novembro de 2009

Saúde 03

Saúde do homem

corre mais

riscosPor Renato Góes

Ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde e es-timular os homens a realizar exames preventivos com maior frequência. Essas são as prioridades da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, criada pelo Ministério da Saúde em agosto deste ano e que tem como foco pessoas entre 20 e 59 anos.

Segundo dados da entidade, do total de mortes de adultos ocorridas nessa faixa etária, os homens correspondem a 68% do total. Num breve compa-rativo, a cada três mortes de adultos, dois são do sexo masculino. Afi rma-se também que eles vivem sete anos a menos que as mulheres. A maioria é acometida por doenças cardiovascula-res, câncer e diabetes, entre outras.

O ministério aponta questões culturais como principal entrave. A maioria dos homens não costuma fa-zer exames com medo de descobrir alguma doença e se sentir fragiliza-do. Por essa razão, o governo espera conscientizar pelo menos 2,5 milhões para que procurem o serviço de saú-de pelo menos uma vez por ano. Para atingir essa meta serão investidos mais de R$ 613,2 milhões.

Projeto do Ministério da Saúde visa

alertar o público masculino da

importância de exames de saúde e consultas regulares

ao médico

De acordo com o dr. Fernando Al-meida, especialista na área de urologia e professor da Unifesp, essa questão ainda pende para o lado masculino, mas a vida moderna e cheia de atri-bulações tem colocado as mulheres em risco também. “Deve-se analisar momentos históricos. Há 50 anos, as mulheres não estavam no mercado de trabalho, tinham menos estresse, fumavam menos que os homens e ti-nham um risco de morte menor que o dos homens. O maior risco deles são as doenças cardiovasculares. Derrame, infarto e outras doenças deste tipo. Com o passar dos anos, as mulheres aumentaram esse risco, mas ainda é maior para os homens”, comenta.

Ele faz algumas ressalvas quan-to aos dados que apontam um risco maior de morte para homens do que para as mulheres. “Normalmente, eles levam um estilo de vida que aumen-ta mais o risco de doenças. Mas isso não quer dizer necessariamente que o homem se cuida menos do que a mu-lher. Daqui a 50 anos, com a mulher já anos inserida no mercado do trabalho e suscetível ao mesmo estresse, esses números podem se aproximar. Hoje, elas já têm mais infartos que antiga-mente”, afi rma.

Mas apesar do seu ponto de vista, ele concorda que quanto aos proble-mas de saúde, os homens continuam a morrer mais jovens que as mulhe-res. “É uma conjunção de fatores. O homem não procura o médico por medo de descobrir alguma doença, tem medo de se sentir vulnerável, que tem fraquezas, algo muito presente na personalidade masculina. É muito comum o homem evitar ir ao médico. Ele só vai quando está doente. Isso é o que atrapalha a saúde do homem”, comenta o doutor.

Mas como mudar essa forma de pensamento que parece enraizada no modo de pensar masculino? De acordo com ele, “devemos estimu-lar o homem à prevenção das doen-ças. Ele deve procurar atendimento médico antes, não só pelo medo de doenças como o câncer de próstata, mas para se prevenir de tantas outras que podem surgir. Algumas são liga-das ao estresse, a transtornos psico-lógicos e assim por diante”.

“O homem não procura o médico por medo de

descobrir alguma doença, tem medo de se sentir vulnerável, que tem

fraquezas, algo muito presente

na personalidade masculina.

É muito comum o homem evitar

ir ao médico. Ele só vai quando está

doente. Isso é o que atrapalha a

saúde do homem”, comenta o dr.

Fernando Almeida

Page 4: Folha Universitária: 23 de novembro de 2009

04 Carreira & Mercado

Atividade física em pleno expedientePor Karen Rodrigues

Grandes empresas preocupadas com a saúde física e mental de seus funcionários têm investido em programas de qualidade de vida durante o ex-pediente. Números comprovam que atividades físi-cas proporcionam maior produtividade, redução no número de afastamentos por doenças, além de me-lhora na satisfação, motivação e comprometimento do empregado.

Um exemplo de empresa que investe em ser-viços aos funcionários é a Alcoa Alumínio S.A. Ela implantou em 1995 o Programa Viva Vida, com o intuito de estimular os trabalhadores e seus depen-dentes a mudarem seus comportamentos para um estilo de vida saudável.

De acordo com o médico, dr. Lucio Mauro Al-ves, o Viva Vida engloba várias ações com foco em saúde, como os programas de Prevenção do Risco Coronariano, Peso em Vigilância, Antitabagismo, PARE (Programa de Apoio e Recuperação para Usuários de Drogas) e de Saúde da Mulher e do Homem.

Em 2006, a multinacional implantou o Progra-ma Ergonomia/ Ginástica Laboral e Fisioterapia. Segundo dr. Lucio, a implantação se deu devido ao crescente número de queixas osteomusculares atribuídas ao trabalho. A ginástica foi realizada em todas as áreas e em 2007 foi apontado uma redução de cerca de 65% na incidência de novas queixas. Em 2008 diminuiu em mais de 75%, número nun-ca antes atingido. A Alcoa aponta alguns benefícios que os programas proporcionaram aos trabalhado-res: maior resistência ao estresse, maior estabilidade emocional, melhora da auto-estima e autoconfi ança e das condições física, mental e psíquica.

Mas os benefícios se estendem também para a empresa: há um menor absenteísmo e rotatividade, menor custo de saúde assistencial, melhoria dos in-dicadores de saúde e qualidade de vida dos funcio-nários, maior produtividade, valorização do capital humano, fortalecimento da marca e me-lhoria de clima organizacional. Os bons resultados renderam a Alcoa em 2009, o Prêmio Nacional de Qualidade de Vida; o Prêmio de Reabilitação Profi s-sional, além de ser considerada uma das 100 melhores empresas para se trabalhar.

Fotos: Divulgação

Empresas começam a adotar essa mentalidade junto aos funcionários e obtém em troca maior

produtividade e motivação

O médico do trabalho, dr. Lucio

Mauro AlvesA fisioterapeuta

Priscila Rodrigues Fernandes

O mercado de trabalho para quem melhora a qualidade de vida na empresa

Para promover qualidade de vida aos funcioná-rios, as empresas têm buscado fi sioterapeutas para a execução das atividades. Para tanto, o profi ssional precisa ter especialização em ergonomia e fi siote-rapia do trabalho. Atuando na área desde 2003, a fi sioterapeuta Priscila Rodrigues Fernandes já reali-zou estudos ergonômicos em outras multinacionais como a Alcoa.

Segundo a fi sioterapeuta, o primeiro passo para enquadrar uma empresa dentro das exigências da lei e proporcionar melhor qualidade ao trabalhador é fazer uma análise ergonômica. Trata-se do levantamento das condições do trabalho, as exigências físicas e mentais, a identifi cação do risco (qualifi cação e quantifi cação) e propor as melhorias para o posto de trabalho. A partir daí, a empresa monta um cronograma de ação e os resultados vão aparecer a médio, longo prazo.

Defi nido isto, pode implantar ginástica laboral que, quando bem empregada, pode ser usada na pre-venção de doenças. “A ginástica laboral pode ser a preparatória ou de aquecimento, no início do turno; a de compensação, no meio do turno; e a de rela-xamento, no fi nal do turno. A intenção é alongar a musculatura que é mais sobrecarregada, fortalecer aquela que precisa para fazer a tarefa com menos dor, menos desgaste”, explica a especialista.

A ginástica se difere de acordo com o setor. Na área administrativa, por exemplo, os exercícios pre-vinem problemas decorrentes à postura estática. “Para a pessoa que fi ca muito tempo na frente do computador é feito uma orientação para ela fazer al-teração de postura, de tempos em tempos levantar, caminhar para diminuir a contração da musculatura. Se for uma pessoa que digita muito, diminuir a repe-titividade. Tem um trabalho também para diminuir a carga mental, e exercícios para os olhos para dimi-nuir fadiga visual”, alerta Priscila.

As doenças que mais afastam são as relacionadas ao ombro, quando a pessoa não consegue mais levan-tar o braço, bursite, cotovelo e punho e o distúrbio osteomuscular relativo ao trabalho LER/DORT. O distúrbio pode ser dor, fraqueza, adormecimento, formigamento, sensação de peso e inchaço.

Segundo a fi sioterapeuta a área está em cres-cimento. Para quem deseja atuar na fi -

sioterapia do trabalho a dica é começar com ginásticas em pequenas empre-sas, para assim adquirir experiência.

Page 5: Folha Universitária: 23 de novembro de 2009

05

O CIEE dispõe de 7.760 vagas, que podem ser conferidas no site

Site: www.ciee.org.br ou telefone: (11) 3046-8211.

2.840 oportunidades de estágio para jovens talentos

Site: www.nube.com.br ou telefone: (11) 4082-9360.

ESTÁGIO EXPOSIÇÃO

A agência Espalhe, primeira especializada em marketing de guerrilha no Brasil, criada em 2003, irá selecionar candidatos a vaga de estágio através de concurso para promover o chamado “Marketing de Guerrilha”, estraté-gia que tem o objetivo de expor uma marca ao consumidor, fazendo-o interagir com um produto, sem que ele perceba que se trata de uma experiência de comunicação. Para se candidatar o estudante deve estar cursando até o 7º período de Comunicação Social, precisa enviar, até o dia 23 de novembro, um projeto inédito e criativo de marketing de guerrilha para o e-mail: [email protected]. A votação será online e os três melhores participarão de uma reunião com clientes da agência para o desenvolvimento de um projeto de marketing de guerrilha. No dia 29 de novembro, em estilo de sa-batina de banca universitária, os candidatos deverão apresentar suas idéias. O vencedor ganhará a vaga de estágio na agência. Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.blogdeguerrilha.com.br.

Empresa especializada em desenvolver apresentações corporativas, Meu Estúdio, contrata estagiários e designer para área de criação. As vagas são para a região da Vila Olímpia, Zona Sul de São Paulo. Para con-correr às vagas os candidatos devem ter cur-sos em comunicação, publicidade, desenho industrial e design com experiência em Mi-crosoft Offi ce, Pacote Adobe, principalmen-te Photoshop. Conhecimento de webdesign será um diferencial. Os interessados devem encaminhar currículo com link de portfólio online ou alguns trabalhos para o e-mail: [email protected]

O Memorial da Resistência de São Pau-lo, na Estação Pinacoteca, apresenta desde o dia 7 de novembro a exposição Mari-ghella, em memória aos 40 anos da morte do guerrilheiro comunista, ícone do com-bate à ditadura militar no Brasil. A mostra é composta de cartas, livros, imagens de arquivo, iconografi a variada, depoimentos, além de textos do próprio Marighella. A exposição mostra cinco momentos da vida de Carlos Marighella, da infância na Bahia à guerrilha urbana em São Paulo, nos “anos de chumbo” da ditadura militar durante a década de 1960, passando pelo começo de sua militância e clandestinidade, ainda em meados de 1930, as prisões durante o Esta-do Novo, o período como deputado fede-ral e a volta à vida clandestina no período de caça aos comunistas, em 1948. Endere-ço: Largo General Osório, 66 – Luz - São Paulo – SP. www.pinacoteca.org.br

ESTÁGIO

Cursos Vagas Menor Valor Maior ValorAdministração - Marketing 1 R$ 900,00 R$ 1.000,00 Administração de Empresas 36 R$ 465,00 R$ 800,00 Administrativa/Gestão 3 R$ 500,00 R$ 800,00 Arquitetura e Urbanismo 2 R$ 600,00 R$ 900,00 Ciência da Computação 4 R$ 850,00 R$ 900,00 Ciências Contábeis 5 R$ 600,00 R$ 800,00 Ciências Econômicas 1 R$ 620,00 R$ 800,00 Jornalismo 1 R$ 600,00 R$ 800,00 Publicidade e Propaganda 4 R$ 600,00 R$ 737,00 Desenho Industrial - Design Gráfi co 1 R$ 600,00 R$ 800,00 Design Gráfi co 3 R$ 600,00 R$ 800,00 Direito 20 R$ 525,00 R$ 1.000,00 Educação Física 10 R$ 300,00 R$ 800,00 Engenharia Civil 6 R$ 1.000,00 R$ 1.425,00 Engenharia da Computação 1 R$ 800,00 R$ 1.000,00 Engenharia Mecânica 1 R$ 800,00 R$ 1.000,00 Estilismo/Moda 1 R$ 545,00 R$ 800,00 Farmácia 1 R$ 450,00 R$ 800,00 Física 1 R$ 675,00 R$ 750,00 Fisioterapia 1 R$ 300,00 R$ 500,00 Letras 1 R$ 600,00 R$ 800,00 Logística/Gestão 1 R$ 600,00 R$ 800,00 Marketing/Marketing 2 R$ 600,00 R$ 800,00 Matemática 2 R$ 600,00 R$ 800,00 Medicina Veterinária 1 R$ 300,00 R$ 550,00 Recursos Humanos/Gestão 1 R$ 800,00 R$ 1.000,00 Sistemas de Informação 2 R$ 500,00 R$ 800,00 Tecnologia em Web Design 1 R$ 650,00 R$ 800,00 Turismo 2 R$ 700,00 R$ 800,00 Web Design/Design 1 R$ 700,00 R$ 800,00 Web Design/Informática 1 R$ 700,00 R$ 800,00

Curso Semestre Bolsa-auxílio OEAdministração de Empresas 3º ao 7º sem. R$ 500,00 63998Administração de Empresas 1º ao 5º sem. R$ 1000,00 21310Administração de Empresas Conclusão do 1º sem. de 2010 R$ 1500,00 68037Biblioteconomia 1º ao 7º sem. R$ 500,00 67758Ciências da Computação Conclusão do 2º sem. de 2011 R$ 900,00 55554Ciências da Computação 2º ao 6º sem. R$ 500,00 65335Ciências Contábeis 4º ao 6º sem. R$ 700,00 64016Ciências Contábeis 3º ao 7º sem. R$ 750,00 54012Ciências Contábeis 2º ao 6º sem. R$ 650,00 28159Comunicação Social - Jornalismo 3º ao 6º sem. R$ 1080,00 67824Direito 7º ao 9º sem. R$ 990,00 48415Direito 7º ao 8º sem. R$ 600,00 68377Direito 7º ao 8º sem. R$ 800,00 54278Direito 5º ao 8º sem. R$ 750,00 63964Economia 1º ao 4º sem. R$ 550,00 66312Engenharia Civil 5º ao 6º sem. R$ 1080,00 68148Engenharia Civil 5º ao 8º sem. R$ 1176,00 68250Engenharia Civil 5º ao 8º sem. R$ 1176,00 55511Engenharia Civil 5º ao 7º sem. R$ 1334,00 59632Engenharia de Produção 5º ao 6º sem. R$ 1080,00 46171Marketing 1º ao 6º sem. R$ 700,00 23830Publicidade e Propaganda 1º ao 7º sem. R$ 500,00 63732Publicidade e Propaganda 5º ao 6º sem. R$ 700,00 51397Secretariado Executivo 1º ao 2º sem. R$ 600,00 68376Técnico em Contabilidade 1º ao 5º sem. R$ 400,00 67687Técnico em informática 1º ao 5º sem. R$ 465,00 68029Técnico em Secretariado 3º ao 5º sem. R$ 320,00 67604Técnico em Telecomunicações 1º ao 4º sem. R$ 530,00 63879Técnico em Telecomunicações 1º ao 4º sem. R$ 530,00 68380Técnico em Telecomunicações 1º ao 4º sem. R$ 530,00 68378Técnico em Turismo e Hotelaria 1º ao 3º sem. R$ 600,00 66552

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Page 6: Folha Universitária: 23 de novembro de 2009

Por Karen Rodrigues

Nos dias 30 e 31 de outubro, o Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática promoveu o II SIEMAT (Seminário Internacional de Educação Ma-temática). O evento reuniu renomados pesquisadores nacionais e internacionais, com o intuito de favorecer o avanço das pesquisas e produção de conhecimento, além de promover o intercâmbio entre diferentes grupos de pesquisa e a divul-gação de suas investigações, contemplando aspectos históricos, epistemológicos, cognitivos e culturais.

Realizado no auditório do Campus Marte (MR), a segunda edição do SIEMAT abordou diferentes temáticas da Educação Matemática por meio de palestras ministradas por convidados de diferentes países como França, Inglaterra, Portugal, EUA e Costa Rica e pesquisadores de várias instituições de ensino do Brasil. Entre os temas abordados estão: “Ensino de Matemática e Responsabilidade Social”, ministrado pela profa. Dra. Aldaíza Sposati (Presidente do Conselho de Pós-graduação e Pesquisa da UNIBAN) e “Educação Estatística”, com a profa. Dra. Lisbeth Kaiser-lian Cordani (Instituto Mauá de Tecnologia). Também foi realizado mesas redondas envolvendo a participação de pesquisadores brasileiros e estran-geiros, além das 83 comunicações científi cas, que foram apresentadas em

06 Pós-Graduação

Produção e intercâmbiode conhecimento

3 sessões, simultaneamente em 12 salas e apresentações de 32 pôsteres numa sessão específi ca.

Um dos destaques do evento foi o painel “Novos rumos da Educação Matemática”, o qual reuniu três pesquisadores laureados com a Medalha Fé-lix Klein de Educação Matemática do ICMI (Comitê Internacional de Ins-trução Matemática), os docentes: Guy Brousseau (Universidade de Borde-aux, França), Jeremy Kilpatrick (Universidade da Geórgia, USA) e Ubiratan D’Ambrósio (UNIBAN, Brasil).

Na opinião de uma das integrantes da comissão organizadora do SIEMAT, a docente Rosana Nogueira de Lima, “a realização deste evento na UNIBAN é uma maneira que a Instituição tem de se mostrar internacionalmente como uma universidade também de pesquisa. E contar com a presença de três meda-lhistas, pesquisadores de outros países, além dos estudiosos brasileiros de outras instituições, é muito importante tanto para os alunos que puderam conversar e discutir outros pontos de vista do trabalho em pesquisa e ter contato com esse alto nível, quanto para os professores que também tiveram a possibilidade de fazer trabalhos em conjunto com esses pesquisadores”.

Saiba quais foram os palestrantes convidados para o II SIEMAT:

• Aldaíza Sposati – UNIBAN – Brasil• Angel Ruiz Zuñiga – Universidad de Costa Rica – Costa Rica• Antônio Vicente Marafi oti Garnica – UNESP – Brasil• Barbara Jaworski – Loughborough University - Inglaterra• Guy Brousseau – Université Bordeaux I – França• Jana Trgalová – Université Joseph Fourier – França• Jeremy Kilpatrick – University of Georgia- EUA• Lisbeth Kaiserlian Cordani – Instituto Mauá – Brasil• Maria de Lurdes Marques Serrazina – ESEL – Portugal• Maria Tereza Carneiro Soares – UFPR – Brasil• Nilson José Machado – USP – Brasil• Roberto Nardi – UNESP – Brasil• Victor Augusto Giraldo – UFRJ – Brasil• Ubiratan D’Ambrósio – UNIBAN – Brasil

Seminário Internacional de Educação Matemática reuniu na Universidade pesquisadores da França, Portugal, Inglaterra, EUA, Costa Rica e Brasil

Jeremy Kilpatrick, Ubiratan D’Ambrósio e Guy Brousseau

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Page 7: Folha Universitária: 23 de novembro de 2009

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“O livro Os Demônios, de Fiódor Dostoiévski, é um clássico da literatura que o aluno deve aproveitar para ler, principalmente em época de férias. Ela se baseia em alguns eventos que acontecem na Rússia, por volta do ano 1850, que de certa forma antecipavam a Revolução Comunista que ocorreu anos mais tarde. Tem toda a fermentação po-lítica e revolucionária da Rússia. Apesar de ser romancea-da, ela é baseada em fatos ocorridos na história. Conta um pouco sobre o espírito humano, todas nossas aventuras e desventuras, nossas ilusões e desejos. É uma leitura que estimula uma conversa com nossos próprios demônios”

O mestre indica...

Biblioteca

Este livro reúne escritos do autor que não haviam sido ainda recolhidos e é dedicado aos problemas da educação. Traz capítulos concluídos de sua ‘His-tória da psicologia contemporânea’, que estão ao lado dos texto de ‘Psicologia diferencial’, de artigos e ensaios sobre educação, de dois experimentos já publi-cados, dois artigos teóricos sobre psicologia, de sua contribuição ao simpósio ‘A situação atual da Psicologia no Brasil’ e da primeira parte do texto ‘Freud e as psicologias dinâmicas’.

Foto: Renato Góes

Psicologia Diferencial e Estudos em Educação

Autor: Dante Moreira Leite

Prof. Arlindo Lourenço, do curso de Psicologia da UNIBAN é graduado pela Universidade Mogi das Cruzes e Mestre em Educação: História, Política e Sociedade pela PUC-SP

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Page 8: Folha Universitária: 23 de novembro de 2009

palestra nos EUA, na Universidade da Califórnia, e lá se apresentaram muitas pessoas do mundo inteiro. Na ocasião ele fi cou muito impressionado de ver a quantidade de pessoas que ele conseguia reunir. E então, depois da palestra ele sugeriu aos seus amigos pessoais a criação de um instituto que pudesse reunir essas pessoas (intelectuais dos cinco continentes). Enfi m, um centro de estudos. (....) Então, o Moacir Gadotti (educador da Unicamp, que se doutorou na Suíça) levou à frente esse desafi o e, em 1992, criou esse Instituto que ele chamou de Paulo Freire. Aliás, esse nome não é por vontade do meu pai, mas dos seus amigos.

F.U. - O espaço aqui é gigantesco, a começar pela biblioteca em que esta-mos conversando. Já tinha esse tama-nho naquela época?

L.F. – Não. No início ele era bastante pequeno, sem nenhum fi nanciamento. Mas o Gadotti continuou insistindo

Por Manuel Marques

Rua Cerro Corá, 550, no alto da Lapa. Se o leitor visitar este endereço, na zona Oeste de São Paulo, vai se deparar com uma pequena livraria. Mas o maior tesou-ro não pode ser visto na entrada. No pri-meiro andar fi ca a Editora e Livraria Paulo Freire e no andar de baixo, nada menos que os 7 mil volumes da biblioteca do edu-cador mais famoso do Brasil e centenas de teses sobre eles, a maioria de universidades européias e norte-americanas. Mais que a biblioteca, o prédio abriga o Instituto Pau-lo Freire, coordenado pelo fi lho do educa-dor, Lutgardes Freire, o Luti, como o pai costumava chamá-lo e como é conheci-do pelos colegas de trabalho. Luti é uma grande atração no local. Sua colega Ângela Antunes, diretora pedagógica do Instituto, conta que quando os visitantes tomam conhecimento de que ele é fi lho de Pau-lo Freire, logo pedem para tirar foto, dar autógrafo e claro, falar sobre o pai. Nossa reportagem não foi muito diferente desses frequentadores. Não pedimos autógrafo, mas perguntamos muito sobre Paulo Frei-re. Ao longo de nossa entrevista, Luti falou sobre a criação do Instituto, suas lembran-ças do exílio na companhia de toda a famí-lia e sobre o legado do pai, claro. Falando em legado, ali o leitor pode encontrar um fac-símile dos manuscritos da Pedagogia do Oprimido (aliás, Luti nos confi denciou que Freire escreveu toda a sua obra à mão). Na biblioteca, local que o fi lho do educador escolheu para nos dar essa entrevista, há uma diversidade de livros: do romance latino-americano aos clássicos europeus, dos escritos de Karl Marx a uma edição gigante da Bíblia de Jerusalém. Isso refl ete o dono, pois Paulo Freire foi um cidadão do mundo. Prova disso é que metade dos que visitam o Instituto (a entrada é gratui-ta) são estrangeiros, intelectuais dos cinco continentes. Não é pra menos, pois Freire foi traduzido para cerca de 50 idiomas di-ferentes, incluindo bangladesh e coreano. Quem detém os direitos autorais de um escritor tão difundido? Luti relatou que após a morte de sua mãe, Freire se casou de novo, em março de 1988, nove anos antes de falecer. “Tudo que havia escrito até um dia anterior ao seu casamento fi cou sob a tutela de nós, os seus cinco fi lhos. A produção a partir desta data fi cou para a segunda mulher”. Mas Luti contou mais, como o período do exílio, os hábitos do pai e muito mais, como o leitor pode con-ferir na entrevista que segue:

Folha Universitária - O que é e como nasceu o Instituto Paulo Freire?

Lutgardes Freire – (com voz calma, pausada) Em 1991 meu pai fez uma

08 Entrevista

Luti, o filho do

educador do Brasil

Ele é o responsável

pelo acervo do Instituto Paulo Freire. Em meio

à riqueza de obras que o local guarda,

Lutgardes Freire recebeu a Folha

Universitária para revelar

fatos da vida e obra do pai

e desde 1995 que o Instituto existe aqui na Cerro Corá. Hoje somos muito mais que uma organização não-governamental. Temos a Casa da Cidadania, onde é trabalhada a questão da educação popular. (...) Esse Instituto cresceu muito, durante os anos noventa, quando meu pai ainda estava vivo, ele falou (apontando para o entrevistador) aí nesse lugar onde você está ele gravou vídeos e se encontrou com diferentes pessoas. Esse Instituto é memória dele.

F.U. - Falando em memória, a mor-te de Paulo Freire (em 02 de maio de 1997) foi muito repentina, não é?

L.F. – (demonstrando emoção e pausando ainda mais a voz) Foi. Foi súbita e pegou todo mundo de surpresa. (...) Meu pai nunca descansou. Na semana que ele morreu ele trabalhou na PUC dando aula. Ele deu aula na terça-feira e faleceu na sexta-feira. Meu pai realmente dedicou sua vida à educação. Por isso, o objetivo do Instituto não é só levar adiante o pensamento de Paulo Freire, mas também de reinventar Paulo Freire.

F.U. – Paulo Freire é o educador brasi-leiro de maior projeção internacional. Como ele lidava com essa fama?

L.F. - O meu pai dizia: ‘olha, eu não quero ser venerado, não quero ser visto como uma espécie de deus, ou como uma espécie de pessoa que sabe tudo. Eu gostaria apenas de ser reinventado’ (...).

F.U. - E como reinventá-lo?L.F. - Adaptando-o à realidade histórica. Ele sempre foi um homem que se preocupou com a História, sempre acreditou que o ser humano, o homem e a mulher, são sujeitos na História. E se são sujeitos da História, dizia ele, podem mudar a História (....). Esse local em que você se encontra, especifi camente, são os arquivos Paulo Freire. Após a morte dele, nós os fi lhos, decidimos doar ao Instituto toda a biblioteca dele. Livros que englobam desde a época do exílio até a morte. Estamos reinventando Freire.

F.U. - Qual era o método adotado por ele na hora de escrever?

L.F. - Escrevia tudo à mão. Nunca utilizou a máquina de escrever ou o computador. (rindo) Mas não porque ele tivesse alguma coisa contra, ou alguma aversão a esses meios tecnológicos. Muito pelo contrário. Paulo Freire foi um dos primeiros educadores a utilizar

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09

um projetor. Nos anos cinquenta (apontando para um ponto da sala) ele utilizou aquele projetor que você está vendo. Ele pediu ainda três mil daqueles projetores importados para a Campanha Nacional de Alfabetização que iria se inicializar pouco antes do golpe (de 64). (...) Infelizmente veio o golpe e papai foi preso. Mas ele dizia que toda a tecnologia deve ser usada em favor do ser humano.

F.U. - Quem é o principal frequen-tador do Instituto?

L.F. - Aqui atendemos desde as pessoas mais humildes até as mais intelectualizadas. Este é um local aberto, onde não se paga nada. Todo o nosso esforço é para realizar o sonho de Paulo Freire, que era mudar o mundo. Ele dizia: ‘O mundo não é, o mundo está sendo’.

F.U. - E vem muita gente do exte-rior?

L.F. - Vem, vem do Japão, da Índia, dos EUA, Canadá, México, Chile, Colômbia (....). Têm estudiosos que vem aqui para passar um mês com o único objetivo de estudar o pensamento de Paulo Freire e escrever uma tese ou dissertação. Há uma quantidade enorme de pessoas interessadas em conhecer o pensamento de Paulo Freire. Meu pai é conhecido na África, por exemplo. Eu fi quei espantado no primeiro Fórum Social Mundial, quando eu estava andando pelo corredor e um senhor africano, vestido com aquelas roupas belíssimas que eles usam, me disse: ‘eu conheço o seu pai. Eu sou do Quênia’. E meu pai nunca foi ao Quênia. Meu pai nunca esteve por lá (...).

F.U. - O seu pai tinha noção dessa difu-são do nome dele em todo o mundo?

L.F. - Sem dúvida. Tanto assim, que uma das idéias que ele tinha quando quis criar o Instituto era que, ao invés dele ir para o exterior, as pessoas viriam de lá para conversar com ele. Ele viajava muito e tinha uma agenda extremamente carregada. Eu me lembro que um dia eu estava bem aborrecido com ele e disse: ‘pai, você não tem tempo pra conversar conosco’. Ele disse: ‘meu fi lho eu sou uma pessoa internacionalmente conhecida. Por isso sou muito ocupado. Eu não

tenho tempo nem para conversar com essa mulher aqui que eu casei’. Imagina o fôlego que ele tinha de trabalho e de esforço (...).

F.U. - Seu pai tinha laços de amizades com a Marilena Chauí, o ex-presiden-te Fernando Henrique e o presi-dente Lula. O que ele pensava dessas personalidades?

L.F. - Ele amava a Marilena, era muito amigo e a admirava muito. Umas das pessoas que ele mais admirava nesse mundo era ela. Fernando Henrique frequentava a nossa casa quando morávamos no Chile, mas meu pai foi contra o governo do PSDB. Meu pai rejeitava totalmente o neoliberalismo defendido pelo presidente Fernando Henrique. Quanto ao Lula, meu pai acreditava muito nele, era muito amigo dele e o aconselhava (...). Ele disse certa vez que um dos homens que melhor lê a história brasileira é o Lula.

F.U. - Há pouco você mencio-nou a questão do exílio, no Chile. Quais são suas memó-rias dessa época?

L.F. - Eu era criança. Saí do Brasil com 5 anos de idade. O que eu acho terrivelmente injusto é que essa ditadura militar me impediu de

conhecer os meus avós, me impediu de conhecer os meus tios, me impediu de conviver com meus primos. Ou seja, me tolheu o direito de ser brasileiro. É claro que eu pessoalmente poderia ter voltado. O exílio não era contra mim, era contra o meu pai. Agora me diga, como é que eu ia morar no Brasil sem os meus pais? Como viveria sem a estrutura da família e com o medo que reinava em todos os brasileiros naquela época?

F.U. - Quanto tempo vocês fi caram exilados?L.F. - Ficamos dezesseis anos. Foi por isso que quando meu pai voltou ao Brasil e perguntaram o que ele pensava da educação brasileira, ele

disse: ‘olha, eu preciso reconhecer o meu país pra poder responder a esta pergunta’. Ele tinha uma visão clara de que a educação havia mudado muito ao longo

desses anos.

F.U. - Muitos exilados sofrem ao lem-brar da época do exílio. Caetano Velo-so, por exemplo, ainda chora quando relembra que foi obrigado a viver em Londres naquela época. Seu pai se sentia muito magoado por viver exi-lado?

L.F. - Não. Meu pai, até como forma de sobrevivência, tentava evitar isso. Ele dizia: ‘eu sempre tomei muito cuidado pra não sentir pena de mim mesmo’. Ele sempre tentou encarar a vida e, consequentemente o exílio, como um desafi o, um lugar de trabalho e uma possibilidade de vida. Ele não se amargurava nem culpava os militares. É claro, que era difícil. Imagine você que em 1977, quando nós morávamos em Genebra, na Suíça, a minha avó faleceu e meu pai não podia voltar ao Brasil. Então, imagine o que é isto. É uma dor enorme, você perder sua mãe e ainda não poder ir ao velório. Isso é uma injustiça. Foi extremamente doloroso para os meus pais. (mais uma vez demonstrando forte emoção) Mas tem uma frase do meu pai que resume tudo isto: ‘eu sou um esperançoso por teimosia’.

F.U. - Imagino que uma coisa que to-dos os exilados do Brasil reclamam é da impunidade garantida a todos os torturadores e envolvidos no golpe.

L.F. - Muitas pessoas sofreram na cadeia, foram barbaramente torturadas e humilhadas. A própria Dilma Rousseff foi torturada. Este é outro problema do nosso país. Esse problema ainda não resolvido é um dos entraves da democracia em nosso

país. O Chile fez o julgamento dos seus ditadores e torturadores, o Brasil ainda não fez isso. Meus pais sofreram muito, mas as pessoas que fi caram aqui no Brasil e lutaram contra a ditadura sofreram muito mais que nossa família.

F.U. - Luti, seu pai morreu, mas a obra dele permanece para a poste-ridade. Então, quero terminar nos-sa entrevista lhe perguntando que trabalho você destaca nessa galeria que, se não me engano, somam 27 obras publicadas só no Brasil.L.F. - (dando um suspiro e um longo ah!) Olha, eu acho mais interessante Pedagogia da Autonomia. Pra mim ele resume o pensamento do meu pai, principalmente porque, de uma maneira humilde, ele oferece 27 saberes para os professores adotarem na escola. 27 saberes para ensinar e aprender. Para o meu pai, aquele que ensina aprende com aquele que está aprendendo. E aquele que aprende também ensina àquele que está ensinando.

Acima, Luti no acervo do Instituto Paulo Freire.Abaixo, com o pai, em 1969, durante o período de exílio

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10 Reportagem da Semana

Possível ancestral

humano desenterra

a discussão evolutiva

A descoberta do Ardipithecus Ramidus, popularmente conhecido como Ardi, levanta mais dúvidas sobre a origem do homem

Por Manuel Marques

Uma nova informação ocupou vasto espaço na mídia de todo o mundo do mês passado para cá. Uma investigação inten-siva levou à descoberta de um esqueleto feminino que os estudiosos dataram de 4,4 milhões de anos, chamado Ardipithe-cus Ramidus (já popularizado nos meios de comunicação como Ardi). Os estu-dos tiveram início no deserto da Etió-pia há 17 anos e foram publicados na conceituada revista Science. Os cien-tistas que fi zeram a descoberta têm a pretensão de que ela inaugura um novo capítulo na teoria que prega a evolução humana. Esse novo capí-tulo exclui a velha crença de que o homem evoluiu a partir de um chimpanzé pré-histórico.

Um dos responsáveis pelo estudo de Ardi, o biólogo evo-lucionário C. Owen Lovejoy, dá a seguinte informação na mesma edição da revista: “A recente anatomia que descre-vemos em nosso trabalho altera fundamentalmente nossa com-preensão das origens humanas e sua antiga evolução”. Em dois do-cumentários que o Discovery Channel desenvolveu desde 1999, exibidos pela primeira vez em todo o mundo no mês passado, é dito o seguinte: “A descoberta de Ardi contradiz um conceito tão difundido que as pessoas presu-miam ser verdadeiro: desde o início consideramos tanto os chimpanzés quanto os gorilas como nos-sos possíveis ancestrais comuns. Agora não pode-mos mais fazer isso”.

Num outro ponto do fi lme há um depoimento mais incisivo do cientista Tim White, co-diretor do projeto e paleontólogo do Centro de Pesquisas em Evolução Humana da Universidade da Califórnia. Nessa fala ele informa que Ardi não descende, nem é um chimpanzé: “Ele é o que costumávamos ser. Desde Darwin nós compramos a idéia de que os se-res humanos evoluíram a partir de criaturas pareci-das com um chimpanzé. Isso ocorreu porque mui-tos chimpanzés modernos pareciam compartilhar traços anatômicos e de comportamento com o ser

humano. Então, a idéia de que evoluímos a partir de algo parecido com eles pare-cia plausível. Mas agora, a descoberta de Ardi mostra que essa teoria está total e completamente errada”, afi rma. E fi -naliza: “Esse primata que encontramos é único e inesperado, que ninguém po-deria ter imaginado até encontrarmos o esqueleto”.

Certezas ou incertezas?

Até que ponto nós devemos crer nessa descoberta? Já que a idéia do chimpanzé foi um equívoco, quem garante que Ardi também não seja? Como foi possível ma-pear os fragmentos desse esqueleto e deter-minar que se trata de um antepassado do ser humano? A resposta vem de uma autoridade no tema: “São utilizadas, principalmente, ca-racterísticas morfológicas do esqueleto para se dizer que um fóssil pode ser antepassado do homem. As características morfológicas observadas em Ardipithecus mostram seme-lhanças e diferenças entre o homem e os chimpanzés. Por exemplo, os caninos su-periores de Ardi eram mais parecidos com

os pequenos e grossos dentes de humanos modernos do que com os grandes e afi ados

caninos de chimpanzés machos. Suas mãos e pu-nhos eram uma mistura de características primitivas e modernas, mas não possuíam marcas característi-cas dos modernos chimpanzés e gorilas”, explica a paleontóloga Juliana de Moraes Leme, pós-doutora no tema e professora do Instituto de Geociências da USP.

Num primeiro momento, essa descoberta pare-ce contradizer as duas teorias mais difundidas so-bre a origem da humanidade: criacionismo e evolu-cionismo. A professora Leme, que é evolucionista como os seus colegas que realizaram a descoberta, nos lembra que Ardi ratifi ca a Teoria da Evolu-ção. “O pesquisador Tim White, inclusive, lembra que Charles Darwin foi cauteloso sobre o último ancestral comum entre humanos e macacos. Essa descoberta não contradiz a evolução de maneira

nenhuma”, explica. E conclui: “Esses artigos mostraram que Ardipithecus pode esclarecer uma nova etapa na evolução do homem”.

A voz discordante vem do geólogo do

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11

Saiba mais:

Leitor, nesta semana você pode ver a íntegra de quatro entrevistas sobre a descober-ta de Ardi, além de pontos de vistas discordantes, acessan-do nossa página www.unban.br/folha. Há ricos depoimen-tos como o do geólogo Nahor Neves, da paleontóloga Juli-ana Leme, do biólogo Roberto Azevedo e do jornalista cientí-fico Michelson Borges.

UNASP, que também se doutorou pela USP, Nahor Neves de Souza. “No que diz respeito aos fósseis com milhares de anos, ou não mineraliza-dos, o procedimento frequentemente adotado refere-se à datação ou teste com Carbono 14. A confi abilidade deste método, normalmente utilizado pela Arqueologia, tem sido contestada, tendo em vista a absorção seletiva do próprio Carbono 14 por diferentes se-res, resultando em idades não reais”, contesta. E completa: “Ardi caracteri-za-se como mais um episódio, dentre outros já abandonados no contexto, de uma sequência forjada, onde símios e humanos extintos são dispostos, ar-tifi cialmente, de tal maneira a confi gu-rar uma série de etapas da presumível evolução humana”, afi rma.

O cientista evolucionista doutor Diogo Meyer, do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Ins-tituto de Biociências da USP, é uma das maiores autoridades brasileiras sobre evolucionismo. Ele discorda do doutor Nahor e explica que o achado Ardi é em si fruto de pesquisa evo-lutiva. “O grupo que o descreveu é voltado para o estudo de evolução humana. A própria forma como eles interpretam o fóssil é feita num con-texto evolutivo. As perguntas que fazem são: de quem esse animal é parente? Que mudanças evolutivas ocorreram em sua linhagem? Como a origem evolutiva da nossa espécie é explicada a partir desse achado?”, relata. E completa: “Hoje em dia a evolução é aceita, os novos achados são interpretados à luz da evolução, e não examinados como evidência, a favor ou contra”.

Para o doutor Meyer, questionar a Teoria de Evolução é uma idéia tão absurda quanto algum historiador, debruçado sobre textos que tratam de D. Pedro, se perguntar: esse tex-to é a favor ou contra a idéia de que os portugueses colonizaram o Brasil? “Ora, a própria presença de D. Pedro, assim como uma multidão de outros fatos, já nos atestam que os portu-gueses colonizaram o Brasil. O que o historiador quer saber é mais sobre

Aman

a Sa

lles

como essa colonização se deu, sobre aspectos da biografi a de D. Pedro. O Ardi trás muitas novidades e que é consistente com a teoria evolutiva, e pode e deve ser interpretado à luz dela”, conclui.

Já o cientista criacionista, o biólo-go Roberto de Azevedo, diz que essa descoberta não acrescenta muito à ciência. “Na realidade não muda pra-ticamente nada, porque o Ardipithecus já era conhecido”. O professor con-testa outro ponto: as análises para de-terminar a idade do fóssil não foram realizadas nos restos do esqueleto de Ardi, mas no material rochoso ao re-dor. De acordo com a teoria criacio-nista, a terra já existia antes da criação do homem. Os seres vivos só foram criados na semana literal da criação. Neste caso, as rochas já existiam des-de o princípio (um período extenso). “No mínimo, é preciso ter cautela com respeito a essa datação de Ardi,

O biólogo teve o cuidado de ler os artigos da revista Science. Ele relata que se deparou com algumas contra-dições na informação. “As mãos e os pés seriam adaptados para um ser ar-borícola, que se pendurasse em galhos das árvores do bosque. Apesar disso, imaginam que seria bípede. Em vez de ser um ancestral chimpanzé-humano, poderia ser ancestral do Australopithe-cus, do qual teria originado o gênero Homo. Mas Tim White está em dúvi-da porque Ardi não evoluiu muito na direção do Australopithecus. Em outro momento ele imagina também que poderia ser um mosaico. Note bem que de um lado há uma frustração, e de outro, confusão e dúvida”, explica o professor. E conclui: “Por isso deve-mos ter cautela. Os dados são incom-pletos. Esta descoberta não acrescen-ta muito no quadro atual da confusa e frágil proposta evolutiva imaginada por evolucionistas renomados”.

O jornalista científi co Michel-son Borges, autor de inúmeras obras importantes, entre as quais Por que Acredito e A Origem da Vida, tem uma história curiosa. De evolucionista ra-dical e cético se tornou criacionista fervoroso. Ele era naturalista fi losófi -co (uma espécie de ultradarwinista) e conta que a fé nos escritos de Darwin despencou quando se deparou com o que chama de graves insufi ciências epistêmicas. Ele se mostra descrente e endossa as palavras do professor Azevedo quando fala de Ardi, achado que ele defi ne como uma espécie de fantasia especulativa: “Basta compa-rar a capa da revista Science, na qual estão os ossos da Ardi e o desenho feito a partir dos fragmentos fósseis. A maioria dessas reconstituições ar-tísticas se baseia em fragmentos fós-seis e muita imaginação. Mesmo um leigo percebe isso. Dez especialistas diferentes produzirão dez imagens diferentes. Depois é descrito o pro-cesso de preparo da imagem em pro-gramas de computador, num proces-so bem parecido com a modelagem de animações usadas em fi lmes como Homem-Aranha”, alfi neta.

Para Michelson, o maior anseio dos seguidores de Darwin é cons-truir um modelo naturalista da nossa origem tão realista que convença a

todos de que os primatas realmente foram nossos ancestrais. Michelson vislumbra ainda outro motivo para a divulgação de Ardi no mês passado. Motivo que não tem nada de cientí-fi co: “É bom lembrar que o estudo de Ardi vem sendo realizado desde que os primeiros ossos foram desco-bertos, em 1994, mas foram conve-nientemente divulgados exatamente no ano de Darwin. Não creio que seja coincidência”, alerta. E relembra: “Só que essas atitudes precipitadas podem ser arriscadas. Tome como exemplo outro fóssil divulgado com estardalhaço pela mídia: o Darwinius masillae ou Ida. O fóssil pertencia a um colecionador havia mais de 20 anos, mas só veio a público - veja que coincidência! - exatamente no ano de Darwin. Nesse período, deu tempo de criar um site, publicar um livro e produzir um fi lme. Tudo em segredo, por dois anos. Só que um grupo in-dependente de cientistas analisou o fóssil anunciado como o elo perdido da evolução humana e chegou a uma conclusão não muito empolgante: o bicho é provavelmente apenas um primo antigo dos lêmures”, fi naliza.

Será este o caso de Ardi? Essa descoberta pode de fato revelar nossa origem? Até que ponto ela é real, até que ponto é imaginária? Só o tempo e a ciência não especulativa darão as respostas corretas.

nessa afi rmação categórica de 4,4 mi-lhões de anos. E isso sem contar mui-tos exemplos de vulcanismo recentís-simo, onde as datações são de milhões de anos, mas os eventos ocorreram nos séculos 19 e 20, como na erupção de Santa Helena, nos EUA, e Kilawea, no Havaí”, ironiza.

Outro ponto ironizado pelo cien-tista é a cobertura feita pela impren-sa brasileira. Para ele, os leitores são pouco informados e não há o outro lado. “Nessa cobertura ocorreu o que em geral acontece com uma impren-sa dominada pelo pensamento único, evolucionista. Aqui no Brasil, pode-mos observar dois grandes jornais com títulos chamativos. Na Folha: ‘Grupo acha o mais antigo esqueleto de ancestral humano’, e no Estado: ‘Fóssil revela a origem do homem’. No mesmo artigo Tim White declara: ‘não é ainda o ancestral comum’. Ou seja, os artigos estão contradizendo os títulos dados pelos jornais, indu-zindo os leitores ao erro. Pode ser descuido. Se foi proposital, esses títu-los são falsos, mentirosos”.

O biólogo dr. Diogo Meyer

Roberto Azevedo, biólogo

O jornalista científico Michelson Borges

Doutor Nahor Neves, geólogo

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Por Karen Rodrigues

Para compartilhar com cirurgiões dentistas, docentes, pesquisadores da área e alunos o que há de mais moderno na pesquisa odontológica de biomateriais na área de adesivo, o Grupo de Estudos em Odontologia (GEO) da Pós-Gra-duação da UNIBAN promoveu no dia 16 de novembro, no campus Maria Cândida, o curso “New Developments in Adhesive Dentistry” – “Adesividade em Odontologia”, que contou com a presença do Prof. Dr. Lorenzo Breschi, especialista mundialmente renomado e pesqui-sador em adesividade em Odontologia pela Uni-versidade de Trieste, na Itália.

Breschi tem mais de 150 trabalhos publicados nos melhores periódicos internacionais. Além disso, atua intensamente na pesquisa dos aspec-tos ultraestruturais do esmalte e dentina e nas interações com os sistemas adesivos modernos.

12 UNIBAN Brasil

Odonto convida pesquisador internacional para reforçar ensino

O palestrante falou sobre a degradação da dentina. Disse sobre um novo protocolo que está sendo estudado a respeito do tratamento da den-tina com a cloraxidina, um bactericida muito po-tente. As pesquisas realizadas em todo o mundo têm mostrado que quando se trata a dentina com esse produto, ela inibe as metaloproteinase que são proteínas que participam do processo de de-gradação dessa estrutura. Então uma das grandes novidades é essa atuação da cloraxidina sobre a metaloproteinase garantindo uma união mais es-tável do procedimento adesivo com a estrutura dental.

O coordenador do GEO, Prof. Dr. Ca-millo Anauate Netto, explica que a área de ade-sividade é a mais estudada hoje, porque ela revo-lucionou a odontologia moderna. Ele conta que todas as especialidades da odontologia utilizam esse conceito. “Outrora as preparações das cavi-dades no tratamento terapêutico da cárie, além de remover o tecido cariado, nós precisávamos fazer uma caixa, uma cavidade geométrica para que o material restaurador pudesse fi car dentro da ca-vidade, exercer a função mastigatória sem se sol-tar e sem apresentar infi ltrações. Com o conceito de adesivos, nós conseguimos fazer preparação de cavidades extremamente conservadoras. En-tão hoje, basicamente nós só removemos a cárie, fazemos um acabamento no esmalte e integra-mos o material restaurador. Com a nova família de adesivo, nós conseguimos infi ltrar a estrutura dental com materiais adesivosos fazendo com que a restauração faça parte da última estrutura do dente”.

O docente ainda comenta que este material entra no colágeno e se integra de uma forma in-separável. “Isso nos traz muitos benefícios. Pri-meiro se desgasta menos o dente no momento de fazer uma preparação. Segundo as chances de infi ltração são muito menores, visto que a restau-

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ração está dentro da boca, da cavidade bucal que tem o desafi o ácido da boca, os microorganismos etc. É um material que revolucionou a odontolo-gia e possibilitou o exercício de uma odontolo-gia conservadora. Então hoje o que se trabalha e parte do que o professor Breschi veio falar é a respeito da longevidade das restaurações”.

Na opinião do coordenador do GEO, o even-to agrega valor tanto para a pesquisa, quanto para a graduação. Estiveram presentes 190 pessoas, dos quais quase 100 eram estudantes da gradu-ação. “Estamos colocando-os em contato com que se faz de mais moderno com a odontologia no mundo. Estes estudantes, quando vão à clíni-ca fazer o atendimento clínico do seu paciente, ele consegue linkar a prática profi ssional com o embasamento científi co. Aqui nós estamos ten-tando formar profi ssionais que não façam proce-dimento de forma automática, porque se mudar o paciente, quem não tem o embasamento cien-tífi co forte não saberá como proceder. Então o que nós temos forçado aqui é isso, trazendo esses pesquisadores reforçam aquilo que a gente fala em sala de aula e sempre mostra outra motivação, com outra atualidade o que se faz em pesquisa no mundo”

Professor Camillo afi rma que isso tem dado muito certo. Tanto que o curso de odontologia recentemente avaliado pelo INEP, na avaliação in loco teve conceito 5. “Hoje não existe curso de graduação em odontologia de escola particular no estado de SP que tenha conceito igual o nos-so. Esse é um dos pontos que nos ajuda, um dos pontos que agrega valor pro nosso curso. Além dos laboratórios modernos que nós temos na clí-nica odontológica e o excelente corpo docente que tem quase 100% de mestres e doutores. Cada um fazendo a sua parte, nós vamos construir um curso de odontologia modelo no país. Esse é o nosso objetivo”, conclui o doutor.

O especialista italiano Dr. Lorenzo Breschi, da Universidade de Trieste, promoveu curso sobre Adesividade em Odontologia para alunos do curso

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Por Isabelle de Siqueira

Apesar de o Brasil ser um país onde se lê pouco - em torno de 4,7 livros/ano - uma nova safra de escritores está movimentando o mercado editorial. Eles participam de saraus, disponibilizam seus textos em meios alternativos e esbanjam talento. Marcelo Nocelli é um deles. Aluno da UNIBAN e conhe-cido entre a turma de Letras do campus Marte, já produziu diversos contos, crônicas e dois romances.

Em entrevista à Folha Universitária, ele fala sobre a sua trajetória e surpreen-de ao dizer que começou a narrar antes mesmo de apreender a ler. É que ainda muito pequeno ganhou da mãe alguns gibis do Mauricio de Sousa e, como nem sempre tinha um adulto disposto a ler para ele, inventava as histórias de acordo com o que via nos quadrinhos.

Já na adolescência... “Aos doze anos ganhei uma coleção do Sítio do Pica Pau Amarelo e na maioria das vezes eu não concordava com o fi nal, então as reescrevia da minha maneira. Para alterar o curso da história era preciso intervir de alguma forma e para isso eu criei um personagem, o Marcelinho, que surgia como um amigo urbano dos personagens de Monteiro Lobato. Depois passei a escrever poemas, na maioria das vezes, dedicados às meninas da escola. Mas não tinha coragem de mostrar”, revela.

O fato é que Nocelli cresceu inventando histórias. E continuou escrevendo. Hoje, aos 36 anos, já tem dois romances publicados. O primeiro, Espúrio, foi lançado em 2007. Já o segundo, O Corifeu Assassino, está nas prateleiras das

Nova geraçãodas letras

Saiba mais:

Quer saber mais sobre o aluno escritor? Então visite o site: www.marcelonocelli.com.br e acesse o seu blog, onde vemos textos, fotos e muito mais.

Marcelo Nocelli, aluno do curso Letras da UNIBAN e autor de contos, crônicas e romances, lança seu novo trabalho: O Corifeu Assassino

livrarias a pouco menos de um mês. A nova obra é um romance policial que mistura fi cção e realidade. A história se passa paralelamente nas cidades de São Paulo e Teresina (PI) em tempos atuais, mas com os vultos históricos dos anos 90, que culminaram na saída do presidente Collor do poder e na morte do em-presário PC Farias.

As referências dele? Várias. As principais são nomes já conhecidos na lite-ratura brasileira, embora também haja admiração por autores iniciantes. “Se fosse mencionar todos os autores, teríamos páginas e mais páginas de nomes. Mas é impossível não citar Machado de Assis, Graciliano Ramos e Drum-mond na poesia. Admiro muito Milton Hatoum. Me arrisco a dizer que é o grande nome da nossa literatura hoje. Também gosto de ler autores que ainda não foram publicados, que mostram seus textos em saraus ou publicam em antologias de maneira independente”.

Já a sua inspiração está no dia a dia. “Minha inspiração está nos pequenos en-contros e desencontros da vida. Normalmente as idéias surgem de algo que vi ou que vivi. Algumas histórias que amigos contaram, ou até mesmo um conversa que ouço no bar. Às vezes andando pela rua vem uma lembrança que gera um conto. A ideia inicial, em si, não é o problema e sim o depois, como trabalhar e ordenar as informações, experiências e vivências das situações”, conta Nocelli, que fi naliza dizendo que para escrever é preci-so tempo, paciência e dedicação.

fotos: Amana Salles

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Vende-se Peugeout 206, Rally 2001, 1.6, 8v, vermelha, completo, doc. Ok. Valor: R$ 15.500,00. Claudemar. Tel.: 8558-2846. Vende-se Prisma Max, 1.4, 07/08, 30 mil km, vermelho, direção hidráulica, ar quen-te, desem. traseiro, insulfi lm, MP3 player. Valor: R$ 25.000,00. Nilton/Neuza. Tel.: 4479-7130. E-mail:[email protected]

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15Classificados

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17Cultura

Por Manuel Marques

A história é relativamente simples e narra as peripécias de uma menina chamada Alice. A pequena cai numa toca de coelho e vai parar num lugar fantástico, povoado por criaturas estranhas, mas com hábitos muito similares aos dos seres humanos. Ao longo do texto nos deparamos com brincadeiras e enigmas lógicos. Parece sim-ples, não é leitor? Mas não é. E prova disso é que, em 1998, a primeira impressão do livro Alice no País das Maravilhas foi leiloada por 1,5 milhão de dólares. Essa obra foi fundadora de um novo jeito de história, o surrealismo, e tem uma enorme

importância literária, sendo ao mes-mo tempo uma narrativa infantil, porém com uma mensagem subli-minar que gera debates fi losófi cos até os nossos dias. Essa introdução, leitor, não é pra falar do clássico de Lewis Carroll, mas de uma exposi-ção baseada nela: Um Mundo Sem Medidas, em cartaz no MAC até 31 de janeiro do ano que vem.

Falando em Alice, são dois coelhos mortos numa única caja-dada. Este é o Ano da França no Brasil. As 53 telas da mostra são de artistas franceses. E mais: a curadoria da exposição é da crí-tica de arte francesa Valérie Mar-chi, que se inspirou no clássico de Carrol para selecionar foto-grafi as, pinturas, desenhos, escul-

turas e projeção de variados artistas franceses. Bem à moda do surrealismo, a mos-tra traz obras em escalas discrepantes, que confundem o público, seja por meio de registros dos gigantescos e coloridos chicletes mascados que invadem Veneza, ou nas imagens em preto e branco de autorretratos de dimensões minúsculas (como na capa da Folha Universitária da semana passada). E exatamente como ocorre com o romance de Carrol, o expectador perde as certezas do cotidiano.

Para a curadora, a mostra convida o visitante a perder-se no espaço expo-sitivo, onde as coisas são o que não aparentam “devido às dimensões e jogos de escalas das obras. As obras expostas são sustentadas tanto por contos de fadas como de sonhos, medos e fantasmas da infância. O caráter onírico e lúdico desses trabalhos oferecem diversas leituras tanto para adultos como para as crianças”, afi rma Marchi.

Nem tudo é

Exposição: Um Mundo Sem Medidas, no MAC, revela a importância da compreensão lúdica do mundo em obras de artistas franceses

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o que parece

Há muita coisa a ser vista e destacar um único ponto pode ser injusto. Na série de fotografi as, por exemplo, há representações da natureza: pedregulhos, águas pa-radas e vegetação selvagem. A presença humana é revelada através de uma menina de ar enigmático, sem ter muita noção do que faz ali. Pergunto ao leitor, esta não é claramente nossa condição no mundo? O labirinto da alma também é explorado: a artista Gabriela Vanga faz uma re-leitura de um desenho animado da Warner Bros inserindo uma frase (de Carrol), que é projetada através de um buraco de fechadura. De acordo com a própria artista, o trabalho tem como objetivo revelar o potencial criativo do imaginário. “Ela coleta os mundos interiores de cada um, os consigna em sua memória, para em seguida libertar e contar, à sua maneira, momentos da vida”, explica a curadora.

Há muito mais: choque de dois mundos, o dos homens e o do reino animal. Há ainda um conjunto de obras que falam da impotência do homem frente às forças da natureza (com uma dose de surrealismo como o aparecimento de um rato gigante), fotografi as com intervenções espaciais, como quando um gelo vira um iceberg, ou um polvo aparece como um monstro gigante. Há muito mais, pois são inúmeros artistas. Todos eles franceses: Agnès Accorsi, Simone Decker, Jeremy Dickinson, Jean-François, entre tantos. Mais que uma homena-gem ao Ano da França no Brasil, uma coisa é certa: depois desta exposição, o leitor sairá com a certeza de que nem tudo é o que parece, ou então concordará com o que escreveu Shakespeare na famosa frase de Hamlet: “Há mais segredos entre o céu e a terra do que sonha nossa vã fi losofi a”.

Saiba mais:

Mostra: Um Mundo Sem MedidasLocal: MAC USP Rua da Reitoria, 160

Curadoria: Valérie MarchiAté 31 de janeiro de 2010.

Horário de funcionamento: terça a sexta das 10 às 18 horas, sábados, domingos e feriados das 10 às 16 horas.

Entrada gratuita.Classifi cação: livre

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19Entretenimento

CRUZADASTV UNIBAN

Destaques da Semana de 23/11 a 29/11

São Paulo - canal 11 (NET); São Paulo - canal 71 (TVA); Osasco - canal 20 (NET Osasco); ABC - canal 18 (Net ABC).

Palestra UNIBANPalestrantes: Senador Eduardo Suplicy. Tema: A Missão da Educa-ção do Contexto Cultural, Político e Econômico (partes 01 e 02). CNU/SP: 5ª – 22h / 6ª – 14h.

Revista UNIBANProfessor de Educação Física escritor / 2º. Encontro de Hotelaria / Semana Selvagem / Palestra Senador Eduardo Suplicy. CNU/SP: 2ª – 12h / 3ª – 6h / 4ª – 19h / 5ª – 4h e 16h / 6ª – 12h / Sáb. 9h.

P2O Maracatu é mistura das culturas africana, indígena e européia. Integrantes do tradicional grupo de Maracatu Ilê Aláfi a falam so-bre essa tradição. CNU/SP: 2ª – 19h / 4ª – 21h / 5ª – 2h30 e às 10h / 6ª – 4h / Sáb. - 6h30 / Dom. - 12h.

UNIBAN DiscuteO Professor Armando Rezende explica o que é ansiedade e stress, quais suas diferenças, sintomas e como podemos nos prevenir para não sermos afetados por estes males. CNU/SP: 2ª – 21h / 5ª – 1h e 19h / Sáb. – 12h.

Concorra ao livro O Corifeu Assassino, do aluno do curso de Letras, Marcelo Nocelli. Basta acessar o hotsite da Folha Universitária (www.uniban.br/folha) e clicar no link “Promoção”. Depois pre-encha os dados corretamente junto com o título da obra. O nome do ganhador(a) sai na próxima edição.

PROMOÇÃO

Resultado da PromoçãoA pergunta da semana passada foi a seguinte: A escritora cubana Yoani

Sánchez escreve num dos blogs mais visitados do mundo. Como ele se cha-ma. Acertou quem assinalou alternativa c) Generación Y. Quem ganhou o livro De Cuba Com Carinho é a aluna Emillyn Procópio Xavier, do curso de Fisioterapia do campus Campo Limpo (CL).

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28/11SISTEMA EDUCACIONAL UNIBAN

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