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Março de 2014 - O Berrante 3
ANO 9 / EDIÇÃO Nº 24 / MARÇO DE 2014 :: WWW.SINRURALIMPERATRIZ.COM.BR :: WWW.FACEBOOK.COM/SINRURAL
Arquivo Fribal
Este ano, o frigorífico Fribal de Imperatriz se prepara para exportar carne e derivados bovinos. A licença para exportação do frigorífico estava suspensa desde 2003 e a sua reativação possibilitará a comercialização da
carne para países como a China e Vietnã. :: Página 03
Fribal de Imperatriz prepara exportação de carne para a Ásia
Marco Antônio Gehlen
No dia 08 de fevereiro, em reunião com o reitor do Instituto Fe-
deral do Maranhão (IFMA), Francisco Roberto Brandão Ferreira,
o presidente do Sindicato Rural de Imperatriz (Sinrural), Sabino
Costa, discutiu a possibilidade da criação de cursos técnicos na
cidade voltados para a área do agronegócio.
Sinrural e IFMA discutem criação de cursos agrotécnicos em Imperatriz
:: Página 02
2 O Berrante - Março de 2014
Editorial
O BerranteAno 9, Edição 24, 2014Distribuição GratuitaImperatriz, Maranhão
Expediente Conselho EditorialSinrural e Palavra Comunicação
Textos e FotosThays Assunção, Marco Antônio
Gehlen e Grupo FribalProjeto Gráfico
Hêider Menezes e John ErikDiagramaçãoMarizé Vieira
Produzido por
ContatoPalavra Assessoria de Comunicação
(99) 3525.9508 www.palavracomunicacao.com.br
Sinrural propõe implantação de cursos agrotécnicos em Imperatriz
No mês passado, em reunião com o reitor do Instituto Federal do Maranhão (IFMA),
Francisco Roberto Brandão Ferreira, o presi-dente do Sindicato Rural de Imperatriz (Sin-rural), Sabino Costa, propôs a implantação de cursos técnicos na cidade voltados para a área do agronegócio.
“Infelizmente, nós produtores rurais e em-presários do setor não temos profissionais na região que possam nos orientar sobre o uso das tecnologias apropriadas para as nossas deman-das, como é o caso do Cadastro Ambiente Rural. É uma lei nova no cenário nacional que precisa-mos cumprir, mas não temos pessoas que pos-sam nos instruir sobre como realizar o proces-so nas nossas propriedades. Logo, é urgente a instalação de cursos na cidade voltados para o agronegócio, por que ou você insere tecnologia
no campo, ou você fica fora do processo”, disse o presidente do Sinrural.
Segundo Francisco Roberto, este é o mo-mento adequado para solicitar um segundo campus para a cidade, já que o IFMA passa por uma fase de expansão.
“Este ano, a presidente Dilma anunciará no-vas unidades do IFMA no estado. Assim, estamos no melhor momento para inserirmos no nosso encaminhamento junto ao Ministério da Edu-cação, uma proposta para a construção de um segundo Campus do Instituto em Imperatriz, só que agora com um viés agrícola”, declarou.
Para a construção do novo Campus, o Rei-tor do IFMA explicou que é necessário o mu-nicípio fazer a doação para o Instituto de uma área, de no mínimo 50 hectares. Além disso, é importante elaborar um projeto mostrando as potencialidades do município e as possíveis li-
nhas de atuação dos cursos. A reunião aconteceu no Parque de Expo-
sições Lourenço Viera da Silva e contou com a presença do presidente da Câmara de Vere-adores de Imperatriz, Hamilton Miranda, do vice-presidente da Associação Comercial, Jairo Almeida, do vice-presidente do Sinrural, Renato Nogueira e do diretor geral do IFMA de Impe-ratriz, Alberto Gonçalves.
Em 2014, os produtores rurais de todo o
país terão como grande desafio a realização do
Cadastro Ambiental Rural – CAR. E o Sindicato
Rural de Imperatriz, atento a esta nova exigência,
pretende realizar no decorrer deste ano ações
que esclareçam aos produtores da região o que
significa o Cadastro Ambiental.
Em janeiro, já realizamos um evento com
uma empresa consultora de Goiânia sobre o
CAR. Também mantivemos contato com a
Secretária Estadual de Meio Ambiente do Mara-
nhão (SEMA), órgão responsável no Estado pelo
cadastramento, para agendarmos uma reunião
com técnicos do órgão no Sinrural.
Nosso objetivo é orientar toda a classe
rural como fazer o cadastro, que apesar de
estar com o prazo aberto, ainda necessita de
uma portaria da Presidência da República para
que o tempo de um ano comece efetivamen-
te a ser contado.
Por outro lado, no Maranhão ainda estamos
concluindo o Macrozoneamento Ecológico-
-Econômico (MacroZEE-MA), que servirá de
base para o zoneamento econômico do Esta-
do. O processo já foi enviado para a Comissão
permanente de licitação do Estado, a fim de que
seja licitada a empresa que irá realizar esse zo-
neamento, que é um instrumento, a nosso ver,
imprescindível para a possível redefinição das
reservas legais nas áreas já consolidadas.
O Sinrural está acompanhando de per-
to, não só o MacroZEE-MA, mas o ZEE, a
fim de quer as nossas ponderações possam
ser consideradas na conclusão de ambos os
processos, pois entendemos que a vocação
principal do Estado é a expansão e conso-
lidação do setor primário, a medida em que
consigamos o reconhecimento internacional
como Zona Livre de Febre Aftosa, o que nos
possibilitará a abertura de novos mercados
para a carne produzida no Maranhão.
Por fim, reivindicaremos das autoridades
constituídas o direito de continuar operando
com o crédito rural sem que estejamos obri-
gados a declarar reservas legais que já não pos-
suímos há muitos anos em nossas propriedades,
além de permanecermos com nossas atividades
produtivas há décadas instaladas no Maranhão.
Palavra do Presidente
O Sindicato Rural de Impe-
ratiz dará continuidade a partir
dessa edição de março de 2014
a publicação do tradicional jor-
nal informativo O Berrante. O
jornal inicia esta nova fase com
intuito de fortalecer, por meio
da comunicação, as relações
com o produtor rural promo-
vendo assim o desenvolvimen-
to do agronegócio na região.
Com um novo projeto
gráfico, agora mais dinâmico
e atrativo, a publicação trará
mensalmente as principais in-
formações do setor, as inova-
ções tecnológicas e as ações
que estão sendo tomadas pelo
Sinrural em benefício do produ-
tor rural.
Jornal O Berrante volta em edição mensal
DiretoriaPresidente - Sabino Siqueira da Costa
1º Secretário - Karlo Marques1º Tesoureiro - Erivaldo Marques Abreu
Vice-Presidente - Renato José Nogueira Pereira2º Secretário - Paulo Roberto Machado2º Tesoureiro - George Araújo Raposo
Marco Antônio Gehlen
Março de 2014 - O Berrante 3
Indústria
Fribal de Imperatriz prepara exportaçõese expande mercado interno
Com nove meses de atividades em Imperatriz, o frigorífico do Grupo Fribal se prepara para
exportar carne e derivados bovinos ainda este ano. A licença para exportação possibilitará a empresa comercializar carne produzida na re-gião para países como a China e Vietnã. Além disso, o grupo inicia a ampliação de mais 15 lojas especializadas em cortes de carne no estado.
Segundo o gerente geral da Fribal em Impe-ratriz, Eduardo Fiaschi, a reabilitação da licença foi solicitada ainda ano passado e a expectativa é de que este ano a situação seja normalizada. “Já tivemos a vistoria do Ministério da Agricultura e estamos aguardando a liberação. Ainda não te-mos uma data definida, mas acredito que logo teremos uma resposta”, afirma.
Após cinco meses de certificado nacional-mente como Zona Livre de Febre Aftosa com Vacinação, o Maranhão recebeu no dia 19 de fevereiro a visita de uma equipe de auditores da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A análise da auditoria servirá de base para avaliação dos 178 países membros da OIE, que se reunirão em Assembleia Geral em Paris, na França, no mês de maio deste ano para votar por acatar ou não o pleito brasileiro.
Apesar de ampliar as possibilidades comer-ciais, o gerente da Fribal alerta que a certifica-ção internacional trará outras novas obrigações sanitárias, já que cada país possui suas próprias
exigências para entrada de carne bovina. Além disso, Fiaschi explica que o reconhe-
cimento como zona livre não trouxe, até o mo-mento, avanços no cenário estadual. “Continua-mos fazendo a maturação da carne por 24h para desossar. Somente após este processo consegui-mos comercializar a carne para outros estados. E não podemos comercializar a carne com osso para outros estados. Somente para o nordeste (exceto Bahia)”, explica o gerente.Porto de Itaqui – Sobre a exportação via Porto de Itaqui, o representante do Grupo Fribal em Imperatriz, destaca que a concretização do pro-jeto tornará o produto mais competitivo devido à redução nos custos de transporte. “Hoje ainda estamos mandando a carne para Santos (SP), pois em São Luís não é possível exportar devido à falta de infraestrutura portuária. Caso o proje-to do Porto de Itaqui saía do papel, será ótimo, pois nosso frete cairá pela metade”. Mercado Interno – Outra aposta do gru-po é ganhar a atenção do consumidor por meio de lojas varejistas. A Fribal possui mais de 70 lojas de carne distribuídas nos estados do Maranhão e Ceará. Até 2015, o Grupo pretende ampliar sua rede de franquias no Maranhão com a abertura de mais 10 lojas em São Luís e cinco em Imperatriz, sendo a primeira prevista já para abril deste ano.Grupo Fribal – Empresa de origem mara-nhense, a Fribal atende mais de 1,5 milhão de clientes por mês e ainda abastece supermer-cados, hotéis, bares, restaurantes e cozinhas
Arquivo Fribal
O frigorífico de Imperatriz abate diariamente 480 cabeças de gado e uma média de 11 mil por mês
industriais, chegando a comercializar mais de 10 milhões de quilos de produtos por mês.
Para atender toda esta demanda, a Fribal conta com duas grandes centrais de distribui-ção e duas indústrias frigoríficas, uma em Santa Inês e outra em Imperatriz, com abate diário de mais mil cabeças de gado/dia, produzindo jun-tos mais de 87 milhões de quilos de carne/ano.
Hoje, o parque industrial de Santa Inês abastece os mercados da China, Coréia e Vietnã e é responsável por 80% de toda carne exportada pelo Maranhão ao exte-rior. A empresa é responsável pela geração de mais de 2 mil empregos diretos.
Abate: 480 cabeças diariamente, mé-
dia de 11 mil por mês.
Capacidade do parque industrial de Impera-
triz: 16 mil cabeças de gado por mês equiva-
lente a 4,5 milhões kg de carne, 470 mil kg de
miúdos para venda no mercado interno, 250
mil kg de miúdo para exportação e 120 mil
kg de subprodutos não comestíveis (couro,
sebo, farinha de carne e osso), totalizando
6,26 milhões de kg /mês.
Principais municípios fornecedores: Impe-
ratriz, Estreito, Itinga, Senador La Rocque,
Centro do Toinho, Buritirana e Amarante.
Números(Dados da filial de Imperatriz)
Em 30 de junho 1976, é inaugurado
o Frigorífico Vale do Tocantins S/A
parceria entre o empresário paulista
João Matioli e Cláudio Rodante.
Em 1988, o frigorífico passa a explorar
também subprodutos para fabricação
de sabão e beneficiamento do couro.
Em 2007, após problemas financeiros,
a empresa acaba sendo vendida para o
Grupo Arantes Alimentos.
Em 2009, o frigorífico é retomado
judicialmente pelos antigos donos.
Em 2013, quando é adquirido pelo
Grupo Fribal.
Trajetória
2 O Berrante - Março de 2014
Planejamento
4 O Berrante - Março de 2014
Cadastro Ambiental Rural pretende regularizar cerca de5,2 milhões de imóveis rurais no país
Sancionado em maio de 2012, o novo Código Florestal Brasileiro trouxe várias mudanças para a classe rural. Agora, os produtores precisam fazer a regu-larização ambiental do seu imóvel, da sua propriedade ou posse rural. E para auxiliá-los nesse processo foi criado o CAR.
O que é o CAR?É um cadastro eletrônico que deve conter os da-
dos básicos das propriedades rurais. O cadastro é
obrigatório para todas as propriedades e posses
rurais e os dados informados são declaratórios,
de responsabilidade do proprietário ou possuidor
rural. Os dados do CAR farão parte do Sistema
Nacional de Cadastro Ambiental Rural – o SICAR,
que ficará sob a responsabilidade da Secretaria de
Meio Ambiente do Estado do Maranhão, do Minis-
tério do Meio Ambiente e do Ibama.
Qual o prazo para fazer o cadastro?O prazo para inscrição no CAR é de um ano a par-
tir de sua implantação nacional, que ocorrerá por
meio de ato da Ministra de Meio Ambiente. Por
enquanto, esse prazo ainda não começou a contar.
Quais as vantagens em fazer o cadastro?O CAR simplifica e facilita a obtenção de
licenças ambientais, pois a comprovação da
regularidade da propriedade acontecerá por
meio da inscrição e aprovação do cadastro.
Com isso, não haverá mais a necessidade de
procedimentos anteriormente obrigatórios,
como a averbação em matrícula de Reservas
Legais no interior das propriedades.
Para que serve o CAR?O CAR é a principal ferramenta prevista na nova lei
florestal para a conservação do meio ambiente, a
adequação ambiental de propriedades, o combate
ao desmatamento ilegal e o monitoramento de
áreas em restauração, auxiliando no cumprimento
das metas nacionais e internacionais para manu-
tenção de vegetação nativa e restauração ecoló-
gica de ecossistemas.
No dia 24 de fevereiro, Imperatriz recebeu, no Palácio do Comércio, a audiência públi-
ca que discutiu o Macrozoneamento Ecológico Econômico do Maranhão – MACROEZEE/MA. O objetivo do evento foi consultar a so-ciedade sobre a formulação de políticas públi-cas para as áreas a serem preservadas ou que mereçam um maior investimento na região.
O Sindicato Rural de Imperatriz (Sinrural)
esteve presente no encontro para assegurar que as propos-tas do MACROZEE levem em consideração o desen-volvimento e apoio ao setor produtivo do Estado.
“Esta audiência é um momento importante para que possamos conhecer o que já foi feito, e opi-nar sobre o planejamento territorial do Estado, de modo que a legislação con-temple todos os atores en-
volvidos, sejam representantes do governo ou de entidades de classe”, disse Sabino Costa, presidente do Sinrural.
No decorrer da audiência, o técnico da Embrapa, Luís Eduardo Vicente, um dos res-ponsáveis por desenvolver e elaborar a base de dados com as principais características da re-gião, explicou as principais informações colo-cadas a disposição da sociedade e do governo.
“Temos aqui uma radiografia do Estado, em diversos níveis, feita neste último ano – mapa de solo, zoologia, uso potencial agrícola – com base em dados de várias instituições e outros levantados por nós. E isso vai propiciar uma tomada de decisões de maneira mais ra-cional, fazendo com que os atores desse pro-cesso possam enxergar melhor as demandas e as potencialidades do Estado”, afirmou. MacroZEE – O Macrozoneamento Eco-lógico Econômico é um instrumento para ordenar e planejar o território brasileiro, harmonizando as relações econômicas, sociais e ambientais. A elaboração do Ma-croZEE está determinada pelo Decreto Federal nº 7.378 de 1° de dezembro de 2010, que prevê a elaboração deste instru-mento para todos os Estados da Amazô-nia Legal, bem como pela Lei Federal nº 12.651/2012 (Código Florestal), que esta-beleceu um prazo de cinco anos para que todos os Estados brasileiros elaborem e aprovem seus zoneamentos.
Audiência Pública discute Macrozoneamento Ecológico Econômico do Maranhão
Thays Assunção
Quem deve se inscrever no CAR?Todas as propriedades ou posses rurais devem ser
inscritas no CAR. Isso independe da situação de suas
terras: com ou sem matrícula, registros de imóveis,
ou transcrições. O intuito do CAR é a regularização
ambiental, e não a regularização fundiária.
O CAR já está em funcionamento?O sistema de emissão do CAR ainda está “offline”.
Significa que é possível cadastrar os dados, mas
não é permitido imprimir o recibo de entrega,
documento que comprova a adesão ao CAR. Por
enquanto, os produtores podem apenas acessar o
site http://www.car.gov.br/, baixar o programa do
Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Si-
car), e inserir os dados de suas propriedades como
forma de agilizar a emissão do CAR.
Quais as consequências de uma propriedade ou posse não estar inscrita no CAR?O proprietário ou posseiro poderá sofrer sanções
como advertências ou multas, além de não po-
der mais obter nenhuma autorização ambiental ou
crédito rural. Ademais, somente com o CAR será
possível aderir, em breve, ao Programa de Regu-
larização Ambiental, que permitirá obter o uso
consolidado de Áreas de Preservação Permanente
que já estavam sendo utilizadas em 22 de julho
de 2008, conforme os critérios da Lei.