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Foto Album - Guimel Tamuz 5772

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Album de Fotos do Rebe com histórias, fatos e dados da sua obra e vida

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B”H

Véspera de Guimet Tamuz 5772

Caros alunos e alunas uhjha,

Estamos nos aproximando da data de Guimel Tamuz, o dia que nele nos conec-tamos ao líder da nossa geração - o Rebe de Lubavitch. Muitas de suas histórias vocês já escutaram, as suas melodias já aprenderam, mas neste período especial o impor-tante é interiorizar os seus ensinamentos e aprimorar o nosso comportamento chassí-dico. O Rebe, para nós representa a maneira ideal de uma pessoa se ligar a Hashem. O seu cuidado com a Tefilá e as mitsvot, o carinho demonstrado a cada pessoa na distribuição dos dólares, os profundos ensinamentos e a alegria transmitidos nos Farbrenguens e a sua preocupação pelo bem estar da humanidade em geral e de Am Israel, em especial, servem para nós de exemplo e inspiração a fim de crescermos espiritualmente. O álbum que vocês estão recebendo traz diversos detalhes sobre a liderança do nosso Rebe, além de lindas fotos que nos ajudarão a cumprir “Vehayu Einecha Root Et Morechá” – que os nossos olhos observem atentamente o exemplo transmitido pelo nosso mestre. Possa esta data magna e este projeto encher os nossos corações com uma reno-vada vitalidade no cumprimento da Torá e das mitsvot, reforçando o nosso compor-tamento chassídico e nos ligando à “Ilana Dechayei” a árvore da vida, que é o nosso Rebe, até a vinda de Mashiach brevemente nos nossos dias.

Rabino Ilan Ende Rabino Ari Schapiro Escola Lubavitch Escola Gani

Escrito por: Yanki Bell e Shlomo Freedman Shluchim na Escola Lubavitch - 5772Traduzido por: Moishe Naparstek e Simcha BegunRevisado por: Chani Begun e Marcia EliezerDiagramação e Layout: Shmueli BellEdicão e Direção: Rab. Moti Begun

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“Farbenguen” Ao longo de mais de 40 anos de sua liderança, o Rebe orientou e inspirou os Chassidim durante inúmeras horas de Farbrenguen’s. Na época do Rebe Anterior, o Rebe costumava promover Farbrenguen’s a cada Shabat Mevarechim, (foi um acordo que o Rebe Anterior havia feito com o Rebe antes de ele se casar com sua filha).

Depois do falecimento do Rebe An-terior – No Shabat de 10 de Shevat de 5710/1950 – o Rebe começou a realizar Farbrenguen’s com mais frequência (nas da-tas de 19 de Kislev, 10 de Shevat, Purim, 12 de Tamuz) e discursar Maamarim.

Quando recitava os Maamarim, o Rebe costumava segurar em sua mão um pano ou um objeto. Os chassidim explicaram que o Rebe fazia isso para estar conectado a algo material enquanto proferia explicações pro-fundas da Torá. Quando recitava os Maama-rim, o Rebe fechava os olhos e mantinha seu semblante sério.

Com o decorrer do tempo, o Rebe pas-sou a aumentar ainda mais a frequência dos

Farbrenguen’s. Eles passaram a ser realizados em quase todos os Yoma Depagra (dias festi-vos de Chabad) e também em quase todos os Shabatot, mesmo que não fossem Mevare-chim.

Ao iniciar um Farbrenguen, o Rebe descia para o 770, caminhava até o seu lu-gar, e sentava-se em sua cadeira vermelha. Atrás do Rebe sentavam-se os chassidim e os Rabinos mais importantes da época, e ao redor, pessoas de todos os lugares do mundo, de diferentes costumes e linhas, religiosos ou não.

Em um dos Farbrenguen’s, no ano de 5712/1952, o Rebe ordenou que trouxessem até as crianças de 3 anos. Quando o Rebe começava a falar, pairava um silên-cio absoluto no recinto

Todos ou-viam atentamen-te as explicações do Rebe sobre os mais diferen-tes e profundos ensinamentos da Torá, tais como elucidações sobre o Rashi da Parashá sema-nal, assuntos complexos sobre Guemará, Halachá, Cabalá e até assuntos da atualidade. Entre um pronunciamento e outro, os chassidim cantavam Nigunim e er-guiam copinhos de “Lechaim” em direção ao Rebe. O Rebe retribuía dizendo “Lechaim Ve-livrachá”. Em certas ocasiões o Rebe direcio-nava-se a alguém especifico e pedia-lhe para fazer um “Lechaim”. Estes Farbrenguen’s duravam entre 3 a 5 horas, e nos Chaguim duravam até 9 horas!

Em diversas ocasiões, o Rebe fala-va sobre os acontecimentos mundiais. Um exemplo disto aconteceu em Purim do ano 5713/1953. O Rebe iniciou o Farbrenguen re-citando um Maamar, em seguida comentou os assuntos do dia (explicando sobre Purim

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com mais profundidade). Os nigunim foram entoados e o Farbrenguen prosseguiu. De repente, quando já era tarde da noite, a face do Rebe ficou séria. Os chassidim deduziram que o Rebe discursaria outro Maamar (pois era essa a expressão do Rebe antes de pro-ferir um Maamar), mas ficaram espantados, pois nunca até então o Rebe havia proferido dois Maamarim numa mesma noite. Então o Rebe começou a falar: “Na época da revolu-ção Russa, quando a era dos “Czares” che-gava ao fim e estavam sendo realizadas as primeiras eleições, o Rebe Rashab ordenou aos chassidim que participassem das elei-ções. Mas, apesar de estarem determinados a cumprir a vontade do Rebe eles não esta-vam bem informados em relação à politica

e aos partidos e não sabiam exatamente como agir. Eles foram ao Mi-kve, colocaram o Gartel e saí-ram para votar. Encontraram nas ruas pesso-as gritando em protesto: “Hurra Hurra Hurra !!!”. Os chassidim participaram também dizen-do :“Hu Rá ! Hu Rá ! Hu Rá !“ (ele é mau, ele

é mau, ele é mau)”. O Rebe contou essa últi-ma parte com muita força e vigor, juntando as mãos, apontando para seu lado direito, para sua frente e para o seu lado esquerdo, e assim concluiu a história. Os chassidim fi-caram chocados e surpresos, mas compreen-deram que algo deveria estar acontecendo no mundo. Então todos juntos responderam também “Hu Rá ! Hu Rá ! Hu Rá!“, logo de-pois o Rebe começou a falar um Maamar, e em seguida o Farbrenguen foi encerrado.

Dois dias depois, em 3 de março de 1953, as rádios da Rússia anunciavam uma notícia chocante que mudaria a história da Rússia. Stalin (imach”s) estava morto há

dois dias. Os chassidim então entenderam o que havia ocorrido dois dias antes durante o Farbrenguen de Purim do Rebe.

Após o término da reza, nas tardes de Shabat, os chassidim não voltavam para casa, pois preferiam ficar no 770 para ga-rantir um bom lugar no Farbrenguen se-guinte. Pontualmente às 13:30hs, o Rebe entrava no 770, que já estava lotado de milhares de chassidim.

Assim que o shabat terminava, os “Chozrim”realizavam um importante traba-lho. Eles sentavam, relembravam o conteúdo de todo o Farbrenguen e anotavam em um papel. Em seguida entregavam para o Rebe verificar, corrigir e autorizar a impressão.

Nos Chaguim, os chassidim cantavam 10 nigunim especiais. Iniciavam com o nigun do Baal Shem Tov, e cantavam até o nigun do Rebe - Ata Bechartanu, seguido pelo “Niigun Hakafot” do Rebe Levi Itschak (pai do Rebe).

No final do Farbrenguen dos Chaguim, o Rebe fazia o “Zimun”, em seguida reza-vam Maariv, o Rebe fazia a Havdalá e logo depois o Rebe distribuía o “Cos Shel Bra-chá”. Ele distribuía um pouco do vinho de seu copo para milhares de pessoas, desde

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jovens até idosos. Todos os tipos de pessoas vinham até o 770 depois do Chag para rece-ber a Brachá do Rebe, o que durava várias horas. Certa vez, durante a distribuição do Cos Shel Brachá, anunciaram que, para pre-servar a saúde do Rebe, não deveriam vir tantas pessoas para que o Rebe não ficasse tanto tempo em pé. O Rebe então interrom-peu esse aviso e orientou que todos deve-riam vir, pois isso faria muito bem para a sua saúde. Ele ainda convocou imediatamente todas aquelas pessoas que deixaram de vir, para receber em dobro.

Durante a distribuição do Cos Shel Bra-chá muitos permaneciam no 770 para ver o Rebe dando Brachot, cantando nigunim sem parar. O Rebe, em intervalos, acenava para que cantassem mais forte. Também distri-buía garrafas de “Mashke” geralmente para Shluchim, visitantes especiais e para aqueles que vinham de longe para o 770. O Rebe dava um grande sorriso especialmente para as crianças que passavam durante o Cos Shel Brachá.

“Yechidut” Nas noites em que o Rebe recebia as pessoas para a Yechidut (audiência particu-

lar), passavam por lá as mais diversas perso-nalidades e tipos de pessoas. Desde grandes rabinos, líderes de comunidades, homens de negócios, cientistas, professores, até pesso-as simples. Todos vinham ouvir suas sábias orientações, sobre todos os tipos de assun-tos, seja ajuda nos negócios, trabalho, saúde, ou simplesmente questões da vida, cami-nhos a tomar, dúvidas de como prosseguir sendo um bom judeu e etc.

O Rebe se preocupava com cada um e fazia perguntas com interesse. Seja a uma criança que acabava de entrar na escola, ou para orientações específicas à lideres de comunidades inteiras, e o que fazer nas mais complexas questões que poderiam surgir. Havia visitas também de pessoas do governo americano, e principalmente do governo is-raelense, políti-cos e militares, como também do serviço se-creto de Israel. Podemos dizer que por sua sala, passavam todos os tipos de pessoas, com problemas, dúvidas e agra-decimentos.

Havia diferentes critérios em relação ao tempo que cada pessoa tinha com o Rebe. Uns ficavam um ou dois minutos, outros permaneciam por meia hora ou mais, mas todos sem ex-ceção sentiam que quando estavam lá, em frente ao Rebe, o Rebe estava ali só para ele e mais ninguém, vivenciando e sentindo seus problemas e dificuldades.

Desde o começo de sua liderança, o Rebe recebia as pessoas durante toda a noi-te, domingos, terças e quintas. Às vezes a Ye-chidut prosseguia até as dez horas da manhã do dia seguinte! Para marcar uma Yechidut, era preciso agendar com vários meses de antecedência com os secretários do Rebe.

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Certa vez uma mulher chegou ao 770 e queria entrar em Yechidut, para pedir uma Brachá para seu pai, pois de acordo com os médicos, não havia muito mais o que fazer. Porém não era mais época de en-trar em Yechidut, pois a partir 5742/1982, passaram a ser Klaliot, ou seja, gerais. O secretário tentou explicar, mas ela insistia, até que começou a chorar amargamente. O Rebe, que estava em sua sala, próximo dali, quando escutou alguém chorando, ligou para os secretários, para saber o que estava acontecendo. Quando explicaram ao Rebe, foram orientados a dizer a ela que, se ela acreditava no Rebe, e portanto viera procurá--lo, deveria saber que agora não era a hora propícia para entrar em Yechidut, e que não deveria entrar. Mas ela insistiu que queria

uma “garantia” de que seu pai ficaria sadio. O Rebe respondeu então, através dos secretários, que a análise dos médicos estava equivo-cada e que com certeza seu pai ficaria saudável novamente. Ela não se conten-tou com a res-posta e mostrou os documentos dos médicos de

Israel descrevendo como a situação era críti-ca, mas os secretários garantiram as palavras do Rebe, até que ela se convenceu e saiu. Ao passar algumas semanas, ela voltou ao 770 e pediu aos secretários para agradecer o Rebe, pois os médicos de fato estavam erra-dos, e seu pai estava cada vez melhor.

Semanas antes de entrar em Yechidut, os chassidim se preparavam para este mo-mento, cada um a sua maneira. No dia da Yechidut, algumas pessoas jejuavam, outras recitavam todo o livro de Tehilim, outros da-vam mais Tsedacá, pois sabiam da seriedade deste dia.

As crianças entravam em Yechidut jun-

to com seus pais, ou entrava a família intei-ra. O Rebe começava a falar primeiro com as crianças, geralmente questionava sobre seus estudos e conhecimentos, como por exem-plo perguntando quantas vezes cobrimos os olhos durante o dia? Ou qual é a Brachá da maçã? Quando a criança respondia, o Rebe dava um grande sorriso e demonstrava gran-de satisfação.

“Yechidut Clalit” A partir de Tishrei do ano de 5742 (1981), já não havia mais Yechidut particu-lar. Começaram a realizar a Yechidut Clalit (geral), que ocorria geralmente sete vezes por ano. O Rebe explicou que isto seria como uma Yechidut Pratit (particular), mas com um público maior. A primeira parte desta Yechidut era para os visitantes que vinham de fora para ver o Rebe. O Rebe falava uma pequena Sichá, em seguida recebia as cartas e Panim destas pessoas, e depois dava um dólar para Tsedacá.

Tudo isto era realizado em uma par-te especialmente montada no 770. Do lado

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esquerdo do Rebe, ficavam os homens, e do lado direito do Rebe, as mulheres. Entre os homens e as mulheres havia uma fileira de mesas. Em seguida era a vez da Yechidut Clalit dos jovens de Bar-Mitsvá em diante, e moças de Bat-Mitsvá em diante, e por últi-mo era a vez dos noivos e noivas que esta-vam prestes a se casar. Outro fato peculiar é que na Yechidut Clalit, o Rebe falava para o público com suas mãos em cima da mesa, diferentemente dos Farbrenguen’s, quando suas mãos ficavam em baixo da mesa.

Algumas vezes o Rebe falava em ou-tras línguas, quando havia pessoas que não entendiam Yidish.

“Dólares” Nos últimos anos, o Rebe ficava, aos domingos, desde manhã, após Shacharit, até a noite, distribuindo dólares para cada uma das milhares de pessoas que passavam dian-te dele no 770. Certa vez, o Rebe explicou que quando dois judeus se encontram, algo positivo deve sair a um terceiro, deste en-contro, portanto, quando homens, mulheres e crianças do mundo inteiro vinham ao Rebe, seja para pedir um conselho, uma benção,

ou simplesmente um agradecimento, o Rebe dava um dólar para ser doado para tsedacá. Às vezes pedia também para entregar para a outra pessoa.

Esse costume foi iniciado no dia do aniversário do Rebe (11 de Nissan do ano 5746/1986) que caiu num domingo, e desde então, não se passou sequer um domingo em que o Rebe não distribuía esses dóla-res. E logo, milhares de judeus e não judeus vinham do mundo todo para receber o dólar do Rebe.

Uma vez, uma senhora que estava passando perante o Rebe, não se conteve, e perguntou: - “Rebe como o senhor pode ficar parado em pé por tantas e tantas horas sem descansar, distri-buindo dólares para cada um?!” O Rebe respondeu com um grande sorri-do em sua face: - “Cada judeu e judia são como dia-mantes precio-sos, e quando se conta diamantes não dá pra se cansar!”

Era uma imagem impres-sionante ver milhares de pessoas de todos os tipos, religiosos ou não, de todos as linhas e costumes esperando perto do 770 para rece-ber o dólar do Rebe. Cada um tinha sua his-tória particular e precisava da ajuda do Rebe, cada um se preparava para este momento que durava segundos, mas influenciava a vida de milhares de pessoas seja naquele presente ou futuramente. Até mesmo nos dias de hoje, há muitas histórias que tiveram início nestes domingos especiais.

Muitos jovens e moças, possuem essas cédulas que ganharam do Rebe guardadas com uma estima muito especial.

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Um Ano com o Rebe

Panim na véspera de Rosh Hashaná

Na manhã da véspera de Rosh Hasha-ná, o Rebe ficava na porta de seu escritório recebendo as cartas (panim) das milhares de pessoas que ficavam nas filas. Muitas destas pessoas vinham de fora de Crown Heights para poder entregar sua carta ao Rebe e

receber a sua benção para o novo ano. O Rebe abençoa-va e desejava a cada um “que seja escrito e selado para um ano bom e doce - Ksivo V’Chasimo Toivo L’Shono Toivo U’mesuko”.

Sempre que muitas cartas ficavam acumu-ladas, o Rebe as colocava em um

envelope grande de papel no seu escritório. Mais tarde, quando o Rebe ia ao Ohel, leva-va consigo estes envelopes com as cartas.

Nos últimos anos, o Rebe recebia as pessoas com as cartas em Motsaê Shabat Selichot em torno da 1:45 da madrugada, depois que terminavam Selichot.

No próprio dia de Rosh Hashaná, os secretários traziam envelopes grandes ao shul (770), estes envelopes ficavam sobre a bimá quando o Rebe tocava o Shofar. Mui-tos dizem, segundo várias fontes, que es-sas eram as cartas recebidas antes de Rosh Hashaná.

“O Toque do shofar” Era um dos momentos mais especiais do ano, algo que ninguém queria perder. Milhares de pessoas cobertas com Talit e Ba-churim, tentavam ficar o mais próximo pos-sível do Rebe para poder ouvir o toque do Shofar, antes de começar o Mussaf de Rosh HaShaná.

No término da Haftará, o silêncio era absoluto. Todos se preparavam para ouvir o toque do Shofar. Na Bimá, no centro do 770, havia 3 Shofarot cobertos. O Rebe os posicionava de um modo místico, deixan-do também os vários pacotes de “Panim” juntos, então cobria sua face com o Talit, apoiando-se na Bimá, depois de um certo tempo, descobria o Talit da face, e num tom emocionante e profundo, recitava o “Lame-natseach” sete vezes, numa melodia espe-cial, e todos os milhares que estavam pre-sentes repetiam após o Rebe. Depois disso, o Rebe recitava os Pessukim em outra melodia especial, e então em voz alta e forte, recita-va a Brachá do toque do Shofar. Em seguida, o som do Shofar ecoava pelo 770. Diversas vezes, o Rebe trocava o Shofar, e fazia um

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pequeno intervalo entre as Tekiot.

Um sobrevivente da Rússia comunista fez um relato deste momento especial: “Durante Rosh HaShaná na hora do toque do Shofar, tive o mérito de estar, juntamente com outros pou-cos chassidim perto da Bimá onde ficava o Rebe. Estes momentos jamais esquecerei em toda a minha vida”, contava ele, “e a cada Rosh HaSha-ná estas imagens surgem na minha mente, as-sim como a imagem da Bimá repleta de pacotes de Panim, os Shofarot cobertos, e como o Rebe coberto com o Talit, chorava por alguns minutos. Era possível sentir como o Rebe se importava com cada um, e suplicava a Hashem pelos Yehu-dim”.

“Sentíamos certo medo e temor naquele momento. Até hoje em dia, a cada ano em Rosh HaShaná neste momento, me lembro da forte imagem e do choro do Rebe”.

Um Bachur que esteve lá no ano de 5734/1973 relatou a sua experiência: “Antes dos toques do Shofar, o Rebe pegou o Talit de sua face, cobriu os pacotes de Panim e houve um silêncio total no 770. As pessoas olhavam para o Rebe, e de repente o Rebe começou a chorar muito forte. Durante cerca de dez minutos ouvimos seu choro amargo e tocante, algo in-descritível. Todos lá sentiam-se em outro nível, no qual o Rebe estava atingindo os assuntos do

mundo de uma forma anormal. Na semana seguinte, começou a Guerra de Yom Kipur, e os chassidim explicaram que o Rebe como líder e “pastor” se preocupou e rezou por cada Yehudi, que estavam há vários quilômetros de distância em perigo, em Israel”!

Em geral somente pessoas especiais su-biam na Bimá na hora do toque do Shofar, mas durante alguns anos o Rebe fazia questão de chamar pessoas vindas da Russia comunista e outros representantes do mundo.

Quando terminava as Tekiot, o Rebe vol-tava para seu lugar e virava-se para olhar para todos os presentes por alguns instantes (há um motivo cabalístico, de olhar para a face da pes-soa que tocou o Shofar após os toques). Sua face estava iluminada e ele olhava para cada um que estava ali no 770.”

Uma vez o Rebe perguntou a uma pessoa do Brasil na Yechi-dut: - “Porque seu filho não estava de óculos durante os to-ques do Shofar?” (os óculos tinham quebrado na semana anterior a Rosh HaShaná). Isto mostra como o Rebe se impor-tava e olhava para cada um, como um verdadei-ro líder do Povo Judeu.

Lekach A cada ano, na véspera de Yom Kipur, o Rebe distribuía Lecach para homens, mulheres e crianças. O Rebe começava a distribuir depois de Shacharit e prosseguia até Minchá. Em alguns anos, por razão do grande número de pessoas, o Rebe continuava a distribuir também após Min-chá. O Rebe dava o pedaço de Lecach a cada um e desejava “um ano bom e doce - Shaná Tová Umetucá”.

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Este costume foi iniciado no ano 5711/1951, o primeiro Tishrei depois do falecimento do Rebe Anterior. Naquele ano, depois de Shacharit, os chassidim mais ve-lhos pediram ao Rebe para distribuir Lecach. O Rebe concordou dizendo “O Rebe Anterior disse que este é um costume antigo. O Baal Shem tov dizia “Eu estou te dando um leca-ch, e que D’us te dê um ano doce”. E naque-le momento começou a distribuir Lecach a todos os presentes, abençoando-os em seus assuntos pessoais.

Para os chassidim que não podiam comparecer na véspera de Yom Kipur, o Rebe distribuía Lecach em Hoshaná Rabá ao lado da Sucá. Uma vez, uma pessoa que já tinha recebido seu Lecach na véspera de Yom

Kipur passou novamente em Hoshana Rabá, desculpando-se por estar pedin-do novamente, pois sua filha havia comido o seu Lecach. O Rebe lhe res-pondeu: - “Ela comeu apenas o bolo físico, mas o espiritual con-tinua” e então lhe deu mais um pedaço.

Yom Kipur Em Minchá de Yom Kipur o Rebe en-trava no 770 vestindo o seu chapéu, quando chegava ao seu lugar o colocava de cabeça para baixo no shtender (púlpito). Na reza de Neilá, o Rebe incentivava os nigunim de uma maneira muito forte!

Quando o final da Neilá se aproxima-va, o entusiasmo e fervor do público aumen-tava. Quando a multidão começava a cantar, o Rebe cobria a sua face sagrada com o seu

talit e ocasionalmente batia com a mão no

shtender, impulsionando ainda mais o nigun. Em várias ocasiões, os chassidim puderam perceber que o Rebe chorava e muitas vezes até mesmo em voz alta.

Depois de alguns minutos, o Rebe se levantava sobre a cadeira e incentivava o nigun aplaudindo com muita energia e entu-siasmo. Na há palavras para descrever estes momentos no 770. O público cantava e dan-çava com grande entusiasmo e o sentimento era maravilhoso. Depois disso, o Rebe descia de sua cadeira, voltava ao seu lugar e o pú-blico ficava em silêncio. Nos últimos anos (a partir de 5744/1984) colocavam ao lado da bimá do Rebe um pequeno palco ou escada, sobre o qual o Rebe subia para incentivar os nigunim, ao invés de subir na cadeira.

No ano 5737 (1977) no final de Neilá houve uma grande agitação e empurra-em-purra ao lado da bimá do Rebe e algumas crianças que estavam apertadas subiram na bimá. Quando o Rebe percebeu, sussurrou algo ao secretário. Algumas pessoas imagi-naram que o Rebe não estava feliz com estas crianças e gritaram para que as crianças des-cessem da bimá. Quando o Rebe percebeu, logo disse: “Eu nunca mandei meus filhos embora”. Logo depois, na hora do Avinu Malkênu o Rebe chamou todas as crianças

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para subirem na bima para cantar a “marcha de Napoleão”.

Após a Neilá o Rebe tirava seu chapéu do shtender, e o colocava na cabeça. Depois de Maariv e Havdalá o Rebe desejava a todos “gut yom tov” com uma face radiante e um grande sorriso, e os chassidim respondiam. Em seguida o Rebe cantava “Vesomachto”.

O Lulav do Rebe Durante todos os dias de Sucot, depois que o Rebe recitava a Brachá com seu Lulav e Etrog em sua Sucá, ele os passava também para as pessoas abençoarem. Era um grande mérito fazer a Brachá com o Lulav do Rebe. Milhares de homens e crianças esperavam horas na fila na rua ao lado do 770 para po-der falar a brachá com este Lulav. Em Hosha-ná Rabá, após Shacharit, o Rebe também o passava o seu Lulav para as mulheres e mo-ças.

No ano 5752 (1992) no primeiro dia de Sucot, o Rebe permaneceu ao lado de to-dos enquanto abençoavam com o seu Lulav. Era um momento de grande temor fazer a

Brachá, já que o próprio Rebe estava lá e com sua face séria e seus olhos penetrantes, olhando para cada um que estava ali recitan-do a Brachá. O Rebe ficou ali parado esperan-do por sete horas! Até que todos terminas-sem de abençoar. Este foi o último ano em que os chassidim tiveram o mérito de recitar a brachá com o Lulav do Rebe.

Simchat Beit Hashoeva Na primeira noite de Sucot do ano 5741 (1981), o Rebe virou-se durante a reza de Arvit para o público, apoiando-se em seu shtender. Os chassidim se alegraram muito quando viram que teriam uma surpresa: uma sichá do Rebe!

O Rebe falou por cinco minutos enfa-tizando muito sobre o assunto da alegria neste dia. Desde então o Rebe costu-mou a proferir uma sichá de-pois de Arvit na noite de Sucot.

Na tercei-ra noite de Sucot do ano de 5741 (1981), que caiu no Shabat, o Rebe falou muito sobre o assunto “a alegria rompe qualquer barreira”. Depois dessas Sichot sobre a alegria, muitos chassidim, visitantes de fora e moradores do bairro, saíam para dançar nas ruas, até se jun-tarem na frente do 770 , onde permaneceram dançando por toda a noite até o amanhecer! E na noite seguinte (Motsaê Shabat), o Rebe falou que já que estamos agora em dias da semana, poderiam dançar com instrumentos musicais, e assim foi nas noites seguintes.

Também nos outros anos, nas Sichot das noites de Sucot, o Rebe sempre falava sobre a importância da alegria de Simchat Beit Hashoeva, incluindo as danças nas ruas

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da cidade, pois através disto as “ruas tam-bém dançam”. Também falou para as pessoas que estavam olhando as danças de fora, que entrassem também nas danças.

Simchat Tora Celebrar Simchat Torá no 770 com o Rebe era algo completamente diferente! O Rebe incentivava os nigunim dos chassidim com muita vibração, palmas e gestos e era muito especial.

Assim contou um Chassid que presen-ciou as Hacafot com o Rebe diversas vezes:

“Durante todas as 48 horas de She-mini Atseret e Simchat Torá, especialmente na hora das ha-cafot, era como se o mundo não existisse, pois nós nos sen-tíamos acima do tempo e do espaço. Sentí-amos que no mundo só havia o nigun quan-do estávamos

cantando e dançando com os incentivos do Rebe. Ficávamos olhando para a face sagrada do Rebe, e quando o Rebe direcionava seu olhar para nossos olhos, isso nos colocava em outra esfera, dando-nos forças jamais senti-das antes, para cantar e dançar até cansar”.

“Certa vez um amigo meu quebrou o pé, e teve que andar de muletas durante um tempo inclusive em Shemini Atseret e Simchat Torá. Por este motivo, nas hacafot ele recebeu um ótimo lugar perto do Rebe, onde ele não seria empurrado. Eu lhe pergun-tei posteriormente, em tom de brincadeira: “Será que eu também devo andar de muletas para estar perto do Rebe em hacafot?” Ele

me respondeu: “E você acha que é fácil

estar tão próximo ao Rebe no momento de hacafot? A cada olhar que o Rebe me dava, tenho vontade de cantar e dançar com uma energia que nem imaginava ter dentro de mim!”

E continuou o chassid: “Após o término das hacafot e a saída do Rebe do 770, muitos de nós continuávamos a dançar durante toda a noite. Não éramos capazes de deixar aque-la atmosfera no 770 e ir dormir. Lembro-me de um ano em que dançamos sem parar até as 7:00 horas da manhã, sem mesmo perce-ber que a noite já havia passado! Queríamos aproveitar aqueles momentos o máximo possível”.

O Rebe falava os pessukim do Atá Hareitá, em voz alta. Era possível escutar em todo o 770 quando havia silêncio. Depois o Rebe começava um nigun alegre, de cima da bimá, batia palmas e fazia movimentos com as mãos aumentando o tom da música.

A primeira e a última Hacafá eram cha-madas “as hacafot do Rebe”. Nestas hacafot o Rebe dançava com o Sefer Torá no meio do 770. O Rebe ia do seu lugar ao lado do Aron HaKodesh até a bimá de kriat hatorá no meio do shul, que estava rodeada por mesas deixando um espaço no meio para o Rebe

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dançar com a Torá. Os chassidim apertados lotavam o 770 de ponta a ponta.

Por muitos anos, o Rebe dançava com o seu cunhado - o Rasha”g. Após o faleci-mento do Rasha”g, o Rebe passou a dançar sozinho nestas hacafot. Eram momentos mui-to especiais!

No ano 5741 (1981) o Rebe pediu para que trouxessem todas as crianças do Tsivot Hashem, e o Rebe dançou com eles com muita alegria. Alguns jovens e bachurim que estavam no lugar das hacafot foram ques-tionados pelo Rebe se eles faziam parte do Tsivot Hashem, e em seguida permaneceram somente o Rebe e as crianças no meio dan-çando.

Durante dez anos, à partir de 5714 (1954), em Simchat Torá o Rebe ensinava novos nigunim aos chassidim, tais como Ata Bechartanu, Tsama Lecha Nafshi, Hu Elokênu e outros.

No dia de Simchat Torá o Rebe e o Rebe Anterior eram chamados para Chatan Bereshit.

Chanuká O Rebe lançou uma campanha de Chanucá, na qual o chassidim deveriam se preocupar para que outras pessoas também acendessem as velas de Chanucá. O Rebe en-fatizou sobre os soldados de Israel, desde os escritórios mais importantes do exército, até o posto militar mais distante, nas fronteiras, assim como as viúvas e órfãos dos soldados, para garantir que essas pessoas recebessem também uma quantia de dinheiro de Chanu-cá – Chanucá Guelt.

O Rebe também pediu que fossem para hospitais e lares dos velhos para acen-derem as velas e alegrar as pessoas internas. O Rebe solicitou com especial atenção que os chassidim também fossem às prisões onde se encontravam prisioneiros ju-deus para acen-der com eles as velas de Chanu-cá.

Através destas campa-nhas muitos tiveram o mérito de acender as velas de Cha-nucá no mun-do inteiro, até nos dias de hoje. Os chassidim alegravam os corações destas pessoas, oferecendo um pouco de luz em suas vidas, aproximando-as de Hashem quando estavam precisando de incentivo e carinho e não esperavam receber essa surpresa em Chanucá.

Nesta enorme campanha, o Rebe man-dou promover acendimentos de Chanukiot em lugares públicos, como shoppings, pra-ças e etc., deixando as luzes da Chanukiá ao alcance de todos. Com a presença de auto-ridades, pessoas do governo e nas bases de exército, cada judeu podia ver as chanukiot e lembrar de acender as suas próprias.

Nos últimos anos, a divulgação do acendimento da Chanukiá passou a ocorrer

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também via satélite do 770 para o mundo, num evento chamado “Chanuka Live”, o primeiro episódio deste tipo na história! Esse evento teve início no ano de 5750/1990 e foi transmitido para Yerushalayim, Israel e Rús-sia. No ano seguinte, 5751/1981, acrescenta-ram Paris na França e Melbourne na Austrália. Durante esse evento, vinham crianças de todos os lugares do mundo ao 770. Havia pla-cas em vários idiomas como Hebraico, Inglês, Yidish, Russo, Italiano, Francês, etc.

Foi montado um lugar especial no 770 rodeado de monitores para o Rebe visualizar os outros lugares do mundo. Havia uma câ-mera especial que filmava o Rebe, as crianças e a Chanukiá, para enviar via satélite para o mundo todo em tempo real. O Rebe também

discursou uma pequena Sichá, que foi tradu-zida simulta-neamente para cada lugar. As-sim as pessoas destes lugares sentiam como se estivessem em um encon-tro particular com o Rebe, e eles sabiam que o Rebe também estava os vendo. Foi um momento muito especial,

principalmente para aqueles que nunca tive-ram a oportunidade de ver o Rebe.

Purim O Rebe costumava escutar a leitura da Meguilá em pé e com sua própria Meguilá em mãos. Ele batia seu pé no chão quando era pronunciado o nome de Haman, alternando entre o pé direito e o esquerdo. Quando o nome de Haman era seguido de algum ad-jetivo (como Haman Haguagui, Haman Ben Hamdata etc) ele batia o pé com mais força e por mais tempo.

Ele sorria e ficava feliz quando olhava as crianças fazendo barulho quando ouviam o nome de Haman. Algumas vezes ele comen-tou que os Gabaim olhavam para as crianças com reprovação, para que elas parassem de fazer barulho, mas explicou que as crianças sabem que o Haman ainda existe e deve ser anulado.

O Rebe dava Mishloach Manot para três pessoas: um Cohen, um Levi e um Israel. Também mandava para alguns Rebes de ou-tras linhas e visitantes especiais que vinham a Nova York como os diplomatas e prefeitos de Israel. Haviam ocasiões em que distribuía dinheiro aos pobres logo depois da reza, ao sair da sinagoga. Certa vez o Rebe saiu de sua sala depois de Shacharit e distribuiu pessoal-mente Tsedacá aos pobres que estavam por perto.

Os Farbrenguen’s que o Rebe fazia em Purim eram muitos especiais e duravam mui-tas horas.

Pessach Nos primeiros anos de sua liderança, o

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Rebe distribuía Matsá a todos que passavam ao lado de sua sala. Alguns recebiam uma matsá inteira e outros ganhavam somente um pequeno pedaço. Aqueles que iriam realizar um Seder público, recebiam um pacote intei-ro, assim como aqueles que vinham represen-tar uma comunidade e voltavam ainda antes de Pessach.

O Rebe abençoava cada um dizendo “Pessach Casher veSameach”.

Desde 5738/1978 , o Rebe começou a distribuir estas matsot através dos “Chevrei HaColel”, os recém casados que estudavam no colel, dando a cada um deles algumas mat-sot e que eles distribuíam a outras pessoas. Algumas personalidades e representantes de comunidades continuaram recebendo matsot diretamente do Rebe.

Parada de Lag BaOmer

No ano de 5713/1953, três anos após ter recebido a “Nessiut” (liderança), o Rebe discursou pela primeira vez especialmente para as crianças. O Rebe estava na varanda

do 770 e as crianças estavam no pátio abaixo. No ano de 5716/1956, aconteceu a primeira Parada perante o Rebe. No ano seguinte par-ticiparam crianças de Nova York e das cidades próximas, crianças religiosas e não religiosas. As crianças desfilaram na frente do 770 carre-gando cartazes e imagens de incentivo para cumprir as Mitsvot como “Cuide do Shabat”, “Dê aos seus filhos uma educação judaica”, “uma casa judia é uma casa casher” e etc. O Rebe assistia numa Bimá especialmente cons-truída para este evento. O Rebe olhava para cada uma das crianças com grande satisfação e sorria com orgulho.

No ano de 5727/1967 durante a “Guer-ra do Seis Dias”, quando Israel estava sendo atacado por todos os lados - Egito, Jordânia e Síria, apoiados pelo Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão, o mun-do inteiro es-tava abalado e com medo. To-dos pensavam que esta guerra era um enorme perigo para os judeus de Is-rael e poderia causar milhares de perdas de vidas humanas. Em Nova York acontecia a parada de Lag Baomer do Rebe. O Rebe falou de uma forma firme e forte, que devemos ter confiança em Hashem, cumprir mais mitsvot e que não deveríamos temer, pois tudo daria certo, e todo os povos verão que Hashem está conosco. E assim ocorreu de fato. Foi uma vitória completa do exército israelense que derrotou os inimigos de uma forma milagrosa e inexplicável em seis dias.

No ano de 5730/1970, uma novidade foi acrescentada à Parada. Todas as institui-ções (escolas, Yeshivot e etc.) começaram a montar carros alegóricos de temas judaicos, sobre plataformas que eram levadas por ca-minhões abertos. O exército americano come-çou a mandar representantes para a Parada,

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como a Banda do Exército e exposição de ve-ículos militares. O Rebe prestava atenção nas maquetes e demonstrava muita satisfação. Desde então, os carros alegóricos passaram a fazer parte das Paradas de Lag BaOmer em todos os anos seguintes e em todos os luga-res do mundo.

Shavuot A festa de Shavuot, como todos os “Shelosha Regalim” eram momentos bem alegres junto com o Rebe. O nigun “Vesama-chta Bechaguecha” era entoado com frequên-cia.

Na segunda noite de Sha-vuot , assim como em Pes-sach e Shemini Atseret, havia a “Taaluchá” que era quando o Rebe mandava os chassidim para os quatro cantos de Nova York para falar nas sinagogas palavras de Torá e difundir mensagens

de Chassidut para alegrar as pessoas dessas comunidades. Muitos andavam por até cinco horas para chegar às sinagogas distantes, e cumprir o pedido do Rebe. Muitas vezes, o próprio Rebe saía para ver seus chassidim vol-tando da Taaluchá, e os esperava para falar uma Sichá.

Carinho especial para as Crianças

O Rebe sempre deu uma atenção espe-

cial para as crianças. Ele se dirigia a elas com muito carinho e até participava de atividades e programas para crianças no 770. Muito de seus trabalhos foram direcionados às crianças.

Em Sucot de 5741, o Rebe fundou o Tsi-vot Hashem e instruiu que cada criança fizes-se parte deste exército. O Rebe se interessava muito pelo Tsivot Hashem. Certa vez, durante a distribuição dos dólares, um menino disse ao Rebe que ele havia alcançado o nível de General no Tsivot Hashem, o Rebe abriu um grande sorriso e deu ao menino um dólar extra.

Em 11 Nissan de 5741, o Rebe instruiu que todas as crianças deveriam adquirir uma letra no Sefer Torá, formando assim uma união de todas as crianças em um Sefer Torá. Os chassidim fizeram uma grande campanha para cada criança comprar uma letra da Torá. Até hoje já foram escritos quatro Sifrei Torá e o quinto sefer está sendo concluído. Cada letra pertence a uma criança. Será realizada em breve uma comemoração com um siyum e uma linda festa em Yerushalayim onde esta Torá está sendo escrita.

Durante vários anos o Rebe participou de muitos Rally’s (conferências) para crianças no 770. O Rebe falava recitava uma sichá em

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Yidish, que era traduzido para inglês. Depois as crianças cantavam nigunim e o Rebe as incentivava com as mãos. Muitas vezes can-tavam o nigun “Utsu eitso” que é um passuk especial para as crianças, já que foi a resposta dada à Mordechai quando ele lhes perguntou o que haviam aprendido no Cheder naquele dia. O Rebe explicou algumas vezes que quan-do crianças se juntam e recitam os pessukim, davenen, e dão tsedacá, é a melhor maneira de anular um decreto sobre os Yiden, D’us nos livre. No final destas conferências, o Rebe dis-tribuía moedas de tsedacá para todas as crian-ças através dos professores.

Diversas vezes, o Rebe distribuía às crianças moedas de tsedacá antes do davenen e algumas vezes também durante o dia quan-do saía para o Ohel. Certa vez, em 13 Nissan à tarde, uma criança estava andando perto do escritório do Rebe, quando o Rebe o notou e perguntou: “Por que você não esta estudan-do?” a criança respondeu: “Porque na escola não estão estudando a esta hora”. O Rebe lhe perguntou novamente: “Por que você não está estudando?” A criança não entendeu a pergun-ta e voltou a responder: “Pois na escola não estão estudando agora”. Então o Rebe pegou de sua mesa um livro e disse a criança: “Você vê quantas paginas há neste livro? Olha quan-tos livros há nesta sala, e saiba que existem

muito mais livros, como você vai saber todos estes livros se não estudar?”.

Numa determinada yechidut o Rebe estava conversando com um chassid sobre a educação das crianças em Kfar Chabad, Israel. De repente, o Rebe ficou muito sério e disse: “É preciso investir muito na educação deles, pois essas crianças receberão Mashiach muito em breve”.

Escrevendo para o Rebe

Todos os dias chegavam ao Rebe cen-tenas de cartas de todas as partes do mundo. Mesmo assim o Rebe insistia em abrir cada uma pessoalmente. Certa vez, o Rebe disse: “As pes-soas escrevem coisas particu-lares nas cartas, e é importante para eles que eu pessoalmente cuide disso”.

O Rebe dormia pouco, algumas noites recebia as pesso-as para yechidut e nas outras sentava em casa para responder as cartas. Certa vez, o Rebe disse: “Quando eu sei que existem yehudim esperando pelas minhas respostas, não consi-go dormir”.

Escrever para o Rebe sempre foi uma das coisas mais importantes para os chassidim. Eles costumavam escrever todos seus pedidos ao Rebe. Às vezes o Rebe não conseguia res-ponder a todas as cartas, mas os chassidim sabiam que o Rebe certamente sabia de sua situação e se interessava pelo bem estar ma-terial e espiritual de cada um.

Uma vez um chassid disse ao Rebe em yechidut que as pessoas não querem escrever

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para o Rebe coisas não boas. O Rebe discor-dou dizendo: “Devem escrever tudo!”

Certa vez, uma pessoa escreveu uma carta e a entregou para o Rebe, em nome de um amigo. O Rebe lhe disse: “Diga ao seu amigo que ele próprio escreva a carta, por-que quando eu leio a carta, leio também o que esta entre as letras”. Ou seja, também os sentimentos que não podem ser expressos nas palavras.

Depois de 10 de Shvat 5710, quando o Rebe Anterior faleceu e o Rebe não queria aceitar a liderança, alguns chassidim recla-maram com o Rebe que eles não tinham para quem pedir brachot e escrever cartas, pois o Rebe Anterior não estava fisicamente

entre eles. O Rebe lhes disse que eles podem escrever para o Ohel e o Rebe Anterior daria um jeito de res-ponder.

O próprio Rebe ia muito ao Ohel de seu sogro - o Rebe Anterior. Nessas ocasiões o Rebe levava todas as cartas e pedidos

que havia recebido de

todas as partes do mundo e as lia no Ohel. Nos últimos anos, o

Rebe costumava ir ao Ohel pelo menos duas vezes por semana e ler as milhares de cartas que chegavam. Por várias horas o Rebe ficava lá em pé rezando pelos yehudim. Nesses dias em que o Rebe visitava o Ohel ele jejuava até a volta.

Já fazem 18 anos, desde 3 Tamuz de 5754 (1994) que o Rebe não está de maneira física conosco, e nos encontramos na mesma situação dos chassidim em 5710. Qualquer problema que temos, devemos escrever para o Rebe e levar ou mandar a carta para o Ohel, o Rebe dará um jeito para nos espon-der.

Somente temos que estar confiantes e acreditar no Rebe. Os chassidim não estão abandonados e sempre temos um endereço para nos direcionar, um endereço único e singular.

Lá podemos nos aproximar do Rebe, escrever nossas cartas e o Rebe responde, nos dando Brachot e Hashpaá. Dia após dia, milhares de pessoas vão ao Ohel, muitos não são religiosos e muitos outros nem chegaram a conhecer o Rebe pessoalmente, e somente agora escutaram sobre o Rebe. Todos os dias ocorrem milagres e maravilhas, para estes que visitam e fazem seus pedidos no Ohel, pois lá o Rebe se encontra.

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Precisamos sempre pensar no que o Rebe quer de nós, cumprir o que ele pediu e estar sempre firme em nossa ligação com o Rebe. Através do estudo diário do Sefer HaMitsvot ou simplesmente olhando dentro do Sidur na hora da reza como o Rebe fazia ou aumentando em nossa Ahavat Israel com o próximo. Todo aquele que se sente ligado ao Rebe, o Rebe também esta ligado a ele, escutando e rezando por ele.

O Rebe também nos disse que temos que imaginar a face sagrada de um Rebe. Quando vemos um vídeo ou foto do Rebe fortalecemos nossa ligação com ele.

Os chassidim querem estar próximos ao Rebe fisicamente e quando vemos uma foto ou um vídeo do Rebe, isso fortalece nossa saudade pelo Rebe e nos faz ansiar por vê-lo fisicamente novamente.

O Rebe sempre disse que estamos na ultima geração da Galut e na primeira geração de Gueulá, e a qualquer momento Mashiach se revelará e nos tirará da Galut.

Cada Mitsvá e boa ação que fazemos apro-xima ainda mais a Gueulá. Até a chegada de Mashiach, precisamos sempre refletir e pensar: “O que eu fiz hoje para aproximar Mashiach? Será que eu rezei bem? Será que eu ajudei meu amigo em seu estudo? Será que eu aumentei minha Ahavat Israel? Será que tudo que fiz hoje foi da maneira que o Rebe gostaria?” E assim terminaremos logo com essa Galut e mereceremos prontamente a vinda de Mashiach. E assim veremos no-vamente a face radiante do Rebe sorrindo para cada um de nós. Poderemos novamente escutar as suas Sichot e participar de seus Farbrenguen’s. Novamente mereceremos es-cutar o Tekiat Shofar do Rebe e presenciar as Hakafot com o Rebe. Cada um de nós poderá receber Kos Shel Brachá e dólares do Rebe.

Escutaremos o Rebe dizendo: “B”H saímos da amarga Galut! Parabéns a todos vocês, adultos e crianças, que fizeram tudo o que era possível para chegarmos a este dia que tanto esperamos”.

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u"vk Este álbum pertence a

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Leilui Nishmat

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Por seus filhos e netos

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Em méritoda educação de Dov Bernardowha Illoz

que cresça com muita saúde,alegria e felicidades.

Oferecido,com carinho, por seu pai

Em méritodos alunos e alunas

das Escolas Lubavitch e Gani,que cresçam para serem

“Chassidishe Kinderlach”,com saúde e alegrias.

Oferecido por um pai

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Em méritodos alunos das Escolas

Beit Menachem, Rio de JaneiroQue cresçam como Chassidim, Yerei Shomaim e Lamdonim.

Oferecidopor um amigo das Escolas

Em méritode Joeywha e Sallywhj,a Kalmusque possam nos dar muita

yidishe nachas.

Oferecido pelos seus pais,Ricardo e Sandra Kalmus