Upload
biblioteca-esrda
View
216
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
8/19/2019 Folheto Biográfico - Albert Einstein
1/2
Escola Secundária Rainha
Dona Amélia
O ano de 1905 tem sido associado à expres-
são annus mirabilis, no domínio da Física, pois,
é o ano em que Albert Einstein publicou as suas
descobertas sobre o efeito fotoelétrico, o movi-
mento Browniano e a Teoria da Relavidade
Restrita, além da famosa equação E = mc2. São
cinco argos, colevamente chamados "argos
do Annus Mirabilis". O primeiro, desses cincoargos, é sobre o efeito fotoelétrico, descober-
ta responsável pelo Prémio Nobel que lhe foi
atribuído em 1921, mas pouco conhecida pelo
grande público, que associa inevitavelmente
Einstein à Teoria da Relavidade. Para além dos
seus postulados, nomeadamente o que se refe-
re à invariância da velocidade da luz, o aspeto
mais marcante da Teoria da Relavidade Restri-
ta, publicada no segundo argo do Annus Mira-
bilis, prende-se com a contração do espaço e a
dilatação do tempo, em referenciais inerciais. Oconhecido paradoxo dos gémeos ilustra bem a
dilatação dos tempos. Uma consequência muito
importante da relavidade é a relação entre
massa em movimento, M, e energia, E, dada
pela equação E = mc2, ou seja, uma dada massa
m de um corpo em movimento pode transfor-
mar-se em energia. Esta equação permiu en-
tender a enorme quandade de energia liberta-
da na ssão nuclear e que levou à possibilidade
de se fabricarem armas nucleares. Mais tarde,
mais precisamente, no ano de 1915, surgiu aTeoria da Relavidade Geral que trata de ques-
tões gravitacionais e cosmológicas. Durante o
eclipse solar de 1919, observações realizadas
em Sobral, no Ceará e m S. Tomé e Príncipe
comprovaram a teoria de Einstein, segundo a
qual o campo gravitacional deveria provocar a
curvatura da luz.
No dia catorze de Março de 1879 nascia na
Alemanha um dos maiores génios da Humani-
dade, Albert Einstein. Este sico alemão atra-
vés das suas descobertas e teorias proporcio-
nou-nos uma nova visão sobre os conceitos de
energia, massa, tempo e espaço. Uma das suas
teorias ciencas mais importantes e conheci-
da é a Teoria da Relavidade. Atualmente, em
pleno século XXI, há enigmas, nascidos das
suas ideias, ainda por desvendar, nomeada-
mente relacionados com o Universo, desde a
parcula mais ínma até ao imensamente
grande, a descoberta de planetas com vida
noutros Sistemas Solares, assim como desco-
brir algo com uma velocidade superior à luz. É
interessante vericar que Albert Einstein, com
a sua inteligência sublime, abriu a porta para
todas estas questões, provocando uma revolu-
ção na mente humana, na
forma como olhamos o mun-
do que nos rodeia e na ques-
tão do lugar que o Homem
ocupa no Universo!
Folheto Biográfico
Entre 1911 e 1921 terá uma bem sucedida carreira aca-
démica, sendo professor nas universidades de Praga e
Berlim e na Academia Prussiana de Ciências. Entre 1911 e
1921 terá uma bem sucedida carreira académica, sendo
professor nas universidades de Praga e Berlim e na Aca-
demia Prussiana de Ciências. Albert Einstein tornar-se-ia
um ciensta famoso, célebre, usando o seu reconheci-
mento público para promover a defesa daquilo que para
ele era muito importante, a paz e o desarmamento dos
países. Como ele próprio constatou, a divisão do átomo é
bem mais fácil de obter que a eliminação da estupidez
humana. A parr de 1933, tudo seria pior. Com o Nazis-
mo em ascensão, o ritual da loucura saiu à luz dos dias
com os seus fundamentalistas de ocasião. Sairia da Ale-
manha para os Estados Unidos, onde em 1940 se tornaria
cidadão americano e também do mundo que ajudou a
compreender no seu aspeto mais fascinante. Na úlma
fase da sua vida, procurou unicar a teoria da gravitação
(teoria da relavidade geral) com o eletromagnesmo.
Os seus estudos sobre a energia e a matéria, que ajuda-
ram na construção da bomba atómica, marcaram esse
momento fatal para a consciência humana. A sua carta
de 1939 a Roosevelt foi só mais um sinal de uma dignida-
de preocupada com o Homem e pelo misterioso e des-
lumbrante universo que todos podemos senr e contem-
plar.
______________________________________________
É fácil de compreender. Veja: o universo é irresisvel.
Constui uma autênca sedução. É belo,se esta palavra ainda tem sendo nestes
espaços incomensuráveis. Ele encerra em
si toda a beleza. Cruelmente, sempre que
o olhamos, reduz-nos sem cessar à nossa
insignicância. Esmaga-nos. E, no entan-
to, ao acolher -nos, amplia-nos.
8/19/2019 Folheto Biográfico - Albert Einstein
2/2
14 de março (1879) nascimento de Albert EInstein
A percepção do desconhecido é a mais fascinante
das experiências. O Homem que não tem os olhos
abertos para o misterioso passará pela vida sem
ver nada. ( Jean-Claude Carrière. (2006). Entrevista
a Einstein. Lisboa: Quetzal.)
Temos por ele um imensa admiração. Raros terão
ousado compreender os fundamentos do Universo
de uma forma tão inteligente e humana. Viveu,
como nasceu, determinado, na inquietação do
pensamento, na dúvida das ideias feitas onde a
imaginação alimenta o mistério da vida. Ficou para
o Tempo, nessa dimensão que ele procurou alte-
rar, como aquela gura de cabelo esbranquiçado,
ar lunáco, capaz de comover muldões pela sua
inteligência, mas também pela sua loucura. A queprocura campos novos, ideias generosas que deixe
como herança na matéria, a nossa parcular aven-
tura. Este Homem cou ligado ao momento zero
da loucura humana, quando a energia revelou toda
a sua inegável amargura em Hiroxima. E, no entan-
to, era um pacista, dava-se mal com paradas, or-
dens e sistemas organizados de verdades imutá-
veis, onde os princípios não se discutem. Percorreu
o mundo com o mesmo talento que o vento o faz,
com a ciência de compreender tudo o que o ro-deia, na descoberta de tudo receber desse univer-
so que quis compreender, como um desenho im-
perfeito e inacabado, sempre em construção. Eins-
tein trabalhou fazendo do seu estudo o rascunho
do mundo. Este Homem era um omista, sempre
à procura de uma linguagem fora dos sendos que
saiba interpretar o Universo cada vez de uma for-
ma mais esclarecida, nas suas constantes de beleza
E, para lá de todos os relógios, a grande plata-
forma do tempo estende-se a todo o universo,
impondo a todos por igual as leis da temporali-
dade. Neste mundo, um segundo é um segun-
do—é um segundo. O tempo avança com regu-
laridade irreprimível, exatamente à mesma
velocidade em todos os pontos do espaço. O
tempo é o governante innito. O tempo é abso-luto.
Alan Lightman (199). Os sonhos de Einstein.
Porto: Asa, pág. 25.
Quando um pensamento percorre incessante-
mente o universo, quando se aventura e se per-
de em distâncias incomensuráveis, na innidade
dos possíveis, e se volta por um momento a m
de xar nas minúsculas querelas da Terra, rei-
vindicações de fronteiras, possessões, insultos e
ameaças (...) um nacionalismo estreito, mesqui-
nho, que nos deixa paralisados, o que dizer?
Como reagir, no regresso das estrelas?
Jean-Cluade Carrière, (2006). Entrevista a Eins-
tein. Lisboa: Quezal, pág. 42.
«Não quero ser um génio (...) já tenho problemas
sucientes ao tentar ser um homem» (Jean-
Claude Carrière. (2006). Entrevista a Einstein.
Lisboa: Quetzal.)
É de um génio, consistente e imenso, um grandepensador, um Homem, que aqui lembramos nos
cento e trinta e sete anos do seu nascimento.
Einstein interessou-se pela ciência, desde muito
cedo, e foi em Munique, na fábrica do pai, que
entrou em contacto com as máquinas eléctricas.
A descoberta pelos livros onde se divulgavam as
ideias ciencas da época, e a relava práca da
conssão judaica abriram-lhe as portas para a
descoberta e fascínio pela descoberta de um mo-
do racional de observar o mundo.
Era determinado no estudo, mas apenas naquilo
que o entusiasmava. Em 1815 vai viver para Itá-
lia, sendo no ano seguinte admido no Instuto
Politécnico de Zurique. Dedica-se à experimenta-
ção de ideias no laboratório, ao estudo dos li-
vros, faltando às aulas que considerava pouco
actualizadas, o que lhe criará diculdades futuras
com o mundo académico. Em 1901 adquire a
nacionalidade suiça, de que nunca abdicará. Ca-
sou com Meleva Maric, uma excelente aluna de
sica, mas o relacionamento dos dois não foi o
mais feliz. A parr de 1905 inuenciará o mundo
da sica, isto é do conhecimento do próprio uni-
verso. Todas as suas propostas se basearam no
uso de generalizações feitas com base na evidên-
cia experimental, modelo que abandonará na
fase nal pelo recurso a um maior uso da formu-
lação matemáca.