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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CAMPUS DE JI-PARANÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL DANILO WALLACE FERREIRA SOUSA ESTIMATIVA DA VIDA ÚTIL DO ATERRO CONTROLADO: ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE JI-PARANÁ RO Ji-Paraná 2014

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

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Page 1: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDOcircNIA

CAMPUS DE JI-PARANAacute

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

DANILO WALLACE FERREIRA SOUSA

ESTIMATIVA DA VIDA UacuteTIL DO ATERRO CONTROLADO ESTUDO DE CASO

NO MUNICIacutePIO DE JI-PARANAacute ndash RO

Ji-Paranaacute

2014

DANILO WALLACE FERREIRA SOUSA

ESTIMATIVA DA VIDA UacuteTIL DO ATERRO CONTROLADO ESTUDO DE CASO

NO MUNICIacutePIO DE JI-PARANAacute ndash RO

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado

ao Departamento de Engenharia Ambiental

Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia

Campus de Ji-Paranaacute como parte dos requisitos

para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em

Engenharia Ambiental

Orientador Igor Georgios Fotopoulos

Ji-Paranaacute

2014

Sousa Danilo Wallace Ferreira

S725e

2014

Estimativa da vida uacutetil do aterro controlado estudo de caso no

municiacutepio de Ji-Paranaacute - RO Danilo Wallace Ferreira Sousa

orientador Igor Georgios Fotopoulos -- Ji-Paranaacute 2014

65 f 30cm

Trabalho de conclusatildeo do curso de Engenharia Ambiental ndash

Universidade Federal de Rondocircnia 2014

Inclui referecircncias

1 Gestatildeo ambiental 2 Meio ambiente - Conservaccedilatildeo 3 Resiacuteduos

soacutelidos - Gestatildeo 4 Aterro sanitaacuterio - Rondocircnia I Fotopoulos Igor

Georgios II Universidade Federal de Rondocircnia III Titulo

CDU 6284723(8111)

Bibliotecaacuteria Marlene da Silva Modesto Deguchi CRB 11 601

4

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDOcircNIA

CAMPUS DE JI-PARANAacute

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

TIacuteTULO ESTIMATIVA DA VIDA UacuteTIL DO ATERRO CONTROLADO ESTUDO DE

CASO NO MUNICIacutePIO DE JI-PARANAacute ndash RO

AUTOR DANILO WALLACE FERREIRA SOUSA

O presente Trabalho de Conclusatildeo de Curso foi defendido como parte dos requisitos

para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Engenharia Ambiental e aprovado pelo Departamento

de Engenharia Ambiental Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Campus de Ji-Paranaacute

no dia 10 de Marccedilo de 2014

_____________________________________

Diogenes Ricierri Grings

Assessor Teacutecnico da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Ji-Paranaacute

_____________________________________

Joatildeo Paulo Papaleo Moreira Costa

Engenheiro Ambiental Prefeitura Municipal de Cacoal

_____________________________________

Prof Orientador Igor Georgios Fotopoulos

Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia - UNIR

Ji-Paranaacute 10 de Marccedilo de 2014

5

Dedico este trabalho aos meus pais Dezeilma Fereira da Silva e Vilaci Ferreira Sousa

que sempre me incentivaram a ingressar na universidade e nao mediram esfoccedilos para me manter

estudando apesar dos obstaacuteculos encontrados no percurso eles se fizeram sempre presente e

compartilharam dos meus momentos mais difiacuteceis como tambeacutem dos momentos de gloacuteria

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo primeiramente a nosso Pai Celestial por me conceder o Dom da vida e a

Viturde de separar o certo do errado e sempre me abenccediloando com conquista devido aos seus

ensinamentos pude trilhar o caminho do bem e ingressar na universidade e com a sua ajudar

colherei muitos frutos dessa jornada

Aos meus pais Dezeilma Ferreira da Silva e Vilaci Ferreira Sousa que me

incentivaram e acreditaram no meu pontencial natildeo mediram esforccedilos para que eu pudesse

estudar

Aos meus irmatildeos Daniel Victor Ferreira Sousa e Vilaci Junior Ferreira Sousa os quais

pude contar durante toda a graduaccedilatildeo

Aos amigos de Repuacuteblica que foram pra mim como uma segunda famiacutelia os quais

estiveram presentes e me auxiliaram no decorrer da graduaccedilatildeo compartilhando as alegrias e

perdas e ajundando a superar os desafios isso tudo sem pedir nada em trocar

Ao Professor Orientador Igor Fotopoulos pelo apoio sua disposiccedilatildeo a me orientar

interesse com meu aprendizado criacuteticas construtivas contribuiccedilotildees para qualificaccedilatildeo desse

trabalho meu agradecimento por ter acrescentado os seus conhecimentos durante todo esse

trabalho

Aos meus amigos da faculdade Faacutebio Freitas Rochas Joatildeo Gabriel Franccedila Cleverson

Barbosa Lincoln Pontes da Silva Gilmar Moreira por toda parceria e conviacutevio durante esses

anos

Agradeccedilo a minha namorada que me aguentou nos momentos de estresse durante a

realizaccedilatildeo desse trabalho

Aos professores pela dedicaccedilatildeo disponibilidade e interesse com a transmissatildeo dos

conhecimentos aleacutem de grandes liccedilotildees de vida e palavras de conforto e motivaccedilatildeo

E aos demais amigos e familiares que me incentivaram direta ou indiretamente durante

a graduaccedilatildeo e torceram pelo meu sucesso A todos os meus sinceros agradecimentos

ldquoConstruiacute amigos enfrentei derrotas venci

obstaacuteculos bati na porta da vida e disse-lhe

Natildeo tenho medo de vivecirc-lardquo

-Augusto Cury

RESUMO

O grande consumo de recursos naturais pela sociedade moderna e a geraccedilatildeo de quantidades

significativas de resiacuteduos que precisam ser dispostos de maneira segura e sustentaacutevel tem

despertado a necessidade de tratamento adequado dos resiacuteduos soacutelidos e tambeacutem ampliado agraves

discussotildees para o equiliacutebrio sustentaacutevel do meio ambiente O presente trabalho teve como

objetivo quantificar o tempo de vida do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute e inferir os

possiacuteveis impactos decorrente da disposiccedilatildeo inadequada dos resiacuteduos soacutelidos urbanos Para

tanto foram estudados os resiacuteduos atraveacutes de visitas teacutecnicas levantamento fotograacuteficos e

entrevistas com questionaacuterios em oacutergatildeos puacuteblicos e privados para obtenccedilatildeo dos dados referente

a quantidade de resiacuteduos gerados na aacuterea de estudo e os possiacuteveis danos causados quando natildeo

satildeo dispostos adequadamente Dessa forma a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no

municiacutepio favorece a contaminaccedilatildeo do solo e do lenccedilol freaacutetico devido as valas natildeo serem

impermeabilizadas Os dados obtidos foram de grande relevacircncia no contexto social-econocircmico

da cidade e mostram que o processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera renda

poreacutem a correta disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos deveria ser o aterro sanitaacuterio Entretanto no

municiacutepio de Ji-Paranaacute a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos ocorre no aterro controlado que possui

uma vida uacutetil estimada de 332 anos quando calculada pelo nuacutemero de descargas e 66 anos

quando levada em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos informados pela COOLPEZA

Portanto apesar do aterro controlado de Ji-Paranaacute possuir uma vida uacutetil estimada de 332 a 66

anos faz-se necessaacuterio a implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio ateacute 02 de agosto de 2014 pois de

acordo com a Lei 1230510 a disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser feitas em aterro

sanitaacuterio

Palavras-chave Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Destinaccedilatildeo Final Meio Ambiente

ABSTRACT

The large consumption of natural resources by modern society and generate significant amounts

of waste that must be disposed in a safe and sustainable manner has raised the need for adequate

solid waste treatment and also extended the discussions to sustainable environmental balance

This study aimed to quantify the lifetime of the controlled municipality of Ji-Paranaacute landfill and

infer the possible impacts arising from the improper disposal of solid waste For both the

residues were studied through technical visits photographic survey questionnaires and

interviews with public and private agencies to obtain the data refente the amount of waste

generated in the study area and possible damage when not disposed of properly The data were

of great importance in the social and economic context of the city and show that the process of

collection and disposal of solid waste employs people and that the correct disposal of waste

should be the landfill Therefore in the municipality of Ji-Paranaacute the final disposal of waste

occurs at the landfill that has an estimated useful life of 332 when calculated by the number of

downloads and 66 years when taking into account the waste quantdade informed by

COOLPEZA Therefore despite the controlled landfill of Ji-Paranaacute have an estimated useful

life of 332 to 66 years it is necessary to the implementation of the landfill until August 2

2014 because according to the law the disposition 10 12305solid waste must be made in

landfill

Keywords Municipal Solid Waste Final Destination Environment

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis 22

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO 34

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial 42

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO 43

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro

controlado 44

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro

controlado de Ji-ParanaacuteRO 45

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI 45

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute 46

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos 47

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS 48

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro

controlado de Ji-ParanaacuteRO 49

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal 50

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas 51

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado 52

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda 54

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada

nas regiotildees do Brasil 21

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva

implantada 22

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta

seletiva implantada 23

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica

das caccedilambas coletoras compactadoras existentes 37

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade 40

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo 47

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal 51

12

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-

Paranaacute

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede

EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual

IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal

GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

NBR Norma Brasileira

PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria

PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede

SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-

Paranaacute)

SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 15

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18

111 Conceitos 18

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33

22 AMOSTRAGEM COLETADA 34

221 Coolpeza 34

222 Catadores 35

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35

3 RESULTADOS 41

31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41

331 Coleta Seletiva 44

332 Ecoponto e Pev 46

333 Reciclagem 47

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54

381 Vala de RSS 55

382 Vala de RSU 55

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56

14

4 DISCUSSOtildeES 58

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 64

INTRODUCcedilAtildeO

Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos

uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO

espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade

e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes

Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que

acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo

de saneamento

Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final

adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das

cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de

precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem

de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui

para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)

Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve

durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo

governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para

ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo

do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste

territoacuterio

De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados

proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A

forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo

cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento

crescente dos resiacuteduos

Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta

destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais

de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo

problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e

nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros

sanitaacuterios (IBGE 2010)

No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute

feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo

de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito

um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro

sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil

A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de

disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave

seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de

engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental

importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma

adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro

controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar

e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo

final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova

aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO

Objetivos Especiacuteficos

17

I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-

Paranaacute

II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados

anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute

III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada

18

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

111 Conceitos

O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos

soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem

corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido

Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes

por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos

seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o

gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)

A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como

materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades

naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente

A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee

que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da

comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de

varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de

aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como

determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica

de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis

em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo

De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material

substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja

destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados

soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas

particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos

drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor

tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos

19

De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de

acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores

por intermeacutedio de normas

1111 Quanto a origem

Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser

conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo

A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo

quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira

Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias

urbanas

Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e

vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana

Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana

Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os

de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil

serviccedilos de transporte

Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas

atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos

Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais

Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme

definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS

Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e

demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de

terrenos para obras civis

Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas

incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades

Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais

alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras

Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e

beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)

De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute

um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva

20

em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A

origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil

(FUNASA 2004)

1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo

Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg

10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos

de acordo com as classes I II e III sendo

Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que

tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade

e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica

Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos

soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos

podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua

Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de

resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash

Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes

solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a

sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto

na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de

comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde

ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)

A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo

de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento

e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e

na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)

Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos

urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas

especiais (MONTEIRO 2001)

21

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de

maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por

falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos

aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo

atmosfeacuterica (ELK 2007)

De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares

eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees

do Brasil

REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA

Norte 14 639

Nordeste 47 206

Centro Oeste 16 120

Sul 37 342

Sudeste 68 181

BRASIL 183 488

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

1131 Coletas seletivas

De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem

trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em

Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta

assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias

e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal

A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem

coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo

CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser

adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas

para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em

recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura

1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos

22

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis

Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas

que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio

do local (IBAM 2004)

A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no

abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de

resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios

De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos

municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com

cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)

O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual

representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de

coleta seletiva

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada

REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Norte 21

Nordeste 80

Centro Oeste 31

Sul 454

Sudeste 408

23

BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

24

Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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Page 2: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

DANILO WALLACE FERREIRA SOUSA

ESTIMATIVA DA VIDA UacuteTIL DO ATERRO CONTROLADO ESTUDO DE CASO

NO MUNICIacutePIO DE JI-PARANAacute ndash RO

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado

ao Departamento de Engenharia Ambiental

Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia

Campus de Ji-Paranaacute como parte dos requisitos

para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em

Engenharia Ambiental

Orientador Igor Georgios Fotopoulos

Ji-Paranaacute

2014

Sousa Danilo Wallace Ferreira

S725e

2014

Estimativa da vida uacutetil do aterro controlado estudo de caso no

municiacutepio de Ji-Paranaacute - RO Danilo Wallace Ferreira Sousa

orientador Igor Georgios Fotopoulos -- Ji-Paranaacute 2014

65 f 30cm

Trabalho de conclusatildeo do curso de Engenharia Ambiental ndash

Universidade Federal de Rondocircnia 2014

Inclui referecircncias

1 Gestatildeo ambiental 2 Meio ambiente - Conservaccedilatildeo 3 Resiacuteduos

soacutelidos - Gestatildeo 4 Aterro sanitaacuterio - Rondocircnia I Fotopoulos Igor

Georgios II Universidade Federal de Rondocircnia III Titulo

CDU 6284723(8111)

Bibliotecaacuteria Marlene da Silva Modesto Deguchi CRB 11 601

4

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDOcircNIA

CAMPUS DE JI-PARANAacute

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

TIacuteTULO ESTIMATIVA DA VIDA UacuteTIL DO ATERRO CONTROLADO ESTUDO DE

CASO NO MUNICIacutePIO DE JI-PARANAacute ndash RO

AUTOR DANILO WALLACE FERREIRA SOUSA

O presente Trabalho de Conclusatildeo de Curso foi defendido como parte dos requisitos

para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Engenharia Ambiental e aprovado pelo Departamento

de Engenharia Ambiental Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Campus de Ji-Paranaacute

no dia 10 de Marccedilo de 2014

_____________________________________

Diogenes Ricierri Grings

Assessor Teacutecnico da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Ji-Paranaacute

_____________________________________

Joatildeo Paulo Papaleo Moreira Costa

Engenheiro Ambiental Prefeitura Municipal de Cacoal

_____________________________________

Prof Orientador Igor Georgios Fotopoulos

Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia - UNIR

Ji-Paranaacute 10 de Marccedilo de 2014

5

Dedico este trabalho aos meus pais Dezeilma Fereira da Silva e Vilaci Ferreira Sousa

que sempre me incentivaram a ingressar na universidade e nao mediram esfoccedilos para me manter

estudando apesar dos obstaacuteculos encontrados no percurso eles se fizeram sempre presente e

compartilharam dos meus momentos mais difiacuteceis como tambeacutem dos momentos de gloacuteria

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo primeiramente a nosso Pai Celestial por me conceder o Dom da vida e a

Viturde de separar o certo do errado e sempre me abenccediloando com conquista devido aos seus

ensinamentos pude trilhar o caminho do bem e ingressar na universidade e com a sua ajudar

colherei muitos frutos dessa jornada

Aos meus pais Dezeilma Ferreira da Silva e Vilaci Ferreira Sousa que me

incentivaram e acreditaram no meu pontencial natildeo mediram esforccedilos para que eu pudesse

estudar

Aos meus irmatildeos Daniel Victor Ferreira Sousa e Vilaci Junior Ferreira Sousa os quais

pude contar durante toda a graduaccedilatildeo

Aos amigos de Repuacuteblica que foram pra mim como uma segunda famiacutelia os quais

estiveram presentes e me auxiliaram no decorrer da graduaccedilatildeo compartilhando as alegrias e

perdas e ajundando a superar os desafios isso tudo sem pedir nada em trocar

Ao Professor Orientador Igor Fotopoulos pelo apoio sua disposiccedilatildeo a me orientar

interesse com meu aprendizado criacuteticas construtivas contribuiccedilotildees para qualificaccedilatildeo desse

trabalho meu agradecimento por ter acrescentado os seus conhecimentos durante todo esse

trabalho

Aos meus amigos da faculdade Faacutebio Freitas Rochas Joatildeo Gabriel Franccedila Cleverson

Barbosa Lincoln Pontes da Silva Gilmar Moreira por toda parceria e conviacutevio durante esses

anos

Agradeccedilo a minha namorada que me aguentou nos momentos de estresse durante a

realizaccedilatildeo desse trabalho

Aos professores pela dedicaccedilatildeo disponibilidade e interesse com a transmissatildeo dos

conhecimentos aleacutem de grandes liccedilotildees de vida e palavras de conforto e motivaccedilatildeo

E aos demais amigos e familiares que me incentivaram direta ou indiretamente durante

a graduaccedilatildeo e torceram pelo meu sucesso A todos os meus sinceros agradecimentos

ldquoConstruiacute amigos enfrentei derrotas venci

obstaacuteculos bati na porta da vida e disse-lhe

Natildeo tenho medo de vivecirc-lardquo

-Augusto Cury

RESUMO

O grande consumo de recursos naturais pela sociedade moderna e a geraccedilatildeo de quantidades

significativas de resiacuteduos que precisam ser dispostos de maneira segura e sustentaacutevel tem

despertado a necessidade de tratamento adequado dos resiacuteduos soacutelidos e tambeacutem ampliado agraves

discussotildees para o equiliacutebrio sustentaacutevel do meio ambiente O presente trabalho teve como

objetivo quantificar o tempo de vida do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute e inferir os

possiacuteveis impactos decorrente da disposiccedilatildeo inadequada dos resiacuteduos soacutelidos urbanos Para

tanto foram estudados os resiacuteduos atraveacutes de visitas teacutecnicas levantamento fotograacuteficos e

entrevistas com questionaacuterios em oacutergatildeos puacuteblicos e privados para obtenccedilatildeo dos dados referente

a quantidade de resiacuteduos gerados na aacuterea de estudo e os possiacuteveis danos causados quando natildeo

satildeo dispostos adequadamente Dessa forma a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no

municiacutepio favorece a contaminaccedilatildeo do solo e do lenccedilol freaacutetico devido as valas natildeo serem

impermeabilizadas Os dados obtidos foram de grande relevacircncia no contexto social-econocircmico

da cidade e mostram que o processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera renda

poreacutem a correta disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos deveria ser o aterro sanitaacuterio Entretanto no

municiacutepio de Ji-Paranaacute a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos ocorre no aterro controlado que possui

uma vida uacutetil estimada de 332 anos quando calculada pelo nuacutemero de descargas e 66 anos

quando levada em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos informados pela COOLPEZA

Portanto apesar do aterro controlado de Ji-Paranaacute possuir uma vida uacutetil estimada de 332 a 66

anos faz-se necessaacuterio a implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio ateacute 02 de agosto de 2014 pois de

acordo com a Lei 1230510 a disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser feitas em aterro

sanitaacuterio

Palavras-chave Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Destinaccedilatildeo Final Meio Ambiente

ABSTRACT

The large consumption of natural resources by modern society and generate significant amounts

of waste that must be disposed in a safe and sustainable manner has raised the need for adequate

solid waste treatment and also extended the discussions to sustainable environmental balance

This study aimed to quantify the lifetime of the controlled municipality of Ji-Paranaacute landfill and

infer the possible impacts arising from the improper disposal of solid waste For both the

residues were studied through technical visits photographic survey questionnaires and

interviews with public and private agencies to obtain the data refente the amount of waste

generated in the study area and possible damage when not disposed of properly The data were

of great importance in the social and economic context of the city and show that the process of

collection and disposal of solid waste employs people and that the correct disposal of waste

should be the landfill Therefore in the municipality of Ji-Paranaacute the final disposal of waste

occurs at the landfill that has an estimated useful life of 332 when calculated by the number of

downloads and 66 years when taking into account the waste quantdade informed by

COOLPEZA Therefore despite the controlled landfill of Ji-Paranaacute have an estimated useful

life of 332 to 66 years it is necessary to the implementation of the landfill until August 2

2014 because according to the law the disposition 10 12305solid waste must be made in

landfill

Keywords Municipal Solid Waste Final Destination Environment

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis 22

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO 34

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial 42

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO 43

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro

controlado 44

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro

controlado de Ji-ParanaacuteRO 45

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI 45

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute 46

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos 47

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS 48

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro

controlado de Ji-ParanaacuteRO 49

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal 50

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas 51

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado 52

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda 54

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada

nas regiotildees do Brasil 21

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva

implantada 22

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta

seletiva implantada 23

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica

das caccedilambas coletoras compactadoras existentes 37

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade 40

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo 47

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal 51

12

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-

Paranaacute

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede

EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual

IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal

GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

NBR Norma Brasileira

PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria

PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede

SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-

Paranaacute)

SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 15

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18

111 Conceitos 18

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33

22 AMOSTRAGEM COLETADA 34

221 Coolpeza 34

222 Catadores 35

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35

3 RESULTADOS 41

31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41

331 Coleta Seletiva 44

332 Ecoponto e Pev 46

333 Reciclagem 47

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54

381 Vala de RSS 55

382 Vala de RSU 55

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56

14

4 DISCUSSOtildeES 58

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 64

INTRODUCcedilAtildeO

Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos

uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO

espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade

e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes

Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que

acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo

de saneamento

Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final

adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das

cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de

precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem

de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui

para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)

Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve

durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo

governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para

ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo

do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste

territoacuterio

De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados

proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A

forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo

cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento

crescente dos resiacuteduos

Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta

destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais

de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo

problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e

nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros

sanitaacuterios (IBGE 2010)

No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute

feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo

de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito

um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro

sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil

A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de

disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave

seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de

engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental

importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma

adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro

controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar

e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo

final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova

aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO

Objetivos Especiacuteficos

17

I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-

Paranaacute

II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados

anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute

III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada

18

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

111 Conceitos

O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos

soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem

corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido

Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes

por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos

seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o

gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)

A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como

materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades

naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente

A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee

que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da

comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de

varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de

aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como

determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica

de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis

em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo

De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material

substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja

destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados

soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas

particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos

drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor

tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos

19

De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de

acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores

por intermeacutedio de normas

1111 Quanto a origem

Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser

conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo

A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo

quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira

Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias

urbanas

Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e

vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana

Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana

Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os

de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil

serviccedilos de transporte

Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas

atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos

Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais

Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme

definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS

Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e

demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de

terrenos para obras civis

Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas

incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades

Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais

alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras

Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e

beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)

De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute

um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva

20

em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A

origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil

(FUNASA 2004)

1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo

Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg

10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos

de acordo com as classes I II e III sendo

Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que

tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade

e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica

Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos

soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos

podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua

Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de

resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash

Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes

solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a

sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto

na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de

comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde

ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)

A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo

de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento

e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e

na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)

Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos

urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas

especiais (MONTEIRO 2001)

21

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de

maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por

falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos

aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo

atmosfeacuterica (ELK 2007)

De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares

eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees

do Brasil

REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA

Norte 14 639

Nordeste 47 206

Centro Oeste 16 120

Sul 37 342

Sudeste 68 181

BRASIL 183 488

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

1131 Coletas seletivas

De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem

trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em

Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta

assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias

e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal

A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem

coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo

CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser

adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas

para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em

recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura

1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos

22

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis

Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas

que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio

do local (IBAM 2004)

A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no

abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de

resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios

De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos

municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com

cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)

O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual

representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de

coleta seletiva

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada

REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Norte 21

Nordeste 80

Centro Oeste 31

Sul 454

Sudeste 408

23

BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

24

Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

REFEREcircNCIAS

ABES-CE Resiacuteduos soacutelidos urbanos coleta e destino final 2006

AMBIENTEBRASIL Resiacuteduos soacutelidos Disponiacutevel em

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Page 3: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

Sousa Danilo Wallace Ferreira

S725e

2014

Estimativa da vida uacutetil do aterro controlado estudo de caso no

municiacutepio de Ji-Paranaacute - RO Danilo Wallace Ferreira Sousa

orientador Igor Georgios Fotopoulos -- Ji-Paranaacute 2014

65 f 30cm

Trabalho de conclusatildeo do curso de Engenharia Ambiental ndash

Universidade Federal de Rondocircnia 2014

Inclui referecircncias

1 Gestatildeo ambiental 2 Meio ambiente - Conservaccedilatildeo 3 Resiacuteduos

soacutelidos - Gestatildeo 4 Aterro sanitaacuterio - Rondocircnia I Fotopoulos Igor

Georgios II Universidade Federal de Rondocircnia III Titulo

CDU 6284723(8111)

Bibliotecaacuteria Marlene da Silva Modesto Deguchi CRB 11 601

4

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDOcircNIA

CAMPUS DE JI-PARANAacute

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

TIacuteTULO ESTIMATIVA DA VIDA UacuteTIL DO ATERRO CONTROLADO ESTUDO DE

CASO NO MUNICIacutePIO DE JI-PARANAacute ndash RO

AUTOR DANILO WALLACE FERREIRA SOUSA

O presente Trabalho de Conclusatildeo de Curso foi defendido como parte dos requisitos

para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Engenharia Ambiental e aprovado pelo Departamento

de Engenharia Ambiental Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Campus de Ji-Paranaacute

no dia 10 de Marccedilo de 2014

_____________________________________

Diogenes Ricierri Grings

Assessor Teacutecnico da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Ji-Paranaacute

_____________________________________

Joatildeo Paulo Papaleo Moreira Costa

Engenheiro Ambiental Prefeitura Municipal de Cacoal

_____________________________________

Prof Orientador Igor Georgios Fotopoulos

Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia - UNIR

Ji-Paranaacute 10 de Marccedilo de 2014

5

Dedico este trabalho aos meus pais Dezeilma Fereira da Silva e Vilaci Ferreira Sousa

que sempre me incentivaram a ingressar na universidade e nao mediram esfoccedilos para me manter

estudando apesar dos obstaacuteculos encontrados no percurso eles se fizeram sempre presente e

compartilharam dos meus momentos mais difiacuteceis como tambeacutem dos momentos de gloacuteria

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo primeiramente a nosso Pai Celestial por me conceder o Dom da vida e a

Viturde de separar o certo do errado e sempre me abenccediloando com conquista devido aos seus

ensinamentos pude trilhar o caminho do bem e ingressar na universidade e com a sua ajudar

colherei muitos frutos dessa jornada

Aos meus pais Dezeilma Ferreira da Silva e Vilaci Ferreira Sousa que me

incentivaram e acreditaram no meu pontencial natildeo mediram esforccedilos para que eu pudesse

estudar

Aos meus irmatildeos Daniel Victor Ferreira Sousa e Vilaci Junior Ferreira Sousa os quais

pude contar durante toda a graduaccedilatildeo

Aos amigos de Repuacuteblica que foram pra mim como uma segunda famiacutelia os quais

estiveram presentes e me auxiliaram no decorrer da graduaccedilatildeo compartilhando as alegrias e

perdas e ajundando a superar os desafios isso tudo sem pedir nada em trocar

Ao Professor Orientador Igor Fotopoulos pelo apoio sua disposiccedilatildeo a me orientar

interesse com meu aprendizado criacuteticas construtivas contribuiccedilotildees para qualificaccedilatildeo desse

trabalho meu agradecimento por ter acrescentado os seus conhecimentos durante todo esse

trabalho

Aos meus amigos da faculdade Faacutebio Freitas Rochas Joatildeo Gabriel Franccedila Cleverson

Barbosa Lincoln Pontes da Silva Gilmar Moreira por toda parceria e conviacutevio durante esses

anos

Agradeccedilo a minha namorada que me aguentou nos momentos de estresse durante a

realizaccedilatildeo desse trabalho

Aos professores pela dedicaccedilatildeo disponibilidade e interesse com a transmissatildeo dos

conhecimentos aleacutem de grandes liccedilotildees de vida e palavras de conforto e motivaccedilatildeo

E aos demais amigos e familiares que me incentivaram direta ou indiretamente durante

a graduaccedilatildeo e torceram pelo meu sucesso A todos os meus sinceros agradecimentos

ldquoConstruiacute amigos enfrentei derrotas venci

obstaacuteculos bati na porta da vida e disse-lhe

Natildeo tenho medo de vivecirc-lardquo

-Augusto Cury

RESUMO

O grande consumo de recursos naturais pela sociedade moderna e a geraccedilatildeo de quantidades

significativas de resiacuteduos que precisam ser dispostos de maneira segura e sustentaacutevel tem

despertado a necessidade de tratamento adequado dos resiacuteduos soacutelidos e tambeacutem ampliado agraves

discussotildees para o equiliacutebrio sustentaacutevel do meio ambiente O presente trabalho teve como

objetivo quantificar o tempo de vida do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute e inferir os

possiacuteveis impactos decorrente da disposiccedilatildeo inadequada dos resiacuteduos soacutelidos urbanos Para

tanto foram estudados os resiacuteduos atraveacutes de visitas teacutecnicas levantamento fotograacuteficos e

entrevistas com questionaacuterios em oacutergatildeos puacuteblicos e privados para obtenccedilatildeo dos dados referente

a quantidade de resiacuteduos gerados na aacuterea de estudo e os possiacuteveis danos causados quando natildeo

satildeo dispostos adequadamente Dessa forma a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no

municiacutepio favorece a contaminaccedilatildeo do solo e do lenccedilol freaacutetico devido as valas natildeo serem

impermeabilizadas Os dados obtidos foram de grande relevacircncia no contexto social-econocircmico

da cidade e mostram que o processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera renda

poreacutem a correta disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos deveria ser o aterro sanitaacuterio Entretanto no

municiacutepio de Ji-Paranaacute a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos ocorre no aterro controlado que possui

uma vida uacutetil estimada de 332 anos quando calculada pelo nuacutemero de descargas e 66 anos

quando levada em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos informados pela COOLPEZA

Portanto apesar do aterro controlado de Ji-Paranaacute possuir uma vida uacutetil estimada de 332 a 66

anos faz-se necessaacuterio a implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio ateacute 02 de agosto de 2014 pois de

acordo com a Lei 1230510 a disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser feitas em aterro

sanitaacuterio

Palavras-chave Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Destinaccedilatildeo Final Meio Ambiente

ABSTRACT

The large consumption of natural resources by modern society and generate significant amounts

of waste that must be disposed in a safe and sustainable manner has raised the need for adequate

solid waste treatment and also extended the discussions to sustainable environmental balance

This study aimed to quantify the lifetime of the controlled municipality of Ji-Paranaacute landfill and

infer the possible impacts arising from the improper disposal of solid waste For both the

residues were studied through technical visits photographic survey questionnaires and

interviews with public and private agencies to obtain the data refente the amount of waste

generated in the study area and possible damage when not disposed of properly The data were

of great importance in the social and economic context of the city and show that the process of

collection and disposal of solid waste employs people and that the correct disposal of waste

should be the landfill Therefore in the municipality of Ji-Paranaacute the final disposal of waste

occurs at the landfill that has an estimated useful life of 332 when calculated by the number of

downloads and 66 years when taking into account the waste quantdade informed by

COOLPEZA Therefore despite the controlled landfill of Ji-Paranaacute have an estimated useful

life of 332 to 66 years it is necessary to the implementation of the landfill until August 2

2014 because according to the law the disposition 10 12305solid waste must be made in

landfill

Keywords Municipal Solid Waste Final Destination Environment

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis 22

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO 34

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial 42

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO 43

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro

controlado 44

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro

controlado de Ji-ParanaacuteRO 45

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI 45

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute 46

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos 47

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS 48

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro

controlado de Ji-ParanaacuteRO 49

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal 50

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas 51

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado 52

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda 54

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada

nas regiotildees do Brasil 21

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva

implantada 22

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta

seletiva implantada 23

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica

das caccedilambas coletoras compactadoras existentes 37

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade 40

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo 47

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal 51

12

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-

Paranaacute

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede

EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual

IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal

GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

NBR Norma Brasileira

PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria

PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede

SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-

Paranaacute)

SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 15

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18

111 Conceitos 18

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33

22 AMOSTRAGEM COLETADA 34

221 Coolpeza 34

222 Catadores 35

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35

3 RESULTADOS 41

31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41

331 Coleta Seletiva 44

332 Ecoponto e Pev 46

333 Reciclagem 47

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54

381 Vala de RSS 55

382 Vala de RSU 55

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56

14

4 DISCUSSOtildeES 58

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 64

INTRODUCcedilAtildeO

Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos

uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO

espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade

e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes

Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que

acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo

de saneamento

Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final

adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das

cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de

precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem

de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui

para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)

Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve

durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo

governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para

ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo

do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste

territoacuterio

De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados

proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A

forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo

cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento

crescente dos resiacuteduos

Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta

destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais

de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo

problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e

nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros

sanitaacuterios (IBGE 2010)

No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute

feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo

de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito

um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro

sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil

A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de

disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave

seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de

engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental

importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma

adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro

controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar

e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo

final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova

aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO

Objetivos Especiacuteficos

17

I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-

Paranaacute

II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados

anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute

III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada

18

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

111 Conceitos

O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos

soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem

corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido

Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes

por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos

seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o

gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)

A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como

materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades

naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente

A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee

que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da

comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de

varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de

aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como

determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica

de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis

em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo

De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material

substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja

destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados

soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas

particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos

drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor

tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos

19

De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de

acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores

por intermeacutedio de normas

1111 Quanto a origem

Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser

conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo

A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo

quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira

Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias

urbanas

Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e

vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana

Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana

Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os

de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil

serviccedilos de transporte

Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas

atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos

Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais

Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme

definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS

Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e

demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de

terrenos para obras civis

Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas

incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades

Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais

alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras

Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e

beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)

De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute

um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva

20

em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A

origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil

(FUNASA 2004)

1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo

Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg

10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos

de acordo com as classes I II e III sendo

Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que

tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade

e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica

Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos

soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos

podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua

Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de

resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash

Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes

solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a

sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto

na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de

comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde

ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)

A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo

de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento

e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e

na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)

Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos

urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas

especiais (MONTEIRO 2001)

21

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de

maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por

falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos

aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo

atmosfeacuterica (ELK 2007)

De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares

eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees

do Brasil

REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA

Norte 14 639

Nordeste 47 206

Centro Oeste 16 120

Sul 37 342

Sudeste 68 181

BRASIL 183 488

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

1131 Coletas seletivas

De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem

trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em

Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta

assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias

e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal

A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem

coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo

CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser

adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas

para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em

recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura

1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos

22

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis

Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas

que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio

do local (IBAM 2004)

A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no

abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de

resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios

De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos

municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com

cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)

O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual

representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de

coleta seletiva

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada

REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Norte 21

Nordeste 80

Centro Oeste 31

Sul 454

Sudeste 408

23

BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

24

Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

REFEREcircNCIAS

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Page 4: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

4

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDOcircNIA

CAMPUS DE JI-PARANAacute

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

TIacuteTULO ESTIMATIVA DA VIDA UacuteTIL DO ATERRO CONTROLADO ESTUDO DE

CASO NO MUNICIacutePIO DE JI-PARANAacute ndash RO

AUTOR DANILO WALLACE FERREIRA SOUSA

O presente Trabalho de Conclusatildeo de Curso foi defendido como parte dos requisitos

para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Engenharia Ambiental e aprovado pelo Departamento

de Engenharia Ambiental Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Campus de Ji-Paranaacute

no dia 10 de Marccedilo de 2014

_____________________________________

Diogenes Ricierri Grings

Assessor Teacutecnico da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Ji-Paranaacute

_____________________________________

Joatildeo Paulo Papaleo Moreira Costa

Engenheiro Ambiental Prefeitura Municipal de Cacoal

_____________________________________

Prof Orientador Igor Georgios Fotopoulos

Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia - UNIR

Ji-Paranaacute 10 de Marccedilo de 2014

5

Dedico este trabalho aos meus pais Dezeilma Fereira da Silva e Vilaci Ferreira Sousa

que sempre me incentivaram a ingressar na universidade e nao mediram esfoccedilos para me manter

estudando apesar dos obstaacuteculos encontrados no percurso eles se fizeram sempre presente e

compartilharam dos meus momentos mais difiacuteceis como tambeacutem dos momentos de gloacuteria

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo primeiramente a nosso Pai Celestial por me conceder o Dom da vida e a

Viturde de separar o certo do errado e sempre me abenccediloando com conquista devido aos seus

ensinamentos pude trilhar o caminho do bem e ingressar na universidade e com a sua ajudar

colherei muitos frutos dessa jornada

Aos meus pais Dezeilma Ferreira da Silva e Vilaci Ferreira Sousa que me

incentivaram e acreditaram no meu pontencial natildeo mediram esforccedilos para que eu pudesse

estudar

Aos meus irmatildeos Daniel Victor Ferreira Sousa e Vilaci Junior Ferreira Sousa os quais

pude contar durante toda a graduaccedilatildeo

Aos amigos de Repuacuteblica que foram pra mim como uma segunda famiacutelia os quais

estiveram presentes e me auxiliaram no decorrer da graduaccedilatildeo compartilhando as alegrias e

perdas e ajundando a superar os desafios isso tudo sem pedir nada em trocar

Ao Professor Orientador Igor Fotopoulos pelo apoio sua disposiccedilatildeo a me orientar

interesse com meu aprendizado criacuteticas construtivas contribuiccedilotildees para qualificaccedilatildeo desse

trabalho meu agradecimento por ter acrescentado os seus conhecimentos durante todo esse

trabalho

Aos meus amigos da faculdade Faacutebio Freitas Rochas Joatildeo Gabriel Franccedila Cleverson

Barbosa Lincoln Pontes da Silva Gilmar Moreira por toda parceria e conviacutevio durante esses

anos

Agradeccedilo a minha namorada que me aguentou nos momentos de estresse durante a

realizaccedilatildeo desse trabalho

Aos professores pela dedicaccedilatildeo disponibilidade e interesse com a transmissatildeo dos

conhecimentos aleacutem de grandes liccedilotildees de vida e palavras de conforto e motivaccedilatildeo

E aos demais amigos e familiares que me incentivaram direta ou indiretamente durante

a graduaccedilatildeo e torceram pelo meu sucesso A todos os meus sinceros agradecimentos

ldquoConstruiacute amigos enfrentei derrotas venci

obstaacuteculos bati na porta da vida e disse-lhe

Natildeo tenho medo de vivecirc-lardquo

-Augusto Cury

RESUMO

O grande consumo de recursos naturais pela sociedade moderna e a geraccedilatildeo de quantidades

significativas de resiacuteduos que precisam ser dispostos de maneira segura e sustentaacutevel tem

despertado a necessidade de tratamento adequado dos resiacuteduos soacutelidos e tambeacutem ampliado agraves

discussotildees para o equiliacutebrio sustentaacutevel do meio ambiente O presente trabalho teve como

objetivo quantificar o tempo de vida do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute e inferir os

possiacuteveis impactos decorrente da disposiccedilatildeo inadequada dos resiacuteduos soacutelidos urbanos Para

tanto foram estudados os resiacuteduos atraveacutes de visitas teacutecnicas levantamento fotograacuteficos e

entrevistas com questionaacuterios em oacutergatildeos puacuteblicos e privados para obtenccedilatildeo dos dados referente

a quantidade de resiacuteduos gerados na aacuterea de estudo e os possiacuteveis danos causados quando natildeo

satildeo dispostos adequadamente Dessa forma a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no

municiacutepio favorece a contaminaccedilatildeo do solo e do lenccedilol freaacutetico devido as valas natildeo serem

impermeabilizadas Os dados obtidos foram de grande relevacircncia no contexto social-econocircmico

da cidade e mostram que o processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera renda

poreacutem a correta disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos deveria ser o aterro sanitaacuterio Entretanto no

municiacutepio de Ji-Paranaacute a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos ocorre no aterro controlado que possui

uma vida uacutetil estimada de 332 anos quando calculada pelo nuacutemero de descargas e 66 anos

quando levada em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos informados pela COOLPEZA

Portanto apesar do aterro controlado de Ji-Paranaacute possuir uma vida uacutetil estimada de 332 a 66

anos faz-se necessaacuterio a implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio ateacute 02 de agosto de 2014 pois de

acordo com a Lei 1230510 a disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser feitas em aterro

sanitaacuterio

Palavras-chave Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Destinaccedilatildeo Final Meio Ambiente

ABSTRACT

The large consumption of natural resources by modern society and generate significant amounts

of waste that must be disposed in a safe and sustainable manner has raised the need for adequate

solid waste treatment and also extended the discussions to sustainable environmental balance

This study aimed to quantify the lifetime of the controlled municipality of Ji-Paranaacute landfill and

infer the possible impacts arising from the improper disposal of solid waste For both the

residues were studied through technical visits photographic survey questionnaires and

interviews with public and private agencies to obtain the data refente the amount of waste

generated in the study area and possible damage when not disposed of properly The data were

of great importance in the social and economic context of the city and show that the process of

collection and disposal of solid waste employs people and that the correct disposal of waste

should be the landfill Therefore in the municipality of Ji-Paranaacute the final disposal of waste

occurs at the landfill that has an estimated useful life of 332 when calculated by the number of

downloads and 66 years when taking into account the waste quantdade informed by

COOLPEZA Therefore despite the controlled landfill of Ji-Paranaacute have an estimated useful

life of 332 to 66 years it is necessary to the implementation of the landfill until August 2

2014 because according to the law the disposition 10 12305solid waste must be made in

landfill

Keywords Municipal Solid Waste Final Destination Environment

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis 22

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO 34

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial 42

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO 43

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro

controlado 44

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro

controlado de Ji-ParanaacuteRO 45

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI 45

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute 46

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos 47

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS 48

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro

controlado de Ji-ParanaacuteRO 49

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal 50

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas 51

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado 52

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda 54

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada

nas regiotildees do Brasil 21

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva

implantada 22

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta

seletiva implantada 23

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica

das caccedilambas coletoras compactadoras existentes 37

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade 40

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo 47

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal 51

12

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-

Paranaacute

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede

EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual

IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal

GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

NBR Norma Brasileira

PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria

PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede

SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-

Paranaacute)

SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 15

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18

111 Conceitos 18

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33

22 AMOSTRAGEM COLETADA 34

221 Coolpeza 34

222 Catadores 35

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35

3 RESULTADOS 41

31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41

331 Coleta Seletiva 44

332 Ecoponto e Pev 46

333 Reciclagem 47

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54

381 Vala de RSS 55

382 Vala de RSU 55

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56

14

4 DISCUSSOtildeES 58

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 64

INTRODUCcedilAtildeO

Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos

uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO

espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade

e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes

Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que

acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo

de saneamento

Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final

adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das

cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de

precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem

de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui

para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)

Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve

durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo

governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para

ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo

do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste

territoacuterio

De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados

proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A

forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo

cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento

crescente dos resiacuteduos

Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta

destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais

de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo

problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e

nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros

sanitaacuterios (IBGE 2010)

No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute

feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo

de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito

um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro

sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil

A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de

disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave

seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de

engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental

importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma

adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro

controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar

e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo

final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova

aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO

Objetivos Especiacuteficos

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I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-

Paranaacute

II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados

anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute

III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada

18

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

111 Conceitos

O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos

soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem

corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido

Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes

por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos

seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o

gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)

A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como

materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades

naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente

A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee

que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da

comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de

varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de

aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como

determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica

de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis

em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo

De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material

substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja

destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados

soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas

particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos

drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor

tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos

19

De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de

acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores

por intermeacutedio de normas

1111 Quanto a origem

Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser

conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo

A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo

quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira

Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias

urbanas

Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e

vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana

Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana

Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os

de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil

serviccedilos de transporte

Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas

atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos

Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais

Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme

definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS

Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e

demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de

terrenos para obras civis

Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas

incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades

Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais

alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras

Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e

beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)

De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute

um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva

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em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A

origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil

(FUNASA 2004)

1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo

Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg

10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos

de acordo com as classes I II e III sendo

Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que

tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade

e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica

Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos

soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos

podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua

Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de

resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash

Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes

solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a

sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto

na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de

comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde

ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)

A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo

de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento

e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e

na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)

Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos

urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas

especiais (MONTEIRO 2001)

21

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de

maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por

falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos

aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo

atmosfeacuterica (ELK 2007)

De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares

eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees

do Brasil

REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA

Norte 14 639

Nordeste 47 206

Centro Oeste 16 120

Sul 37 342

Sudeste 68 181

BRASIL 183 488

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

1131 Coletas seletivas

De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem

trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em

Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta

assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias

e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal

A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem

coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo

CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser

adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas

para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em

recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura

1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos

22

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis

Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas

que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio

do local (IBAM 2004)

A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no

abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de

resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios

De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos

municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com

cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)

O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual

representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de

coleta seletiva

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada

REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Norte 21

Nordeste 80

Centro Oeste 31

Sul 454

Sudeste 408

23

BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

24

Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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Page 5: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

5

Dedico este trabalho aos meus pais Dezeilma Fereira da Silva e Vilaci Ferreira Sousa

que sempre me incentivaram a ingressar na universidade e nao mediram esfoccedilos para me manter

estudando apesar dos obstaacuteculos encontrados no percurso eles se fizeram sempre presente e

compartilharam dos meus momentos mais difiacuteceis como tambeacutem dos momentos de gloacuteria

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo primeiramente a nosso Pai Celestial por me conceder o Dom da vida e a

Viturde de separar o certo do errado e sempre me abenccediloando com conquista devido aos seus

ensinamentos pude trilhar o caminho do bem e ingressar na universidade e com a sua ajudar

colherei muitos frutos dessa jornada

Aos meus pais Dezeilma Ferreira da Silva e Vilaci Ferreira Sousa que me

incentivaram e acreditaram no meu pontencial natildeo mediram esforccedilos para que eu pudesse

estudar

Aos meus irmatildeos Daniel Victor Ferreira Sousa e Vilaci Junior Ferreira Sousa os quais

pude contar durante toda a graduaccedilatildeo

Aos amigos de Repuacuteblica que foram pra mim como uma segunda famiacutelia os quais

estiveram presentes e me auxiliaram no decorrer da graduaccedilatildeo compartilhando as alegrias e

perdas e ajundando a superar os desafios isso tudo sem pedir nada em trocar

Ao Professor Orientador Igor Fotopoulos pelo apoio sua disposiccedilatildeo a me orientar

interesse com meu aprendizado criacuteticas construtivas contribuiccedilotildees para qualificaccedilatildeo desse

trabalho meu agradecimento por ter acrescentado os seus conhecimentos durante todo esse

trabalho

Aos meus amigos da faculdade Faacutebio Freitas Rochas Joatildeo Gabriel Franccedila Cleverson

Barbosa Lincoln Pontes da Silva Gilmar Moreira por toda parceria e conviacutevio durante esses

anos

Agradeccedilo a minha namorada que me aguentou nos momentos de estresse durante a

realizaccedilatildeo desse trabalho

Aos professores pela dedicaccedilatildeo disponibilidade e interesse com a transmissatildeo dos

conhecimentos aleacutem de grandes liccedilotildees de vida e palavras de conforto e motivaccedilatildeo

E aos demais amigos e familiares que me incentivaram direta ou indiretamente durante

a graduaccedilatildeo e torceram pelo meu sucesso A todos os meus sinceros agradecimentos

ldquoConstruiacute amigos enfrentei derrotas venci

obstaacuteculos bati na porta da vida e disse-lhe

Natildeo tenho medo de vivecirc-lardquo

-Augusto Cury

RESUMO

O grande consumo de recursos naturais pela sociedade moderna e a geraccedilatildeo de quantidades

significativas de resiacuteduos que precisam ser dispostos de maneira segura e sustentaacutevel tem

despertado a necessidade de tratamento adequado dos resiacuteduos soacutelidos e tambeacutem ampliado agraves

discussotildees para o equiliacutebrio sustentaacutevel do meio ambiente O presente trabalho teve como

objetivo quantificar o tempo de vida do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute e inferir os

possiacuteveis impactos decorrente da disposiccedilatildeo inadequada dos resiacuteduos soacutelidos urbanos Para

tanto foram estudados os resiacuteduos atraveacutes de visitas teacutecnicas levantamento fotograacuteficos e

entrevistas com questionaacuterios em oacutergatildeos puacuteblicos e privados para obtenccedilatildeo dos dados referente

a quantidade de resiacuteduos gerados na aacuterea de estudo e os possiacuteveis danos causados quando natildeo

satildeo dispostos adequadamente Dessa forma a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no

municiacutepio favorece a contaminaccedilatildeo do solo e do lenccedilol freaacutetico devido as valas natildeo serem

impermeabilizadas Os dados obtidos foram de grande relevacircncia no contexto social-econocircmico

da cidade e mostram que o processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera renda

poreacutem a correta disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos deveria ser o aterro sanitaacuterio Entretanto no

municiacutepio de Ji-Paranaacute a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos ocorre no aterro controlado que possui

uma vida uacutetil estimada de 332 anos quando calculada pelo nuacutemero de descargas e 66 anos

quando levada em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos informados pela COOLPEZA

Portanto apesar do aterro controlado de Ji-Paranaacute possuir uma vida uacutetil estimada de 332 a 66

anos faz-se necessaacuterio a implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio ateacute 02 de agosto de 2014 pois de

acordo com a Lei 1230510 a disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser feitas em aterro

sanitaacuterio

Palavras-chave Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Destinaccedilatildeo Final Meio Ambiente

ABSTRACT

The large consumption of natural resources by modern society and generate significant amounts

of waste that must be disposed in a safe and sustainable manner has raised the need for adequate

solid waste treatment and also extended the discussions to sustainable environmental balance

This study aimed to quantify the lifetime of the controlled municipality of Ji-Paranaacute landfill and

infer the possible impacts arising from the improper disposal of solid waste For both the

residues were studied through technical visits photographic survey questionnaires and

interviews with public and private agencies to obtain the data refente the amount of waste

generated in the study area and possible damage when not disposed of properly The data were

of great importance in the social and economic context of the city and show that the process of

collection and disposal of solid waste employs people and that the correct disposal of waste

should be the landfill Therefore in the municipality of Ji-Paranaacute the final disposal of waste

occurs at the landfill that has an estimated useful life of 332 when calculated by the number of

downloads and 66 years when taking into account the waste quantdade informed by

COOLPEZA Therefore despite the controlled landfill of Ji-Paranaacute have an estimated useful

life of 332 to 66 years it is necessary to the implementation of the landfill until August 2

2014 because according to the law the disposition 10 12305solid waste must be made in

landfill

Keywords Municipal Solid Waste Final Destination Environment

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis 22

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO 34

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial 42

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO 43

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro

controlado 44

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro

controlado de Ji-ParanaacuteRO 45

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI 45

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute 46

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos 47

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS 48

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro

controlado de Ji-ParanaacuteRO 49

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal 50

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas 51

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado 52

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda 54

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada

nas regiotildees do Brasil 21

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva

implantada 22

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta

seletiva implantada 23

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica

das caccedilambas coletoras compactadoras existentes 37

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade 40

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo 47

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal 51

12

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-

Paranaacute

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede

EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual

IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal

GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

NBR Norma Brasileira

PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria

PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede

SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-

Paranaacute)

SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 15

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18

111 Conceitos 18

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33

22 AMOSTRAGEM COLETADA 34

221 Coolpeza 34

222 Catadores 35

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35

3 RESULTADOS 41

31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41

331 Coleta Seletiva 44

332 Ecoponto e Pev 46

333 Reciclagem 47

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54

381 Vala de RSS 55

382 Vala de RSU 55

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56

14

4 DISCUSSOtildeES 58

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 64

INTRODUCcedilAtildeO

Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos

uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO

espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade

e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes

Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que

acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo

de saneamento

Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final

adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das

cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de

precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem

de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui

para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)

Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve

durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo

governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para

ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo

do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste

territoacuterio

De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados

proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A

forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo

cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento

crescente dos resiacuteduos

Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta

destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais

de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo

problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e

nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros

sanitaacuterios (IBGE 2010)

No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute

feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo

de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito

um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro

sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil

A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de

disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave

seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de

engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental

importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma

adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro

controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar

e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo

final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova

aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO

Objetivos Especiacuteficos

17

I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-

Paranaacute

II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados

anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute

III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada

18

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

111 Conceitos

O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos

soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem

corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido

Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes

por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos

seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o

gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)

A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como

materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades

naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente

A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee

que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da

comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de

varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de

aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como

determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica

de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis

em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo

De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material

substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja

destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados

soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas

particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos

drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor

tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos

19

De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de

acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores

por intermeacutedio de normas

1111 Quanto a origem

Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser

conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo

A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo

quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira

Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias

urbanas

Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e

vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana

Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana

Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os

de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil

serviccedilos de transporte

Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas

atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos

Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais

Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme

definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS

Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e

demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de

terrenos para obras civis

Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas

incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades

Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais

alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras

Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e

beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)

De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute

um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva

20

em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A

origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil

(FUNASA 2004)

1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo

Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg

10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos

de acordo com as classes I II e III sendo

Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que

tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade

e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica

Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos

soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos

podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua

Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de

resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash

Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes

solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a

sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto

na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de

comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde

ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)

A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo

de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento

e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e

na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)

Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos

urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas

especiais (MONTEIRO 2001)

21

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de

maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por

falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos

aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo

atmosfeacuterica (ELK 2007)

De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares

eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees

do Brasil

REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA

Norte 14 639

Nordeste 47 206

Centro Oeste 16 120

Sul 37 342

Sudeste 68 181

BRASIL 183 488

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

1131 Coletas seletivas

De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem

trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em

Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta

assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias

e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal

A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem

coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo

CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser

adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas

para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em

recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura

1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos

22

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis

Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas

que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio

do local (IBAM 2004)

A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no

abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de

resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios

De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos

municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com

cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)

O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual

representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de

coleta seletiva

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada

REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Norte 21

Nordeste 80

Centro Oeste 31

Sul 454

Sudeste 408

23

BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

24

Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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Page 6: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo primeiramente a nosso Pai Celestial por me conceder o Dom da vida e a

Viturde de separar o certo do errado e sempre me abenccediloando com conquista devido aos seus

ensinamentos pude trilhar o caminho do bem e ingressar na universidade e com a sua ajudar

colherei muitos frutos dessa jornada

Aos meus pais Dezeilma Ferreira da Silva e Vilaci Ferreira Sousa que me

incentivaram e acreditaram no meu pontencial natildeo mediram esforccedilos para que eu pudesse

estudar

Aos meus irmatildeos Daniel Victor Ferreira Sousa e Vilaci Junior Ferreira Sousa os quais

pude contar durante toda a graduaccedilatildeo

Aos amigos de Repuacuteblica que foram pra mim como uma segunda famiacutelia os quais

estiveram presentes e me auxiliaram no decorrer da graduaccedilatildeo compartilhando as alegrias e

perdas e ajundando a superar os desafios isso tudo sem pedir nada em trocar

Ao Professor Orientador Igor Fotopoulos pelo apoio sua disposiccedilatildeo a me orientar

interesse com meu aprendizado criacuteticas construtivas contribuiccedilotildees para qualificaccedilatildeo desse

trabalho meu agradecimento por ter acrescentado os seus conhecimentos durante todo esse

trabalho

Aos meus amigos da faculdade Faacutebio Freitas Rochas Joatildeo Gabriel Franccedila Cleverson

Barbosa Lincoln Pontes da Silva Gilmar Moreira por toda parceria e conviacutevio durante esses

anos

Agradeccedilo a minha namorada que me aguentou nos momentos de estresse durante a

realizaccedilatildeo desse trabalho

Aos professores pela dedicaccedilatildeo disponibilidade e interesse com a transmissatildeo dos

conhecimentos aleacutem de grandes liccedilotildees de vida e palavras de conforto e motivaccedilatildeo

E aos demais amigos e familiares que me incentivaram direta ou indiretamente durante

a graduaccedilatildeo e torceram pelo meu sucesso A todos os meus sinceros agradecimentos

ldquoConstruiacute amigos enfrentei derrotas venci

obstaacuteculos bati na porta da vida e disse-lhe

Natildeo tenho medo de vivecirc-lardquo

-Augusto Cury

RESUMO

O grande consumo de recursos naturais pela sociedade moderna e a geraccedilatildeo de quantidades

significativas de resiacuteduos que precisam ser dispostos de maneira segura e sustentaacutevel tem

despertado a necessidade de tratamento adequado dos resiacuteduos soacutelidos e tambeacutem ampliado agraves

discussotildees para o equiliacutebrio sustentaacutevel do meio ambiente O presente trabalho teve como

objetivo quantificar o tempo de vida do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute e inferir os

possiacuteveis impactos decorrente da disposiccedilatildeo inadequada dos resiacuteduos soacutelidos urbanos Para

tanto foram estudados os resiacuteduos atraveacutes de visitas teacutecnicas levantamento fotograacuteficos e

entrevistas com questionaacuterios em oacutergatildeos puacuteblicos e privados para obtenccedilatildeo dos dados referente

a quantidade de resiacuteduos gerados na aacuterea de estudo e os possiacuteveis danos causados quando natildeo

satildeo dispostos adequadamente Dessa forma a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no

municiacutepio favorece a contaminaccedilatildeo do solo e do lenccedilol freaacutetico devido as valas natildeo serem

impermeabilizadas Os dados obtidos foram de grande relevacircncia no contexto social-econocircmico

da cidade e mostram que o processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera renda

poreacutem a correta disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos deveria ser o aterro sanitaacuterio Entretanto no

municiacutepio de Ji-Paranaacute a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos ocorre no aterro controlado que possui

uma vida uacutetil estimada de 332 anos quando calculada pelo nuacutemero de descargas e 66 anos

quando levada em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos informados pela COOLPEZA

Portanto apesar do aterro controlado de Ji-Paranaacute possuir uma vida uacutetil estimada de 332 a 66

anos faz-se necessaacuterio a implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio ateacute 02 de agosto de 2014 pois de

acordo com a Lei 1230510 a disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser feitas em aterro

sanitaacuterio

Palavras-chave Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Destinaccedilatildeo Final Meio Ambiente

ABSTRACT

The large consumption of natural resources by modern society and generate significant amounts

of waste that must be disposed in a safe and sustainable manner has raised the need for adequate

solid waste treatment and also extended the discussions to sustainable environmental balance

This study aimed to quantify the lifetime of the controlled municipality of Ji-Paranaacute landfill and

infer the possible impacts arising from the improper disposal of solid waste For both the

residues were studied through technical visits photographic survey questionnaires and

interviews with public and private agencies to obtain the data refente the amount of waste

generated in the study area and possible damage when not disposed of properly The data were

of great importance in the social and economic context of the city and show that the process of

collection and disposal of solid waste employs people and that the correct disposal of waste

should be the landfill Therefore in the municipality of Ji-Paranaacute the final disposal of waste

occurs at the landfill that has an estimated useful life of 332 when calculated by the number of

downloads and 66 years when taking into account the waste quantdade informed by

COOLPEZA Therefore despite the controlled landfill of Ji-Paranaacute have an estimated useful

life of 332 to 66 years it is necessary to the implementation of the landfill until August 2

2014 because according to the law the disposition 10 12305solid waste must be made in

landfill

Keywords Municipal Solid Waste Final Destination Environment

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis 22

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO 34

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial 42

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO 43

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro

controlado 44

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro

controlado de Ji-ParanaacuteRO 45

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI 45

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute 46

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos 47

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS 48

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro

controlado de Ji-ParanaacuteRO 49

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal 50

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas 51

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado 52

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda 54

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada

nas regiotildees do Brasil 21

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva

implantada 22

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta

seletiva implantada 23

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica

das caccedilambas coletoras compactadoras existentes 37

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade 40

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo 47

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal 51

12

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-

Paranaacute

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede

EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual

IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal

GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

NBR Norma Brasileira

PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria

PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede

SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-

Paranaacute)

SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 15

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18

111 Conceitos 18

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33

22 AMOSTRAGEM COLETADA 34

221 Coolpeza 34

222 Catadores 35

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35

3 RESULTADOS 41

31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41

331 Coleta Seletiva 44

332 Ecoponto e Pev 46

333 Reciclagem 47

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54

381 Vala de RSS 55

382 Vala de RSU 55

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56

14

4 DISCUSSOtildeES 58

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 64

INTRODUCcedilAtildeO

Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos

uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO

espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade

e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes

Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que

acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo

de saneamento

Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final

adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das

cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de

precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem

de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui

para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)

Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve

durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo

governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para

ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo

do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste

territoacuterio

De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados

proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A

forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo

cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento

crescente dos resiacuteduos

Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta

destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais

de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo

problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e

nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros

sanitaacuterios (IBGE 2010)

No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute

feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo

de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito

um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro

sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil

A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de

disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave

seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de

engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental

importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma

adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro

controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar

e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo

final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova

aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO

Objetivos Especiacuteficos

17

I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-

Paranaacute

II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados

anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute

III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada

18

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

111 Conceitos

O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos

soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem

corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido

Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes

por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos

seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o

gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)

A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como

materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades

naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente

A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee

que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da

comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de

varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de

aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como

determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica

de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis

em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo

De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material

substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja

destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados

soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas

particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos

drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor

tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos

19

De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de

acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores

por intermeacutedio de normas

1111 Quanto a origem

Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser

conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo

A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo

quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira

Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias

urbanas

Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e

vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana

Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana

Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os

de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil

serviccedilos de transporte

Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas

atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos

Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais

Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme

definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS

Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e

demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de

terrenos para obras civis

Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas

incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades

Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais

alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras

Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e

beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)

De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute

um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva

20

em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A

origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil

(FUNASA 2004)

1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo

Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg

10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos

de acordo com as classes I II e III sendo

Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que

tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade

e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica

Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos

soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos

podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua

Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de

resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash

Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes

solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a

sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto

na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de

comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde

ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)

A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo

de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento

e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e

na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)

Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos

urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas

especiais (MONTEIRO 2001)

21

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de

maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por

falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos

aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo

atmosfeacuterica (ELK 2007)

De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares

eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees

do Brasil

REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA

Norte 14 639

Nordeste 47 206

Centro Oeste 16 120

Sul 37 342

Sudeste 68 181

BRASIL 183 488

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

1131 Coletas seletivas

De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem

trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em

Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta

assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias

e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal

A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem

coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo

CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser

adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas

para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em

recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura

1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos

22

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis

Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas

que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio

do local (IBAM 2004)

A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no

abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de

resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios

De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos

municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com

cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)

O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual

representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de

coleta seletiva

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada

REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Norte 21

Nordeste 80

Centro Oeste 31

Sul 454

Sudeste 408

23

BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

24

Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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ldquoConstruiacute amigos enfrentei derrotas venci

obstaacuteculos bati na porta da vida e disse-lhe

Natildeo tenho medo de vivecirc-lardquo

-Augusto Cury

RESUMO

O grande consumo de recursos naturais pela sociedade moderna e a geraccedilatildeo de quantidades

significativas de resiacuteduos que precisam ser dispostos de maneira segura e sustentaacutevel tem

despertado a necessidade de tratamento adequado dos resiacuteduos soacutelidos e tambeacutem ampliado agraves

discussotildees para o equiliacutebrio sustentaacutevel do meio ambiente O presente trabalho teve como

objetivo quantificar o tempo de vida do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute e inferir os

possiacuteveis impactos decorrente da disposiccedilatildeo inadequada dos resiacuteduos soacutelidos urbanos Para

tanto foram estudados os resiacuteduos atraveacutes de visitas teacutecnicas levantamento fotograacuteficos e

entrevistas com questionaacuterios em oacutergatildeos puacuteblicos e privados para obtenccedilatildeo dos dados referente

a quantidade de resiacuteduos gerados na aacuterea de estudo e os possiacuteveis danos causados quando natildeo

satildeo dispostos adequadamente Dessa forma a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no

municiacutepio favorece a contaminaccedilatildeo do solo e do lenccedilol freaacutetico devido as valas natildeo serem

impermeabilizadas Os dados obtidos foram de grande relevacircncia no contexto social-econocircmico

da cidade e mostram que o processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera renda

poreacutem a correta disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos deveria ser o aterro sanitaacuterio Entretanto no

municiacutepio de Ji-Paranaacute a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos ocorre no aterro controlado que possui

uma vida uacutetil estimada de 332 anos quando calculada pelo nuacutemero de descargas e 66 anos

quando levada em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos informados pela COOLPEZA

Portanto apesar do aterro controlado de Ji-Paranaacute possuir uma vida uacutetil estimada de 332 a 66

anos faz-se necessaacuterio a implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio ateacute 02 de agosto de 2014 pois de

acordo com a Lei 1230510 a disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser feitas em aterro

sanitaacuterio

Palavras-chave Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Destinaccedilatildeo Final Meio Ambiente

ABSTRACT

The large consumption of natural resources by modern society and generate significant amounts

of waste that must be disposed in a safe and sustainable manner has raised the need for adequate

solid waste treatment and also extended the discussions to sustainable environmental balance

This study aimed to quantify the lifetime of the controlled municipality of Ji-Paranaacute landfill and

infer the possible impacts arising from the improper disposal of solid waste For both the

residues were studied through technical visits photographic survey questionnaires and

interviews with public and private agencies to obtain the data refente the amount of waste

generated in the study area and possible damage when not disposed of properly The data were

of great importance in the social and economic context of the city and show that the process of

collection and disposal of solid waste employs people and that the correct disposal of waste

should be the landfill Therefore in the municipality of Ji-Paranaacute the final disposal of waste

occurs at the landfill that has an estimated useful life of 332 when calculated by the number of

downloads and 66 years when taking into account the waste quantdade informed by

COOLPEZA Therefore despite the controlled landfill of Ji-Paranaacute have an estimated useful

life of 332 to 66 years it is necessary to the implementation of the landfill until August 2

2014 because according to the law the disposition 10 12305solid waste must be made in

landfill

Keywords Municipal Solid Waste Final Destination Environment

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis 22

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO 34

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial 42

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO 43

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro

controlado 44

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro

controlado de Ji-ParanaacuteRO 45

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI 45

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute 46

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos 47

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS 48

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro

controlado de Ji-ParanaacuteRO 49

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal 50

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas 51

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado 52

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda 54

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada

nas regiotildees do Brasil 21

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva

implantada 22

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta

seletiva implantada 23

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica

das caccedilambas coletoras compactadoras existentes 37

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade 40

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo 47

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal 51

12

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-

Paranaacute

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede

EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual

IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal

GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

NBR Norma Brasileira

PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria

PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede

SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-

Paranaacute)

SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 15

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18

111 Conceitos 18

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33

22 AMOSTRAGEM COLETADA 34

221 Coolpeza 34

222 Catadores 35

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35

3 RESULTADOS 41

31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41

331 Coleta Seletiva 44

332 Ecoponto e Pev 46

333 Reciclagem 47

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54

381 Vala de RSS 55

382 Vala de RSU 55

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56

14

4 DISCUSSOtildeES 58

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 64

INTRODUCcedilAtildeO

Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos

uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO

espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade

e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes

Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que

acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo

de saneamento

Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final

adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das

cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de

precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem

de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui

para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)

Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve

durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo

governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para

ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo

do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste

territoacuterio

De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados

proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A

forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo

cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento

crescente dos resiacuteduos

Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta

destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais

de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo

problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e

nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros

sanitaacuterios (IBGE 2010)

No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute

feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo

de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito

um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro

sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil

A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de

disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave

seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de

engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental

importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma

adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro

controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar

e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo

final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova

aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO

Objetivos Especiacuteficos

17

I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-

Paranaacute

II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados

anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute

III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada

18

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

111 Conceitos

O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos

soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem

corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido

Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes

por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos

seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o

gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)

A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como

materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades

naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente

A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee

que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da

comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de

varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de

aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como

determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica

de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis

em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo

De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material

substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja

destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados

soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas

particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos

drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor

tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos

19

De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de

acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores

por intermeacutedio de normas

1111 Quanto a origem

Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser

conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo

A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo

quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira

Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias

urbanas

Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e

vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana

Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana

Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os

de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil

serviccedilos de transporte

Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas

atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos

Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais

Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme

definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS

Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e

demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de

terrenos para obras civis

Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas

incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades

Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais

alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras

Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e

beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)

De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute

um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva

20

em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A

origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil

(FUNASA 2004)

1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo

Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg

10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos

de acordo com as classes I II e III sendo

Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que

tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade

e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica

Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos

soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos

podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua

Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de

resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash

Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes

solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a

sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto

na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de

comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde

ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)

A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo

de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento

e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e

na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)

Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos

urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas

especiais (MONTEIRO 2001)

21

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de

maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por

falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos

aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo

atmosfeacuterica (ELK 2007)

De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares

eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees

do Brasil

REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA

Norte 14 639

Nordeste 47 206

Centro Oeste 16 120

Sul 37 342

Sudeste 68 181

BRASIL 183 488

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

1131 Coletas seletivas

De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem

trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em

Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta

assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias

e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal

A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem

coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo

CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser

adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas

para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em

recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura

1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos

22

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis

Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas

que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio

do local (IBAM 2004)

A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no

abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de

resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios

De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos

municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com

cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)

O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual

representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de

coleta seletiva

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada

REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Norte 21

Nordeste 80

Centro Oeste 31

Sul 454

Sudeste 408

23

BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

24

Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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Page 8: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

RESUMO

O grande consumo de recursos naturais pela sociedade moderna e a geraccedilatildeo de quantidades

significativas de resiacuteduos que precisam ser dispostos de maneira segura e sustentaacutevel tem

despertado a necessidade de tratamento adequado dos resiacuteduos soacutelidos e tambeacutem ampliado agraves

discussotildees para o equiliacutebrio sustentaacutevel do meio ambiente O presente trabalho teve como

objetivo quantificar o tempo de vida do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute e inferir os

possiacuteveis impactos decorrente da disposiccedilatildeo inadequada dos resiacuteduos soacutelidos urbanos Para

tanto foram estudados os resiacuteduos atraveacutes de visitas teacutecnicas levantamento fotograacuteficos e

entrevistas com questionaacuterios em oacutergatildeos puacuteblicos e privados para obtenccedilatildeo dos dados referente

a quantidade de resiacuteduos gerados na aacuterea de estudo e os possiacuteveis danos causados quando natildeo

satildeo dispostos adequadamente Dessa forma a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no

municiacutepio favorece a contaminaccedilatildeo do solo e do lenccedilol freaacutetico devido as valas natildeo serem

impermeabilizadas Os dados obtidos foram de grande relevacircncia no contexto social-econocircmico

da cidade e mostram que o processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera renda

poreacutem a correta disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos deveria ser o aterro sanitaacuterio Entretanto no

municiacutepio de Ji-Paranaacute a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos ocorre no aterro controlado que possui

uma vida uacutetil estimada de 332 anos quando calculada pelo nuacutemero de descargas e 66 anos

quando levada em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos informados pela COOLPEZA

Portanto apesar do aterro controlado de Ji-Paranaacute possuir uma vida uacutetil estimada de 332 a 66

anos faz-se necessaacuterio a implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio ateacute 02 de agosto de 2014 pois de

acordo com a Lei 1230510 a disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser feitas em aterro

sanitaacuterio

Palavras-chave Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Destinaccedilatildeo Final Meio Ambiente

ABSTRACT

The large consumption of natural resources by modern society and generate significant amounts

of waste that must be disposed in a safe and sustainable manner has raised the need for adequate

solid waste treatment and also extended the discussions to sustainable environmental balance

This study aimed to quantify the lifetime of the controlled municipality of Ji-Paranaacute landfill and

infer the possible impacts arising from the improper disposal of solid waste For both the

residues were studied through technical visits photographic survey questionnaires and

interviews with public and private agencies to obtain the data refente the amount of waste

generated in the study area and possible damage when not disposed of properly The data were

of great importance in the social and economic context of the city and show that the process of

collection and disposal of solid waste employs people and that the correct disposal of waste

should be the landfill Therefore in the municipality of Ji-Paranaacute the final disposal of waste

occurs at the landfill that has an estimated useful life of 332 when calculated by the number of

downloads and 66 years when taking into account the waste quantdade informed by

COOLPEZA Therefore despite the controlled landfill of Ji-Paranaacute have an estimated useful

life of 332 to 66 years it is necessary to the implementation of the landfill until August 2

2014 because according to the law the disposition 10 12305solid waste must be made in

landfill

Keywords Municipal Solid Waste Final Destination Environment

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis 22

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO 34

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial 42

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO 43

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro

controlado 44

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro

controlado de Ji-ParanaacuteRO 45

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI 45

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute 46

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos 47

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS 48

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro

controlado de Ji-ParanaacuteRO 49

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal 50

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas 51

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado 52

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda 54

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada

nas regiotildees do Brasil 21

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva

implantada 22

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta

seletiva implantada 23

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica

das caccedilambas coletoras compactadoras existentes 37

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade 40

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo 47

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal 51

12

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-

Paranaacute

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede

EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual

IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal

GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

NBR Norma Brasileira

PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria

PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede

SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-

Paranaacute)

SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 15

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18

111 Conceitos 18

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33

22 AMOSTRAGEM COLETADA 34

221 Coolpeza 34

222 Catadores 35

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35

3 RESULTADOS 41

31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41

331 Coleta Seletiva 44

332 Ecoponto e Pev 46

333 Reciclagem 47

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54

381 Vala de RSS 55

382 Vala de RSU 55

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56

14

4 DISCUSSOtildeES 58

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 64

INTRODUCcedilAtildeO

Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos

uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO

espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade

e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes

Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que

acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo

de saneamento

Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final

adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das

cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de

precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem

de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui

para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)

Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve

durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo

governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para

ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo

do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste

territoacuterio

De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados

proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A

forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo

cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento

crescente dos resiacuteduos

Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta

destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais

de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo

problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e

nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros

sanitaacuterios (IBGE 2010)

No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute

feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo

de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito

um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro

sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil

A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de

disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave

seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de

engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental

importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma

adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro

controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar

e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo

final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova

aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO

Objetivos Especiacuteficos

17

I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-

Paranaacute

II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados

anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute

III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada

18

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

111 Conceitos

O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos

soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem

corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido

Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes

por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos

seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o

gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)

A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como

materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades

naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente

A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee

que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da

comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de

varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de

aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como

determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica

de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis

em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo

De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material

substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja

destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados

soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas

particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos

drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor

tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos

19

De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de

acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores

por intermeacutedio de normas

1111 Quanto a origem

Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser

conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo

A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo

quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira

Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias

urbanas

Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e

vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana

Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana

Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os

de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil

serviccedilos de transporte

Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas

atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos

Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais

Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme

definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS

Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e

demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de

terrenos para obras civis

Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas

incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades

Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais

alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras

Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e

beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)

De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute

um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva

20

em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A

origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil

(FUNASA 2004)

1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo

Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg

10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos

de acordo com as classes I II e III sendo

Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que

tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade

e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica

Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos

soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos

podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua

Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de

resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash

Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes

solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a

sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto

na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de

comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde

ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)

A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo

de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento

e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e

na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)

Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos

urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas

especiais (MONTEIRO 2001)

21

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de

maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por

falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos

aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo

atmosfeacuterica (ELK 2007)

De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares

eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees

do Brasil

REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA

Norte 14 639

Nordeste 47 206

Centro Oeste 16 120

Sul 37 342

Sudeste 68 181

BRASIL 183 488

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

1131 Coletas seletivas

De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem

trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em

Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta

assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias

e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal

A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem

coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo

CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser

adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas

para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em

recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura

1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos

22

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis

Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas

que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio

do local (IBAM 2004)

A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no

abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de

resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios

De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos

municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com

cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)

O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual

representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de

coleta seletiva

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada

REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Norte 21

Nordeste 80

Centro Oeste 31

Sul 454

Sudeste 408

23

BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

24

Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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ABSTRACT

The large consumption of natural resources by modern society and generate significant amounts

of waste that must be disposed in a safe and sustainable manner has raised the need for adequate

solid waste treatment and also extended the discussions to sustainable environmental balance

This study aimed to quantify the lifetime of the controlled municipality of Ji-Paranaacute landfill and

infer the possible impacts arising from the improper disposal of solid waste For both the

residues were studied through technical visits photographic survey questionnaires and

interviews with public and private agencies to obtain the data refente the amount of waste

generated in the study area and possible damage when not disposed of properly The data were

of great importance in the social and economic context of the city and show that the process of

collection and disposal of solid waste employs people and that the correct disposal of waste

should be the landfill Therefore in the municipality of Ji-Paranaacute the final disposal of waste

occurs at the landfill that has an estimated useful life of 332 when calculated by the number of

downloads and 66 years when taking into account the waste quantdade informed by

COOLPEZA Therefore despite the controlled landfill of Ji-Paranaacute have an estimated useful

life of 332 to 66 years it is necessary to the implementation of the landfill until August 2

2014 because according to the law the disposition 10 12305solid waste must be made in

landfill

Keywords Municipal Solid Waste Final Destination Environment

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis 22

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO 34

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial 42

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO 43

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro

controlado 44

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro

controlado de Ji-ParanaacuteRO 45

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI 45

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute 46

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos 47

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS 48

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro

controlado de Ji-ParanaacuteRO 49

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal 50

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas 51

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado 52

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda 54

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada

nas regiotildees do Brasil 21

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva

implantada 22

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta

seletiva implantada 23

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica

das caccedilambas coletoras compactadoras existentes 37

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade 40

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo 47

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal 51

12

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-

Paranaacute

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede

EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual

IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal

GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

NBR Norma Brasileira

PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria

PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede

SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-

Paranaacute)

SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 15

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18

111 Conceitos 18

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33

22 AMOSTRAGEM COLETADA 34

221 Coolpeza 34

222 Catadores 35

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35

3 RESULTADOS 41

31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41

331 Coleta Seletiva 44

332 Ecoponto e Pev 46

333 Reciclagem 47

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54

381 Vala de RSS 55

382 Vala de RSU 55

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56

14

4 DISCUSSOtildeES 58

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 64

INTRODUCcedilAtildeO

Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos

uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO

espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade

e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes

Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que

acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo

de saneamento

Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final

adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das

cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de

precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem

de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui

para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)

Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve

durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo

governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para

ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo

do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste

territoacuterio

De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados

proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A

forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo

cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento

crescente dos resiacuteduos

Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta

destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais

de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo

problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e

nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros

sanitaacuterios (IBGE 2010)

No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute

feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo

de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito

um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro

sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil

A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de

disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave

seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de

engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental

importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma

adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro

controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar

e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo

final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova

aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO

Objetivos Especiacuteficos

17

I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-

Paranaacute

II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados

anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute

III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada

18

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

111 Conceitos

O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos

soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem

corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido

Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes

por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos

seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o

gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)

A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como

materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades

naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente

A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee

que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da

comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de

varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de

aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como

determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica

de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis

em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo

De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material

substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja

destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados

soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas

particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos

drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor

tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos

19

De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de

acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores

por intermeacutedio de normas

1111 Quanto a origem

Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser

conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo

A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo

quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira

Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias

urbanas

Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e

vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana

Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana

Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os

de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil

serviccedilos de transporte

Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas

atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos

Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais

Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme

definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS

Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e

demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de

terrenos para obras civis

Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas

incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades

Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais

alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras

Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e

beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)

De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute

um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva

20

em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A

origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil

(FUNASA 2004)

1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo

Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg

10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos

de acordo com as classes I II e III sendo

Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que

tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade

e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica

Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos

soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos

podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua

Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de

resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash

Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes

solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a

sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto

na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de

comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde

ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)

A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo

de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento

e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e

na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)

Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos

urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas

especiais (MONTEIRO 2001)

21

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de

maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por

falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos

aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo

atmosfeacuterica (ELK 2007)

De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares

eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees

do Brasil

REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA

Norte 14 639

Nordeste 47 206

Centro Oeste 16 120

Sul 37 342

Sudeste 68 181

BRASIL 183 488

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

1131 Coletas seletivas

De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem

trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em

Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta

assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias

e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal

A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem

coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo

CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser

adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas

para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em

recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura

1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos

22

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis

Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas

que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio

do local (IBAM 2004)

A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no

abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de

resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios

De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos

municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com

cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)

O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual

representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de

coleta seletiva

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada

REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Norte 21

Nordeste 80

Centro Oeste 31

Sul 454

Sudeste 408

23

BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

24

Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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Page 10: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis 22

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO 34

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial 42

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO 43

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro

controlado 44

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro

controlado de Ji-ParanaacuteRO 45

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI 45

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute 46

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos 47

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS 48

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro

controlado de Ji-ParanaacuteRO 49

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal 50

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas 51

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado 52

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda 54

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada

nas regiotildees do Brasil 21

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva

implantada 22

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta

seletiva implantada 23

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica

das caccedilambas coletoras compactadoras existentes 37

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade 40

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo 47

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal 51

12

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-

Paranaacute

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede

EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual

IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal

GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

NBR Norma Brasileira

PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria

PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede

SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-

Paranaacute)

SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 15

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18

111 Conceitos 18

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33

22 AMOSTRAGEM COLETADA 34

221 Coolpeza 34

222 Catadores 35

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35

3 RESULTADOS 41

31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41

331 Coleta Seletiva 44

332 Ecoponto e Pev 46

333 Reciclagem 47

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54

381 Vala de RSS 55

382 Vala de RSU 55

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56

14

4 DISCUSSOtildeES 58

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 64

INTRODUCcedilAtildeO

Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos

uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO

espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade

e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes

Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que

acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo

de saneamento

Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final

adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das

cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de

precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem

de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui

para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)

Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve

durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo

governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para

ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo

do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste

territoacuterio

De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados

proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A

forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo

cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento

crescente dos resiacuteduos

Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta

destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais

de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo

problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e

nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros

sanitaacuterios (IBGE 2010)

No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute

feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo

de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito

um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro

sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil

A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de

disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave

seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de

engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental

importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma

adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro

controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar

e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo

final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova

aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO

Objetivos Especiacuteficos

17

I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-

Paranaacute

II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados

anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute

III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada

18

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

111 Conceitos

O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos

soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem

corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido

Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes

por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos

seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o

gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)

A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como

materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades

naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente

A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee

que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da

comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de

varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de

aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como

determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica

de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis

em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo

De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material

substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja

destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados

soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas

particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos

drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor

tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos

19

De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de

acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores

por intermeacutedio de normas

1111 Quanto a origem

Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser

conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo

A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo

quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira

Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias

urbanas

Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e

vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana

Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana

Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os

de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil

serviccedilos de transporte

Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas

atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos

Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais

Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme

definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS

Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e

demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de

terrenos para obras civis

Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas

incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades

Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais

alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras

Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e

beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)

De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute

um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva

20

em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A

origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil

(FUNASA 2004)

1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo

Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg

10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos

de acordo com as classes I II e III sendo

Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que

tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade

e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica

Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos

soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos

podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua

Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de

resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash

Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes

solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a

sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto

na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de

comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde

ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)

A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo

de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento

e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e

na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)

Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos

urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas

especiais (MONTEIRO 2001)

21

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de

maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por

falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos

aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo

atmosfeacuterica (ELK 2007)

De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares

eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees

do Brasil

REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA

Norte 14 639

Nordeste 47 206

Centro Oeste 16 120

Sul 37 342

Sudeste 68 181

BRASIL 183 488

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

1131 Coletas seletivas

De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem

trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em

Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta

assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias

e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal

A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem

coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo

CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser

adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas

para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em

recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura

1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos

22

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis

Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas

que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio

do local (IBAM 2004)

A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no

abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de

resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios

De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos

municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com

cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)

O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual

representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de

coleta seletiva

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada

REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Norte 21

Nordeste 80

Centro Oeste 31

Sul 454

Sudeste 408

23

BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

24

Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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Page 11: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada

nas regiotildees do Brasil 21

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva

implantada 22

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta

seletiva implantada 23

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica

das caccedilambas coletoras compactadoras existentes 37

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade 40

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo 47

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal 51

12

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-

Paranaacute

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede

EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual

IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal

GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

NBR Norma Brasileira

PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria

PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede

SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-

Paranaacute)

SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 15

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18

111 Conceitos 18

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33

22 AMOSTRAGEM COLETADA 34

221 Coolpeza 34

222 Catadores 35

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35

3 RESULTADOS 41

31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41

331 Coleta Seletiva 44

332 Ecoponto e Pev 46

333 Reciclagem 47

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54

381 Vala de RSS 55

382 Vala de RSU 55

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56

14

4 DISCUSSOtildeES 58

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 64

INTRODUCcedilAtildeO

Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos

uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO

espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade

e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes

Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que

acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo

de saneamento

Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final

adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das

cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de

precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem

de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui

para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)

Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve

durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo

governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para

ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo

do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste

territoacuterio

De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados

proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A

forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo

cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento

crescente dos resiacuteduos

Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta

destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais

de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo

problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e

nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros

sanitaacuterios (IBGE 2010)

No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute

feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo

de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito

um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro

sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil

A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de

disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave

seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de

engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental

importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma

adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro

controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar

e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo

final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova

aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO

Objetivos Especiacuteficos

17

I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-

Paranaacute

II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados

anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute

III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada

18

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

111 Conceitos

O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos

soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem

corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido

Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes

por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos

seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o

gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)

A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como

materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades

naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente

A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee

que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da

comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de

varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de

aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como

determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica

de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis

em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo

De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material

substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja

destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados

soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas

particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos

drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor

tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos

19

De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de

acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores

por intermeacutedio de normas

1111 Quanto a origem

Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser

conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo

A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo

quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira

Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias

urbanas

Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e

vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana

Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana

Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os

de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil

serviccedilos de transporte

Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas

atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos

Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais

Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme

definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS

Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e

demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de

terrenos para obras civis

Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas

incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades

Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais

alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras

Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e

beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)

De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute

um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva

20

em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A

origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil

(FUNASA 2004)

1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo

Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg

10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos

de acordo com as classes I II e III sendo

Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que

tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade

e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica

Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos

soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos

podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua

Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de

resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash

Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes

solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a

sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto

na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de

comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde

ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)

A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo

de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento

e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e

na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)

Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos

urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas

especiais (MONTEIRO 2001)

21

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de

maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por

falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos

aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo

atmosfeacuterica (ELK 2007)

De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares

eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees

do Brasil

REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA

Norte 14 639

Nordeste 47 206

Centro Oeste 16 120

Sul 37 342

Sudeste 68 181

BRASIL 183 488

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

1131 Coletas seletivas

De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem

trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em

Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta

assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias

e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal

A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem

coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo

CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser

adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas

para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em

recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura

1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos

22

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis

Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas

que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio

do local (IBAM 2004)

A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no

abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de

resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios

De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos

municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com

cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)

O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual

representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de

coleta seletiva

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada

REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Norte 21

Nordeste 80

Centro Oeste 31

Sul 454

Sudeste 408

23

BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

24

Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

REFEREcircNCIAS

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Page 12: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

12

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

COOCAMARJI Cooperativa dos Catadores de Materiais Reciclaacuteveis de Ji-

Paranaacute

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

FUNASA Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede

EPI Equipamento de Proteccedilatildeo Individual

IPT Instituto de Pesquisa Tecnoloacutegica

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IBAM Instituto Brasileiro de Administraccedilatildeo Municipal

GIRSU Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

GRSU Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

NBR Norma Brasileira

PEV Pontos de Entrega Voluntaacuteria

PGRSU Plano de Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

PNRS Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos

RSU Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

RSS Resiacuteduos de Serviccedilos e Sauacutede

SEMEIA Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Prefeitura de Ji-

Paranaacute)

SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 15

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18

111 Conceitos 18

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33

22 AMOSTRAGEM COLETADA 34

221 Coolpeza 34

222 Catadores 35

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35

3 RESULTADOS 41

31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41

331 Coleta Seletiva 44

332 Ecoponto e Pev 46

333 Reciclagem 47

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54

381 Vala de RSS 55

382 Vala de RSU 55

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56

14

4 DISCUSSOtildeES 58

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 64

INTRODUCcedilAtildeO

Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos

uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO

espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade

e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes

Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que

acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo

de saneamento

Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final

adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das

cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de

precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem

de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui

para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)

Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve

durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo

governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para

ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo

do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste

territoacuterio

De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados

proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A

forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo

cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento

crescente dos resiacuteduos

Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta

destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais

de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo

problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e

nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros

sanitaacuterios (IBGE 2010)

No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute

feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo

de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito

um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro

sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil

A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de

disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave

seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de

engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental

importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma

adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro

controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar

e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo

final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova

aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO

Objetivos Especiacuteficos

17

I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-

Paranaacute

II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados

anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute

III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada

18

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

111 Conceitos

O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos

soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem

corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido

Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes

por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos

seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o

gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)

A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como

materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades

naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente

A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee

que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da

comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de

varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de

aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como

determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica

de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis

em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo

De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material

substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja

destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados

soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas

particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos

drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor

tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos

19

De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de

acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores

por intermeacutedio de normas

1111 Quanto a origem

Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser

conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo

A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo

quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira

Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias

urbanas

Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e

vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana

Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana

Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os

de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil

serviccedilos de transporte

Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas

atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos

Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais

Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme

definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS

Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e

demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de

terrenos para obras civis

Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas

incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades

Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais

alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras

Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e

beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)

De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute

um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva

20

em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A

origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil

(FUNASA 2004)

1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo

Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg

10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos

de acordo com as classes I II e III sendo

Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que

tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade

e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica

Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos

soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos

podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua

Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de

resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash

Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes

solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a

sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto

na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de

comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde

ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)

A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo

de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento

e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e

na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)

Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos

urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas

especiais (MONTEIRO 2001)

21

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de

maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por

falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos

aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo

atmosfeacuterica (ELK 2007)

De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares

eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees

do Brasil

REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA

Norte 14 639

Nordeste 47 206

Centro Oeste 16 120

Sul 37 342

Sudeste 68 181

BRASIL 183 488

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

1131 Coletas seletivas

De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem

trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em

Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta

assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias

e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal

A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem

coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo

CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser

adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas

para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em

recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura

1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos

22

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis

Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas

que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio

do local (IBAM 2004)

A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no

abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de

resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios

De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos

municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com

cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)

O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual

representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de

coleta seletiva

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada

REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Norte 21

Nordeste 80

Centro Oeste 31

Sul 454

Sudeste 408

23

BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

24

Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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Page 13: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

SUMAacuteRIO

INTRODUCcedilAtildeO 15

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO 18

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 18

111 Conceitos 18

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos 18

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 20

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos 21

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede 23

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada 24

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos 26

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos 30

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS 33

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO 33

22 AMOSTRAGEM COLETADA 34

221 Coolpeza 34

222 Catadores 35

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO 35

3 RESULTADOS 41

31 AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO 41

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS 41

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS 41

331 Coleta Seletiva 44

332 Ecoponto e Pev 46

333 Reciclagem 47

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE 48

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS 50

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO 51

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala 52

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO 54

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO 54

381 Vala de RSS 55

382 Vala de RSU 55

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores 55

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO 56

14

4 DISCUSSOtildeES 58

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 64

INTRODUCcedilAtildeO

Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos

uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO

espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade

e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes

Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que

acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo

de saneamento

Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final

adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das

cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de

precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem

de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui

para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)

Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve

durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo

governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para

ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo

do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste

territoacuterio

De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados

proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A

forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo

cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento

crescente dos resiacuteduos

Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta

destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais

de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo

problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e

nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros

sanitaacuterios (IBGE 2010)

No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute

feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo

de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito

um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro

sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil

A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de

disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave

seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de

engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental

importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma

adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro

controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar

e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo

final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova

aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO

Objetivos Especiacuteficos

17

I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-

Paranaacute

II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados

anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute

III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada

18

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

111 Conceitos

O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos

soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem

corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido

Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes

por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos

seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o

gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)

A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como

materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades

naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente

A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee

que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da

comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de

varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de

aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como

determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica

de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis

em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo

De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material

substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja

destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados

soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas

particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos

drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor

tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos

19

De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de

acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores

por intermeacutedio de normas

1111 Quanto a origem

Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser

conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo

A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo

quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira

Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias

urbanas

Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e

vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana

Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana

Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os

de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil

serviccedilos de transporte

Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas

atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos

Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais

Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme

definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS

Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e

demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de

terrenos para obras civis

Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas

incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades

Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais

alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras

Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e

beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)

De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute

um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva

20

em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A

origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil

(FUNASA 2004)

1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo

Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg

10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos

de acordo com as classes I II e III sendo

Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que

tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade

e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica

Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos

soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos

podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua

Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de

resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash

Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes

solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a

sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto

na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de

comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde

ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)

A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo

de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento

e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e

na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)

Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos

urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas

especiais (MONTEIRO 2001)

21

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de

maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por

falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos

aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo

atmosfeacuterica (ELK 2007)

De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares

eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees

do Brasil

REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA

Norte 14 639

Nordeste 47 206

Centro Oeste 16 120

Sul 37 342

Sudeste 68 181

BRASIL 183 488

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

1131 Coletas seletivas

De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem

trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em

Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta

assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias

e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal

A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem

coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo

CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser

adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas

para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em

recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura

1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos

22

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis

Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas

que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio

do local (IBAM 2004)

A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no

abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de

resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios

De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos

municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com

cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)

O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual

representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de

coleta seletiva

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada

REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Norte 21

Nordeste 80

Centro Oeste 31

Sul 454

Sudeste 408

23

BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

24

Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

REFEREcircNCIAS

ABES-CE Resiacuteduos soacutelidos urbanos coleta e destino final 2006

AMBIENTEBRASIL Resiacuteduos soacutelidos Disponiacutevel em

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1997

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projetos de aterros controlados de resiacuteduos soacutelidos Satildeo Paulo 1985

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Page 14: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

14

4 DISCUSSOtildeES 58

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 62

REFEREcircNCIAS 64

INTRODUCcedilAtildeO

Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos

uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO

espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade

e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes

Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que

acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo

de saneamento

Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final

adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das

cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de

precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem

de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui

para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)

Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve

durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo

governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para

ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo

do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste

territoacuterio

De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados

proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A

forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo

cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento

crescente dos resiacuteduos

Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta

destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais

de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo

problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e

nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros

sanitaacuterios (IBGE 2010)

No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute

feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo

de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito

um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro

sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil

A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de

disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave

seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de

engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental

importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma

adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro

controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar

e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo

final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova

aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO

Objetivos Especiacuteficos

17

I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-

Paranaacute

II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados

anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute

III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada

18

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

111 Conceitos

O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos

soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem

corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido

Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes

por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos

seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o

gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)

A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como

materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades

naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente

A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee

que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da

comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de

varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de

aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como

determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica

de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis

em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo

De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material

substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja

destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados

soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas

particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos

drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor

tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos

19

De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de

acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores

por intermeacutedio de normas

1111 Quanto a origem

Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser

conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo

A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo

quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira

Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias

urbanas

Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e

vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana

Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana

Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os

de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil

serviccedilos de transporte

Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas

atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos

Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais

Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme

definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS

Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e

demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de

terrenos para obras civis

Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas

incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades

Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais

alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras

Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e

beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)

De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute

um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva

20

em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A

origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil

(FUNASA 2004)

1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo

Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg

10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos

de acordo com as classes I II e III sendo

Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que

tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade

e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica

Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos

soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos

podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua

Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de

resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash

Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes

solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a

sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto

na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de

comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde

ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)

A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo

de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento

e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e

na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)

Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos

urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas

especiais (MONTEIRO 2001)

21

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de

maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por

falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos

aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo

atmosfeacuterica (ELK 2007)

De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares

eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees

do Brasil

REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA

Norte 14 639

Nordeste 47 206

Centro Oeste 16 120

Sul 37 342

Sudeste 68 181

BRASIL 183 488

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

1131 Coletas seletivas

De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem

trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em

Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta

assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias

e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal

A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem

coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo

CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser

adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas

para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em

recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura

1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos

22

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis

Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas

que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio

do local (IBAM 2004)

A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no

abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de

resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios

De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos

municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com

cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)

O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual

representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de

coleta seletiva

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada

REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Norte 21

Nordeste 80

Centro Oeste 31

Sul 454

Sudeste 408

23

BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

24

Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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de Construccedilatildeo e Demoliccedilatildeo em bairros perifeacutericos de Uberlacircndia Subsiacutedios para uma

gestatildeo sustentaacutevel Dissertaccedilatildeo de Mestrado Faculdade de Engenharia Civil Universidade

Federal de Uberlacircndia 2006

PRADO FILHO J F do SOBREIRA F G Desempenho operacional e ambiental de

unidades de reciclagem e disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos financiadas pelo

ICMS ecoloacutegico de Minas Gerais Rio de Janeiro Artigo teacutecnico 2007

ROSA Rafael Mendes Diagnoacutestico da disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos em uma voccediloroca

no municiacutepio de Araguari-mg universidade federal de uberlacircndia 2009 monografia 13p

ROMANI Andrea Pitangy de SEGALA Karin Agregando valor social e ambiental

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)

SANTOS Luiz Ricardo Caracterizaccedilatildeo Fiacutesica Dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Do

Municiacutepio De Ji-Paranaacute ndash Rondocircnia Monograacutefia de Curso Curso Engenharia Ambiental

Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Ji-Paranaacute 2011

SANTOS M G Disposiccedilatildeo dos Resiacuteduos soacutelidos urbanos no municiacutepio de Feira de

Santana-BA Sugestotildees para uma gestatildeo integrada (monografia) Feira de Santana FTC

2004

CETESB (Estado) Secretaria de Estado de Meio Ambiente CETESB Aruntho Savastano

Neto [et al] Manual de Operaccedilatildeo de Aterro Sanitaacuterio em Valas Satildeo Paulo 2010 24 p

Disponiacutevel em

lthttpwwwcetesbspgovbrmudancasclimaticasbiogasAterro20SanitC3A1rio21-

Aterro20SanitC3A1rio gt acesso 11de dezembro de 2013

Site Relaciondo a Coletores de Resiacuteduos Disponiacutevel em

lthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

TCHOBANOGLOUS G THEISEN H VIGIL S Integrated solid waste management

New York MacGraw-Hill 1993

VALLE Cyro Eyer do Como se preparar para as Normas ISO 14000 qualidade

ambiental o desafio de ser competitivo protegendo o meio ambienteSatildeo Paulo Pioneira

2000

WOLMER Fernando Antonio Limpeza Urbana Satildeo Paulo 2002

Page 15: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

INTRODUCcedilAtildeO

Diante da importacircncia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado faz-se

necessaacuteria a adoccedilatildeo de medidas para que isso possa vir a acontecer pois para que tenhamos

uma vida saudaacutevel no planeta eacute essencial que o mesmo esteja equilibrado uma vez que ldquoO

espaccedilo urbano tem sido recorrentemente considerado como uma contradiccedilatildeo agrave sustentabilidade

e preservaccedilatildeo ambientalrdquo (AacuteVILA e MONTE-MOacuteR 2007) devido a intensa urbanizaccedilatildeo poacutes

Segunda Guerra Mundial sobretudo nos paiacuteses em desenvolvimento como o Brasil que

acarretou uma seacuterie de impactos ambientais e sociais muitas vezes desastrosa sem o miacutenimo

de saneamento

Os resiacuteduos soacutelidos quando natildeo recebem o devido tratamento e destinaccedilatildeo final

adequada contribuem para a degradaccedilatildeo ambiental gerando assim a poluiccedilatildeo visual das

cidades e servindo como abrigo e alimento para vetores ocasionando odores Na ocorrecircncia de

precipitaccedilatildeo esses materiais satildeo carreados para os corpos hiacutedricos e bueiros dessa forma aleacutem

de contaminar o solo e a aacutegua impedem a passagem do curso natural da aacutegua o que contribui

para a ocorrecircncia de enchentes (MONTEIRO 2001)

Segundo BARROSO CHERUBINI CORDEIRO (2005) o estado de Rondocircnia teve

durante as deacutecadas de 1970 e 1980 um crescimento acelerado e desordenado estimulado pelo

governo federal no qual a populaccedilatildeo era incentivada a desmatar a aacuterea de floresta para

ocupaccedilatildeo territorial do estado receacutem-criado Este processo de desenvolvimento e colonizaccedilatildeo

do estado de Rondocircnia tambeacutem contribuiu para o aumento da produccedilatildeo de resiacuteduos neste

territoacuterio

De acordo com Santos (2004) o aumento da quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados

proveacutem do aumento da populaccedilatildeo humana e da concentraccedilatildeo destas em centros urbanos A

forma e o ritmo da ocupaccedilatildeo desses espaccedilos o modo de vida baseado na produccedilatildeo e no consumo

cada vez mais raacutepido de bens satildeo fatores que contribuem cada vez mais para o aumento

crescente dos resiacuteduos

Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta

destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais

de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo

problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e

nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros

sanitaacuterios (IBGE 2010)

No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute

feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo

de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito

um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro

sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil

A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de

disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave

seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de

engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental

importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma

adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro

controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar

e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo

final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova

aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO

Objetivos Especiacuteficos

17

I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-

Paranaacute

II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados

anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute

III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada

18

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

111 Conceitos

O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos

soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem

corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido

Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes

por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos

seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o

gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)

A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como

materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades

naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente

A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee

que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da

comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de

varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de

aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como

determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica

de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis

em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo

De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material

substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja

destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados

soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas

particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos

drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor

tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos

19

De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de

acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores

por intermeacutedio de normas

1111 Quanto a origem

Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser

conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo

A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo

quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira

Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias

urbanas

Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e

vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana

Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana

Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os

de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil

serviccedilos de transporte

Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas

atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos

Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais

Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme

definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS

Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e

demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de

terrenos para obras civis

Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas

incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades

Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais

alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras

Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e

beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)

De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute

um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva

20

em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A

origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil

(FUNASA 2004)

1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo

Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg

10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos

de acordo com as classes I II e III sendo

Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que

tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade

e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica

Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos

soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos

podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua

Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de

resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash

Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes

solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a

sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto

na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de

comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde

ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)

A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo

de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento

e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e

na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)

Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos

urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas

especiais (MONTEIRO 2001)

21

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de

maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por

falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos

aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo

atmosfeacuterica (ELK 2007)

De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares

eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees

do Brasil

REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA

Norte 14 639

Nordeste 47 206

Centro Oeste 16 120

Sul 37 342

Sudeste 68 181

BRASIL 183 488

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

1131 Coletas seletivas

De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem

trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em

Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta

assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias

e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal

A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem

coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo

CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser

adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas

para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em

recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura

1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos

22

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis

Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas

que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio

do local (IBAM 2004)

A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no

abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de

resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios

De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos

municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com

cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)

O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual

representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de

coleta seletiva

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada

REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Norte 21

Nordeste 80

Centro Oeste 31

Sul 454

Sudeste 408

23

BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

24

Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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Page 16: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

Natildeo obstante o Brasil tambeacutem apresenta um grande problema com a incorreta

destinaccedilatildeo dos resiacuteduos produzido Dados do IBGE afirma que a regiatildeo Norte do paiacutes leva mais

de 80 dos seus resiacuteduos para lixotildees Todas as regiotildees do Brasil no entanto vivem o mesmo

problema Em 2010 a geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos cresceu 68 em relaccedilatildeo a 2009 e

nuacutemeros do IBGE apontam que apenas 277 dos resiacuteduos no Brasil vatildeo de fato para aterros

sanitaacuterios (IBGE 2010)

No municiacutepio de Ji-Paranaacute o local utilizado para disposiccedilatildeo dos residuos coletados eacute

feita em um aterro controlado no entanto a forma ambientalmente adequada eacute a implantaccedilatildeo

de aterros sanitaacuterios (CARVALHO e LANZA 2006) Isto ressalta a necessidade de ser feito

um estudo antecipado para a escolha das aacutereas que seratildeo utilizadas na instalaccedilatildeo de um aterro

sanitaacuterio para que se conheccedila a sua particularidades e pode estimar o seu tempo de vida uacutetil

A ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 define aterro sanitaacuterio como uma teacutecnica de

disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede puacuteblica e agrave

seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios de

engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

A coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos eacute um dos processos de fundamental

importacircncia para a garantia de um meio ambiente equilibrado quando realizado de forma

adequada Em vista disso o presente estudo teve como objetivo estimar a vida uacutetil do aterro

controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute visando com isso obter informaccedilotildees capazes de orientar

e auxiliar nas tomadas de decisotildees futuras pelo setor puacuteblico com relaccedilatildeo agrave coleta e destinaccedilatildeo

final dos resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo e demonstrar a necessidade de obtenccedilatildeo de nova

aacuterea e adoccedilatildeo de medidas mitigadoras no processo de coleta e destinaccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Estimar a vida uacutetil do Aterro Controlado no municipio de Ji-ParanaacuteRO

Objetivos Especiacuteficos

17

I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-

Paranaacute

II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados

anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute

III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada

18

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

111 Conceitos

O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos

soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem

corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido

Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes

por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos

seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o

gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)

A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como

materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades

naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente

A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee

que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da

comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de

varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de

aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como

determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica

de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis

em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo

De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material

substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja

destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados

soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas

particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos

drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor

tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos

19

De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de

acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores

por intermeacutedio de normas

1111 Quanto a origem

Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser

conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo

A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo

quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira

Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias

urbanas

Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e

vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana

Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana

Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os

de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil

serviccedilos de transporte

Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas

atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos

Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais

Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme

definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS

Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e

demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de

terrenos para obras civis

Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas

incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades

Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais

alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras

Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e

beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)

De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute

um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva

20

em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A

origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil

(FUNASA 2004)

1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo

Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg

10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos

de acordo com as classes I II e III sendo

Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que

tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade

e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica

Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos

soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos

podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua

Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de

resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash

Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes

solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a

sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto

na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de

comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde

ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)

A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo

de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento

e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e

na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)

Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos

urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas

especiais (MONTEIRO 2001)

21

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de

maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por

falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos

aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo

atmosfeacuterica (ELK 2007)

De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares

eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees

do Brasil

REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA

Norte 14 639

Nordeste 47 206

Centro Oeste 16 120

Sul 37 342

Sudeste 68 181

BRASIL 183 488

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

1131 Coletas seletivas

De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem

trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em

Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta

assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias

e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal

A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem

coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo

CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser

adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas

para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em

recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura

1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos

22

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis

Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas

que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio

do local (IBAM 2004)

A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no

abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de

resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios

De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos

municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com

cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)

O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual

representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de

coleta seletiva

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada

REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Norte 21

Nordeste 80

Centro Oeste 31

Sul 454

Sudeste 408

23

BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

24

Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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Page 17: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

17

I Estimar a quantidade diaacuteria mensal e anual de RSU produzido na cidade de Ji-

Paranaacute

II Estimar a quatindade de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) depositados

anualmente no Aterro Controlado de Ji-Paranaacute

III Comparar os dados fornecidos pela COOLPEZA com os da estimativa realizada

18

1 REFERENCIAL TEOacuteRICO

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

111 Conceitos

O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos

soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem

corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido

Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes

por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos

seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o

gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)

A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como

materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades

naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente

A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee

que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da

comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de

varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de

aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como

determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica

de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis

em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo

De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material

substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja

destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados

soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas

particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos

drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor

tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos

19

De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de

acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores

por intermeacutedio de normas

1111 Quanto a origem

Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser

conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo

A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo

quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira

Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias

urbanas

Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e

vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana

Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana

Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os

de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil

serviccedilos de transporte

Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas

atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos

Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais

Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme

definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS

Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e

demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de

terrenos para obras civis

Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas

incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades

Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais

alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras

Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e

beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)

De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute

um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva

20

em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A

origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil

(FUNASA 2004)

1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo

Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg

10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos

de acordo com as classes I II e III sendo

Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que

tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade

e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica

Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos

soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos

podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua

Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de

resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash

Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes

solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a

sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto

na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de

comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde

ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)

A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo

de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento

e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e

na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)

Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos

urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas

especiais (MONTEIRO 2001)

21

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de

maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por

falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos

aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo

atmosfeacuterica (ELK 2007)

De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares

eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees

do Brasil

REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA

Norte 14 639

Nordeste 47 206

Centro Oeste 16 120

Sul 37 342

Sudeste 68 181

BRASIL 183 488

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

1131 Coletas seletivas

De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem

trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em

Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta

assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias

e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal

A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem

coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo

CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser

adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas

para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em

recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura

1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos

22

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis

Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas

que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio

do local (IBAM 2004)

A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no

abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de

resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios

De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos

municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com

cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)

O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual

representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de

coleta seletiva

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada

REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Norte 21

Nordeste 80

Centro Oeste 31

Sul 454

Sudeste 408

23

BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

24

Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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Page 18: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

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1 REFERENCIAL TEOacuteRICO

11 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

111 Conceitos

O termo resiacuteduo soacutelido apresentam vaacuterias definiccedilotildees Segundo Morais (2006) resiacuteduos

soacutelidos ou lixos significam a mesma coisa sendo o termo lixo mais utilizado na linguagem

corrente e no meio acadecircmico ou teacutecnico normalmente adota-se o termo resiacuteduo soacutelido

Assim qualquer atividade humana eacute por natureza geradora de resiacuteduos soacutelidos Estes

por sua vez satildeo as denominaccedilotildees geneacutericas para determinados tipos de lixos produzidos pelos

seres humanos e satildeo representados por materiais que natildeo possuem mais nenhum valor para o

gerador (AMBIENTEBRASIL 2013)

A Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA 2004) compreende resiacuteduos soacutelidos como

materiais heterogecircneos inertes minerais e orgacircnicos e que satildeo o resultado das atividades

naturais e humanas e que ainda podem ser utilizadas parcialmente

A Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT) NBR 10004 (2004) dispotildee

que resiacuteduos satildeo os ldquo resiacuteduos nos estados soacutelido e semi-soacutelido que resultam de atividades da

comunidade de origem industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e de

varriccedilatildeo Ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo lodos provenientes dos sistemas de tratamento de

aacutegua aqueles gerados em equipamentos e instalaccedilotildees de controle de poluiccedilatildeo bem como

determinados liacutequidos cujas particularidades tornem inviaacuteveis seu lanccedilamento na rede puacuteblica

de esgotos ou corpos daacutegua ou exijam para isto soluccedilotildees teacutecnicas e economicamente inviaacuteveis

em face da melhor tecnologia disponiacutevel (ABNT 2004)rdquo

De acordo com o disposto no inciso XVI da Lei 1230510 resiacuteduos soacutelidos material

substacircncia objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade a cuja

destinaccedilatildeo final se procede se propotildee proceder ou se estaacute obrigado a proceder nos estados

soacutelido ou semissoacutelido bem como gases contidos em recipientes e liacutequidos cujas

particularidades tornem inviaacutevel o seu lanccedilamento na rede puacuteblica de esgotos ou em corpos

drsquoaacutegua ou exijam para isso soluccedilotildees teacutecnica ou economicamente inviaacuteveis em face da melhor

tecnologia disponiacutevel(BRASIL 2010)

112 Classificaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos

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De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de

acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores

por intermeacutedio de normas

1111 Quanto a origem

Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser

conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo

A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo

quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira

Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias

urbanas

Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e

vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana

Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana

Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os

de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil

serviccedilos de transporte

Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas

atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos

Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais

Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme

definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS

Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e

demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de

terrenos para obras civis

Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas

incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades

Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais

alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras

Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e

beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)

De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute

um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva

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em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A

origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil

(FUNASA 2004)

1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo

Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg

10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos

de acordo com as classes I II e III sendo

Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que

tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade

e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica

Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos

soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos

podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua

Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de

resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash

Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes

solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a

sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto

na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de

comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde

ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)

A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo

de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento

e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e

na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)

Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos

urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas

especiais (MONTEIRO 2001)

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114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de

maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por

falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos

aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo

atmosfeacuterica (ELK 2007)

De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares

eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees

do Brasil

REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA

Norte 14 639

Nordeste 47 206

Centro Oeste 16 120

Sul 37 342

Sudeste 68 181

BRASIL 183 488

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

1131 Coletas seletivas

De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem

trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em

Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta

assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias

e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal

A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem

coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo

CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser

adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas

para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em

recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura

1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos

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Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis

Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas

que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio

do local (IBAM 2004)

A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no

abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de

resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios

De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos

municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com

cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)

O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual

representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de

coleta seletiva

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada

REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Norte 21

Nordeste 80

Centro Oeste 31

Sul 454

Sudeste 408

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BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

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Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

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reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

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evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

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soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

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1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

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Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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transportadores bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva

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19

De acordo com Rosa (2009) a finalidade de classificar um resiacuteduo eacute diferenciaacute-lo de

acordo com possiacuteveis variaacuteveis no intuito de fornecer paracircmetros utilizaacuteveis pelos gestores

por intermeacutedio de normas

1111 Quanto a origem

Na literatura adversas formas de classificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos podendo ser

conforme o tipo de atividade ou local gerador do resiacuteduo

A Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos (Lei 1230510) traz a seguinte classificaccedilatildeo

quanto a sua origem no seu Art 13 expondo da seguinte maneira

Resiacuteduos Domiciliares os originaacuterios de atividades domeacutesticas em residecircncias

urbanas

Resiacuteduo de Limpeza Urbana os originaacuterios da varriccedilatildeo limpeza de logradouros e

vias puacuteblicas e outros serviccedilos de limpeza urbana

Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos os resiacuteduos domiciliares e de limpeza urbana

Comerciais e Prestadores de Serviccedilos os gerados nestas atividades excetuados os

de limpeza urbana serviccedilos puacuteblicos de saneamento baacutesico serviccedilos de sauacutede construccedilatildeo civil

serviccedilos de transporte

Resiacuteduos dos Serviccedilos Puacuteblicos de Saneamento Baacutesico os produzidos nestas

atividades afora os resiacuteduos soacutelidos urbanos

Resiacuteduos Industriais os gerados nos processos produtivos e instalaccedilotildees industriais

Resiacuteduos dos Serviccedilos de Sauacutede os derivados nos serviccedilos de sauacutede conforme

definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos oacutergatildeos do SISNAMA e SNVS

Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil os gerados nas construccedilotildees reformas reparos e

demoliccedilotildees de obras de construccedilatildeo civil incluindo os resultantes da preparaccedilatildeo e escavaccedilatildeo de

terrenos para obras civis

Resiacuteduos Agrossilvipastoris os gerados nas atividades agropecuaacuterias e silviculturas

incluindo os relacionados a insumos utilizados nestas atividades

Resiacuteduos de Serviccedilos de Transporte os originaacuterios de portos aeroportos terminais

alfandegaacuterios rodoviaacuterios e ferroviaacuterios e passagens de fronteiras

Resiacuteduos de Mineraccedilatildeo os gerados na atividade de pesquisa extraccedilatildeo e

beneficiamento de mineacuterio (BRASIL 2010)

De acordo com a Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede (FUNASA) a origem dos resiacuteduos eacute

um fator importante para o seu manejo em uma cidade pois um sistema de gestatildeo eficiente leva

20

em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A

origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil

(FUNASA 2004)

1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo

Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg

10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos

de acordo com as classes I II e III sendo

Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que

tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade

e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica

Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos

soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos

podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua

Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de

resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash

Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes

solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a

sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto

na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de

comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde

ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)

A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo

de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento

e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e

na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)

Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos

urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas

especiais (MONTEIRO 2001)

21

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de

maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por

falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos

aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo

atmosfeacuterica (ELK 2007)

De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares

eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees

do Brasil

REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA

Norte 14 639

Nordeste 47 206

Centro Oeste 16 120

Sul 37 342

Sudeste 68 181

BRASIL 183 488

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

1131 Coletas seletivas

De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem

trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em

Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta

assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias

e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal

A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem

coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo

CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser

adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas

para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em

recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura

1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos

22

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis

Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas

que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio

do local (IBAM 2004)

A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no

abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de

resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios

De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos

municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com

cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)

O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual

representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de

coleta seletiva

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada

REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Norte 21

Nordeste 80

Centro Oeste 31

Sul 454

Sudeste 408

23

BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

24

Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

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valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

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Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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Page 20: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

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em consideraccedilatildeo todo o processo desde origem ateacute a destinaccedilatildeo final de forma adequada A

origem pode ser urbana industrial serviccedilos de sauacutede radioativa agriacutecola construccedilatildeo civil

(FUNASA 2004)

1112 Quanto ao potencial de contaminaccedilatildeo

Os resiacuteduos soacutelidos satildeo classificados tambeacutem quanto a sua periculosidade a NBR Ndeg

10004 da Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas (ABNT 2004) estabelecer os resiacuteduos

de acordo com as classes I II e III sendo

Resiacuteduos Classe I (perigosos) - Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou misturas de resiacuteduos que

tem caracteriacutesticas de inflamabilidade corrosividade reatividade toxicidade e patogenicidade

e podem apresentar riscos agrave sauacutede puacuteblica

Resiacuteduos Classe II (natildeo inertes) ndash Satildeo os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de resiacuteduos

soacutelidos que natildeo se enquadram na Classe I (perigosos) ou na Classe III (inertes) Estes resiacuteduos

podem ter caracteriacutesticas como combustibilidade biodegradabilidade ou solubilidade em aacutegua

Resiacuteduos Classe III (inertes) ndash contemplam os resiacuteduos soacutelidos ou mistura de

resiacuteduos soacutelidos que submetidos ao teste de solubilizaccedilatildeo (Norma NBR no 10006 ndash

Solubilizaccedilatildeo de Resiacuteduos ndash Procedimento) natildeo tenham nenhum de seus constituintes

solubilizados em concentraccedilotildees superiores aos padrotildees definidos

113 Carecterizaccedilatildeo dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

Caracterizar os Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (RSU) de um municiacutepio ou determinar a

sua composiccedilatildeo fiacutesica eacute uma tarefa aacuterdua mas de importacircncia primordial para qualquer projeto

na aacuterea de resiacuteduos soacutelidos podendo os resultados serem utilizados como paracircmetro de

comparaccedilatildeo com os de outros locais ou ateacute mesmo servirem como base para comunidades onde

ainda natildeo se tenha realizado esta caracterizaccedilatildeo (GOMES 1997)

A caracterizaccedilatildeo e quantificaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos satildeo fundamentais para a Gestatildeo

de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GRSU) principalmente para as etapas de transporte tratamento

e disposiccedilatildeo final pois estes fatores influenciaratildeo na capacidade dos veiacuteculos de transporte e

na operaccedilatildeo dos aterros sanitaacuterios (MANASSERO 1996)

Contudo satildeo vaacuterios os fatores que influenciam na caracterizaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos

urbanos a exemplos das mudanccedilas climaacuteticas demograacuteficas socioeconocircmicas e eacutepocas

especiais (MONTEIRO 2001)

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114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de

maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por

falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos

aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo

atmosfeacuterica (ELK 2007)

De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares

eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees

do Brasil

REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA

Norte 14 639

Nordeste 47 206

Centro Oeste 16 120

Sul 37 342

Sudeste 68 181

BRASIL 183 488

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

1131 Coletas seletivas

De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem

trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em

Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta

assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias

e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal

A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem

coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo

CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser

adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas

para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em

recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura

1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos

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Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis

Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas

que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio

do local (IBAM 2004)

A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no

abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de

resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios

De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos

municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com

cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)

O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual

representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de

coleta seletiva

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada

REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Norte 21

Nordeste 80

Centro Oeste 31

Sul 454

Sudeste 408

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BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

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Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

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reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

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evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

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soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

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1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

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Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

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117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

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accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

REFEREcircNCIAS

ABES-CE Resiacuteduos soacutelidos urbanos coleta e destino final 2006

AMBIENTEBRASIL Resiacuteduos soacutelidos Disponiacutevel em

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natildeo perigosos criteacuterios para projeto implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT Brasil

1997

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Page 21: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

21

114 Tipos de Coletas de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos

No Brasil os municiacutepios satildeo responsaacuteveis por coletar e dispor os seus resiacuteduos de

maneira adequada Mas na praacutetica isso natildeo ocorre e na maioria das vezes este fato se deve por

falta de recursos deficiecircncia administrativa ou falta de visatildeo ambiental vindo acarretar danos

aos solos contaminaccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico rios e coacuterregos (pelo chorume) aleacutem de poluiccedilatildeo

atmosfeacuterica (ELK 2007)

De acordo com os dados do IBGE 2010 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos domiciliares

eou puacuteblicos coletados em cada regiatildeo do Brasil estatildeo expressos na Tabela 1 abaixo

Tabela 1 - Quantidade diaacuteria de resiacuteduos soacutelidos domiciliares eou puacuteblicos (tdia) coletada nas regiotildees

do Brasil

REGIOtildeES QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS COLETADO TDIA

Norte 14 639

Nordeste 47 206

Centro Oeste 16 120

Sul 37 342

Sudeste 68 181

BRASIL 183 488

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

1131 Coletas seletivas

De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado do IPT (IPT 2008) existem

trecircs modalidades principais de coleta seletiva 1) a coleta porta a porta (ou domiciliar) 2) em

Pontos de Entrega Voluntaacuteria (PEV) 3) e a realizada por catadores A coleta porta a porta

assemelha-se agrave coleta domiciliar poreacutem os veiacuteculos coletores percorrem as residecircncias em dias

e horaacuterios especiacuteficos diferentes da coleta normal

A coleta seletiva em PEV eacute aquela realizada em locais preacute-estabelecidos onde existem

coletores padronizados por cores para cada tipo de material a ser reciclado A Resoluccedilatildeo

CONAMA nordm 2752001 estabelece o coacutedigo de cores para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser

adotado na identificaccedilatildeo de coletores e transportadores bem como nas campanhas informativas

para a coleta seletiva (BRASIL 2001) A separaccedilatildeo do material eacute feita pelo cidadatildeo em

recipientes de coletas especiacuteficos com suas respectivas cores de identificaccedilatildeo conforme a figura

1 exposta abaixo e a coleta seletiva eacute realizada em dias e horaacuterios especiacuteficos

22

Figura 1 - Recipientes com cores diferenciadas para a coleta de materiais reciclaacuteveis

Fontelthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas

que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio

do local (IBAM 2004)

A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no

abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de

resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios

De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos

municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com

cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)

O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual

representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de

coleta seletiva

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada

REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Norte 21

Nordeste 80

Centro Oeste 31

Sul 454

Sudeste 408

23

BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

24

Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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22

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Eacute indicado que a instalaccedilatildeo dos PEV seja feita em parceria com empresas privadas

que podem por exemplo financiar a instalaccedilatildeo dos contecircineres e explorar o espaccedilo publicitaacuterio

do local (IBAM 2004)

A coleta seletiva realizada por catadores tem ganhado bastante importacircncia no

abastecimento do mercado de materiais reciclaacuteveis e consequentemente na reduccedilatildeo de

resiacuteduos a serem destinados aos aterros sanitaacuterios

De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE) 405 dos

municiacutepios no Brasil que operam programas de coleta seletiva 174 tecircm relaccedilatildeo com

cooperativas de catadores de materiais reciclaacuteveis (CEMPRE 2009)

O cenaacuterio atual da coleta seletiva no Brasil estaacute apresenta abaixo na Tabela 2 a qual

representa a quantidade de municiacutepio por regiatildeo do Brasil que tem implantado o sistema de

coleta seletiva

Tabela 2 - Quantidade de municiacutepios por regiatildeo que tem o sistema de coleta seletiva implantada

REGIOtildeES COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Norte 21

Nordeste 80

Centro Oeste 31

Sul 454

Sudeste 408

23

BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

24

Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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23

BRASIL 994

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

De acordo com IBGE (2010) o estado de Rondocircnia natildeo existe a coleta seletiva em

nenhum dos municiacutepios conforme dados apresentados na Tabela 3 a seguir

Tabela 3 - Nuacutemero de municiacutepios nos Estados da regiatildeo norte que tem o sistema de coleta seletiva

implantada

REGIAtildeO NORTE COM SERVICcedilO DE COLETA SELETIVA

Rondocircnia Ausente

Acre 1

Amazonas 6

Roraima 1

Amapaacute Ausente

Paraacute 11

Tocantins 2

TOTAL 21

FONTE IBGE Diretoria de Pesquisas Coordenaccedilatildeo de Populaccedilatildeo e Indicadores Sociais Pesquisa

Nacional de Saneamento Baacutesico 2008

114 Resiacuteduos de Serviccedilo de Sauacutede

Os Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede (RSS) satildeo produzidos em hospitais cliacutenicas

meacutedicas e veterinaacuterias laboratoacuterios de anaacutelises cliacutenicas farmaacutecias centros de sauacutede

consultoacuterios odontoloacutegicos e outros estabelecimentos afins

A Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de 2005 (BRASIL 2005) dispotildee sobre

o tratamento e a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e adota outras providecircncias

o qual com base na necessidade de accedilatildeo integrada entre os oacutergatildeos federais estaduais e

municipais de meio ambiente de sauacutede e de limpeza urbana com o objetivo de regulamentar o

gerenciamento dos RSS resolve

Art 1ordm - Esta Resoluccedilatildeo aplica-se a todos os serviccedilos relacionados com o atendimento

agrave sauacutede humana ou animal inclusive os serviccedilos de assistecircncia domiciliar e de

trabalhos de campo laboratoacuterios analiacuteticos de produtos para sauacutede necroteacuterios

funeraacuterias e serviccedilos onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e

somatoconservaccedilatildeo) serviccedilos de medicina legal drogarias e farmaacutecias inclusive as

de manipulaccedilatildeo estabelecimentos de ensino e pesquisa na aacuterea de sauacutede centros de

controle de zoonoses distribuidores de produtos farmacecircuticos importadores

distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnoacutestico in vitro unidades

moacuteveis de atendimento agrave sauacutede serviccedilos de acupuntura serviccedilos de tatuagem entre

outros similares

24

Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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24

Paraacutegrafo uacutenico Esta Resoluccedilatildeo natildeo se aplica a fontes radioativas seladas que devem

seguir as determinaccedilotildees da Comissatildeo Nacional de Energia Nuclear-CNEN e agraves

induacutestrias de produtos para a sauacutede que devem observar as condiccedilotildees especiacuteficas do

seu licenciamento ambiental

O gerenciamento de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede eacute regulamentado pela Resoluccedilatildeo

RDC 3062004 e Resoluccedilatildeo CONAMA 3582005 onde dispotildee que todos os estabelecimentos

de sauacutede geradores de resiacuteduos de serviccedilos de sauacutede devem elaborar e implantar o Plano de

Gerenciamento de Resiacuteduos de Serviccedilos de Sauacutede - PGRSS atendendo a criteacuterios teacutecnicos

legislaccedilatildeo sanitaacuteria e ambiental normas locais dos serviccedilos de limpeza urbana e contemplando

todas as etapas do manejo de RSS desde a segregaccedilatildeo ateacute disposiccedilatildeo final (BRASIL 2005)

Dessa forma o gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos

de gestatildeo planejados e implementados a partir de bases cientiacuteficas e teacutecnicas normativas e

legais com o objetivo de minimizar a produccedilatildeo de resiacuteduos e proporcionar aos resiacuteduos

gerados um encaminhamento seguro de forma eficiente visando agrave proteccedilatildeo dos trabalhadores

a preservaccedilatildeo da sauacutede puacuteblica dos recursos naturais e do meio ambiente

115 Destinaccedilatildeo Final Ambientalmente Adequada

De acordo com art 3ordm inciso VII da Lei no 12305 de 2 de agosto de 2010 destinaccedilatildeo

final ambientalmente adequada eacute a destinaccedilatildeo de resiacuteduos que incluiacute a reutilizaccedilatildeo a

reciclagem a compostagem a recuperaccedilatildeo e o aproveitamento energeacutetico ou outras destinaccedilotildees

admitidas pelos oacutergatildeos competentes do Sisnama do SNVS e do Suasa entre elas a disposiccedilatildeo

final observando normas operacionais especiacuteficas de modo a evitar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila e a minimizar os impactos ambientais adversos (BRASIL 2010)

1151 Usinas de triagem

A usina de triagem tem a funccedilatildeo de separar os diversos componentes presentes nos

resiacuteduos os quais satildeo divididos por grupos como mateacuteria orgacircnica materiais reciclaacuteveis

rejeitos e resiacuteduos especiais Em princiacutepio eacute realizada a separaccedilatildeo dos materiais potencialmente

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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Site Relaciondo a Coletores de Resiacuteduos Disponiacutevel em

lthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

TCHOBANOGLOUS G THEISEN H VIGIL S Integrated solid waste management

New York MacGraw-Hill 1993

VALLE Cyro Eyer do Como se preparar para as Normas ISO 14000 qualidade

ambiental o desafio de ser competitivo protegendo o meio ambienteSatildeo Paulo Pioneira

2000

WOLMER Fernando Antonio Limpeza Urbana Satildeo Paulo 2002

Page 25: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

25

reciclaacuteveis que posteriormente seratildeo prensados enfardados e armazenados para

comercializaccedilatildeo (LANZA 2009)

Apoacutes o processo de triagem os materiais satildeo encaminhados para serem reciclados

enquanto que a mateacuteria orgacircnica eacute encaminhada para a compostagem em um paacutetio proacuteprio

dentro da usina onde haacute um processo de decomposiccedilatildeo aeroacutebica pela accedilatildeo de microrganismos

em condiccedilotildees fiacutesico-quiacutemicas adequadas O composto orgacircnico se torna um produto rico em

huacutemus e componentes minerais que podem agir na recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas (LANZA

2009)

11511 Reciclagem

Conforme conceito disposto no art 3deg XIV da Lei 1230510 a reciclagem eacute um

processo de transformaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos que envolve a alteraccedilatildeo de suas propriedades

fiacutesicas fiacutesico-quiacutemicas ou bioloacutegicas com vistas agrave transformaccedilatildeo em insumos ou novos

produtos observadas as condiccedilotildees e os padrotildees estabelecidos pelos oacutergatildeos competentes do

Sisnama e se couber do SNVS e do Suasa (BRASIL 2010)

De acordo com Valle (2000) a reciclagem eacute uma forma de refazer o ciclo trazer de

volta agrave origem sob forma de mateacuteria-prima os materiais de difiacutecil degradaccedilatildeo e que podem ser

reprocessados mantendo suas caracteriacutesticas baacutesicas

O processo de reciclagem envolve a coleta seletiva triagem beneficiamento

acondicionamento e armazenamento A coleta seletiva consiste na coleta dos resiacuteduos soacutelidos

previamente segregados na proacutepria fonte geradora dos componentes que podem ser

recuperados mediante acondicionamento distinto para cada componente ou grupo de

componentes Na etapa de triagem o resiacuteduo soacutelido satildeo separado e posteriormente satildeo

acondicionados (IPT 2008)

A reciclagem apresenta-se como uma alternativa ao processamento dos RSU gerados

em um determinado municiacutepio Esta por sua vez eacute resultado de atividades que transformam os

resiacuteduos em mateacuteria prima para manufatura de outros produtos (IPT 2008)

Para Prado Filho e Sobreira (2007 p 53) a triagem e a reciclagem servem para

separaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis presentes nos RSU Inicialmente os materiais como papeis

metais plaacutesticos vidros e outros Apoacutes a separaccedilatildeo os mesmos satildeo encaminhados para a

destinaccedilatildeo industrial possibilitando a reciclagem eo transformaccedilatildeo em novos produtos

Neste contexto grande soluccedilatildeo para os resiacuteduos soacutelidos eacute aquela que prevecirc a maacutexima

reduccedilatildeo da quantidade de resiacuteduos na fonte geradora Quando os resiacuteduos natildeo podem ser

26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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26

evitados deveratildeo entatildeo ser reciclados por reutilizaccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo de tal modo que haja o

miacutenimo de materiais possiacuteveis que tenham como destino final os aterros sanitaacuterios

(AMBIENTEBRASIL 2013)

11512 Compostagem

A compostagem eacute o processo de reciclagem da mateacuteria orgacircnica formando um

composto A compostagem propicia um destino uacutetil para os resiacuteduos orgacircnicos evitando sua

acumulaccedilatildeo em aterros e melhorando a estrutura dos solos Esse processo permite dar um

destino aos resiacuteduos orgacircnicos domeacutesticos como restos de comidas e resiacuteduos do jardim

(AMBIENTEBRASIL 2013)

Segundo Kiehl (1998) a compostagem eacute um processo controlado de decomposiccedilatildeo

microbiana de oxidaccedilatildeo e oxigenaccedilatildeo de uma massa heterogecircnea de mateacuteria orgacircnica no estado

soacutelido e uacutemido Dois estaacutegios podem ser identificados nesta transformaccedilatildeo 1ordm estaacutegio

denominado digestatildeo corresponde agrave fase inicial da fermentaccedilatildeo na qual o material alcanccedila o

estado de bioestabilizaccedilatildeo 2ordm estaacutegio denominado maturaccedilatildeo a massa em fermentaccedilatildeo atinge

a humificaccedilatildeo estado em que o composto apresenta melhores condiccedilotildees como melhorador do

solo e fertilizante

A compostagem eacute considerada uma forma de tratamento dos RSU aleacutem de reduzir a

quantidade de resiacuteduo a ser aterrada gera emprego e renda atraveacutes da transformaccedilatildeo do material

orgacircnico do resiacuteduo em compostos orgacircnicos adequados para nutriccedilatildeo do solo Embora a

aplicaccedilatildeo da compostagem e da reciclagem como meacutetodos de tratamento venham se

absolutamente viaacuteveis num primeiro momento eacute necessaacuterio realizar estudos de viabilidade

econocircmica para que as unidades de tratamento possam ultrapassar a fase de implantaccedilatildeo e

suportar as variaccedilotildees de preccedilo do mercado de reciclaacuteveis (IBAM 2004)

116 Disposiccedilatildeo Final dos Resiacuteduos Soacutelidos

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos no Brasil eacute muito preocupante sendo necessaacuteria a

recuperaccedilatildeo imediata dos lixotildees tendo em vista a implantaccedilatildeo de tecnologia apropriada para

captaccedilatildeo do gaacutes gerado tratamento do chorume aleacutem de realizar monitoramento ambiental

desde que sejam adequadamente projetados e licenciados (FELIPETTO 2007)

Ainda de acordo com Felipetto (2007) existem outras soluccedilotildees quanto ao destino dos

resiacuteduos urbanos sendo eles a compostagem que transforma a mateacuteria orgacircnica dos resiacuteduos

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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Page 27: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

27

soacutelidos em composto para ser utilizado na agricultura a incineraccedilatildeo que constitui a queima

controlada dos resiacuteduos e a triagem que seleciona os resiacuteduos para reciclagem No entanto

estas opccedilotildees satildeo pouco utilizadas no Brasil sendo adotados em menos de 5 dos municiacutepios

O tratamento e a disposiccedilatildeo final dos RSU constituem as uacuteltimas etapas do GRSU

Sendo que de acordo com o a ABNT (1992) atraveacutes da NBR 8419 o aterro sanitaacuterio eacute uma

teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos agrave sauacutede

puacuteblica e agrave seguranccedila minimizando os impactos ambientais Este meacutetodo utiliza os princiacutepios

de engenharia para confinar os resiacuteduos soacutelidos ao menor volume permissiacutevel cobrindo-os com

uma camada de terra na conclusatildeo de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for

necessaacuterio

1161 Lixatildeo

O lixatildeo ou vazadouro eacute o mesmo que descarga a ceacuteu aberto sendo considerada

inadequada e ilegal segundo a legislaccedilatildeo brasileira A aacuterea do lixatildeo pode gerar problemas

especiacuteficos Por exemplo quando estaacute localizada em encostas ocorre instabilidade nos taludes

ocasionados pela sobrecarga e absorccedilatildeo temporaacuteria de aacutegua da chuva provocando

deslizamentos que afetam diretamente os habitantes do entorno contribuindo para a

contaminaccedilatildeo dos corpos hiacutedricos abrigo de vetores fonte de mal odores aleacutem de proporcionar

uma degradaccedilatildeo visual da paisagem (LANZA 2009)

No lixatildeo satildeo depositados dejetos hospitalares e industriais sem qualquer criteacuterio

teacutecnico e preocupaccedilatildeo com a sauacutede puacuteblica e o meio ambiente Aleacutem disso possibilitam a

proliferaccedilatildeo de doenccedilas contaminaccedilatildeo do solo e aacutegua pela liberaccedilatildeo do chorume (liacutequido

carregado de material orgacircnico em decomposiccedilatildeo) e do ar pela emissatildeo de gases nocivos

(BELI 2005)

Aleacutem de haver problemas ambientais quanto agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo

visual riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno os lixotildees costumam ser um local atrativo

para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas em uma condiccedilatildeo de

insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados (LANZA 2009)

O lixatildeo eacute uma ameaccedila agrave populaccedilatildeo e ao meio ambiente inclusive quando desativado

deve haver um plano de recuperaccedilatildeo e de monitoramento constantemente da aacutegua do solo e

do escape de gases em toda a aacuterea e entorno com o intuito de prevenir problemas futuros (BELI

2005)

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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Page 28: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

28

1162 Aterro controlado

A NBR 88491985 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) considera

o aterro controlado como uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo

uma maneira de minimizar os impactos ambientais Segundo Carvalho e Lanza (2006) o aterro

controlado trata-se de um meacutetodo que utiliza princiacutepios de engenharia para confinar os resiacuteduos

soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte apoacutes cada jornada de despejo de

resiacuteduo sem impermeabilizaccedilatildeo do solo

De acordo com Lanza (2009) aterro controlado eacute uma teacutecnica utilizada para confinar

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem a implementaccedilatildeo de

elementos de proteccedilatildeo ambiental Apesar de ser uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao lixatildeo a

qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios pois essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produz poluiccedilatildeo

localizada por natildeo haver impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade do solo e

das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados (chorume nas aacuteguas por

infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

O aterro controlado eacute uma transiccedilatildeo do lixatildeo para aterro sanitaacuterio pois os resiacuteduos

depositados no aterro controlado recebem diariamente uma cobertura de material inerte Esta

cobertura natildeo resolve os problemas de poluiccedilatildeo gerados pelos resiacuteduos pois natildeo satildeo levados

em conta os mecanismos de formaccedilatildeo de gases e liacutequidos (Lima 1995)

O aterro controlado em geral ocasiona uma poluiccedilatildeo localizada pois similarmente ao

aterro sanitaacuterio a extensatildeo da aacuterea de disposiccedilatildeo eacute minimizada Poreacutem geralmente natildeo dispotildee

de impermeabilizaccedilatildeo de base (comprometendo a qualidade das aacuteguas subterracircneas) nem

sistemas de tratamento de chorume ou de dispersatildeo dos gases gerados Este meacutetodo eacute

primaziaacutevel ao lixatildeo mas devido os problemas ambientais que causa e os custos de operaccedilatildeo

a qualidade eacute inferior ao aterro sanitaacuterio (AMBIENTEBRASIL 2013)

1163 Aterro sanitaacuterio

De acordo com a NBR 84191992 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) aterro sanitaacuterio eacute uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo por

intermeacutedio de medidas de minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais Lanza (2009) informa que o

meacutetodo utiliza conhecimentos de engenharia para confinar os resiacuteduos na menor aacuterea possiacutevel

aleacutem de reduzi-los ao menor volume permissiacutevel cobrindo com camadas de terra apoacutes a

conclusatildeo de cada trabalho

29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

REFEREcircNCIAS

ABES-CE Resiacuteduos soacutelidos urbanos coleta e destino final 2006

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AacuteVILA Jorge Luiacutes Teixeira MONTE-MOacuteR Roberto Luiacutes de Melo Urbanizaccedilatildeo e

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29

Ao contraacuterio do aterro controlado o aterro sanitaacuterio deve conter os seguintes

elementos de proteccedilatildeo ambiental (CARVALHO e LANZA 2006)

a) Sistema de impermeabilizaccedilatildeo de base e laterais

b) Sistema de recobrimento diaacuterio dos resiacuteduos

c) Sistema de cobertura final das plataformas de resiacuteduos

d) Sistema de coleta e drenagem de lixiviados

e) Sistema de coleta e tratamentos dos gases

f) Sistema de drenagem superficial

g) Sistema de tratamento de liacutequidos percolados

h) Sistema de monitoramento

Os procedimentos de operaccedilatildeo em um aterro sanitaacuterio devem ser sistematizados para

que a eficiecircncia seja maximizada Todos os procedimentos obrigatoriamente devem ser

registrados em relatoacuterios diaacuterios relatoacuterios mensais de consolidaccedilatildeo de dados formulaacuterios e

planilhas apropriadas aleacutem de plantas de reconstituiccedilatildeo das obras efetivamente executadas

posteriormente numeradas catalogadas e arquivadas (CARVALHO e LANZA 2006)

A seleccedilatildeo de locais para instalaccedilatildeo de aterros sanitaacuterios deve ser feita conforme os

criteacuterios teacutecnicos estabelecidos pela NBR 138961997 da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de

Normas Teacutecnicas) onde eacute recomendada a construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios levando-se em

consideraccedilatildeo a distacircncias de cursos drsquoaacutegua rodovias moradias falhas geoloacutegicas aacutereas de

preservaccedilatildeo permanente e aeroportos observando-se tambeacutem o tempo de vida uacutetil de no

miacutenimo 10 anos e apoacutes esse periacuteodo deve haver monitoramento por um prazo miacutenimo de 10

anos depois do encerramento das atividades

O aterro sanitaacuterio eacute um aprimoramento de uma das teacutecnicas mais antigas utilizadas

pelo homem para descarte de seus resiacuteduos que eacute o aterramento Modernamente eacute uma obra

de engenharia que tem como objetivo acomodar no solo os resiacuteduos no menor espaccedilo praacutetico

possiacutevel causando o menor dano ao meio ambiente ou agrave sauacutede puacuteblica Atualmente os aterros

sanitaacuterios vecircm sendo severamente criticados porque natildeo tem como objetivo o tratamento ou a

reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano De fato os aterros sanitaacuterios satildeo uma forma

de armazenamento de lixo no solo alternativa que natildeo pode ser considerada a mais indicada

uma vez que os espaccedilos uacuteteis a essa teacutecnica tornam-se cada vez mais escassos Poreacutem deve-se

considerar que a maioria dos materiais utilizados pelo homem satildeo combinaccedilotildees de vaacuterias

substacircncias trazidas dos diferentes pontos do planeta Assim recuperar todos os materiais

utilizados eacute praticamente impossiacutevel seja por motivos de ordem teacutecnica ou econocircmica (SAtildeO

PAULO 2010)

30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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30

117 Histoacuterico da Concepccedilatildeo da Poliacutetica Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

Um novo marco na gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil eacute a Poliacutetica Nacional de

Resiacuteduos Soacutelidos (PNRS) Lei 1230510 (BRASIL 2010) que estabelece obrigatoriedades

fundamentais para que o Brasil deixe de ser um paiacutes que tolere os lixotildees o desperdiacutecio e a falta

de dignidade aos cidadatildeos que trabalham com os materiais reciclaacuteveis Esta poliacutetica determina

a proibiccedilatildeo da abertura de novos lixotildees e a obrigaccedilatildeo dos municiacutepios em estruturar a coleta

seletiva com participaccedilatildeo das cooperativas de catadores para viabilizar a separaccedilatildeo e a correta

destinaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis Faz distinccedilatildeo entre rejeito (o que natildeo eacute possiacutevel de

reaproveitamento) e resiacuteduo (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) referenciando todo

tipo de resiacuteduo (domeacutestico industrial da construccedilatildeo civil eletroeletrocircnico da aacuterea de sauacutede

etc)

Segundo Baasch (1995) essa concepccedilatildeo eacute o ponto de partida para o conjunto que

constituiraacute a gestatildeo eficiente dos resiacuteduos soacutelidos no Brasil

1171 Plano Nacional dos Resiacuteduos Soacutelidos

A recente Lei nordm 123052010 que institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos em

seu Capiacutetulo II art 3ordm Inciso XI define de forma mais abrangente o termo gestatildeo integrada de

resiacuteduos soacutelidos como ldquo[] o conjunto de accedilotildees voltadas para a busca de soluccedilotildees para os

resiacuteduos soacutelidos de forma a considerar as dimensotildees poliacutetica econocircmica ambiental cultural e

social com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentaacutevelrdquo (BRASIL 2010)

Conforme Felipetto (2007) ldquoa gestatildeo de resiacuteduos urbanos eacute de competecircncia municipal

qualquer soluccedilatildeo ou modelo institucional depende da poliacutetica do governo localrdquo No entanto a

carecircncia de poliacuteticas puacuteblicas que norteiem a geraccedilatildeo e o manejo sustentaacutevel de resiacuteduos soacutelidos

tecircm reflexos diretos na disposiccedilatildeo final que em sua maioria ainda eacute feita de forma inadequada

(ROMANI e SEGALA 2007)

1172 Plano Municicpal de Saneamento Baacutesico Plano Setorial de lLimpeza Puacuteblica e

Manejo de Resiacutedos Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute

o municiacutepio de Ji-Paranaacute implementou a plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

de resiacutedos soacutelidos que eacute considerado um passo fundamental na busca da universalizaccedilatildeo das

31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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31

accedilotildees e serviccedilos de saneamento ambiental no municiacutepio o qual consolida os estudos teacutecnicos

e serviraacute de referecircncia para efetivar a Poliacutetica Municipal de Gestatildeo Integrada de Resiacuteduos

Soacutelidos com fundamento na Lei Federal Nordm 11445 de 05 de janeiro de 2007 que estabelece a

Poliacutetica Nacional de Saneamento e tambeacutem com a Lei Federal nordm 123052010 que estabelece

a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos (JI-PARANAacute 2012)

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute tem como objetivos especiacuteficos apresentar os resultados do processo de formulaccedilatildeo no

gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio especialmente os diagnoacutesticos dos serviccedilos

puacuteblicos de limpeza urbana e manejo dos resiacuteduos soacutelidos (conjunto de atividades infra

estruturas e instalaccedilotildees operacionais de coleta transporte transbordo tratamento e destino final

do lixo domeacutestico e do lixo originaacuterio de varriccedilatildeo e limpeza de logradouros e vias puacuteblicas) a

fim de possibilitar a elaboraccedilatildeo do Plano Setorial de Limpeza Urbana e Manejo de Resiacuteduos

Soacutelidos do Municiacutepio de Ji-Paranaacute (JI-PARANAacute 2012)

1173 Importacircncia dos gerenciamentos dos resiacuteduos soacutelidos

De acordo com Fonseca et al (2004) uma das atividades do saneamento ambiental

municipal eacute a gestatildeo e o Gerenciamento Integrado de Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos (GIRSU)

tendo como objetivo principal propiciar a melhoria ou a manutenccedilatildeo da sauacutede isto eacute o bem

estar fiacutesico social e mental da comunidade

Jaacute para Luna Filho (2001) o gerenciamento integrado dos serviccedilos de coleta puacuteblica e

disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos devem ser desenvolvidos de acordo com as exigecircncias de

controle ambiental na aacuterea urbana e da gestatildeo sustentaacutevel de recursos ambientais naturais como

mananciais hiacutedricos de superfiacutecie e aquiacuteferos subterracircneos e buscar adequar agraves accedilotildees

administrativas em saneamento e sauacutede coletiva afetadas pela disposiccedilatildeo do lixo gerado no

municiacutepio em que uma proposta de gerenciamento integrado para coleta puacuteblica e disposiccedilatildeo

dos resiacuteduos soacutelidos urbanos municipais deve estimular o envolvimento da comunidade

destinataacuteria dessas accedilotildees na discussatildeo de propostas de planejamento e gestatildeo das soluccedilotildees a

serem implementadas A disseminaccedilatildeo e consolidaccedilatildeo da conscientizaccedilatildeo comunitaacuteria a

respeito dos princiacutepios baacutesicos orientadores da gestatildeo e disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos urbanos

devem ser buscadas como meta da administraccedilatildeo municipal

Neste sentido o plano nacional dos resiacuteduos soacutelidos (Lei 1230510) eacute um documento

que aponta e descreve as accedilotildees relativas ao seu manejo contemplando os aspectos referentes agrave

32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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32

geraccedilatildeo segregaccedilatildeo acondicionamento coleta armazenamento transporte tratamento e

disposiccedilatildeo final bem como proteccedilatildeo ao meio ambiente e agrave sauacutede puacuteblica

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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Page 33: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

33

2 MATERIAIS E MEacuteTODOS

A escolha da metodologia a ser empregada eacute um ponto crucial pois o meacutetodo

adequado garantiraacute a confiabilidade desejada (MORAIS 2006) Sendo assim o presente estudo

foi classificado como uma pesquisa de campo que de acordo com Fachin (2001 p133) ldquose

deteacutem na observaccedilatildeo do contexto no qual eacute detectado um fato social (problema)rdquo

Classificar ou categorizar as tipologias e os meacutetodos de pesquisa encontrados na

literatura eacute uma tarefa complexa haja vista que tais categorias diferem entre cada autor Aleacutem

disso a eleiccedilatildeo de um tipo de pesquisa estaacute diretamente relacionada com a natureza do problema

que se pretende investigar fato que possibilita diversas classificaccedilotildees (MORAIS 2006 p 66)

21 CARECTERIZACcedilAtildeO DA AacuteREA DE ESTUDO

O municiacutepio de Ji-Paranaacute estaacute localizado na parte central do Estado de Rondocircnia nas

margens da BR 364 e pertence ao bioma Amazocircnico Com clima predominantemente quente e

uacutemido o solo predominante eacute do tipo latossolo e sua extensatildeo territorial eacute de 6896738 km2

no qual reside uma populaccedilatildeo estimada de 116610 habitantes dos quais 104858 habitantes

vivem em aacuterea urbana (IBGE 2010)

Em 2008 foi instalado no municiacutepio o aterro controlado de Ji-Paranaacute O aterro estaacute

situado na estrada do Km 11 vicinal natildeo pavimentada distante a 1600 m da BR-364 saiacuteda

para Porto VelhoRO Lote 37 e 37-A Gleba Pyrineus zona rural com uma aacuterea total de 45 ha

e uma aacuterea uacutetil de 25 ha (JI-PARANAacute 2012) Conforme exposto na Figura 2

34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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34

Figura 2 - Mapa de Localizaccedilatildeo do Aterro Controlado do Municipio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A COOLPEZA SERVICOS DE LIMPEZA URBANA LTDA atualmente eacute a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute a qual teve o contrato firmado no ano de 2013 com a prefeitura antes a empresa

responsaacutevel pela coleta destinaccedilatildeo e disposiccedilatildeo final era o Grupo MARQUIZE

22 AMOSTRAGEM COLETADA

Os dados necessaacuterios para estimar a vida do aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute

foram obtidos junto agrave empresa responsaacutevel pela coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

produzidos dentro do municiacutepio (COOLPEZA) Para tanto foi realizada consulta em

documentos no que diz respeito ao plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo de resiacutedos soacutelidos

do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Para levantamento das informaccedilotildees foi feita entrevista com o responsaacutevel teacutecnico da

COOLPEZA para suprir as devidas questotildees a cerca do que se propotildeem o estudo

221 COOLPEZA

Atraveacutes da empresa responsaacutevel pela coleta dos resiacuteduos foram buscadas informaccedilotildees

a cerca de quantas caccedilambas de resiacuteduos satildeo coletadas diariamente no municiacutepio como tambeacutem

LEGENDA

___ Esstradas

___ Aacuterea do aterro

Rondocircnia

Ji-Paranaacute

35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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35

o volume das caccedilambas dos veiacuteculos utilizados na coleta a periodicidades das coletas realizadas

na cidade e a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas por mecircs de

RSU e 62 toneladas por mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 21412

toneladas de resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute

222 CATADORES

Foram utilizados questionaacuterios abertos e verbais para obtenccedilatildeo das informaccedilotildees a

respeito da quantidade de resiacuteduos coletados diariamente pelos catadores visando com isso

conhecer as caracteriacutesticas dos materiais coletados e a forma que os mesmos satildeo armazenados

De acordo com o presidente de cooperativa de catadores de material reciclaacutevel de Ji-

Paranaacute (COOCAMARJI) senhor Celso Luiz Moulz cerac de 4 toneladas de resiacuteduos satildeo

coletados diariamente pelo associados

23 CAacuteLCULO DA VIDA UacuteTIL DA ATUAL AacuteREA ATERRO CONTROLADO

Para estimar a quantidade de resiacuteduos produzidos na aacuterea de estudo empreciou-se o

meacutetodo seguido por Tchobanoglous e Theisen (1993) sobre o nuacutemero de cargas (coletas por

veiacuteculo) e peso e o volume

Para Tchobanoglous e Theisen (1993) a estimativa da geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos

assim como a quantidade de resiacuteduos reciclados e natildeo destinados a aterros sanitaacuterios eacute de suma

importacircncia na implantaccedilatildeo de poliacuteticas puacuteblicas escolha de equipamentos definiccedilatildeo de rotas

de coleta tratamento e disposiccedilatildeo final

Em vista disso o meacutetodo de cargas foi utilizado para estimar a quantidade de resiacuteduos

produzido no municipio de Ji-Paranaacute e consequentemente a vida uacutetil do aterro controlado

Contudo eacute necessaacuterio conhecer o tamanho da aacuterea disponiacutevel para a disposiccedilatildeo do material

coletado pelo sistema de coleta puacuteblica tamanho das caccedilambas de coleta e ter conhecimento

de quantas caccedilambas satildeo depositadas diariamente na aacuterea do aterro Tais informaccedilotildees foram

fornecidas pela empresa que realiza o seviccedilo de coleta (COOLPEZA)

Atraveacutes da COOLPEZA foi possiacutevel tambeacutem conhecer os tamanhos das valas abertas

(comprimento largura e profundidade) e as distacircncias adotadas entre as construccedilotildees das valas

utilizadas para armazenamento dos resiacuteduos

36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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36

As dimensotildees das valas construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do

municiacutepio tem as seguintes dimensotildees 12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m

(profundidade) e 7 m (largura) x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente

Sabendo ainda que eacute adotado entre uma vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5

metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos

caminhotildees transportadores de resiacuteduos De acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com

as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m

(largura) x 16 m (comprimento) x 3 m (profundidade) Com estas informaccedilotildees foi possiacutevel

calcular o volume que cada ceacutelula comporta e a aacuterea ocupada por cada vala con o utilizaccedilatildeo da

Equaccedilatildeo I e Equaccedilatildeo II abaixo

Vv = L B H (Equaccedilatildeo I)

onde

Vv = volume das valas

L = comprimento

B = largura

H = profundidade

AUV = (L B) + Dx (Equaccedilatildeo II)

Sendo

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

L = comprimento

B = largura

Dx = distacircncia deixada entre as valas

Com o tamanho da aacuterea total disponiacutevel e a aacuterea ocupada por cada vala foi calculado

o nuacutemero de valas que podem ser construiacutedas em toda a aacuterea utilizando a Equaccedilatildeo III seguinte

abaixo

Nv = At AUV (Equaccedilatildeo III)

Onde

37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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37

Nv = quantidade de valas

At = aacuterea total disponiacutevel

AUV = aacuterea utilizada por cada vala

As informaccedilotildees obtidas com a COOLPEZA a respeito da capacidade de cada caminhatildeo

compactador de resiacuteduos em quilogramas (Kg) foram convertidas em volume (msup3)

Para se estimar a vida uacutetil do aterro eacute necessaacuterio conhecer o volume de resiacuteduos

coletados para isso foi utilzado a Tabela 4 como base na transformaccedilatildeo do peso (quilos) para

obtenccedilatildeo do volume (msup3) proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) no TRIBUNAL DE

CONTAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS XI SIMPOacuteSIO NACIONAL DE AUDITORIA

DE OBRAS PUacuteBLICAS

Tabela 4 - A tonelagem de resiacuteduos soacutelidos correlacionados com a capacidade volumeacutetrica das

caccedilambas coletoras compactadoras existentes

Capacidade volumeacutetrica das caccedilambas compactadoras coletoras de RSU

msup3 6 8 10 12 15 17 20 25

Toneladas 324 432 54 648 81 972 1089 135

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina p6 2006

A tranformaccedilatildeo dos dados de toneladas para volume ocorreu com base na Tabela 4 e

aplicaccedilatildeo da Equaccedilatildeo VI da seguinte forma

VC = (CC 17) 972 (Equaccedilatildeo IV)

Sendo que

VC = volume da caccedilamba

CC = capacidade da caccedilamba

Com o conhecimento do volume de cada caccedilamba eacute possiacutevel estimar a quantidade de

caccedilambas para o preenchimento de cada vala com a utilizaccedilatildeo da Equaccedilatildeo V exposta abaixo

NCV = [NCV + (FC Vv)] VC (Equaccedilatildeo V)

Onde

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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38

FC = fator de compressividade

Vv = volume das valas

VC = volume da caccedilamba

Neste estudo foi considerado o fator de compressividade o grau de compactaccedilatildeo ou

a reduccedilatildeo do volume que uma massa de resiacuteduo soacutelido pode sofrer quando compactada pelo

trator esteira onde o volume do resiacuteduos soacutelidos pode ser reduzido de um terccedilo (13) a um

quarto (14) do seu volume original (JI-PARANAacute 2012)

O valor de compressividade adotado eacute de 13

De acordo com a COOLPEZA (2013) os caminhotildees caccedilambas compactadores

utilizados para coletas os resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute possuir a capacidade de

transportar 10 toneladas de resiacuteduos Para Wolmer (2002) os caminhotildees caccedilambas tipo

compactadores geralmente operam como capacidade de coleta dos vaacuterios modelos de caccedilamba

existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do fabricante Dessa forma o

volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8 toneladas mesmo ela

possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas

Conhecendo o nuacutemero de caccedilambas necessaacuterias para o preenchimento de cada vala e

sabendo a quantidade de caccedilambas depositadas diariamente no aterro eacute possiacutevel calcular o

nuacutemero de dias que levam para completar uma vala mas natildeo se esquecendo de descontar a

quantidade de material coletado pelos catadores durante todo o dia e o fator de compressividade

de maacutequinas na compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas de acordo com a Equaccedilatildeo VI a

seguir

NDV = (NCV NCD) ndash RC (Equaccedilatildeo VI)

Sendo

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

NCV = nuacutemero de caccedilambas por vala

NCD = nuacutemero de caccedilambas depositadas por dia na vala

RC = quantidade de resiacuteduos coletados em encaminhados para reciclagem

Apoacutes conhecer o nuacutemero de dias que leva para o preenchimento de uma vala tem

como calcular o tempo em dias de vida uacutetil do aterro controlado utilizando a quantidade de

39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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39

valas que a aacuterea comporta em razatildeo do nuacutemero de dias necessaacuterio para completar cada vala de

acordo com Equaccedilatildeo VII que estaacute exposta abaixo

TVD = NDV Nv (Equaccedilatildeo VII)

Sendo

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

NDV = quantidade de dias gasto para preenchemento de uma vala

Nv = quantidade total de valas que eacute possiacutevel abrir na aacuterea disponiacutevel

Para ficar sabendo a quantidade de resiacuteduos depositados durante um ano teraacute que

dividir o nuacutemero de dias necessaacuterio para o preenchimento de todas as valas pela quantidade de

dias que tem em um ano De acordo com a Equaccedilatildeo VIII exposta abaixo

TVA = TVD 365 (Equaccedilatildeo VIII)

Onde

TVA = tempo da vida uacutetil do aterro em anos

TVD = tempo da vida uacutetil do aterro em dias

De acordo com a COOLPEZA (2013) os resiacuteduos soacutelidos satildeo coletados em 6 dias da

semana (segunda-feira a saacutebado) sendo coletados em um mecircs de 26 dias poreacutem foi considerado

o mecircs com 30 dias para o caacutelculo da quantidade resiacuteduos coletados diariamente assim no

caacutelculo da estimativa anual da quantidade de resiacuteduos coletados foram considerados o ano

contendo 12 meses ou 365 dias

Foi calculada agrave estimativa da geraccedilatildeo per capita (Kghabdia) Inicialmente tomamos

por base o consumo meacutedio per capita diaacuterio de geraccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos apresentado na

Tabela 5 a seguir para municiacutepios de 30 mil a 500 mil habitantes porque a populaccedilatildeo urbana

do municiacutepio de Ji-Paranaacute esta dentro dessa faixa Os dados apresentados na tabela 5 foram

tirados de um material do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais apresentado por

Fonseca e Gonzaga (2006) no XI Simpoacutesio Nacional e Auditoria de Obras Puacuteblicas intitulado

Metodologia para auditoria de serviccedilos de limpeza urbana com enfoque nos custos de coleta

de resiacuteduos soacutelidos urbano

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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Page 40: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

40

Tabela 5 - Geraccedilatildeo per capita de resiacuteduoss soacutelidos relacionado ao tamanho da cidade

Tamanho da Cidade Populaccedilatildeo Urbana (habitantes) Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

Pequena Ateacute 30 mil ateacute 05

Meacutedia De 30 mil a 500 mil De 05 a 08

Grande De 500 mil a 5 milhotildees De 08 a 10

Megaloacutepole Acima de 5 milhotildees Acima de 10

Fonte FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina 2006 p10

Quanto agrave populaccedilatildeo urbana adotada para esse caacutelculo foi considerada os dados do

IBGE 2010 onde a populaccedilatildeo urbana do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 104858 habitantes assim

no calculo da geraccedilatildeo per capita foi utilizada a Equaccedilatildeo IX que estaacute exposta abaixo

GPC = GRD POP URBANO (Equaccedilatildeo IX)

Onde

GPC = Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia)

GRD = Quantidade de resiacuteduos soacutelidos gerados diariamente na aacuterea urbana de Ji-Paranaacute

POP URBANO = Populaccedilatildeo urbana

A partir dos resultados comparar a Geraccedilatildeo Per Capita (Kghabdia) gerada na cidade

com a Tabela 5 e outros estudos

Por fim foi calculado a quantidade de resiacuteduos que comporta a aacuterea do aterro tem

relaccedilatildeo direta com o nuacutemero de valas que podem ser abertas no local de acordo com a Equaccedilatildeo

X a seguir

CSP = Nv Vv (Equaccedilatildeo X)

Onde

CSP = capacidade que a aacuterea suporta de resiacuteduos soacutelidos

Nv = quantidade de valas

Vv = volume das valas

41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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41

3 RESULTADOS

31AacuteREA DO ATERRO CONTROLADO

O aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma aacuterea total de 45 ha e uma

aacuterea uacutetil de 25 ha pois o restante da aacuterea do aterro controlado eacute Aacuterea de Preservaccedilatildeo Permanente

(APP) A sua aacuterea uacutetil equivale a 250000 msup2 contudo estas jaacute foram utilizadas para depositos

de RSU domiciliares e industriais e RSS cerca de 137591 msup2 Dentro da aacuterea do aterro estaacute

instalado o sistema de tratamento de esgoto sanitaacuterio de autofossas do municiacutepio o qual ocupa

uma aacuterea aprximadamente de 17000 msup2

Na aacuterea do aterro controlado ocorre diariamente a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos

soacutelidos em valas Ao serem completas as valas satildeo cobertas com uma camada de terra

32 RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS URBANOS

Apoacutes a coleta e transporte os resiacuteduos soacutelidos satildeo dispostos na aacuterea do aterro

Controlado Basicamente esse meacutetodo utiliza alguns princiacutepios de engenharia para confinar os

resiacuteduos soacutelidos cobrindo-os com uma camada de material inerte na conclusatildeo de cada vala

33 COLETA DOS RESIacuteDUOS SOacuteLIDOS

A coleta e o transporte dos resiacuteduos soacutelidos para a operacionalizaccedilatildeo destes serviccedilos

satildeo feitos por 05 (cinco) caminhotildees coletores multimarcas (fabricados a partir do ano de 2011)

equipados com um sistema hidraacuteulico de compactaccedilatildeo e 01 (um) trator esteira para a operaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo contiacutenua do aterro controlado A Figura 3 apresenta os veiacuteculos utilizados para

realizaccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

REFEREcircNCIAS

ABES-CE Resiacuteduos soacutelidos urbanos coleta e destino final 2006

AMBIENTEBRASIL Resiacuteduos soacutelidos Disponiacutevel em

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natildeo perigosos criteacuterios para projeto implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT Brasil

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projetos de aterros controlados de resiacuteduos soacutelidos Satildeo Paulo 1985

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classificaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT 2004

AacuteVILA Jorge Luiacutes Teixeira MONTE-MOacuteR Roberto Luiacutes de Melo Urbanizaccedilatildeo e

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Page 42: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

42

Figura 3 - Caminhotildees utilizados para coletas dos RSU domiciliares e industrial

Fonte COOLPEZA 2013

A coleta dos RSUs ocorrem em dois turno sendo o primeiro (diurno) das 0600 as

1500 horas e o segundo (noturno) das 1800 as 0000 horas de segunda-feira a saacutebado Para o

trabalho de coleta satildeo necessaacuterias 03 (trecircs) pessoas por veiacuteculo sendo um motorista e dois

ajudantes A COOLPEZA emprega 55 funcionaacuterios em funccedilatildeo da coleta dos resiacuteduos no

municiacutepio A figura 4 monstra a equipe do primeiro turno (diurno) antes de um dia de serviccedilo

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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Santana-BA Sugestotildees para uma gestatildeo integrada (monografia) Feira de Santana FTC

2004

CETESB (Estado) Secretaria de Estado de Meio Ambiente CETESB Aruntho Savastano

Neto [et al] Manual de Operaccedilatildeo de Aterro Sanitaacuterio em Valas Satildeo Paulo 2010 24 p

Disponiacutevel em

lthttpwwwcetesbspgovbrmudancasclimaticasbiogasAterro20SanitC3A1rio21-

Aterro20SanitC3A1rio gt acesso 11de dezembro de 2013

Site Relaciondo a Coletores de Resiacuteduos Disponiacutevel em

lthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

TCHOBANOGLOUS G THEISEN H VIGIL S Integrated solid waste management

New York MacGraw-Hill 1993

VALLE Cyro Eyer do Como se preparar para as Normas ISO 14000 qualidade

ambiental o desafio de ser competitivo protegendo o meio ambienteSatildeo Paulo Pioneira

2000

WOLMER Fernando Antonio Limpeza Urbana Satildeo Paulo 2002

Page 43: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

43

Figura 4 - Equipe de trabalhadores na coleta diurna RSUs no municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

De acordo com Wolmer (2002) deve-se adotar como capacidade de coleta dos vaacuterios

modelos de caccedilamba existente somente 80 do valor nominal expresso nos cataacutelogos do

fabricante Dessa forma o volume considerado da caccedilamba compactadora de RSU foi de 8

toneladas mesmo ela possuindo a capacidade de transporta 10 toneladas Sendo que cada

veiacuteculo efetua 4 (quatro) descargas por dia sendo duas descargas por turno de serviccedilo

totalizando 20 (vinte) descargas por dia pelo serviccedilo de coleta do municiacutepio

A transformaccedilatildeo de quilos para o volume (msup3) depositado por cada caminhatildeo

compactador foi calculado com base na tabela 4

Dessa forma um caminhatildeo compactador que coleta 8 toneladas de resiacuteduos possui o

volume aproximadamente de 14 msup3

Para estimar a vida uacutetil do aterro controlado foi utilizado a quantidade de resiacuteduos

produzidos no qual foi adotado as informaccedilotildees fornecidadas pela COOLPEZA e pelo

presidente da COOCAMARJI

Os RSUs coletados no municiacutecpio de Ji-Paranaacute compreendem o da cidade o distrito

de Nova Londrina e Nova Colina Nos distritos as coletas satildeo realizadas uma vez por semana

pois satildeo de difiacutecil acesso e apoacutes coletados os resiacuteduos satildeo encaminhados para o aterro

controlado

44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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44

331 Coleta Seletiva

No municiacutepio de Ji-Paranaacute natildeo haacute coleta seletiva implantada Existe a coleta dos

materiais reciclaacuteveis por parte dos catadores que fazem parte da Cooperativa dos Catadores de

Materiais Reciclaacuteveis de Ji-Paranaacute (COOCAMARJI) que desempenham suas tarefas na aacuterea

do aterro controlado Segundo relato do presidente da cooperativa Celso Luiz Moulz faz parte

da rotina dos catadores coletarem materiais que tem pontencial para serem reciclados conforme

a Figura 5 logo abaixo

Figura 5 - O Presidente da COOCAMARJI sendo entrevistado nas dependecircncias do aterro controlado

A COOCAMARJI foi criada em 30102010 eacute composta de 23 (vinte e trecircs)

associados sendo o presidente da mesma o senhor Celso Luiz Moulz

No aterro controlado de Ji-Paranaacute haacute presenccedila de catadores no qual os mesmo

realizam a coleta e triagem dos materiais reciclaacuteveis sendo essa atividade a base do seu sustento

famiacuteliar A Figura 6 demonstra a forma que eacute realizada a coleta dos materiais reciclaacuteveis satildeo

coletados pelos catadores

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

REFEREcircNCIAS

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Page 45: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

45

Figura 6 - Associados da COOCAMARJI coletados os materiais reciclaacuteveis no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

Apoacutes a coleta dos resiacuteduos reciclaacuteveis os mesmos satildeo encaminhados para a triagem e

acondocionamento A Figura 7 demonstra o centro de triagem da COOCAMARJI e a forma

como os materiais satildeo acondicionados

Figura 7 - Centro de triagem da COOCAMARJI

46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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46

Os catadores trabalham de segunda a saacutebado das 0600 as 1800 horas e obteacutem uma

renda meacutedia com o desempenho das suas atividades em torno de R$ 1200 a 1500 por mecircs

Os catadores efetuam a coleta dos materiais reciclaacuteveis quando os caminhotildees

compactadores descarregam os resiacuteduos nas valas para posteriomente serem cobertos

332 Ecoponto e PEV

No municiacutepio de Ji-Paranaacute haacute instalado um ecoponto cujo objetivo eacute receber e

armazenar os resiacuteduos pneumaacuteticos gerados na cidade Os resiacuteduos satildeo armazenados em um

galpatildeo o qual eacute coberto e propiacutecio para o desenvolvimento dessa atividade Conforme a Figura

8 que segue abaixo

Figura 8 - Ecoponto dos resiacuteduos pneumaacuteticos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

A cidade de Ji-Paranaacute tem um PEV em operaccedilatildeo o qual esta localizado no paacutetio do

Forum na avenida Ji-Paranaacute bairro Urupaacute O PEV somente recebe materiais plaacutesticos(garrafa

PET baacutecias plaacutesticas embalagem de shapoo e sacolas plaacutesticas Conforme a Figura 9 exposta

abaixo

47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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47

Figura 9 - PEV de materiais plaacutesticos

333 Reciclagem

Os materiais coletados pelos catadores satildeo Pet (Polietileno Tereftalato) PEAD

(Polietileno de Alta Densidade) plaacutestico filme PP (Polipropileno - material que eacute utilizado para

a confecccedilatildeo de baldes) ferro alumiacutenio cobre e papelatildeo

A quatidade de material coletados pelos catadores eacute em torno de 4 toneladas por dia

afirma o presidente da cooperativa conforme exposto na tabela 6 exposta abaixo

Tabela 6 - Quantidade de material reciclado coletado na aacuterea do aterrro no veratildeo

Materiais Coletado Para Reciclagem Quantidade TMecircs

Pet 24

PEAD 11

Plaacutestico Filme 10

PP 6

Ferro 20

Alumiacutenio 15

Cobre 05

Papelatildeo 20

Total 93

Fonte Presidente da COCAMARJI (Celson Luiz Moulz)

O material coletado eacute reciclado em Ji-Paranaacute com exceccedilatildeo do pet pois este eacute

encaminhado para uma empresa em Satildeo Paulo onde eacute processado

48

Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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Page 48: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

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Os resiacuteduos depositados no ecoponto satildeo posteriomente encaminhados para

reciclagem eou reaproveitados O ecoponto esta localizado no segundo distrito rua T-20

nuacutemero 877 e a prefeitura municipal eacute a responsaacutevel pelo seu gerenciamento

34 RESIacuteDUOS DE SERVICcedilO DE SAUacuteDE

Os RSS satildeo coletados por 01 (um) veiacuteculo exclusivo tipo furgatildeofurgoneta na cor

branca devidamente identificada pelo siacutembolo de ldquosubstacircncia infectanterdquo no qual o bauacute de

carga eacute adaptado de material riacutegido lavaacutevel e impermeaacutevel com cantos arredondados e dotados

de tampa conforme demonstrado na figura 9 exposta abaixo A coleta dos resiacuteduos de serviccedilos

de sauacutede eacute exclusiva e ocorre diariamente com capacidade de recolhimento de ateacute 450 kg

(quilos) por dia sendo que os RSS coletados no municiacutepio eacute de 6185 Kgmecircs que corresponde

a um volume de 1081 msup3mecircs (COOLPEZA 2013)

Figura 10 - Veiacuteculo utilizado para a coleta de RSS

Fonte COOLPEZA 2013

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Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

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Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

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Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

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Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

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3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

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Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

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(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

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coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

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Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

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4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

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onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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49

Por exigecircncia legal a COOLPEZA fornece ao funcionaacuterio responsaacutevel pela coleta e

transporte todo o aparato teacutecnico de treinamento equipamentos de proteccedilatildeo individual (EPI)

especiacuteficos e agrave submissatildeo de exames meacutedicos preacute-adimensionais e perioacutedicos

A vala construida para comportar os RSS tem as dimensotildees proacuteximas agrave 7 m (largura)

x 11 m (comprimento) x 3 m (profundidade) sendo que a mesma tem forma de rampa e uma

das suas extremidades fica no niacutevel do terreno antes de ser escavado

O volume efetivo da trincheira do RSS eacute o volume total de 231msup3 dividido por 2 seraacute

1155 msup3 O volume eacute somente a meacutetade devido a vala que eacute utilizada para disposiccedilatildeo dos RSS

tem uma rampa aparentemente a formaccedilatildeo da figura de um triangulo Conforme a figura 8 que

segue abaixo

Figura 11 - Construccedilatildeo da trincheira utilizada para destinaccedilatildeo final dos RSS no aterro controlado de Ji-

ParanaacuteRO

Fonte COOLPEZA 2013

A terra retirada na construccedilatildeo foi acumulada lateralmente proacutexima agrave tricheira especial

sendo a mesma utilizada na cobertura diaacuteria dos resiacuteduos Os veiacuteculos de coleta depositam os

resiacuteduos sem compactaccedilatildeo diretamente no interior da vala para evitar o rompimento dos sacos

e no final do dia eacute efetuada sua cobertura com terra e cal podendo ser feita manualmente ou

por meio de maacutequina A figura 10 logo abaixo demonstra como ocorre a operaccedilatildeo de cobertura

da vala

50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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50

Figura 12 - A trincheira que recebe os RSS ativa no aterro municipal

Fonte COOLPEZA 2013

35 SISTEMA DE TRATAMENTO DE AUTO FOSSAS

Na aacuterea destinada ao aterro controlado encontram-se em operaccedilatildeo as lagoas de

tratamento de efluente proveniente de auto fossas o sistema ocupa uma aacuterea aproximadamnete

de 17000 msup2 onde satildeo depositados todo o esgotamento sanitaacuterio coletado pelos caminhotildees de

autofossas do municiacutepio

O sistema de tratamento de esgotamento sanitaacuterio do municiacutepio eacute composto por um

sistema preliminar o qual conteacutem o desareanador tratamento secundaacuterio que possui 07 lagoas

sendo a primeira anaeroacutebia a segunda facultativa e as demais de maturaccedilatildeo (polimento)

conforme exposto na figura 11 logo abaixo

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

REFEREcircNCIAS

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Page 51: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

51

Figura 13 - As lagoas do sistema de tratamento de esgoto de auto fossas

36 ATERRO CONTROLADO DO MUNICIacutePIO

A aacuterea total do aterro controlado do municiacutepio de Ji-ParanaacuteRO eacute de 450000 msup2

poreacutem somente 250000 msup2 pode se utilizada para a disposiccedilatildeo final de resiacuteduos Cerca de

137591 msup2 da aacuterea do aterro jaacute foram utilizados para a disposiccedilatildeo final dos RSU e RSS sendo

que 17000 msup2 da aacuterea total representa o sistema de tratamento de esgoto proveniente das

autofossas Dessa forma a aacuterea atual do aterro controlado disponiacutevel para a disposiccedilatildeo final

dos RSUs e RSS eacute de 95409 msup2 conforme a Tabela 7 exposta abaixo

Tabela 7 - Distribuiccedilatildeo das aacutereas do aterro municipal

AacuteREAS DENTRO DO ATERRO msup2

Jaacute utilizada para disposiccedilatildeo Final de

Resiacuteduos

137591

Sistema tratamento de autofossas 17000

Aacuterea Total Disponiacutevel do Aterro

Controlado

95409

Aacuterea que natildeo pode se utilizada 200000

TOTAL 450000

Levando em consideccedilatildeo apenas aacuterea uacutetil do aterro (250000 msup2) a distribuiccedilatildeo das

aacutereas seguem as proporccedilotildees apresentdas abaixo na Figura 13

52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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52

Figura 14 - Graacutefico representando a aacuterea jaacute utilizada dentro do aterro controlado

361 Forma de Aterramento Meacutetodo da Trincheira ou Vala

No aterro controlado de Ji-Paranaacute o meacutetodo de aterramento adotado eacute o de trincheira

ou vala onde as mesmas satildeo abertas para receber os resiacuteduos coletados na cidade

posteriomente satildeo compactados e cobertos por uma camada de solo Para a cobertura dos

resiacuteduos eacute utilizado o proacuteprio material resultante da escavaccedilatildeo da trincheira ou vala

3611 Descarga dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo diaacuteria de disposiccedilatildeo dos resiacuteduos na vala aberta eacute iniciada pelo mesmo

lado que a vala comeccedilou a ser escavada com o caminhatildeo coletor se posicionando de reacute

perpendicularmente ao comprimento da vala e com o auxiacutelio de um ajudante que sinaliza o

ponto de descarga

Na aacuterea destinada para a descarga eacute possiacutevel efetuar duas linhas de descarga uma ao

lado da outra e o coletor (caminhatildeo de transporte de resiacuteduos) se aproxima ao maacuteximo da vala

de maneira a garantir o lanccedilamento diretamente evitando o espalhamento em outros locais

Poreacutem por questatildeo de seguranccedila deve-se sempre se resguardar com relaccedilatildeo aos riscos de

desmoronamento das valas

53

3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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2000

WOLMER Fernando Antonio Limpeza Urbana Satildeo Paulo 2002

Page 53: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

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3612 Espalhamento cobertura diaacuteria e compactaccedilatildeo

A cada duas ou trecircs viagens de descarregamento feitas pelos caminhotildees coletores os

resiacuteduos satildeo empurrados de baixo para cima e espalhados no talude da frente de disposiccedilatildeo

com o trator de esteira Esse espalhamento inicial visa constituir uma camada de espessura

aproximadamente uniforme dentro dos padrotildees ideais de eficiecircncia de compactaccedilatildeo dos

equipamentos e promover uma homogeneizaccedilatildeo dos resiacuteduos

A operaccedilatildeo de compactaccedilatildeo eacute realizada com movimentos repetidos do equipamento

de baixo para cima procedendo-se no miacutenimo a 06 (seis) passadas sucessivas em camadas

sobrepostas ateacute que todo o material disposto em cada camada esteja adequadamente adensado

ou seja ateacute que se verifique por controle visual que o incremento do nuacutemero de passadas natildeo

ocasiona reduccedilatildeo do volume aparente da mesma aumentado assim a vida uacutetil da vala

3613 Cobertura final da camada de resiacuteduos e plantio de gramiacuteneas

Uma vez esgotada a capacidade de deposiccedilatildeo de resiacuteduos na vala ou trincheira eacute

iniciada a cobertura final que eacute executada com uma camada de solo argiloso compactado com

cerca de 60 cm de espessura sobre as superfiacutecies da vala que ficaratildeo expostas permanentemente

e com uma declividade para natildeo favorecer a presenccedila de poccedilas drsquoaacuteguas

Posteriormente agrave execuccedilatildeo da cobertura final da vala a COOLPEZA realiza o plantio

de gramiacuteneas nos taludes definitivos e platocircs das valas de forma a protegecirc-las e evitar os

processos de erosatildeo e infiltraccedilatildeo das aacuteguas de chuva De acordo com Figura 12 logo abaixo

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Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

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(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

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coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

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Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

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4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

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onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

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a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

REFEREcircNCIAS

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Page 54: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

54

Figura 15 - Aacuterea do aterro jaacute utilizada e com a cobertura final concluiacuteda

37 QUANTIDADE DE RESIacuteDUOS GERADOS EM JI-PARANAacute EM UM ANO

De acordo com a COOLPEZA (2013) satildeo depositados 2135 toneladas mecircs de RSU e

619 toneladas mecircs de RSS assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de

resiacuteduos no municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3mecircs Em 1

(um) ano a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas

Jaacute a quantidade de resiacuteduos gerados pelo muniacutecipio atraveacutes da estimativa adotada

levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de viagens pelos caminhotildees compactadoras satildeo depositados

4160 toneladas por mecircs de RSU e 6185 toneladas por mecircs de RSS o que totaliza uma geraccedilatildeo

mensal de 416619 toneladas de resiacuteduos em Ji-Paranaacute que corresponde a um volume de

729082 msup3mecircs Em 1 (um) ano a cidade de Ji-Paranaacute satildeo coletados cerca de 4999422

toneladas

38 CAPACIDADE DE SUPORTE DO ATERRO CONTROLADO

A aacuterea total disponiacutevel eacute de aproximadamente 95000 msup2 sendo que as valas

construidas para a destinaccedilatildeo final dos RSU e RSS do municiacutepio tem as seguintes dimensotildees

12 m (largura) x 50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 7 m (largura) x 11 m

55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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55

(comprimento) x 3 m (profundidade) respectivamente Sabendo ainda que eacute adotado entre uma

vala encerrada e a construccedilatildeo de uma nova o espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de

veiacuteculos que operam no local e agraves descargas dos caminhotildees transportadores de resiacuteduos De

acordo com estas disposiccedilotildees as valas ficaram com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x

55 m (comprimento) x 35 m (profundidade) e 12 m (largura) x 16 m (comprimento) x 3 m

(profundidade) Dessa forma uma vala construida para destinaccedilatildeo final de RSU ocupa a aacuterea

de 935 msup2 enquanto uma contruido para a destinaccedilatildeo do RSS ocupa 192 msup2

381 Vala de RSS

A trincheira construida para destinaccedilatildeo final dos RSS tem capacidade de 1155 msup3

Sabendo que a produccedilatildeo mensal de RSS eacute 1081msup3 o tempo necessaacuterio para o preenchimento

da trincheira eacute de 3205 dias

382 Vala de RSU

As valas destinadas agrave disposiccedilatildeo final dos RSU tecircm as dimensotildees de 12 m (largura) x

50 m (comprimento) x 35 m (profundidade) sabendo disso eacute que satildeo adotados entre as mesmas

um espaccedilo 5 metros que serve para a locomoccedilatildeo de veiacuteculos que operam no local estas ficam

com as seguintes dimensotildees 17 m (largura) x 55 m (comprimento) x 35 m (profundidade)

Desta forma a construccedilatildeo de cada vala ocupa a aacuterea de 935 msup2

As valas onde satildeo depositados os RSUs tem capacidade para 2100 msup3 de resiacuteduos

Levando em cosideraccedilatildeo o grau de compactaccedilatildeo de 13 do volume total da vala eacute entatildeo

necessaacuterio um volume de 2800 msup3 de resiacuteduos transportado pelos caminhotildees para o

preenchimento total da vala O volume de RSU depositado diariamente no aterro controlado

do municiacutepio eacute de 245 msup3 A vala na qual satildeo dispostos os RSU levam cerca de 24 dias para

serem totalmente preenchidas

383 Quantidade de Materiais Reciclaacuteveis Coletados pelos Catadores

Os catadores da COOCAMARJI coletam diariamente aproximadamente 04 toneladas

de materias reciclaacuteveis que satildeo dispostos no aterro controlado pelos caminhotildees da

COOLPEZA Os catadores trabalham 06 dias da semana logo a quantidade de material

56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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56

coletado eacute de 24 toneladas por semana Desta forma o material coletado em um mecircs eacute de

aproximadamente 104 toneladas totalizando em um ano 1248 toneladas

39 TEMPO DE VIDA UacuteTIL DO ATERRO

De acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de resiacuteduos coletados pela empresa

e que satildeo depositados no aterro controlado eacute 2135 e 619 tonelads por mecircs de RSU e RSS

respectivamente assim totalizando uma geraccedilatildeo mensal de 214119 toneladas de resiacuteduos no

municiacutepio de Ji-Paranaacute correspondendo a um volume de 374487 msup3 por mecircs Em 1 (um) ano

a cidade de Ji-Paranaacute produz aproximadamente de 2569428 toneladas sendo coletam e

encaminham para serem reciclados 1248 tano pelos os catadores da COOCAMARJI assim

restando um total de 24372 tano de resiacuteduos para serem cobertos correspondendo a 4262593

msup3 Dessa forma na estimativa da vida uacutetil do aterro controlado levando em consideraccedilatildeo a

quantidade de resiacuteduos informado pela empresa seriam necessaacuterio 1522 valas em 1 ano para

acondicionar os resiacuteduos coletados no municiacutepio eacute necessaacuterio uma aacuterea de 1423402 msup2

Jaacute levando em consideraccedilatildeo o nuacutemero de descargas realizadas por dia pelas caccedilambas

compactadoras a quantidade de residuos coletados e depositadas nas valas do aterro eacute de

4999422 tano deste total os catadores da COOCAMARJI coletam e encaminham para serem

reciclados 1248 toneladas por ano assim restando um total de 4874622 toneladas por ano de

resiacuteduos para serem cobertos que corresponde a 8530589 msup3 A vala a qual satildeo destinados os

RSU com o volume de 2800 msup3 Com isso ao longo de um ano os resiacuteduos que permanecem

na aacuterea do aterro preencheratildeo 3046 trincheiras as construccedilotildees dessas valas ocupam uma aacuterea

de 2848507 msup2

A quantidade de RSS depositado no aterro eacute de 7422 toneladas por ano que

corresponde a 1298 msup3 Os catadores natildeo coletam os materiais gerados nos serviccedilos de sauacutede

Logo todo o material coletado pela COOLPEZA eacute disposto na vala destinada ao RSS A vala

construida tem capacidade para suporta 1155 msup3 de RSS que ocupa uma aacuterea de 192 msup2 Dessa

forma seraacute necessaacuteria a construccedilatildeo de 112 valas seacutepticas por ano para acondicionar os RSSs

coletados no municiacutepio de Ji-Paranaacute ocupando uma aacuterea de 21577 msup2

Contudo a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 1444979 msup2 quando eacute levado em consideraccedilatildeo a quantidade de

resiacuteduos informados pela COOLPEZA No entanto o total de RSU e RSS depositados na aacuterea

do aterro controlado estimando a quantidade de resiacuteduos produzidos no municiacutepio pelo nuacutemero

de viagem das caccedilambas coletoras satildeo depositados 4882022 toneladas de resiacuteduos por ano

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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Page 57: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

57

Dessa forma a aacuterea a ser utilizada em um ano de operaccedilatildeo do aterro controlado no municiacutepio

de Ji-Paranaacute eacute de 2870184 msup2

A geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0679 (Kghabdia)

quando considera a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela COOLPEZA que eacute 7116

toneladas por dia lenvando em consideraccedilatildeo a populaccedilatildeo urbana com os resiacuteduos coletados

Quanto agrave geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio realizada com os dados gerados pela

estimativa de resiacuteduos coletados considerando o nuacutemero de descargas das caccedilambas

compactadoras a mesma eacute de 132 (Kghabdia) e a quantidade coletada por dia eacute de 138 67

toneladas

A aacuterea total disponiacutevel eacute de 95409 msup2 assim o que ira indicar o tempo de vida do

aterro eacute a quantidade de resiacuteduos depositados De acordo com os dos dados informados pela

COOLPEZA a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos coletados no municiacutepio ocuparaacute uma aacuterea

de 1444979 msup2 diante de tal dado foi estimado o tempo de vida de 66 anos Jaacute com os

resultados da quantidade de resiacuteduos soacutelidos estimado pelo meacutetodo das descargas das caccedilambas

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos ocupa uma aacuterea de 2505534 msup2 por ano Dessa forma

eacute possiacutevel contatar que a vida uacutetil do aterro controlado de Ji-Paranaacute nestas condiccedilotildees eacute de 332

anos

Nestas condiccedilotildees a aacuterea disponiacutevel do aterro controlado do municiacutepio comporta

16203937 toneladas de resiacuteduos no restante da sua vida uacutetil

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

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a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e daacute outras providecircncias

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Page 58: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

58

4 DISCUSSOtildeES

O local o qual haacute disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute trata-

se de um aterro controlado pois o mesmo obedece ao que estaacute disposto na NBR 88491985

da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas) que considera o aterro controlado como

uma teacutecnica de disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos no solo constituindo um modo de minimizar os

impactos ambientais No entanto esta forma paliativa de disposiccedilatildeo confina adequadamente

os resiacuteduos soacutelidos urbanos sem poluir o ambiente externo poreacutem sem promover a coleta e o

tratamento dos efluentes liacutequidos e gasosos produzidos

O aterro controlado eacute uma praacutetica de disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos que tem

eficiecircncia preferiacutevel ao lixatildeo que propicia agrave produccedilatildeo de fumaccedila e odores agressatildeo visual

riscos de incecircndio e desvalorizaccedilatildeo do entorno De acordo com Lanza (2009) os lixotildees

costumam ser um local atrativo para catadores precariamente organizados inclusive crianccedilas

em uma condiccedilatildeo de insalubridade com a finalidade de comercializar objetos encontrados

A NBR 88491985 reconhecer como aterro controlado a teacutecnica de disposiccedilatildeo de

resiacuteduos soacutelidos no solo Poreacutem dentro da aacuterea destinada ao aterro controlado do municiacutepio de

Ji-Paranaacute estaacute implantada o sistema de tratamento de efluente de auto fossa assim

descaracteriza a atual aacuterea onde satildeo depositos os resiacuteduos do municiacutepio como aterro controlado

O processo de coleta e disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos gera emprego para 78

pessoas podendo assim afirmar que os resiacuteduos produzidos no municiacutepio de Ji-Paranaacute tecircm fins

sociais e econocircmicos sendo esta atividade a base do seu sustento famiacuteliar Os catadores da

COOCAMARJI tem o contato direto com os resiacuteduos ali depositados facilitando desse modo

a contaminaccedilatildeo dos mesmos com materiais infectados e vetores de doenccedilas (LANZA 2009)

Os veiacuteculos na coleta dos resiacuteduos do municiacutepio satildeo as caccedilambas compactadoras esses

automoacuteveis satisfazem as necessidades da coleta e apresentam benefiacutecio quando comparada

com as caccedilambas basculhantes pois as caccedilambas compactadoras armazenam uma maior

quantidade de resiacuteduos satildeo totalmente fechadas o que impossibilita que os materiais recolhidos

caiam durante a coleta baixa altura para carregamento e praticidade na carga e descarga

(ABES-CE 2006)

Segundo o Censo realizado pelo IBGE (2010) o municiacutepio de Ji-Paranaacute possui uma

populaccedilatildeo urbana de 104858 habitantes destas segundo a COOLPEZA 100 satildeo atendidas

pela coleta

A produccedilatildeo estimada de resiacuteduos coletados por 5 caccedilambas compactadoras que

totalizam 20 viagem por dia ao aterro controlado da cidade de Ji-Paranaacute eacute de 13867 toneladas

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

REFEREcircNCIAS

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natildeo perigosos criteacuterios para projeto implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT Brasil

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para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser adotado na identificaccedilatildeo de coletores e

transportadores bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva

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a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e daacute outras providecircncias

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Page 59: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

59

onde satildeo depositados os resiacuteduos domiciliares e de serviccedilo de sauacutede coletado pela empresa

contratada de toda aacuterea urbana Contudo de acordo com a COOLPEZA (2013) a quantidade de

resiacuteduos coletados pela empresa no municiacutepio eacute de 7116 toneladas por dia o que representar

cercar de 5132 do estimado pelo estudo Em 2012 a quantidade de resiacuteduos soacutelidos coletados

era aproximada de 63 toneladas diaacuterias (JI-PARANAacute 2012) Desta forma a quantidade de

resiacuteduos coletados pelo serviccedilo puacuteblico sofreu um aumento de 1254 em dois anos

A diferenccedila existente entre a quantidade de resiacuteduos informado pela COOLPEZA e a

estimada pode ser aferida ao planejamento no sistema de coleta pois certamente as caccedilambas

compactadoras que coletam os resiacuteduos do municiacutepio estam operando com a capacidade abaixo

da indicada por Wolmer (2002) que falar que as caccedilambas compactadoras dever operar com

cerca de 80 da capacidade Assim a empresa responsaacutevel pela coleta estaacute coletando a

quantidade pequena de resiacuteduos soacutelidos com isso despredendo de mais recursos para operaccedilatildeo

de coleta e natildeo estando aproveitando a capacidade dos seus veiacuteculos

Dessa forma eacute possiacutevel afirma que as caccedilambas compactoras que prestam o serviccedilo

de coleta estatildeo operando com 5132 do estimado assim o indicado eacute que os veiacuteculos

coletores de resiacuteduos fossem melhores utilizados devendo haver uma forma no etinerario dos

veiculos pois de acordo com de DrsquoALMEIDA e VILHENA (2000) ldquoO itineraacuterio de coleta eacute o

trajeto que o veiacuteculo coletor deve percorrer dentro de um mesmo setor num mesmo periacuteodo

transportando o maacuteximo de lixo num miacutenimo de percurso improdutivo com o menor desgaste

possiacutevel para a guarniccedilatildeo e o veiacuteculordquo

A coleta dos resiacuteduos eacute efetuada em cada imoacutevel nos mesmos dias da semana em

horaacuterios regulares Nos distritos de Nova Londrina e Nova Colina a coleta dos resiacuteduos soacutelidos

ocorrer apenas uma vez na semana poreacutem o tempo indicado a ser observado entre a geraccedilatildeo

dos resiacuteduos e seu destino final natildeo deve exceder 2 ou 3 dias para evitar proliferaccedilatildeo de moscas

aumento do mau cheiro e a incidecircncia de animais roedores insetos e outros

De acordo com os dados obtidos a quantidade de RSS coletado atualmente no

municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute em torno de 6185 toneladas por mecircs Em um estudo realizado pela

prefeitura em 2010 a meacutedia mensal dos RSS girava entre 49 a 612 toneladas (JI-PARANAacute

2012) Assim pode-se afirma que natildeo houve um aumento discrepante na geraccedilatildeo dos RSS no

municiacutepio de Ji-Paranaacute

A coleta e disposiccedilatildeo final do RSS eacute realizada por um veiculo especiacutefico devidamente

sinalizado que eacute operado por pessoas qualificadas que fazem uso dos EPIs necessaacuterios A vala

onde ocorre a disposiccedilatildeo final dos RSS possui o isolamento do solo com a manta de PEAD o

que impede o contato do chorume gerados pelos resiacuteduos entre em contato com o solo assim

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

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Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

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administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

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2005

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BRASIL Resoluccedilatildeo CONAMA ndeg 358 de 29 de abril de 2005 Dispotildee sobre o tratamento e

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e daacute outras providecircncias

CARVALHO Andreacute Luciano de LANZA Vera Christina Vaz Orientaccedilotildees baacutesicas para a

operaccedilatildeo de aterro sanitaacuterio Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente Belo Horizonte

FEAM 2006

COOLPEZA Serviccedilos de Limpeza Urbana LTDA - ME Relatoacuterio TeacutecnicoOperaccedilatildeo e

Manutenccedilatildeo do Aterro Controlado (Disposiccedilatildeo Final de Resiacuteduos Soacutelidos) do municiacutepio

de Ji-ParanaacuteRO Ji-Paranaacute 2013

ELK Ana Ghislane Henriques Pereira van Reduccedilatildeo de emissotildees na disposiccedilatildeo final

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)

FACHIN O Fundamentos de metodologiacutea 3ed Satildeo Paulo Saraiva 2001

FELIPETTO Adriana Vilela Montenegro Conceito planejamento e oportunidades

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)

FUNDACcedilAtildeO NACIONAL DE SAUacuteDE - FUNASA Manual de saneamento 3 ed rev

Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2004 408 p Disponiacutevel em lthttpwwwfunasa-

govbrWeb20Funasapubmanusanemanual_saneamentopdfgt Acesso em 08 dez 2013

FONSECA Heber et al Caracterizaccedilatildeo fiacutesica dos resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos do

municiacutepio de Caldas Novas ndash GO 2004 22p Artigo para conclusatildeo do curso de Engenharia

Ambiental Universidade Catoacutelica de Goiaacutes Goiacircnia 2004

66

FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina Metodologia Para Auditoria

De Serviccedilos De Limpeza Urbana Com Enfoque nos Custos de Coleta de Resiacuteduos

Soacutelidos Urbanos Tribunal de Contas Do Estado de Minas Gerais Xi Simpoacutesio Nacional De

Auditoria De Obras Puacuteblicas Belo Horizonte 2006

Gestatildeo integrada de resiacuteduos soacutelidos na Amazocircnia a metodologia e os resultados de sua

aplicaccedilatildeo IBAM 2004 Disponiacutevel em

ltwwwibamorgbrpubliquemediaGirs_finalPDFgt Acessado em 10 de dezembro de 2013

GOMES LP Estudo da caracterizaccedilatildeo fiacutesica e da biodegradabilidade dos resiacuteduos

soacutelidos urbanos em aterros sanitaacuterios Satildeo Carlos Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Hidraacuteulica e

Saneamento) - Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Universidade de Satildeo Paulo 1997

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Indicadores de

desenvolvimento sustentaacutevel Estudos amp Pesquisas - Informaccedilatildeo Geograacutefica 7 Rio de

Janeiro 2010 Disponiacutevel em

httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=110012ampsearch=rondonia|ji-

parana acessado em 30 de novembro de 2013

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOacuteLOGICAS (IPT) Resiacuteduo municipal manual de

gerenciamento integrado 2ordf Ed Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas do Estado de

Satildeo Paulo SA (IPT) 2008 Disponiacutevel em

lthttpwwwiptbrmanual+de+gerenciamento+integrado+2AA+Ed+SE3o+Paulogt

acesso em 11de dezembro de 2013

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLOacuteGICAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Lixo

Municipal manual de gerenciamento integrado Satildeo Paulo 2009

JI-PARANAacute Plano de Saneamento Baacutesico plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute Ji-Paranaacute 2012Disponiacutevel em

lthttpwwwjiparanarogovbruparquivos2013atosAO_2820_b87dd033cde6e12eb3a4f13

aac4728e1pdf gt acessado em 11 de dezembro de 2013

LANZA Vera Cristina Vaz Caderno Teacutecnico de reabilitaccedilatildeo de aacutereas degradadas por

resiacuteduos soacutelidos urbanos Vera Cristina Vaz Lanza -- Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Estadual

do Meio Ambiente Fundaccedilatildeo Israel Pinheiro 2009

LIMA LMQ Lixo Tratamento e Biorremediaccedilatildeo 3ordf ed Hemus Satildeo Paulo 1995

LIMPEZA PUacuteBLICA Prof Eng FERNANDO ANTONIO WOLMER AGOSTO2002

Disponiacutevel em lthttpwwwvivastricombrapostila_limpeza_urbanapdfgt Acesso em 02

fevereiro de 2014

LUNA FILHO Eury P A Coleta e a Disposiccedilatildeo Municipal de Resiacuteduos Soacutelidos Gestatildeo

Integrada Aspectos Administrativos Juriacutedicos e Gerenciais Brasiacutelia CIORD e UnB

2001

KIEHL ES Manual de Compostagem maturaccedilatildeo e qualidade do composto Piracicaba

SP Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo ldquoLuiz de QueirosrdquoUSP 1998

67

MANASSERO M VAN IMPE W F BOUAZZA A Waste disposal and containment In

International Congress on Environmental Geotechnics State of the Art Reports 2 [Sl] v

1 1996

MONTEIRO et al Manual de Gerenciamento Integrado de resiacuteduos soacutelidos Joseacute

Henrique Penido Monteiro [et al]coordenaccedilatildeo teacutecnica Victor Zular Zveibil Rio de Janeiro

IBAM 2001

MORAIS Greiceana Marques Dias de Diagnoacutestico da deposiccedilatildeo clandestina de Resiacuteduos

de Construccedilatildeo e Demoliccedilatildeo em bairros perifeacutericos de Uberlacircndia Subsiacutedios para uma

gestatildeo sustentaacutevel Dissertaccedilatildeo de Mestrado Faculdade de Engenharia Civil Universidade

Federal de Uberlacircndia 2006

PRADO FILHO J F do SOBREIRA F G Desempenho operacional e ambiental de

unidades de reciclagem e disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos financiadas pelo

ICMS ecoloacutegico de Minas Gerais Rio de Janeiro Artigo teacutecnico 2007

ROSA Rafael Mendes Diagnoacutestico da disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos em uma voccediloroca

no municiacutepio de Araguari-mg universidade federal de uberlacircndia 2009 monografia 13p

ROMANI Andrea Pitangy de SEGALA Karin Agregando valor social e ambiental

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)

SANTOS Luiz Ricardo Caracterizaccedilatildeo Fiacutesica Dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Do

Municiacutepio De Ji-Paranaacute ndash Rondocircnia Monograacutefia de Curso Curso Engenharia Ambiental

Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Ji-Paranaacute 2011

SANTOS M G Disposiccedilatildeo dos Resiacuteduos soacutelidos urbanos no municiacutepio de Feira de

Santana-BA Sugestotildees para uma gestatildeo integrada (monografia) Feira de Santana FTC

2004

CETESB (Estado) Secretaria de Estado de Meio Ambiente CETESB Aruntho Savastano

Neto [et al] Manual de Operaccedilatildeo de Aterro Sanitaacuterio em Valas Satildeo Paulo 2010 24 p

Disponiacutevel em

lthttpwwwcetesbspgovbrmudancasclimaticasbiogasAterro20SanitC3A1rio21-

Aterro20SanitC3A1rio gt acesso 11de dezembro de 2013

Site Relaciondo a Coletores de Resiacuteduos Disponiacutevel em

lthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

TCHOBANOGLOUS G THEISEN H VIGIL S Integrated solid waste management

New York MacGraw-Hill 1993

VALLE Cyro Eyer do Como se preparar para as Normas ISO 14000 qualidade

ambiental o desafio de ser competitivo protegendo o meio ambienteSatildeo Paulo Pioneira

2000

WOLMER Fernando Antonio Limpeza Urbana Satildeo Paulo 2002

Page 60: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

60

a colheta dos RSS obedecer ao que dispotildee a Resoluccedilatildeo CONAMA nordm 358 de 29 de abril de

2005 (BRASIL 2005) a respeito das praacuteticas e procedimentos a serem adotados na coleta dos

RSS

O plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-

Paranaacute (2012) era de que 1742 dos resiacuteduos coletados poderiam ser reciclados eou

reutilizados sendo estes compostos principalmente por papel PET plaacutestico ferro alumiacutenio

cobre tecidos vidro e madeira Atualmente satildeo coletados para reciclagem apenas 487 dos

resiacuteduos depositados na aacuterea do aterro levando em consideraccedilatildeo os dados da COOLPEZA Jaacute

com relaccedilatildeo a estimativa realizada a quantidade de material coletado e enviados para serem

reciclados representam 289 Diante desta informaccedilatildeo se fossem coletados todos os materiais

possiacuteveis de serem coletados eou reciclados para o que eacute produzido pelo municiacutepio

consequentemente aumentaria a vida uacutetil do aterro Poreacutem para tal atividade seria necessaacuteria

de uma maior demanda de matildeo de obra

Levando em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados fornecidos pela

COOLPEZA a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduos no muniacutecipio de Ji-Paranaacute eacute de 0671

(Kghabdia) esse resultado esta dentro da faixa proposta por Fonseca e Gonzaga (2006) pelo

plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

(2012) e por muitos teacutecnicos que consideram de 05 a 08 kghabdia a geraccedilatildeo per capita de

resiacuteduos em municiacutepios que tem uma populaccedilatildeo urbana de 30 mil a 500 mil habitantes Tal

faixa eacute considerada tambeacutem como a variaccedilatildeo meacutedia para o Brasil Poreacutem pela estimativa

realizada a geraccedilatildeo per capita de resiacuteduo do municiacutepio seria de 132 (Kghabdia)

No entanto de acordo com o estudo realizado por Santos (2011) o municiacutepio de Ji-

Paranaacute tinha uma geraccedilatildeo per capita estimada em de 0684 kghabdia de resiacuteduos soacutelidos e

com a produccedilatildeo meacutedia de 71742 kg de RSU por dia De acordo com o fornecido pela

COOLPEZA a quantidade coletada eacute de 7116 toneladas

O tempo estimado da vida uacutetil do aterro controlado do municiacutepio de Ji-Paranaacute eacute de 66

anos quando leva em consideraccedilatildeo a quantidade de resiacuteduos coletados informado pela

COOLPEZA poreacutem quando haacute o aumento na geraccedilatildeo de resiacuteduos no municiacutepio a vida uacutetil do

aterro tende a diminuir Poreacutem considerando a quantidade de resiacuteduos gerados pelo meacutetodo do

nuacutemero de descargas o aterro controlado de Ji-Paranaacute possui uma vida estimada em 332 anos

De acordo com o plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo dos resiacuteduos soacutelidos do

municiacutepio de Ji-Paranaacute (2012) os resiacuteduos quando compactos tem o seu volume reduzido de

14 a 13 dessa forma a compactaccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos antes de serem cobertos eacute

61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

REFEREcircNCIAS

ABES-CE Resiacuteduos soacutelidos urbanos coleta e destino final 2006

AMBIENTEBRASIL Resiacuteduos soacutelidos Disponiacutevel em

lthttpambientesambientebrasilcombrresiduoscoleta_e_disposicao_do_lixolixao_

_residuoshtmlgt Acesso em14 dezembro de2013

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 8419 Apresentaccedilatildeo de

projetos de aterros sanitaacuterios de resiacuteduos soacutelidos urbanos Rio de Janeiro ABNT 1992

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 13896 Aterros de resiacuteduos

natildeo perigosos criteacuterios para projeto implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT Brasil

1997

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 884985 Apresentaccedilatildeo de

projetos de aterros controlados de resiacuteduos soacutelidos Satildeo Paulo 1985

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 10004 Resiacuteduos soacutelidos ndash

classificaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT 2004

AacuteVILA Jorge Luiacutes Teixeira MONTE-MOacuteR Roberto Luiacutes de Melo Urbanizaccedilatildeo e

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Florianoacutepolis 1995

BARROSO M M CHERUBINI K V CORDEIRO J S Anaacutelise criacutetica da

sustentabilidade ambiental saneamento e sauacutede puacuteblica no municiacutepio de Porto Velho

Porto velho 2005

BELI Euzebio et al Recuperaccedilatildeo da aacuterea degradada pelo lixatildeo Areia Branca de Espiacuterito

Santo do Pinhal ndash SP Engenharia Ambiental UNIPINHAL ndash Espiacuterito Santo do Pinhal v 2

2005

BRASIL Avaliaccedilatildeo de impacto na sauacutede das accedilotildees de saneamento marco conceitual e

estrateacutegia metodoloacutegica Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da

Sauacutede 2004

BRASIL Lei ndeg 114452007 Poliacutetica Nacional de Saneamento Disponiacutevel em

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lthttpwwwplanaltogovbrgt Acesso 11 de dezembro de 2013

BRASIL Resoluccedilatildeo CONAMA ndeg 275 de 29 de abril de 2005 Estabelece o coacutedigo de cores

para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser adotado na identificaccedilatildeo de coletores e

transportadores bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva

BRASIL Resoluccedilatildeo CONAMA ndeg 358 de 29 de abril de 2005 Dispotildee sobre o tratamento e

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e daacute outras providecircncias

CARVALHO Andreacute Luciano de LANZA Vera Christina Vaz Orientaccedilotildees baacutesicas para a

operaccedilatildeo de aterro sanitaacuterio Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente Belo Horizonte

FEAM 2006

COOLPEZA Serviccedilos de Limpeza Urbana LTDA - ME Relatoacuterio TeacutecnicoOperaccedilatildeo e

Manutenccedilatildeo do Aterro Controlado (Disposiccedilatildeo Final de Resiacuteduos Soacutelidos) do municiacutepio

de Ji-ParanaacuteRO Ji-Paranaacute 2013

ELK Ana Ghislane Henriques Pereira van Reduccedilatildeo de emissotildees na disposiccedilatildeo final

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desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)

FACHIN O Fundamentos de metodologiacutea 3ed Satildeo Paulo Saraiva 2001

FELIPETTO Adriana Vilela Montenegro Conceito planejamento e oportunidades

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)

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Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2004 408 p Disponiacutevel em lthttpwwwfunasa-

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FONSECA Heber et al Caracterizaccedilatildeo fiacutesica dos resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos do

municiacutepio de Caldas Novas ndash GO 2004 22p Artigo para conclusatildeo do curso de Engenharia

Ambiental Universidade Catoacutelica de Goiaacutes Goiacircnia 2004

66

FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina Metodologia Para Auditoria

De Serviccedilos De Limpeza Urbana Com Enfoque nos Custos de Coleta de Resiacuteduos

Soacutelidos Urbanos Tribunal de Contas Do Estado de Minas Gerais Xi Simpoacutesio Nacional De

Auditoria De Obras Puacuteblicas Belo Horizonte 2006

Gestatildeo integrada de resiacuteduos soacutelidos na Amazocircnia a metodologia e os resultados de sua

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soacutelidos urbanos em aterros sanitaacuterios Satildeo Carlos Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Hidraacuteulica e

Saneamento) - Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Universidade de Satildeo Paulo 1997

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desenvolvimento sustentaacutevel Estudos amp Pesquisas - Informaccedilatildeo Geograacutefica 7 Rio de

Janeiro 2010 Disponiacutevel em

httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=110012ampsearch=rondonia|ji-

parana acessado em 30 de novembro de 2013

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOacuteLOGICAS (IPT) Resiacuteduo municipal manual de

gerenciamento integrado 2ordf Ed Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas do Estado de

Satildeo Paulo SA (IPT) 2008 Disponiacutevel em

lthttpwwwiptbrmanual+de+gerenciamento+integrado+2AA+Ed+SE3o+Paulogt

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INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLOacuteGICAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Lixo

Municipal manual de gerenciamento integrado Satildeo Paulo 2009

JI-PARANAacute Plano de Saneamento Baacutesico plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute Ji-Paranaacute 2012Disponiacutevel em

lthttpwwwjiparanarogovbruparquivos2013atosAO_2820_b87dd033cde6e12eb3a4f13

aac4728e1pdf gt acessado em 11 de dezembro de 2013

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resiacuteduos soacutelidos urbanos Vera Cristina Vaz Lanza -- Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Estadual

do Meio Ambiente Fundaccedilatildeo Israel Pinheiro 2009

LIMA LMQ Lixo Tratamento e Biorremediaccedilatildeo 3ordf ed Hemus Satildeo Paulo 1995

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Disponiacutevel em lthttpwwwvivastricombrapostila_limpeza_urbanapdfgt Acesso em 02

fevereiro de 2014

LUNA FILHO Eury P A Coleta e a Disposiccedilatildeo Municipal de Resiacuteduos Soacutelidos Gestatildeo

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SP Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo ldquoLuiz de QueirosrdquoUSP 1998

67

MANASSERO M VAN IMPE W F BOUAZZA A Waste disposal and containment In

International Congress on Environmental Geotechnics State of the Art Reports 2 [Sl] v

1 1996

MONTEIRO et al Manual de Gerenciamento Integrado de resiacuteduos soacutelidos Joseacute

Henrique Penido Monteiro [et al]coordenaccedilatildeo teacutecnica Victor Zular Zveibil Rio de Janeiro

IBAM 2001

MORAIS Greiceana Marques Dias de Diagnoacutestico da deposiccedilatildeo clandestina de Resiacuteduos

de Construccedilatildeo e Demoliccedilatildeo em bairros perifeacutericos de Uberlacircndia Subsiacutedios para uma

gestatildeo sustentaacutevel Dissertaccedilatildeo de Mestrado Faculdade de Engenharia Civil Universidade

Federal de Uberlacircndia 2006

PRADO FILHO J F do SOBREIRA F G Desempenho operacional e ambiental de

unidades de reciclagem e disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos financiadas pelo

ICMS ecoloacutegico de Minas Gerais Rio de Janeiro Artigo teacutecnico 2007

ROSA Rafael Mendes Diagnoacutestico da disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos em uma voccediloroca

no municiacutepio de Araguari-mg universidade federal de uberlacircndia 2009 monografia 13p

ROMANI Andrea Pitangy de SEGALA Karin Agregando valor social e ambiental

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)

SANTOS Luiz Ricardo Caracterizaccedilatildeo Fiacutesica Dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Do

Municiacutepio De Ji-Paranaacute ndash Rondocircnia Monograacutefia de Curso Curso Engenharia Ambiental

Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Ji-Paranaacute 2011

SANTOS M G Disposiccedilatildeo dos Resiacuteduos soacutelidos urbanos no municiacutepio de Feira de

Santana-BA Sugestotildees para uma gestatildeo integrada (monografia) Feira de Santana FTC

2004

CETESB (Estado) Secretaria de Estado de Meio Ambiente CETESB Aruntho Savastano

Neto [et al] Manual de Operaccedilatildeo de Aterro Sanitaacuterio em Valas Satildeo Paulo 2010 24 p

Disponiacutevel em

lthttpwwwcetesbspgovbrmudancasclimaticasbiogasAterro20SanitC3A1rio21-

Aterro20SanitC3A1rio gt acesso 11de dezembro de 2013

Site Relaciondo a Coletores de Resiacuteduos Disponiacutevel em

lthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

TCHOBANOGLOUS G THEISEN H VIGIL S Integrated solid waste management

New York MacGraw-Hill 1993

VALLE Cyro Eyer do Como se preparar para as Normas ISO 14000 qualidade

ambiental o desafio de ser competitivo protegendo o meio ambienteSatildeo Paulo Pioneira

2000

WOLMER Fernando Antonio Limpeza Urbana Satildeo Paulo 2002

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61

fundamental para o aumento da vida uacutetil do aterro controlado municipal Assim a compactaccedilatildeo

dos resiacuteduos eacute uma praacutetica que deve ser mantida

Dessa forma a escolha de novas aacutereas para implantaccedilatildeo do aterro sanitaacuterio eacute uma

medida que dever ser desenvolvida sendo que na melhor das hipoacuteteses a prefeitura tem 66

anos para desempenha essa atividade

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

REFEREcircNCIAS

ABES-CE Resiacuteduos soacutelidos urbanos coleta e destino final 2006

AMBIENTEBRASIL Resiacuteduos soacutelidos Disponiacutevel em

lthttpambientesambientebrasilcombrresiduoscoleta_e_disposicao_do_lixolixao_

_residuoshtmlgt Acesso em14 dezembro de2013

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 8419 Apresentaccedilatildeo de

projetos de aterros sanitaacuterios de resiacuteduos soacutelidos urbanos Rio de Janeiro ABNT 1992

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 13896 Aterros de resiacuteduos

natildeo perigosos criteacuterios para projeto implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT Brasil

1997

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 884985 Apresentaccedilatildeo de

projetos de aterros controlados de resiacuteduos soacutelidos Satildeo Paulo 1985

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 10004 Resiacuteduos soacutelidos ndash

classificaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT 2004

AacuteVILA Jorge Luiacutes Teixeira MONTE-MOacuteR Roberto Luiacutes de Melo Urbanizaccedilatildeo e

impactos ambientais Uma Anaacutelise da Relaccedilatildeo entre as Caracteriacutesticas dos Espaccedilos

Urbanos e a Poluiccedilatildeo Hiacutedrica na Regiatildeo do Meacutedio Rio Doce (MG) VII Encontro da

Sociedade Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ANAIS) Fortaleza 2007

BAASCH S S N Um sistema de suporte multicriteacuterio aplicado na gestatildeo dos resiacuteduos

soacutelidos nos municiacutepios catarinenses 1995 120 p Tese (Doutorado Engenharia da

Universidade Federal de Santa Catarina) ndash Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Florianoacutepolis 1995

BARROSO M M CHERUBINI K V CORDEIRO J S Anaacutelise criacutetica da

sustentabilidade ambiental saneamento e sauacutede puacuteblica no municiacutepio de Porto Velho

Porto velho 2005

BELI Euzebio et al Recuperaccedilatildeo da aacuterea degradada pelo lixatildeo Areia Branca de Espiacuterito

Santo do Pinhal ndash SP Engenharia Ambiental UNIPINHAL ndash Espiacuterito Santo do Pinhal v 2

2005

BRASIL Avaliaccedilatildeo de impacto na sauacutede das accedilotildees de saneamento marco conceitual e

estrateacutegia metodoloacutegica Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da

Sauacutede 2004

BRASIL Lei ndeg 114452007 Poliacutetica Nacional de Saneamento Disponiacutevel em

lthttpwwwportalresiduossolidoscomlei-11-44507-lei-federal-do-saneamento-basico gt acesso 12

de dezembro de 2013

BRASIL Lei nordm 1230510 Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos Disponiacutevel em

lthttpwwwplanaltogovbrgt Acesso 11 de dezembro de 2013

BRASIL Resoluccedilatildeo CONAMA ndeg 275 de 29 de abril de 2005 Estabelece o coacutedigo de cores

para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser adotado na identificaccedilatildeo de coletores e

transportadores bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva

BRASIL Resoluccedilatildeo CONAMA ndeg 358 de 29 de abril de 2005 Dispotildee sobre o tratamento e

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e daacute outras providecircncias

CARVALHO Andreacute Luciano de LANZA Vera Christina Vaz Orientaccedilotildees baacutesicas para a

operaccedilatildeo de aterro sanitaacuterio Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente Belo Horizonte

FEAM 2006

COOLPEZA Serviccedilos de Limpeza Urbana LTDA - ME Relatoacuterio TeacutecnicoOperaccedilatildeo e

Manutenccedilatildeo do Aterro Controlado (Disposiccedilatildeo Final de Resiacuteduos Soacutelidos) do municiacutepio

de Ji-ParanaacuteRO Ji-Paranaacute 2013

ELK Ana Ghislane Henriques Pereira van Reduccedilatildeo de emissotildees na disposiccedilatildeo final

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)

FACHIN O Fundamentos de metodologiacutea 3ed Satildeo Paulo Saraiva 2001

FELIPETTO Adriana Vilela Montenegro Conceito planejamento e oportunidades

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)

FUNDACcedilAtildeO NACIONAL DE SAUacuteDE - FUNASA Manual de saneamento 3 ed rev

Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2004 408 p Disponiacutevel em lthttpwwwfunasa-

govbrWeb20Funasapubmanusanemanual_saneamentopdfgt Acesso em 08 dez 2013

FONSECA Heber et al Caracterizaccedilatildeo fiacutesica dos resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos do

municiacutepio de Caldas Novas ndash GO 2004 22p Artigo para conclusatildeo do curso de Engenharia

Ambiental Universidade Catoacutelica de Goiaacutes Goiacircnia 2004

66

FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina Metodologia Para Auditoria

De Serviccedilos De Limpeza Urbana Com Enfoque nos Custos de Coleta de Resiacuteduos

Soacutelidos Urbanos Tribunal de Contas Do Estado de Minas Gerais Xi Simpoacutesio Nacional De

Auditoria De Obras Puacuteblicas Belo Horizonte 2006

Gestatildeo integrada de resiacuteduos soacutelidos na Amazocircnia a metodologia e os resultados de sua

aplicaccedilatildeo IBAM 2004 Disponiacutevel em

ltwwwibamorgbrpubliquemediaGirs_finalPDFgt Acessado em 10 de dezembro de 2013

GOMES LP Estudo da caracterizaccedilatildeo fiacutesica e da biodegradabilidade dos resiacuteduos

soacutelidos urbanos em aterros sanitaacuterios Satildeo Carlos Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Hidraacuteulica e

Saneamento) - Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Universidade de Satildeo Paulo 1997

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Indicadores de

desenvolvimento sustentaacutevel Estudos amp Pesquisas - Informaccedilatildeo Geograacutefica 7 Rio de

Janeiro 2010 Disponiacutevel em

httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=110012ampsearch=rondonia|ji-

parana acessado em 30 de novembro de 2013

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOacuteLOGICAS (IPT) Resiacuteduo municipal manual de

gerenciamento integrado 2ordf Ed Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas do Estado de

Satildeo Paulo SA (IPT) 2008 Disponiacutevel em

lthttpwwwiptbrmanual+de+gerenciamento+integrado+2AA+Ed+SE3o+Paulogt

acesso em 11de dezembro de 2013

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLOacuteGICAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Lixo

Municipal manual de gerenciamento integrado Satildeo Paulo 2009

JI-PARANAacute Plano de Saneamento Baacutesico plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute Ji-Paranaacute 2012Disponiacutevel em

lthttpwwwjiparanarogovbruparquivos2013atosAO_2820_b87dd033cde6e12eb3a4f13

aac4728e1pdf gt acessado em 11 de dezembro de 2013

LANZA Vera Cristina Vaz Caderno Teacutecnico de reabilitaccedilatildeo de aacutereas degradadas por

resiacuteduos soacutelidos urbanos Vera Cristina Vaz Lanza -- Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Estadual

do Meio Ambiente Fundaccedilatildeo Israel Pinheiro 2009

LIMA LMQ Lixo Tratamento e Biorremediaccedilatildeo 3ordf ed Hemus Satildeo Paulo 1995

LIMPEZA PUacuteBLICA Prof Eng FERNANDO ANTONIO WOLMER AGOSTO2002

Disponiacutevel em lthttpwwwvivastricombrapostila_limpeza_urbanapdfgt Acesso em 02

fevereiro de 2014

LUNA FILHO Eury P A Coleta e a Disposiccedilatildeo Municipal de Resiacuteduos Soacutelidos Gestatildeo

Integrada Aspectos Administrativos Juriacutedicos e Gerenciais Brasiacutelia CIORD e UnB

2001

KIEHL ES Manual de Compostagem maturaccedilatildeo e qualidade do composto Piracicaba

SP Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo ldquoLuiz de QueirosrdquoUSP 1998

67

MANASSERO M VAN IMPE W F BOUAZZA A Waste disposal and containment In

International Congress on Environmental Geotechnics State of the Art Reports 2 [Sl] v

1 1996

MONTEIRO et al Manual de Gerenciamento Integrado de resiacuteduos soacutelidos Joseacute

Henrique Penido Monteiro [et al]coordenaccedilatildeo teacutecnica Victor Zular Zveibil Rio de Janeiro

IBAM 2001

MORAIS Greiceana Marques Dias de Diagnoacutestico da deposiccedilatildeo clandestina de Resiacuteduos

de Construccedilatildeo e Demoliccedilatildeo em bairros perifeacutericos de Uberlacircndia Subsiacutedios para uma

gestatildeo sustentaacutevel Dissertaccedilatildeo de Mestrado Faculdade de Engenharia Civil Universidade

Federal de Uberlacircndia 2006

PRADO FILHO J F do SOBREIRA F G Desempenho operacional e ambiental de

unidades de reciclagem e disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos financiadas pelo

ICMS ecoloacutegico de Minas Gerais Rio de Janeiro Artigo teacutecnico 2007

ROSA Rafael Mendes Diagnoacutestico da disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos em uma voccediloroca

no municiacutepio de Araguari-mg universidade federal de uberlacircndia 2009 monografia 13p

ROMANI Andrea Pitangy de SEGALA Karin Agregando valor social e ambiental

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)

SANTOS Luiz Ricardo Caracterizaccedilatildeo Fiacutesica Dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Do

Municiacutepio De Ji-Paranaacute ndash Rondocircnia Monograacutefia de Curso Curso Engenharia Ambiental

Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Ji-Paranaacute 2011

SANTOS M G Disposiccedilatildeo dos Resiacuteduos soacutelidos urbanos no municiacutepio de Feira de

Santana-BA Sugestotildees para uma gestatildeo integrada (monografia) Feira de Santana FTC

2004

CETESB (Estado) Secretaria de Estado de Meio Ambiente CETESB Aruntho Savastano

Neto [et al] Manual de Operaccedilatildeo de Aterro Sanitaacuterio em Valas Satildeo Paulo 2010 24 p

Disponiacutevel em

lthttpwwwcetesbspgovbrmudancasclimaticasbiogasAterro20SanitC3A1rio21-

Aterro20SanitC3A1rio gt acesso 11de dezembro de 2013

Site Relaciondo a Coletores de Resiacuteduos Disponiacutevel em

lthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

TCHOBANOGLOUS G THEISEN H VIGIL S Integrated solid waste management

New York MacGraw-Hill 1993

VALLE Cyro Eyer do Como se preparar para as Normas ISO 14000 qualidade

ambiental o desafio de ser competitivo protegendo o meio ambienteSatildeo Paulo Pioneira

2000

WOLMER Fernando Antonio Limpeza Urbana Satildeo Paulo 2002

Page 62: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Os resultados obtidos satildeo de grande relevacircncia social econocircmico e ambiental onde

foi possiacutevel ter conhecimento da situaccedilatildeo atual da quantidade de resiacuteduos produzidos e o tempo

de vida uacutetil do aterro bem como expor a importacircncia de ser conhecer a capacidade de suporte

do atual aterro com a quantidade de resiacuteduos produzidos pela populaccedilatildeo

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos todas as residecircncias da cidade

satildeo atendidas e as coletas satildeo realizadas em dias e horaacuterios jaacute estabelecidos assim obedecendo

ao a quantidade de coleta a ser realizada pelo sistema de coleta Nos distritos de Nova Londrina

e Nova Colina a coleta eacute realizada apenas uma vez por semana contrariando a norma fato esse

que se dar em virtude dos distritos serem de difiacutecil acesso

Outro fator que merece ser mencionado eacute a coleta e a destinaccedilatildeo final dos RSS

produzidos pela cidade ocorre de forma satisfatoacuteria

A coleta de materiais reciclaacuteveis pelos catadores contribui diretamente para uma maior

longevidade do aterro como tambeacutem a atividade de compactaccedilatildeo dos resiacuteduos dentro das valas

realizadas pelo trator esteira pois essas atividades desenvolvidas na aacuterea do aterro influenciam

diretamente na reduccedilatildeo do volume dos resiacuteduos a serem aterrados assim aumentando o tempo

de vida uacutetil das valas que satildeo usadas para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos dessa forma

ocorrendo a maximizaccedilatildeo da vida do aterro

Para muitos os resiacuteduos soacutelidos natildeo possuem nenhum valor sendo considerados um

grande problema para comunidade poreacutem para algumas famiacutelias Jiparanaenses os resiacuteduos

apresentam-se como uma fonte de renda para sustento familiar

O tempo de vida estimada do aterro controlado municipal eacute de 66 anos quando a

estimativa se baseia nos dados fornecidos pela COOLPEZA e de 332 anos quando a estimativa

da vida uacutetil utiliza o meacutetodo do nuacutemero de cargas dessa forma faz-se necessaacuterio a aquisiccedilatildeo

de nova aacuterea para disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

REFEREcircNCIAS

ABES-CE Resiacuteduos soacutelidos urbanos coleta e destino final 2006

AMBIENTEBRASIL Resiacuteduos soacutelidos Disponiacutevel em

lthttpambientesambientebrasilcombrresiduoscoleta_e_disposicao_do_lixolixao_

_residuoshtmlgt Acesso em14 dezembro de2013

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 8419 Apresentaccedilatildeo de

projetos de aterros sanitaacuterios de resiacuteduos soacutelidos urbanos Rio de Janeiro ABNT 1992

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 13896 Aterros de resiacuteduos

natildeo perigosos criteacuterios para projeto implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT Brasil

1997

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 884985 Apresentaccedilatildeo de

projetos de aterros controlados de resiacuteduos soacutelidos Satildeo Paulo 1985

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 10004 Resiacuteduos soacutelidos ndash

classificaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT 2004

AacuteVILA Jorge Luiacutes Teixeira MONTE-MOacuteR Roberto Luiacutes de Melo Urbanizaccedilatildeo e

impactos ambientais Uma Anaacutelise da Relaccedilatildeo entre as Caracteriacutesticas dos Espaccedilos

Urbanos e a Poluiccedilatildeo Hiacutedrica na Regiatildeo do Meacutedio Rio Doce (MG) VII Encontro da

Sociedade Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ANAIS) Fortaleza 2007

BAASCH S S N Um sistema de suporte multicriteacuterio aplicado na gestatildeo dos resiacuteduos

soacutelidos nos municiacutepios catarinenses 1995 120 p Tese (Doutorado Engenharia da

Universidade Federal de Santa Catarina) ndash Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Florianoacutepolis 1995

BARROSO M M CHERUBINI K V CORDEIRO J S Anaacutelise criacutetica da

sustentabilidade ambiental saneamento e sauacutede puacuteblica no municiacutepio de Porto Velho

Porto velho 2005

BELI Euzebio et al Recuperaccedilatildeo da aacuterea degradada pelo lixatildeo Areia Branca de Espiacuterito

Santo do Pinhal ndash SP Engenharia Ambiental UNIPINHAL ndash Espiacuterito Santo do Pinhal v 2

2005

BRASIL Avaliaccedilatildeo de impacto na sauacutede das accedilotildees de saneamento marco conceitual e

estrateacutegia metodoloacutegica Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da

Sauacutede 2004

BRASIL Lei ndeg 114452007 Poliacutetica Nacional de Saneamento Disponiacutevel em

lthttpwwwportalresiduossolidoscomlei-11-44507-lei-federal-do-saneamento-basico gt acesso 12

de dezembro de 2013

BRASIL Lei nordm 1230510 Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos Disponiacutevel em

lthttpwwwplanaltogovbrgt Acesso 11 de dezembro de 2013

BRASIL Resoluccedilatildeo CONAMA ndeg 275 de 29 de abril de 2005 Estabelece o coacutedigo de cores

para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser adotado na identificaccedilatildeo de coletores e

transportadores bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva

BRASIL Resoluccedilatildeo CONAMA ndeg 358 de 29 de abril de 2005 Dispotildee sobre o tratamento e

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e daacute outras providecircncias

CARVALHO Andreacute Luciano de LANZA Vera Christina Vaz Orientaccedilotildees baacutesicas para a

operaccedilatildeo de aterro sanitaacuterio Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente Belo Horizonte

FEAM 2006

COOLPEZA Serviccedilos de Limpeza Urbana LTDA - ME Relatoacuterio TeacutecnicoOperaccedilatildeo e

Manutenccedilatildeo do Aterro Controlado (Disposiccedilatildeo Final de Resiacuteduos Soacutelidos) do municiacutepio

de Ji-ParanaacuteRO Ji-Paranaacute 2013

ELK Ana Ghislane Henriques Pereira van Reduccedilatildeo de emissotildees na disposiccedilatildeo final

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)

FACHIN O Fundamentos de metodologiacutea 3ed Satildeo Paulo Saraiva 2001

FELIPETTO Adriana Vilela Montenegro Conceito planejamento e oportunidades

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)

FUNDACcedilAtildeO NACIONAL DE SAUacuteDE - FUNASA Manual de saneamento 3 ed rev

Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2004 408 p Disponiacutevel em lthttpwwwfunasa-

govbrWeb20Funasapubmanusanemanual_saneamentopdfgt Acesso em 08 dez 2013

FONSECA Heber et al Caracterizaccedilatildeo fiacutesica dos resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos do

municiacutepio de Caldas Novas ndash GO 2004 22p Artigo para conclusatildeo do curso de Engenharia

Ambiental Universidade Catoacutelica de Goiaacutes Goiacircnia 2004

66

FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina Metodologia Para Auditoria

De Serviccedilos De Limpeza Urbana Com Enfoque nos Custos de Coleta de Resiacuteduos

Soacutelidos Urbanos Tribunal de Contas Do Estado de Minas Gerais Xi Simpoacutesio Nacional De

Auditoria De Obras Puacuteblicas Belo Horizonte 2006

Gestatildeo integrada de resiacuteduos soacutelidos na Amazocircnia a metodologia e os resultados de sua

aplicaccedilatildeo IBAM 2004 Disponiacutevel em

ltwwwibamorgbrpubliquemediaGirs_finalPDFgt Acessado em 10 de dezembro de 2013

GOMES LP Estudo da caracterizaccedilatildeo fiacutesica e da biodegradabilidade dos resiacuteduos

soacutelidos urbanos em aterros sanitaacuterios Satildeo Carlos Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Hidraacuteulica e

Saneamento) - Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Universidade de Satildeo Paulo 1997

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Indicadores de

desenvolvimento sustentaacutevel Estudos amp Pesquisas - Informaccedilatildeo Geograacutefica 7 Rio de

Janeiro 2010 Disponiacutevel em

httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=110012ampsearch=rondonia|ji-

parana acessado em 30 de novembro de 2013

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOacuteLOGICAS (IPT) Resiacuteduo municipal manual de

gerenciamento integrado 2ordf Ed Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas do Estado de

Satildeo Paulo SA (IPT) 2008 Disponiacutevel em

lthttpwwwiptbrmanual+de+gerenciamento+integrado+2AA+Ed+SE3o+Paulogt

acesso em 11de dezembro de 2013

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLOacuteGICAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Lixo

Municipal manual de gerenciamento integrado Satildeo Paulo 2009

JI-PARANAacute Plano de Saneamento Baacutesico plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute Ji-Paranaacute 2012Disponiacutevel em

lthttpwwwjiparanarogovbruparquivos2013atosAO_2820_b87dd033cde6e12eb3a4f13

aac4728e1pdf gt acessado em 11 de dezembro de 2013

LANZA Vera Cristina Vaz Caderno Teacutecnico de reabilitaccedilatildeo de aacutereas degradadas por

resiacuteduos soacutelidos urbanos Vera Cristina Vaz Lanza -- Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Estadual

do Meio Ambiente Fundaccedilatildeo Israel Pinheiro 2009

LIMA LMQ Lixo Tratamento e Biorremediaccedilatildeo 3ordf ed Hemus Satildeo Paulo 1995

LIMPEZA PUacuteBLICA Prof Eng FERNANDO ANTONIO WOLMER AGOSTO2002

Disponiacutevel em lthttpwwwvivastricombrapostila_limpeza_urbanapdfgt Acesso em 02

fevereiro de 2014

LUNA FILHO Eury P A Coleta e a Disposiccedilatildeo Municipal de Resiacuteduos Soacutelidos Gestatildeo

Integrada Aspectos Administrativos Juriacutedicos e Gerenciais Brasiacutelia CIORD e UnB

2001

KIEHL ES Manual de Compostagem maturaccedilatildeo e qualidade do composto Piracicaba

SP Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo ldquoLuiz de QueirosrdquoUSP 1998

67

MANASSERO M VAN IMPE W F BOUAZZA A Waste disposal and containment In

International Congress on Environmental Geotechnics State of the Art Reports 2 [Sl] v

1 1996

MONTEIRO et al Manual de Gerenciamento Integrado de resiacuteduos soacutelidos Joseacute

Henrique Penido Monteiro [et al]coordenaccedilatildeo teacutecnica Victor Zular Zveibil Rio de Janeiro

IBAM 2001

MORAIS Greiceana Marques Dias de Diagnoacutestico da deposiccedilatildeo clandestina de Resiacuteduos

de Construccedilatildeo e Demoliccedilatildeo em bairros perifeacutericos de Uberlacircndia Subsiacutedios para uma

gestatildeo sustentaacutevel Dissertaccedilatildeo de Mestrado Faculdade de Engenharia Civil Universidade

Federal de Uberlacircndia 2006

PRADO FILHO J F do SOBREIRA F G Desempenho operacional e ambiental de

unidades de reciclagem e disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos financiadas pelo

ICMS ecoloacutegico de Minas Gerais Rio de Janeiro Artigo teacutecnico 2007

ROSA Rafael Mendes Diagnoacutestico da disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos em uma voccediloroca

no municiacutepio de Araguari-mg universidade federal de uberlacircndia 2009 monografia 13p

ROMANI Andrea Pitangy de SEGALA Karin Agregando valor social e ambiental

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)

SANTOS Luiz Ricardo Caracterizaccedilatildeo Fiacutesica Dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Do

Municiacutepio De Ji-Paranaacute ndash Rondocircnia Monograacutefia de Curso Curso Engenharia Ambiental

Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Ji-Paranaacute 2011

SANTOS M G Disposiccedilatildeo dos Resiacuteduos soacutelidos urbanos no municiacutepio de Feira de

Santana-BA Sugestotildees para uma gestatildeo integrada (monografia) Feira de Santana FTC

2004

CETESB (Estado) Secretaria de Estado de Meio Ambiente CETESB Aruntho Savastano

Neto [et al] Manual de Operaccedilatildeo de Aterro Sanitaacuterio em Valas Satildeo Paulo 2010 24 p

Disponiacutevel em

lthttpwwwcetesbspgovbrmudancasclimaticasbiogasAterro20SanitC3A1rio21-

Aterro20SanitC3A1rio gt acesso 11de dezembro de 2013

Site Relaciondo a Coletores de Resiacuteduos Disponiacutevel em

lthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

TCHOBANOGLOUS G THEISEN H VIGIL S Integrated solid waste management

New York MacGraw-Hill 1993

VALLE Cyro Eyer do Como se preparar para as Normas ISO 14000 qualidade

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2000

WOLMER Fernando Antonio Limpeza Urbana Satildeo Paulo 2002

Page 63: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

Com relaccedilatildeo ao sistema de coleta dos resiacuteduos soacutelidos pode-se considerar que Ji-

Paranaacute eacute uma cidade que natildeo possui coletas coletivas mas a coleta eacute realizada de forma

satisfatoacuteria pois visualmente as praccedilas e ruas satildeo limpas graccedilas ao trabalho de limpeza e

cooperaccedilatildeo da populaccedilatildeo e empresas do serviccedilo de sauacutede que acondicionam os resiacuteduos e os

disponibilizam para a coleta de forma correta

A disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos soacutelidos em locais inapropriados favorece para a

contaminaccedilatildeo do meio ambiente O aterro controlado eacute uma teacutecnica preferiacutevel em relaccedilatildeo ao

lixatildeo a qualidade eacute inferior aos aterros sanitaacuterios com essa teacutecnica de disposiccedilatildeo produzem

em geral uma poluiccedilatildeo localizada natildeo havendo impermeabilizaccedilatildeo da base (comprometendo

a qualidade do solo e das aacuteguas subterracircneas) nem sistema de tratamento de lixiviados

(chorume mais aacutegua de infiltraccedilatildeo) ou de extraccedilatildeo e queima controlada dos gases gerados

Eacute possiacutevel concluir que o municiacutepio de Ji-Paranaacute se encontra em um patamar pouco

favoraacutevel diante do real cenaacuterio brasileiro de destinaccedilatildeo final do lixo urbano restando ainda agrave

administraccedilatildeo municipal aprimorar as experiecircncias adquiridas e somar esforccedilos no sentido de

planejar a implantaccedilatildeo de um novo e completo aterro sanitaacuterio para o municiacutepio Visto que o

aterro controlado de Ji-Paranaacute embora seja hoje um exemplo natildeo muito consideraacutevel

ambientalmente exigido

REFEREcircNCIAS

ABES-CE Resiacuteduos soacutelidos urbanos coleta e destino final 2006

AMBIENTEBRASIL Resiacuteduos soacutelidos Disponiacutevel em

lthttpambientesambientebrasilcombrresiduoscoleta_e_disposicao_do_lixolixao_

_residuoshtmlgt Acesso em14 dezembro de2013

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 8419 Apresentaccedilatildeo de

projetos de aterros sanitaacuterios de resiacuteduos soacutelidos urbanos Rio de Janeiro ABNT 1992

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 13896 Aterros de resiacuteduos

natildeo perigosos criteacuterios para projeto implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT Brasil

1997

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 884985 Apresentaccedilatildeo de

projetos de aterros controlados de resiacuteduos soacutelidos Satildeo Paulo 1985

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 10004 Resiacuteduos soacutelidos ndash

classificaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT 2004

AacuteVILA Jorge Luiacutes Teixeira MONTE-MOacuteR Roberto Luiacutes de Melo Urbanizaccedilatildeo e

impactos ambientais Uma Anaacutelise da Relaccedilatildeo entre as Caracteriacutesticas dos Espaccedilos

Urbanos e a Poluiccedilatildeo Hiacutedrica na Regiatildeo do Meacutedio Rio Doce (MG) VII Encontro da

Sociedade Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ANAIS) Fortaleza 2007

BAASCH S S N Um sistema de suporte multicriteacuterio aplicado na gestatildeo dos resiacuteduos

soacutelidos nos municiacutepios catarinenses 1995 120 p Tese (Doutorado Engenharia da

Universidade Federal de Santa Catarina) ndash Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Florianoacutepolis 1995

BARROSO M M CHERUBINI K V CORDEIRO J S Anaacutelise criacutetica da

sustentabilidade ambiental saneamento e sauacutede puacuteblica no municiacutepio de Porto Velho

Porto velho 2005

BELI Euzebio et al Recuperaccedilatildeo da aacuterea degradada pelo lixatildeo Areia Branca de Espiacuterito

Santo do Pinhal ndash SP Engenharia Ambiental UNIPINHAL ndash Espiacuterito Santo do Pinhal v 2

2005

BRASIL Avaliaccedilatildeo de impacto na sauacutede das accedilotildees de saneamento marco conceitual e

estrateacutegia metodoloacutegica Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da

Sauacutede 2004

BRASIL Lei ndeg 114452007 Poliacutetica Nacional de Saneamento Disponiacutevel em

lthttpwwwportalresiduossolidoscomlei-11-44507-lei-federal-do-saneamento-basico gt acesso 12

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lthttpwwwplanaltogovbrgt Acesso 11 de dezembro de 2013

BRASIL Resoluccedilatildeo CONAMA ndeg 275 de 29 de abril de 2005 Estabelece o coacutedigo de cores

para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser adotado na identificaccedilatildeo de coletores e

transportadores bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva

BRASIL Resoluccedilatildeo CONAMA ndeg 358 de 29 de abril de 2005 Dispotildee sobre o tratamento e

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e daacute outras providecircncias

CARVALHO Andreacute Luciano de LANZA Vera Christina Vaz Orientaccedilotildees baacutesicas para a

operaccedilatildeo de aterro sanitaacuterio Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente Belo Horizonte

FEAM 2006

COOLPEZA Serviccedilos de Limpeza Urbana LTDA - ME Relatoacuterio TeacutecnicoOperaccedilatildeo e

Manutenccedilatildeo do Aterro Controlado (Disposiccedilatildeo Final de Resiacuteduos Soacutelidos) do municiacutepio

de Ji-ParanaacuteRO Ji-Paranaacute 2013

ELK Ana Ghislane Henriques Pereira van Reduccedilatildeo de emissotildees na disposiccedilatildeo final

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)

FACHIN O Fundamentos de metodologiacutea 3ed Satildeo Paulo Saraiva 2001

FELIPETTO Adriana Vilela Montenegro Conceito planejamento e oportunidades

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)

FUNDACcedilAtildeO NACIONAL DE SAUacuteDE - FUNASA Manual de saneamento 3 ed rev

Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2004 408 p Disponiacutevel em lthttpwwwfunasa-

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FONSECA Heber et al Caracterizaccedilatildeo fiacutesica dos resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos do

municiacutepio de Caldas Novas ndash GO 2004 22p Artigo para conclusatildeo do curso de Engenharia

Ambiental Universidade Catoacutelica de Goiaacutes Goiacircnia 2004

66

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De Serviccedilos De Limpeza Urbana Com Enfoque nos Custos de Coleta de Resiacuteduos

Soacutelidos Urbanos Tribunal de Contas Do Estado de Minas Gerais Xi Simpoacutesio Nacional De

Auditoria De Obras Puacuteblicas Belo Horizonte 2006

Gestatildeo integrada de resiacuteduos soacutelidos na Amazocircnia a metodologia e os resultados de sua

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INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLOacuteGICAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Lixo

Municipal manual de gerenciamento integrado Satildeo Paulo 2009

JI-PARANAacute Plano de Saneamento Baacutesico plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute Ji-Paranaacute 2012Disponiacutevel em

lthttpwwwjiparanarogovbruparquivos2013atosAO_2820_b87dd033cde6e12eb3a4f13

aac4728e1pdf gt acessado em 11 de dezembro de 2013

LANZA Vera Cristina Vaz Caderno Teacutecnico de reabilitaccedilatildeo de aacutereas degradadas por

resiacuteduos soacutelidos urbanos Vera Cristina Vaz Lanza -- Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Estadual

do Meio Ambiente Fundaccedilatildeo Israel Pinheiro 2009

LIMA LMQ Lixo Tratamento e Biorremediaccedilatildeo 3ordf ed Hemus Satildeo Paulo 1995

LIMPEZA PUacuteBLICA Prof Eng FERNANDO ANTONIO WOLMER AGOSTO2002

Disponiacutevel em lthttpwwwvivastricombrapostila_limpeza_urbanapdfgt Acesso em 02

fevereiro de 2014

LUNA FILHO Eury P A Coleta e a Disposiccedilatildeo Municipal de Resiacuteduos Soacutelidos Gestatildeo

Integrada Aspectos Administrativos Juriacutedicos e Gerenciais Brasiacutelia CIORD e UnB

2001

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SP Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo ldquoLuiz de QueirosrdquoUSP 1998

67

MANASSERO M VAN IMPE W F BOUAZZA A Waste disposal and containment In

International Congress on Environmental Geotechnics State of the Art Reports 2 [Sl] v

1 1996

MONTEIRO et al Manual de Gerenciamento Integrado de resiacuteduos soacutelidos Joseacute

Henrique Penido Monteiro [et al]coordenaccedilatildeo teacutecnica Victor Zular Zveibil Rio de Janeiro

IBAM 2001

MORAIS Greiceana Marques Dias de Diagnoacutestico da deposiccedilatildeo clandestina de Resiacuteduos

de Construccedilatildeo e Demoliccedilatildeo em bairros perifeacutericos de Uberlacircndia Subsiacutedios para uma

gestatildeo sustentaacutevel Dissertaccedilatildeo de Mestrado Faculdade de Engenharia Civil Universidade

Federal de Uberlacircndia 2006

PRADO FILHO J F do SOBREIRA F G Desempenho operacional e ambiental de

unidades de reciclagem e disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos financiadas pelo

ICMS ecoloacutegico de Minas Gerais Rio de Janeiro Artigo teacutecnico 2007

ROSA Rafael Mendes Diagnoacutestico da disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos em uma voccediloroca

no municiacutepio de Araguari-mg universidade federal de uberlacircndia 2009 monografia 13p

ROMANI Andrea Pitangy de SEGALA Karin Agregando valor social e ambiental

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

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Municiacutepio De Ji-Paranaacute ndash Rondocircnia Monograacutefia de Curso Curso Engenharia Ambiental

Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Ji-Paranaacute 2011

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Santana-BA Sugestotildees para uma gestatildeo integrada (monografia) Feira de Santana FTC

2004

CETESB (Estado) Secretaria de Estado de Meio Ambiente CETESB Aruntho Savastano

Neto [et al] Manual de Operaccedilatildeo de Aterro Sanitaacuterio em Valas Satildeo Paulo 2010 24 p

Disponiacutevel em

lthttpwwwcetesbspgovbrmudancasclimaticasbiogasAterro20SanitC3A1rio21-

Aterro20SanitC3A1rio gt acesso 11de dezembro de 2013

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natildeo perigosos criteacuterios para projeto implantaccedilatildeo e operaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT Brasil

1997

ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE NORMAS TEacuteCNICAS NBR 884985 Apresentaccedilatildeo de

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classificaccedilatildeo Rio de Janeiro ABNT 2004

AacuteVILA Jorge Luiacutes Teixeira MONTE-MOacuteR Roberto Luiacutes de Melo Urbanizaccedilatildeo e

impactos ambientais Uma Anaacutelise da Relaccedilatildeo entre as Caracteriacutesticas dos Espaccedilos

Urbanos e a Poluiccedilatildeo Hiacutedrica na Regiatildeo do Meacutedio Rio Doce (MG) VII Encontro da

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FEAM 2006

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Manutenccedilatildeo do Aterro Controlado (Disposiccedilatildeo Final de Resiacuteduos Soacutelidos) do municiacutepio

de Ji-ParanaacuteRO Ji-Paranaacute 2013

ELK Ana Ghislane Henriques Pereira van Reduccedilatildeo de emissotildees na disposiccedilatildeo final

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)

FACHIN O Fundamentos de metodologiacutea 3ed Satildeo Paulo Saraiva 2001

FELIPETTO Adriana Vilela Montenegro Conceito planejamento e oportunidades

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)

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Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2004 408 p Disponiacutevel em lthttpwwwfunasa-

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FONSECA Heber et al Caracterizaccedilatildeo fiacutesica dos resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos do

municiacutepio de Caldas Novas ndash GO 2004 22p Artigo para conclusatildeo do curso de Engenharia

Ambiental Universidade Catoacutelica de Goiaacutes Goiacircnia 2004

66

FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina Metodologia Para Auditoria

De Serviccedilos De Limpeza Urbana Com Enfoque nos Custos de Coleta de Resiacuteduos

Soacutelidos Urbanos Tribunal de Contas Do Estado de Minas Gerais Xi Simpoacutesio Nacional De

Auditoria De Obras Puacuteblicas Belo Horizonte 2006

Gestatildeo integrada de resiacuteduos soacutelidos na Amazocircnia a metodologia e os resultados de sua

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Municipal manual de gerenciamento integrado Satildeo Paulo 2009

JI-PARANAacute Plano de Saneamento Baacutesico plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute Ji-Paranaacute 2012Disponiacutevel em

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LANZA Vera Cristina Vaz Caderno Teacutecnico de reabilitaccedilatildeo de aacutereas degradadas por

resiacuteduos soacutelidos urbanos Vera Cristina Vaz Lanza -- Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Estadual

do Meio Ambiente Fundaccedilatildeo Israel Pinheiro 2009

LIMA LMQ Lixo Tratamento e Biorremediaccedilatildeo 3ordf ed Hemus Satildeo Paulo 1995

LIMPEZA PUacuteBLICA Prof Eng FERNANDO ANTONIO WOLMER AGOSTO2002

Disponiacutevel em lthttpwwwvivastricombrapostila_limpeza_urbanapdfgt Acesso em 02

fevereiro de 2014

LUNA FILHO Eury P A Coleta e a Disposiccedilatildeo Municipal de Resiacuteduos Soacutelidos Gestatildeo

Integrada Aspectos Administrativos Juriacutedicos e Gerenciais Brasiacutelia CIORD e UnB

2001

KIEHL ES Manual de Compostagem maturaccedilatildeo e qualidade do composto Piracicaba

SP Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo ldquoLuiz de QueirosrdquoUSP 1998

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MANASSERO M VAN IMPE W F BOUAZZA A Waste disposal and containment In

International Congress on Environmental Geotechnics State of the Art Reports 2 [Sl] v

1 1996

MONTEIRO et al Manual de Gerenciamento Integrado de resiacuteduos soacutelidos Joseacute

Henrique Penido Monteiro [et al]coordenaccedilatildeo teacutecnica Victor Zular Zveibil Rio de Janeiro

IBAM 2001

MORAIS Greiceana Marques Dias de Diagnoacutestico da deposiccedilatildeo clandestina de Resiacuteduos

de Construccedilatildeo e Demoliccedilatildeo em bairros perifeacutericos de Uberlacircndia Subsiacutedios para uma

gestatildeo sustentaacutevel Dissertaccedilatildeo de Mestrado Faculdade de Engenharia Civil Universidade

Federal de Uberlacircndia 2006

PRADO FILHO J F do SOBREIRA F G Desempenho operacional e ambiental de

unidades de reciclagem e disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos financiadas pelo

ICMS ecoloacutegico de Minas Gerais Rio de Janeiro Artigo teacutecnico 2007

ROSA Rafael Mendes Diagnoacutestico da disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos em uma voccediloroca

no municiacutepio de Araguari-mg universidade federal de uberlacircndia 2009 monografia 13p

ROMANI Andrea Pitangy de SEGALA Karin Agregando valor social e ambiental

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

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SANTOS Luiz Ricardo Caracterizaccedilatildeo Fiacutesica Dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Do

Municiacutepio De Ji-Paranaacute ndash Rondocircnia Monograacutefia de Curso Curso Engenharia Ambiental

Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Ji-Paranaacute 2011

SANTOS M G Disposiccedilatildeo dos Resiacuteduos soacutelidos urbanos no municiacutepio de Feira de

Santana-BA Sugestotildees para uma gestatildeo integrada (monografia) Feira de Santana FTC

2004

CETESB (Estado) Secretaria de Estado de Meio Ambiente CETESB Aruntho Savastano

Neto [et al] Manual de Operaccedilatildeo de Aterro Sanitaacuterio em Valas Satildeo Paulo 2010 24 p

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Aterro20SanitC3A1rio gt acesso 11de dezembro de 2013

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2000

WOLMER Fernando Antonio Limpeza Urbana Satildeo Paulo 2002

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Santo do Pinhal ndash SP Engenharia Ambiental UNIPINHAL ndash Espiacuterito Santo do Pinhal v 2

2005

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estrateacutegia metodoloacutegica Organizaccedilatildeo Pan-Americana da Sauacutede ndash Brasiacutelia Ministeacuterio da

Sauacutede 2004

BRASIL Lei ndeg 114452007 Poliacutetica Nacional de Saneamento Disponiacutevel em

lthttpwwwportalresiduossolidoscomlei-11-44507-lei-federal-do-saneamento-basico gt acesso 12

de dezembro de 2013

BRASIL Lei nordm 1230510 Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos Disponiacutevel em

lthttpwwwplanaltogovbrgt Acesso 11 de dezembro de 2013

BRASIL Resoluccedilatildeo CONAMA ndeg 275 de 29 de abril de 2005 Estabelece o coacutedigo de cores

para os diferentes tipos de resiacuteduos a ser adotado na identificaccedilatildeo de coletores e

transportadores bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva

BRASIL Resoluccedilatildeo CONAMA ndeg 358 de 29 de abril de 2005 Dispotildee sobre o tratamento e

a disposiccedilatildeo final dos resiacuteduos dos serviccedilos de sauacutede e daacute outras providecircncias

CARVALHO Andreacute Luciano de LANZA Vera Christina Vaz Orientaccedilotildees baacutesicas para a

operaccedilatildeo de aterro sanitaacuterio Fundaccedilatildeo Estadual do Meio Ambiente Belo Horizonte

FEAM 2006

COOLPEZA Serviccedilos de Limpeza Urbana LTDA - ME Relatoacuterio TeacutecnicoOperaccedilatildeo e

Manutenccedilatildeo do Aterro Controlado (Disposiccedilatildeo Final de Resiacuteduos Soacutelidos) do municiacutepio

de Ji-ParanaacuteRO Ji-Paranaacute 2013

ELK Ana Ghislane Henriques Pereira van Reduccedilatildeo de emissotildees na disposiccedilatildeo final

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)

FACHIN O Fundamentos de metodologiacutea 3ed Satildeo Paulo Saraiva 2001

FELIPETTO Adriana Vilela Montenegro Conceito planejamento e oportunidades

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)

FUNDACcedilAtildeO NACIONAL DE SAUacuteDE - FUNASA Manual de saneamento 3 ed rev

Brasiacutelia Fundaccedilatildeo Nacional de Sauacutede 2004 408 p Disponiacutevel em lthttpwwwfunasa-

govbrWeb20Funasapubmanusanemanual_saneamentopdfgt Acesso em 08 dez 2013

FONSECA Heber et al Caracterizaccedilatildeo fiacutesica dos resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos do

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Ambiental Universidade Catoacutelica de Goiaacutes Goiacircnia 2004

66

FONSECA Alberto Magalhatildees GONZAGA Valeacuteria Cristina Metodologia Para Auditoria

De Serviccedilos De Limpeza Urbana Com Enfoque nos Custos de Coleta de Resiacuteduos

Soacutelidos Urbanos Tribunal de Contas Do Estado de Minas Gerais Xi Simpoacutesio Nacional De

Auditoria De Obras Puacuteblicas Belo Horizonte 2006

Gestatildeo integrada de resiacuteduos soacutelidos na Amazocircnia a metodologia e os resultados de sua

aplicaccedilatildeo IBAM 2004 Disponiacutevel em

ltwwwibamorgbrpubliquemediaGirs_finalPDFgt Acessado em 10 de dezembro de 2013

GOMES LP Estudo da caracterizaccedilatildeo fiacutesica e da biodegradabilidade dos resiacuteduos

soacutelidos urbanos em aterros sanitaacuterios Satildeo Carlos Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Hidraacuteulica e

Saneamento) - Escola de Engenharia de Satildeo Carlos Universidade de Satildeo Paulo 1997

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATIacuteSTICA Indicadores de

desenvolvimento sustentaacutevel Estudos amp Pesquisas - Informaccedilatildeo Geograacutefica 7 Rio de

Janeiro 2010 Disponiacutevel em

httpcidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=110012ampsearch=rondonia|ji-

parana acessado em 30 de novembro de 2013

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOacuteLOGICAS (IPT) Resiacuteduo municipal manual de

gerenciamento integrado 2ordf Ed Satildeo Paulo Instituto de Pesquisas Tecnoloacutegicas do Estado de

Satildeo Paulo SA (IPT) 2008 Disponiacutevel em

lthttpwwwiptbrmanual+de+gerenciamento+integrado+2AA+Ed+SE3o+Paulogt

acesso em 11de dezembro de 2013

INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLOacuteGICAS DO ESTADO DE SAtildeO PAULO Lixo

Municipal manual de gerenciamento integrado Satildeo Paulo 2009

JI-PARANAacute Plano de Saneamento Baacutesico plano setorial de limpeza puacuteblica e manejo

dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute Ji-Paranaacute 2012Disponiacutevel em

lthttpwwwjiparanarogovbruparquivos2013atosAO_2820_b87dd033cde6e12eb3a4f13

aac4728e1pdf gt acessado em 11 de dezembro de 2013

LANZA Vera Cristina Vaz Caderno Teacutecnico de reabilitaccedilatildeo de aacutereas degradadas por

resiacuteduos soacutelidos urbanos Vera Cristina Vaz Lanza -- Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Estadual

do Meio Ambiente Fundaccedilatildeo Israel Pinheiro 2009

LIMA LMQ Lixo Tratamento e Biorremediaccedilatildeo 3ordf ed Hemus Satildeo Paulo 1995

LIMPEZA PUacuteBLICA Prof Eng FERNANDO ANTONIO WOLMER AGOSTO2002

Disponiacutevel em lthttpwwwvivastricombrapostila_limpeza_urbanapdfgt Acesso em 02

fevereiro de 2014

LUNA FILHO Eury P A Coleta e a Disposiccedilatildeo Municipal de Resiacuteduos Soacutelidos Gestatildeo

Integrada Aspectos Administrativos Juriacutedicos e Gerenciais Brasiacutelia CIORD e UnB

2001

KIEHL ES Manual de Compostagem maturaccedilatildeo e qualidade do composto Piracicaba

SP Divisatildeo de Biblioteca e Documentaccedilatildeo ldquoLuiz de QueirosrdquoUSP 1998

67

MANASSERO M VAN IMPE W F BOUAZZA A Waste disposal and containment In

International Congress on Environmental Geotechnics State of the Art Reports 2 [Sl] v

1 1996

MONTEIRO et al Manual de Gerenciamento Integrado de resiacuteduos soacutelidos Joseacute

Henrique Penido Monteiro [et al]coordenaccedilatildeo teacutecnica Victor Zular Zveibil Rio de Janeiro

IBAM 2001

MORAIS Greiceana Marques Dias de Diagnoacutestico da deposiccedilatildeo clandestina de Resiacuteduos

de Construccedilatildeo e Demoliccedilatildeo em bairros perifeacutericos de Uberlacircndia Subsiacutedios para uma

gestatildeo sustentaacutevel Dissertaccedilatildeo de Mestrado Faculdade de Engenharia Civil Universidade

Federal de Uberlacircndia 2006

PRADO FILHO J F do SOBREIRA F G Desempenho operacional e ambiental de

unidades de reciclagem e disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos financiadas pelo

ICMS ecoloacutegico de Minas Gerais Rio de Janeiro Artigo teacutecnico 2007

ROSA Rafael Mendes Diagnoacutestico da disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos em uma voccediloroca

no municiacutepio de Araguari-mg universidade federal de uberlacircndia 2009 monografia 13p

ROMANI Andrea Pitangy de SEGALA Karin Agregando valor social e ambiental

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

desenvolvimento limpo aplicado a resiacuteduos soacutelidos)

SANTOS Luiz Ricardo Caracterizaccedilatildeo Fiacutesica Dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Do

Municiacutepio De Ji-Paranaacute ndash Rondocircnia Monograacutefia de Curso Curso Engenharia Ambiental

Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Ji-Paranaacute 2011

SANTOS M G Disposiccedilatildeo dos Resiacuteduos soacutelidos urbanos no municiacutepio de Feira de

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2004

CETESB (Estado) Secretaria de Estado de Meio Ambiente CETESB Aruntho Savastano

Neto [et al] Manual de Operaccedilatildeo de Aterro Sanitaacuterio em Valas Satildeo Paulo 2010 24 p

Disponiacutevel em

lthttpwwwcetesbspgovbrmudancasclimaticasbiogasAterro20SanitC3A1rio21-

Aterro20SanitC3A1rio gt acesso 11de dezembro de 2013

Site Relaciondo a Coletores de Resiacuteduos Disponiacutevel em

lthttpwwwreciclagemnomeioambientecombrlixeiras-para-coleta-seletiva-cores-e-

significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

TCHOBANOGLOUS G THEISEN H VIGIL S Integrated solid waste management

New York MacGraw-Hill 1993

VALLE Cyro Eyer do Como se preparar para as Normas ISO 14000 qualidade

ambiental o desafio de ser competitivo protegendo o meio ambienteSatildeo Paulo Pioneira

2000

WOLMER Fernando Antonio Limpeza Urbana Satildeo Paulo 2002

Page 66: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

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De Serviccedilos De Limpeza Urbana Com Enfoque nos Custos de Coleta de Resiacuteduos

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Auditoria De Obras Puacuteblicas Belo Horizonte 2006

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Janeiro 2010 Disponiacutevel em

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Municipal manual de gerenciamento integrado Satildeo Paulo 2009

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dos resiacuteduos soacutelidos do municiacutepio de Ji-Paranaacute Ji-Paranaacute 2012Disponiacutevel em

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LANZA Vera Cristina Vaz Caderno Teacutecnico de reabilitaccedilatildeo de aacutereas degradadas por

resiacuteduos soacutelidos urbanos Vera Cristina Vaz Lanza -- Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Estadual

do Meio Ambiente Fundaccedilatildeo Israel Pinheiro 2009

LIMA LMQ Lixo Tratamento e Biorremediaccedilatildeo 3ordf ed Hemus Satildeo Paulo 1995

LIMPEZA PUacuteBLICA Prof Eng FERNANDO ANTONIO WOLMER AGOSTO2002

Disponiacutevel em lthttpwwwvivastricombrapostila_limpeza_urbanapdfgt Acesso em 02

fevereiro de 2014

LUNA FILHO Eury P A Coleta e a Disposiccedilatildeo Municipal de Resiacuteduos Soacutelidos Gestatildeo

Integrada Aspectos Administrativos Juriacutedicos e Gerenciais Brasiacutelia CIORD e UnB

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IBAM 2001

MORAIS Greiceana Marques Dias de Diagnoacutestico da deposiccedilatildeo clandestina de Resiacuteduos

de Construccedilatildeo e Demoliccedilatildeo em bairros perifeacutericos de Uberlacircndia Subsiacutedios para uma

gestatildeo sustentaacutevel Dissertaccedilatildeo de Mestrado Faculdade de Engenharia Civil Universidade

Federal de Uberlacircndia 2006

PRADO FILHO J F do SOBREIRA F G Desempenho operacional e ambiental de

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ICMS ecoloacutegico de Minas Gerais Rio de Janeiro Artigo teacutecnico 2007

ROSA Rafael Mendes Diagnoacutestico da disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos em uma voccediloroca

no municiacutepio de Araguari-mg universidade federal de uberlacircndia 2009 monografia 13p

ROMANI Andrea Pitangy de SEGALA Karin Agregando valor social e ambiental

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

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SANTOS Luiz Ricardo Caracterizaccedilatildeo Fiacutesica Dos Resiacuteduos Soacutelidos Urbanos Do

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Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Ji-Paranaacute 2011

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2004

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New York MacGraw-Hill 1993

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2000

WOLMER Fernando Antonio Limpeza Urbana Satildeo Paulo 2002

Page 67: FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA · Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR Ji-Paraná, 10 de Março de 2014. 5 Dedico este trabalho aos meus pais, Dezeilma

67

MANASSERO M VAN IMPE W F BOUAZZA A Waste disposal and containment In

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1 1996

MONTEIRO et al Manual de Gerenciamento Integrado de resiacuteduos soacutelidos Joseacute

Henrique Penido Monteiro [et al]coordenaccedilatildeo teacutecnica Victor Zular Zveibil Rio de Janeiro

IBAM 2001

MORAIS Greiceana Marques Dias de Diagnoacutestico da deposiccedilatildeo clandestina de Resiacuteduos

de Construccedilatildeo e Demoliccedilatildeo em bairros perifeacutericos de Uberlacircndia Subsiacutedios para uma

gestatildeo sustentaacutevel Dissertaccedilatildeo de Mestrado Faculdade de Engenharia Civil Universidade

Federal de Uberlacircndia 2006

PRADO FILHO J F do SOBREIRA F G Desempenho operacional e ambiental de

unidades de reciclagem e disposiccedilatildeo final de resiacuteduos soacutelidos domeacutesticos financiadas pelo

ICMS ecoloacutegico de Minas Gerais Rio de Janeiro Artigo teacutecnico 2007

ROSA Rafael Mendes Diagnoacutestico da disposiccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos em uma voccediloroca

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ROMANI Andrea Pitangy de SEGALA Karin Agregando valor social e ambiental

Coordenaccedilatildeo de Karin Segala ndash Rio de Janeiro IBAM 2007 (Mecanismo de

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Municiacutepio De Ji-Paranaacute ndash Rondocircnia Monograacutefia de Curso Curso Engenharia Ambiental

Fundaccedilatildeo Universidade Federal de Rondocircnia Ji-Paranaacute 2011

SANTOS M G Disposiccedilatildeo dos Resiacuteduos soacutelidos urbanos no municiacutepio de Feira de

Santana-BA Sugestotildees para uma gestatildeo integrada (monografia) Feira de Santana FTC

2004

CETESB (Estado) Secretaria de Estado de Meio Ambiente CETESB Aruntho Savastano

Neto [et al] Manual de Operaccedilatildeo de Aterro Sanitaacuterio em Valas Satildeo Paulo 2010 24 p

Disponiacutevel em

lthttpwwwcetesbspgovbrmudancasclimaticasbiogasAterro20SanitC3A1rio21-

Aterro20SanitC3A1rio gt acesso 11de dezembro de 2013

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significadosgt Acesso em 10 de dezembro de 2014

TCHOBANOGLOUS G THEISEN H VIGIL S Integrated solid waste management

New York MacGraw-Hill 1993

VALLE Cyro Eyer do Como se preparar para as Normas ISO 14000 qualidade

ambiental o desafio de ser competitivo protegendo o meio ambienteSatildeo Paulo Pioneira

2000

WOLMER Fernando Antonio Limpeza Urbana Satildeo Paulo 2002