Folheto Biográfico - Albert Einstein

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  • 8/19/2019 Folheto Biográfico - Albert Einstein

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    Escola Secundária Rainha

    Dona Amélia 

    O ano de 1905 tem sido associado à expres-

    são annus mirabilis, no domínio da Física, pois,

    é o ano em que Albert Einstein publicou as suas

    descobertas sobre o efeito fotoelétrico, o movi-

    mento Browniano e a Teoria da Relavidade

    Restrita, além da famosa equação E = mc2. São

    cinco argos, colevamente chamados "argos

    do Annus Mirabilis". O primeiro, desses cincoargos, é sobre o efeito fotoelétrico, descober-

    ta responsável pelo Prémio Nobel que lhe foi

    atribuído em 1921, mas pouco conhecida pelo

    grande público, que associa inevitavelmente

    Einstein à Teoria da Relavidade. Para além dos

    seus postulados, nomeadamente o que se refe-

    re à invariância da velocidade da luz, o aspeto

    mais marcante da Teoria da Relavidade Restri-

    ta, publicada no segundo argo do Annus Mira-

    bilis, prende-se com a contração do espaço e a

    dilatação do tempo, em referenciais inerciais. Oconhecido paradoxo dos gémeos ilustra bem a

    dilatação dos tempos. Uma consequência muito

    importante da relavidade é a relação entre

    massa em movimento, M, e energia, E, dada

    pela equação E = mc2, ou seja, uma dada massa

    m de um corpo em movimento pode transfor-

    mar-se em energia. Esta equação permiu en-

    tender a enorme quandade de energia liberta-

    da na ssão nuclear e que levou à possibilidade

    de se fabricarem armas nucleares. Mais tarde,

    mais precisamente, no ano de 1915, surgiu aTeoria da Relavidade Geral que trata de ques-

    tões gravitacionais e cosmológicas. Durante o

    eclipse solar de 1919, observações realizadas

    em Sobral, no Ceará e m S. Tomé e Príncipe

    comprovaram a teoria de Einstein, segundo a

    qual o campo gravitacional deveria provocar a

    curvatura da luz.

    No dia catorze de  Março  de 1879 nascia na

    Alemanha um dos maiores génios da Humani-

    dade,  Albert Einstein.  Este sico alemão atra-

    vés das suas descobertas e teorias proporcio-

    nou-nos uma nova visão sobre os conceitos de

    energia, massa, tempo e espaço. Uma das suas

    teorias ciencas mais importantes e conheci-

    da é a Teoria da Relavidade. Atualmente, em

    pleno século XXI, há enigmas, nascidos das

    suas ideias, ainda por desvendar, nomeada-

    mente relacionados com o Universo, desde a

    parcula mais ínma até ao imensamente

    grande, a descoberta de planetas com vida

    noutros Sistemas Solares, assim como desco-

    brir algo com uma velocidade superior à luz. É

    interessante vericar que Albert Einstein, com

    a sua inteligência sublime, abriu a porta para

    todas estas questões, provocando uma revolu-

    ção na mente humana, na

    forma como olhamos o mun-

    do que nos rodeia e na ques-

    tão do lugar que o Homem

    ocupa no Universo!

    Folheto Biográfico

    Entre 1911 e 1921 terá uma bem sucedida carreira aca-

    démica, sendo professor nas universidades de Praga e

    Berlim e na Academia Prussiana de Ciências. Entre 1911 e

    1921 terá uma bem sucedida carreira académica, sendo

    professor nas universidades de Praga e Berlim e na Aca-

    demia Prussiana de Ciências. Albert Einstein tornar-se-ia

    um ciensta famoso, célebre, usando o seu reconheci-

    mento público para promover a defesa daquilo que para

    ele era muito importante, a paz e o desarmamento dos

    países. Como ele próprio constatou, a divisão do átomo é

    bem mais fácil de obter que a eliminação da estupidez

    humana. A parr de 1933, tudo seria pior. Com o Nazis-

    mo em ascensão, o ritual da loucura saiu à luz dos dias

    com os seus fundamentalistas de ocasião. Sairia da Ale-

    manha para os Estados Unidos, onde em 1940 se tornaria

    cidadão americano e também do mundo que ajudou a

    compreender no seu aspeto mais fascinante. Na úlma

    fase da sua vida, procurou unicar a teoria da gravitação

    (teoria da relavidade geral) com o eletromagnesmo.

    Os seus estudos sobre a energia e a matéria, que ajuda-

    ram na construção da bomba atómica, marcaram esse

    momento fatal para a consciência humana. A sua carta

    de 1939 a Roosevelt foi só mais um sinal de uma dignida-

    de preocupada com o Homem e pelo misterioso e des-

    lumbrante universo que todos podemos senr e contem-

    plar. 

     ______________________________________________ 

    É fácil de compreender. Veja: o universo é irresisvel.

    Constui uma autênca sedução. É belo,se esta palavra ainda tem sendo nestes

    espaços incomensuráveis. Ele encerra em

    si toda a beleza. Cruelmente, sempre que

    o olhamos, reduz-nos sem cessar à nossa

    insignicância. Esmaga-nos. E, no entan-

    to, ao acolher -nos, amplia-nos. 

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    14 de março (1879) nascimento de Albert EInstein

     A percepção do desconhecido é a mais fascinante

    das experiências. O Homem que não tem os olhos

    abertos para o misterioso passará pela vida sem

    ver nada. ( Jean-Claude Carrière. (2006). Entrevista

    a Einstein. Lisboa: Quetzal.) 

    Temos por ele um imensa admiração. Raros terão

    ousado compreender os fundamentos do Universo

    de uma forma tão inteligente e humana. Viveu,

    como nasceu, determinado, na inquietação do

    pensamento, na dúvida das ideias feitas onde a

    imaginação alimenta o mistério da vida. Ficou para

    o Tempo, nessa dimensão que ele procurou alte-

    rar, como aquela gura de cabelo esbranquiçado,

    ar lunáco, capaz de comover muldões pela sua

    inteligência, mas também pela sua loucura. A queprocura campos novos, ideias generosas que deixe

    como herança na matéria, a nossa parcular aven-

    tura. Este Homem cou ligado ao momento zero

    da loucura humana, quando a energia revelou toda

    a sua inegável amargura em Hiroxima. E, no entan-

    to, era um pacista, dava-se mal com paradas, or-

    dens e sistemas organizados de verdades imutá-

    veis, onde os princípios não se discutem. Percorreu

    o mundo com o mesmo talento que o vento o faz,

    com a ciência de compreender tudo o que o ro-deia, na descoberta de tudo receber desse univer-

    so que quis compreender, como um desenho im-

    perfeito e inacabado, sempre em construção. Eins-

    tein trabalhou fazendo do seu estudo o rascunho

    do mundo. Este Homem era um omista, sempre

    à procura de uma linguagem fora dos sendos que

    saiba interpretar o Universo cada vez de uma for-

    ma mais esclarecida, nas suas constantes de beleza

    E, para lá de todos os relógios, a grande plata-

     forma do tempo estende-se a todo o universo,

    impondo a todos por igual as leis da temporali-

    dade. Neste mundo, um segundo é um segun-

    do—é um segundo. O tempo avança com regu-

    laridade irreprimível, exatamente à mesma

    velocidade em todos os pontos do espaço. O

    tempo é o governante innito. O tempo é abso-luto.

    Alan Lightman (199). Os sonhos de Einstein.

    Porto: Asa, pág. 25. 

    Quando um pensamento percorre incessante-

    mente o universo, quando se aventura e se per-

    de em distâncias incomensuráveis, na innidade

    dos possíveis, e se volta por um momento a m

    de xar nas minúsculas querelas da Terra, rei-

    vindicações de fronteiras, possessões, insultos e

    ameaças (...) um nacionalismo estreito, mesqui-

    nho, que nos deixa paralisados, o que dizer?  

    Como reagir, no regresso das estrelas?  

    Jean-Cluade Carrière, (2006). Entrevista a Eins-

    tein. Lisboa: Quezal, pág. 42. 

    «Não quero ser um génio (...) já tenho problemas

    sucientes ao tentar ser um homem» (Jean-

    Claude Carrière. (2006). Entrevista a Einstein.

    Lisboa: Quetzal.) 

    É de um génio, consistente e imenso, um grandepensador, um Homem, que aqui lembramos nos

    cento e trinta e sete anos do seu nascimento.

    Einstein interessou-se pela ciência, desde muito

    cedo, e foi em Munique, na fábrica do pai, que

    entrou em contacto com as máquinas eléctricas.

    A descoberta pelos livros onde se divulgavam as

    ideias ciencas da época, e a relava práca da

    conssão judaica abriram-lhe as portas para a

    descoberta e fascínio pela descoberta de um mo-

    do racional de observar o mundo.

    Era determinado no estudo, mas apenas naquilo

    que o entusiasmava. Em 1815 vai viver para Itá-

    lia, sendo no ano seguinte admido no Instuto

    Politécnico de Zurique. Dedica-se à experimenta-

    ção de ideias no laboratório, ao estudo dos li-

    vros, faltando às aulas que considerava pouco

    actualizadas, o que lhe criará diculdades futuras

    com o mundo académico. Em 1901 adquire a

    nacionalidade suiça, de que nunca abdicará. Ca-

    sou com Meleva Maric, uma excelente aluna de

    sica, mas o relacionamento dos dois não foi o

    mais feliz. A parr de 1905 inuenciará o mundo

    da sica, isto é do conhecimento do próprio uni-

    verso. Todas as suas propostas se basearam no

    uso de generalizações feitas com base na evidên-

    cia experimental, modelo que abandonará na

    fase nal pelo recurso a um maior uso da formu-

    lação matemáca.