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Equipamentos de protecção Individual Proteger tão pouco quanto possível, mas tanto quanto necessário”.

Formação de EPis

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Equipamentos de protecção Individual

“Proteger tão pouco quanto possível, mas tanto quanto necessário”.

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A realização pessoal e profissional dos trabalhadores encontra-se na qualidade de vida do trabalho, nomeadamente a que é favorecida pelas condições de segurança, higiene e saúde, uma matriz fundamental para o seu desenvolvimento.

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Segundo a Constituição da República Portuguesa

- Artigo 59º (direitos dos trabalhadores)

Todos os trabalhadores sem distinção…, têm direito:

c) À prestação do trabalho em condições de higiene e segurança.

- Artigo 64º (saúde)

O direito à protecção da saúde é realizado:

b) … Pela melhoria sistemática das condições de vida e de trabalho, …

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O Decreto-Lei n.º 348/93, de 1 de Outubro, no seu artigo 3.º define o EPI como:

Todo o equipamento, bem como qualquer complemento ou acessório, destinado a ser utilizado pelo trabalhador para se proteger dos riscos, para a sua segurança e para a sua saúde.

Definição de EPI

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Não se encontram abrangidos pela definição anterior:

Vestuário vulgar de trabalho e uniformes não destinados à protecção da segurança e da saúde do trabalhador;

Equipamentos de serviços de socorro e salvamento;

Equipamentos de protecção individual dos militares, polícias e pessoas dos serviços de manutenção da ordem;

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Não se encontram abrangidos pela definição anterior:

Equipamentos de protecção individual utilizados nos meios de transporte rodoviários;

Material de desporto;

Material de autodefesa ou dissuasão;

Aparelhos portáteis para detecção e sinalização de riscos e factores nocivos.

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Quando devem ser utilizadosQuando devem ser utilizados

Os EPI’s devem, de acordo com o artigo 4.º daquele diploma, ser utilizados quando os riscos existentes não puderem ser evitados ou suficientemente limitados por meios técnicos de protecção colectiva ou por medidas, métodos ou processos de organização do trabalho.

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A Importância dos

equipamentos de protecção individual

(EPI`S)

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Os perigos são fontes potenciais de acidente, assim os equipamentos de protecção individual surgem como uma forma de controlo de riscos, dentro de limites aceitáveis, já que a sua eliminação só muito raramente é possível.

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Características dos Características dos EPI’sEPI’s

Os EPI’s devem:

ser confortáveis;

ser robustos;

ser homologados (estar conforme com as normas aplicáveis à sua concepção e fabrico em matéria de segurança e saúde);

ser leves;

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Características dos Características dos EPI’sEPI’s

Os EPI’s devem (cont.):

ajustar-se comodamente a quem vai usá-lo, adequando-se às exigências ergonómicas e de saúde do colaborador;

oferecer protecção efectiva contra os riscos para os quais foram fabricado, sem implicar por si próprio um aumento de risco;

ser duráveis

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A Directiva divide os EPIs em 3 categorias de acordo com o grau de risco em que são utilizados:

a) Categoria I – Risco Mínimo. Exemplos: luvas de jardinagem ou de lavar a loiça; óculos de sol, roupa e calçado para usar em condições meteorológicas adversas;

b) Categoria II – Risco Moderado. Exemplos: capacetes de protecção; viseiras e óculos de protecção; roupa, calçado e luvas de protecção para situações de algum risco; auriculares de protecção;

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A Directiva divide os EPIs em 3 categorias de acordo com o grau de risco em que são utilizados:

c) Categoria III – equipamentos que protegem em situações de risco que podem afectar séria e irreversivelmente a saúde.

Exemplos: equipamento de protecção contra calor extremo (>100ºC); equipamento de protecção contra frio extremo (<-50ºC); equipamento de protecção contra risco eléctrico; equipamento de protecção contra risco químico e radiação; equipamento de protecção contra quedas de alturas.

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Obrigações da Obrigações da EmpresaEmpresa

A empresa é obrigada a fornecer gratuitamente aos seus colaboradores, os EPIs adequados ao(s) risco(s) associados às suas tarefas, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes situações:

1. sempre que as medidas de protecção colectiva forem tecnicamente inviáveis, ou não oferecerem completa protecção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou doenças profissionais e do trabalho;

2. enquanto as medidas de protecção colectiva estiverem em fase de implementação;

3. para atender a situações de emergência.

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Obrigações da Obrigações da EmpresaEmpresa

Para tal, a Empresa deve:

a) adquirir o tipo adequado à actividade do empregado;

b) fornecer aos empregados somente EPI’s certificados;

c) treinar o colaborador para o seu uso adequado;

d) tornar obrigatório o seu uso;

e) substitui-lo imediatamente quando danificado ou extraviado.

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Obrigações dos Obrigações dos EmpregadosEmpregados

Constituem obrigações dos empregados:

a) usar o EPI apenas para finalidade a que se destina;

b) usar o EPI de acordo com as instruções do fabricante;

c) responsabilizar-se pela sua manutenção e conservação;

d) comunicar ao empregador qualquer irregularidade que o torne impróprio para o uso.

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Obrigações do Obrigações do FabricanteFabricante

São obrigações do fabricante: a) estar certificado para o fabrico de EPI’s;

b) indicar a nomenclatura, descrição e especificação do EPI;

c) indicar o uso a que se destina;

d) facultar amostra do EPI, marcada com o nome do fabricante e o número de referência;

e) possuir o certificado de aprovação emitido por um dos órgãos especializados.

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Procedimento de Selecção Procedimento de Selecção de EPI’sde EPI’s

Objectivo - definir um modo de actuação na sequência da avaliação dos riscos associados às actividades e processos.

Desta forma, proceder-se-á a uma selecção criteriosa dos EPI’s em função dos riscos avaliados e a uma escolha dos EPIs com as características técnicas mais ajustadas às especificidades das condições de exposição dos trabalhadores aos riscos.

Quando se compra um equipamento tem de se verificar: Se tem aposta marcação CE, de forma visível, legível e

indelével. Declaração CE de Conformidade. Manual de informação em Português.

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Tipos de riscosTipos de riscosO trabalhador pode estar exposto a vários tipos de riscos:

Físicos (cortes, quedas, entalamentos, …);

Químicos (produtos químicos, pesticidas, gases, vapores, poeiras, …);

Biológicos (bactérias, fungos, …).

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Principais Tipos de Protecção Individual

Protecção da cabeça; Protecção dos olhos e rosto; Protecção das vias respiratórias; Protecção dos ouvidos; Protecção do tronco; Protecção dos pés e dos membros inferiores; Protecção das mãos e dos membros superiores.

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Protecção da cabeça

A cabeça deve ser adequadamente protegida perante o risco de queda de objectos pesados, pancadas violentas ou projecção de partículas.

A protecção da cabeça obtém-se mediante o uso de capacete de protecção o qual deve apresentar elevada resistência ao impacto e à penetração.

Nos casos de trabalhos em altura, o capacete deve acoplar o francalete ou arnês

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Protecção da cabeça

O capacete é constituído basicamente pelo casco e pelo arnês.

Casco - parte exterior e resistente do capacete, com bordos livres e arredondados, sendo constituído por:

calote: elemento resistente, com acabamento liso, que dá a forma ao capacete;

aba: parte que circunda a calote, de dimensão variável;

viseira: prolongamento da calote sobre os olhos.

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Protecção da cabeça

Arnês - conjunto de elementos destinados a absorver a energia cinética transmitida pelo choque e a manter a posição correcta do capacete sobre a cabeça do utilizador.

Os seus constituintes são: cintas de amortecimento: conjunto de fitas resistente

ligando o casco à banda de cabeça e destinadas a absorver e a distribuir a energia cinética resultante do impacto sobre o capacete;

banda de cabeça: cinta flexível que envolve e se ajusta ao perímetro do crânio;

precinta da nuca: apêndice da banda de cabeça com funções de ajustamento e consequente manutenção de uma posição correcta do capacete.

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Protecção da cabeça

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Protecção dos olhos

Os olhos constituem uma das partes mais sensíveis do corpo onde os acidentes podem atingir a maior gravidade.

Os olhos e também o rosto protegem-se com óculos e viseiras apropriados, cujos vidros deverão resistir ao choque, à corrosão e às radiações, conforme os casos.

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As lesões nos olhos podem ser devidas a diferentes causas:

Acções mecânicas: através de poeiras, partículas ou aparas.

Acções ópticas: através da luz visível, invisível ou raios laser.

Acções térmicas: devidas a temperaturas extremas.

Acções químicas: através de produtos corrosivos ou tóxicos.

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Protecção dos olhos

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Protecção do rosto Vidros de Segurança – transparentes, contra acções mecânicas ou químicas (utiliza-se vidro temperado ou plástico – termoplástico ou plástico termoendurecível). São utilizados, por exemplo, nos trabalhos de rebarbagem e esmerilagem;

Vidros coloridos – de efeito filtrante, contra acções ópticas (utiliza-se os materiais acima indicados ou vidro normal se não for previsível qualquer acção mecânica). São utilizados, por exemplo, em trabalhos de soldadura.

Estes vidros deverão resistir ao choque, à corrosão e às radiações, conforme os casos.

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Protecção do rosto

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Protecção das vias respiratórias

A atmosfera dos locais de trabalho encontra-se muitas vezes, contaminada em virtude da existência de agentes químicos agressivos, tais como gases, vapores, neblinas, fibras, poeiras.

A protecção das vias respiratórias é feita através dos dispositivos de protecção respiratória – aparelhos filtrantes (máscaras).

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Existem basicamente em dois tipos de máscaras :

Descartáveis – possuem uma vida útil relativamente curta e têm a sigla FF (filtro facial) seguida das especificações de protecção do filtro;

De baixa manutenção – possuem filtros especiais para reposição, normalmente de maior duração.

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Tipos de filtros das Tipos de filtros das máscarasmáscaras

Filtros Mecânicos P1, P2, P3 – retêm partículas sólidas e aerossóis líquidos; O nível de protecção aumenta com o algarismo junto à letra P desde eficácia fraca, eficácia média, a eficácia alta;

Filtros Químicos A, B, E, K – cada letra corresponde à protecção para determinado tipo de vapor ou gás; Junto às letras surgem algarismos e a protecção aumenta à medida que aumentam os algarismos.

A máscara a utilizar depende sempre das indicações expressas no rótulo.

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Protecção das vias respiratórias

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Protecção dos ouvidos

O ruído constitui uma causa de incómodo para o trabalho, um obstáculo às comunicações verbais e sonoras. Pode provocar fadiga, distúrbios gastrointestinais, diminuição da memória, irritabilidade, depressão.

Existem dois tipos de protectores de ouvidos:

Auriculares ou tampões;

Auscultadores ou abafadores.

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Protecção dos ouvidos

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Protecção do tronco

O tronco é protegido através do vestuário, que pode ser de diferentes tecidos.

Deve ser cingido ao corpo por forma a evitar a prisão pelos órgãos em movimento. A gravata ou cachecol constituem geralmente um risco.

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Os fatos de protecção individual são divididos em:

Tipo 1 : Impermeável a gases; Tipo 2 : Não impermeável a gases; Tipo 3 : Impermeável a líquidos; Tipo 4 : Impermeável à pulverização; Tipo 5 : Protecção contra partículas; Tipo 6 : Protecção limitada contra salpicos; Tipo 7: Protecção contra partes do corpo.

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Protecção do tronco

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Protecção dos pés e dos membros inferiores

A protecção dos pés deve ser considerada quando há possibilidade de lesões a partir de efeitos mecânicos, térmicos, químicos ou eléctricos.

Quando há possibilidade de queda de materiais, deverão ser usados sapatos ou botas revestidos com biqueira e palmilha de aço.

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Protecção dos pés e dos membros inferiores

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Protecção das mãos e dos membros superiores

Os ferimentos nas mãos constituem o tipo de lesão mais frequente. Daí a necessidade da sua protecção.

O braço e antebraço estão geralmente menos expostos do que as mãos.

A protecção é feita através de luvas, sendo que estas são escolhidas de acordo com a função do trabalhador.

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Protecção das mãos e dos

membros superiores

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Trabalho em Via Pública

O colete de identificação - colete reflector, é indispensável na protecção do colaborador quando em trabalho na via pública.

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Enquadramento Legal

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Por cada acidente que não se dá, há alguém que não fica ferido, há alguém que fica

vivo!!!