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FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA ESPECIAL E DO ENSINO REGULAR FRENTE AO DESAFIO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Profª Regina Aparecida Ribeiro do Vale1

Orientador: Profª. Percy Nohama2

Resumo

O desenvolvimento efetivo da Educação Inclusiva requer a formação continuada dos profissionais da educação. O objetivo deste trabalho foi capacitar profissionais da área de educação especial e do ensino regular, no atendimento educacional especializado, em conformidade com as Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos do Governo do Estado do Paraná. A metodologia adotada compreendeu a realização de oficinas temáticas, proporcionando acesso a instrumentos teóricos e práticos para subsidiar ações e decisões adequadas, inclusive aos serviços e apoios disponíveis pela SEED, e de pesquisa de campo feita nas escolas para diagnosticar os serviços de atendimento especializado disponível na rede pública de ensino. O resultado dessa capacitação possibilitou ao grupo a compreensão sobre o seu novo papel no atual modelo educacional; reconhecer a estrutura local existente e os serviços disponibilizados pelo Estado para o atendimento especializado. E nesse sentido, os objetivos do estudo foram atingidos, reafirmando a importância da formação continuada para os profissionais da escola especial e do ensino regular, frente ao desafio da educação inclusiva.

Palavras chave: Inclusão, Atendimento Especializado, Capacitação de profissionais.

1 INTRODUÇÃO

A nova política nacional para a educação especial, nos termos do Dec.

6.571 (09/2008) do Ministério da Educação tem como principal determinação que

todas as crianças e jovens com necessidades especiais devem estudar no ensino

regular, extinguindo assim as escolas e classes especiais, embora o atendimento

especializado continue existindo no contra turno, uma proposta que configura uma

Inclusão Educacional total, para todos os alunos no ensino regular. Já a proposta

de inclusão educacional apresentada pelo Governo do Estado do Paraná, através

da Secretaria de Educação e do Departamento de Educação Especial e Inclusão,

direciona para uma nova forma de repensar e reestruturar políticas públicas e

estratégias educativas, considerando uma inclusão responsável e gradativa, de

maneira a não apenas criar oportunidades efetivas de acesso para crianças e

1 Pós-graduada em Educação Especial - PUC/PR; PDE/2010 - UTFPR2 Doutor em Engenharia Elétrica pela UNICAMP, docente da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

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adolescentes com necessidades educacionais especiais, mas, sobretudo, garantir

condições indispensáveis para que possam manter-se na escola e aprender.

Considerando que o Estado do Paraná vem se destacando ao longo dos

anos por sua política de educação inclusiva, torna-se necessário aqueles que se

interessam pelo tema, perseverar nessa linha de atuação promovendo a formação

continuada dos profissionais que atuam na Educação Especial e no Ensino

Regular, razão pela qual o estudo descrito neste artigo, desenvolvido dentro do

Programa de Desenvolvimento da Educação do Governo do Estado do Paraná -

PDE, edição 2010, teve por objetivo capacitar profissionais da área de educação

especial e do ensino regular no atendimento especializado, em conformidade com

as Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos

Inclusivos do Governo do Estado do Paraná, mas limitada aqueles que atuam no

município de Rio Branco do Sul.

2 INCLUSÃO NAS POLÍTICAS PÚBLICAS VIGENTES

No Brasil, o acesso das pessoas com deficiência à educação foi

conquistado de forma muita lenta, conforme as oportunidades educacionais para a

população em geral também foram sendo ampliadas, notadamente pela influência

dos ideais liberais que surgiram na Europa entre o final do século VXIII e início do

século XIX, contudo, as primeiras iniciativas no atendimento às pessoas com

deficiência tiveram caráter privado (SILVA, 2010, p. 20-21; PARANÁ, 2006, p. 20).

Somente nas décadas de 1970 e 1980 fundou-se a compreensão da diversidade

como constituinte das diferentes sociedades e culturas; direito esse expresso na

Constituição Federal de 1988 (PARANÁ, 2006, p. 23).

Nesse contexto, é importante destacar o papel da sociedade e, de forma

mais específica, a luta dos pais de pessoas deficientes, responsáveis por grandes

mobilizações que conduziram a avanços notáveis no atendimento às pessoas com

necessidades educativas especiais. Tais avanços evidenciaram as bases do

paradigma de suporte que “associou a ideia da diversidade como fator de

enriquecimento social e o respeito às necessidades de todos os cidadãos como

pilar central de uma nova prática social” (PARANÁ, 2006, p. 23-27), prática essa

também preconizada pelo MEC (BRASIL, 2004, p. 13). Mas, ainda assim, a

segregação não ficou totalmente no passado, sendo possível percebê-la em

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relação a diversos grupos sociais vulneráveis, no Brasil e em outros países,

embora também se destaque a prática da tradicional integração dando lugar,

gradativamente, à inclusão (SOARES, 2009, p. 2-6).

2.1 INCLUSÃO EDUCACIONAL E RESSIGNIFICAÇÃO DA EDUCAÇÃO

ESPECIAL

Na última década, o Governo Federal e o Estado do Paraná vêm discutindo

propostas pedagógicas que possam nortear ações para atender a diversidade

presente nas escolas, com ênfase na inclusão escolar, e o ponto em que essas

propostas se distinguem está na maneira de inserir esses alunos. De acordo com a

determinação federal, essa inserção deve se dar de forma radical, completa e

sistemática, “cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos

com necessidades educacionais especiais de forma a assegurar-lhes as condições

necessárias para uma educação de qualidade” conforme o artigo 2° da Resolução

CNE/CEB nº2/2001 (BRASIL, 2001); ao passo que o governo estadual preconiza

uma inclusão educacional responsável, no sentido que proporcionar aos alunos

incluídos o suporte especializado de que esses necessitam, fomentando uma

parceria entre as escolas especiais e regulares (POLETO, 2011, p. 4).

Fernandes (2006, p. 43) considera que a forma de inclusão preconizada

pelo Governo Federal não leva em conta as dificuldades de formação profissional e

falta de estrutura física e pedagógica nas escolas, e essa é a mesma visão de

Veiga (2009) e Vidal (2009), para quem a nova conformação do papel do professor

no cenário da inclusão, que exige habilidades que até então não eram necessárias,

como o domínio de técnicas de comunicação – como língua de sinais, braile,

dentre outros – mas, que agora se tornaram indispensáveis.

2.2 SERVIÇOS E APOIOS ESPECIALIZADOS

Discorrendo sobre a inclusão responsável, Edler Carvalho (2004) observa

que a inclusão educacional se impõe como movimento responsável que contempla

uma rede de ajuda e apoio aos educadores, alunos e familiares.

Essa rede de apoio consiste de serviços, estruturas, entidades e

instituições que possam oferecer apoio especializado, adaptações curriculares,

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equipe técnico- pedagógica especializada, contra turno, profissional intérprete de

libras/língua portuguesa para surdos, professor de apoio permanente para alunos

com deficiência física neuromotora, com graves comprometimentos na

comunicação e locomoção, sala de recursos para alunos com deficiência mental,

distúrbios de aprendizagem e altas habilidades e superdotação, matriculados no

Ensino Fundamental, classe especial para alunos com deficiência mental e

condutas típicas, Escolas Especiais, dentre outros (PARANÁ, 2010).

No Paraná, a rede de apoio é composta por serviços apropriados ao seu

atendimento, conforme listado no Quadro 1, e conta com salas de recursos,

centros de atendimento especializado - CAEs e professores de apoio em sala de

aula. As salas de recursos atendem alunos de 5ª a 8ª séries nas áreas da

deficiência intelectual e transtornos funcionais do desenvolvimento, de transtornos

globais do desenvolvimento, e de altas habilidades/superdotação, para

enriquecimento curricular. Os CAEs são especializados nas áreas da deficiência

visual, da deficiência física neuromotora e da surdez. Os professores de apoio

devem atender alunos com transtornos globais do desenvolvimento, estarem

capacitados como tradutores e intérpretes para educandos surdos, dominando a

Língua de Sinais/LIBRAS, e para apoio à comunicação alternativa para alunos com

acentuado comprometimento físico/neuromotor e de fala (PARANÁ, 2010).

No Paraná, é adotada a Sala de Recursos Multifuncionais do tipo 2, pela

sua maior abrangência, já que incorpora também os recursos do tipo 1, mostrando-

se, assim, ambivalente:

As Salas de Recursos Multifuncionais Tipo II e/ou o Centro de Atendimento Educacional Especializado na Área da Deficiência Visual – CAEDV é um Atendimento Educacional Especializado para alunos cegos, de baixa visão ou outros acometimentos visuais (ambliopia funcional, distúrbios de alta refração e doenças progressivas), que funcionam em estabelecimentos do ensino regular da Educação Básica, das redes: estadual, municipal e particular de ensino, no turno inverso da escolarização, não sendo substitutivo às classes comuns, podendo, ser realizado também em instituições comunitárias ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com a Secretaria de Educação ou órgão equivalente (PARANÁ, 2010).

A Instrução n° 20/2010 da SUED/SEED, além de orientações gerais sobre

a organização desse serviço, também define a natureza do atendimento prestado,

as características do público-alvo e as formas de ingresso e funcionamento, o qual

poderá ocorrer em estabelecimentos de ensino regular (público, particular), que

ofertam educação básica, ou instituições conveniadas devidamente autorizadas

pela Secretaria de Estado da Educação, tanto na forma de salas de recursos com

na modalidade de Centros de Atendimento Educacional Especializado.

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SE

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SClasse Especial

Sala de aula em escola do Ensino Regular, em espaço físico e modulação adequados, cujo atendimento é feito por professor especializado na área da deficiência mental

O professor utiliza métodos, técnicas, procedimentos didáticos e recursos pedagógicos especializados e, quando necessário, equipamentos e materiais didáticos específicos, conforme série/ciclo/etapas iniciais do Ensino Fundamental visando o acesso ao currículo da base nacional comum, a ser complementada em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar por uma parte diversificada, promovendo avaliação pedagógica contínua para a tomada de decisão quanto ao ingresso ou reingresso do aluno no Ensino Regular.

Escola Especialpara escolarização de alunos com grave deficiência intelectual , deficiência física, deficiência visual, deficiências múltiplas condutas típicas e surdez

Instituição destinada a prestar serviço especializado quando o grau de comprometimento do aluno não lhes possibilite ter acesso ao currículo desenvolvido no ensino comum, pelo fato de requererem também atendimentos complementares/ terapêuticos dos serviços especializados da área da saúde quando se fizerem necessários. O currículo escolar deverá observar as diretrizes curriculares nacionais para as etapas e modalidades da Educação Básica.

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Sala de Recursos para alunos com deficiência intelectual, condutas típicas, transtornos funcionais específicos, superdotação/ altas habilidades

Serviço de apoio especializado de 1ª a 8ª séries, ofertado no período contrário daquele em que o aluno frequenta na Classe Comum, com professor da Educação Especial, em espaço físico adequado, onde com atendimento pedagógico específico, individualizado ou em pequenos grupos, com cronograma de atendimento, visando o progresso global dos alunos que apresentam dificuldade no processo de aprendizagem.

Centro de Atendimento Especializado para alunos com deficiência visual, surdez e surdo-cegueira

Serviço de apoio especializado de natureza pedagógica, ofertado nos estabelecimentos do ensino regular da Educação Básica (inclusive EJA). As atividades são desenvolvidas com atendimento por cronograma, de acordo com as áreas e necessidades dos alunos.

Professor de Apoio Permanente para alunos com Deficiência física

Apoio prestado por professor especializado que atua no contexto da sala de aula do Ensino Fundamental, Médio e de Educação de Jovens e Adultos, a alunos com deficiência física, neuromotora, intelectual e sensorial.

Profissional Intérprete para atendimento à área da surdez

Profissional habilitado em Libras que atua no ensino regular onde há alunos surdos usuários da língua de sinais, regularmente matriculados nos diferentes níveis e modalidades da educação básica.

Instrutor Surdo para atendimento à área da surdez

Profissional surdo que atua em serviços especializados, desenvolvendo atividades relacionadas ao ensino e à difusão da Língua Brasileira de Sinais – Libras e de aspectos socioculturais da surdez na comunidade escolar.

Classes hospitalares

Atendimento que se desenvolve em clínicas, com crianças e adultos impossibilitados de frequentar a sala de aula por motivos de saúde – exige professor habilitado ou especializado em Educação Especial vinculado a um serviço especializado

Atendimento domiciliar

Atendimento que se desenvolve em domicílio, com crianças e adultos impossibilitados de frequentar a sala de aula por motivos de saúde – exige professor habilitado ou especializado em Educação Especial vinculado a um serviço especializado

Quadro 1 – Serviços especializados e serviços de apoio especializadosFonte: Paraná (2006)

3 MATERIAIS E MÉTODOS

A metodologia empregada no desenvolvimento do trabalho compreende

duas etapas distintas. Primeiramente, o levantamento de conceitos e informações

em fontes primárias e secundárias (LAKATOS, 1979) para a construção do

referencial teórico. Em segundo lugar, a realização de oficinas de capacitação,

culminando com a verificação da realidade local quanto à oferta de serviços de

atendimento especializado nas escolas da rede pública de ensino.

Dentre as fontes primárias, destacam-se a Política Nacional para a

Educação Inclusiva, o Decreto Governamental nº 6.571/08 que dispõe sobre o

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Atendimento Educacional Especializado; e o conjunto de leis de normatizam a

educação inclusiva no Estado do Paraná, dente elas as Diretrizes Curriculares da

Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusos e a Política Estadual

de Educação Especial na Perspectiva da Inclusão, dentre outros tomados como

referência. Como fontes secundárias foram consultadas publicações de Angela

Soares, Rosana Vidal e Nadia Poleto sobre educação especial e a ressignificação

do papel do professor no contexto da educação inclusiva.

No que se que se refere à sua classificação, o trabalho consiste de uma

pesquisa teórico-prática, de caráter exploratório-descritivo. Exploratório porque visa

proporcionar maior familiaridade com o problema e se desenvolve com base em

levantamento bibliográfico ou entrevistas, pesquisas bibliográficas; e descritivo,

porque os fatos são observados, registrados, analisados, classificados e

interpretados, sem interferência do pesquisador, utilizando-se para tanto de

técnicas padronizadas de coleta de dados - questionário e observação sistemática

(LAKATOS, 1979; RODRIGUES, 2007).

Na etapa de fundamentação teórica, utilizou-se a pesquisa bibliográfica com

ênfase na legislação vigente sobre a educação inclusiva, de estudos que tratam da

educação especial e inclusiva no Brasil, e do novo papel do professor diante das

demandas do paradigma da inclusão (LAKATOS, 1979, RODRIGUES, 2007).

Para a realização das oficinas, aplicou-se o método dialético que

compreende o estudo e o debate de uma tese, num processo de articulação

teórico-prático, para estabelecer uma antítese e se chegar a uma síntese

(LAKATOS, 1979); e técnicas de trabalho coletivo, indicadas para situações em

que se visa a troca de experiências, o debate saudável, a oportunidade de ver o

assunto estudado sob a ótica de outros. De acordo com (AMARAL, 2011), essas

estratégias “preenchem perfeitamente a expectativa de quem comunga do princípio

de que a aprendizagem é um fenômeno social e se enriquece mediante a

experiência coletivamente partilhada” (ibidem), razão pela qual devem ser usadas

quando o objetivo é promover um debate sobre os temas mais complexos e/o mais

polêmicos.

A adoção da metodologia dialógica aliada a técnicas de trabalho coletivo

confere uma abordagem sociocultural à proposta de trabalho, posto que essa

objetiva contribuir para a mudança da sociedade. E, nesse sentido, evidencia-se o

papel do docente no processo, relativamente à escolha das melhores estratégias

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de ensino para a tratativa de determinadas questões que exigem um processo

reflexivo e amplamente fundamentado para favorecer a análise, a desconstrução

de conceitos já superados e sua necessária reconstrução “para fazer coisas

diferentes das que sempre faz” (SILVA et al., 2011).

Freire (1996) e Romanowski (2007) enfatizam que as mudanças sociais e

culturais não ocorrem isoladamente, mas resultam de um trabalho coletivo, no qual

os profissionais da educação juntam-se ao processo de desenvolvimento para

refletirem em grupo; o que requer participação, envolvimento e clima de

aprendizagem profissional, tendo por base a compreensão da prática na aula e

orientado para facilitar a compreensão e transformação da própria prática.

Desenvolvimento das Atividades

Para atender aos objetivos do estudo previstos no projeto PDE 2010, foram

previstas oficinas de capacitação para os profissionais da rede pública de ensino

que atuam em escolas de Rio Branco do Sul. As oficinas realizaram-se durante os

meses de julho a dezembro de 2011, compreendendo cinco unidades temáticas:

• Unidade I (dois encontros): fundamentos históricos da educação

especial; ressignificação da educação especial; inclusão educacional; e o

papel dos profissionais no processo de inclusão.

• Unidade II (três encontros): fundamentos legais - análise e considerações

sobre a legislação vigente na perspectiva da inclusão educacional para

pessoas com deficiência; explanação e detalhamento das políticas

públicas específicas – Política Nacional e Estadual de Educação Especial

na Perspectiva da Inclusão Educacional e Legislação vigente Nacional e

Estadual - Explanação e sobre a Deliberação 02/2003; Decreto

6.571/2008 e Resolução 04/2009.

• Unidade III (um encontro): detalhamento dos serviços e apoios

especializados disponibilizados pela rede pública de ensino.

• Unidade IV (três encontros): orientações gerais acerca da pesquisa de

campo a ser realizada em escolas da rede pública de ensino de Rio

Branco do Sul, sobre os serviços de apoio especializados disponíveis;

realização da pesquisa de campo nas escolas de rede pública de ensino

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de Rio Branco do Sul; análise dos resultados obtidos com a pesquisa de

campo; contextualização dessas informações aos conteúdos estudados;

proposição de melhorias a serem implementadas e identificação de

formas para viabilizá-las.

• Unidade V (um encontro): seminário e avaliação do programa de

capacitação, na forma de uma devolutiva à comunidade escolar e à

sociedade local sobre os trabalhos desenvolvidos nas oficinas e

divulgação dos dados levantados com o diagnóstico sobre a realidade do

atendimento especializado disponível no município.

Uma pesquisa de campo foi realizada com o objetivo de identificar os

serviços de apoio existentes na rede estadual e a forma como vêm sendo utilizados

pelos alunos da educação especial de Rio Branco do Sul. Para essa pesquisa,

utilizou-se como instrumento um questionário pré-estruturado, cujo modelo é

apresentado no Quadro 2, e foi aplicado aos responsáveis das nove instituições

visitadas, as quais oferecem algum tipo de atendimento especializado aos seus

alunos. A aplicação do questionário ocorreu nos dias 10 e 11 de novembro de 2011

e todos os questionários foram devolvidos devidamente preenchidos, de forma que

os dados levantados compreendem 100% do universo pesquisado e refletem a

realidade local em termos de atendimento especializado para alunos incluídos nas

escolas de Rio Branco do Sul.

Os professores que participaram da capacitação dividiram-se em nove

grupos, cada grupo responsável pelo levantamento em uma instituição específica.

Para assegurar o sigilo das respostas e preservar as instituições analisadas na

perspectiva do atendimento que prestam aos seus alunos com necessidades

especiais, convencionou-se identificar as escolas como: Estaduais 1, 2 e 3; e

Municipais - Conveniada 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

De acordo com as orientações, indique o código da instituição visitada:Informações prestadas por (indique apenas o cargo/função – não é necessário citar nomes)

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( ) Diretor ( ) Coordenador1. Qual o tipo de serviço de atendimento especializado que a escola oferta? Especifique:

2. Qual a clientela atendida?

Clientela Nº de alunos

• Deficiência Intelectual• Deficiência Física• Deficiência Visual• Surdez• Transtorno Global do Desenvolvimento

3. Desses alunos atendidos quantos são desta escola?Nº

4. Quais os recursos materiais disponíveis na escola para essa clientela? Especifique:5. Quais os recursos didáticos disponíveis na escola para essa clientela? Especifique:

6. A estrutura da escola (corredores, rampas, sanitários, mobiliário) é adaptada para atender alunos com deficiência?

( )sim ( )não

6.1 Se Não, quais são essas dificuldades? Especifique:7. A instituição tem dificuldades quanto ao atendimento de alunos com

necessidades educacionais diferenciadas?( )sim ( )não

7.1 Se SIM, quais são essas dificuldades? Especifique:8. Algum professor do ensino regular que atende alunos com necessidades

especiais em sala comum sente dificuldade em sua prática pedagógica?( )sim ( )não

8.1 Se SIM, qual é a principal queixa?

indique tantas opções quantas julgar necessário

( ) Capacitação (cursos específicos na área)( ) Formação continuada dentro da escola( ) Recursos materiais( ) Adaptações físicas (espaço flexível)( ) Flexibilização do processo de ensino-aprendizagem (currículo e seus

conteúdos, avaliação, recursos didáticos, tempo, ritmo individual)( ) Apoio de professor permanente em sala de aula

9. O que você sugere como melhorias a serem implementadas na escola? Especifique:10. O que sua escola tem feito para garantir o acesso e a permanência do

aluno com deficiência?Resposta:

11. Pela sua experiência, tem sido possível observar se, na sua cidade, vem sendo possibilitado à pessoa com deficiência o pleno exercício da cidadania?

( )sim ( )não

Quadro 2 – Modelo de questionário aplicado na pesquisa de campo

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O principal aspecto que diferencia a política do Governo Federal de

inclusão educacional em relação àquela desenvolvida pelo Governo do Paraná

está no fato de que no âmbito estadual optou-se pela permanência das classes

especiais e instituições especializadas em sua rede de apoio. Tal decisão busca

proporcionar a crianças, jovens e adultos com graves comprometimentos e

problemas no desenvolvimento, as mesmas condições de aprendizagem

acadêmica formal dos demais alunos, mediante propostas curriculares alternativas

em natureza e finalidade àquelas desenvolvidas pela escola regular. Essa política

preconiza o atendimento em caráter especial, seja na forma de classes ou de

escolas especiais; e, no caso das classes especiais, determinação é clara: essas

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deverão ser instituídas sempre que necessário nos estabelecimentos de ensino

regular, nas séries ou ciclos iniciais do Ensino Fundamental, cuja organização

fundamente-se na legislação vigente, em caráter transitório, a alunos que

apresentem: casos graves de deficiência mental ou múltipla que demandem ajuda

e apoio intensos e contínuos que a classe comum não consiga prover; condições

de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos; condutas típicas

de síndromes e quadros psicológicos neurológicos ou psiquiátricos.

Para a organização do atendimento em classe especial devem ser

assegurados: professores habilitados ou especializados em educação especial;

agrupamento de alunos por necessidades educacionais especiais de

características assemelhadas; equipamentos e materiais específicos, adequados

às peculiaridades dos alunos; flexibilização e adaptações nos elementos

curriculares, em consonância com a proposta pedagógica da escola; turmas

formadas por no máximo dez alunos; avaliação pedagógica semestral, realizada

pelo professor e equipe técnico-pedagógica, registrada em formulário próprio, sob

orientação do órgão competente da SEED; e oferta de educação bilíngue para

alunos surdos.

Já a Escola Especial deve ser mantida para garantir o atendimento a

alunos com necessidades educacionais especiais; com graves comprometimentos,

múltipla deficiência ou condições de comunicação e sinalização diferenciadas. Para

a organização desse atendimento, as Escolas Especiais que oferecem Educação

Básica devem atender aos seguintes requisitos: Projeto Político-Pedagógico (PPP),

ajustado às necessidades educacionais do aluno e ao disposto na legislação

vigente; acessibilidade nas edificações, com a eliminação de barreiras

arquitetônicas nas instalações, mobiliário e de equipamentos, conforme normas

técnicas vigentes; professores, equipe técnico-pedagógica e direção habilitados ou

especializados em Educação Especial; ajuda e apoio intensos e contínuos e

flexibilizações e adaptação curricular que a escola regular não tenha conseguido

prover. Especificamente quanto às PPPs, essas deverão tomar como base as

normas e diretrizes curriculares nacionais e estaduais, atendendo ao princípio da

flexibilização.

No entanto, para a efetivação dessa proposta, torna-se necessário que os

professores inteirem-se do que estabelece a legislação vigente, conheçam a

estrutura disponibilizada pelo Estado e saibam quais os encaminhamentos

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necessários para que seus alunos que necessitam de atendimento educacional

especializado possam usufruir dos recursos a que têm direito.

Para tanto, foi elaborado um projeto de intervenção na forma de oficinas de

capacitação sobre a legislação vigente e os serviços que integram a rede de apoio

disponibilizada pelo Governo do Estado do Paraná, por meio da SEED/DEEIN. As

oficinas realizaram-se durante os meses de agosto a dezembro de 2011,

observando as V Unidades Temáticas descritas no Quadro 3 e que constituíram o

Caderno Pedagógico.

Unidade temática

Ementa

Unidade IFundamentos históricos da Educação Especial Ressignificação da Educação Especial; Inclusão Educacional; O papel dos profissionais no processo de inclusão

Unidade II

Fundamentos Legais - Análise e considerações sobre a legislação vigente na perspectiva da Inclusão Educacional para pessoas com deficiênciaExplanação e detalhamento das políticas públicas específicas – Política Nacional e Estadual de Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Educacional

Legislação vigente Nacional e Estadual - Explanação e sobre a Deliberação 02/2003; Decreto 6.571/2008 e Resolução 04/2009

Unidade III Serviços e Apoios Especializados

Unidade IV

Orientações gerais acerca da pesquisa de campo a ser realizada sobre os serviços de apoio especializados

Pesquisa de Campo nas escolas de rede pública de ensino de Rio Branco do Sul

Análise dos resultados obtidos com a pesquisa de campo; contextualização dessas informações aos conteúdos estudados; proposição de melhorias a serem implementadas e identificação de formas para viabilizá-las

Unidade VSeminário e avaliação do programa de capacitação e devolutiva dos resultados obtidos com a s oficinas.

Quadro 3 - Unidades Temáticas trabalhadas durante as oficinas de capacitação

A pesquisa realizada mostrou que ainda há muito que melhorar nas escolas de

Rio Branco do Sul - tanto em termos de formação continuada dos professores

e profissionais que atuam na Educação Especial e Inclusiva, quanto nos

aspectos estruturais das edificações e na aquisição de materiais didáticos

específicos. Isso porque, mesmo as instituições que contam com centros de

apoio especializado – como é o caso da Escola Municipal 1 que oferece CAE

na Área da Surdez e da Escola Estadual 3 que oferece CAE na Área de

Deficiência Visual – necessitam de adequações e investimentos.

Uma síntese dessa realidade é o fato de que das 9 escolas visitadas, 8 contam

com sala de recursos, contudo, na Escola Municipal 5, devido à falta de

professor especializado o atendimento foi interrompido; sendo que a Municipal

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6 que é uma instituição voltada ao ensino especial, também necessita de

intervenções para atender sua clientela diferenciada.

Os resultados da pesquisa de campo mostraram que a Escola Municipal 1

oferece Centro de Apoio Especializado na Área da Surdez e a Escola Estadual 3

oferece Centro de Apoio Especializado na Área de Deficiência Visual. Das 9

escolas visitadas, 8 contam com sala de recursos, contudo, na Escola Municipal 5,

devido a falta de professor especializado o atendimento foi interrompido; e a

Municipal 6 oferece serviços especializados.

Quanto à clientela atendida, os dados levantados foram expressos em 7

gráficos distintos, sendo que no gráfico presente na Figura 1 ilustra-se um

apanhado geral sobre as deficiências atendidas em cada escola

Figura 1: Número de alunos deficientes nas escolas de Rio Branco do Sul: por tipo de deficiência

Como se mostra no gráfico presente na Figura 1, os dados variam bastante

numa escala de 0 a 117, o que exige um maior detalhamento, para facilitar, por

exemplo, a compreensão da dimensão da incidência de uma determinada

deficiência no universo de escolas pesquisadas.

No gráfico presente na Figura 2, verifica-se que a escola Municipal 3 possui

um número superior de alunos deficientes auditivos; contudo, 3 são alunos da

própria escola e 2 são de outras escolas que não entraram na pesquisa, mas que

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são atendidos no Centro de Atendimento Especializado para Deficientes Auditivos

que funciona nessa escola.

Figura 2 – Número de deficientes auditivos nas escolas pesquisadas

No gráfico presente na Figura 3, representa-se o número de deficientes

visuais presentes nas escolas que participaram da pesquisa.

A escola Municipal 6 apresenta elevado índice de alunos com deficiência

visual porque oferece serviço especializado, e a escola Estadual 3 apresenta índice

moderado porque oferece um Centro de Atendimento Especializado para

Deficientes Visuais, atendendo alunos de outras escolas da rede pública de ensino

de Rio Branco do Sul.

Figura 3 – Deficientes visuais nas escolas da rede pública de ensino de Rio Branco do Sul

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O gráfico presente na Figura 4 mostra a incidência de alunos com

deficiência física nas escolas pesquisadas.

Figura 4 – Deficientes físicos nas escolas da rede pública de ensino de Rio Branco do Sul

Como se observa nesse gráfico, apenas quatro escolas atendem alunos

deficientes físicos, sendo duas estaduais e duas municipais.

A pesquisa mostrou também que a escola Estadual 3 tem um aluno com

deficiência neuromotora, conforme se constata no gráfico da Figura 5.

Figura 5 – Número de aluno com deficiencia neuromotora nas escolas da rede pública de ensino de Rio Branco do Sul

Já o número de alunos com Deficiência Intelectual é maior, presente em 7

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das 9 escolas pesquisadas, como se indica pelo gráfico mostrado na Figura 6.

Figura 6 – Número de aluno com deficiência intelectual nas escolas da rede pública de ensino de Rio Branco do Sul

Embora a pesquisa tenha revelado algumas incidências de alunos com

deficiência intelectual em três da escolas pesquisadas, visualiza-se no gráfico

mostrado na Figura 6 que o número é acentuadamente maior na escola Municipal

6 devido ao tipo de serviços prestado pela instituição.

Em relação ao Transtorno Global do Desenvolvimento – TGD, apenas

duas escolas atendem alunos com essas características, a Estadual 1 e a

Municipal 3, mas é preciso levar em consideração que a Municipal 3 oferece a

modalidade Educação Especial.

Figura 7 – Número de aluno com TDG nas escolas da rede pública de ensino de Rio Branco do Sul

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Também foram levantadas informações sobre os recursos existentes nas

diferentes escolas que integram o universo pesquisado. As escolas Municipal 1 e

Estadual 3 contam com Centros de Atendimentos Especializados na Área da

Surdez e na Área de Deficiência Visual, respectivamente, razão pela qual mostram-

se melhor equipadas. A Municipal 6, devido ao atendimento que presta na

modalidade de Educação Especial, conta com vários recursos para o atendimento

de seus alunos. A escola Estadual 1 tem um número maior de materiais

pedagógicos adaptados que as outras escolas que integram o universo

pesquisado, e conta, inclusive, com instrumentos musicais para o trabalho na sala

de recursos.

As outras 5 escolas contam com um mínimo de recursos em suas

instalações para o atendimento das necessidades diferenciadas de seus alunos, o

que mostra a necessidade de maiores investimentos públicos para equipar essas

escolas e assim possibilitar um trabalho educacional adequado às limitações de

seus alunos.

Quanto à adequação da estrutura física, os gráficos mostrados nas Figuras

8 e 9 mostram que apenas escolas Estaduais 1 e 3 apresentam banheiros e

corrimãos adaptados, e as demais ainda estão em fase de adaptação, inclusive a

escola Municipal 6, que atende apenas alunos da educação especial.

Figura 8 – Demonstrativo do número de escolas com escadas adaptadas

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Figura 9 – Demonstrativo do número de escolas com banheiros adaptados

Como se observa também no quesito das adaptações estruturais, aspectos

básicos que possibilitam mais acessibilidade e conforto aos alunos ainda não foram

implementados na maioria das escolas.

A pesquisa levantou, ainda, as melhorias consideradas indispensáveis

pelos para viabilizar/incrementar o atendimento especializado a alunos com

necessidades educacionais diferenciadas nas escolas de Rio Branco do Sul-PR.

Assim, apresenta-se nos Quadros 4 e 5 uma síntese das melhorias a serem

implementadas, das dificuldades existentes nos atendimentos de alunos com

deficiências e das dificuldades enfrentadas pelos professores em sua prática pela

falta de apoio especializado, assim como de indicativos sobre o que a escola tem

feito para garantir o acesso e a permanência de alunos com deficiência.

Como se depreende pelas informações levantadas com a pesquisa de

campo e presentes nos Quadros 4 e 5, todas as escolas municipais necessitam de

melhorias e adaptações básicas, desde rampas, corrimãos e barras de apoio nos

corredores, portas mais largas, banheiros para cadeirantes, profissionais para dar

suporte especializado em sala de aula (LIBRAS e Braile), capacitação e

especialização dos profissionais, flexibilização dos currículos e seus conteúdos, da

avaliação e dos recursos existentes, embora muitas escolas necessitem de

materiais específicos para atendimento diferenciado aos seus alunos.

Em especial, destaca-se a situação da escola municipal 5, que conta com

uma sala de recursos que não está sendo utilizada, unicamente pela falta de

profissionais para prestar o atendimento especializado, embora a unidade de

ensino tenha oito alunos com deficiência intelectual os quais têm o direito de

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acesso a essa estrutura diferenciada para o desenvolvimento de seu potencial

educacional.

EscolasMelhorias a serem

implementadas

Dificuldades apontadas no

atendimento de alunos deficientes

Dificuldades na prática

pedagógica por falta de

apoio especializado

O que escola tem feito para garantir o

acesso e a permanência de

alunos com deficiência

M1

Banheiros adaptados; Portas mais largas; Rampas em toda a escola; Corrimão e barra de apoio; Material de apoio de acordo com as necessidade diferenciadas dos alunos

Estrutura física

Capacitação (cursos específicos na área); ; Formação continuada dentro da escola; Recursos materiais; Adaptações físicas Flexibilização do processo de ensino-aprendizagem: currículo e seus conteúdos, avaliação, recursos didáticos, tempo, ritmo individual; prof especializado permanente em sala de aulaEquipe multidisciplinar

Professor com especialização, material pedagógico, recreio com atividades diferenciadas, encaminhamento do CEMAE, integração dos pais na escolaAcesso facilitado dentro da escola para alunos com baixa visão

M 2

Sanitários, calçadas, corrimão, rampasPortas adequadasMobiliário (o que tem foi feito naEscola Especial)

Capacitação para os professoresFalta de apoio especializado

Acolhimento igualitário, boa alimentação

M 3

A escola encontra-se em reformas para adaptar-se às necessidades de seus alunos

Aluno cadeirante (locomoção), hiperatividade, agressividadeFalta conscientização da família Falta diagnóstico (viabilização)Falta formação continuadaFalta atendimento médico

Implementação das salas de recursoe de professor especializadoAdaptações físicas em andamento, conformeNecessidade

M 4

Rampas, corrimão, barras nos corredoresFalta um profissional na cozinha pois os alunos recebem café da manhã e almoço na escola

Questão comportamental

Boa alimentação, carinhotratamento igualitário

M 5 Rampas, banheiro adaptado

Dificuldade em com a alfabetizaçãocom alunos portadores de deficiênciasensorial

Buscando professor especializado

Quadro 4 – Diagnóstico das Escolas Municipais

Escolas Melhorias a Dificuldades Dificuldades O que escola tem

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Page 20: FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA ESPECIAL E · FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA ESPECIAL E ... relação a diversos grupos sociais vulneráveis,

serem implementadas

apontadas no atendimento de

alunos deficientes

na prática pedagógica por falta de

apoio especializado

feito para garantir o acesso e a

permanência de alunos com deficiência

M 6

Banheiro inadequado para os cadeirantesRampas inadequadasAusência de barras de apoio nos corredores

Não não

Flexibilização de frequênciaAtendimentos domiciliaresAcompanhamento familiarValorização das datas festivas

Quadro 5 – Diagnóstico da Escola Especial

Nas escolas estaduais, conforme listado no Quadro 6, há um esforço maior

na oferta de recursos diferenciados para o atendimento especializado, apesar de

iniciativas pontuais; o que revela a necessidade de investimentos para que as

escolas possam assumir-se realmente inclusivas, dotadas de estrutura e recursos

apropriados para receber, educar e garantir a permanência de todos os alunos.

EscolasMelhorias a

serem implementadas

Dificuldades apontadas no

atendimento de alunos deficientes

Dificuldades na prática

pedagógica por falta de apoio especializado

O que escola tem feito para garantir o acesso e

a permanência de alunos com deficiência

E 1

Rampas; Banheiros e mobiliários adaptados

Alguns professores “não sabem” entender as diferenças e as dificuldades dos alunos

Capacitação (cursos específicos na área); ; Formação continuada dentro da escola; Recursos materiais; Adaptações físicas Flexibilização do processo de ensino-aprendizagem: currículo e seus conteúdos, avaliação, recursos didáticos, tempo, ritmo individual; professor especializado permanente em sala de aula

Promove melhorias, pequenas adaptações, cursos e aquisição de materiais pedagógicos específicos

E 2

Completar adaptações para acesso Reativar a reforma dos banheirosReativar o elevador

Faltam professor de apoio em sala de aula; capacitação dos professores para trabalhar com alunos que têm necessidades educacionais diferenciadas

Promove melhorias, pequenas adaptações, cursos e aquisição de materiais pedagógicos específicos

E 3

Rampas; Banheiros e mobiliários adaptados

Sala de recursosDificuldades na avaliaçãoFalta uma equipe multidisciplinar

Buscou contratação de profissionais (LIBRAS e Braile) verbas da APMF.Faz a parte da Assist Social para diagnósticos específicosPromoção da autoestima e trabalho com música

Quadro 6 – Diagnóstico das escolas estaduais: melhorias a serem implementadas, dificuldades e avanços observados

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O questionário solicitava ainda, aos profissionais que atuam nas escolas

pesquisadas, que indicassem suas sugestões pessoais para melhorias a serem

implementadas, e a esse quesito, as respostas, em sua maioria foram adaptações

físicas na escola tornando-a preparada para receber esses alunos e ensiná-los;

acessibilidade completa, capacitação dos professores; material pedagógico, equipe

multidisciplinar nas escolas; reforma da Escola Especial como um todo (estrutura,

acomodações, mobiliário, dentre outros), aumento no número de profissionais no

CEMAE; adaptações pedagógicas; acesso a serviços médicos-neurológicos, e

retorno da classe especial.

Essas sugestões são coerentes, alinhadas a uma visão mais esclarecida

acerca do papel do professor frente às novas exigências do modelo educacional

que se firma sob o paradigma da inclusão, decorrente da compreensão que as

alunas já possuíam sobre a inclusão, articulada aos novos conhecimentos

construídos por ocasião das oficinas.

Também foi solicitado aos profissionais, que deveriam manifestar sua

opinião, com base na experiência pessoal e respaldados pelos estudos

desenvolvidos na oficina de capacitação, se na cidade onde moram vem sendo

possível às pessoas com deficiência o exercício pleno da cidadania. Todos os nove

questionários trouxeram respostas negativas, sendo que cinco deles apontam

justificativas para as respostas dadas, que revelam o comprometimento desses

profissionais com as questões relacionadas aos direitos das pessoas com

necessidades educativas especiais, estendendo sua visão para além do campo da

educação, como se pode observar: “nossa cidade não está pronta para a inclusão”;

“precisamos formar uma cultura de conscientização das pessoas para a prática da

cidadania”; “necessitamos de projetos para atender as pessoas de necessidades

educacionais especiais, cursos profissionalizantes para os mesmo, eventos e jogos

para deficientes”; “há falta de acessibilidade aos órgãos públicos, comércio e

transporte coletivo, mas principalmente, falta conscientização da sociedade para

que passe a valorizar os direitos das minorias”; “há falta de conscientização por

parte dos governantes e da população”.

Finalizando, foi solicitado aos professores que refletissem sobre o

aproveitamento da capacitação realizada e destacassem os pontos positivos, e,

dentre as respostas obtidas, destacam-se a oportunidade de maiores

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esclarecimentos e trocas de experiências; a percepção sobre a realidade do

processo de inclusão, a forma como essa deveria acontecer e a compreensão

sobre o que está faltando para que a inclusão seja uma realidade nas escolas

públicas, dentre outras observações dessa natureza. Os pontos negativos

limitaram-se ao reduzido número de professores do ensino regular e da rede

estadual, haja vista que a inclusão deve ser um tema de interesse de todos os que

trabalham pela educação.

Visando estabelecer um paralelo com outro estudo desenvolvido sobre a

formação continuada de professores e profissionais na educação especial e

inclusiva, encontrou-se em LEONARDO, BRAY & ROSSATO (2009, p. 2) uma

pesquisa realizada em escolas públicas e privadas com salas de aula contendo

alunos deficientes incluídos, buscando compreender como ocorre a

implantação de projetos de Educação Inclusiva no ensino básico, no interior do

Paraná.

A amostra dessa pesquisa foi constituída por dois grupos, totalizando 26

participantes. O primeiro (G1) continha treze professores que trabalham no ensino

regular de duas escolas públicas de ensino básico e que em sala de aula possuem

alunos com deficiência incluídos; o segundo grupo (G2) ficou constituído de treze

professores que lecionam no ensino regular de duas escolas privadas de ensino

básico e que também possuem em sala de aula alunos com deficiência incluídos.

Já a capacitação de que trata o presente artigo compreende a um grupo de 27

profissionais que atuam na Educação Especial e no Ensino Regular da rede

pública, atendendo alunos da área rural e da sede do Município de Rio Branco do

Sul.

O referido estudo foi escolhido porque aborda algumas questões similares

àquelas tratadas na pesquisa realizada pelos professores de Rio Branco do Sul;

como, por exemplo, no que se refere às mudanças ocorridas nas escolas para

atender às exigências da inclusão, questão para a qual mais da metade das

respostas dos dois Grupos (G1 e G2) foram positivas; e quanto às alterações no

espaço físico, as respostas indicam que essas encontram-se em andamento,

principalmente nas escolas da rede pública (G1), diferentemente do que se

observa nas repostas dos professores de Rio Branco do Sul, que sinalizam a

necessidade imediata de adequações para possibilitar a todos os alunos as

condições de acesso e segurança dentro do espaço escolar.

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Sobre as dificuldades enfrentadas na implantação da educação inclusiva, a

maioria dos professores dos dois grupos apontou a falta de preparo/capacitação

profissional (53,3% do total, sendo 76,9% da rede pública (G1)), situação

semelhante observada pelo grupo de professores e profissionais que atuam na

rede pública de Rio Branco do Sul, onde a maioria também respondeu que não

recebeu qualquer capacitação específica para o atendimento de alunos incluídos.

Os resultados de ambos os estudos sugerem que as pessoas com algum

tipo de deficiência, até o momento, conseguiram apenas o direito de acesso à

escola regular, pois a sua permanência está distante de se concretizar numa

escola com ensino adequado e de qualidade.

5 CONCLUSÕES

No presente artigo, descreveu-se uma proposta de capacitação de

profissionais da área de educação especial e do ensino regular de Rio Branco do

Sul no atendimento especializado disponibilizado na rede pública de ensino para

alunos com necessidades educacionais diferenciadas e discutiram-se os resultados

obtidos com sua aplicação.

Os resultados da pesquisa realizada nas escolas da rede publica ensino

mostram, primeiramente, que os professores que passaram pela capacitação

desconheciam muitas das recomendações estabelecidas pela legislação vigente,

em função principalmente das divergências entre os textos das leis federal e

estadual; e, da mesma forma, desconheciam a realidade das instalações das

escolas públicas no tocante às adaptações necessárias à inclusão de alunos com

deficiência; e, nesse sentido, a capacitação atingiu seus objetivos, proporcionando

maior esclarecimento sobre o assunto.

Pela pesquisa de campo, pode-se perceber que a maioria das escolas

pesquisadas necessita implementar melhorias em sua estrutura: promover

adaptações físicas, como alargar as portas das salas, instalar barras de apoio nos

corredores, escadas e rampas, adequar rampas e banheiros para possibilitar

condições de acesso a todos os espaços da escola; assim como ampliar os

recursos didáticos disponíveis, contar com professores especializados em

educação especial e inclusiva e com professores de apoio em sala de aula.

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As respostas obtidas pela avaliação dos profissionais que participaram da

capacitação são animadoras, pois percebe-se que os professores e outros

profissionais, agora estão mais bem preparados para intervir e transformar a

realidade local e, assim, construir um fazer educacional realmente inclusivo,

possibilitando a todos os alunos, igualdade de condições de acesso à educação.

E, como foi possível constatar pelos dados levantados na pesquisa feita nas

escolas, as ações realmente transformadoras dependem de vontade política e

sensibilidade por parte dos gestores, mas, enquanto essas melhorias não

acontecem, os professores que receberam a capacitação reúnem hoje maiores

condições de atender seus alunos incluídos e encaminhá-los para o atendimento

de suporte de que necessitam, usufruindo de um direito assegurado por lei.

Por fim, é preciso ressaltar que Rio Branco do Sul ainda precisa avançar

na temática dos direitos das minorias, em especial as pessoas com deficiência em

todas as áreas e, para tanto, as autoridades locais precisam adequar-se à nova

realidade e à legislação vigente, promovendo as adaptações e melhorias nos

equipamentos públicos e sua infraestrutura, de forma a assegurar o acesso e o

trânsito seguros para esses cidadãos e, principalmente, compreender a inclusão

como um processo que se inicia na família e se fortalece na escola, espaço onde

se constroem conhecimentos e cidadania.

REFERÊNCIAS

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