Fornos de Sinterização

Embed Size (px)

Citation preview

ATMOSFERAS E FORNOS DE SINTERIZAO Ps metlicos, devido a sua alta superfcie livre especfica, apresentam elevada reatividade; assim, cuidados devem ser tomados para evitar reaes indesejveis entre o material em sinterizao e as fases gasosas presentes na atmosfera do forno. A formao de xidos no compactado, alm de prejudicar a cintica de sinterizao, prejudica as propriedades do material sinterizado.ATMOSFERAS E FORNOS DE SINTERIZAO Sob o ponto de vista da termodinmica, controlar a atmosfera significa evitar que hajam gradientes de potencial qumico entre as espcies qumicas (molculas gasosas e vapores) da fase gasosa (atmosfera do forno) e os elementos qumicos ou fases presentes no material em tratamento (compactado verde). Quando se quer evitar oxidao, por exemplo, deve se controlar o teor de O2, CO2 e H2O na atmosfera, ou seja, o potencial qumico de oxignio na atmosfera do forno deve ser menor do que o de equilbrio do xido com ometal.ATMOSFERAS E FORNOS DE SINTERIZAO Assim, por exemplo, para evitar a descarbonetao da pea, necessrio que o potencial qumico do carbono na atmosfera do forno seja igual ao potencial qumico do carbono presente na amostra. Para tanto, adiciona-se um percentual de CH4 ou CO ao gs do forno. Este percentual depende do teor de carbono presente nas amostras em sinterizao.EQUILBRIO QUMICOConsidere um sistema fechado e isolado do exterior, formado por dois subsistemas 1 e 2, separados internamente por uma parede permevel, condutora trmica e mvel, conforme a figura abaixo. P(1)

T(1)

P(2)

T(2)

A(1) B(1) A(2) B(2) Sistema fechado e isolado Parede mvel e permevel espcies qumicas e ao calor Equilbrio entre slidos e gases Sejam as seguintes reaes: 1) NiO + H2 Ni + H2O.Para uma certa proporo entre H2O/H2 a reao entra em equilbrio, isto , no mudam as quantidades relativas de NiO e de Ni metlico. Ento, a razo H2O/H2 chamada constante de equilbrio da reao. Na realidade, a quantidade relativa de H2O (umidade) no forno est relacionada ao potencial qumico de oxignio na atmosfera do forno 1) NiO Ni + 1/2O2.Para uma certa quantidade de Oxignio (expressa pela presso parcial de oxignio (pO2)) a reao entra em equilbrio. Agora constante de equilbrio da reao a pO2. Se diminuirmos o teor de oxignio, ocorre dissociao do NiO, mas se aumentarmos a quantidade do oxignio no ambiente do forno, vai formar mais xido pela oxidao do Ni. AG(T) = AG0(T) + RTlnKAG0(T) Energia livre de formao dos produtos menos a dos reagentes na temperatura T (disponvel no diagrama de Ellingham) Rconstante universal dos gases (R = 1,987cal/mol.K) K constante de equilbrio. AG(T) a variao da energia livre da reao em questo. Quando esta reao est em equilbrio, teremos AG0(T) = 0, por definio de equilbrio termodinmico. Assim, no equilbrio temos0 = AG0(T) + RTlnK , ouA equao geral do equilbrio: - AG0(T) RT lnK = K = e RTlnK = - AG0(T), ouA AG G0 0(T) (T)RT RTK = | o aC . aD

aA . aB

mn Supor a reao genrica oA + |B = mC + nD. Para esta reao a constante de equilbrio K dada por: onde a representa a atividade de cada componente. A atividade de uma substncia pura ou de um composto puro sempre igual a 1 e a atividade de um componente ou elemento qumico dentro de soluo (slida ou lquida) dada por ai = i .xi (sempre menor do que 1). A atividade de fases gasosas representada pela sua presso parcial. Assim, se na reao genrica acima, por exemplo, B e D forem gases, a constante de equilbrio K ser dada por: K = | o aC . pD

aA . pB

mn Exemplo 1: Reao de formao dissociaoSupor que estamos sinterizando compactados de Ni puro em forno a vcuo, na temperatura de 11500C . Qual a presso parcial mxima de O2 (escreve-sepO2) aceitvel no vcuo para que no ocorraoxidao do Ni na sinterizao? 2Ni + O2 = 2NiO K = exp(-AG0(T)/RT) = e pO2 1 + 52000/(1,987 x 1423)= e18,39 = 9,7 x107 pO2 = 1,03 x 10-8 atm = 0,103 x 10-7 atm = 1,03 x 10-8 atm Um vcuo de 1 x 10-7 atm possui pO2 =0,21 x 10-7 atm e, por tanto no seria adequado! 1 atm = 1 Mpa = 9,87 bar = 756 Torr K = ==K = == e e(aNiO)2(aNi)2.pO2 p pO O2 21 1 - AG0(T) /RT p pO O2 21 11 1- AG0(T) /RT= e2004006008001000 1200 1400 1600 1800- 300 - 280 - 260 - 240 - 220 - 200 - 160 - 140 - 120 - 100 - 80 - 60 - 40 - 20 0 - 180 Temperatura ( 0C )AG0(T)[ ] kcalmol B M M MMMMB2Ca +O2 = 2CaO 2Mg +O2 = 2MgO 4/3Al +O2 = 2/3Al2O3 Ti +O2 = TiO2 Si +O2 = SiO2 T 4/3Cr +O2 = 2/3Cr2O3 C +O2 = CO2 2C +O2 = 2CO 2H2 +O2 = 2H2O 4Cu +O2 = 2Cu2O

2Ni +O2 = 2NiO 2Co +O2 = 2CoO M2/3W +O2 = 2/3WO3 M = Melting pointB = Boiling pointT = Transition pointM2Mn +O2 = 2MnO O H C 100 104 10-20 10-22 10-26 10-24 10-28 10-30 10-32 10-36 10-34 4Ag +O2 = 2Ag2O 4Fe3O4 +O2 = 6Fe2O3

PO2

zero absoluto (0 0K) 10-18 10-16 10-14 10-12 10-10 10-8 10-6 10-4 10-2 2004006008001000 1200 1400 1600 1800- 300 - 280 - 260 - 240 - 220 - 200 - 160 - 140 - 120 - 100 - 80 - 60 - 40 - 20 0 - 180 Temperatura ( 0C )AG0(T)[ ] kcalmol B M M MMMMB2Ca +O2 = 2CaO 2Mg +O2 = 2MgO 4/3Al +O2 = 2/3Al2O3 Ti +O2 = TiO2 Si +O2 = SiO2 T 4/3Cr +O2 = 2/3Cr2O3 C +O2 = CO2 2C +O2 = 2CO 2H2 +O2 = 2H2O 4Cu +O2 = 2Cu2O

2Ni +O2 = 2NiO 2Co +O2 = 2CoO M2/3W +O2 = 2/3WO3 M = Melting pointB = Boiling pointT = Transition pointM2Mn +O2 = 2MnO O H C 100 104 10-20 10-22 10-26 10-24 10-28 10-30 10-32 10-36 10-34 4Ag +O2 = 2Ag2O 4Fe3O4 +O2 = 6Fe2O3

PO2

zero absoluto (0 0K) 10-18 10-16 10-14 10-12 10-10 10-8 10-6 10-4 10-2 Como conseguir p(O2) menor no vcuo ? 1) Evacuar at, por exemplo, 1 x 10-7atm. Neste caso temos aproximadamente 0,21 x 10-7atm de O2 2) Encher o forno com gs neutro (por exemplo, Argnio ou Nitrognio) at 1 atm (presso atmosfrica).Agora temos o gas residual O2 diludo no Argnio (purga). 3) Evacuar at 1 x 10-7 novamente. Agora teremospO2 = (0,21 x 10-7) x (1 x 10-7) = 2,1 x 10-13 atm 1 atm = 0,1 Mpa = 9,87 bar = 756 Torr 10-10 torr = 1,3 x 10-13 atm 2,1x 10-13atm = 1,6 x 10-10 Torr 1 atm = 1 Mpa = 9,87 bar = 756 Torr 10-4Torr = 1,3 x 10-7atm 10-10 torr = 1,3 x 10-13 atm Supor que estamos sinterizando compactados de p de Mn metlico em atmosfera de hidrognio e queremos evitar a sua oxidao. Calcular a quantidade mxima de umidade (H2O) permitida na atmosfera do forno para que no ocorra a oxidao das amostras na temperatura de sinterizao T. K = exp[-AG0(T)/RT]; R = 1,987cal/mol.K Exemplo 2: Reao de oxidao reduoA equao geral da reao: Mn + H2O = MnO + H2Esta formada pelas seguintes equaes elementares, presentes no diagrama de Ellingham: 1) 2Mn + O2 = 2MnO 2) 2H2 + O2 = 2H2O 0 AG

(T) 2Mn + O2 - 2H2 O2 = 2MnO 2H2O 2Mn + 2H2O = 2MnO + 2H2 AG0(T) [1] AG0 (T) [2] Fazendo equao 1 menos equao 2, obtemos: Dividindo tudo por 2, obtemos a equao geralinicial:Mn + H2O = MnO + H2

= AG0(T)[1] - AG0(T)[2]2 Logo podemos escrever tambm para AG0(T) AG0(T) K = exp[-AG0(T)/RT]; R = 1,987cal/mol.K ReaoA (cal/mol) B (cal/mol 0K2) C(cal/mol 0K) Intervalode T (0K) 2H2+ O2 (g) = 2 H2O (g)- 114500,0+ 8,96- 4,42298 a 2500 W (s) + O2(g) = WO2-138500,0-------+ 36,6298 a 1500 2Ni (s) + O2(g) = 2NiO- 116900,0---------+ 47,10298 a 1725 C(s) + 1/2 O2 (g) = CO(g)- 26700,0--------20,95298 a 2500 C(s) + O2(g) = CO2(g)- 94200,0------- 0,2298 a 2000 2Mn(s) + O2(g) =2MnO- 183900,00--------34,80298 - 1500 AG0(T) [1] = - 183900 + 34,8T(em cal/mol) AG0(T) [2] = - 114500 + 8,96T.log.T 4,42T(em cal/mol) AG0(T) = - 34700 4,48T.log.T + 19,61T(em cal/mol) Lembrar que AG0(T) = A + BTlogT + CT!!!!!!!! AG0(T)= AG0(T)[1] - AG0(T) [2]2 T (0c) AG0T (cal/mol) pH2/pH2O (atm/atm) pH2O/pH2 H2O (%) 600- 242961,2 x 1068,2 x 10-70,00000082 700- 233241,7 x 1055,8 x 10-60,00000582 800- 221283,2 x 1043,1 x 10-50,00003109 900- 210598,4 x 1031,19 x 10-40,00011913 1000- 199972,7 x 1033,68 x 10-40,00036865 1100- 189431,03 x 1039,64 x 10-40,00096485 1200- 178964,52 x 1022,2 x 10-30,00221075 1300- 168562,19 x 1024,5 x 10-30,00454844 K = exp[- K = pH2/pH2O ~ H2/H2O = AG0(T)/RT] R = 1,987cal/mol.K exp[- AG0(T)/RT] 200400 6008001000 1200 1400 1600 1800 2000- 300 - 280 - 260 - 240 - 220 - 200 - 160 - 140 - 120 - 100 - 80 - 60 - 40 - 20 0 - 180 Temperatura [ 0C ]BM M MMMMB2Ca +O2 = 2CaO 2Mg +O2 = 2MgO 4/3Al +O2 = 2/3Al2O3 Ti +O2 = TiO2 Si +O2 = SiO2 T 4/3Cr +O2 = 2/3Cr2O3 C +O2 = CO2 2C +O2 = 2CO 2H2 +O2 = 2H2O4Cu +O2 = 2Cu2O

2Ni +O2 = 2NiO 2Co +O2 = 2CoO M2/3W +O2 = 2/3WO3 M = Melting pointB = Boiling pointT = Transition pointM2Mn +O2 = 2MnO

O H C 10-3 10-2 10-1 100 101 102 103 105 106 109 104 108 107 1011 1010 1012 10-4 10-5 1013 1015 1014 1016 10-6 H2

H2OH2

H2O4Ag +O2 = 2Ag2O 4Fe3O4 +O2 = 6Fe2O3

AG0(T)[]kcal mol 2004006008001000 1200 1400 1600 1800- 300 - 280 - 260 - 240 - 220 - 200 - 160 - 140 - 120 - 100 - 80 - 60 - 40 - 20 0 - 180 Temperatura ( 0C )B M M MMMMB2Ca +O2 = 2CaO 2Mg +O2 = 2MgO 4/3Al +O2 = 2/3Al2O3 Ti +O2 = TiO2 Si +O2 = SiO2 T 4/3Cr +O2 = 2/3Cr2O3 C +O2 = CO2 2C +O2 = 2CO 2H2 +O2 = 2H2O4Cu +O2 = 2Cu2O

2Ni +O2 = 2NiO 2Co +O2 = 2CoO M2/3W +O2 = 2/3WO3 M = Melting pointB = Boiling pointT = Transition pointM2Mn +O2 = 2MnO O H C 10-2 10-1 100 101 102 103 104 106 107 1010 105 109 108 1012 1011 1013 10-3 10-4 1014 1016 1015 10-5 COCO2

4Ag +O2 = 2Ag2O 4Fe3O4 +O2 = 6Fe2O3

COCO2

zero absoluto (0 0K) AG0(T)[]kcal mol 2004006008001000 1200 1400 1600 1800 2000 2200- 260 - 240 - 220 - 200 - 160 - 140 - 120 - 100 - 80 - 60 - 40 - 20 0 - 180 Temperatura em 0CAG0(T) kcalmol MSi +O2 = SiO2 TC +O2 = CO2 2C +O2 = 2CO 3/2 Si +N2 = Si3N4

2Ni +O2 = 2NiO emM = Melting pointB = Boiling pointT = Transition pointM2Mn +O2 = 2MnO 2Ti + N2 = 2TiN 40 20 0 - 20 - 40 - 160 - 180 0200 400 600 800 1000 12001400 1600Temperatura em 0C- 60 - 80 - 100- 120- 1403H2 + N2 = 2NH3 4Mo + N2 = 2Mo2N 5Mn + N2 = Mn5N2 3Ba + N2=Ba3N2 Ba Fe4N Si U AG0T

molkcal[] Diagrama de Ellingham para xidos 2004006008001000 1200 1400 1600 1800- 300 - 280 - 260 - 240 - 220 - 200 - 160 - 140 - 120 - 100 - 80 - 60 - 40 - 20 0 - 180 Temperatura ( 0C )B M M MMMMB2Ca +O2 = 2CaO 2Mg +O2 = 2MgO 4/3Al +O2 = 2/3Al2O3 Ti +O2 = TiO2 Si +O2 = SiO2 T 4/3Cr +O2 = 2/3Cr2O3 C +O2 = CO2 2C +O2 = 2CO 2H2 +O2 = 2H2O4Cu +O2 = 2Cu2O

2Ni +O2 = 2NiO 2Co +O2 = 2CoO M2/3W +O2 = 2/3WO3 M = Melting pointB = Boiling pointT = Transition pointM2Mn +O2 = 2MnO O H C 10-2 10-1 100 101 102 103 104 106 107 1010 105 109 108 1012 1011 1013 10-3 10-4 1014 1016 1015 10-5 COCO2

4Ag +O2 = 2Ag2O 4Fe3O4 +O2 = 6Fe2O3

COCO2

zero absoluto (0 0K) AG0T [ ] kcal mol 2004006008001000 1200 1400 1600 1800- 300 - 280 - 260 - 240 - 220 - 200 - 160 - 140 - 120 - 100 - 80 - 60 - 40 - 20 0 - 180 Temperatura ( 0C )AG0T[ ] kcalmol B M M MMMMB2Ca +O2 = 2CaO 2Mg +O2 = 2MgO 4/3Al +O2 = 2/3Al2O3 Ti +O2 = TiO2 Si +O2 = SiO2 T 4/3Cr +O2 = 2/3Cr2O3 C +O2 = CO2 2C +O2 = 2CO 2H2 +O2 = 2H2O 4Cu +O2 = 2Cu2O

2Ni +O2 = 2NiO 2Co +O2 = 2CoO M2/3W +O2 = 2/3WO3 M = Melting pointB = Boiling pointT = Transition pointM2Mn +O2 = 2MnO O H C 100 104 10-20 10-22 10-26 10-24 10-28 10-30 10-32 10-36 10-34 4Ag +O2 = 2Ag2O 4Fe3O4 +O2 = 6Fe2O3

PO2

zero absoluto (0 0K) 10-18 10-16 10-14 10-12 10-10 10-8 10-6 10-4 10-2 Energia livre de formao de solues (Agf) Agf chamada energia livre de mistura ou de formao da soluo e representa o quanto energia livre do sistema diminui quando se forma uma soluo a partir de dois elementos puros.Supor a formao de uma soluo slida pela mistura de dois elementos, A e B: Agf = AgA + AgB = nARTlnaA + nBRTlnaB

Como os termos lnaA e lnaB so nmeros negativos (aA eaB) so menores que 1), Agf tambm um nmero negativo, ou seja, a energia livre diminui na formao de uma soluo slida (slida ou lquida), e representa a fora motriz para a dissoluo Quando o coeficiente de atividade for tal que G aumentaria, no se forma a soluo (o limite de solubilidade atingido). 0 - 10 - 20 - 30 - 40 0,15 Ti + C = TiCZr + C = ZrC1/2 Th + C = 1/2 ThC2 4Cr + C = Cr4C 7/3Cr + C = 1/3Cr7C3

3/2Cr + C = 1/2Cr3C2

W + C = WCSi + C = SiCAG0T kcalmol[] Energia livre em 12000C (14730K) 0,010,030,050,070,090,110,130,17 Nb + C = NbC2Co + C = Co2CAtividade do elemento de liga em soluo AGs(soluto) = RTlna 0- 10- 20- 30- 40Ti + C = TiCZr + C = ZrC1/2Th + C = 1/2ThC24Cr + C = Cr4C 3/2Cr + C = 1/2Cr3C2W + C = WC Si + C = SiC 0,001 0,01 0,1 1,0Nb + C = NbC0,0001- 60a (Atividade do elemento de liga em soluo) AG0(T) kcalmol[] Energia livre por mol de soluto em funo da sua atividade na soluo slidaem T = 12000C (14730K)] Agf = AgA + AgB = RTlnaA + RTlnaB = RT (lnaA + lnaB) Considerando apenas 1 dos elementos do composto sendo dissolvido Considerando 2 elementos do composto sendo dissolvidos ATMOSFERAS E FORNOS DE SINTERIZAO Na sinterizao, as principais reaes entre atmosfera e material que nos interessa controlar so: Equilbrio formao dissociao de compostos (nitretos, xidos, carbetos e outros) Equilbrio oxidao reduo na sinterizao de metais e cermicas no xidas (no caso da Metalurgia do p, os agentes redutores hidrognio e carbono so os mais importantes) Equilbrio carbonetao descarbonetao de aos sinterizados Tipos de Atmosferas de Sinterizao utilizadas As atmosferas de sinterizao mais utilizadas podem ser subdivididas em: - atmosferas neutras (vcuo, argnio); - atmosferas redutoras; - carbonetantes (CO, CxHy); - descarbonetantes (H2 , CO2, H2O); - nitretantes (NH3) - atmosferas oxidantes (O2 , CO2 , H2O) Atmosferas Comerciais a) Hidrognio um timo redutor para Fe, Ni, Cu, Mo, W, e Co, pois estes possuem xidos poucos estveis como pode ser visto no diagrama de Ellingham. Dependendo da pureza pode acontecer oxidao a baixas temperaturas, pois os xidos so mais estveis na faixa de temperaturas menores (estabilidade da maioria dos xidos diminui com o aumento da temperatura). Em muitos casos ocorre oxidao parcial (formao de filmes de xidos ) durante o aquecimento mas, em temperaturas mais elevadas, ou seja, na temperatura de sinterizao, a atmosfera j passa a ser redutora em funo da menor estabilidade do xido. Apresenta forte tendncia a descarbonetao , pela possibilidade de formao de metano com o H2 e da presena de H2O. Tem custo elevado.Cuidado: A mistura Ar- H2 altamente explosiva na faixa de composies de 4% 75% de H2 . A ignio da mistura explosiva ocorre acima de 574 0C.b) Amnia Dissociada A dissociao da amnia ocorre de acordo com areao 2NH3 = N2 + 3H2 . Esta dissociao produz uma atmosfera que contm 75% de H2 e 25% de N2 . Esta atmosfera mais utilizada do que H2 puro, por apresentar menor ponto de orvalho (-35 -45 0C) e ser mais econmica.A amnia descarbonetante. A principal impureza presente na amnia dissociada o resduo de NH3 (tende a nitretar os aos) c) Amonia Queimada Sua composio 80 90% N2 e o restante H2

Pode ser classificada como atmosfera inerte, muito pura, levemente redutora. muito usada na sinterizao de materiais refratrios.d) Atmosferas Obtidas da Reao de Queima de Hidrocarbonetos.A composio depende da razo Ar/Gs, e do tipo de gs utilizado. Se a razo Ar/Gs for < 6/1 ocorre a queima parcial (reao endotrmica) Endogs Se a razo Ar/Gs for entre 6/1 e 10/1 Exogs d1) Endogs Matria prima : propano, butano, gs natural, metanol, gasolina, etc.A composio do produto depende do gs e da razo Ar/gs utilizada na queima do hidrocarboneto e varia entre: 30 50 % de H2 , 18 25 % de CO, 28 48 % de N2 , 0,5 % ou menos de CO2 , 0 0,5 % de CH4 , 0 0,5 % de H2O. Ponto de orvalho de 0 -5 0C. Em geral carbonetante em funo do elevado potencial qumico de carbono na atmosfera d2) Exogas Para a sua produo utiliza-se: gs natural, propano, butano, leo de calefao, etc.Devido as adies maiores de Ar sua queima exotrmica, contendo mais de 50% de N2 e apresenta custos menores do que o endogas. Composio: 57 89 % N2, 0,5 35 % de H2, 05 14% CO, 3 a 10% de CO2, 0 1% CH4 O ponto de orvalho depende da secagem e se situa normalmente entre - 18 +25 0C descarbonetante devido a elevada quantidade de CO2 e H2O presente (utilizado em materiais sem C) d3) Monogas Exogs purificado (remoo do CO2 e H2O) ponto de orvalho de - 40 0C. Sua atmosfera inerte ou levemente redutora (depende do teor de H2) e) Gases Inertes So mais usados: Argnio, Hlio, Nitrognio.Sua eficincia depende da pureza Nitrognio (N nitretante o N2 inerte) So muito caros Fe-C-HEquilibrium Diagram Purificao de Gases possvel reduzir a concentrao de impurezas como O2, CO2 e H2O (agentes oxidantes) atravs de tcnicas de purificao.1) - Remoo do Oxignio a) Adio de H2 atmosfera para permitir a formao de H2O e posterior remoo da umidade por um processo de secagem. A converso facilitada por catalisadores como: Temperatura ambiente : catalisador de platina sobre um suporte de xido. T elevada: catalisador de Cu ou Ni b) Utilizao de material de sacrifcio (p ou cavacos deTi, FeAl, FeSi, etc.) 2) - Remoo do H2O a) passagem por uma fonte fria b) passagem por uma fonte fria a alta presso c) passagem por substncias higroscpicas (Silica Gel) passagem por peneiras moleculares (zeolitos) 3) - Remoo do CO2 a) lavagem com H2O a alta presso b) aquecer a 1000 oC junto com carvo vegetal C + CO2 = 2CO FORNOS DE SINTERIZAO Os fornos de sinterizao ou queima (no caso da cermica) podem ser: - fornos de batelada (fornos a vcuo e fornos de campnula com atmosfera controlada) - fornos contnuos ( forno de esteira, forno de rolos, forno de empurador, etc.) Os fornos de batelada so utilizados para produo em pequena escala ou para a fabricao de materiais especiais; so muito versteis (permitem alterar a temperatura e a atmosfera de sinterizao facilmente).Os fornos contnuos so utilizados para altas produes; so pouco versteis. Para o ciclo de sinterizao, o forno contnuo podem ser dividido em at 6 regies que so: zona de pr-aquecimento, de delubrificao, de aquecimento, de sinterizao, de restaurao do carbono superficial e de resfriamento. Schematic of the four types of continuos furnaces used for sintering Forno continuo de esteira (Mesh-belt conveyor furnace) Forno de rolos (Roller-hearth furnace) Forno com empurador (pusher furnace) Walking-beamfurnace Longitudinal section of a muffle-type continuous production furnace(Seco longitudinal de forno contnuo de produo tipo mufla) Loading tableBurn-off zone Sintering zone Slow Cooling zone Final Cooling zone Hanping curtsins Unload table Drive mechanismNi-Cr heating elementsSilicon carbide heating elements Meios de Aquecimento dos fornos Os meios de aquecimento mais utilizados so mostrados abaixo: MtodoTemperatura. 0C Gs...............1180 Resistncia Eltrica Fe-Cr-Ni........... 1000 Cr-Ni........... 1150 Fe-Cr-Al (kantal A)..........1300 SiC1350 MoSi2 1600 Mo 1800 W.................................2500 Grafita (C)............ 3000 Aquecimento por Induo..... 3000 Passagem direta de correntepelo Compactado ................. 3200Cuidados Quando o mtodo de aquecimento for o de resistncia deve se tomar alguns cuidados, caso a atmosfera de sinterizao estiver em contato direto com a resistncia: -SiC em atmosfera de hidrognio forma hidreto acima de 1280 0C . Resistncias de Carbeto de Silcio funcionam melhor ao ar, pois forma-se uma fina camada vtrea na superfcie que dificulta a passagem do oxignio para o interior. -Kantal no deve ter contato com a atmosfera de sinterizao (MeC, MeN, MeH). O Kantal tambm funciona melhor ao ar do que em atmosferas redutoras. -W e Mo s podem ser utilizado em atmosferas redutoras ou em alto vcuo.