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1 1 Formar profissionais criativos é uma ousadia? Maria Angela Barbato Carneiro 1 Rosiene dos Santos de Oliveira 2 1. Um início de conversa Os últimos anos têm sido caracterizados por sucessivas crises e transformações do ponto de vista da escola e da docência. A instituição em suas práticas e condições parece ter regredido a períodos anteriores à Idade Média. Na prática são muitos os desafios a serem superados que vão desde a falta de infraestrutura, até o processo de formação. De quem é a culpa? Eis uma questão que todos se fazem, mas que ninguém sabe resolver. Na tentativa de superarmos alguns desafios e sabendo que a formação docente é um deles, buscamos realizar um trabalho que pudesse sugerir aos participantes do eixo temático As diferentes linguagens da infância, no Curso de Pedagogia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo a exploração de espaços, de diversas linguagens, de inúmeras atividades que pudessem transformar as aprendizagens em conhecimentos significativos para os alunos, de modo a torna-los mais reflexivos e menos reprodutivos em suas práticas pedagógicas. Uma vez que ao eixo temático estão aliadas as Atividades Complementares do Curso poderia ser uma forma interessante de trabalho para a criação de projetos motivadores e diferenciados de atuação a serem aplicados em algumas escolas. Após trabalharmos a importância das diferentes linguagens da infância e adentrarmos por um aprofundamento maior de algumas delas, como por exemplo, arte, desenho, música e dança, solicitamos aos alunos que pesquisassem os pontos culturais dos bairros onde os estudantes de Pedagogia 1 Maria Angela Barbato Carneiro é professora doutora Titular do Departamento de Fundamentos da Educação do Curso de Pedagogia , da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde coordena o Núcleo de Cultura e Pesquisas do Brincar. 2 Rosiene dos Santos de Oliveira é bibliotecária e aluna do sexto semestre do Curso de Pedagogi a noturno da Pontifícia Universidade Católica de são Paulo.

Formar profissionais criativos é uma ousadia? - pucsp.br€¦ · transformar as aprendizagens em conhecimentos significativos para os alunos, ... 4.3 Montar um dominó com as fotos

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Formar profissionais criativos é uma ousadia?

Maria Angela Barbato Carneiro1 Rosiene dos Santos de Oliveira2

1. Um início de conversa

Os últimos anos têm sido caracterizados por sucessivas crises e transformações

do ponto de vista da escola e da docência. A instituição em suas práticas e

condições parece ter regredido a períodos anteriores à Idade Média.

Na prática são muitos os desafios a serem superados que vão desde a falta de

infraestrutura, até o processo de formação.

De quem é a culpa?

Eis uma questão que todos se fazem, mas que ninguém sabe resolver.

Na tentativa de superarmos alguns desafios e sabendo que a formação docente

é um deles, buscamos realizar um trabalho que pudesse sugerir aos

participantes do eixo temático As diferentes linguagens da infância, no Curso

de Pedagogia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo a exploração de

espaços, de diversas linguagens, de inúmeras atividades que pudessem

transformar as aprendizagens em conhecimentos significativos para os alunos,

de modo a torna-los mais reflexivos e menos reprodutivos em suas práticas

pedagógicas.

Uma vez que ao eixo temático estão aliadas as Atividades Complementares do

Curso poderia ser uma forma interessante de trabalho para a criação de projetos

motivadores e diferenciados de atuação a serem aplicados em algumas escolas.

Após trabalharmos a importância das diferentes linguagens da infância e

adentrarmos por um aprofundamento maior de algumas delas, como por

exemplo, arte, desenho, música e dança, solicitamos aos alunos que

pesquisassem os pontos culturais dos bairros onde os estudantes de Pedagogia 1 Maria Angela Barbato Carneiro é professora doutora Titular do Departamento de Fundamentos da Educação do Curso de Pedagogia , da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, onde coordena o Núcleo de Cultura e Pesquisas do Brincar. 2 Rosiene dos Santos de Oliveira é bibliotecária e aluna do sexto semestre do Curso de Pedagogi a noturno da Pontifícia Universidade Católica de são Paulo.

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residissem, de modo que modo que pudessem utilizá-los na prática docente. Foi

assim que surgiu o projeto abaixo descrito usando a arte e a alimentação, além

dos recursos do entorno.

PLANO DE AULA: Ciências Naturais

Semana da Alimentação: Visita ao CEAGESP

INTRODUÇÃO

JUSTIFICATIVA

1. Plano de aula: Ciências Naturais: Visita ao CEAGESP

1.1 Objetivo do Projeto

1.2 Desenvolvimento.

1.3 Recursos.

1.4 Atividades aplicadas

1.5 Avaliação.

1.6 Prática Social Final

2. 1ª AULA: SEGUNDA – FEIRA ____ Música: ‘Comer comer’

2.1 Atividades

2.2 Avaliação

3. 2ª AULA: TERÇA – FEIRA ___ Visita ao CEAGESP

3.1 Explicação do Local:

3.2 Roteiro

4. 3ª AULA: QUARTA – FEIRA ____ Atividades em sala

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4.1 Jogo de memória

4.2 Quebra-cabeça

4.3 Montar um dominó com as fotos de frutas e legumes

4.4 Classificação dos alimentos

5. 4ª AULA: QUINTA – FEIRA _____ Pintura e colagem

5.1 Releitura da Obra de Giuseppe Arcimboldo

5.2 Mostrar suas obras

5.3 Confecção das Telas

5.4 Montagem de um mural com as obras

6. 5ª AULA: SEXTA – FEIRA ______ Hora do Conto

6.1 “O NASCIMENTO DO FEJÃOZINHO”

6.2 Dramatização

6.3 Atividade

7. REFERENCIAS

8. ANEXOS

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INTRODUÇÃO Durante as aulas de Ciências Naturais podemos trabalhar com o tema ‘Alimentação’.

Essas aulas sobre o assunto são muito importantes, o aluno aprende a comer melhor.

Através de atividades, os alunos podem começar a degustar melhor os alimentos, comer

verduras, legumes, alimentos saudáveis, frutas, etc.

Durante o projeto, o professor oferece os alimentos diversificados, explicando o que é

cada um, de onde cada um deles veio, como é fabricado, qual tipo de árvore, se é colhido

no chão, entre outras curiosidades que as crianças quiserem saber.

"Com este tipo de atividade as crianças aprendem a comer melhor".

JUSTIFICATIVA

Este Projeto nasceu a partir da aula de Diferentes Linguagens, onde a Profª Maria Ângela

Barbato Carneiro sugeriu que fizéssemos um plano de aula com base em um ponto

turístico/cultural em nosso bairro. As sugestões foram: teatros, museus, Sescs, parques

entre outros lugares relacionados a arte.

Inspirada em Guiseppe Arcimboldo, que retrata a relação do ser humano com a natureza

e o meio ambiente, decidi inovar. E explorando o bairro que morro, escolhi fazer esse

trabalho no CEAGESP.

Sei que o CEAGESP mantém a maior rede pública de armazéns, silos e graneleiros do

Estado e uma das maiores do Brasil. São 34 unidades, entre ativas, locadas ou cedidas,

situadas junto a pólos produtivos e, em sua maioria, interligadas à malha ferroviária, que

atinge todas as regiões de São Paulo.

Essa estrutura pode estocar, simultaneamente, mais de um milhão de toneladas de

produtos agrícolas. Além de grãos – milho, trigo, feijão, soja, sorgo, café etc , a

CEAGESP armazena sementes, farelos, produtos pelletizados (prensados) de soja e de

cítricos, açúcar a granel e produtos embalados, agrícolas ou industrializados.

Além de auxiliar na comercialização de produtos destinados à alimentação humana;

podemos desenvolver junto as crianças a importância de frutas, legumes e verduras,

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verdadeiros símbolos de: sabor, cor, beleza, frescor,natureza, saúde, prevenção de

doenças.

Plano de aula: Ciências Naturais

Plano de aula: Ciências Naturais: Visita ao CEAGESP

Tema: Os alimentos

Turma: Crianças de 5 anos – Educação Infantil

Duração: 1 semana – 5 aulas de 90 minutos.

Objetivo do Projeto.

• Refletir sobre o hábito alimentar;

• Contribuir para uma mudança de hábito alimentar;

• Conhecer os alimentos, seus nutrientes e vitaminas;

• Compreender o caminho da produção ao consumo e do papel de cada agente;

• Aproximar a criança da agricultura;

• Identificar vários tipos de alimentos;

• Desenvolver o conceito de alimentação e saúde;

• Desenvolver os conceitos de quantidade, cores e formas;

• Estimular a criatividade, imaginação e a observação;

• Desenvolver a psicomotricidade e a socialização.

Desenvolvimento. Trabalhar a alimentação através das seguintes competências e habilidades: Jogos da

memória, músicas, confecção de murais, histórias, experimentos, quebra-cabeça, dominó

de frutas, móbiles, jogo do encaixe, atividades oral e escrita, advinha, visita à Companhia

de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo – CEAGESP.( anexo I ).

Recursos. • Quadro negro, giz, lápis, borracha.

• Lápis de cor, revistas, tesoura, cola e cartolina.

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• Sementes, fitas.

• Feijão, algodão e potinhos plásticos.

Atividades aplicadas

• Músicas

• Colagens

• Atividades com jornais e revistas

• Atividades de português

• Atividades de matemática

• Jogos

• Experimentos

• Pesquisas

.

Avaliação.

Realizar observações das contribuições individuais e resultados parciais de cada aluno. A

participação individual e coletiva dentro das atividades realizadas em sala de aula.

Prática Social Final A prática social final pretende evidenciar uma nova postura do aluno diante a situação a

qual se depara. Neste caso, o professor poderá solicitar que os alunos tragam de casa

um cardápio que englobe, de maneira geral, os alimentos mais ingeridos por ele durante

a semana. Com a ajuda da pirâmide alimentar, evidenciar o que pode ser melhorado no

cardápio, acrescentado ou retirado. O objetivo é que os alunos retornem para casa com

um cardápio diferenciado e mais saudável.

1ª AULA: SEGUNDA – FEIRA

Música Apresentação do tema: Falar o nome do projeto e questionar sobre o que esperam

aprender com este título.

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Na forma de cartaz coletivo, ou no quadro negro, escrever: Por que comemos? Ouvir os

alunos e enumerar os diferentes motivos:

• Para crescer;

• Para ter energia;

• Para ter força;

• Para ter saúde;

• Porque é gostoso;

• Porque o estômago dói e faz barulho.

Convidar as crianças a ouvir a música “comer, comer” – Balão Mágico.

O professor poderá entregar a letra da música, no modo impresso, e, junto aos alunos,

destacar os alimentos que eles consideram saudáveis e não saudáveis.

Comer comer3

“A Turma do Balão Mágico”

Quero acordar bem cedinho

Fazer um lanchinho

Laranja, café, leite e pão

Quero também chocolate, iogurte, abacate, biscoito, presunto e melão

Quero comer toda hora uma torta de amora, bolinha de anis ou cajú

Eu gosto mais de torrada e uma baita fritada de carne de cobra e tatu

Eu gosto mais de torrada e uma baita fritada de carne de cobra e tatu

Até de tatu?

De cobra faz mal!

Mas que comilão!

Não, Não, não!

Comer comer, comer comer é o melhor para poder crescer Comer comer, comer comer

é o melhor para poder crescer Quero comer no almoço um bife bem grosso, polenta, batata e arroz

Eu quero carne assada, banana amassada com leite e sucrilho depois

3 Disponível: http://letras.terra.com.br/a-turma-do-balao-magico/711157

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Quero ensopado de frango, sorvete, morango, suspiro, pudim e manjar

Eu vou ficar numa boa comer a leitoa com broa depois do jantar

Eu vou ficar numa boa comer a leitoa com broa depois do jantar

Depois do jantar?

Será que vai dar?

Não vai aguentar!

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Comer comer, comer comer é o melhor para poder crescer Comer comer, comer comer

é o melhor para poder crescer Comer comer, comer comer Comer comer, comer comer Comer comer, comer comer

é o melhor para poder crescer Se eu não como me dá nó nas tripas

Me ataca a gripe, não posso dormir

Incha meus olhos, eu fico tão fraco

que até um mosquito vai me destroir

Se eu não como não posso brincar,

Não consigo falar e começo a tremer

Eu como de uma só vez a comida de um mês

até minha barriga crescer

Eu como de uma só vez a comida de um mês

até minha barriga crescer

Comida de um mês?

Comendo outra vez?

De uma só vez?

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Comer comer, comer comer é o melhor para poder crescer Comer comer, comer comer

é o melhor para poder crescer Comer comer, comer comer

é o melhor para poder crescer

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Comer comer, comer comer é o melhor para poder crescer

Atividades A música nos traz algumas mensagens importantes, tais como, é preciso nos alimentar

para não adoecermos, para termos energia e crescermos fortes e saudáveis, contudo,

ela também fala sobre comer a toda hora, e faz uma verdadeira mistura de alimentos.

Diante da letra, podemos refletir:

• Será que comer a todo o momento, sem respeitar os horários das refeições, é

saudável?

• Será que misturar um monte de alimentos e comer em excesso, não prejudicará

nossa saúde?

• Vocês sabiam que os alimentos estão separados por grupos alimentares, e que

cada um deles apresenta certo tipo de nutriente e vitamina?

Explique que os alimentos construtores são formados por uma grande quantidade de

substâncias responsáveis pelo crescimento do corpo. Exemplos: feijão, ovo, leite, queijo

e carnes (boi, ave, porco e aves dentre outras).

Os alimentos reguladores possuem grande quantidade de substâncias responsáveis pelo

funcionamento do corpo. Exemplos: frutas e verduras. Explore os nomes que conhecem.

Os alimentos energéticos são aqueles que contêm grande quantidade de substâncias

responsáveis pela reposição da energia para o corpo. Exemplos: massas, cereais, arroz,

batata, manteiga, óleo e doces.

Questione:

• Como saber o que comer e a quantidade certa?

• Quais alimentos devemos comer mais?

• Quais alimentos têm que moderar em nossa alimentação?

A partir desses questionamentos apresente aos alunos uma pirâmide alimentar. (anexo

III).

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Separando os alunos em pequenos grupos e entregar para cada grupo as figuras dos

alimentos juntamente com a estrutura da pirâmide alimentar em branco. ( pode-se usar

isopor ou EVA para essa montagem).

Solicitar aos alunos que colem na estrutura da pirâmide as diferentes figuras de

alimentos de acordo com que eles acreditam que devam ser mais ou menos ingeridos

durante o dia.

Explicar que, no topo da pirâmide devem ficar os alimentos ingeridos em menor

quantidade, enquanto que na base, devem ficar os ingeridos em maior quantidade. Após

terminarem as pirâmides, cada grupo deverá apresentar como ficou a estrutura de

alimentação diária.

O professor deve selecionar os erros e situações comuns, para, a partir da pirâmide

correta, fazer as devidas explicações.

Avaliação O professor deverá avaliar por meio de observações e registros individuais se os alunos

conseguiram aprender sobre a estrutura da pirâmide alimentar.

2ª AULA: TERÇA – FEIRA

Visita ao CEAGESP

Explicação do Local:

O Centro de Distribuição de São Paulo, na capital, surgiu na década de 60, quando

o crescimento de São Paulo exigia uma central atacadista de grande porte, capaz de

atender a população do Estado. O Mercado Municipal, que respondia pelo

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abastecimento desde 1933, já não atendia a crescente demanda. Iniciaram-se, então, as

obras da Central de Abastecimento na Vila Leopoldina, Zona Oeste da Capital. Uma

enchente no Mercadão, em 1966, precipitou a inauguração do novo Entreposto, com área

17 vezes maior que o antigo mercado.

Atualmente, o CEAGESP está entre os maiores do mundo em volume de

comercialização. Por seus portões passam, todos os dias, mais de 10 mil toneladas de

frutas, legumes, verduras, pescados e flores, vindos de todas as regiões do Brasil e do

exterior, e abastecem mais de 60% da Grande São Paulo. Em seus 700 mil metros

quadrados, o entreposto da capital recebe intenso fluxo de veículos de carga e população

de cerca de 30 mil pessoas/ dia.

Roteiro • Passeio com as crianças no pelas barracas. Oportunidade de mostrar as

diferenças entre: Frutas; Legumes; Verduras.

• Deixar que as crianças experimentem os produtos, pegando-os na mão, assim

poderão conhecer suas cores, tamanhos, pesos, aromas e texturas.

3ª AULA: QUARTA – FEIRA

Atividades em sala Baseado na listagem fornecida pelo CEAGESP (anexo II) pode-se montar um dia só com atividades.

• Classificar alimentos - Reguladores, construtores, energéticos e energéticos

extras, através de fichas de classificação.

• Colocar fichas com fotos/desenho de frutas na mesa e solicitar que arranjem

critérios de classificação para que as frutas fiquem organizadas em apenas dois

grupos. Um bom critério de classificação são as sementes, algumas ficam

escondidas dentro da fruta, outra do lado de fora (como caju e morango).

• Jogo de memória

• Quebra-cabeça

• Montar um dominó com as fotos de frutas e legumes.

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4ª AULA: QUINTA – FEIRA

Pintura e colagem:

Releitura da Obra de Giuseppe Arcimboldo 4 Falar sobre o artista ( anexo IV )

Houve um pintor chamado Giuseppe Arcimboldo (1527–1593), que compôs rostos humanos usando cenouras, berinjelas, rabanetes, tomates, cebolas, alhos, uvas, azeitonas, pêssegos, figos... Não sei de onde lhe veio essa idéia e nem como ele conseguiu... Talvez ele acreditasse que nós somos hortas e pomares, onde crescem frutos, legumes e hortaliças. Quem sabe ele estava certo? Rubem Alves - 01/04/2001 - Correio Popular Caderno C (São Paulo)

Mostrar suas obras ( anexo V )

• Confecção das Telas.

Utilizando panfletos de supermercado, revistas, jornais, tinta, lápis de cor, lantejolas, fitas,

papéis coloridos, sementes, para fazer a releitura da obra. ( exemplo: anexo VI)

• Montagem de um mural com as obras

Exposição dos trabalhos com a presença dos alunos, para explicação dos painéis.

5ª AULA: SEXTA – FEIRA Hora do Conto: HISTÓRIA DRAMATIZADA: “O NASCIMENTO DO FEJÃOZINHO” Era uma vez, um feijãozinho que estava dormindo bem quietinho.

Um dia veio à chuva e molhou o feijãozinho e o fez espreguiçar, espreguiçar, espreguiçar

(movimento de espreguiço).

4 Giuseppe Arcimboldo nasceu em Milão (Itália), no ano de 1527. Por meio de sua visão vegetariana, ele explorou a relação do homem consigo mesmo e com a natureza.

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Ao acordar, o feijãozinho ficou com vontade de saber o que estava acontecendo lá fora.

Então, ele se levantou devagarzinho, devagarzinho até ficar em pé. O feijãozinho sentiu

uma luz quentinha, quentinha que vinha do céu e tentou pegá-la com as mãos (esticar os

braços mexendo as mãos e os dedos para cima).

Neste momento, veio um ventinho alegre que brincou com suas folhinhas e convidou-o

para dançar. O feijãozinho balançava suas folhinhas para lá e para cá (as crianças

devem balançar os bracinhos para um lado e para outro).

E assim, nasceu o feijãozinho (neste momento, as crianças deverão já estar todas em

pé).

OBS: A dramatização pode ser feita com outras crianças fazendo o papel de Sol, vento,

chuva ou agricultor cuidando e regando o feijãozinho. Os feijões podem ser o restante da

sala.

As crianças que ficaram com o papel do feijão, ficam agachadas, abraçando as

perninhas. (O professor com voz suave ensina as seqüências gestuais para a

dramatização).

Atividade: Experiência - Germinação do Feijão

• Fazer experiência e observar as etapas do desenvolvimento de um feijãozinho

(plantio

do feijão em um potinho e depois as crianças relatarão cada fase da experiência);

• Elaborar frases sobre a germinação do feijão, relatando cada etapa da experiência.

Ao final, cada criança levará seu potinho com o feijão plantado;

• Cada criança deverá cuidar pessoalmente de seu potinho, colocando água, levando-o

para tomar Sol com a responsabilidade de trazê-lo de volta depois;

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REFERENCIAS A experiência do feijão, disponível em http://comofas.com/como-fazer-a-experiencia-do-feijao-no-algodao/. Pesquisado em 08 de junho de 2012. CEAGESP - Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo, disponível em http://www.ceagesp.gov.br/. Pesquisado em 04 e 05 de junho de 2012.

Vida e obra de Giuseppe Arcimboldo, disponível em http://www.construirnoticias.com.br/asp/materia.asp?id=840. Pesquisado em 08 de junho de 2012. Música Comer Comer, A Turma do Balão Mágico, disponível em http://letras.terra.com.br/a-turma-do-balao-magico/711157. Pesquisado em 08 de junho de 2012. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – Vol 3 – Disponível em http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf. Pesquisado em 05 de junho de2012.

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ANEXOS

Anexo I

Histórico

A CEAGESP – Companhia de Entrepostos e Armazéns

Gerais de São Paulo – surgiu em maio de 1969, da fusão de

duas empresas mantidas pelo Governo de São Paulo: o

Centro Estadual de Abastecimento – CEASA, e a

Companhia de Armazéns Gerais do Estado de São Paulo –

CAGESP. A empresa que centralizava o abastecimento de

boa parte do País rapidamente consolidou sua atuação nas áreas de comercialização de

hortícolas e armazenagem de grãos.

Em 1977, quando a Companhia ampliou o pavilhão MLP (foto) no Entreposto da Capital,

a comercialização atingiu o recorde de 6,2 mil toneladas de produtos vendidos num só

dia e superou o maior mercado do mundo, o Paris - Rungis, na França. Ainda hoje, o

Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) é considerado um dos maiores centros de

comercialização atacadista do mundo, com a movimentação de 280 mil toneladas de

frutas, legumes, verduras, pescados e flores a cada mês.

No final dos anos 70, a empresa iniciou o processo de descentralização, inaugurando

em São José do Rio Preto a primeira unidade de comercialização fora da Capital.

Atualmente, a Companhia mantém doze unidades no interior, próximas a pólos de

produção e consumo.

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Na mesma época, a empresa também investiu no atendimento ao consumidor. Em 1979,

criou o primeiro varejão com produtos frescos a preços controlados. Em 1983 vieram os

sacolões para vender legumes e verduras por quilo a preço único. Em 1984, surgiram os

comboios, que funcionavam como mini-varejões. E em dezembro de 1994 a CEAGESP

colocou em funcionamento o Varejão Noturno no Entreposto da Capital.

A partir de 1986, os armazéns da CEAGESP passaram a abrigar açúcar ensacado, por

conta da expansão da cultura de cana-de-açúcar que, ao lado da laranja, assumiu a

liderança da agricultura paulista. Em 1997, a CEAGESP foi federalizada e vinculada

ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

A CEAGESP mantém a maior rede pública de armazéns, silos e graneleiros do Estado e

uma das maiores do Brasil. São 34 unidades, entre ativas, locadas ou cedidas, situadas

junto a pólos produtivos e, em sua maioria, interligadas à malha ferroviária, que atinge

todas as regiões de São Paulo.

Essa estrutura pode estocar, simultaneamente, mais de um milhão de toneladas de

produtos agrícolas. Além de grãos – milho, trigo, feijão, soja, sorgo, café etc , a

CEAGESP armazena sementes, farelos, produtos pelletizados (prensados) de soja e de

cítricos, açúcar a granel e produtos embalados, agrícolas ou industrializados. As

unidades de armazenagem prestam serviços como expurgo, secagem, limpeza e outros

que contribuem para reduzir perdas e elevar as condições de comercialização dos

produtos.

A Companhia também emite títulos de crédito especiais (warrants), que possibilitam o

financiamento dos estoques depositados. Produtores rurais, órgãos do governo,

exportadores e importadores, cooperativas e usinas estão entre os clientes da

CEAGESP, que é credenciada pela Bolsa de Mercadorias e Futuros para a guarda de

mercadorias de seus clientes.

O Entreposto Terminal de São Paulo da CEAGESP é também ponto de referência na

venda de pescados. Integrando cerca de 70 empresas de pesca e comercialização de

peixes, constitui-se em importante centro Atacadista de Pescados.

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Além da atividade atacadista, a CEAGESP se destaca no comércio varejista de

hortifrutigranjeiros, carnes, aves, flores e outros produtos, através de serviços conhecidos

como Varejões e Feira de Flores.

Oferece ainda, serviços de apoio ao agricultor, ao comerciante e ao consumidor,

assumindo também, novos compromissos com o desenvolvimento de programas de

responsabilidade social.

Anexo II FRUTAS

ABACATE AVOCADO ABACATE FORTUNA ABACATE MARGARIDA ABACATE QUINTAL ABACAXI HAVAI ABACAXI PEROLA ACEROLA FRESCA AMEIXA ESTRANG. AMERICANA AMEIXA ESTRANG. ARG./CHI. ATEMOIA BANANA MACA BANANA NANICA BANANA OURO BANANA PRATA BANANA TERRA CAJU CAQUI FUYU CAQUI GIOMBO CAQUI KYOTO CAQUI RAMA FORTE CARAMBOLA CEREJA COCO VERDE DAMASCO ESTRANG FIGO FRUTA DO CONDE GOIABA BRANCA GOIABA VERMELHA

GRAVIOLA JABUTICABA JACA KIWI ESTRANG. CHILENO KIWI NACIONAL LARANJA BAIA LARANJA LIMA LARANJA PERA LARANJA SELETA LIMA PERSIA LIMAO TAITI MACA ESTRANG. GRANNY SMITH MACA ESTRANG. RED DEL MACA NACIONAL FUJI MACA NACIONAL GALA MACA NACIONAL GOLDEN MAMAO FORMOSA MAMAO HAVAI MANGA HADEM MANGA PALMER MANGA TOMMY MARACUJA AZEDO MARACUJA DOCE MELANCIA REDON/COMPRIDA MELAO AMARELO MEXERICA RIO MORANGO

NECTARINA ESTRA AMERICANA NESPERA PERA DANJOU PERA PACKNS TRIUMPH PERA ROCHA PERA WILLIAMS PESSEGO QUINCAM ROMA TANGERINA CRAVO TANGERINA MURCOT TANGERINA PONCAM UVA BENITAKA UVA BRASIL UVA ITALIA UVA NIAGARA UVA NIAGARA UVA NIAGARA UVA RUBI UVA RUBI UVA RUBI UVA THOMPSON UVA ESTRANG. CRINSSON UVA ESTRANG. MOSCATEL UVA ESTRANG. RED GLOBE UVA ESTRANG. THOMPSON

LEGUMES

ABOBORA JAPONESA ABOBORA MORANGA ABOBORA PAULISTA ABOBORA SECA

ABOBRINHA BRASILEIRA ABOBRINHA ITALIANA ALCACHOFRA BATATA DOCE AMARELA

BATATA DOCE ROSADA BERINJELA BERINJELA JAPONESA BETERRABA

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CARA CENOURA CHUCHU COGUMELO ERVILHA TORTA FEIJAO CORADO GENGIBRE INHAME JILO REDONDO MANDIOCA

MANDIOQUINHA MAXIXE PEPINO CAIPIRA PEPINO COMUM PEPINO JAPONES PIMENTA VERMELHA PIMENTA CAMBUCI PIMENTA VERDE AMERICANA PIMENTAO AMARELO

PIMENTAO VERDE PIMENTAO VERMELHO QUIABO LISO TOMATE CAQUI TOMATE CEREJA TOMATE MADURO TOMATE SALADA VAGEM MACARRAO CURTA

VERDURAS

ACELGA AGRIAO ALFACE AMERICANA ALFACE CRESPA ALFACE LISA ALFACE MIMOSA ALFACE ROMANA ALHO PORRO ALMEIRAO ASPARGO BROCOLOS BROCOLOS NINJA CATALONHA

CEBOLINHA CHICORIA COENTRO COUVE COUVE BRUXELAS COUVE FLOR ERVA DOCE ESCAROLA ESPINAFRE GOBO HORTELA LOURO MANJERICCO

MILHO VERDE MOIASHI MOSTARDA NABO OREGANO PALMITO PUPUNHA RABANETE REPOLHO LISO REPOLHO ROXO RUCULA SALSA SALSAO

DIVERSOS

ALHO CHINES AMENDOIM COM CASCA AMENDOIM SEM CASCA BATATA COMUM BATATA LISA

CANJICA CEBOLA CEBOLA ROXA COCO SECO MILHO PIPOCA

OVOS BRANCO OVOS VERMELHO OVOS CODORNA PINHAO

FLORES

ALSTROMERIA ANGELICA ANTURIO AZALEA DOBRADA BOCA DE LEÃO BRANQUINHA

COPO DE LEITE CRAVINA CRAVO COMUM CRISANTEMO COMUM CRISANTEMO CRESPO CRISANTEMO INDIANOPOLES CRISANTEMO JAPONES

CRISANTEMO MACARRAO CRISANTEMO MANTEIGA CRISANTEMO MARGARIDA CRISANTEMO POLARES DALIA DRACENA ESTATICE

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ESTRELICIA EUCALIPTO SIMERIA FLOR DE TRIGO GERBERA GIRASSOL GLADIOLO GOIVO GRAMA SAO CARLOS

GYPSOFILA LIRIO LISIANTHUS MARGARIDA MINI-ROSA MISTURA MUSGO PEQUENO ORQUIDEA

PALMEIRA ROSA SAMAMBAIA TULIPA VIOLETA VIOLETA MINI

Anexo III

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Anexo IV

Giuseppe Arcimboldo (Pintor italiano ) 1527 – 1593 Giuseppe Arcimboldo nasceu em Milão (Itália), no ano de 1527. Era filho do pintor Biagio

Arcimboldo. No início, Arcimboldo foi discípulo do pai, com quem colaborou no desenho

dos vitrais da catedral de Milão. Em 1551, pintou cinco cotas de armas para Fernando da

Boêmia. O duque estava de passagem por Milão, e, provavelmente, alguém lhe falou de

Arcimboldo. Isso foi antes de se tornar o Imperador Fernando I. É possível que

Arcimboldo tenha sido mais famoso do que julgamos. Não se passariam muitos anos até

ceder às repetidas solicitações do Imperador Fernando I para morar em Praga, na

Tchecoslováquia, recebendo o convite para ser o artista da corte. Durante vários anos,

esteve a serviço dos imperadores Fernando I, Maximiliano II e Rodolfo II.

Em 1562, Arcimboldo deixou a sua terra e entrou na corte do imperador, onde foi

estimado e bem tratado por ele, sendo recebido com grande amabilidade e obtendo um

bom salário. Serviu aos imperadores como arquiteto, cenógrafo, engenheiro, organizador

de festejos e criador de máscaras e fantasias. Os imperadores adquiriram objetos,

plantas e animais exóticos vindos de todas as partes do mundo para enriquecer as

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câmaras de arte e prodígios. Era nessas câmaras que Arcimboldo estudava cada

pormenor de animais e plantas que utilizava em seus quadros.

Na verdade, a corte austríaca, na sua totalidade, estimava-o e amava-o pela sua arte,

assim como pela sua disposição impecável. Quando Maximiliano morreu, sucedeu-lhe o

seu filho Rodolfo, que continuou a dispensar a mesma mercê e afeição a Arcimboldo, tal

como fizera seu pai.

Arcimboldo apreciava transformar um rabanete em um rato? Uma vagem em um inseto?

Com certeza ele expandiu a imaginação de seus contemporâneos e de artistas (e não-

artistas) até os dias de hoje.

Por meio de sua visão vegetariana, ele explorou a relação do homem consigo mesmo e

com a natureza. Ele via uma ligação singular entre seres humanos e outros organismos

vivos.

Suas obras mais famosas são as várias cabeças compostas, que retratam perfis

humanos a partir da reunião de bichos, pessoas, plantas e diversos objetos. Suas telas

não eram vistas, na época, apenas como pinturas: funcionavam como um jogo, uma

brincadeira.

Após vinte e seis anos de serviços prestados a esses grandiosos monarcas e a toda a

casa da Áustria, este nobre e honrado Giuseppe pediu várias vezes ao imperador que lhe

fosse concedida, graciosamente, licença para voltar à sua terra natal para aí desfrutar da

sua velhice. Esse favor foi-lhe finalmente concedido, embora com muita relutância,

porque sua majestade imperial se lhe tornara tão afeiçoado que se sentia pouco inclinado

a privar-se da sua presença.

Arcimboldo morreu em 11 de julho de 1593 e, em pouco tempo, caiu no esquecimento.

Somente no início do século XX, sua obra voltou a ser valorizada, especialmente pelos

surrealistas, que se inspiraram no aparente desvario de suas telas.

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Anexo V

PRIMAVERA VERÃO

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OUTONO INVERNO

Anexo VI

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David Bowers ilustration