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Fundamentos Pedagogicos dos Esportes de Raquete 1 · FUNDAMENTOS BÁSICOS DO TÊNIS ... O primeiro clube brasileiro que começou a prática foi Club Blitz de Ciclismo, fundado no

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SUMÁRIO

Pg.

1. HISTÓRIA DO TÊNIS______________________________________________ 3

1.1. Origem do Tênis a partir do Jeu-de-paume____________________________ 3

1.2. O Lawn Tennis__________________________________________________ 3

1.3. O início do Tênis no Brasil_________________________________________ 4

2. REGRAS OFICIAIS_______________________________________________ 6

3. DICIONÁRIO DO TÊNIS___________________________________________ 16

4. FUNDAMENTOS BÁSICOS DO TÊNIS____________________ ___________ 17

4.1. Empunhaduras_________________________________________________ 17

4.1.1. Empunhadura Eastern__________________________________________ 17

4.1.2. Empunhadura Western__________________________________________ 17

4.1.3. Empunhadura Continental_______________________________________ 17

4.2. Posição Inicial ou de Expectativa___________________________________ 18

5. GOLPES BÁSICOS DO TÊNIS_________________________ _____________ 18

5.1. Fases do golpes________________________________________________ 18

5.2. Forehand______________________________________________________ 18

5.3. Backhand______________________________________________________ 19

5.4. Top Spin______________________________________________________ 19

5.5. Slice__________________________________________________________ 19

5.6. Voleio_________________________________________________________ 20

5.7. Smash________________________________________________________ 20

5.8. Saque ou serviço________________________________________________ 20

6. QUIMBALL________________________________________ ______________ 21

6.1. História do Quimball_____________________________________________ 21

6.2. O jogo e suas regras_____________________________________________ 21

6.3. Golpes mais utilizados____________________________________________ 23

6.4. Potencialidades do Quimball_______________________________________ 23

7. SQUASH_______________________________________________________ 24

7.1. História do Squash______________________________________________ 24

7.2. O jogo e suas regras_____________________________________________ 26

7.3. Golpes mais utilizados____________________________________________ 30

8. REFERÊNCIAS DE APOIO_________________________________________ 31

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1. HISTÓRIA DO TÊNIS

1.1. Origem do Tênis a partir do Jeu-de-paume

Os relatos históricos sobre a modalidade sugere que o surgimento do Tênis começou na França, no

final do século XII e início do século XIII, com um jogo chamado jeu-de-paume, que traduzido fica jogo-da-

palma.

Esse jogo era praticado nas ruas e utilizava uma bola de cortiça forrada com uma flanela e para

golpeá-la usava-se as mãos nuas e posteriormente luvas. O jogo era praticado golpeando-se a bola contra

um muro como um jogo de paredão. Posteriormente o jogo começou a ser praticado nas ruas em um

retângulo dividido por uma corda entre 2 equipes com 6 jogadores cada, sugia então o longue-paume.

No longue-paume o sacador ficava a 19m de distância da corda que dividia o campo de jogo e a

cada ponto marcado a favor, o sacador avançava 15 pés até atingir um total de 45 pés, onde a partir daí o

próximo ponto fechava o jogo (game). Mais tarde houve uma mudança na regra onde no 3º saque o jogador

agora avançaria somente 10 pés, pois avançando 15 pés ele ficava muito perto da corda facilitando muito o

saque.

Isso responde o porque da contagem esquisita do Tênis que muita gente se questiona, por que em

vez de 1,2,3 e game, se fala 15, 30, 40 e game, e mais ainda em vez de 45 no 3º ponto se fala 40.

Posteriormente também foi criado o sistema de vantagens para atenuar um pouco a posição

vantajosa do sacador. Nesse jogo vencia a equipe que primeiro ganhasse 6 jogos (game) numa partida

melhor de 11 jogos (game).

Outra particularidade desse jogo é que os franceses na hora do saque diziam a palavra tenez, que

significa algo como segure, pegue!, sugerindo que esta foi a origem do nome atual Tênis.

Muitos reis da França tinham no jeu-de-paume sua principal diversão, chegando a ponto de o rei

Luís XI decretar que a bola de tênis teria uma fabricação específica, com um couro especialmente escolhido,

contendo chumaço de lã comprimida, proibindo o enchimento com areia, giz, cal, cinza, terra ou qualquer

espécie de musgo.

Para se ter uma idéia do crescimento do esporte na França, o rei Luís XII (1498 a 1515) pediu a um

francês de nome Guy Forbert para codificar as primeiras regras e regulamentos e fez construir em Órleans,

cidade onde tinha o seu palácio, nada menos que 40 quadras.

1.2. O Lawn Tennis

Não se sabe muito bem, mas em meados do século VIII surge então as primeiras raquetes de

madeira e cordas , entretanto a um consenso na literatura que esta invenção foi italiana.

Alguns autores ingleses apontam o Major Inglês Walter Clopton Wingfield como o criador do Tênis ,

mas 1858, na cidade de Birmingham, ou mais propriamente no distrito de Edgbaston, o português João

Batista Pereira jogou uma partida de lawn tennis - ou algo similar ao jogo, sobre a grama com o Major T. H.

Gemm, acontecimento esse que deu origem à evolução da nova modalidade de esporte - o lawn tennis.

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No livro "História do Tênis", de Lance Tingay, ressalta-se que o lawn tennis, tal como o criquet, o

futebol e o golfe, não tem propriamente inventor, é uma questão mais de evolução do que invenção. A

Enciclopédia Espanhola tem uma gravura, mostrando a Rainha Vitória dando o "saque inicial" de uma

partida de tênis no Parque de Wimbledon, em uma cerimônia presenciada por milhares de pessoas, banda

de música, altos dignatários, chefes de exércitos e o mais curioso de tudo: a data de 1860, muito antes da

"invenção " do Major Wingfield.

O que Wingfield fez realmente e que contribuiu de forma muito significativa para a evolução do Tênis

como esporte, foi patentear em 1874 um "kit" de madeira, tendo um manuscrito com o regulamento e

detalhes do jogo, quatro raquetes, a rede e as bolas. Ele vendia essa caixa por cinco guinéus. Para aceitar

as idéias de Wingfield foi convocada uma reunião pública em Londres, que em 25 de maio de 1875,

aprovaram o novo código do lawn tennis, inclusive a tão discutida pontuação em fração de 15 pontos.

1.3. O Tênis no Brasil ( texto extraído na íntegra da CBT )

O poderio econômico britânico no século XIX ganhou o mundo e, certamente, ajudou a difundir o

tênis, inclusive no Brasil, onde chegou pelas mãos dos técnicos da Light and Power (energia elétrica) e da

São Paulo Railway (estradas de ferro), que iniciaram o processo de urbanização dos grandes centros, como

São Paulo e Rio de Janeiro.

No Brasil, esse registro tem lugar em Niterói, Rio de Janeiro, em 1888. Além dos diplomatas, os

pioneiros eram representantes de firmas de navegação e engenheiros que vieram construir nossas ferrovias.

O primeiro clube brasileiro que começou a prática foi Club Blitz de Ciclismo, fundado no dia 15 de

outubro de 1898, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Já em São Paulo, as primeiras quadras de tênis

foram construídas em 1892, no São Paulo Athletic Club, fundado pelos ingleses. Mas o esporte no país só

era praticado como lazer e convívio social.

Os primeiros torneios só aconteceram em 1904. Foi um interclubes envolvendo o São Paulo, o

Tennis Club de Santos e o Paulistano.

Os torneios "nacionais" eram jogados entre os Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro, já que o

acesso de tenistas de outros estados só era possível através de via fluvial. Em 1913, três tenistas brasileiros

promoveriam o primeiro campeonato estadual. Depois de cinco consecutivas conquistas dos ingleses, o

Brasil teve seu primeiro campeão do Estado de São Paulo: Maercio Munhoz, do Paulistano, que em 1930

fundaria a Sociedade Harmonia de Tênis.

Nos últimos anos da década de 20, o jogador Nélson Cruz era o principal destaque. Neste período,

os clubes Germânia (Pinheiros), Paulistano, São Paulo Athletic, Tietê e Espéria fundaram, em 1924, a

Federação Paulista de Tênis, sendo que na década de 30 já tinha um número recorde de 23 clubes filiados.

Cruz com Ricardo Pernambucano foram os primeiros brasileiros a participar da Copa Davis, que

surgiu em 1900. A estréia aconteceu em 1932. Depois se destacou Alcides Procópio, que se tornou o

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primeiro brasileiro a participar do torneio de Wimbledon, na Inglaterra, em 1938. Ele também ganhou o

primeiro título oficial de campeão brasileiro de simples, em 1943, derrotando seu principal rival na época,

Maneco Fernandes, do Paulistano.

No Rio de Janeiro, no começo do século, em 1902, foi fundado o Clube Fluminense e, em 1916,

nasceu o Country Club do Rio de Janeiro, que teve como expoentes Ronald Barnes e Jorge Paulo Lemman.

Até o ano de 1955, o tênis brasileiro era membro, juntamente com o futebol, basquete, vôlei,

esgrima, vela etc, da Confederação Brasileira de Desporto (CBD), sendo o futebol o carro-chefe da entidade.

O futebol recebia parte do leão e as migalhas eram distribuídas aos demais esportes. No campeonato

Infanto-juvenil de Santos, em 1955, teve início o movimento de emancipação, que aconteceu com a

fundação da Confederação Brasileira de Tênis no dia 19 de novembro de 1955. O "Diário Oficial" publicou no

dia 8 de março de 1956 o Decreto de Nº 38.759 do presidente Juscelino Kubitschek sobre a criação da nova

entidade. O primeiro presidente foi Leoberto Leal.

Nessa metade de século, surge uma terceira força no tênis brasileiro junto com os paulistas e

cariocas: os gaúchos.

Pelos paulistas, nasceu a maior estrela do tênis brasileiro e mundial: Maria Esther Bueno, desfilando nas

quadras do mundo a graça e a beleza do seu jogo. Nascida em São Paulo, no dia 11 de outubro de 1939,

Estherzinha foi tricampeã em Wimbledon (59, 60, e 64) e tetracampeã no US Open (59, 63, 64 e 66). Foi

número um do mundo em 59, 60, 64 e 66. Simplesmente tem um total de 589 títulos internacionais na

carreira.

O sul dava o maior tenista de nossa história até o surgimento de Gustavo Kuerten. Canhoto, Thomaz

Koch, nasceu no dia 11 de maio de 1945, filho de uma família de esportistas. Em 1963, foi considerado o

melhor tenista de 18 anos do mundo, quando alcançou a semifinal de Forest Hills, o atual US Open.

Juntamente com Édson Mandarino, formou uma das melhores duplas do mundo, que no ano de 1966

chegou a seu ápice.

Nos anos 70, o tênis brasileiro ainda vivia com o brilho de Koch, mas surgia no cenário mundial

Carlos Alberto Kirmayr, que participou da equipe brasileira da Davis por mais de dez anos. Esteve entre os

50 melhores tenistas do mundo, chegando ao 31º lugar do ranking da ATP no começo dos anos 80. Koch

chegou a ser 24º colocado no final dos anos 60.

No feminino, a baiana Patrícia Medrado foi nossa melhor tenista com a aposentadoria precoce de

Estherzinha, já que no início de 70 ela deixou as quadras devido a uma tendinite no cotovelo.

No masculino, já no final da década de 80, o paulista Luiz Mattar foi o principal destaque. Junto com

Cássio Motta, Fernando Roese e, depois, Jaime Oncins, formaram uma das equipes brasileiras mais fortes

da Copa Davis, chegando à semifinal do grupo mundial em 92. Já no feminino, a gaúcha Niége Dias foi a

última a colocar o tênis brasileiro feminino no cenário mundial, já que chegou a estar entre as 30 melhores

do mundo.

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Em 1996, o tênis brasileiro começou um novo capítulo com o catarinense

Gustavo Kuerten. O até então juvenil, alto e desengonçado, subia rapidamente no ranking

mundial e surpreendeu o mundo quando levantou a taça de Roland Garros em 1997.

2. REGRAS OFICIAIS

REGRA 1: A QUADRA

A quadra deve ser um retângulo de 23,77 m de comprimento por 8,23 m de largura. Deve ser

dividida ao meio por uma rede suspensa através de uma corda ou cabo metálico, com um diâmetro

máximo de 0,8 cm, cujas extremidades devem ser amarradas, ou passar sobre dois postes, os quais não

podem ter secção com mais de 15 cm2 ou 15 cm de diâmetro. Os centros dos postes devem ficar a

0,914 m do lado de fora da quadra e a altura dos postes devem ser tal que o topo da corda ou cabo

metálico fique a 1,07 m do solo.

Quando uma quadra serve para simples e duplas, com uma rede de duplas usada para simples, a

rede deve conter dois postes de sustentação numa altura de 1,07m, denominados “paus-de-simples”, os

quais não devem ter secção com mais de 7,5 cm2 ou 7,5 cm de diâmetro. Os centros dos paus de

simples devem estar a 0,914 m para fora da quadra de simples.

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A rede deve ser estendida completamente, de modo que preencha o espaço total entre os dois

postes, e deve ser de uma malha suficientemente pequena para evitar que a bola a atravesse. A altura

da rede deve ser de 0,914 m no centro, onde deve ser mantida esticada por uma fita de não mais do que

5 cm de largura e de cor inteiramente branca. Deve existir uma fita cobrindo a corda ou cabo metálico e

o topo da rede com menos de 5 cm e não mais do que 6,3 cm e de cor branca.

Não deve existir anúncios na rede, fitas ou paus de simples.

As linhas que limitam as extremidades e as laterais da quadra devem ser chamadas

respectivamente de linhas de base (linha de fundo) e de linhas laterais. Em cada lado da rede, numa

distancia de 6,40 m dela e paralelemente a ela, deve ser riscada a linha de saque. 0 espaço de cada

lado da rede, entre a linha de serviço e as linhas laterais, deve ser dividido em duas partes iguais,

chamadas quadras de saque, por uma linha central de saque, a qual deve ter 5 cm de largura, riscada

eqüidistante as duas linhas laterais.

Cada linha de fundo deve ser dividida por uma linha imaginária a continuação da linha central de

saque, com 10 cm de profundidade para dentro da quadra e com 5 cm de largura, chamada de marca

central. Todas as outras linhas não devem tcr menos do que 2,5 cm nem mais do que 5 cm de largura,

exceto a linha de fundo que pode ter 10 cm de largura. Todas as medidas devem ser feitas com

referências a parte interna das linhas. Todas as linhas devem estar uniformemente coloridas.

Se forem colocados no fundo da quadra anúncios ou qualquer outro tipo de material, ele não pode

conter branco, amarelo ou qualquer cor clara. O mesmo procedimento deve ser adotado no caso de

anúncios nas cadeiras dos juízes. Nota: No caso de torneios da ITF (Federação Internacional de Tênis),

como Copa Davis ou outro, deve haver um espaço atrás da linha de fundo não menor a 6,4 m e dos

lados não menor do que 3,66 m.

REGRA 2: INSTALAÇÕES PERMANENTES

As chamadas instalações permanentes da quadra não incluem apenas a rede, postes, paus de

simples, cabo, cinta ou fita, mas também, onde houver, as paredes de fundo e laterais, as

arquibancadas, acentos fixos ou móveis e cadeiras ao redor da quadra, e seus ocupantes, além de todas

as outras INSTALAÇÕES ao redor e sobre a quadra, o juiz de net, juiz de foot-fault, juiz de linha e

boleiro, quando em seus respectivos lugares.

Nota: compreende-se como “juiz” todas as pessoas autorizadas a sentarem-se na quadra e aquelas

designadas a auxiliarem o juiz na condução de um jogo.

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REGRA 3: A BOLA

A bola deve ter uma superficie externa uniforme e deve ser branca ou amarela. Se houver

qualquer junta, ela não deve ter costura.

Deve ter um diâmetro maior do que 6,35 cm e menor que 6,67 cm, e um peso maior que 56,7 g e

menor que 58,5 g. A bola deve ter um pulo maior que 135 cm e menor que 147 cm quando largada da

altura de 254 cm sobre uma superficie sólida.

A uma pressão de 8,165 Kg a bola deve ter uma deformação maior que 0,56 cm e menor que 0,74

cm e um retorno de deformação de mais do que 0,89 cm e menor que 1,08 cm.

Os dois números de deformação devem ser a média de três leituras individuais ao longo de três

eixos da bola (duas leituras individuais Não podem diferir mais do que 0,08 em cada caso).

Todos os testes para pulo, tamanho e deformação devem ser feitos segundo os regulamentos da

ITF.

REGRA 4: A RAQUETE

As raquetes devem atender a todas as especificações da ITF serem utilizadas em jogos oficiais de

tênis.

REGRA 5: SACADOR E RECEBEDOR

Os jogadores devem se posicionar em lados opostos da rede; o jogador que inicia o ponto deve

ser chamado de sacador e o outro de recebedor.

Caso 1 - Um jogador, ao tentar um golpe, perde o ponto se ele cruzar uma linha imaginária na extensão

da rede:

(A) Antes de golpear a bola?

(B) Depois de golpear a bola?

Decisão - Ele não perde o ponto em nenhum dos casos por cruzar a linha imaginária e desde que ele

não adentre as linhas que limitam a quadra do seu oponente (Regra 20E). Com respeito a obstrução,

seu oponente pode solicitar a Decisão do juiz, conforme as regras 21 e 25.

Caso 2 - O sacador reclama que o recebedor precisa posicionar-se dentro das linhas que limitam sua

quadra. Isso é necessário? Decisão - Não. O recebedor pode posicionar-se onde lhe agradar no seu

próprio lado da rede.

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REGRA 6: ESCOLHA DE LADOS E SAQUE

A escolha de lados e o direito de ser sacador ou recebedor no primeiro game devem ser decididos

por “cara ou coroa”. O jogador que vencer no “cara ou coroa” pode escolher, ou pedir que seu oponente

escolha:

(A) O direito de ser sacador ou recebedor, caso em que o outro jogador escolhe o lado; ou:

(B) O lado, caso em que o outro jogador escolhe o direito de ser sacador ou recebedor.

REGRA 7: O SAQUE

O saque deve ser executado conforme descrito a seguir:

Imediatamente antes de começar a sacar, o sacador deve posicionar-se com ambos os pés em

repouso, atrás da linha de base.

O sacador deve então projetar com as mãos a bola no ar em qualquer direção e, antes dela atingir

o solo, golpea-la com sua raquete. A execução deve ser considerada como tendo sido completada no

momento do impacto da raquete na bola.

Um jogador que só possua um braço poderá utilizar sua raquete para projetar a bola.

Caso 1 - Pode um sacador, numa partida de simples, posicionar-se atrás da porção da linha de base

entre as linhas laterais da quadra de simples e da de duplas? Decisão - Não.

Caso 2 - Se um jogador, quando sacando, lança para cima duas ou mais bolas ao invés de uma, ele

perde aquele saque? Decisão - Não. O juiz deve mandar repetir o saque, mas se julgar a ação

intencional, poderá agir conforme a regra 21.

REGRA 8: FOOT-FAULT

O sacador, durante a execução de um saque, deve:

A - Não mudar sua posição, andando ou correndo. O sacador não deve, por leves movimentos dos pés,

os quais não afetam materialmente sua posição original, ser considerado como “mudando sua posição

andando ou correndo”.

B - Não tocar com o pé qualquer outra área que não seja aquela atrás da linha de base, dentro da

extensao imaginária da marca de centro e das linhas laterais.

A palavra “pé” significa a extremidade da perna abaixo do tornozelo.

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REGRA 9: EXECUÇÃO DO SAQUE

A - Na execução do saque, o sacador deve postar-se alternadamente do lado direito e esquerdo

da quadra, começando do seu lado direito em cada game. Se ocorre um saque da metade errada da

quadra e não é detectado, toda a jogada resultante desse serviço ou serviços errados deve permanecer,

mas o posicionamento errado terá de ser corrigido imediatamente após ser descoberto.

B - A bola que foi sacada deve passar sobre a rede e atingir o solo dentro da área de saque que

seja diagonalmente oposta, ou sobre qualquer linha delimitando tal área, antes do recebedor devolve- la.

REGRA 10: SERVIÇO FALTOSO

O serviço é um fault:

A - Se o sacador comete qualquer violação das Regras 7, 8 ou 9;

B - Se o sacador não atinge a bola ao tentar golpeá-la;

C - Se a bola sacada toca uma instalação permanente (outra que não a rede, cinta ou fita) antes de

atingir o solo.

Caso 1 - Depois de arremessar a bola para cima na preparação do saque, o sacador decide não golpeá-

la e a pára no ar. É um fault? Decisão - Não.

Caso 2 - No saque de uma partida de simples, jogado numa quadra de duplas com postes de duplas e

paus de simples, a bola atinge um pau de simples e então toca o solo dentro da área correta do saque. É

isto um fault ou um let? Decisão - O saque é um fault, porque os paus de simples, os postes de duplas e

aquela porção da rede, ou fita, entre eles sao instalações permanentes (Regras 2 e 10 e nota da Regra

24).

REGRA 11: SEGUNDO SAQUE

Após um fault (se o primeiro é fault), o sacador deve sacar outra vez detrás da mesma metade da

quadra da qual ele sacou o fault, a menos que o saque tenha sido da metade errada, quando, de acordo

com a Regra 9, o sacador deverá ter direito a um saque apenas desde a outra metade.

Caso l - Um jogador saca desde uma quadra (metade) errada. Ele perde o ponto e então reclama que foi

um fault por causa de seu posicionamento errado. Decisão - O ponto permanece para o recebedor e o

saque seguinte deverá ser da posição correta, de acordo com o placar.

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Caso 2 - A contagem estando 15 iguais, o sacador, por engano, saca do lado esquerdo da quadra e

vence o ponto. Ele então saca novamente do lado direito da quadra, servindo um fault no primeiro

serviço. Este erro no posicionamento é então descoberto. Ele (o jogador) tem direito ao ponto anterior?

De que metade da quadra deve ele sacar? Decisão - O ponto anterior permanece. O saque seguinte

deve ser do lado esquerdo da quadra, a contagem sendo 30/15 e o sacador já tendo um fault de primeiro

serviço.

REGRA 12: QUANDO SACAR

O sacador não deve sacar até que o recebedor esteja pronto. Se este último tenta devolver o

saque, ele será considerado como se estivesse pronto. Se, entretanto, o recebedor indica que não está

pronto, não poderá reclamar um fault do sacador pelo fato de a bola não atingir o solo dentro dos limites

fixados para o saque.

REGRA 16: TROCA DE LADO

Os jogadores devem trocar de lado no fim do primeiro, terceiro e a cada game ímpar subseqüente

de cada set e no final de cada set, a menos que o total de games naquele set seja par, caso em que a

troca não é feita até o fim do primeiro game do set seguinte. Se um engano é cometido e a seqüência

correta não é seguida, os jogadores devem tomar sua posição correta tao logo seja descoberto e seguir

a sequência original.

REGRA 17: A BOLA EM JOGO

A bola está em jogo desde o momento em que ela é golpeada no saque. A menos que seja

chamado um “fault” ou um “let”, ela permanece em jogo até que o ponto seja decidido.

Caso l - Um jogador falha em executar uma boa devolução. Nenhuma chamada é feita e a bola

permanece em jogo. Pode o seu oponente reclamar com atraso o ponto, após este ter terminado?

Decisão - Não. O ponto não pode ser reclamado se os jogadores continuaram a jogar após um erro ter

sido cometido, desde que o oponente não tenha sido atrapalhado.

REGRA 18: SACADOR GANHA O PONTO

O sacador ganha o ponto:

A - Se a bola sacada (Não sendo um let conforme Regra 14) toca o recebedor ou qualquer coisa que ele

vista ou carregue, antes de tocar o solo;

B - Se o recebedor de qualquer outro modo perde o ponto conforme previsto na Regra 20.

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REGRA 22: BOLA SOBRE A LINHA

Uma bola caindo sobre uma linha é considerada como caindo na quadra limitada por aquela linha.

Portanto, é uma bola boa.

REGRA 26: CONTAGEM NO GAME

Se um jogador vence seu primeiro ponto, a contagem é 15 para aquele jogador; vencendo seu

segundo ponto, a contagem é 30 para aquele jogador; vencendo seu terceiro ponto, a contagem é 40

para aquele jogador, e o quarto ponto vencido por um jogador dá o game para ele, exceto como abaixo:

Se ambos os jogadores tiverem vencido três pontos, a contagem é “iguais”. O ponto seguinte

vencido por um jogador dá a vantagem para aquele jogador. Se o mesmo jogador vence o ponto

seguinte, ele vence o game; se o outro jogador vence o ponto, a contagem volta novamente a “iguais”. E,

assim por diante, até que um jogador vença dois pontos imediatamente seguintes a contagem “iguais”,

quando o game é marcado para aquele jogador.

REGRA 27: CONTAGEM NO SET

Um jogador (ou jogadores) que primeiro vencer 6 games, vence um set. Ressalte-se que ele

precisa vencer por uma margem de 2 games sobre o seu oponente e, quando necessário, um set deve

ser prolongado até que esta margem seja atingida.

B - O sistema de tiebreak de contagem pode ser adotado como uma alternativa para o sistema do

parágrafo A, desde que isto seja anunciado antes da partida. Neste caso as seguintes regras deverão

ser aplicadas: O tiebreak será usado quando o placar atinge o empate de 6 games a 6 em qualquer set,

exceto em casos específicos definidos em regulamentação própria (casos da Copa Davis, Gram Slams,

Campeonatos Abertos etc). O seguinte sistema deve ser usado num game de tiebreak:

SIMPLES

I - Um jogador que primeiro ganhar 7 pontos vence o game e o set, desde que esteja a frente por uma

margem de 2 pontos. Se o placar ficar igualado em 6 pontos, o game deve ser estendido até que esta

margem de dois pontos de vantagem seja atingida. A contagem deverá ser numérica durante o tiebreak.

Il - o jogador a quem cabia sacar, deve ser o sacador para o primeiro ponto. Seu adversário deverá ser o

sacador para o 2º e 3º pontos e, daí em diante, cada jogador deve sacar altemadamente por 2 pontos

consecutivos até que o vencedor do game e, conseqüentemente, do set seja conhecido.

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III - Desde o primeiro ponto, cada saque deve ser efetuado alternadamente do lado direito e do lado

esquerdo da quadra, começando pelo lado direito. Se ocorre saque de uma metade errada da quadra e é

percebido, todos os pontos resultantes deste saque ou saques errados devem permanecer, mas a

posição deve ser corrigida imediatamente após a descoberta.

IV - Os jogadores devem trocar de lado após cada 6 pontos e na conclusão do tiebreak.

V - O tiebreak deve ser contado como um game para efeito da troca de bolas, exceto que, se as bolas

devessem ter sido trocadas no início do tiebreak, a troca deve ser adiada até o 2º game do set seguinte.

DUPLAS

Em duplas, deve ser aplicado o mesmo procedimento de simples. O jogador que tinha a vez de

sacar deve ser o sacador para o primeiro ponto. Dali em diante cada jogador deve servir em rotação por

2 pontos, na mesma ordem do set em andamento, até que os vencedores do game e do set sejam

conhecidos.

ROTAÇÃO DO SERVIÇO

O jogador (ou dupla) que sacou primeiro no tiebreak deve ser recebedor no primeiro game do set

seguinte.

REGRA 28: NÚMERO MÁXIMO DE SETS

O número máximo de sets numa partida deve ser cinco para o masculino e três para o feminino.

REGRA 33: O JOGO DE DUPLAS

As regras anteriores devem ser aplicadas também no jogo de duplas, exceto as que serão

expostas a seguir.

REGRA 34: A QUADRA DE DUPLAS

Para o jogo de duplas a quadra deve ter 10,97m de largura, isto é, 1,37m a mais de cada lado do

que a quadra para o jogo de simples. E aquelas porções das linhas laterais de simples que ficam entre as

duas linhas de serviço devem ser chamadas de linhas laterais de serviço. De resto, a quadra deve ser

similar aquela descrita na regra 1, exceto pelas porções das linhas laterais de simples entre a linha de

base e a linha de serviço em cada lado da rede, que podem ser omitidas, se desejado.

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REGRA 35: ORDEM DE SAQUE EM DUPLAS

A ordem de saque deve ser decidida no começo de cada set, conforme segue: A dupla que tem

que servir no primeiro game de cada set deve decidir qual o parceiro o fará e a dupla oponente deve

decidir igualmente quem iniciará sacando no segundo game. O parceiro do jogador que sacou no

primeiro game deve sacar no terceiro; o parceiro do jogador que sacou no segundo game deve sacar no

quarto, e assim na mesma ordem em todos os games subseqüentes de um set.

Caso 1 - Em duplas, um jogador não aparece em tempo para jogar e seu parceiro pede permissão para

jogar sozinho contra os jogadores oponentes. Isso é possível? Decisão - Não.

REGRA 36: ORDEM DE RECEBIMENTO EM DUPLAS

A ordem de recebimento do saque deve ser decidida no começo de cada set, conforme o que se

seme: A dupla que tem que receber o saque no primeiro game deve decidir qual parceiro deve receber o

primeiro saque e aquele parceiro deve continuar a receber o primeiro saque em cada game ímpar

durante aquele set.

A dupla adversária deve, da mesma forma, decidir qual parceiro deve receber o primeiro saque do

segundo game e aquele parceiro deve continuar a receber o primeiro saque em cada game par durante

aquele set. Os parceiros devem receber o saque alternadamente durante cada game.

Caso 1 - É permitido, em duplas, o parceiro do sacador ou do rebatedor permanecer em uma posição

que obstrua a visão do recebedor? Decisão - Sim. O parceiro do sacador pode tomar qualquer posição

no seu lado da rede, dentro ou fora da quadra, conforme desejar.

REGRA 39: SAQUE FALTOSO EM DUPLAS

O saque é um fault conforme previsto na regra 10, ou se a bola toca o parceiro do sacador ou

qualquer coisa que ele vista ou carregue. Mas se a bola sacada tocar o parceiro do recebedor, ou

qualquer coisa que ele vista ou carregue, não sendo chamado um let conforme a regra 14 A antes de

atingir o solo, então o sacador vence o ponto.

REGRA 40: JOGANDO A BOLA EM DUPLAS

A bola deve ser golpeada alternadamente por um ou outro jogador de cada um das duplas. Se um

jogador toca a bola em jogo depois dela ter sido tocada por seu parceiro, seus oponentes ganham o

ponto.

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REGRAS BÁSICAS DO TÊNIS EM CADEIRA DE RODAS

O jogo de tênis em cadeira de rodas segue as mesmas regras do tênis comum, exceto pela possibilidade

do tenista em cadeira de rodas poder deixar a bola quicar duas vezes.

O Jogador de Tênis em Cadeira de Rodas - O único requisito para que uma pessoa possa competir em

cadeira de rodas é ter sido medicamente diagnosticado como portador de uma deficiência relacionada com a

locomoção, em outras palavras, ele deve ter total ou substancial perda funcional de uma ou mais partes

extremas do corpo.

O Jogo da Bola - No tênis em cadeira de rodas a bola pode quicar duas vezes antes de ser rebatida, sendo

o primeiro quique dentro das linhas de quadra e o segundo, tanto pode ser dentro como fora das linhas da

quadra de tênis.

O Saque

• O primeiro toque da bola sacada na quadra deve ser dentro do retângulo destinado a isto; o segundo

quique tanto pode ser dentro ou fora dos limites da quadra.

• O sacador não deverá, durante o saque mudar de posição ou tocar, com qualquer roda, qualquer linha

fora da área delimitada para o saque.

• O jogador é proibido de usar, deliberadamente, qualquer extremidade de seu corpo como freio ou

estabilizador durante o saque.

• Caso os métodos convencionais para o saque forem impraticáveis para um tetraplégico, uma outra

pessoa poderá ser autorizada a lançar (levantar) a bola para ele.

Perda de Ponto – A cadeira de rodas é considerada parte do corpo do jogador para efeito de quaisquer

regras. O jogador perde o ponto se:

A bola tocar seu corpo, sua cadeira ou qualquer coisa que ele carregue ou use, exceto a raquete em sua

mão. Essa perda de ponto ocorrerá independentemente da posição em que estiver, quando a bola em jogo o

atingir.

Deliberadamente usar seus pés ou qualquer outra extremidade do corpo como freio ou estabilizador, seja

ao sacar, rebater a bola ou movimentar ou frear a cadeira.

Permitir, ao bater na bola, que sua nádega deixe de ter contato com o assento da cadeira.

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3. DICIONÁRIO DO TÊNIS

Ace – Ponto ganho diretamente com um saque, o qual o adversário não consegue tocar a bola. Approach – Golpe executado para que o jogador possa se de aproximar da rede. Backhand ou Revés – Golpe executado com as costas da mão voltada para frente.

Dupla -Falta – Quando o sacador erra os dois saques ou serviços.

Forehand – Golpe executado com a palma da mão voltada para frente.

Foot Fault – Quando o sacador ao executar o saque pisa na linha de fundo.

Lob – Golpe com bastante efeito para frente que o jogador aplica para encobrir o outro jogador que geralmente está próximo à rede. Match Point – Chance que o jogador tem de fechar a partida se ganhar o ponto.

Slice – Efeito para baixo, contrário ao Top Spin.

Smash – Golpe agressivo de finalização parecido com o saque.

“T” – Local que se encontram a linha de saque e linha central da quadra.

Top Spin – Efeito imprimido à bola com rotação para frente.

Voleio – Golpe executado sem deixar a bola quicar na quadra.

Winner Point – Ponto vencedor, golpe agressivo no qual o adversário não consegue devolver a bola.

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4. FUNDAMENTOS BÁSICOS DO TÊNIS

4.1. Empunhaduras

A empunhadura nada mais é do que a forma de segurar a raquete. No Tênis existem 3 tipos básicos

de empunhaduras que são: a Eastern, Western e Continental.

A utilização dessas empunhaduras depende do golpe a ser executado, por exemplo, nos golpes de

forehand as empunhaduras mais utilizadas são a Eastern e Western, enquanto para o backhand é a

Continental. Dessa forma, podemos concluir que durante um jogo o tenista se utiliza de pelo menos duas

dessas empunhaduras.

A diferenciação dessas empunhaduras, estão em pequenas diferenças da posição de encaixe da

mão no cabo da raquete. Vejamos abaixo a descrição das três empunhaduras básicas.

Na empunhadura Eastern (Fig. 1) o modo de segurar é como se estivéssemos cumprimentando a

mão de alguém, a palma da mão se apoia mais na lateral do cabo e a raquete fica quase em linha reta no

prolongamento da mão e o punho sofre uma leve rotação para a lateral do corpo.

Na empunhadura Western (Fig. 2) ocorre uma pequena diferença em relação a empunhadura

anterior no local da palma da mão onde o cabo se encaixa, ficando a raquete numa posição diagonal mais

ou menos num ângulo de 45º em relação ao prolongamento da mão e o punho sofre uma rotação um pouco

mais acentuada que a empunhadura anterior para a mesma direção.

Já na empunhadura Continental (Fig. 3) a palma da mão se encaixa um pouco mais na parte

superior do cabo da raquete, ficando a raquete exatamente na linha do prolongamento da mão, aqui o punho

sofre uma rotação acentuada, mas em direção oposta as duas outras empunhaduras, ou seja uma rotação

para a parte interna do corpo.

Figura 1 Figura 2 Figura 3

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4.2. Posição de inicial ou expectativa

Todo golpe no Tênis com exceção do movimento do saque parte ou se inicia a partir da posição

inicial e termina na posição inicial ou seja, ela está presente no início e final do golpe.

Posicionamento:

A) pés afastados (o afastamento deve permitir uma rápida reação frente a uma situação)

B) joelhos semi-flexionados

C) segurar a raquete com as duas mãos na altura da cintura à frente do corpo

D) calcanhares levemente levantados (isso permite uma reação mais rápida)

E) olhar atentamente a bola

5. GOLPES BÁSICOS DO TÊNIS

5.1. Fases do golpes

Os golpes no Tênis são constituídos de três fases:

A - FASE PREPARATÓRIA (preparação do golpe)

B - FASE DE CONTATO (início da execução do golpe até o contato com a bola)

C - FASE FINAL (final do golpe, desaceleração e retorno a posição inicial)

5.2. Forehand

O forehand é o golpe executado com a palma da mão voltada para frente, isso vale tanto para

destros como para canhotos.

O forehand é um dos golpes mais importantes e potentes no Tênis. A empunhadura mais utilizada é

a Easten e Weastern.

Descrição das ações motoras nas três fases do movimento:

A - FASE PREPARATÓRIA (preparação do golpe)

1- posição de inicial

2- tomar uma posição lateralmente a quadra com a perna esquerda à frente para destros e direita para

canhotos

3-preparação rápida da raquete com giro de tronco e quadril para trás

B - FASE DE CONTATO (início da execução do golpe até o contato com a bola)

4- aceleração da raquete de trás para frente

5,6- giro rápido de tronco e quadril para frente até o contato com a bola na frente do corpo

C - FASE FINAL (final do golpe, desaceleração e retorno a posição inicial)

7- continuação do movimento com a raquete terminando acima do ombro atrás da cabeça

8- finalização do balanço e da rotação do tronco e quadril

9- retorno a posição inicial

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5.3. Backhand

O backhand é o golpe executado com as costas da mão voltada para frente, isso vale tanto para

destros como para canhotos.

O backhand também é um dos golpes mais importantes no Tênis e o jogador que não o dominá-lo

bem dificilmente alcançara um alto nível. A empunhadura mais utilizada é a Continental e o golpe pode ser

executado com uma ou duas mãos.

Descrição das ações motoras nas três fases do movimento:

A - FASE PREPARATÓRIA (preparação do golpe)

1- posição de inicial

2- tomar uma posição lateralmente a quadra com a perna direita à frente para destros e esquerda para

canhotos

3-preparação rápida da raquete com giro de tronco e quadril para trás

B - FASE DE CONTATO (início da execução do golpe até o contato com a bola)

4- aceleração da raquete de trás para frente

5,6- giro rápido de tronco e quadril para frente até o contato com a bola, na frente do corpo.

C - FASE FINAL (final do golpe, desaceleração e retorno a posição inicial)

7- continuação do movimento com a raquete terminando acima do ombro

8- finalização do balanço e da rotação do tronco e quadril

9- retorno a posição inicial

5.4. Top Spin

O top spin é um golpe que imprimi muito efeito/giro (para cima) à bola com velocidade moderada e

é muito utilizado no Tênis, principalmente na preparação para a finalização de uma jogada.

A execução técnica e a empunhadura são as mesmas utilizadas no forehand e backhand, entretanto

a aceleração da raquete é feita de baixo para cima num movimento circular e não de trás para frente.

5.5. Slice

O slice é um golpe contrário ao top spin, ele imprimi muito efeito/giro (para baixo) e com pouca

velocidade. No forehand o slice é pouco utilizado sendo considerado um golpe de defesa, entretanto no

backhand o slice é muito utilizado em diversas situações com muito efeito e muito controle.

A execução técnica e a empunhadura são as mesmas utilizadas no forehand e backhand, entretanto

a aceleração da raquete é feita de cima para baixo fazendo-se uma meia lua na bola.

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5.6. Voleio

O voleio é quando golpeamos a bola sem esperar ela pingar na quadra, esse golpe é muito utilizado

junto a rede com o objetivo de bloquear a bola do adversário e fechar o ponto. A empunhadura mais utilizada

nesse golpe é a Continental.

A execução técnica é a mesma utilizada no forehand e backhand, entretanto a preparação e

movimentação de tronco e quadril é mais curta e a aceleração da raquete é feita de cima para baixo

fazendo-se uma meia lua na bola.

5.7. Smash

O smash é um golpe bastante agressivo utilizado para finalizar um ponto. Ele é muito parecido com o saque.

(ver execução técnica do saque).

5.8. Saque ou serviço

O saque é o golpe que coloca a bola em jogo e atualmente é uma arma fundamental para um

jogador alcançar um alto nível. O saque pode ser executado com diferentes características como: potente

com muita velocidade ou também com menos potência mas com muito efeito, como geralmente acontece no

segundo serviço. A empunhadura mais utilizada no saque é a Continental.

Descrição das ações motoras nas três fases do movimento:

A - FASE PREPARATÓRIA (preparação do golpe)

1- aponte o pé esquerdo no caso dos destros e direito no caso dos canhotos, em direção a área de saque

que você pretende atingir. O pé que ficou atrás deve estar paralelo à linha de fundo e seu corpo em posição

lateral à quadra.

2- a bola deve ser segura com a mão contrária que segura a raquete em forma de garra.

3-preparação rápida da raquete em direção atrás da cabeça com cotovelo flexionado e lançamento da bola

acima da cabeça quase simultaneamente.

4- flexão dos joelhos

B - FASE DE CONTATO (início da execução do golpe até o contato com a bola)

5- aceleração da raquete de trás para frente com extensão simultânea dos joelhos

6- transferência do peso do corpo para a bola

7- contato com a bola no seu ponto mais alto ou início da descida

C - FASE FINAL (final do golpe, desaceleração e retorno a posição inicial)

7- continuação do movimento com a raquete terminando próxima ao chão e finalização do balanço

8- retorno a posição inicial

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6. QUIMBALL

Todas as informações abaixo foram extraídas do folder de apresentação e divulgação do Quimball,

que foi preparado pelo próprio criador e também de palestras realizadas por ele.

6.1. Breve histórico

O Quimball foi criado em meados da década de 40, por um senhor piracicabano chamado Joaquim

Bueno de Camargo mais conhecido como “ Quim”, que infelizmente morreu recentemente em 2004,

atropelado em uma avenida de Piracicaba aos 78 anos .

Essa brincadeira a qual seu Quim e alguns amigos jogavam foi batizada como o “ Jogo do Quim”,

entretanto, após algumas décadas seu Joaquim apostou em transformar essa brincadeira em um esporte ao

qual hoje é chamado de Quimball.

O Quimball é um jogo interessante que mistura um pouco de basquete, vôlei, tênis e até futebol e que

pode ser praticado por pessoas de qualquer idade e provavelmente é o único “ esporte” de raquete praticado

em equipe. O Quimball como esporte ainda está muito longe de ser efetivado, pois ele ainda é muito pouco

conhecido, suas regras ainda não estão bem consolidadas e também ainda é muito difícil conseguir o

material usado para o jogo como raquetes e bolas. Entretanto não podemos nos esquecer que o mais

conhecido e praticado esporte de raquete do mundo o Tênis começou da mesma maneira.

6.2. O jogo e suas regras

O Jogo

O Quimball é praticado por 2 equipes de 4 pessoas (cada), em quadras de vôlei, utilizando o poste de

fixação da rede, como limitação de jogo aéreo.

A altura da rede atualmente para o jogo adulto é 2,10 m. e para o infantil 1,90 m. O jogo é dividido em

4 tempos de 10 minutos cronometrados. Em cada tempo é permitido ao técnico da equipe em desvantagem,

um pedido de paralisação de um minuto.

Ao término do primeiro e do terceiro tempo são realizados intervalos de 3 minutos e ao final do

segundo tempo um intervalo de 6 minutos, quando ocorre a troca de lado na quadra.

A partida termina no quarto tempo com a vitória da equipe que obteve o maior número de pontos. Em

caso de empate, realiza-se um quinto tempo (melhor de cinco pontos) sem troca de lados, iniciada pela

equipe que marcou o último ponto.

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As regras

� A partida se inicia com o saque em qualquer posição de fundo da quadra, executado pelo

jogador da posição 3, que terá 3 segundos para faze-lo, após a autorização do árbitro. Caso o

jogador erre o primeiro saque, será concedido a ele um segundo saque;

� Cabe a equipe adversária devolver a bola com o mínimo de 2 e o máximo de 3 toques. Sendo

que a devolução deverá sempre ser feita após 2 toques com a raquete;

� No saque ou nos passes, caso a bola toque a rede, continua em jogo dentro das regras

normais;

� É permitido utilizar o corpo (cabeça, peito e pés) para facilitar os lances. Esse contato com o

corpo não é considerado toque quando usado para amortecer a recepção da bola, que em

seguida é passada para outro jogador com a raquete. Porém tal contato será considerado

toque se for usado para passar a bola sem a utilização da raquete;

� Antes da recepção da bola é permitido que esta “quique” ou pingue na quadra, entretanto isso

só poderá ocorrer 4 vezes por tempo;

� O rodízio dos jogadores é feito sempre no sentido horário, pela equipe que perdeu o ponto;

� As cortadas só podem ser executadas antes da linha dos 3 metros, no entanto após a tomada

a impulsão para efetuar a cortada, a queda ao solo poderá ser feita dentro da linha dos 3

metros. Dentro dessa linha só é permitido ataque de costas e lateral, bem como a largadinha

e a bandeja;

� Durante a partida o técnico tem direito a quantas substituições desejar, porém a cada uma

deverá aguardar a equipe fazer 1 ponto antes de uma nova substituição;

� Em caso de falta grave o atleta será expulso da quadra e o atleta que entrar em seu lugar não

poderá ser substituído posteriormente mesmo em caso de contusão. Neste caso a equipe

continuará a partida com 3 jogadores, sendo que o número mínimo permitido em quadra é de

2 jogadores.

Penalidades

A equipe será penalizada se cometer alguma das faltas abaixo:

� Cortada dentro da linha dos 3 metros;

� Uso da mão e dos braços;

� Toque na rede com o corpo ou a raquete

� Invasão do campo adversário pelo corpo ou raquete;

� Erro de posicionamento em quadra

� Faltas técnicas como manifestações inconvenientes relativas a qualquer pessoa, em especial

aos árbitros.

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A penalidade é cobrada pela equipe adversária com um Lance Livre na linha dos 3 metros, por um jogador

escolhido pelo técnico. Se a jogada não for aproveitada pelo beneficiado, a partida reinicia pela outra equipe,

sem perda ou ganho de ponto para nenhuma das equipes.

Pontos

São consideradas faltas, com pontuação da equipe adversária:

� Menos de 2 toques;

� Dois toques consecutivos do mesmo jogador

� Mais de 3 toques;

� Bola no chão além dos 4 quiques permitidos por tempo e bola fora.

Em caso de falta grave, aplica-se a expulsão do jogador com perda de 1 ponto da equipe.

6.3. Golpes mais utilizados.

No Quimball são utilizados quase todos os golpes do Tênis como: saque, smash, forehand, backhand,

voleio e lob. Entretanto por não se utilizar efeito no jogo em função da raquete e bolas utilizadas e também

pelas condições da quadra de jogo não são utilizados o slice e top spin.

6.4. Potencialidades do Quimball

O Quimball tem algumas características bastante interessantes e que devem ser analisadas como:

� É um jogo de raquetes, mas de característica coletiva;

� Facilidade de local para a prática principalmente na escola;

� Pode ser utilizado para a iniciação de outros esportes de raquete especialmente o Tênis e

Badmintom;

� Pela reduzida área de atuação de cada jogador em quadra é possível praticá-lo sem grandes

esforços físicos, o que é bastante interessante para grupos especiais como: cardíacos, idosos e

deficientes físicos.

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7. SQUASH

7.1. HISTÓRIA DO SQUASH

O Squash (de acordo com suas origens), pronuncia-se "squósh", é um esporte antigo, que surgiu por

volta do começo do século XIX. Existem versões diferentes para seu surgimento.

VERSÃO 1 - O Squash começou a ser praticado por internos da prisão Fleet Debtors, na Inglaterra,

que o chamavam de "rackets". Os detentos usavam bastões em vez de raquetes e uma bola sólida,

arremessada contra o muro da penitenciária O esporte foi levado para fora da prisão com o nome de "Game

of Rackets". Com o tempo o nome mudou para "Squash Rackets" por causa da bola que passou a ser

utilizada, mais lenta e macia. Ao longo dos anos, o Squash foi sofrendo modificações, a palavra "rackets" foi

retirada de seu nome, e tornou-se um esporte perfeitamente adaptado ao estilo moderno.

VERSÃO 2 - A princípio havia o jogo da "Péla" um jogo com uma longa história, que se praticava

num enorme celeiro com uma bola dura, e com raquetes que eram versões mais fortes da atual raquete de

Squash. Acredita-se que o jogo da "Péla" foi o pai do Squash, visto que a maioria das regras, as marcações

do campo e a gíria são as mesmas.

Conta-se que o Squash se desenvolveu há cerca de 150 anos em Harrow School, quando alguns rapazes

que esperavam pelo seu jogo da péla se puseram a bater uma bola numa área aberta com três paredes fora

do verdadeiro campo. Eventualmente, foi-lhes pedido que se abstivessem dessa prática, talvez por causa do

ruído ou dos vidros partidos. Se queriam jogar, que usem uma bola do tipo macio ou de amassar (Squash).

Os rapazes descobriram que podiam fazer com esta bola coisas que não podiam fazer com a bola dura do

jogo da "Péla".

Alguns ficaram manifestamente tão encantados com este novo jogo que continuaram a jogá-lo em alpendres

adequados ou noutras áreas das suas casas, e no virar do século já se tinha tornado suficientemente

popular para que o Bath Club de Londres mandasse instalar campos para o novo jogo de “Squash Rackets”.

Em 1874, num manual de instruções para desportos de raquete, encontra-se uma breve referência

ao Squash no capítulo dedicado ao jogo da "Péla", o jogo estava tornar-se muito popular.

VERSÃO 3 - O Squash surgiu na Fleet Prison, de onde os prisioneiros foram transferidos para a

Austrália. Jonah Barrington declarou certa vez, que isso explicaria o interesse demonstrado pelos

australianos no squash.

Segundos alguns estudiosos, destas três versões a segunda pode ser confirmada pelo fato de que ainda

existir um bom número de campos bastante esquisitos com dimensões peculiares espalhados pelas

redondezas da Harrow School, sugerindo que a determinada altura as famílias construíram os seus campos

próprios.

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Antes de ter sido normalizado na Inglaterra, o jogo foi descoberto nos Estados Unidos. Os pioneiros

americanos desenvolveram uma forma de jogo diferente, jogada com uma bola dura num campo mais

pequeno. A diferença entre o jogo com bola macia internacional e a versão americana com bola dura,

consiste no fato de no primeiro os jogadores perseguem uma pequena bola preta pelo campo, enquanto no

segundo há uma pequena bola preta que persegue dois jogadores pelo campo.

No início jogava-se Squash apenas por prazer, mas pouco depois da Primeira Guerra Mundial

começaram os campeonatos mundiais, internacionais e regionais de Squash. Em 1929 foi fundada a Squash

Rackets Association que se tornou o corpo dirigente deste jogo.

Desde 1992 o Squahs é comandado pela World Squash Federation (WSF), que tem atualmente 109

membros. É a única Federação Internacional do esporte reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional

(International Olympic Committee - IOC), e mantem responsabilidade pelas regras, especificações de

quadras e material de jogo, arbitragem e treinamento.

A WSF mantém também o Calendário Mundial de Eventos e organiza e promove os Campeonatos

Mundiais Masculino e Feminino, incluindo os de Juniores Masculino e Feminino, bem como os campeonatos

de Master por faixa etária, categorias individual e por duplas.

A WSF incentiva e coordena programas de desenvolvimento do esporte, através das entidades

representativas dos países filiados, e está atualmente trabalhando junto ao Comitê Olímpico Internacional

visando a participação do Squash nos Jogos Olímpicos do ano 2000.

Squash tem sido jogado por mais de 130 anos, e tem crescido bastante nos últimos 30. Mas nós

dependemos de todos para continuar fazendo o Squash alcançar seu destino. Se você quer ter um vício

saudável, experimente Squash.

SQUASH NO BRASIL

A primeira quadra de Squash surgiu no Brasil no inicio deste século nas minas de ouro de Nova

Lima - MG, trazida por engenheiros ingleses. Em clube esportivo a primeira quadra surgiu no clube SPAC

(São Paulo Athletic Club) na década de 30.

No final da década de 70 e inicio de 80, o primeiro boom do Squash começou com a construção de

quadras em clubes e academias de São Paulo e Rio de Janeiro.

No final de 80 novas quadras foram construídas no Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais e

também em Belém do Para.

A primeira federação a ser fundada foi a do Rio de janeiro em 1982, por filho de ingleses liderados

por John Hughes. Depois veio a Federação Paulista de Squash com Luís Frisoni. A Associação Brasileira de

Squash foi fundada em 1985 tendo com seu primeiro Presidente - Carlos Salem.

Depois foram fundadas as federações de Minas Gerais (Marcus Guimarães e Alexandre Moreira),

Paraná (Cassibo Buffara / José Baggio) e Rio Grande do Sul ( Luiz Augusto Borges, Marcos Bastian e Emílio

Fernandes).

A Confederação Brasileira de Squash foi oficialmente fundada no dia 21 de Junho de 1991 na sede

do Comitê Olímpico Brasileiro com apoio do então Presidente do COB, Dr.Andre Gustavo Richer e do

Presidente da CBDT (Confederação Brasileira de Squash) - Dr.Aloisio Amorim. Após a regularização das

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federações estaduais a CBS teve sua primeira eleição em 1994 tendo sido eleito o Sr.Fernnado

Mont’alverne, ex-presidente do Rio Squash Clube o único e principal clube de Squash do Pais.

7.2. O jogo e suas regras

A quadra

A quadra pode ser identificada de acordo com o desenho abaixo:

O jogo de Squash é geralmente praticado em duplas ou individual e o saque é feito por um jogador de dentro

dos quadrados nas laterais da quadra em direção a parede frontal.

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Regras Oficiais (WSF) - Resumo

Cada jogador tem direito a 5 minutos de aquecimento antes do jogo ser iniciado. Isso é feito lançando a

bola para o oponente para que se acostume com a quadra e aqueça a bola antes do jogo. Após o

aquecimento um jogador gira a raquete para fazer a chamada (tipo cara ou corôa) do difícil ou fácil, para

decidir quem vai começar a sacar. O jogador iniciante deve sempre sacar na região de saque (quadrado

pequeno). Durante o jogo, o jogador pode escolher em qual dos quadrados quer sacar, mas não pode repetir

o mesmo lado duas vezes seguidas.

1. O Jogo de Squash é disputado entre dois jogadores, cada um usando uma raquete, com uma bola e

numa quadra, todas as três de acordo com as dimensões padronizadas da WSF.

2. O Escore CONTAGEM OFICIAL DE UMA PARTIDA DE SQUASH – Portari a CBS 005/2005.

A partir do dia 01 de Julho de 2005, atendendo as exigências da World Squash Federation, todas as

partidas oficiais nas etapas das federações estaduais de squash, assim como nos campeonatos brasileiros

de squash, deverão usar a contagem oficial da WSF, da qual a CBS é filiada da seguinte forma:

Amadores, Juvenis, Masters, Profissionais Masculino e Feminino até 9 pontos com vantagem.

Duplas até 15 ou 9 pontos sem vantagem.

SQUASH SIMPLES - INDIVIDUAL

2.1. O Escore (A contagem de pontos)

Uma partida se constituirá de uma melhor de três ou cinco games, conforme a opção dos promotores da

competição. Cada game é disputado ate nove pontos, isto é, o jogador que primeiro completar nove pontos

ganha o jogo, exceto quando, em acontecendo pela primeira vez o empate em oito pontos, o recebedor pode

optar, antes de ser servido o próximo saque, pela continuação do game ate nove pontos (Set One) ou ate

dez pontos (Set Two), quando então o jogador que primeiro marcar mais dois pontos, ganha o game. O

recebedor deve, em qualquer dos casos, indicar claramente a sua opção ao Marcador, Árbitro e para seu

adversário.

SQUASH DUPLAS

2.2. O Escore (A contagem de pontos)

Uma partida se constituirá de uma melhor de três ou cinco games. Todos os games em qualquer partida

devem ser de quinze ou de nove pontos. A escolha pelo numero de games em uma partida e o numero de

pontos pôr game, é uma opção dos promotores da competição.

Se cada game é de quinze pontos, o lado que completar quinze pontos ganha o game, exceto se o escore

for anunciado quatorze iguais pela primeira vez, o lado receptor deve decidir antes do próximo serviço ser

feito, que o game será de quinze pontos (conhecido como “Set one”) ou de dezessete pontos (conhecido

como “Set three”), quando então o lado que marcar mais três pontos vence o game.

Se cada game é de nove pontos, o lado que completar nove pontos ganha o game, exceto se o escore for

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anunciado oito iguais pela primeira vez, o lado receptor deve decidir antes do próximo serviço ser feito, que

o game será de nove pontos (conhecido como “Set one”) ou de onze pontos (conhecido como “Set three”),

quando então o lado que marcar mais três pontos vence o game.

3. Pontos - Os pontos somente podem ser marcados pelo sacador. Quando o sacador ganha a jogada, ele

marca um ponto; quando o recebedor ganha a jogada, ele se torna sacador.

4. O Saque

4.1 O jogo começa com um saque e o direito de sacar é decidido pelo giro de uma raquete. Dai em diante, o

sacador continua a sacar até que perca uma jogada, quando então seu adversário se torna sacador, e este

procedimento continuara durante a partida. No inicio do segundo e de cada game subsequente, o ganhador

do jogo anterior saca primeiro.

4.2 Ao inicio de cada game e de troca de sacador, o sacador tem a escolha de que lado sacara e dai em

diante, alternara o lado, enquanto permanecer o sacador. No entanto, se uma jogada terminar num let, o

sacador devera sacar novamente do mesmo lado.

4.3 Para sacar, a bola deverá ser largada ou lançada no ar antes de ser golpeada. Se um jogador, tendo

largado ou lançado a bola, não fizer menção de golpeá-la, a bola deve ser largada ou lançada outra vez para

aquele saque.

4.4 Um saque não é bom e o sacador perde a vantagem se: 4.4.1 A bola, depois de ser largada ou lançada

para o saque, tocar uma parede, o piso, teto ou quaisquer objetos suspensos das paredes ou teto antes de

ser golpeada - Chamado "Falta". 4.4.2 No momento de golpear a bola, o sacador não tiver parte de um dos

pés em contato com piso dentro da área de saque ou alguma parte deste pé estiver tocando a linha

limitadora da área de saque (parte deste pé pode se projetar sobre esta linha, desde que ele não toque na

linha) - Chamado "Foot-Fault". 4.4.3 O sacador fizer uma ou mais tentativa de golpear a bola, mas falhar em

faze-la. - Chamado "Not up". 4.4.4 A bola não for golpeada corretamente. - Chamado "Not up". 4.4.5 A bola

for para fora. - Chamado "Fora". 4.4.6 A bola é sacada contra qualquer outra parede da quadra, antes da

parede frontal. - Chamado "Falta". 4.4.7 A bola é sacada para o chao ou na ou abaixo da linha de saque. -

chamado "Falta" se for acima da lata e "Baixa" se for para o chao ou na lata. 4.4.8 O primeiro pique da bola,

a não ser que seja voleada pelo recebedor, caia no piso antes ou fora do quarto posterior da quadra oposto

ao lado do sacador. - Chamado "Falta".

5. O jogo - Após um bom saque ser feito, os jogadores golpeiam a bola alternadamente até que um ou outro

deixe de fazer um bom retorno, a bola deixar de estar em jogo de acordo com as regras, ou a uma chamada

do Marcador ou Árbitro.

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6. Bom Retorno

6.1 Um retorno é bom se a bola, antes de ter tocado mais de uma vez o piso, for devolvida corretamente

pelo batedor de encontro a parede frontal acima da lata, sem primeiro tocar o piso ou qualquer parte do

corpo do adversário, ou a raquete , corpo ou vestuário, desde que a bola não seja golpeada para fora.

6.2 Não será considerado um bom retorno, se a bola tocar a lata antes ou depois de ter tocado a parede

frontal e antes de tocar no piso, ou se a raquete não estiver na mão do jogador quando a bola for golpeada.

8. Como ganhar as jogadas

- Um jogador ganha uma jogada:

8.1 De acordo com a Regra 4.4, quando o jogador for o recebedor.

8.2 Se o adversário deixar de fazer uma boa devolução da bola, quando ele for o batedor.

8.3 Se a bola tocar em seu adversário (incluindo qualquer coisa que ele use ou carregue), sem interferência,

quando o adversário é o não batedor, salvo disposição em contrario pelas Regras 9 e 10. Se ocorrer uma

interferência, então o previsto na Regra 12 se aplica. Em todos os casos, o Árbitro deve julgar de acordo.

9. Atingindo o ADVERSÁRIO com a bola : Se a bola, antes de alcançar a parede frontal, atingir o

adversário do batedor (incluindo qualquer coisa que ele use ou carregue), a bola deixara de estar em jogo.

9.3 Se a bola tiver atingido ou fosse atingir qualquer outra parede e o retorno teria sido bom, um let deve ser

concedido, exceto se, na opinião do Árbitro, uma jogada vencedora foi impedida, e neste caso, o batedor

deve ganhar um Stroke. Nota para os Oficiais O Stroke concedido conforme descrito na Regra 9, não se

aplica ao giro, bola passando em volta do batedor, ou segundas tentativas.

9.4 Se o retorno não teria sido bom, o batedor deve perder a jogada. Nota para os Oficiais Quando um

jogador foi atingido pela bola, como descrito na Regra 9, o Árbitro deve julgar a trajetória da bola e tomar a

decisão apropriada.

10. Outras tentativas para golpear a bola: -Se o goleador golpear e não atingir a bola, poderá fazer outras

tentativas para golpear. Se, depois de não ter sido atingida, a bola tocar em seu adversário (incluindo

qualquer coisa que ele use ou carregue), então, na opinião do Árbitro:

10.1 Se o golpeador pudesse ter feito uma boa devolução, um let deve ser concedido, ou

10.2 Se o golpeador não pudesse ter feito uma boa devolução, o batedor deve perder a jogada. Se qualquer

outra tentativa for bem sucedida mas resultar em uma boa devolução e não alcançar a parede frontal em

virtude de tocar no adversário do golpeador, ou qualquer coisa que ele use ou carregue, em todas estas

circunstâncias será concedido um let. Se qualquer outra tentativa não fosse atingir a parede frontal, o

golpeador perde a jogada. Um let e um golpe duvidoso, o saque ou a jogada em conseqüência da qual e

concedido um let não contara e o sacador deve sacar outra vez do mesmo lado. 16.4.1 Auto-inflingido.

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16.4.2 Causado acidentalmente pelo adversário, ou 16.4.3 Causado pelo jogo ou ação deliberada ou

perigosa do adversário.

12. Interferência:

12.1 Depois de golpear a bola, o jogador devera fazer o máximo esforço para não obstruir seu adversário,

isto e: 12.1.1 Um jogador deve fazer o máximo de esforço para proporcionar ao seu adversário uma boa

visão da bola. 12.1.2 O jogador devera fazer todo o esforço para não obstruir o adversário no movimento

direto deste para a bola. Simultaneamente o adversário devera fazer todo o esforço de chegar a bola e

sempre que possível golpea-la. 12.1.3 O jogador devera fazer todo o esforço para permitir ao seu adversário

liberdade para golpear a bola.

12.2 Se tiver ocorrido qualquer tipo de interferência e, na opinião do árbitro, o jogador não tiver feito todo o

esforço para evitar de provocá-lo, o árbitro deverá, sob apelação, ou interrompendo o jogo sem aguardar

uma apelação, conceder um Stroke ao adversário, desde que o adversário estivesse em condição de fazer

uma boa devolução.

12.3 Entretanto, se a interferência tiver ocorrido, mas na opinião do árbitro o jogador tiver feito todo esforço

para evitá-la, e o adversário pudesse ter feito uma boa devolução, o árbitro deverá, sob apelação, ou

interrompendo o jogo sem aguardar uma apelação, conceder um let, exceto quando o adversário for

impedido de efetuar uma devolução indefensível pôr tal interferência do jogador. Neste caso o árbitro

concedera um Stroke ao adversário.

12.4 Quando, na opinião do árbitro, um jogador se abstém de golpear a bola, que no caso tivesse sido

golpeada, teria ganho indubitavelmente a jogada nos termos da regra 9.1 e 9.2, um Stroke devera ser

concedido ao mesmo.

12.5 Se qualquer jogador fizer um contato físico desnecessário com o seu adversário, o árbitro pode

paralisar o jogo, caso o mesmo não tenha sido interrompido e conceder um Stroke cabível.

7.3. Golpes mais utilizados.

Os golpes mais utilizados no Squash são o Forehand e o Backhand. Uma vez que não se utiliza

efeito no Squash esses golpes são mais curtos e muito potentes.

A execução mecânica/técnica dos golpes obedecem os mesmos princípios dos golpes no Tênis,

entretanto no Squash esses golpes se assemelham mais ao Slice no Tênis, ou seja a raquete acaba saindo

de trás da cabeça para frente num movimento de pêndulo. Os golpes são mais curtos mas muito potentes.

Outros golpes bastante utilizados são o Voleio e o Lob e também as variações de forehand e

backhand utilizando as paredes da quadra em bolas anguladas.

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8. REFERÊNCIAS DE APOIO

ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE TÊNIS. Ensinando tênis para jovens . São Paulo: Ed. Manole, 1999.

SKORODUMOVA, A.P. Tênis de Campo: treinamento de alto rendimento . São Paulo: Phorte Editora, 1999.

ISHIZAKI, M.T.; CASTRO, M. Tênis: aprendizagem e treinamento . São Paulo: Phorte Editora, 2006.

LEARY, D.J. Tênis: toques maestros. 2ª. ed., Barcelona: Ed. Hispano Europea,1988.

BROWN, J. Tênis: etapas para o sucesso. 2ª. ed., São Paulo: Ed. Manole,2003.

ABREU, H. Tênis popular. Rio de Janeiro: Ed. Papel Virtual, 2006.

GODOY, J.F.R. Quimball: um jogo, um esporte ou uma nova mania?. 2O. Congresso Latino-americano de

Educação Física da FIEP-Unimep. pp.636, 2002.

Sites Oficiais:

Confereração Brasileira de Tênis. www.cbtenis.com.br

Confereração Brasileira de Squash. www.squash.org.br

World Squash Federation. www.squash.org

International Tennis Federation. www.itftennis.com