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Fotografos e Trabalhos Marcantes. Robert Doisneau – Paris. Robert Doisneau (Fig. 1) nasceu em Gentilly, uma comuna nos arredores de Paris, em 14 de abril de 1912. Em 1936 casouse com Pierrette Chaumaison que ele conheceu em 1934, quando ela estava de bicicleta por uma aldeia onde ele estava de férias. Eles tiveram duas filhas, Annette (nascida em 1942) e Francine (nascido em 1947). De 1979 até sua morte, Annette trabalhou como seu assistente. Ele viveu toda sua vida em Paris e morreu em 1994. Figura 1 – Imagem de Robert Doisneau. Os seus pais faleceram quando ainda era pequeno e cresceu com uma tia. Na adolescência ingressou na École Estienne e especializouse em Litografia. Começou depois a trabalhar como assistente de fotografia, inicialmente ainda um rapazinho tímido. Depois foi fotógrafo industrial na Reunalt e posteriormente fotógrafo de moda na Vogue. Contudo, foi ao trabalhar com Charles Rado que se apaixonou pela busca de histórias de imagem dando seus primeiros passos na fotografia de rua profissional. Quando a Segunda Guerra Mundial eclodiu, foi convocado para o exército francês como um soldado e fotógrafo. Durante o conflito mundial, usou o seu conhecimento em diversas áreas artísticas para falsificar passaportes e documentos de identificação para a Resistência Francesa. Tornouse uma lenda da história da fotografia depois da guerra, momento em que se tornou um profissional freelance. Juntamente com CartierBresson, foi um dos pioneiros do fotojornalismo. A câmara Leica era a sua máquina de eleição. A sua obra ficou registada em mais de vinte livros, onde apresentou a vida sob o ponto de vista da fragilidade humana e como uma série de momentos calmos e incongruentes. Destacaramse os seus retratos e fotos de Paris a partir do final da II Guerra Mundial até os anos 1950. Ganhou inúmeros prémios como Honoré de Balzac (1986), Grand Prix National de la Photographie (1983), Prêmio Niépce (1956) e o Prêmio Kodak (1947).

Fotografos e Trabalhos Marcantes. Robert Doisneau Paris. · do amor jovem em Paris trouxe‐lhe tanto de alegria e reconhecimento, como de problemas. Figura ... Um momento lúdico

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Fotografos e Trabalhos Marcantes. 

Robert Doisneau – Paris. 

Robert Doisneau (Fig. 1) nasceu em Gentilly, uma comuna nos arredores de Paris, em 

14 de abril de 1912. Em 1936 casou‐se com Pierrette Chaumaison que ele conheceu em 1934, 

quando ela estava de bicicleta por uma  aldeia onde ele estava de  férias. Eles  tiveram duas 

filhas,  Annette  (nascida  em  1942)  e  Francine  (nascido  em  1947).  De  1979  até  sua morte, 

Annette trabalhou como seu assistente. Ele viveu toda sua vida em Paris e morreu em 1994. 

 

 

Figura 1 – Imagem de Robert Doisneau. 

Os  seus  pais  faleceram  quando  ainda  era  pequeno  e  cresceu  com  uma  tia.  Na 

adolescência  ingressou na École Estienne e especializou‐se em Litografia. Começou depois a 

trabalhar  como assistente de  fotografia,  inicialmente ainda um  rapazinho  tímido. Depois  foi 

fotógrafo industrial na Reunalt e posteriormente fotógrafo de moda na Vogue. Contudo, foi ao 

trabalhar com Charles Rado que se apaixonou pela busca de histórias de  imagem dando seus 

primeiros passos na fotografia de rua profissional.  Quando a Segunda Guerra Mundial eclodiu, 

foi  convocado  para  o  exército  francês  como  um  soldado  e  fotógrafo.    Durante  o  conflito 

mundial, usou o  seu  conhecimento em diversas áreas artísticas para  falsificar passaportes e 

documentos de identificação para a Resistência Francesa. Tornou‐se uma lenda da história da 

fotografia depois da guerra, momento em que se tornou um profissional freelance. 

Juntamente  com Cartier‐Bresson,  foi um dos pioneiros do  fotojornalismo. A  câmara 

Leica era a sua máquina de eleição. A sua obra ficou registada em mais de vinte  livros, onde 

apresentou a vida sob o ponto de vista da fragilidade humana e como uma série de momentos 

calmos e incongruentes. Destacaram‐se os seus retratos e fotos de Paris a partir do final da II 

Guerra Mundial até os anos 1950. Ganhou  inúmeros prémios como Honoré de Balzac (1986), 

Grand Prix National de la Photographie (1983), Prêmio Niépce (1956) e o Prêmio Kodak (1947). 

A modéstia  e  a  irônia  eram  a  sua  imagem  de marca. O  seu  trabalho misturava  as 

classes sociais que se confundiam nas ruas e cafés de Paris. Nas suas palavras “as maravilhas 

da vida cotidiana são emocionantes”.  

Era detentor de uma humanidade marcante, característica que ficou bem patente ao 

ter recusado fotografar mulheres que viram as suas cabeças raspadas por terem dormido com 

alemães. Tinha como valor pessoal nunca ridicularizar os temas de suas fotografias. 

A história da sua fotografia mais famosa Le baiser de l'Hôtel de Ville (O Beijo do Hotel 

de Ville) (Fig. 2) de 1950, e que veio a tornar‐se um símbolo  internacionalmente reconhecido 

do amor jovem em Paris trouxe‐lhe tanto de alegria e reconhecimento, como de problemas.  

 

Figura 2 – Le baiser de l'Hôtel de Ville. 

Doisneau viu o casal se beijando, mas não fotografou o momento por achar invasão da 

privacidade. Então ele pediu para o casal repetir o beijo e conseguiu – existe uma versão que 

diz que eles teriam sido pagos para isso, já que eram atores. Por um longo tempo não se soube 

quem era o casal, até 1992, mas enfim o casal foi reconhecido como Jean e Denise Lavergne. 

Eles se encontraram com Doisneau e sua mulher, Annette, mas ele se recusou a falar com o 

casal, que acabou processando‐o por  tirar uma  foto  sem permissão, algo que a  lei  francesa 

protege – e afinal, o fotógrafo havia ganho o reconhecimento com os direitos da foto. Enfim 

Doisneau teve de no tribunal afirmar que pediu para o casal posar para beijos repetidos. Ele 

ganhou a causa e ainda deu um print original para os dois como “pagamento pelo trabalho”, 

que foi vendido em leilão posteriormente por 155 mil euros.  

Sua  esposa  morreu  em  1993,  após  demorado  sofrimento  com  as    doenças  de 

Alzheimer e Parkinson. Doisneau morreu seis meses mais tarde, em 1994, com problemas de 

coração e pâncreas. Annette,  sua  filha, disse:  "Ganhámos nos  tribunais...  (a propósito de  Le 

baiser  de  l'Hôtel  de  Ville), mas  o meu  pai  ficou  profundamente  chocado  com  o mundo  de 

mentiras que descobriu nessa altura, e o seu melhor trabalho arruinou os últimos anos de sua 

vida. É justo dizer que ele morreu de tristeza." 

É detentor de uma das frases que mais me  inspira na fotografia: “I don't photograph 

life as it is, but life as I would like it to be.” 

 

2.2.1. Análise e crítica ao trabalho de Robert Doisneau 

 

 

O  trabalho mais  famoso de Robert Doisneau, e que hoje se sabe ser encenado. No entanto, 

mesmo não sendo uma imagem captada aleatóriamente nas ruas, ela tem o instante estático e 

atemporal do amor, enquando a vida passa descontraidamente ao fundo. É uma visualização 

perfeita do amor, como ela é! 

 

Esta é uma série com um ótimo sentido de humor. Dá uma visão bastante global de como a 

sociedade da época via  imagens com cariz sexual ou simplesmente a nudez. Desde as  idosas 

espantadas e/ou indignadas, passando pelo soldado que vislumbrava uma nova visão a surgir, 

o polícia ainda sem saber se era um acto punível ou não, o homem de respeito que apreciava 

escondido, até à distinta  senhora da  sociedade atormentada pelo querer e pelo  respeitável. 

Fascinante. 

 

 

Com um único elemento humano de  tamanho  ínfimo, a  imagem  irradia esperança e alegria. 

Ângulo  escolhido  é  totalemente  atípico,  e  torna  a  imagem  única,  porque  capta  a  essência 

humano sem recurso ao pormenor e ao directo. 

 

Um momento lúdico e de liberdade captado no meio da revolução do stress que se iniciava na 

época.  Um  vislumbre  de  pureza  no meio  uma  sociedade  inebriada  pelo  industrial  e  pelo 

pronto‐a‐fazer. 

 

 

A paisagem citadina e a concentração de um povo num espaço de lazer. Uma visão realista de 

Paris e de como até hoje ela permanece nos imaginários das gentes de todo o Mundo.  

 

Os pães de Picasso, uma fotografia extremamente criativa de um vulto da história das artes de 

todos os tempos. É uma imagem que oferece uma  ilusão de óptica muito interessante, o que 

lhe confere o tão singular humorismo de Robert. 

 

A alegria genuína das crianças, a brincadeira inocente e o movimento cheio de luz da mesma. 

Consegue‐se antever a reacção da dona de casa mal‐disposta que virá à porta, depois de todo 

o grupo fugir pelo horizonte. 

 

As crianças e o bizarro. Não se entende tratar‐se de dois pares de gémeos ou não. Se 

não forem serão irmãos de classes sociais e pontos totalmente distintos na sociedade. 

A diversão dos livres de espírito e a perplexidade dos mais afortunados. Brilhante. 

 

Uma  imagem  que  transmite  uma  sensação  de  solitude  estranha.  Uma  criança  que  sorri 

levemente, mas parece  fugir de um cenário negro, que  reporta para alguma destruição. Um 

rua chuvosa, um caminho sem volta. Interpretação muito dúbia. 

 

Fotografia da  fotografia, enquanto a vida segue o seu curso ao  fundo. Um casa que viu dois 

seres  humanos  a  unirem‐se  e  assim  viverem  por  uma  vida  inteira. Marcação  dos  sinais  do 

tempo.  Pormenores  sem  importância  e  com  toda  a  importância  de  uma  vida.  Objectos 

simplórios que um dia serão a única lembrança do outro. 

 

 

 

 

 

O dia seguinte, o  fim de  festa da mulher boémia. A beleza e o cabelo desalinhado da  ténue 

tristeza de quem ficou sozinha.  

 

Pormenor  inusitado,  provavelmente  nas  margens  do  rio  Sena,  local  de  jovens  artistas  e 

boémios. O  toque da  tecnologia da época  trazido para o  cenário melancólico dos amores e 

casais  apaixonados.  A  jovem,  que  se  começa  a  emancipar  e  a  querer  criar,  a  trazer  a 

modernidade ao universo feminino. 

 

 

 

O quiosque,  imagem de marca de muitas cidades europeias. É notório que foram ressaltadas 

características  típicas  da  imprensa  da  época,  o  que  torna  o  registo  único  e marcante  para 

gerações futuras. 

 

Mais uma vez o  lado humorístico (sem ridicularizar) de Robert. A mistura constante de cenas 

aparentemente rotineiras em episódeos cheios de toque  irónico perante uma sociedade que 

ainda estava a abrir‐se à vida moderna. 

 

Uma  imagem  que  demarca  uma  classe  social  e  um  pensamento  conservador  em  Paris  da 

boémia.  A  porteira  que  governa  o  seu  pequeno  mundo,  num  mundo  em  mudança.  A 

desconfiança perante o olhar atento do fotógrafo. Muito  interessante e cheio de mensagens 

subliminares. 

 

Mais uma imagem marcante do parisience que perdura nos imaginários até aos dias de hoje. O 

apontamento minimalista da mesa e do copo,  imagem de França e dos seus. A presença do 

animal  (pastor de Briard, herói das duas grandes guerras),  tão comum na vida de europeus, 

enquadra na vida totalmente humana, como se de um deles se tratasse. 

 

 

 

As gentes das ruas, numa alusão aos mais jovens de três gerações diferentes: bébé, criança e 

adolescente. Um olhar inocente da mais pequena, o ínicio da rebeldia da menina, a descoberta 

do charme e desdém da adolescencencia. Fantástica. 

 

Um espéctaculo cruel da época. Uma  imagem de prisões e bizarro da sociedade moderna da 

época parisience. A tristeza do animal a acorrentado, a humanização do mesmo com roupas, a 

amontoado de gente para ver o  inédito. Uma brilhante  imagem histórica do pensamento das 

gentes. 

 

Mais uma vez o pastor de Briard, típico nas ruas de Paris até ao dia de hoje. São neste caso 

animais  adestrados  captadospossivelmente num momento d  etreino. Ao  fundo  a  sociedade 

que passa ou se espanta. 

 

Os jovens apaixonados longe dos olhares da cidade. Mais um exemplo das emoções humanas 

captadas com veracidade e em cenários pouco usuais. 

 

 

Uma fotografia fortemente emocional e que me tocou particularmente. A tristeza do músico 

sozinho, enquanto  todos estão  focados em outros  interesses da  rua. O  toque  sarcástico do 

sinal de proibido em cima, enquanto perante olhares indiferentes o homem persiste em tocar. 

 

 

 

A mistura  das  classes  sociais  bem  patente  nesta  imagem.  Os menos  favorecidos  à  frente, 

vendendo para sobreviver, enquanto atrás a vitrine dos glamourosos vestidos de noiva e festa 

promove o enorme contraste. 

 

 

 

 

Mais uma fotografia fortemente emocional com um olhar a ocupar a imagem inteira. 

 

Retrato de homem em  sua  casa,  feliz,  sereno,  calmo. Uma noção alternativa de Paris, onde 

vidas mais  comuns  também existiam.  Imagem  fora do glamour e das histórias do  centro da 

cidade e dos acontecimentos. 

 

 

Cavalo que cai no meio da cidade. Um congelamento de um momento que aos olhos do dia de 

hoje reporta para uma antiguidade completamente perdida; um cavalo na cidade. A tristeza e 

a escuridão da imponência que também adoece e tem fragilidades. 

 

O fantástico, o absurdo, o caricato. Outros mundos dentro de Paris. A ignorância, a beleza e a 

desgraça numa única imagem. 

 

O toque bem‐disposto do curioso numa das imagens de marca de Paris; o pintor. No meio da 

distração dos homens, o pequeno bicho em perfeito contacto com o fotógrafo. Ótimo ângulo, 

que sem mostrar expressões faciais, mostra sentimentos pela simples linguagem corporal. 

 

O artista totalmente camuflado no meio da sua obra. A arte e homem, sem começo nem fim, 

sem extensão e sem interrupções. 

 

Mais uma caricatura de um simples passeio de rua, que se pode transformar num  fotografia 

quase surreal. A imagem da ordem, que também tem monstros e fragilidades. 

 

Um raro momento de chuva, escuridão e  trevas na cidade da Luz. Os efeitos de uma guerra 

que foi ou está para vir. 

 

 

O movimento da  cidade, o  sorriso da mãe. Uma  imagem que  capta  a  vida  agitada,  com os 

homens a  liderarem as  famílias, enquanto havia  sempre  tempo para um  sorriso no meio da 

agitação. 

 

 

É  impressionante  como  se  consegue  captar  uma  imagem  de  época  tão marcante  com  tão 

poucos elementos. A beleza das crianças, que com quase nada se preenchem. 

 

 

Momento  único,  de  brincadeira  e  pura  indignação  de  quem  ficou  de  fora. Muito  caricato, 

cómico e divertido. A importância da atenção e sensibilidade do fotógrafo. 

 

Espétaculo obscuro em Paris. Ângulo excepcional que capta a sensação de proibição sem que 

ela seja evidente.  

 

 

O  gesto de  loucura da paixão. Dançar na  rua  sem plateia e  sem observadores. A  felicidade 

estampada na linguagem corporal, com alusão à boémia.  

 

Crianças à espera de diversão. A sempre constante alusão aos mais novos, à sua inocência.  

 

 

O amor ao natural no meio do quotidiano e da rotina. Os apaixonados no meio de uma feira de 

rua, em ótimo ângulo, em que o amor não é central, mas enche a fotografia por completo. 

 

A  inocência e amor aos animais, no meio de brincadeiras e  felicidade. Momento captado de 

forma única. 

 

Amor  em  tempos de  guerra, de punição  e de  armas. Marcante,  crua,  real  e  fotografo  com 

colocação esplendorosa. 

 

Em tempos de pré e pós guerra, a únião das gentes para melhorar as vidas. 

 

Mais uma alusão à pintura e ao caricato, ao humor. Possivelmente imagem encenada, mas de 

uma crítica atroz aos ditos bons costumes.  

 

Caricato,  apesar  de  não  ser  claro  o  intuito  da mensagem  a  passar.  Talvez  apenas  passar  a 

sensação de incomum. 

 

Sensibilidade excepcional na captação do momento. O ensino severo e conservador. A vontade 

de  liberdade,  o  olhar  inocente  e  solitário  para  o  relógio,  a maravilha  dos  sonhos  de  uma 

crinaça. Incrível. 

 

No  seguimento  da  imagem  anterior,  retrata  o  outro  lado  do  conhecimento  conservador  e 

estático.  Apesar  do  peso  do  ensino  da  época,  era  necessário  tê‐lo  e  momentos  de 

concentração  eram  também necessários. O que pensa  e o que olha  e  copia. Mais um  raro 

momento captado. 

 

 

A boémia dos menos endinheirados. 

 

A boémia dos abastados. 

 

 

O carrossel, elemento várias vezes repetido em cenários de crianças e  imaginário. Aqui a sua 

visão fria, chuvosa e escura. O vazio de pessoa em dia cinzento, o fantasma do brinquedo na 

ausência dos pequenos. 

 

A mistura das classes. Um elemento de modernidade da época de díficil acesso, para os mais 

pobres. E esses, os menos afortunados apenas apreciavam, sem poder tocar e apreciar essas 

outras paixões, a da música, do cinema. Muito marcante do ponto de vista das desigualdades. 

 

A desgraça humana, afundada em mais um copo de alcool. A perda de capacidade, a expressão 

vazia, a tristeza e a apatia. 

 

O humor de Robert, principalmente com o pré‐estabelecido da sociedade. A indignação de um 

padre (a religião) perante o segredo da mulher desconhecida e do homem entretido, perante 

tal comentário. Mais uma crítica, sem rídiculo. Genial.  

 

Retrato  fiel  das  hormonas  da  juventude,  numa  época  onde  se  começava  a  descobrir  o 

proibido. A  sedução  e o  interesse  eram demonstradas  em  grupo, para  ser  aceite  e parecer 

decente. 

 

A vida boémia dentro de portas. O vício, as mulheres, o sorriso não contido. Fascinante. 

 

Construir a partir do nada, viver feliz com um avião falso que o pai conduz com o seu pequeno 

sonhador. Simples e complexo. 

 

Mais  um  apontamento  de  amor  e  entrega  em  cenário  de  pré  ou  pós  guerra.  Imagens  que 

marcam, sem ver um rosto. 

 

 

A passagem impiedosa do tempo, a solidão que fica, vidas cheias que restam em memórias. A 

mim em particular, a solidão de quem teve vidas cheias, com amores e tristezas, e memórias, 

toca nas entranhas. A dureza da consição humana. 

 

Espétaculo com assitência de turistas, com o pormenor da mulher do show a misturar‐se. Fica‐

me o olhar triste e solitário da mesma mulher da vida boémia. 

 

As mulheres abastadas, de  tempo de glamour e mudanças, moda e conquista de direitos. O 

direito a estarem juntas, a disfrutarem do sol, e dos prazeres da vida de forma desprendida e 

sem culpas. 

 

Fotografia de profundidade  rara. A música  clássica, no  silêncio da montanhas.  Imagem  com 

som, frio e melancolia. 

 

Aparentemente  imagem  de  guerra  ou  luta,  que  pelo  que  parece  arrasta  consigo  toda  a 

natureza dura da situação. 

 

A esperança da salvação e da vida (a presença da criança), em cenário negro de industria. Mais 

uma vez um pequeno elemento a preencher toda a mensagem. 

 

Uma das raras  imagens sem elementos humanos, com todo o humorismo que o autor aplica 

quando eles estão presentes. Fantástico. 

 

Alusão ao amor no pormenor. A curiosidade, alheia, quase cobiça de quem olha. A visão do 

amor, tira até a atenção da mãe à sua criança que está sozinha.  

 

A melancolia pacífica do fim da vida. A tristeza e a paz em harmonia. 

 

Festejo de um casamento no meio da boémia. Imagem de forte caracter emocional. A loucura 

do amor, entre perdidos e alegres, entre o alcool e a nova vida. 

2.2.2. Considerações Finais. 

Robert  Doisneau  foi  o  mestre  da  humanidade,  das  emoções,  das  misturas  de  sociedade 

perdidas no meio da sua sempre cidade, Paris. Teve o do seu lado, a “sorte” de ter vivido numa 

época de mudanças, de vidas marcadas e fadadas, do trágico e do belo. 

Fontes 

Wikipedia 

http://totodenadie.blogspot.com.br/2013/03/robert‐doisneau‐fotografo.html 

http://in‐comum2.blogspot.com.br/2009/09/biografia‐robert‐doisneau.html 

http://sonhosdejabuticaba.wordpress.com/2012/12/29/falando‐sobre‐robert‐doisneau‐um‐

fotografo‐um‐artista‐uma‐lenda/ 

http://revista.gq.globo.com/cultura/exposicao‐homenageia‐robert‐doisneau‐fotografo‐da‐

iconica‐imagem‐o‐beijo‐do‐hotel‐de‐ville/ 

 

Focus Escola de Fotografia 

http://focusfoto.com.br  

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