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Pós Pós - - Graduação Graduação Envelhecimento: Envelhecimento: Actividade Física e Actividade Física e Autonomia Funcional Autonomia Funcional Fundamentos Psicossociais no Idoso

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Pós Pós -- GraduaçãoGraduaçãoEnvelhecimento: Envelhecimento:

Actividade Física e Actividade Física e Autonomia FuncionalAutonomia Funcional

Fundamentos Psicossociais no Idoso

I. I. Os idosos são uma Os idosos são uma

população cada vez população cada vez

maior?maior?

I. A) NÍVEL MUNDIALI. A) NÍVEL MUNDIAL

PERCENTAGEM DE POPULAÇÃO COM MAIS DE 60 ANOS – ANO DE 2002

PERCENTAGEM DE POPULAÇÃO > 60 ANOS,

United Nations Population Division – Department of Economic and Social Affairs, 2002

PERCENTAGEM DE POPULAÇÃO > 60 ANOS

PERCENTAGEM DE POPULAÇÃO > 60 ANOS

UnitedUnited NationsNations PopulationPopulation DivisionDivision –– DepartmentDepartment ofof EconomicEconomic and Social and Social AffairsAffairs, 2002, 2002

Percentagem de população com mais de 60 anos – Ano 2050

Em Em PortugalPortugal, em 2001 a popula, em 2001 a populaçção ão

idosa actual ultrapassa a jovem, idosa actual ultrapassa a jovem,

idososidosos jovensjovens

1960 1960 -- 8 %8 % 29.1%29.1%

2001 2001 -- 16.4%16.4% 16%16%

I. B) PORTUGALI. B) PORTUGAL

I. C. A Constatação DemográficaI. C. A Constatação Demográfica

•O índice de envelhecimento do país ultrapassou os 100% no ano de 1999

•Na cidade de Lisboa este índice, no ano de 2001 situa-se nos 203 (2 idosos para cada jovem).

•Até 2020 a população com mais de 65 anos aumentará

Novo Fenómeno:Novo Fenómeno:Envelhecimento da Envelhecimento da População Idosa.População Idosa.

I. C) A Constatação DemográficaI. C) A Constatação Demográfica

. Inversão na forma daInversão na forma da

pirâmide demográficapirâmide demográfica

Pirâmide DemográficaPirâmide Demográfica

•Envelhecimento na base(Diminuição do numero de jovens)

•Envelhecimento no topo(Aumento do numero de idosos)

Aumento relativo das pessoas que Aumento relativo das pessoas que atingiram os 60 ou 65 anos. atingiram os 60 ou 65 anos.

ReduReduçção da importância relativa de ão da importância relativa de pessoas nas idades mais jovens.pessoas nas idades mais jovens.

I. C. A Constatação DemográficaI. C. A Constatação Demográfica

. Inversão na forma daInversão na forma da

pirâmide demográficapirâmide demográfica

II. II. Os idosos são na suaOs idosos são na sua

maioria mulheres?maioria mulheres?

43%

57%MulheresHomens

INSA, 1998/1999INSA, 1998/1999

III. Os idosos já não III. Os idosos já não

são o que eram?são o que eram?

Que modelos de Que modelos de

desenvolvimento?desenvolvimento?

Acontecimentos e Desenvolvimento

no ciclo da vida

Acontecimentos & Mudanças normativas:

- Normas relativas à idade nessa cultura (socioculturais) ( agismos …)

-Normas relativas à História ( guerras etc..)

Acontecimentos e Mudanças idiográficas

(sem norma) :

- Eventos externos: lotaria, acidentes, percas, morte

- Eventos internos: doença, paixão

Erikson:Erikson:tarefa psicossocial neste período tarefa psicossocial neste período -- auto aceitaçãoauto aceitação

Estilo de vida activo no idoso - Prática de AF/ desporto:

•Autonomia e disponibilidade motora

(Não tanto aventura como em grupos de jovens)

•Ficar alerta e sentir-se saudável

(Não tanto divertimento e condição física como em grupos de

jovens)

•Motivação intrínseca (gostar, ter prazer, ter percepção de

liberdade de escolha, sentir-se “capaz”)

•Apoio social

•Bem estar físico e psicológico

•Fuga das preocupações

•Desistência : Lesões / percepção de insucesso

• Modelo “standard” :

QV função do que se tem :

(Saúde, dinheiro, casa, carro, família, educação, emprego, amigos.)

•Modelo dos processos psicológicos:

QV função do que se tem de entre o que mais valoriza? Que expectativas?

QV- Distância entre o que “temos” e o que “queremos”

Sociedade contemporânea valoriza “ter / parecer/ fazer” em vez de “ser” e “sentir”

III. A) Qualidade de Vida e envelhecimento.III. A) Qualidade de Vida e envelhecimento.

Que RelaQue Relaçção?ão?

(In Fischer & Schaffer, 1993)(In Fischer & Schaffer, 1993)

Relacionada com o envolvimento e a motivaRelacionada com o envolvimento e a motivaçção ão para o seu para o seu projecto de vidaprojecto de vida..

A existência de A existência de um projecto de vidaum projecto de vida estestááassociada a uma satisfaassociada a uma satisfaçção existencial.ão existencial.Inexistência de Inexistência de um projecto de vidaum projecto de vida estestááassociada a sentimentos de perda do associada a sentimentos de perda do sentido para a vida, e sentimento de sentido para a vida, e sentimento de ““não não continuidadecontinuidade”” do Eu do idoso.do Eu do idoso.Contar os anos desde o nascimento ou Contar os anos desde o nascimento ou contar os anos contar os anos ““que faltamque faltam““ para morrerpara morrer……??

III. B) Qualidade de Vida e envelhecimento.III. B) Qualidade de Vida e envelhecimento.

Que RelaQue Relaçção?ão?

Um Um Estilo de vidaEstilo de vida

saudsaudáável, activo, vel, activo,

participativoparticipativo

Um Um Projecto de vidaProjecto de vida, na , na

construconstruçção de um futuroão de um futuro

IV A). IV A). Os idosos são Os idosos são

sábios, interessantes, sábios, interessantes,

justos, experientes ?justos, experientes ?

IVIV. B. B) ) Os idosos são Os idosos são

aborrecidos, quezilentos, aborrecidos, quezilentos,

preconceituosos, desactualizados?preconceituosos, desactualizados?

Aos 65 anos uma pessoa Aos 65 anos uma pessoa

satisfeita e activa... satisfeita e activa... éé satisfeita e satisfeita e

activa activa hháá jjáá muitos anos...muitos anos...

Aos 65 anos uma pessoa triste e Aos 65 anos uma pessoa triste e

sedentsedentáária ria …… éé triste e triste e

sedentsedentááriaria hháá jjáá muitos anos...muitos anos...

IV. C) IV. C) Atitudes, mitos e Atitudes, mitos e estereótipos face à velhiceestereótipos face à velhice

.Condicionantes da Acção.Condicionantes da Acção

..Consciência fundamental a promover:Consciência fundamental a promover:

A). Forma como se encara o próprio envelhecimentoA). Forma como se encara o próprio envelhecimento

B). FormB). Forma como se encara a como se encara o envelo envelhecimento em geralhecimento em geral

”Automorfismo Social””Automorfismo Social”

”Gerontofobia””Gerontofobia”

”Agismo””Agismo”

”Infantilização””Infantilização”

IV. C) IV. C) Atitudes, mitos e estereótipos Atitudes, mitos e estereótipos face à velhiceface à velhice

IV. C) IV. C) Atitudes, mitos e estereótipos Atitudes, mitos e estereótipos face à velhiceface à velhice

C) A Velhice Está C) A Velhice Está vulgarmente associada:vulgarmente associada:

à pobreza ou escassez de meios materiais,

à solidão,

à doença ,

à segregação/isolamento social e corte com o mundo...

Neugarten (In Aiken, 1995)Neugarten (In Aiken, 1995)

Tendência das sociedades actuais para Tendência das sociedades actuais para estereotipar o idosoestereotipar o idoso, como algu, como alguéém por um lado m por um lado pobre e isolado e, por outro, autoritpobre e isolado e, por outro, autoritáário e rio e reaccionreaccionáário.rio.

Estes estereEstes estereóótipos centramtipos centram--se se apenas em apenas em alguns efeitos do envelhecimentoalguns efeitos do envelhecimento na na demografia e na vida socialdemografia e na vida social..

IV. C) IV. C) Atitudes, mitos e estereótipos Atitudes, mitos e estereótipos face à velhiceface à velhice

•Nova orientação mais realista e construtiva٧•visão pessimista, centrada em perdas e défices X

O envelhecimento é a contrapartida do desenvolvimentoO envelhecimento é a contrapartida do desenvolvimento

“Years old”/Estamos a envelhecer desde o dia em que nascemos! Years old”/Estamos a envelhecer desde o dia em que nascemos!

IV. C) IV. C) Atitudes, mitos e estereótipos Atitudes, mitos e estereótipos face à velhiceface à velhice

V. Envelhecimento ou V. Envelhecimento ou

envelhecimentos?envelhecimentos?

V A) Envelhecimento ou …Envelhecimentos?V A) Envelhecimento ou …Envelhecimentos?

“ Quando é que nos tornamos velhos? Nada se revela mais flutuante do que os contornos da velhice, que é um complexo fisiológico, psicológico e social. Teremos a idade das artérias, do coração, do cérebro ou do próprio

estado civil? Ou será antes o olhar dos outros que um dia nos classifica entre os velhos?...” (Minois, 1999, PP.11)

. Envelhecimento Biológico / Idade Biológica

. Envelhecimento Social / Idade Social

. Envelhecimento Psicológico/ Idade Psicológica

V A) Envelhecimento ou …Envelhecimentos?V A) Envelhecimento ou …Envelhecimentos?V A) Envelhecimento ou …Envelhecimentos?V A) Envelhecimento ou …Envelhecimentos?

Envelhecimento Biológico:Envelhecimento Biológico:

resultado de uma vulnerabilidaderesultado de uma vulnerabilidade

crescente em termos fisiológicos;crescente em termos fisiológicos;

Idade Biológica:Idade Biológica:

Medida pelas capacidades funcionais ouMedida pelas capacidades funcionais ou

vitais, e, pelo limite de vida dos sistemasvitais, e, pelo limite de vida dos sistemas

orgânicosorgânicos

V A) Envelhecimento ou …Envelhecimentos?V A) Envelhecimento ou …Envelhecimentos?

V A) Envelhecimento ou …Envelhecimentos?V A) Envelhecimento ou …Envelhecimentos?

. . Envelhecimento SocialEnvelhecimento SocialRelativo aos papeis sociais apropriados, Relativo aos papeis sociais apropriados,

ás expectativas da sociedade para este ás expectativas da sociedade para este grupo etáriogrupo etário

. Idade Social. Idade Socialrefererefere--se os papeis e hábitos que o se os papeis e hábitos que o indivíduo assume na sociedade e na indivíduo assume na sociedade e na

medida em que demonstra os medida em que demonstra os comportamentos esperados pela mesmacomportamentos esperados pela mesma

V A) Envelhecimento ou …Envelhecimentos?V A) Envelhecimento ou …Envelhecimentos?

. . Envelhecimento PsicológicoEnvelhecimento PsicológicoDefinido pela autoDefinido pela auto--regulação do indivíduo, regulação do indivíduo,

pelo tomar de decisões e opções, pelo tomar de decisões e opções, adaptandoadaptando--se ao processo de se ao processo de senescênciasenescência e e

envelhecimentoenvelhecimento

. Idade Psicológica. Idade Psicológicareportareporta--se às capacidades comportamentais do se às capacidades comportamentais do

indivíduo na sua adaptação ao meio. A idade indivíduo na sua adaptação ao meio. A idade psicológica é influenciada por factores psicológica é influenciada por factores

biológicos e sociais, mas envolve capacidades como biológicos e sociais, mas envolve capacidades como a memória, a aprendizagem, a inteligência, os a memória, a aprendizagem, a inteligência, os sentimentos, as motivações e as emoções no sentimentos, as motivações e as emoções no

sentido de exercer uma autosentido de exercer uma auto--regulação.regulação.

A velhice deve ser encarada nas mais variadas perspectivas, muitas são as formas de envelhecer neste princípio de século, sendo fácil perceber que cada idoso carrega consigo um enorme peso único, correspondente a toda a sua longa história de vida, determinada tanto pelo património genético como pelo património psicossocial

Silva, 2001

Caminhar variável noCaminhar variável no

horário do envelhecimento…horário do envelhecimento…

V A) Envelhecimento ou …Envelhecimentos?V A) Envelhecimento ou …Envelhecimentos?

VI. CaracterizaçãoVI. Caracterização

BiopsicossocialBiopsicossocial do Idosodo Idoso

VI. A) Caracterização VI. A) Caracterização BioBioPsicoSocial do IdosoPsicoSocial do Idoso

Declínio / Sistemas Fisiológicos

.Respiratório

.Cardiovascular

.Urinário

.Músculo-esquelético

.Nervoso

.Endócrino

.Imunitário)

Diminuição de Acuidade.Cinco Sentidos (Perturbação na recepção das mensagens do meio)

Grande variabilidade inter individual, Interacção c/ múltiplos fGrande variabilidade inter individual, Interacção c/ múltiplos factoresactores

VI. B) Caracterização BioPsicoVI. B) Caracterização BioPsicoSocialSocial do do IdosoIdoso

“ È-se jovem biologicamente até cada vez mais tarde e velho, socialmente, cada vez mais cedo” (Gaullier, 1988)

A concepção de envelhecimento enquanto processo de declínio só tem sentido em abstracto, quando se refere ao processo normal e biológico do

envelhecimento. Enquanto fase do ciclo de vida corresponde a umaconstrução social que pode conferir ou tirar prestigio aos indivíduos

(Lima e Viegas, 1988).(Lima e Viegas, 1988).

O Papel social do Idoso:

.Sociedades Ocidentais/Orientais

.A questão da Reforma

VI. C) Caracterização VI. C) Caracterização BioPsicoBioPsicoSocialSocial do Idosodo Idoso

VI. D) Caracterização VI. D) Caracterização BioBioPsicoPsicoSocialSocial do Idosodo Idoso

Aspectos Psicológicos do envelhecer:

A)A Nível Cognitivo

B)A Nível da Personalidade

C)A Nível da Adaptação

A) A Nível Cognitivo . Lentificação.Percepção

. Aprendizagem

. Resolução de Problemas.

.Diminuição da memória de fixação.

Dificuldade em adquirir nova informação(a anterior é conservada “Memória a Longo Prazo”).Pensamento mais concreto

.Rigidez Conceptual(Estratégias defensivas?)

Necessidade de Estimulação Intelectual: Eficiência mais dependente do grau de

actividade

VI. D) Caracterização VI. D) Caracterização BioBioPsicoPsicoSocialSocial do Idosodo Idoso

B) A Nível da Personalidade

Relativa Estabilidade:.Interesses dominantes.Atitudes, .Valores,.Representação cognitiva do mundo..Estilo de vida,.Reacções adaptativas.Mecanismos de “coping”.

Continuidade no percurso existencial….

VI. D) Caracterização VI. D) Caracterização BioBioPsicoPsicoSocialSocial do Idosodo Idoso

C) Ao Nível da Adaptação

Alterações a vários níveis

Momento de risco para o equilíbrio psicológico

Que Intervenção?Que Intervenção?

A Questão da Velhice bem sucedida!A Questão da Velhice bem sucedida!

VI. D) Caracterização VI. D) Caracterização BioBioPsicoPsicoSocialSocial do Idosodo Idoso

VIIVII. Como caracterizar a . Como caracterizar a

velhice bem sucedida?velhice bem sucedida?

VII. A Velhice bem sucedidaVII. A Velhice bem sucedida

Interacção entre 3 categorias de condiçõesInteracção entre 3 categorias de condições: : .Aspectos da saúde e ausência de doenças(perda de autonomia).Manutenção de uma elevado nível funcional nosplanos cognitivo e físico. .Conservação de um empenhamento social e de bemestar subjectivo.

Desafio: Partir da velhice vivida e não de modelos abstractos

Não há receitas infalíveis

VII. A) A Perspectiva Ecológico/Ambiental VII. A) A Perspectiva Ecológico/Ambiental do envelhecimentodo envelhecimento

Análise Transacional da unidade ecológica pessoa/ambienteAnálise Transacional da unidade ecológica pessoa/ambientecompreensão do bemcompreensão do bem--estar subjectivo de idosos que envelhecem em diferentes cenáriosestar subjectivo de idosos que envelhecem em diferentes cenários. .

Satisfação de Vida resulta do bom equilíbrio entre a pessoa e o Satisfação de Vida resulta do bom equilíbrio entre a pessoa e o ambiente ambiente

VII. A) A Perspectiva Ecológico/Ambiental do envelhecimentoVII. A) A Perspectiva Ecológico/Ambiental do envelhecimento

AmbienteAmbientenível de Pressão

(Exigência que faz ás capacidades do indivíduo))

PessoaPessoanível de Competência

(Potencial de resposta ao meio)

Modelo de Lawton: “Congruência pessoa/ Ambiente”

Satisfação: Princípios Homeostáticos

Pressão…Pressão…

••moderadamente desafiadoramoderadamente desafiadora: Zona de Desenvolvimento óptimo

••Acima:Acima: Stress

••Abaixo:Abaixo: Perda de competências

“Se a velhice é o destino biológico do homem, ela é vivida de fo“Se a velhice é o destino biológico do homem, ela é vivida de forma muito rma muito diferente consoante o contexto em que se insere” diferente consoante o contexto em que se insere”

Lima e Viegas (1988, pp.149)Lima e Viegas (1988, pp.149)

““O Meio Rural e a Satisfação de Vida O Meio Rural e a Satisfação de Vida da Pessoa Idosa”da Pessoa Idosa”

Um Exemplo…. (Silva, 2001)

QuestõesQuestões de Investigaçãode Investigação

Quais os níveis de Satisfação de Vida de uma amostra de idosos residentes em meio rural?

Que variáveis se constituem como mais importantespara a Satisfação de Vida destes Idosos?

Outra visão: Ao invés dos factores inerentes ao declínio procuram-se os factores inerentes à

Satisfação, numa amostra de idosos rurais

Instrumentos utilizadosInstrumentos utilizados

Escala de Ânimo:”Philadelphia Geriatric Centre Morale Scale”

(Lawton 1972-75; Tradução Paúl,1991)

Solidão/ InsatisfaçãoAtitudes Face ao Próprio Envelhecimento

Agitação

Questionário de caracterização da amostraInformação Suplementar:

Características demográficasFactores objectivos / Características subjectivas

• Contexto individual;

• Heteropassagem dos Instrumentos

AmostraAmostra

Condições de selecção:

•Residência em meio rural: Várias aldeias do concelho de Mação

• Idade compreendida entre 65-75 anos;

• Ambos os sexos:

•Residência em comunidade.

Amostragem Acidentalpor conveniência

65-70 anos 40%71-75 anos 60%Caracterização da Amostra quanto à Variável Idade

65-70 anos40%

71-75 anos60%

exo Femi 60%exo Masc 40%Caracterização da Amostra quanto à Variável SexoSexo

Masculino40%

Sexo Feminino

60%

olteiro/a 2,50%asado/a 75%úvo/a 22,50%

Caracterização da Amostra quanto ao Estado Civil

Casado/a74%

Solteiro/a2,5%Viúvo/a

22,5%

Sem Esco 47,50%Ensino Bás 47,50%Ensino Sec 2,50%Ensino Sup 2,50%

Caracterização da Amostra quanto à Variável Nível de Escolaridade

Ensino Secundário

2,5%

Ensino Superior2,5%

Ensino Básico47,5%

Sem Escolaridade

47,5%

Caracterização da amostra:

Quais os níveis de Satisfação de Vida de umaamostra de idosos residentes em meio rural?

Resultados Encontrados:

Adequado nível de adaptação entre os idosos inquiridos e o seu meio (pressão/competências)

•Contexto físico mais estável(maior adaptação e familiaridade com o meio);

•Maior estabilidade populacional(proporcionando a manutenção dos laços afectivos)

•Ritmo de Vida mais lento(maior inclinação para a calma do que para as trocas sociais rápidas e fragmentadas);

Maior apoio prático,emocional e psicológico

Redes de Suporte Social:Reforçam a integração social

Exercem uma função protectora

Que variáveis se constituem como mais Importantes para a Satisfação de Vida destes Idosos

Variáveis Significativas Estatisticamente( nível de significância 5%):

Estado Civil: Casados / Viúvos

• Subescala Solidão/Insatisfação•total da escala

(Paúl,1991; Chatters,1988; Neto, 1995)

Contacto com a família

.Muito Frequente (40%). Frequente (45%). Pouco Frequente (15%)

• Subescala Atitudes face envelhecimento

Contacto muito frequente > pouco frequente

Neto,1999: Importânciada manutenção doslaços emocionais

Situação Económica:Boa 25% Média 67.5% Má 7.5%

Má: > Solidão/insatisfação> agitação > atitudes negativas

ânimo Inferior

Imp. Segurança financeiraMcleland,1982; Neto,1999

Beck & Page,1988

Estado de saúde:Bom 22.5% Médio 55% Mau 22.5%

Má: > Solidão/Insatisfação> Atitudes negativas

> tendência agitação (p= 0.08)ânimo Inferior

Importância das questões de Saúde(> fraca acessibilidade a serviços)

Paúl e Fonseca, 1999, Chatters,1988,

Neto, 1999

Actividade diária:moderadamente activos 50%

muito activos 32.5% pouco activos 17.5%

pouco activos: Atitude mais negativaânimo inferior

Teoria da Actividade:> relacionamento e integração social

> dimensões benéficas do self(> auto estima)

Pessoas com quem vive:Sozinho/acompanhado

Sozinhos: > solidão /insatisfaçãoânimo inferior

Neto, 1999: Imp. da ajuda mutuae partilha de experiências

Unanimidade surpreendente:

•Viver em casa própria (Significado emocional do espaço; espaço próprio)• Opção de permanência no meio (Suporte Social; tipo de vida; Significado emocional)

Paúl, 1991: Redução do risco de desarmonias ecológicasmaior adaptação pessoa/meio

Possível ligação entre todas as variáveis encontradas em termos da situação de relativa Independência e Auto-Suficiência que promovem

Importância do estatuto social

funcional e autónomo

O envelhecimento pode tornar-se assustador,

muitas vezes antecipadamente a qualquer défice,

por por em causa a manutenção do estatuto autónomo

económica e fisicamente.

VII. A) A Perspectiva Ecológico/Ambiental do envelhecimentoVII. A) A Perspectiva Ecológico/Ambiental do envelhecimento

Possibilidade de acção a dois níveis: Indivíduo/ Meio

•Abordagem Preventiva>Competências para lidar com o meio

Evitar perdas desenvolvimentais

•Perspectiva Positiva:

EnvelhecimentoEtapa do desenvolvimento

Destruturação/ Reestruturação/ Reequilíbrio

Aberto a perdas e ganhos

Possibilidade de acção a dois níveis: Indivíduo/ MeioMeio

Declínio de Competências …Declínio de Competências …

Promoção da AdaptaçãoAcção ao nível do meio:

>Segurança

>Acessibilidade

>Legibilidade

Potenciar condições que possibilitem eficácia cognitiva e equilíbrio psicológico

VII. B) A Perspectiva Ecológico/Ambiental do envelhecimentoVII. B) A Perspectiva Ecológico/Ambiental do envelhecimento

Antes…

Factores de ordem biomédica

•Factores comportamentais,contextos (Família, comunidade) e Apoio Social.•Acontecimentos de vida•Estilo de vida. •Expectativas face ao futuro.

VIII. VIII. Que Ameaças à saúde Que Ameaças à saúde

e Beme Bem--Estar dos idosos?Estar dos idosos?

PREVENÇÃO DO RISCO / PROMOÇÃO DA SAÚDE..

IDENTIFICAÇÃO de factores associados à saúde no idoso

INTERVENÇÃOINTERVENÇÃO

Contextos/processos Protectores (família, apoio social, lazer activo, projecto de vida...)

Contextos/processos associados ao Risco (isolamento, consumos, pobreza, acesso aos serviços de saúde, carências alimentares...)

VIII. VIII. Que Ameaças à saúde e BemQue Ameaças à saúde e Bem--Estar dos idosos?Estar dos idosos?

VIII. A) QUAIS SÃOEFECTIVAMENTEOS PROBLEMAS?

Acontecimentos negativos de vida:Acontecimentos negativos de vida:

•Luta

•Fuga / doença/ depressão

• Derrota / doença/ depressão

•Estagnação

Activar Recursos pessoais (competências Activar Recursos pessoais (competências pessoais e sociais/ resiliência)pessoais e sociais/ resiliência)

VIII. A) VIII. A) Quais são efectivamente os problemas ?Quais são efectivamente os problemas ?

Fight

Flight

Faint

Freeze

… Activar Recursos pessoais (competências pessoais e sociais/ resiliência) ???

IX. Como?

Que Estratégias de Que Estratégias de Intervenção?Intervenção?

Modelos de intervenção nos idosos:Modelos de intervenção nos idosos:

(Modelo do défice de competências)(Modelo do défice de competências)

Modelo Modelo contextualistacontextualista/sistémico:/sistémico:

pparticipação (do idoso)articipação (do idoso)

Competência/resiliência (do idoso)Competência/resiliência (do idoso)

Acessibilidade (no envolvimento)Acessibilidade (no envolvimento)

IX. Como?

Que Estratégias de Intervenção?

(1) Comunicação interpessoal e gestão de emoções/solução de prob(1) Comunicação interpessoal e gestão de emoções/solução de problemaslemas(contacto visual, postura/gestos, tom de voz, insegurança, irritação e felicidade,

competências de cooperação e de trabalho em equipa);

(2) Competências sociais e gestão de emoções/solução de problema(2) Competências sociais e gestão de emoções/solução de problemass(“pedir ajuda”, “expressar acordo e desacordo”, “resistir à pressão dos pares”, fúria,

medo, calma, metodologia de solução de problemas, caixa de problemas);

(3) (3) RôleRôle--playingplaying(debate em grupo, expectativas de futuro próximo, transição para a realidade).

PROGRAMAS (Matos 1998, 2005)

COMPETÊNCIA SOCIALCOMPETÊNCIA SOCIAL

Conjunto de cognições, emoções e comportamentos

de um indivíduo num contexto interpessoal, que

expressa sentimentos, atitudes, desejos, opiniões,

direitos de um modo adequado à situação, respeitando

estes mesmos comportamentos nos outros.

IX. Como?

Que Estratégias de Intervenção?

Competências sociais simples:

Cumprimentar,

fazer perguntas / dar respostas,

pedir instruções, seguir instruções

dar / receber elogios,

Dizer “não”

Competências sociais complexas:

Resistir à pressão de pares

Planear/antecipar/decidir

Defender ideias e opiniões/ Defender direitos pessoais (assertividade)

IX. Como?

Que Estratégias de Intervenção?

MODELO MODELO TripartidoTripartidoCOMPETÊNCIA SOCIAL COMPETÊNCIA SOCIAL (McFall, 1982)

Skillsperceptivos

Skillscognitivos

SkillsComportamentais

• Aquisição de informação. social e cultural

•Percepção de situações

•Atenção

•Identificação de situações e problemas

•Tomada de decisão

•Expectativas / motivações

•Realizar

•Gestão emocional

IX. Como?

Que Estratégias de Intervenção?

Modelo Modelo contextualistacontextualista /sistémico/sistémico::

Foco na “competência/resiliência”Foco na “competência/resiliência”

Foco no “ser”, ”estar” e “sentir”Foco no “ser”, ”estar” e “sentir”

Metodologias lúdicas, dinâmicas, Metodologias lúdicas, dinâmicas,

participativas, interactivas, seguras.participativas, interactivas, seguras.

Tolerância e acessibilidade nos Tolerância e acessibilidade nos

contextos do quotidiano ( contextos do quotidiano ( vsvs ““agismosagismos”)”)

IX. Como?

Que Estratégias de Intervenção?

NÍVEL MUNDIALNÍVEL MUNDIAL

IX. Como?

Que Estratégias de Intervenção?

PROGRAMASPROGRAMASInstituição Instituição –– St. St. ChristopherChristopher HouseHouse ––Toronto Toronto –– OntárioOntário

Nome do projecto Nome do projecto –– ““um tempo para mimum tempo para mim””

Sessão de “crescimento pessoal” para Sessão de “crescimento pessoal” para pessoas com mais de 55 anospessoas com mais de 55 anos

Oportunidade para desenvolver capacidades Oportunidade para desenvolver capacidades e expandir as suas vidase expandir as suas vidas

OFERECE ...OFERECE ...

Fazer novos amigosFazer novos amigosConhecerConhecer--se melhor a si próprio e aos outrosse melhor a si próprio e aos outrosDesenvolver as suas capacidadesDesenvolver as suas capacidadesMelhorar a sua capacidade de ouvirMelhorar a sua capacidade de ouvirEnriquecer os seus relacionamentosEnriquecer os seus relacionamentosTomar novas decisões na sua vidaTomar novas decisões na sua vidaAproveitar mais o seu tempoAproveitar mais o seu tempoBeneficiar das suas experiênciasBeneficiar das suas experiênciasComeçar de novo...Começar de novo...

PORTUGALPORTUGAL

IX. Como?

Que Estratégias de Intervenção?

A nível nacional:A nível nacional:

grande lacuna a nível de programas grande lacuna a nível de programas específicos para trabalhar as competências específicos para trabalhar as competências pessoais e sociais com os idosos.pessoais e sociais com os idosos.

Programas de ocupação de tempo livre Programas de ocupação de tempo livre dos idososdos idosos

PROGRAMAS EXISTENTES:PROGRAMAS EXISTENTES:

Saúde física;Saúde física;

Saúde mental;Saúde mental;

Qualidade de vida;Qualidade de vida;

AutoAuto--estima;estima;

Desporto;Desporto;

Apoio Domiciliário;Apoio Domiciliário;

Centro de Dia;Centro de Dia;

Lares.Lares.

PROGRAMA DE COMPETÊNCIAS PROGRAMA DE COMPETÊNCIAS PESSOAIS E SOCIAISPESSOAIS E SOCIAIS

CENTRO DE DESENVOLVIMENTO SOCIOCENTRO DE DESENVOLVIMENTO SOCIO--CULTURAL DE PENALVA DE ALVACULTURAL DE PENALVA DE ALVA

Serviço de Apoio ao DomicílioServiço de Apoio ao DomicílioCentro de DiaCentro de DiaResidência de idosos (Lares)Residência de idosos (Lares)

OBJECTIVOS GERAISOBJECTIVOS GERAISMelhorar a qualidade de vida;Melhorar a qualidade de vida;Preservar o sentido de integridade global;Preservar o sentido de integridade global;Manter a autoManter a auto--estima;estima;Manter a participação e autonomia;Manter a participação e autonomia;

Conservar/ promover as suas competências Conservar/ promover as suas competências (pessoas, sociais e físicas)(pessoas, sociais e físicas)

Contribuir para a continuidade da sua autoContribuir para a continuidade da sua auto--realização;realização;Desmistificar o medo de envelhecer;Desmistificar o medo de envelhecer;Estimular a sua participação comunitária;Estimular a sua participação comunitária;Promover a sua permanência enquanto possível no meio Promover a sua permanência enquanto possível no meio familiar;familiar;Retardar ao máximo a institucionalização ou evitáRetardar ao máximo a institucionalização ou evitá--la.la.

AVENTURA SOCIALAVENTURA SOCIAL& SAÚDE& SAÚDE

FMH /UTL FMH /UTL 19871987-- 20062006

“Entre Pares ao longo da vida”

PROGRAMA (Matos 1998, 2005)

(1) Comunicação interpessoal e gestão de emoções/solução de problemas(contacto visual, postura/gestos, tom de voz, insegurança, irritação e felicidade,

competências de cooperação e de trabalho em equipa);

(2) Competências sociais e gestão de emoções/solução de problemas (“pedir

ajuda”, “expressar acordo e desacordo”, “resistir à pressão dos pares”, fúria, medo,

calma, metodologia de solução de problemas, caixa de problemas);

(3) Rôle-playing(debate em grupo, expectativas de futuro próximo, transição para a realidade).

“Entre Pares ao longo da vida”

AMOSTRA• 33 residentes na Junta de Freguesia de Santa Maria de Belém;

• Idade: entre os 58 e os 86 anos (média: 72 anos);

• Maioria mulheres (72,7%).

Divulgação: boletim mensal e cartazes informativos;Apresentação do Projecto: 2 sessões; Janeiro e Junho de 2004;13 sessões regulares de 60 minutos em sala:

• Diálogo inicial,• Jogo de cooperação,• Conteúdo,• Diálogo final.

10 sessões “extra” com diversas temáticas (situações reais onde se podem aplicar os conteúdos desenvolvidos ao longo das sessões regulares, desenvolver a coesão e espírito de grupo, assim como ser mais uma forma de motivação).

IMPLEMENTAÇÃO DO PROJECTO

Dados demográficosMaioria dos participantes: mulheres (72,7%), entre os 65 e os 74 anos de idade (51,5%), “viúvo(a)” (42,4%) ou “casado(a)” (42,4%), frequentou o 1º ciclo (4 anos de escolaridade) (75%).

RESULTADOS

Wilcoxon: subida positiva em todas as sub-escalas, excepto na referente às competências de planeamento. Os ganhos são significativos apenas na sub-escala competências para lidar com sentimentos (p=0.05).

“Checklist” – Aprendizagem estruturada em competências sociais (Matos et al., 1999)

Impacto positivo do Programa sobre as áreas avaliadas, nomeadamente ao nível da autonomia face a necessidades de aconselhamento e das competências para lidar com sentimentos.

Escala de apreciação clínica (Matos, Cohen & Pacheco, 2003) Melhoria/descida significativa no item “vertigens/tonturas” (p=0.041).

RESULTADOSEscala de necessidades de aconselhamento dos idosos (Nunes, 1999)

A comparação pré–pós através do teste de Wilcoxon revelou um padrão generalizado de descida nas necessidades de aconselhamento, significativo:

• Na escala global (p=0.006);

• Nas necessidades de aconselhamento relativamente às preocupações pessoais (p=0.026);

• Nos desejos de aconselhamento (p=0.004) e suas sub-escalas:

desejos sociais (p=0.03), actividade física e mental (p=0.018) e desejos ambientais (p=0.001).

O Programa parece ter ajudado os idosos a considerar possível resolver por si mesmos algumas das suas necessidades e desejos de aconselhamento. Assim, parece constituir uma boa estratégia de autonomização da população em causa face aos serviços médicos e de apoio social.

TRADUZIR ESTES DADOS

EM CONHECIMENTOS

EM BOAS PRÁTICASEM BOAS PRÁTICAS

X.

transformação indivíduo “objecto de acção” Indivíduo “co-autor do seu projecto”

Centração em perdas e défices Valorização das capacidades

X. ... Mudança de orientação (“empowerment”)

Respeito/ Adequação.Singularidade

.Autodeterminação

.género

.orientação religiosa e política

.Evitamento

.Ruptura face ao percurso anterior

Processos de exclusão

Revalorização do papel do profissional

Salto do metodológico/funcional para o relacional

COMUNICAÇÃO ENTRE LEIGOS E COMUNICAÇÃO ENTRE LEIGOS E TÉCNICOS DE SAÚDETÉCNICOS DE SAÚDE

n Linguagem comum / projectos articulados

nGestão do Poder: gerir interdependências

nCompetência profissional

nCompetência pessoal e social /Atitude

X. ... Mudança de orientação

“São precisos sessenta anos para se aprender a ser Jovem…”Pablo Picasso

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