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18/8/2014 Fraude | SSP da Bahia revela novidades da ‘Operação Prometheus’ | Jornal Grande Bahia
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Delegada Susy Brandão fala sobre operação Prometheus.
Fraude | SSP da Bahia revela novidades da ‘OperaçãoPrometheus’
Dois mandados de prisão e sete
de busca e apreensão foram
cumpridos nesta quarta-feira
(13/08/2014), durante a
deflagração da 2ª Etapa da
Operação Prometheus, que
investiga o desvio de verbas
municipais da Secretaria de
Educação e Cultura, com
participação da Organização Não
Governamental (ONG) Pierre
Bourdieu e de servidores da
Universidade Estadual da Bahia
(Uneb). A Investigação apresenta
novos detalhes do esquema fraudulento, descoberto em 2013, foram apresentados na tarde de
hoje, no auditório da Secretaria da Segurança Pública, pela delegada Susy Brandão.
Nesta nova etapa, Hane Adrielle Sanches Alves e Patrícia Santos Ramos, funcionárias vinculadas à
Secult à época dos desvios, foram presas sob a acusação de participação na lavagem do dinheiro
público. Através da conta bancária da dupla, valores que deveriam ser utilizados para prestação de
serviços e aquisição de material para a educação e capacitação de profissionais da área eram
desviados. A análise dos equipamentos e documentos apreendidos na primeira fase da operação,
deflagrada no mês de agosto do ano passado, levou a identificação das “laranjas” e de outros
suspeitos que serão investigados.
Os documentos também comprovaram o superfaturamento na compra de materiais feita pela ONG
com o dinheiro do município. “Nós apreendemos planilhas que mostram claramente a fraude,
detalhando o valor real do item e o valor superfaturado pela ONG. Também encontramos uma
relação com mais de 100 fornecedores que emitiram notas fiscais fraudulentas de serviços
prestados e de materiais comprados, todas sem a aprovação da Secretaria da Fazenda”, detalha a
delegada.
Além das apreensões na casa de Hane e Patrícia, outros quatros funcionários ligados à Secult e o
ex-reitor da UNEB Lourisval Valentim da Silva foram alvo do cumprimento de busca e apreensão
judicial. A Polícia Civil investiga agora a participação destas pessoas na fraude, que deve ficar mais
clara através da análise dos produtos. Entre os itens recolhidos estão CPUs, notebooks, pen drives,
celulares, além de notas ficais.
No total, cinco convênios e um aditivo celebrados entre 2011 e 2012 com a ONG Pierre Bourdieu e
a UNEB giram em torno de R$ 120 milhões, mas o valor desviado na fraude ainda é investigado. A
polícia estima que pelo menos 20% do total foram aplicados indevidamente, através de notas fiscais
“frias” e de superfaturamento. “O trabalho realizado pelo Laboratório de Lavagem de Dinheiro da
Superintendência de Inteligência da SSP foi indispensável para identificar a destinação das quantias
desviadas”, destaca Brandão.
Feira de Santana, 18 de Agosto de 2014
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Jornal Grande Bahia | Redação | Publicado em 14/08/2014
18/8/2014 Fraude | SSP da Bahia revela novidades da ‘Operação Prometheus’ | Jornal Grande Bahia
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Prometheus
As investigações tiveram início em 2012, quando um ex-integrante da ONG Pierre Bourdieu
denunciou a falsificação do seu nome em um documento referente às eleições do quadriênio
2010/2014 da entidade. Desde então, a entidade é alvo de investigação da Polícia Civil e do
Ministério Público.
Em agosto do ano passado, a polícia cumpriu mandado de prisão temporária contra o presidente da
ONG, Dênis de Carvalho Silva Gama, dois diretores, Rubens Antônio Almeida e Michel Souza
Silva, e o contador Petter Souza Silva. Na ocasião, Ítalo Menezes, dono da Multi Comercial, uma
das empresas que forneciam notas fiscais para o esquema, também foi detido.
Operação prende suspeitos de envolvimento em desvio de R$120 milhões em verbas
públicas
Deflagrada na madrugada do dia 13 de agosto de 2014, a segunda fase da ‘Operação Prometheus’
resultou em mais duas prisões e no cumprimento de sete mandados de busca e apreensão,
quando foram recolhidos documentos, computadores e outros equipamentos de mídia que apontam
para um desvio de cerca de R$ 120 milhões. Coordenada pela Secretaria de Segurança Pública do
Estado, por meio da Polícia Civil, a operação conta com o apoio dos promotores do Grupo de
Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais do
(Gaeco) do Ministério Público baiano, coordenado pelo promotor de Justiça Raimundo Moinhos. O
MP está acompanhando as investigações que, desde o ano passado, apuram um suposto
esquema de desvio de verbas públicas envolvendo a Secretaria de Educação do Município de
Salvador, um ex-reitor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e a Organização Não
Governamental (ONG) Pierre Bourdieu. “O que apuramos até agora é que o grupo atuava usando
notas falsas para comprovar pagamentos que não eram realizados. O dinheiro, que deveria ser
destinado à educação, era desviado para os integrantes do esquema criminoso”, explicou o
promotor, ressaltando que, por enquanto, não é possível fornecer informações mais detalhadas,
pois as investigações ainda estão em curso.
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